Вы находитесь на странице: 1из 54

0

ESTADO DE MATO GROSSO


POLÍCIA MILITAR
CENTRO DE CAPACITAÇÃO DESENVOLVIMENTO E PESQUISA
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR COSTA VERDE

MANUAL BÁSICO DE
CORRESPONDÊNCIA POLICIAL MILITAR
MP – 05 -07 - PM
1

2007

PAULO FERREIRA SERBIJA FILHO - TEN CEL PM

MANUAL BÁSICO DE
CORRESPONDÊNCIA POLICIAL MILITAR

MP – 05 -07 - PM
2

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO


ACADEMIA DE POLICIA MILITAR COSTA VERDE
3

PORTARIA

Portaria Nº xxx/xxx/xx, de xx / xx/xxxx

O Coronel PM Comandante Geral da Polícia Militar do Estado Mato Grosso, no uso de suas
atribuições legais;

Resolve:

Art. 1º - Aprovando o Manual de Cerimonial e Protocolo de autoria do Ten Cel


PM Paulo Ferreira Serbija Filho autorizando a publicação e determinando sua adoção no
âmbito da PMMT.
Art. 2º- O presente Manual passa a ter classificação MP – 06 – 07 - PM
Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º- Revogam-se as disposições em contrário.
Publique-se, cumpra-se.

Quartel, em Cuiabá-MT, xx de xxxx de 2007

Antonio Benedito Campos Filho – Cel PM


Comandante Geral da Polícia Militar
4

PREFÁCIO

Este trabalho é fruto de pesquisas e de mérito, por que é um Manual que na sua maior
parte, incursiona em assuntos práticos, vivenciado no dia a dia da profissão policial, mas que
ninguém, este Oficial, tivera a iniciativa de escrever.
Os policiais mais velhos e experientes, que tiveram o aprendizado haurido da tradição
e dos conflitos do cotidiano, transmitem os princípios do conhecimento empírico aos mais
novos. Porém, não havia nada escrito, um guia para o inicio da aprendizagem, para pesquisa,
e onde procurar os assuntos de natureza dos nossos manuais.
Temos por objetivo, padronizar o nivelamento do conhecimento da tropa nas áreas de
Policiamento Ostensivo; Ordem Unida; Armamento,munição e Explosivos; Bastão policial;
redação oficial; Cerimonial e Protocolo; e a reedição do Manual de Educação Física Policial
Militar.
Procurou-se nestes manuais, observar a realidade da tropa, a realidade criminal de
nosso Estado, bem como o “ Modus Operandi “ de nossa Instituição, razão pela qual os
instrutores da Academia de Policia Militar Costa Verde ,imbuídos de conhecimento,
experiência pessoal e profissional que labutam na manutenção da Ordem Pública. A riqueza
de conteúdo é de utilidade incontestável policial militar.
Minhas congratulações ao Ten Cel PM Sampaio, Ten Cel PM Wilquerson, Ten Cel PM
Celso; Ten Cel PM Chaves; Ten Cel PM Otomar; Ten Cel PM Serbija; Maj PM Setubal; Maj
PM Cezar Gomes; Maj PM Alberto; Ten PM Wangles; Ten PM Luiz Prado; Ten PM Lavor,
pela ousadia de escrever, continuem nessa trajetória.

Cuiabá, 02 de agosto de 2007

Antonio Benedito Campos Filho – Cel PM


5

Comandante Geral da Polícia Militar


6

AGRADECIMENTOS

Este Manual foi confeccionado pela Academia de Polícia Militar Costa Verde e
submetido a apreciação critica e avaliação do Conselho de Coronéis que tiveram a
oportunidade de oferecer sugestões e subsídios, a realidade de nossa Polícia Militar de Mato
Grosso.
Sua realização só foi possível graças ao empenho dos Oficiais instrutores que
lecionam, escrevem, estudam , pesquisam e acompanham a evolução do conteúdo de suas
disciplinas na Academia de Polícia Militar Costa Verde:
- Ten Cel PM Sampaio; Ten Cel Wilquerson; Ten Cel PM Celso; Ten Cel PM Chaves;
Ten Cel PM Otomar; Ten Cel PM Serbija; Maj PM Alberto; Maj PM Setubal; Maj PM Cezar
Gomes , Ten PM Wangles, Ten Luiz Prado; Ten Lavor.
- Ao Ten Cel PM Catarino, Comandante da Academia de Polícia Militar Costa Verde
por fomentar o conhecimento dentro dos preceitos científicos e de fornecer aos Policiais
Militares os meios necessários para o saber.
- A Prof MSC Lucia Regina de Souza por conduzir estes Manuais dentro de uma
leitura cientifica e de normatização técnica.
- Aos soldados Padovezi; Natalino e Aparecida pela digitação e compreenção da
realização e da importância trabalho para a Polícia Militar.

Cuiabá, 22 de agosto de 2007

Victor Hugo de Metello de Siqueira- Cel PM


Diretor do Centro de capacitação, Desenvolvimento e Pesquisa
7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................7

1 CORRESPONDÊNCIA OFICIAL ..........................................................................8


1.1 CORRESPONDÊNCIA POLICIAL MILITAR...................................................8
1.1.1 REDAÇÃO OFICIAL..........................................................................................9
1.1.2 CARACTERÍSTICAS..........................................................................................9
1.2 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................10
1.3 PRAZOS .................................................................................................................10
1.4 QUALIDADES DA BOA LINGUAGEM ............................................................11
1.5 TRATAMENTO ...................................................................................................13
1.6 NUMERAÇÃO ......................................................................................................18
1.7 ABREVIATURAS .................................................................................................20

2 ESTRUTURA DOS DOCUMENTOS DA CORRESPONDÊNCIA POLICIAL


MILITAR .....................................................................................................................21
2.1 CABEÇALHO........................................................................................................22
2.2 TEXTO....................................................................................................................22
2.3 FECHO....................................................................................................................25
2.4 ASSINATURA........................................................................................................26
2.5 FORMATOS E MARGENS .................................................................................29
2.6 PROCESSOS..........................................................................................................31

3 DOCUMENTOS EM CIRCULAÇÃO NA CORRESPONDÊNCIA POLICIAL


MILITAR ...................................................................................................................3
3
3.1 ATA .......................................................................................................................34
3.2 ATESTADO .........................................................................................................38
3.3 CERTIDÃO .........................................................................................................40
3.4 DESPACHO ........................................................................................................42
8

3.5 PARTE, OFÍCIO E MEMORANDO ................................................................44


3.6 MENSAGEM .......................................................................................................50
3.7 NOTA PARA BOLETIM INTERNO ...............................................................55
3.8 PORTARIA .........................................................................................................58
3.9 RELATÓRIO ......................................................................................................62
3.10 REQUERIMENTO ...........................................................................................67

4 USO CORRETO DAS NORMAS GRAMATICAIS ..........................................73

REFERÊNCIAS ........................................................................................................83
9

INTRODUÇÃO

A comunicação escrita praticada na Polícia Militar do Estado de Mato Grosso –


PMMT, por questões diversas, apresentou uma lacuna entre a forma e o conteúdo de seus
documentos.
Outrora até o ano de 1994, os Oficiais da PMMT eram formados nas diversas
Academias de Polícia Militar do país e cada um trazia uma realidade vivida ao longo de seus
três ou quatro anos de formação, o que não era diferente no que diz respeito à produção de
documentos. Por outro lado inexistia uma referência formal que orientasse a Correspondência
na PMMT.
A ativação da Academia de Polícia Militar Costa Verde, no ano de 1993 e o
funcionamento do primeiro Curso de Formação de Oficiais, em 1994, permitiu que os futuros
Oficiais da PMMT recebessem uma formação mais próxima de sua realidade.
E foi neste cenário que começamos a ministrar aulas da disciplina de Correspondência
Policial Militar. Um desafio constante e crescente a cada ano, pois buscávamos um referencial
teórico que levasse a uma melhor padronização dos documentos a serem produzidos num
futuro breve, bem como, com este pensar, buscar solucionar os ruídos da comunicação escrita
dentro da PMMT.
Outro aspecto que nos levava a uma reflexão, era a definição de uma forma comum
dos documentos produzidos, que provocava uma perca de identidade e ainda uma
comunicação silenciosa com efeitos negativos junto ao destinatário dos documentos.
Ao longo desses quase dez anos militando na área da Correspondência Policial Militar,
tanto no Curso de Formação de Oficiais, como nos demais Cursos de Formação de Sargentos
e Soldados, tivemos oportunidade de pesquisar alguns referenciais teóricos da comunicação
escrita, buscando adequá-los a realidade da polícia mato-grossense, não esquecendo ainda dos
laços de tradição que foram criados, que se não flagrantemente atentavam contra a parte
técnica, eram considerados e até aproveitados.
A comunicação escrita, integrante da modalidade da comunicação interpessoal, na
subdivisão da comunicação verbal, que utiliza um código específico, em nosso caso a língua
portuguesa, apresenta uma característica própria de perenidade e de interação limitada.
Falamos em perenidade ao verificarmos que um documento escrito encontra seus
efeitos na história e permanece tangível ao longo do tempo.
10

Já o que chamamos de interação limitada, fazemos um paralelo da escrita com a fala.


Na fala, surgindo uma dúvida qualquer, o receptor da mensagem de imediato interrompe o
processo e interage com seu interlocutor, estabelecendo uma interação sem limites, o que leva
a uma comunicação de fidelidade desejável. Porém na comunicação escrita, quando o redator,
por um motivo qualquer, não é claro em suas intenções, o destinatário do documento pode não
compreender o ali escrito e interpretar seu conteúdo de maneira adversa. Na comunicação
escrita o cuidado com o que se quer deve ser redobrado, para que não paire ruídos no processo
de comunicação estabelecido.
Neste manual, como mencionamos, procuramos adequar uma visão técnica da
comunicação escrita para a praticada na PMMT, definindo conceitos, classificando a
Correspondência Policial Militar, apresentando suas características, seus prazos e fornecendo
informações complementares ao seu bom curso.
Nosso objetivo maior é criar um referencial teórico para a uniformização na
construção dos diversos documentos em uso na Correspondência Policial Militar, o que, de
forma didática, apresentamos um a um os de maior circulação, definindo seu conceito, seu
emprego, dividindo as fases de sua construção e deixando exemplos que podem ser
aproveitados como modelos.
No último capítulo deixamos ainda dicas do uso correto das normas gramaticais, que
julgamos útil naqueles momentos de dúvidas na redação de um texto documental.

1 CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS

Trata-se do conjunto de documentos utilizados pelos órgãos da administração pública


dos três poderes, na esfera federal, estadual e municipal, destinada a comunicação escrita
interna e para com o público externo.

1.1 CORRESPONDÊNCIA POLICIAL MILITAR

Pelo fato da Polícia Militar fazer parte da administração pública, vinculada ao Poder
Executivo Estadual, trata-se de um tipo de correspondência oficial, que apresenta, em seu
conteúdo, particularidades da atividade policial militar.
11

1.1.1 REDAÇÃO OFICIAL

Forma pela qual o Poder Público redige sua correspondência, em objeto de serviço, de
acordo com normas específicas.

1.1.2 CARACTERÍSTICAS

Como visto, os documentos integrantes da correspondência policial militar por serem


oriundos da administração pública, necessariamente devem conter pré-requisitos em sua
forma e conteúdo, que permita o seu devido entendimento. Enquanto documentos públicos
devem tratar de assuntos de interesse coletivo e neste aspecto devem ser revestidos de
impessoalidade, publicidade e uniformidade.
A impessoalidade garante o caráter de isenção, pois uma vez o assunto tratado ser de
interesse público, é coerente que o teor dos documentos sejam desprovidos de impressões
pessoais. Diferente na redação utilizada na carta a um familiar ou artigos jornalísticos de
opinião, onde o tema encontra-se centrado nas impressões pessoais do autor.
A observação tecida quanto ao interesse público, norteia o entendimento da
característica da publicidade. Não se admite que o conteúdo do documento da
correspondência policial militar dificulte, impossibilite ou não seja entendido pelos cidadãos,
estando nesta afirmação claro de que para ser público, o documento deve ser do conhecimento
e do entendimento de todos (exceção feita aos que possuírem classificação sigilosa).
Quanto à uniformidade, parte-se do princípio de que a administração policial militar é
única, sendo assim desejável que os documentos produzidos para sua correspondência sigam
um padrão, onde o cumprimento das normas estabelecidas neste manual devem ser
observadas e aplicadas.
12

1.2 CLASSIFICAÇÃO

A correspondência policial militar apresenta classificação quanto ao trânsito,


natureza, tramitação e destinatário.
A correspondência classificada quanto ao trânsito, leva em conta sua circulação, onde
transita, podendo ser externa ou interna. A correspondência externa é aquela que circula
entre as autoridades da polícia militar para com o público externo. Já a correspondência
interna é a que circula no âmbito da organização policial militar.
A classificação quanto à natureza diz respeito à divulgação de seu conteúdo, sendo
ostensiva, quando seu conteúdo, se de conhecimento público, não causa inconvenientes à
polícia militar. Quando o conhecimento do conteúdo da correspondência for restrito, esta
recebe a classificação de sigilosa. O trato e os diferentes graus de sigilo da correspondência
policial militar (ultra-secreto, secreto, confidencial e reservado) encontra-se estabelecido no
Regulamento para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos – RSAS, e nas Instruções sobre
Documentos Sigilosos Controlados – IDSC.
O caminho que a correspondência percorre até obter solução ou resposta trata-se da
classificação quanto à tramitação, que pode ser normal, urgente e urgentíssima. Normal é
a correspondência com tramitação realizada de forma habitual, respeitando-se as
características, a rotina do órgão ou autoridade destinatária. A correspondência urgente
possui, em face da natureza de seu assunto, tratamento preferencial sobre a normal, tendo sua
tramitação o menor prazo possível. A correspondência urgentíssima é aquela cuja tramitação
deve ser imediata.
A correspondência classificada quanto ao destinatário, considera o endereçamento,
seu destino. Quando endereçada ao detentor de cargo ou função, independente do funcionário
que a ocupe, a classificamos como funcional. Uma vez o assunto tratado ser de interesse
restrito e exclusivo da pessoa do funcionário, independente de seu cargo ou função, a
correspondência classificar-se-á como pessoal, cujo nome constará no endereçamento desta.

1.3 PRAZOS
13

O prazo estabelecido para a tramitação da correspondência policial militar pode variar


conforme a urgência e a complexidade do assunto tratado, porém, de modo geral, deverão ser
obedecidos os seguintes prazos:
a) Correspondência Normal – prazo de até 8 dias úteis;
b) Correspondência Urgente – até 2 dias úteis;
c) Correspondência Urgentíssima – requer providências imediatas.
A contagem do prazo terá início com a acusação de recebimento do destinatário ou o
competente registro na UPM de destino. O término da contagem do prazo dar-se-á com a
expedição da resposta ou solução do documento que originou a demanda inicial.
A dilatação do prazo de tramitação da correspondência policial militar poderá ocorrer
quando solicitado pelo interessado, ou ainda quando expresso no corpo do documento.

1.4 QUALIDADES DA BOA LINGUAGEM

Há de se empregar determinado nível de linguagem na redação dos documentos


integrantes da correspondência policial militar. Para tanto o uso da língua portuguesa deve
seguir o padrão culto, evitando-se o emprego de neologismos, estrangeirismos e
rebuscamentos acadêmicos. Por tratar ainda este tipo de correspondência oficial de
particularidades da atividade policial militar, cuidado especial deve se ter com os termos
técnicos e jargões, que ferem o entendimento, bem como fogem ao padrão culto da língua.
Cabe ainda assegurar que a linguagem apresente as seguintes qualidades:
a) Correção – Trata-se da fiel observação da disciplina gramatical, do respeito às
normas lingüísticas, livre de vícios. Porém cabe ressaltar que a excessiva
preocupação com o cumprimento da correção pode provocar no redator do
documento, limitação de sua criatividade. Como alternativa a este bloqueio seria
oportuno realizar, após a redação do documento, uma revisão onde as distorções
poderão ser corrigidas.
b) Concisão – A observação desta qualidade permite, no texto do documento, dizer
muito em poucas palavras. Cabe ao redator do documento não fugir do assunto
tratado, evitando digressões inúteis, palavras supérfluas, períodos longos e
obscuros em seu sentido e excessiva adjetivação, que torna o documento prolixo. A
14

concisão não significa documento curto, e sim enxuto em seu sentido. Pode-se ter
um documento conciso tanto com duas linhas, quanto com dez páginas, desde que
não haja fuga do assunto, e seu entendimento seja preservado.
c) Naturalidade – Para se atingir esta qualidade deve se ter a preocupação com a
simplicidade, a espontaneidade na redação do documento, evitando-se o esforço
em se tratar o assunto com termos rebuscados, expressões empoladas e pedantes.
Estes procedimentos provocam um artificialismo e, muitas das vezes, provocam a
fuga do sentido do documento, tornando-o prolixo, o que afeta a qualidade da
concisão.
d) Objetividade - Cabe nesta qualidade o exercício da criatividade do redator para
que o texto do documento oficial se dispa de emoção e evite constrangimentos no
trato do assunto, diz respeito a “saber tocar no assunto”, ou seja, deixar claro o que
se pretende com argumentações convincentes e auto-explicativas, sem deixar de se
observar a concisão e a naturalidade. Uma medida viável seria dividir o texto do
documento, dependendo do assunto, em itens e subitens.
15

1.5 TRATAMENTO

As formas de tratamento a serem adotadas na correspondência policial militar


devem observar a posição hierárquica ou a precedência do destinatário, sendo as
seguintes:
UTORIDADE TRATAMENTO VOCATIVO ENDEREÇAMENTO
Presidente da Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor... Presidente da
República (V.Exª.) Presidente da República Federativa do Brasil
República
Vice-presidente da Vossa Excelência Senhor Vice- Excelentíssimo Senhor... Vice-
República (V.Exª.) presidente presidente da República
Ministros de Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
Estado (V.Exª.) Ministro
Presidente do Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
Congresso (V.Exª.) Presidente do
Nacional Congresso
Nacional
Presidentes e Vossa Excelência Senhor... Excelentíssimo Senhor...
Membros de (V.Exª.)
Tribunais de Presidente do ...
Justiça, do
Trabalho, de
Contas, Eleitoral
Desembargadores Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
(V.Exª.) Desembargador Desembargador
Procuradores Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
(V.Exª.) Procurador Procurador
Promotores Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
(V.Exª.) Promotor Promotor
Juízes em Geral Vossa Excelência Meritíssimo Excelentíssimo Senhor...
(V.Exª.) Juiz de... MM. Juiz de...
Presidente da Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
Câmara dos (V.Exª.) Presidente Presidente da...
Deputados
Deputados Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
Federais / (V.Exª.) Deputado Deputado Federal / Estadual
16

Estaduais
Senadores Vossa Excelência Senhor Senador
Excelentíssimo Senhor...
(V.Exª.)
Senador
Governadores Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
(V.Exª.) Governador Governador
Presidente da Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
Assembléia (V.Exª.) Presidente Presidente da Assembléia Legislativa
Legislativa
Secretários de Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
Estado (V.Exª.) Secretário Secretário de Estado
Oficiais Generais Vossa Excelência Senhor General Excelentíssimo Senhor (posto militar)
(V.Exª.) (nome)
(Função ou cargo ocupado)
Comandante Geral Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor (posto militar)
da Polícia Militar / (V.Exª.) Comandante (nome)
Corpo de Comandante Geral da...
Bombeiros
Militares
Prefeitos Vossa Excelência Senhor Prefeito Excelentíssimo Senhor...
(V.Exª.) Prefeito do Município de...
Presidentes de Vossa Excelência Senhor Excelentíssimo Senhor...
Câmaras (V.Exª.) Presidente Presidente da Câmara Municipal de...
Municipais
Altos Dignatários Vossa Excelência Senhor... Excelentíssimo Senhor...
do Serviço Público (V.Exª.)
Federal e Estadual
Reitor de Vossa Magnífico Magnificentíssimo Senhor...
Universidades Magnificiência Reitor Reitor da...
(V.Maga.)

AUTORIDADE TRATAMENTO VOCATIVO ENDEREÇAMENTO


(destinatários e envelopes)
Diretor de Vossa Senhoria Senhor... Senhor...
Autarquias, (V.Sª.)
Diretor de
Departamentos de
17

Secretarias,
Diretor de
Faculdades,
demais Patentes
Militares,
Vereadores,
Funcionários
Graduados,
Particulares
Papa Vossa santidade Santíssimo Santíssimo Padre Papa João Paulo II
(V.S.) Padre
Cardeais Vossa Eminência Eminentíssimo Eminentíssimo Senhor...
(V.Emª.) Senhor Cardeal...
Bispos e Vossa Excelência Excelentíssimo Excelentíssimo Reverendíssimo
Arcebispos Reverendíssimo Reverendíssimo Senhor...
(V.Exª.Revma.) Bispo da ...
Monsenhores, Vossa Reverendíssimo Reverendíssimo Monsenhor, Cônego,
Cônegos, Padres, Reverendíssima Senhor Padre...
Sacerdotes e (V.Revma.)
demais
autoridades
eclesiásticas
18

Algumas recomendações são pertinentes no emprego das formas de tratamento:

a) Os pronomes de tratamento, embora se refiram à segunda pessoa gramatical


(à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a
concordância para a terceira pessoa.

Ex.: Comunico-lhe que a Operação “Alfa” ... em lugar de: Comunico-vos que a
Operação “Alfa” ...
 Entretanto aconselha-se o uso do pronome de tratamento em lugar do
pronome de terceira pessoa.

Ex.: Comunico a V.S.ª que a Operação “Alfa” ... ou ainda Solicito de V.Ex.ª
autorização para ... em lugar de: Solicito-lhe autorização para ...

 No caso de uso de ambos os pronomes, a expressão de tratamento deve


ser empregada em primeiro lugar.

Ex.: Em atenção ao ofício de V.Ex.ª, informo-lhe ...


b) Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de
tratamento são sempre os da terceira pessoa.

Ex.: Estamos no aguardo de sua manifestação ... em lugar de: Estamos no


aguardo de vossa manifestação ...

c) No caso da expressão de tratamento ficar em último lugar no período,


seguida, neste caso, de ponto final, aconselha-se o uso desta por extenso.
Ex.: ... menciono que permaneço no aguardo das ordens de Vossa Excelência.

 A abreviatura Sr. deve ser utilizada quando seguida do nome ou


função/cargo de quem nos dirigimos.
19

Ex.: ... conforme acertado com o Sr. Fulano de Tal ... ou ainda: ... mencionou o
Sr. Diretor de Pessoal que ...

 Em situações diferentes das citadas, escreve-se Senhor por extenso.


Ex.: ... reporto que o Senhor deverá adotar medidas ...

d) Em se dirigindo a comunicação direto à pessoa ou autoridade, utiliza-se a


seguinte forma:

Espero que V.Ex.ª compreenda as ações desenvolvidas ...

 No entanto se nos dirigimos a uma pessoa ou autoridade, fazendo


referência a uma terceira, a forma correta é:

As ações desenvolvidas estão de acordo com as orientações de Sua


Excelência o Senhor Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.

e) Em comunicações oficiais da correspondência policial militar, não cabe o


uso dos tratamentos Digníssimo (DD) ou Mui Digno (MD) às autoridades
mencionadas na lista acima. Aos ocupantes de cargos públicos, pressupõe-se
a dignidade, sendo desnecessário sua evocação repetida.

f) Da mesma forma as autoridades que recebem o tratamento de Vossa


Senhoria, desnecessário o uso do superlativo Ilustríssimo, sendo o
tratamento Senhor o suficiente.

g) Cabe mencionar o uso indiscriminado do termo Doutor (Dr.), que se trata de


título acadêmico e não de forma de tratamento. Este deve ser empregado
apenas em comunicações dirigidas às pessoas que o possuam. O tratamento
Senhor, deve ser empregado nas demais comunicações, pela formalidade
nele expressa.
20

h) No caso da correspondência ser remetida pelo serviço postal, necessário o


uso de envelope, de preferência com o timbre da Polícia Militar, tendo em
sua frente o endereçamento, da seguinte forma:

 Para autoridades tratadas por Vossa Excelência:


Ao Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal
MM. Juiz de Direito da 12ª Vara Criminal
Rua XXX, n.º 526,
78.050-000 – Cuiabá – MT
 Para autoridades tratadas por Vossa Senhoria:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Gerente da ALFA
Rua XXX, n.º 526,
78.050-000 – Cuiabá – MT

1.6 NUMERAÇÃO

A numeração dos documentos da correspondência policial militar, obedecerá ao


seguinte:

a) cada espécie de correspondência de uma UPM (ofício, relatório, parte, etc.)


receberá uma numeração;
b) a numeração segue a ordem natural dos números inteiros, sempre se
iniciando com o algarismo zero;
c) a numeração tem início em 1º de janeiro de cada ano e encerra-se em 31 de
dezembro do mesmo ano;
d) documentos sigilosos e circulares receberão numeração própria;
e) os Boletins Internos possuem regras de numeração distintas e devem ser
seguidas.
21

Os documentos serão identificados pelo seu conjunto de identificação, assim


composto:
a) nomenclatura do tipo de documento;
b) abreviatura de número (n.º);
c) numeração do documento, seguida de barra (/);
d) sigla da seção onde foi confeccionado o documento, seguida de barra (/);
e) sigla da UPM, seguida de barra (/);
f) os dois últimos algarismos do ano da confecção do documento.

Para documentos de circulação restrita a UPM (parte, memorando), não há


necessidade de ser acrescida à sigla da UPM.

Exemplos:
 Ofício n.º 013/Sist/CR II/07 (significando ofício número 13, da Seção
Sistêmica, do Comando Regional II, no ano de 2007);

 Relatório n.º 026/APOEG/QCG/07 (significando relatório número 26, da


Assessoria de Planejamento, Organização, Estatística e Gestão, do Quartel
do Comando Geral, no ano de 2007;

 Certidão n.º 032/DRH/QCG/07 (significa certidão número 32, da Diretoria


de Recursos Humanos, do Quartel do Comando Geral, no ano de 2007)

 Parte n.º 012/Almox/07 (significa parte número 12, do almoxarifado no ano


de 2007. A parte, sendo documento de circulação interna, dispensa-se a sigla
da UPM)

No caso de documentos pessoais que não possuam controle de numeração nas


seções, ou mesmo nas UPM, é praxe utilizar-se o seguinte, o que recomendamos
enquanto controle:

a) nomenclatura do tipo de documento;


22

b) a expressão s/n.º (indica sem número), seguida de barra (/);


c) sigla com as iniciais do nome do signatário, seguida de barra (/);
d) os dois últimos algarismos do ano da confecção do documento.

Exemplo:
 Parte elaborada pelo Sd PM José Mauro Silva: Parte s/n.º/JMS/03.

1.7 ABREVIATURAS

As abreviaturas utilizadas na correspondência policial militar destinam-se a


simplificar palavras e expressões correntes na linguagem. São utilizadas as abreviaturas
do Vocábulo Ortográfico da Língua Portuguesa e as expressas em Regulamentos e
Manuais. As abreviaturas militares e policiais militares podem ser empregadas somente
nas correspondências internas, com outras instituições Policiais Militares e com as
Forças Armadas.
O uso de abreviaturas militares e policiais militares na correspondência externa
poderá ser feita desde que em seu primeiro emprego, esta venha precedida de seu
significado por extenso. Exemplo: Alertamos que a entrada do Quartel do Comando
Geral – QCG, deve ...

Possui as seguintes regras o emprego de abreviaturas na correspondência policial


militar:

a) as letras iniciais de todas as abreviaturas devem ser maiúsculas, com exceção


das reguladas por lei específica.
Ex.: Btl, Gda, Vtr, Cap, Almox, etc.

b) não se alteram o gênero e o número das abreviaturas.


Ex.: O Cb PM deve ser escalado ... ; A Cb PM deve ser escalada ... ; Os Cb
PM devem ser escalados ... ; As Cb PM devem ser escaladas ...

c) o nome dos meses será abreviado com as três primeiras letras.


23

Ex.: Jan, Fev, Mar, Abr, etc.

d) o ano será representado pelos dois últimos algarismos.


Ex.: 02, 03, 04, etc.

e) o dia será representado por dois algarismos.


Ex.: 02, 09, 22, 31, etc.

f) a abreviatura da data será composta pelo dia, mês e ano, com espaçamento
simples.
Ex.: 22 Fev 07, 21 Abr 06, 05 Set 06.

g) a hora terá indicação de quatro algarismos, sendo os dois primeiros das horas
e os seguintes dos minutos, sem dois pontos, sem espaço, acrescido da letra
h (minúscula), indicativa de horas.
Ex.: 0800h, 1530h, 2245h.

h) o grupo data-hora terá a seguinte composição: dia, hora, mês e ano, com
espaçamento na abreviatura do mês.
Ex.: 220800 Fev 07 (às oito horas, do dia vinte e dois de fevereiro do ano de
2007)

i) as abreviaturas podem ser combinadas.


Ex.: Gda Qtl, Vtr CR I, Ten Cel PM, etc.
j) as siglas são formadas por letras maiúsculas, sem espaço entre as mesmas.

Ex.: PMMT, BPM, APM, CR, etc.

2 ESTRUTURA DOS DOCUMENTOS DA CORRESPONDÊNCIA POLICIAL


MILITAR
24

Cada documento constante da correspondência policial militar apresenta uma


estrutura distinta, porém, de modo geral, podemos destacar partes específicas para seu
entendimento, sendo elas:

 Cabeçalho;
 Texto;
 Fecho; e
 Assinatura.

Cabe ainda mencionar o uso nos documentos da correspondência policial militar,


do timbre composto do Brasão da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso (no
tamanho de 2,01 cm de largura e 2,27 cm de altura), com os dizeres: Estado de Mato
Grosso, Polícia Militar e a designação da UPM de origem do documento, logo abaixo,
tudo em letras maiúsculas e em negrito, no centro da folha e espaçamento entrelinhas
simples.

Exemplo:

ESTADO DE MATO GROSSO


POLÍCIA MILITAR
COMANDO REGIONAL I

2.1 CABEÇALHO

A forma do cabeçalho varia conforme o tipo do documento da correspondência


policial militar, sendo as regras de cada um deles tratadas a seguir.

2.2 TEXTO
25

Tendo início a três entrelinhas simples do cabeçalho constitui a essência do


instrumento de comunicação, desenvolvendo a idéia que deve expressar o objetivo da
comunicação, sendo observadas as qualidades da boa linguagem: a correção, a concisão,
a naturalidade e a objetividade.
No texto ainda é recomendado que se tenha uma estrutura com introdução,
desenvolvimento e conclusão. Na introdução o assunto que motiva a comunicação é
apresentado, devendo-se evitar frases feitas como: ”Venho por meio desta”, “Apraz-me
cumprimentar V.Ex.ª, para em seguida”, “Tenho a honra de”, o emprego de forma direta
e mais ágil é recomendado, como: “Solicito de V.Ex.ª”, “Informo a V.S.ª”, “Encaminho
a V.Ex.ª”.
Passo seguinte, o desenvolvimento, o assunto deve ser detalhado, tendo o
cuidado da devida separação das idéias sobre o assunto tratado, em parágrafos distintos,
dando maior clareza à exposição. Cabe ainda observar a concisão para que não haja
perca do sentido do texto, não o tornando prolixo.
Na conclusão é pertinente que se reafirme o propósito do assunto tratado, tendo
o cuidado em não causar constrangimentos desnecessários.

O tamanho do texto pode extrapolar uma folha. Neste caso, na folha seguinte
deve ser escrito, junto a margem esquerda a seguinte expressão: Fls (abreviatura de
folha), a numeração indicativa da folha e o conjunto de identificação do documento.

Exemplo: Fls 02 do Ofício n.º 076/DRH/QCG/07.

Esta medida assegura a segurança e continuidade do documento e deve ser


grafada a partir da página dois. O texto terá continuidade a duas entrelinhas simples.
No corpo do texto, caso haja necessidade de dividi-lo em itens e subitens, adota-
se a seguinte forma:

1.
a.
1)
26

a)
(1)
(a)

Havendo necessidade de novas divisões usar-se-á:


_

*
Para melhor orientação na construção dos textos da correspondência policial
militar, apresenta-se recomendação útil baseadas no Manual de Redação e Estilo do
Estadão:

 A simplicidade do texto não implica necessariamente repetição de formas e


frases desgastadas, uso exagerado de voz passiva (será iniciado, será
realizado), pobreza vocabular, etc. Com palavras conhecidas de todos, é
possível escrever de maneira original e criativa e produzir frases elegantes,
variadas, fluentes e bem alinhavadas. Nunca é demais insistir: fuja, isto sim,
dos rebuscamentos, dos pedantismos vocabulares, dos termos técnicos
evitáveis e da erudição.

 Não comece períodos ou parágrafos seguidos com a mesma palavra, nem use
repetidamente a mesma estrutura de frase.

 Em qualquer ocasião, prefira a palavra mais simples: votar é sempre melhor


que sufragar; pretender é sempre melhor que objetivar, intentar ou tencionar;
voltar é sempre melhor que regressar ou retornar; tribunal é sempre melhor
que corte; passageiro é sempre melhor que usuário; eleição é sempre melhor
que pleito; entrar é sempre melhor que ingressar.

 Só recorra aos termos técnicos absolutamente indispensáveis e nesse caso


coloque o seu significado entre parênteses.
27

 Procure banir do texto os modismos e os lugares-comuns. Você sempre pode


encontrar uma forma elegante e criativa de dizer a mesma coisa sem incorrer
nas fórmulas desgastadas pelo uso excessivo. Veja alguns exemplos: a nível
de, deixar a desejar, chegar a um denominador comum, transparência,
instigante, pano de fundo, estourar como uma bomba, encerrar com chave de
ouro, segredo guardado a sete chaves, dar o último adeus. Acrescente as que
puder a esta lista.

 Dispense igualmente os preciosismos ou expressões que pretendem substituir


termos comuns, como: causídico, edilidade, elenco de medidas, data
natalícia, primeiro mandatário, chefe do Executivo, precioso líquido, etc.

 Proceda da mesma forma com as palavras e formas empoladas ou


rebuscadas, que tentam transmitir ao leitor mera idéia de erudição. O
documento não tem lugar para termos como tecnologizado, agudização,
consubstanciação, execucional, operacionalização, mentalização,
transfusional, paragonado, rentabilizar, paradigmático, programático,
emblematizar, congressual, instrucional, embasamento, ressociabilização,
dialogal, transacionar, parabenizar e outros do gênero.

 Não perca de vista o universo vocabular do destinatário. Adote esta regra


prática: nunca escreva o que você não diria. Assim, alguém rejeita (e não
declina de) um convite, protela ou adia (e não procrastina) uma decisão,
aproveita (e não usufrui) uma situação. Da mesma forma, prefira demora ou
adiamento a delonga; antipatia a idiossincrasia; discórdia ou intriga a
cizânia; crítica violenta a diatribe; obscurecer a obnubilar, etc.

 Seja rigoroso na escolha das palavras do texto. Desconfie dos sinônimos


perfeitos ou de termos que sirvam para todas as ocasiões. Em geral, há uma
palavra para definir uma situação.
28

 Por encadeamento de parágrafos não se entenda o cômodo uso de vícios


lingüísticos, como por outro lado, enquanto isso, ao mesmo tempo, não
obstante e outros do gênero. Busque formas menos batidas ou simplesmente
as dispense, se a seqüência do texto estiver correta, esses recursos se
tornarão absolutamente desnecessários.

 A correção tem uma variante, a precisão: confira habitualmente os nomes das


pessoas, seus cargos, os números incluídos numa informação, somas, datas,
horários, enumerações. Com isso você estará garantindo outra condição
essencial, a confiabilidade.

 Em caso de dúvida, não hesite em consultar dicionários, manuais,


enciclopédias, almanaques e outros livros de referência. Ou recorrer aos
especialistas e aos colegas mais experientes.

2.6 FECHO
1. A exemplo do cabeçalho sua forma varia conforme o tipo do documento da
correspondência policial militar, sendo as regras de cada um deles vista
quando tratarmos cada tipo de documento.

2.4 ASSINATURA

Toda correspondência é de responsabilidade do respectivo comandante, chefe ou


diretor, que deve assinar os documentos.
No caso do documento conter mais de uma folha, o signatário deve apor sua
rubrica nas folhas anteriores, da que conste seu nome para assinatura, no canto superior
direito.
As assinaturas dos documentos da correspondência policial militar deverão
seguir as seguintes regras:
29

 a três entrelinhas simples, centralizado, constar o nome completo do


signatário em letras maiúsculas, seguido de seu posto ou graduação. Logo
abaixo deve constar sua função.

Exemplo:

(assinatura)
FULANO DE TAL E COISA – Ten Cel PM
Cmt do 14º BPM

 No caso de nomeação de comandante interino para a UPM, deve ser


acrescentado a expressão Cmt Interino, no local destinado a função do
signatário.

Exemplo:
(assinatura)
BELTRANO DE TAL E COISA – Ten Cel PM
Cmt Interino do 11º BPM

 No caso do afastamento do comandante, chefe ou diretor, sendo designado


um substituto para responder por suas funções, a assinatura deve constar, no
local destinado a função do signatário a expressão Resp. p/ Cmdo.

Exemplo:

(assinatura)
FULANO DE TAL E COISA – Ten Cel PM
Resp. p/ Cmdo do 11º BPM

 Pode o comandante da UPM delegar responsabilidade a outro policial militar


para assinar determinados documentos, sendo esta delegação pública em
Boletim Interno da UPM. Com este procedimento divide a responsabilidade
30

pelo conteúdo do documento, tanto a autoridade que delega poderes, quanto


a signatária da delegação. Neste caso, junto a margem esquerda e abaixo três
entrelinhas simples, da assinatura do comandante, deve constar o termo POR
DELEGAÇÃO, em letras maiúsculas, e a três entrelinhas simples, a
assinatura da autoridade delegada.

Exemplo:

FULANO DE TAL E COISA – Ten Cel PM


Cmt do 11º BPM

POR DELEGAÇÃO

(assinatura)
CICRANO COISA E TAL – Maj PM
Sub Cmt do 11º BPM

 Na eventual ausência do comandante, chefe ou diretor, o documento poderá


ser assinado pelo seu substituto, que o informará dos fatos na primeira
oportunidade. Neste caso, acima do nome do comandante, deve o substituto,
escrever respondendo pelo expediente, assinando logo abaixo, devendo
constar ainda sua identificação com nome, posto ou graduação e função
exercida, manuscrito ou em carimbo.

Exemplo:

Respondendo pelo expediente (manuscrito)


FULANO DE TAL E COISA – Ten Cel PM
Cmt do 11º BPM

(assinatura)
31

CICRANO DE COISA E TAL – Maj PM (carimbo ou


Sub Cmt do 11º BPM manuscrito)
32

2.5 FORMATO E MARGENS

A estética do documento da correspondência policial militar depende


basicamente da obediência a certos padrões à sua apresentação gráfica. Devendo, assim,
ser seguidas recomendações referentes ao seu formato e margens.
O documento deve ser redigido em folha “A4” de dimensões 21,0 x 27,9 cm.
Deve-se utilizar apenas um dos lados da folha e impressão na cor preta. Quanto a fonte,
a utilizada deve ser a Arial ou Times New Roman, no tamanho 12.
Com relação às margens, o documento deve apresentar 3 cm à esquerda, 2 cm à
direita, 3 cm na margem superior e 2 cm na inferior.
O documento será digitado com entrelinhas simples (espaço simples).
Os parágrafos devem iniciar a 1,25 cm a partir da margem esquerda (ou um TAB
do computador), e no texto possuirão espaçamento de uma entrelinha simples (um
espaço vertical).

Do timbre do documento ao início do cabeçalho deve ser dado o espaço de três


entrelinhas simples. Do cabeçalho ao início do texto segue-se este mesmo espaçamento.
Como forma de orientar o formato e a margem apresenta-se parâmetros para a
configuração de página:

MENU ARQUIVO:
Margens:
Configurar Página:
 Superior: 3,0 cm
 Inferior: 2,0 cm
 Esquerda: 3,0 cm
 Direita: 2,0 cm

A partir da margem:
Cabeçalhos: 1,25 cm
Rodapé: 1,25 cm
33

Tamanho do papel:
A4 (210 x 297 mm)
Largura: 21 cm
Altura: 29,7 cm
Retrato

MENU EXIBIR:
 Layout da impressão
Régua

MENU FORMATAR:
Fonte: Arial ou Times New Roman
Estilo da fonte: Normal
Tamanho: 12 (rodapé 8)

Parágrafo:
Recuo e espaçamento:
Recuo:
Direito: 0 cm
Esquerdo: 0 cm
Especial: (nenhum)
Antes: 0 pts
Depois: 0 pts
Entrelinhas: simples
Alinhamento: justificado
34

2.6 PROCESSOS

Entende-se como processo o conjunto de documentos ordenados, tratando de


determinado assunto.
Na correspondência policial militar, dá-se início a um processo com a anexação
de outros documentos que trate sobre o mesmo assunto ao de origem, ou ainda
documento que dê seqüência ao assunto que está sendo tratado.
Como forma de regular o processo deve-se seguir as seguintes orientações:
a) a autoridade ou UPM que anexar o primeiro documento ao de origem, dará
início ao processo, o numerando. O processo receberá uma capa padrão, com
o devido preenchimento de seus dados: número do protocolo, parte
interessada e o assunto;
b) os documentos que forem se juntando serão colocados em ordem
cronológica crescente e as páginas numeradas, sendo a folha número um a
capa. A numeração será colocada no canto superior direito, em algarismos
arábicos e rubricada pela autoridade organizadora do processo;

c) os documentos de encaminhamento do processo serão a ele anexados em


ordem cronológica, bem como numerados;

d) como forma de melhor organização e instrução do processo, pode-se anexar


folhas próprias para despacho, em ordem cronológica, sendo os despachos
digitados ou manuscritos, a critério da autoridade;

e) todas as referências feitas a documentos constantes de processos, devem,


obrigatoriamente, fazer menção ao número da respectiva folha;

f) caso a quantidade de folhas se estenda, o processo deve ser dividido em


volumes de no máximo 200 folhas cada, para tanto necessário a lavratura de
termo de encerramento e início, do volume seguinte. Os volumes do
processo deverão tramitar conjuntamente;
35

g) os processos serão organizados e presos por grampos ou colchetes metálicos


em seu centro, no lado esquerdo da folha.

Nos documentos de tramitação interna não há necessidade de capa, apenas sua


organização em ordem cronológica crescente.
36

3 DOCUMENTOS EM CIRCULAÇÃO NA CORRESPONDÊNCIA POLICIAL


MILITAR

Neste capítulo passaremos a tratar sobre os documentos que circulam na


correspondência policial militar, especificando os tipos, conceito seu emprego, suas
formas e exemplos, para melhor esclarecimento.
Na construção dos documentos deve ser considerado o mencionado no capítulo
que trata do formato e margens, apenas as peculiaridades de cada documento merecem
atenção especial e diferenciação, se for o caso.

Trataremos dos seguintes documentos:


 Ata
 Atestado
 Certidão
 Despacho
 Memorando
 Mensagem
 Nota para Boletim
 Ofício
 Parte
 Portaria
 Relatório
 Requerimento

Outros tipos de documentos deixarão de ser observados neste trabalho por


possuírem regulamentação própria, como:
 Atos
 Boletins
 Boletins de Ocorrência
 Contratos e Licitações
 Convênios
37

 Documentos de Estado Maior


 Documentos de Polícia Judiciária Militar
 Editais

3.5 PARTE, OFÍCIO

Apresentaremos os três documentos em conjunto por possuírem estruturas bem


próximas, com pequenos detalhes na construção do texto, e no fecho diferenciado do
Ofício:

PARTE

Documento com circulação interna junto à Unidade Policial Militar, em que um


subordinado relata um fato a seu superior hierárquico, informando ou solicitando algo
de seu interesse, ou fato pertinente às atividades internas da UPM. A Parte, por sua
circulação limitada (dentro da UPM), possui texto mais ágil e mais direto, pois trata de
questões do cotidiano e de interlocutores próximos.

OFÍCIO

Documento utilizado para a comunicação entre as autoridades da Polícia Militar


e destas para com o público externo. No Ofício, por ser o documento de maior uso para
a comunicação com autoridades, deve-se ter um maior cuidado com a linguagem
utilizada e com a uniformidade.

Passaremos a apresentar a forma dos três documentos e, como mencionamos, são


próximos em sua estrutura e daremos destaque as suas pequenas diferenças.

 Cabeçalho – o cabeçalho, colocado a três entrelinhas simples verticais do timbre


e a sete centímetros da margem esquerda, possui sete linhas (divisão didática
para melhor entendimento), sendo cinco obrigatórias e duas facultadas ao
redator, dependendo do assunto a ser tratado.
38

- 1ª linha: apresenta o local (município e Estado) e data por extenso.

Exemplo:
Cuiabá – MT, 23 de março de 2007

- 2ª linha: constituída pelo Conjunto de Identificação do Documento.

Exemplo:
Ofício n.º 078/18ºBPM/03

- 3ª linha: trata do remetente, com a palavra Do, seguida da descrição do


remetente (se documento funcional trará a descrição da função do remetente,
se pessoal, seu nome seguido do posto ou graduação).

Exemplo:
Do Cmt do 18º BPM

- 4ª linha: trata do destinatário, com a palavra Ao, seguida do tratamento


adequado a quem se remete o documento e de sua função, se
correspondência funcional, ou seu nome se correspondência pessoal.

Exemplo:
Ao Sr. Diretor de Recursos Humanos da PMMT
- 5ª linha: esta linha terá a palavra Assunto, seguida de dois pontos, e de uma
breve e sucinta citação do que o texto tratará. Geralmente é apresentado com
um substantivo seguido de um verbo entre parênteses (a descrição e a ação),
como: Solicitação (faz), Informação (presta), Encaminhamento (faz). Porém
outras formas que sejam breves e sucintas, embora pouco usuais, também
são corretas, como em documento que trate de informar sobre ocorrência de
acidente de viatura, pode-se utilizar: Informação (faz), ou Acidente com Vtr
PM.
39

Exemplo:
Assunto: Informação (faz) ou
Assunto: Alteração de Praça Especial
- 6ª linha: sendo necessário, pode-se fazer menção a algum outro documento,
texto legal ou normatização administrativa, como forma de proporcionar um
melhor entendimento ao que se tratar no texto do documento. Neste caso
utiliza-se a palavra Ref. (abreviatura de referência), seguida de dois pontos e
da citação do Conjunto de Identificação do Documento, descrição da Lei ou
outro documento que embase a referência.

Exemplo:
Ref.: Ofício n.º 087/DRH/QCG/06

- 7ª linha: também se necessário encaminhar junto ao documento de origem,


outro tipo de documento, utiliza-se à palavra Anexo, seguida de dois pontos e
a descrição do que faz junto.

Exemplo:
Anexo: Relação dos Oficiais do 18º BPM

Desta forma temos no cabeçalho da Parte, do Ofício e do Memorando, cinco


linhas obrigatórias e duas facultadas seu uso pelo redator do documento, para as devidas
referências ou anexar documentos.

Exemplo:
Cuiabá – MT, 25 de março de 2007
Ofício n.º 045/ BPMTrân/07
Do Comandante do BPMTrân
Ao Exm.º Sr. Fulano de Tal – Juiz de Direito
da 12ª Vara Criminal de Cuiabá - MT
Assunto: Apresentação de Policial Militar
Ref.: Ofício DJP - n.º 76/07
40

 Texto: tem início a três entrelinhas simples do cabeçalho. Segue o texto, o


estabelecido no capítulo 8: Estrutura dos Documentos da Correspondência
Oficial, no que diz respeito a organizá-lo em introdução, desenvolvimento e
conclusão.
Cabe relembrar que na introdução deve-se evitar frases feitas como:
”Venho por meio desta”, “Apraz-me cumprimentar V.Ex.ª, para em seguida”,
“Tenho a honra de”, o emprego de forma direta e mais ágil é recomendado,
como: “Solicito de V.Ex.ª”, “Informo a V.S.ª”, “Encaminho a V.Ex.ª”.

A preocupação com o trato da linguagem deve ser uma constante, e os


assuntos tratados no texto seguir uma lógica de construção que permita o
entendimento de seu teor.

 Fecho: Trata-se do encerramento do texto em si, servindo como uma saudação


ao destinatário, utilizado somente nos Ofícios. Seu uso depende da precedência
hierárquica e funcional do destinatário da correspondência. Utiliza-se dois
fechos diferentes para o Ofício:

- Para autoridades de maior precedência:

Respeitosamente,

- Para autoridades de mesma precedência ou de precedência inferior:

Atenciosamente,
Como complementação de informação do documento tipo Ofício, por circular
entre autoridades, deve ser criado um rodapé, onde será apresentada, abaixo de um traço
horizontal entre margens, a designação da UPM com letras maiúsculas em negrito, o
endereço, telefones, fac-símile, e e-mail da UPM, tudo centralizado. Neste rodapé
deverá ser usada a fonte em tamanho 8.
41

Exemplo:
11º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR
Avenida ABC, n.º 123, Centro, Cuiabá – MT CEP 78.000-000
Tel.: 65 3744-4321 fone/fax: 65 3744-4433 e-mail:11bpm@pmmt.com.br

 Assinatura: segue o já estabelecido.


Exemplo:
BELTRANO DE TAL – Cel PM
Cmt da APMCV

Seguem exemplos de Parte, Ofício:


42

ESTADO DE MATO GROSSO


POLÍCIA MILITAR
18º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR

Cuiabá – MT, 24 de março de 2007


Parte n.º 016/Sv Dia/07
Do Oficial de Dia
Ao Sr. Sub Cmt do 18º BPM
Assunto: Alteração no Serviço

Informo-lhe que na presente data, em atividade de Policiamento Preventivo no


centro da Capital, o Sd PM Fulano de Tal, escalado no serviço de motorista da Vtr
prefixo 099, colidiu esta Vtr com um veículo marca Ford, modelo Ka, de placas JYZ
0088, causando danos materiais.

Acrescento que todas as medidas necessárias quanto a registro da ocorrência e


perícia técnica foram adotadas, bem como a Vtr fora removida ao setor de manutenção
para providências

BELTRANO DE COISA E TAL – 1º Ten PM


Of de Dia do 18º BPM
43

ESTADO DE MATO GROSSO


POLÍCIA MILITAR
16º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR

Cuiabá – MT, 24 de março de 2007


Ofício n.º 016/BPMTrân/07
Do Comandante do 16º BPM
Ao Sr. Cmt do CR I
Assunto: Informação (faz)
Anexo: 01 Termo de Declaração, cópia de
BO da PJC n.º 1234-5

Encaminho o constante do anexo tratando de declaração prestada pelo Sr.


Beltrano e Coisa de Tal, que alega ter sido vítima de agressão de Policial Militar, lotado
nesta UPM, bem como relata o não atendimento da ocorrência pela Vtr do 28º BPM,
para conhecimento e providências necessárias.

Quanto ao PM citado, reporto que este fora afastado do serviço operacional,


passando a exercer funções administrativas no Batalhão.

Respeitosamente,

FULANO DE TAL – Ten Cel PM


Cmt do 16º BPM

16º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR


44

Avenida Jota, n.º 678, Centro, Cuiabá – MT CEP 78.000-000


Tel.: 65 3344-0987 fone/fax: 65 3344-7890 e-mail:16bpm@pmmt.com.br
4 USO CORRETO DAS NORMAS GRAMATICAIS

Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no


entanto, como ocorrem com maior freqüência, merecem atenção redobrada.

Veja os erros mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para
fugir deles:

 "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau
cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor,
mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

 "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos.
/ Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

 "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve


muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

 "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem


normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. /
Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.

 Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu
fazer, para eu dizer, para eu trazer.

 Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. /
Entre eles e ti.
45

 "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez
anos ou dez anos atrás.

 "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para
fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva
do falecido.

 Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à
missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à
população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo
de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos
estudantes.

 Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e,
entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente"
(beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso),
"cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo"
(calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção"
(ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro).
 Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma
forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes
núpcias.

 Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto.
Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a,
mandou-me.

 Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode
ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. /
Ela o ama.
46

 "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se


consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. /
Procuram-se empregados.

 Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres


(de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.

 A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão


equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes,
seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do
Congresso.

 Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de


ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a
atenuante, a alface, a cal, etc.

 "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.

 Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois
de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca
promoveu nenhuma confusão.
 O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse
tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo"
(círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho).

 Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se
usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde
vamos?

 "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a


moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.
47

 O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio.


Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos
derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse,
perfizera, entrevimos, condisser, etc.
 A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada
a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.

 A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.

 Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. /
Foi tachado de leviano.

 Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural:
Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era
um dos que sempre vibravam com a vitória.

 "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode


aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.

 Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.

 Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto
de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-
obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-
campo, etc.

 O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente:
O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o
prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida
48

com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto
ao") Procon.

 As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os


pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-
no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.

 Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica passado e
equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser
substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro)
cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele
partiu há (faz) pouco menos de dez dias.

 Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma
coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de
madeira.

 Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. /


Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.

 Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de.
Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao
computador.

 Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não
existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
 Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do
singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele
vem, eles vêm; ele põe, eles põem.
49

 Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento


varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas,
medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.

 Fique "tranquilo". O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema:


Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi.
 "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o
elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.

 Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela
mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.

 Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar
de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários
públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e
não "dos mesmos").

 Vou sair "essa" noite. É este que desiga o tempo no qual se está ou objeto
próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal
(o jornal que estou lendo), este século (o século 20).

 A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-
quilômetro, zero hora.

 Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar:


Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também
seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.

 Governo "reavê" confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver


segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve,
reaverá, reouvesse. Por isso, não existem "reavejo", "reavê", etc.
50

 Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr:
Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.

 O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos
em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que
admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.

 A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja
o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que
ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na
entrevista em que...

 Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é


comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado)
da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da
decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A
decisão foi comunicada aos empregados.

 "Inflingiu" o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o


regulamento. Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao
réu.

 A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave,
avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com
eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).

 Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A


forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também
"comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar
51

cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e


cumprido (concretizado).

 "Causou-me" estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as


palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está
antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não
"foi iniciado" esta noite as obras).

 O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi


notado. Desapercebido significa desprevenido.

 "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu
empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.

 Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8
horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.

 A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm


plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg.

 Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a
mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a
respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O
animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz
alguma coisa e alguém vai para trás.

 "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso
ver.
52

Alguns erros revelam maior desconhecimento da língua que outros. Os dez


abaixo estão nessa situação:

1 - Quando "estiver" voltado da Europa. Nunca confunda tiver e tivesse com


estiver e estivesse. Assim: Quando tiver voltado da Europa. / Quando estiver satisfeito. /
Se tivesse saído mais cedo. / Se estivesse em condições.

2 - Que "seje" feliz. O subjuntivo de ser e estar é seja e esteja: Que seja feliz. /
Que esteja (e nunca "esteje") alerta.

3 - Ele é "de menor". O de não existe: Ele é menor.

4 - A gente "fomos" embora. Concordância normal: A gente foi embora. E


também: O pessoal chegou (e nunca "chegaram"). / A turma falou.

5 - De "formas" que. Locuções desse tipo não têm s: De forma que, de maneira
que, de modo que, etc.

6 - Fiquei fora de "si". Os pronomes combinam entre si: Fiquei fora de mim. /
Ele ficou fora de si. / Ficamos fora de nós. / Ficaram fora de si.

7 - Acredito "de" que. Não use o de antes de qualquer que: Acredito que, penso
que, julgo que, disse que, revelou que, creio que, espero que, etc.

8 - Fale alto porque ele "houve" mal. A confusão está se tornando muito comum.
O certo é: Fale alto porque ele ouve mal. Houve é forma de haver: Houve muita chuva
esta semana.

9 - Ela veio, "mais" você, não. É mas, conjunção, que indica ressalva, restrição:
Ela veio, mas você, não.
53

10 - Fale sem "exitar". Escreva certo: hesitar. Veja outros erros de grafia e entre
parênteses a forma correta: "areoporto" (aeroporto), "metereologia" (meteorologia),
"deiche" (deixe), enchergar (enxergar), "exiga" (exija). E nunca troque menos por
"menas", verdadeiro absurdo lingüístico.

ACADEMIA DE POLICIA MILITAR COSTA VERDE


Rua Maysa Matarazzo, s/n.º, Costa Verde, Várzea Grande – MT CEP 78.015-000
Tel.: 65 3686-2293 fone/fax: 65 3686-3566 e-mail:diveapmcv@hotmail.com

Вам также может понравиться