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Mineração

Estudo da influência da microestrutura do


clínquer sobre a moagem na fabricação de
cimento: microscopia eletrônica de
varredura
Vládia Cristina Gonçalves Souza
Laboratório de Processamento Mineral - UFRGS
Av. Bento Gonçalves, 9500, Sala 224, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: zuca@ct.ufrgs.br
Carlos Hoffmann Sampaio
Laboratório de Processamento Mineral - UFRGS
Av. Bento Gonçalves, 9500, Sala 224, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: sampaio@ufrgs.br
Luis Marcelo Marques Tavares
Departamento de Engenharia Metalúrgica - UFRJ - Centro de Tecnologia, Bloco F, Sala 210
Cidade Universitária, RJ, Brasil. E-mail: tavares@metalmat.ufrj.br

Resumo Abstract
Como continuação de um estudo anteriormente rea- As continuation of a study previously realized with
lizado com microscopio óptico (MO) e lupa, sobre amos- optical microscope and magnifying glass, on samples
tras de clínquer coletadas em uma fábrica de cimento no of clinker collected from a factory at south of Brazil, it
sul do Brasil, foram realizadas análises em microscópio was realized analysis on electron microscopic. The
eletrônico de varredura (MEV). O objetivo foi buscar mais objective was search more information that could or
informações que pudessem ou não corroborar o resulta- not corroborate the high degree of corrosion of the
do de alto grau de corrosão dos cristais, apontado pelos crystals result, pointing by first instruments, due the
primeiros instrumentos, devido à presença de um alto presence of a high content of metals.
conteúdo de metais.
The analysis on electron microscope have show
As análises em MEV mostraram a existência de um the existence of a model of microcracks and of corrosion
padrão de microfissuras e de corrosão dos cristais, tanto of the crystals, as much alite as belite. The use of the
de alita quanto de belita. O uso do EDS ou EDX (energy energy dispersive X-ray help to fortify the hypothesis of
dispersive X-ray) ajudou a fortalecer a hipótese de uma a situation with high content of Fe2O3, liquid phase and
situação de alto conteúdo de Fe2O3 e fase líquida e de metals, included titanium.
metais, inclusive titânio.
Keywords: Clinker; Grinding; cement, Microscopy;
Palavras-chave: Clínquer, Moagem, Cimento, MEV. Metallic particles

Artigo recebido em 28/01/2002 e aprovado em 13/07/2002.

REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 55(3): 209-213, jul. set. 2002 209
1. Introdução 2. Metodologia tar) obtidos a partir das lâminas exami-
nadas em MEV, junto às fotos dos cris-
Embora a microscopia óptica (MO) O procedimento de coleta de amos- tais. É preciso esclarecer que, em todos
e a lupa, em alguns casos, possam ser tras foi o mesmo usado para análises de os espectros de EDS, a presença de ouro
ótimos instrumentos para análise de clín- MO e lupa, inclusive foram usadas as se deve à metalização das amostras.
quer, mesmo quando não usada a técni- mesmas lâminas para análises em MEV.
ca de reagentes ou de análise por ima- Tal procedimento consistiu em realizar Conforme se pode observar na Fi-
gem, tais instrumentos não fornecem amostragens, em dias diversos, da ali- gura 1, alguns cristais de belita à direita
toda a informação necessária para a ob- mentação nova do circuito de moagem (aparecem em BEI mais escurecidos)
servação e análise do grau de corrosão de cimento da fábrica, com duração em mantêm sua forma preservada (prismáti-
dos cristais presentes. O padrão micro- torno de 5 horas. A cada 15 minutos era ca), no entanto a maioria dos cristais de
estrutural, ou seja, a rede de canais po- coletado cerca de 1kg de material (clín- belita encontram-se arredondados. Os
rosa pode ser mais bem visualizada tridi- quer) diretamente sobre a correia de ali- cristais de alita que aparecem em tonali-
mensionalmente e em maiores e melho- mentação do moinho. As amostras fo- dade bem clara no interior do poro mos-
res resoluções no MEV (microscópio ele- ram enviadas para classificação via pe- tram corrosão nas bordas.
trônico de varredura). Por esse motivo, neiramento, devidamente identificadas Na Figura 2, é apresentado um es-
não há dúvida de que, para se realizar pelo dia e intervalo granulométrico ao pectro de EDS, que foi realizado sobre
um estudo completo de caracterização, qual pertenciam e, em seguida, confecci- uma área equivalente a toda a Figura 1.
faz-se necessário o uso deste último ins- onavam-se as lâminas segundo a técni- Por meio desse espectro, foi possível
trumento, em especial, se possível, do ca de Insley [3]. Após análises em MO, confirmar que os cristais são realmente
auxílio de outros ainda, tais como difra- as lâminas foram encaminhadas para silicatos cálcicos, alita e belita, ou seja,
ção de raio x para verificação da presen- metalização e análises em MEV. não são aluminosilicatos ou cristais fer-
ça das fases minerais e dos metais. roaluminosos da matriz.
Com técnicas mais avançadas, tais 3. Apresentação e As Figuras 3 e 4 apresentam os es-
como o MEV, poderia ser argumentado
de forma mais consistente que há um
discussão dos pectros realizados através de janelas que
cobriam somente cada um desses mine-
aumento de belita (também corroída, em resultados rais. Através desses, constatou-se que,
casos de grau elevado de corrosão) e de A seguir, apresentam-se os espec- quando focalizado um cristal de alita, a
cal livre como decorrência da corrosão tros de EDS (Análise Química Elemen- intensidade de cálcio era muito maior que
da alita. Além disso, as suposições so-
bre as causas da corrosão, entre as quais 1300 Si

a presença de um alto conteúdo de me- 1200

1100
tais, em especial de óxidos de alumínio e 1000
Ca

de ferro durante o processo de formação 900

800
do clínquer, somente poderiam ser con-
Contagem

700

firmadas, caso fossem encontrados cris- 600

500
tais ou elementos metálicos, tais como 400
Au

ferro ou hematita, titânio e/ou alumínio 300


C
200
nas amostras. Isto poderia ser feito por 100 O Mg Al
K Ca

Fe
meio de EDS, desde que fossem toma- 0
1 2 3 4 5 6 7 8
Energia (KeV)
dos cuidados especiais, tais como esco-
lher sempre os mesmos elementos, du- Figura 1 - Cristais de alita e belita no Figura 2 - Espectro de EDS realizado
rante a sondagem. Posteriormente, po- interior de um poro. BEI/ 20Kv/ 950x. sobre cristais da Figura 1.
deriam ser feitas análises de difração 5000 5000
Si
de raios x sobre as mesmas amostras, 4500 4500

como complemento da técnica de EDS. 4000 4000


Ca

3500
Dessa forma, objetivando a conti- 3500

3000 3000
nuação de um estudo anteriormente rea-
Contagem

Contagem

2500 2500
lizado com MO e lupa, sobre amostras 2000 2000

de clínquer coletadas em uma fábrica de 1500 Ca 1500


Si

cimento no sul do Brasil, foram realiza- 1000 1000


Au Ca
das análises em MEV, de modo a corro- 500
K
Ca
500
O Mg Al
Au

CO C
borar ou não o resultado de alto grau de 0
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7
Energia (KeV) Energia (KeV)
corrosão dos cristais, apontado pelos
primeiros instrumentos devido à presen- Figura 3 - Espectro de EDS realizado Figura 4 - Espectro de EDS realizado
ça de um alto conteúdo de metais. sobre cristais de belita da Figura 1. sobre cristais de alita da Figura1.

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a intensidade de silício e o contrário acon- cinza nitidamente mais escura do que os te prejudicial à qualidade do concreto e
tecia com os cristais de belita. cristais de belita em BEI. Frisa-se que de argamassas.
foram testados vários ângulos de rota-
Esses espectros revelaram também Odigure [1] investigou a influência
ção e inclinação para o mesmo local da
a presença dos metais de magnésio, alu- dos óxidos de ferro sobre a moabilidade
amostra, provando-se que isto não tinha
mínio, ferro e potássio. e a microestrutura do clínquer, através
relação com o ângulo de incidência do
de misturas contendo co-produtos in-
Na Figura 5, pode-se observar a feixe de elétrons, restando apenas a rela-
dustriais (pastas abrasivas, contendo
enorme rede de canais em torno dos cris- ção com o peso atômico do elemento.
partículas metálicas), calcário e areia. Ele
tais de belita, constituída pelo alargamen-
to dos poros durante processo corrosi- Procurou-se identificar mais cristais produziu várias amostras de clínquer em
vo. No EDS realizado sobre a janela des- de óxidos de ferro e de silício em outros laboratório, analisou a composição quí-
ta figura, registra-se uma grande intensi- pontos da lâmina e em outras lâminas mica por microscopia óptica e difração
dade de alumínio, além, é claro, de silício contendo partículas de tamanhos dife- de raios x e observou determinadas ca-
e cálcio. Isto é um indicativo de que rentes. Nesta e em outras lâminas, foi racterísticas, tais como porosidade e a
existem cristais aluminosos da matriz possível identificar no interior dos grãos microestrutura das mesmas no MEV.
nessa região, no caso, mais provável de alita uma percentagem considerável
Através das análises das fotografi-
que seja a NE da janela aberta, na par- desses cristais e até mesmo a presença
as no MEV, percebeu que o grande volu-
te mais clara. de óxidos de titânio por meio do EDS.
me de espaços capilares (poros interco-
Sabe-se que os cristais de óxidos de titâ-
Na Figura 6, vê-se um cristal claro à nectados) era uma indicação de uma dis-
nio (TiO2), conhecidos como minerais de
direita na cauda em forma de meia-lua de tribuição desigual da fase líquida. A na-
rutilo, apresentam freqüentemente impu-
um grão de alita. Esse cristal representa- tureza dentrítica dos poros e capilares
rezas como ferro entre outros tantos
ria o elemento de maior peso atômico, no mostrou que os cristais minerais de clín-
metais. Sabe-se, também, que o rutilo e
caso poderia ser o ferro (A=56) ou o titâ- quer poderiam ser facilmente dissolvi-
outros metais alcalinos são reconheci-
nio (A=50). O cristal escuro à esquerda dos pela fase líquida corrosiva ou desin-
damente responsáveis pela chamada re-
representaria o elemento de menor peso tegrados em grãos menores.
ação álcali-agregado, fenômeno altamen-
atômico, no caso o silício (A=28).
De acordo com os espectros das
Figuras 7 e 8, a não presença de alumínio
e a pequena percentagem de cálcio são
indicativos da existência, nesse local da
lâmina, de cristais de óxidos de silício e
de ferro em meio à massa vítrea (sílica
amorfa). Os cristais de óxido de silício
costumam aparecer com limites bem de-
finidos, enquanto os cristais que apre-
sentam nos espectros de EDS ferro e,
inclusive, titânio costumam apresentar
formas caracteristicamente anédricas ou Figura 5 - Cristais de belita no interior de Figura 6 - Ampliação dos cristais inclusos
mais arredondadas. Os espectros de EDS uma rede de canais. SEI/ 20Kv/ 95x. Na na “cauda” de um grão de alita. BEI/ 20Kv/
realizados sobre estes últimos (Figura 8) ampliação, cristais de belita com bordas 950x.
corroídas em BEI (20Kv).
quase sempre apresentam ainda uma
grande contagem em silício, pois é difícil
isolar esses cristais da massa vítrea que 8000
7500
Si

7000
os circunda. No entanto, os espectros 7000 6500 Si
6500
realizados sobre os inicialmente supos- 6000
6000

5500

tos cristais de silício (Figura 7) sempre 5500 5000


5000 4500
resultam em contagem de silício unica-
Contagem

4500
Contagem

4000

mente (embora esteja o programa "seta- 4000


3500
3500

3000

do" sempre para procurar o mesmo con- 3000 2500

2500 2000
junto de elementos). Isto vem a corrobo- 2000 1500 Fe

rar com a suposição de que, em plena 1500 1000


Au
1000 500 Ti
massa vítrea, são formados cristais de 500
C
Au
Ca
0
C O

1 2 3
Ca

4
Ti

5 6
Fe

7 8

silício (quartzo), passíveis de serem re- 0


1 2 3 4 5 6 7
Energia (KeV)

Energia (KeV)
conhecidos, não só pelo espectro EDS
resultante, mas também por sua textura, Figura 7 - Espectro de EDS realizado sobre Figura 8 - Espectro de EDS realizado
forma diferenciada e por sua tonalidade cristal situado à esquerda da Figura 6. sobre cristal situado à direita da Figura 6.

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Através da microscopia óptica, do Constatou-se, pois, o quanto esse cál- vel, reage também com a fase líquida, re-
MEV e das análises por difração de raios culo pode ser enganador, apesar de ser sultando em seu arredondamento, micro-
x, Odigure [1] chegou à conclusão de ainda o mais usado na indústria cimen- fissuramento e alargamento dos poros
que o valor de C3S diminui com o aumen- teira para controle da qualidade do ci- (formação da rede de poros interconec-
to de Fe2O3, resultando na formação de mento, inclusive na fábrica em que foi tados). A cal livre ajuda a expandir ainda
mais C2S, o qual, em conjunto com os realizado esse trabalho. mais as microfalhas, podendo ocasionar
óxidos de alumínio e ferro, ajuda a baixar a sua propagação e posterior desinte-
Em espectros realizados sobre al-
a moabilidade do clínquer e, ao mesmo gração dos grãos em grãos menores.
guns cristais individualmente, identifica-
tempo, a resistência mecânica do con-
dos de forma clara em BEI, verificou-se a Um pequeníssimo orifício, situado
creto (cimento de menor qualidade).
ausência total de cálcio (ou contagem no meio de um grão de alita, poderia es-
Sabe-se, por exemplo, que o módulo de
desprezível, quando comparado com a tar preenchido por cristais de cal livre,
silicatos (MS), quando menor do que 2,
presença de ferro ou silício, conforme as os quais são muito pequenos para se-
de modo geral, está relacionado a uma
Figuras 7 e 8). Isso revelou a presença rem observados em MO nessa lâmina.
sinterização mais fácil, porém a uma mai-
de uma grande percentagem de cristais Eis aí então um "defeito" não físico, não
or formação de fase líquida, baixa da qua-
de sílica livre (vidro); de óxidos de ferro resultante de esforços mecânicos que a
lidade, maior consumo de refratários, in-
e, inclusive, de titânio, elementos clara- partícula tenha sofrido, mas trata-se de
crustação pouco estável e instabilidade
mente não ligados à fase calcítica. uma espécie de defeito "físico-químico".
do forno, ou seja, a uma menor economi-
cidade do processo de sinterização. Isso Por outro lado, espectros (ver Fi-
Importante salientar, depois desses
está de acordo com as conclusões ante- gura 10) realizados sobre cristais arre-
estudos, que foi tomado especial cuida-
riormente citadas por esse autor. dondados, com o aspecto análogo a uma
do ao se analisar cada faixa do espectro,
"couve-flor", como os apresentados na
Ele concluiu também que a presen- verificando-se todos os elementos pos-
Figura 9, demonstraram a presença qua-
ça de alto conteúdo de Fe2O3 e FeO (a síveis de representarem cada pico e eli-
se única dos elementos cálcio e oxigê-
alta percentagem de óxidos de ferro na minando os que, de acordo com as inú-
nio, levando à conclusão de que estes
fase líquida), devido ao uso de co-pro- meras análises químicas da fábrica, nun-
eram os cristais de cal livre (CaO).
dutos industriais, afetaram enormemen- ca poderiam ali estar presentes. De fato,
te a estabilidade da belita e levaram a Nas Figuras 11 e 12, pode-se ver quase nenhum dos elementos presentes
desintegração da alita. Isto estaria, de os cristais de alita em detalhes, com suas que aparecem nos espectros poderia ser
acordo com seu estudo, igualmente rela- formas parcialmente preservadas, porém confundido com outros vizinhos na Ta-
cionado com a observação de poros e com as bordas bastante corroídas. bela Periódica, e a proporção entre os
microfissuras. As amostras contendo mesmos segue uma lógica bastante sim-
Na Figura 13, encontram-se cristais
menor conteúdo de óxidos de ferro e mais ples e convincente para ser rejeitada.
de belita, no interior de um poro, com
alita não apresentaram (no MEV) pa-
formato arredondado e muitas microfis- Portanto, através das relações en-
drões de formação ou crescimento de
suras. Tal descrição confere com o pa- tre elementos (p.e., % em peso do ele-
microfissuras. Naquelas amostras ricas
drão de corrosão observado em micros- mento silício em relação ao cálcio) e, so-
em óxidos de ferro, desenvolveram-se
cópio óptico. Quando das observações bretudo, fazendo com que a cada novo
redes capilares e microfissuras, as quais
dos poros em lupa, subsistia uma dúvi-
seriam responsáveis pela difusão de cá- EDS o programa de computador acopla-
da: se os cristais do seu interior estavam
tions para o interior das redes cristalinas do ao MEV procurasse somente os ele-
preservados ou não, uma vez que existia
dos minerais de clínquer. Esse fenôme- mentos reconhecidamente possíveis de
a probabilidade de que estivessem, à
no afetaria seriamente a morfologia e po- estarem presentes no material, foi possí-
semelhança do que acontece no caso dos
deria ser o responsável pelo o que foi vel fazer a identificação das fases pre-
geodos, em que o resfriamento se dá de
descrito pelo autor como "bancos de rios sentes no clínquer de cimento.
forma lenta. Com a análise em MEV, no
suaves", que se estendem por toda a su-
entanto, ficou comprovado o fenômeno
perfície dos minerais de clínquer. Portan-
de corrosão.
to a adição desse compostos no conteú- 4. Conclusões
do adequado poderia contribuir enorme- Na verdade, portanto, o resfriamen-
As análises qualitativas em conjun-
mente para a moabilidade dos minerais. to lento não ajuda, no caso desses mine-
to com as análises quantitativas elemen-
rais, a formação de cristais maiores, nem
Outro fato muito interessante assi- tares revelaram fatos surpreendentes no
a preservação de suas formas, porque o
nalado naquele trabalho seria a enorme que concerne a microestrutura do clín-
resfriamento lento facilita o processo de
diferença entre o cálculo empírico de quer e sua relação com a porosidade, o
corrosão.
Bogue ou fórmula de Kind, usado para que acabou por comprovar, mais uma vez,
calcular as quantidades de cada mineral A alita sofre corrosão pela fase lí- a importância desse tipo de análise na
do cimento, em relação aos resultados quida presente, resultando em belita e avaliação da qualidade do cimento e na
apresentados por difração de raios x. cal livre. A belita, ainda bastante instá- eficiência do processo de moagem.

212 REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 55(3): 209-213, jul. set. 2002
Figura 9 - Cristais de cal livre. SEI/ 20Kv/ Figura 10 - Espectro de EDS realizado
700x. sobre cristais da Figura 9. Figura 11 - Cristal de alita com bordas
corroídas e microfissuramento. SEI /20Kv/
900x. Na ampliação, detalhe da borda do
cristal corroído.SEI/ 20Kv/ 3000x.

alita e perda da atividade de hidratação


dos minerais de cimento. Dessa forma,
seria altamente recomendável realizar
análises de difração de raios x, a fim de
verificar a presença desses metais, as-
sim como se faz necessário estimar as
proporções em que os mesmos se apre-
Figura 13 - Cristais de belita com bordas sentam.
Figura 12 - Cristais de alita com bordas corroídas e microfissuramento. SEI /20Kv/
corroídas no interior de um poro.SEI /20Kv/ 700x.
4500x.
Referências
Bibliográficas
Através das análises em MEV, veri- conteúdo de Fe2O3,e fase líquida, em es- [1] ODIGURE, J.O. Grindibility of cement
ficou-se que existe um padrão de micros- pecial C4AF, bem como essa situação clinker from raw mix containing metallic
fissuras e de corrosão dos cristais, tanto poderia estar sendo provocada pela pre- particles. Cement and Concrete Research,
de alita quanto de belita, o que só vem a sença de outros metais, tais como o titâ- 29, p. 303-307, 1999.
[2] MONTEIRO, P. J. M., MEHTA, P. K.
corroborar com as análises realizadas em nio. Concreto: estrutura, propriedades e
microscópio óptico e lupa. Fazendo uma materiais. São Paulo: Pini, 1994. p.161-
Nesse estudo, procuramos apre-
analogia com os experimentos de Odi- 166.
sentar o papel dos metais, em especial [3] INSLEY, H.J., MCMURDIE, H. F. Res. Natl.
gure [1] e por meio do EDS, é possível
do ferro, no fenômeno de corrosão da Bur. standard, p. 20-173. 1938.
afirmar que existe uma situação de alto

Em janeiro de 2002 a
REM completou 66 anos.
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REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 55(3): 209-213, jul. set. 2002 213

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