Вы находитесь на странице: 1из 53

MERCADO DE

ENERGIA ELÉTRICA
Elisa Bastos Silva

1ª Edição |julho| 2014


Impressão em São Paulo/SP
Mercado de Energia Elétrica

Coordenação Geral Coordenação de Projetos


Nelson Boni Leandro Lousada

Professor Responsável Revisão Ortográfica


Elisa Bastos Silva Vanessa Almeida

Coordenadora Peda- Projeto Gráfico, Dia-


gógica de Curso- EAD gramação e Capa
- Ana Flávia Marcheti

1º Edição: Julho de 2014


Impressão em São Paulo/SP

Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8/6353


Sumário
Unidade 4 – Mercado livre de energia .05

4 Mercado spot e liquidação das diferenças


4.1 Compra e venda de energia no mercado livre
4.2 Mercado de derivativos
4.2.1 Tipos de derivativos
4.2.1.1 Contratos a termo
4.2.1.2 SWAPS
4.2.1.3 Contratos futuros
4.2.1.4 Contratos de opção
4.3 Riscos de contratação
4.3.1 Tipos de riscos
4.3.1.1 Riscos de geração e transmissão
4.3.1.2 Risco de preço de mercado e de base

Gabarito .41

Referências bibliográficas .45


Unidade 4
Mercado livre
de energia
Caro (a) Aluno (a)
Seja bem-vindo (a)!

Nesta última unidade, forneceremos orientações


sobre o funcionamento do mercado de curto
prazo e a regra de liquidar as diferenças entre a
energia apurada e contratada. Além disso, se-
rão reveladas as circunstâncias das negociações
realizadas no Ambiente de Contratação Livre,
apurando seus índices e valores. Serão avaliados,
ainda nesta unidade, os conceitos de derivativos
e riscos, que estão intimamente ligados às tran-
sações realizadas neste mercado.

4 Mercado spot e liquidação das diferenças

Luenberger (1988) conceitua mercado spot como


o mercado em que se realiza a entrega do produto nego-
ciado, no ato da transação. Este mercado, no setor elétri-
co, é realizado e valorado pela CCEE.
Caso um agente consuma mais energia do que
foi estipulado em contrato, esta diferença consumi-
da será negociada ao preço da energia, no ambiente
de curto prazo. Desta forma, o agente fica exposto
às condições físicas e econômicas do preço, naquele
dado momento. De maneira semelhante, um agente
gerador que produza acima de sua capacidade con-
tratada, pode negociar seu excedente ao preço do
mercado spot.
O preço desta energia não contratada é deno-
minado Preço da Liquidação das Diferenças (PLD).
Ele é calculado pela CCEE, seguindo uma série de
diretrizes, depois da contabilização da energia con-
tratada e produzida. A Figura 31 ilustra o processo de
contabilização, realizado centralmente pela CCEE:

Figura 31: Processo de contabilização da energia.


Fonte: Elaboração própria – adaptado de CCEE (2014).

A CCEE realiza o cálculo do PLD semanal-


mente e fornece o preço em R$/MWh para cada
submercado, ligado à rede básica do SIN. Ele é de-
composto, ainda, por patamar de carga (leve, médio
e pesado). No mês de novembro de 2013, a média de
preço do PLD foi de 331,07 R$/MWh (trezentos e
trinta e um reais e sete centavos por megawatt-hora).
A Figura 32 demonstra o histórico médio do PLD
para o mês de Nov/2013:

Figura 32: Histórico médio do PLD no mês de Nov/2013.


Fonte: (CCEE, 2013).

Para formar o PLD, a CCEE utiliza o Custo Mar-


ginal da Operação (CMO), que é um resultado obtido
através de cálculos realizados pelo ONS. O CMO é
conceituado como o custo adicional à carga, depois
de contabilizada e atendida toda a curva de consumo.
O PLD se limita aos valores mínimo e máximo
em relação ao CMO. Para se atingir o PLD mínimo,
deve-se calcular uma estimativa do custo variável da
operação da usina de Itaipu, considerando o rateio
da energia cedida do Paraguai ao Brasil. O valor des-
se rateio é uma média geométrica, realizada diaria-
mente a partir das cotações de fechamento do dólar
americano (PTAX), e publicadas pelo Banco Cen-
tral. O PLD máximo se equivale ao menor valor do
PLD máximo, obtido no ano anterior, com suas de-
vidas correções e ao preço da usina termelétrica de
valor estrutural mais elevado, com capacidade insta-
lada superior a 65 MW e que esteja inclusa no Pro-
grama Mensal de Operação Eletromagnética (PMO)
(GUNN, 2008). A Figura 33 apresenta o PLD médio
e o limite mínimo e máximo, por submercado, para
o mês de Nov/2013:

Figura 33: PLD médio e limites mínimo e máximo, por submer-


cado, no mês de Nov/2013.
Fonte: (CCEE, 2013).
O mercado de curto prazo transaciona um
grande volume financeiro, todos os anos. Do mês de
novembro de 2012 a novembro de 2013, o total de
compra realizado no mercado de curto prazo, pelos
agentes da CCEE, foi de R$ 1.465.95 milhões de re-
ais, como se pode verificar na Tabela 25:

Conforme Gunn (2008), os valores de PLD


apurados, até hoje, no mercado de energia elétrica,
não são suficientes para se considerar um históri-
co confiável. Por isso, utilizar o histórico do PLD
para realizar previsões de precificação pode resultar
em surpresas desagradáveis. Devido a este fator, as
projeções para precificação são realizadas utilizando
cenários de preços, a partir de séries sintéticas do
CMO, fornecidas por metodologias do ONS.
De acordo com a CCEE (2014), a metodolo-
gia utilizada para formação de preços é operacio-
nalizada por meio dos programas computacionais
NEWAVE, NEWDESP (que é objeto do programa
NEWAVE) e DECOMP. A Figura 34 dispõe a rela-
ção entre programas de metodologia de preço:

Figura 34: Fluxograma dos programas de metodologia de preço.


Fonte: Elaboração própria – adaptado de CCEE(2014).

O programa NEWAVE é utilizado para plane-


jamento em médio prazo. Ele gera projeção para o
máximo de cinco anos, discretizados mensalmente.
Utilizando o método de programação estocástica,
o programa permite analisar a evolução do sistema
elétrico e trazer informações do futuro para o pre-
sente, a partir de diversas hipóteses operacionais e
de afluências. Para cada hipótese criada é adotada a
opção de menor custo de operação.
Deste modo, o objetivo desta metodologia é,
para cada estratégia de entrada, minimizar o custo
para todo o período de planejamento. Conforme a
CCEE (2014), como resultado deste modelo, adqui-
re-se a função de custo futuro.
Pelo fato de realizar projeções de médio prazo,
o modelo matemático que alimenta o sistema é redu-
zido, por meio de programação dinâmica dual, a fim
de se obter uma quantidade razoável de projeções.
Outra característica técnica que enfraquece o mode-
lo do NWEAVE é a forma de simplificar os dados
de reservatório, pois ele agrega os reservatórios de
cada região em um único reservatório de energia
(GUNN, 2008). A Figura 35 mostra como os módu-
los do NEWAVE se relacionam:
Figura 35: Relação entre os módulos do programa NEWAVE.
Fonte: (CEPEL, 2012).

O sistema NEWAVE é composto por quatro


módulos computacionais que calculam os subsiste-
mas equivalentes de energia, geram séries sintéticas de
energias afluentes, determinam a política de operação
hidrotérmica de menor custo e simulam a operação
do sistema, ao longo do período de planejamento.
O NEWDESP é um módulo do programa
NEWAVE, cujo objetivo é a consulta destas funções
de custo, geradas pelo NEWAVE. Assim, o sistema
é capaz de gerar relatórios, contendo os valores da
água para aquele mês e, também, informar qual o
despacho ótimo para aquela data em estudo. Como
resultante deste processo, é gerado o CMO por pata-
mar de carga, para cada submercado do SIN.
O DECOMP é um modelo de otimização para
gerar previsões em curto prazo. Ele utiliza as saídas
geradas pelo NEWAVE, como as funções de custo.
Desta forma, é capaz de produzir o despacho, que
minimiza o custo ao longo do período de planeja-
mento (CCEE, 2014). Gunn (2008) aponta ainda:

O modelo Decomp trabalha com o curto prazo da operação e isso


o possibilita utilizar a árvore completa, isto é, calcula o custo futuro
para todos os estados. E também trata cada uma das usinas de manei-
ra individualizada. O Decomp utiliza os seguintes dados de entrada:
a função de custo futuro definida pelo Newave ao final do segundo
mês; a revisão de afluências semanais no primeiro mês (gerada pelo
programa Previvaz); as séries sintéticas de vazões para o segundo mês
e outras informações tais como: custos das usinas, entradas e saídas
das máquinas etc. (GUNN, 2008).
4.1 Compra e venda de energia no mercado livre

O processo de compra e venda de energia elé-


trica, livremente negociada, ocorre no Ambiente de
Contratação Livre, em que as condições contratuais,
como prazos, quantidades e preços, são flexíveis e
definidas entre os agentes envolvidos, que devem
formalizar seus contratos na CCEE.
Inicialmente, o mercado livre foi constituído
por meio do Artigo 15, da Lei nº. 9.074, de 1995.
Entretanto, os critérios atuais foram modificados
pela Lei nº. 9.648, de 1998, que define consumidores
livres como aqueles que possuem uma carga acima
de 3.000 MW, e assim, podem optar pelo fornecedor
de sua energia.
Os consumidores que se enquadram nas carac-
terísticas de consumidor livre e que tenham interesse
em migrar para o ACL, depois de solicitar a adesão
à CCEE, deve custear os encargos de transmissão e
distribuição, a fim de ressarcir estas empresas pelo
serviço prestado. Além disso, devem celebrar, em
conjunto com a distribuidora local, o Contrato de
Uso do Sistema de Distribuição de Energia Elétri-
ca (CUSD) e o Contrato de Conexão ao Sistema de
Distribuição de Energia Elétrica (CCD).
Para que o consumidor volte a ser atendido pelo
mercado regulado, ele deve solicitar à distribuidora,
em tempo hábil, que realize uma adequada previsão
de sua carga. Segundo institui a Lei nº. 10.848, de
2004, os consumidores que exercem a opção de mi-
gração poderão retornar à condição de consumidor,
atendido mediante tarifa regulada, garantida a conti-
nuidade da prestação dos serviços, nos termos da lei
e da regulamentação, conforme o prazo estipulado
pela distribuidora local.
A migração de consumidores regulados para
consumidores livres possibilita o equilíbrio de pre-
ços entre os mercados ACR e ACL, pois, se o pre-
ço de um mercado tornar-se mais atrativo do que o
de outro, há uma atuação no equilíbrio da demanda,
que influencia no preço de ambos os mercados.
Participam deste mercado, segundo a CCEE
(2014), os geradores, autoprodutores, produtores
independentes, comercializadores, importadores e
exportadores de energia e os consumidores livres e
especiais.
Sobre os aspectos de contratação no ACL, a
CCEE (2009) pondera:

º Deve haver a obrigatoriedade de contratação de 100%


da demanda, ao longo dos últimos 12 meses (mas não
em contratos de longo prazo), com possibilidade de
penalização pela insuficiência de contratação.

º As variáveis macroeconômicas dificultam a previsão


da demanda e a decorrente contratação de longo prazo.
º Prazos muito longos de contratação podem pren-
der o consumidor livre, que necessita de flexibilidade
para suas decisões de produção.

º O consumidor livre não pode atuar como vende-


dor, pois deve, obrigatoriamente, liquidar suas so-
bras contratuais no mercado de curto prazo.

º Para retornar ao mercado cativo, o consumidor


deve avisar à distribuidora local, respeitando os pra-
zos estabelecidos por ela.

A Figura 36 demonstra a quantidade de consu-


midores que migraram para o mercado livre, entre
os anos de 2004 e janeiro de 2014. É possível notar
que o ápice das associações ocorreu em 2005, um
ano após a institucionalização do novo modelo do
SEB. Contudo a linha de tendência destas adesões é
decrescente, tendo um acréscimo maior apenas em
2012, quando migraram 107 consumidores.

Figura 36: Evolução anual da quantidade de adesões ao mercado livre.

Fonte: Elaboração própria – adaptado de CCEE (2014).


Independente de a linha de tendência das mi-
grações ser decrescente, para o mercado livre, é no-
tável o aumento do consumo de energia elétrica para
os consumidores do ACL. O consumo total regis-
trado em 2012 foi de mais de 120 mil GWh, repre-
sentando cerca de 27% do consumo total do país,
no mesmo período, como apresentado na Figura 37:

Figura 37: Consumo por mercado em 2012.


Fonte: Elaboração própria – adaptado de EPE (2013).

O submercado em que há maior consumo de


energia dos agentes livres é o Sudeste/Centro-Oes-
te, que compõe 68,2%. A menor participação é do
submercado Nordeste, que consome apenas 6,6%
desta energia, conforme disposto na Tabela 26:
Ao se analisar o consumo livre por região (Ta-
bela 27), nota-se que o Sudeste, devido a inúmeros
clientes industriais e comerciais de grande porte, tem
o maior consumo registrado, com 64,4%. Com a
menor participação, há o Centro-Oeste, que mesmo
com a intensa agroindústria da região, ainda possui
um consumo livre minúsculo, com 3,8%.

O consumo livre desagregado por classe, repre-


sentado por meio da Tabela 28, mostra que a indús-
tria possui maior participação neste consumo. Este
consumo é esperado, visto que as produções exigem
um uso considerável de energia elétrica. Em termos
residenciais, não foi, até hoje, registrado nenhum
consumo, devido ao fato de as residências não con-
sumirem o suficiente para se enquadrar em poten-
ciais consumidores livres.

Como a CCEE é responsável pela contabiliza-


ção da energia contratada e gerada, todos os contra-
tos livres celebrados devem ser devidamente regis-
trados na Câmara de Comercialização. Para o am-
biente livre, são considerados três tipos de contra-
tos: o Contrato de Compra de Energia Incentivada
(CCEI), o Contrato de Compra e Venda de Energia
no Ambiente de Contratação Livre (CCEAL) e os
Contratos Bilaterais. É possível, também, estabele-
cer Contratos de Energia de Reserva (CER) e Con-
tratos de Uso de Energia de Reserva (CONUER), da
mesma maneira que são celebrados no ACR.
Segundo a CCEE (2014), os CCEI objetivam as
negociações de compra e venda, entre os geradores
que produzem energia elétrica, a partir de fontes in-
centivadas – empreendimentos de geração de energia
renovável que possuem potência instalada até 30MW
– e comercializadores e consumidores especiais.
Por sua vez, os CCEAL são os contratos rela-
cionados à compra e venda de energia, entre as ge-
radoras e comercializadores (ou diretamente com os
consumidores livres). A terminologia de Contratos
Bilaterais vem sendo substituída por CCEAL, que
são contratos em que os próprios agentes estabele-
cem os termos, como quantidade, prazo e preço etc.
Estes contratos acontecem sem interferência
da CCEE e podem ser de longo ou curto prazo. A
importância do registro se deve à contabilização do
montante contratado, que acontece em base horária
e por patamar de carga.
Os contratos devem ser registrados pelo vende-
dor, por meio do sistema de contabilização e liquida-
ção. Para que haja a correta contabilização deste con-
trato, o comprador deve validá-lo no mesmo sistema.
O sistema de contabilização e liquidação (SCL),
implantado em 1999, executava essa apuração, porém
devido à insuficiência de capacidade, estas informa-
ções foram migradas para o sistema conhecido como
CliqCCEE, a fim de atender as inovações das regras
de comercialização, aumentar a eficiência da opera-
ção, viabilizar melhores processos, otimizar os pro-
cessamentos mensais das operações de contabilização
e liquidação financeira e possibilitar processamento
simultâneo das operações mensais e recontabilização.

4.2 Mercado de derivativos

Por causa da flexibilidade das negociações do


ambiente de contratação livre, em relação aos ter-
mos do contrato, há um aumento dos riscos associa-
dos à compra e venda desta energia; O mau dimen-
sionamento da quantidade e do preço podem expor
os agentes ao risco do preço do PLD.
Por essência, o mercado de energia é conside-
rado um dos mais voláteis do mundo, por diversos
fatores, como: aspectos entre a oferta e a demanda,
custos de geração devido aos preços dos combustí-
veis, limitações de transporte, exposição à sazona-
lidade, entre outros. Como o Brasil é um país que
possui mais de 60% de geração hidráulica, o risco de
geração é mais alto, pois a exposição ao risco se refe-
re a questões climáticas, que interferem diretamente
no volume dos reservatórios. Por isso, a volatilidade
do mercado brasileiro é altíssima. Este risco pode
ser verificado na Figura 38, que expõe a variação do
preço do PLD de Janeiro de 2011 a Janeiro de 2014:

Figura 38: Preço médio do PLD nos meses de Janeiro.


Fonte: Elaboração própria.

Como determina a legislação vigente, os con-


tratos entre os agentes, no ACL, devem ser cumpri-
dos integralmente, a fim de entregar 100% da carga
contratada. Caso o agente não tenha condições de
cumprir o contrato, ele deverá recorrer ao mercado
spot, se expondo ao preço do PLD daquele momen-
to, bem como custear a multa por subdimensiona-
mento de carga.
Um consumidor que esteja descontratado em
períodos de alta do PLD e que alcançado uma média
de consumo de R$ 412,00 por MWh, em Janeiro de
2013, por exemplo, pode adquirir um déficit finan-
ceiro considerável.
Neste sentido, um mecanismo para mitigar os
riscos de contratação livre é o derivativo. Conforme
a ANBIMA (2010), os derivativos são conceituados
como contratos que possuem liquidação futura, cuja
precificação do objeto do contrato se baseia no va-
lor de outro objeto e serve como proteção contra o
risco do mercado à vista. Deste modo, os derivativos
oferecem proteção em relação aos voláteis preços da
energia elétrica.
Conforme Securato (2009), duas operações
fundamentais são realizadas no mercado de deriva-
tivos: a primeira é a operação de hedge, que busca
a minimização do risco financeiro e ocorre quando
uma das partes tem o interesse em se proteger de
perdas advindas da variação de um determinado ati-
vo, a segunda operação é conhecida como especu-
lação, que busca a maximização do lucro, visto que
uma das partes espera essa variação do ativo e a utili-
za como oportunidade de obter lucro, assumindo os
riscos financeiros.

A fim de elucidar a operação de hedge, podemos tomar, como exem-


plo, uma commodity, cujo preço é vinculado aos preços internacio-
nais. Para que essa empresa não seja comprometida pela flutuação de
preço internacional, ela utiliza o derivativo para realizar uma operação
de hedge. Se o preço internacional cair em 15%, a receita da empre-
sa diminuirá proporcionalmente. Contudo, o contrato de derivativo
promoverá um ganho dos mesmos 15% para a empresa. O contrário
também ocorre, pois se o preço internacional subir em 30%, a receita
da empresa subirá na mesma proporção, porém os contratos de deri-
vativos provocarão uma perda dos mesmos 30%, não proporcionan-
do nenhum ganho à empresa.

Securato (2009) exemplifica, ainda, as opera-


ções especulativas:

Tome-se, como exemplo, um especulador que deseja apostar R$ 100


mil na alta de uma ação. Este investidor tem duas alternativas: com-
prar no mercado à vista R$ 100 mil em ações e esperar que elas valori-
zem, ou alternativamente, comprar um contrato futuro de ações – um
instrumento derivativo – pelo qual receberá essas ações, em data fu-
tura, pelo preço atual. O custo deste contrato futuro, como exemplo,
seria apenas 5% do valor nocional12. Assim, utilizando-se dos mesmos
R$100 mil, o especulador pode multiplicar seu resultado, obtendo um
contrato com valor nocional de R$ 2 milhões (R$ 100 mil divididos
por 5%), ou seja, alavancando sua posição em 20 vezes.
Deste modo, se as ações valorizarem 10% e o especulador tiver com-
prado R$ 100 mil, no mercado à vista, auferirá lucro de R$ 10 mil
(10% de R$ 100mil). Todavia, se optar pelo contrato futuro, obterá

12
Valor de um derivado, calculado a partir do preço à vista dos ativos
relacionados a ele.
lucro de R$ 200 mil (10% de R$ 2 milhões). A alavancagem financeira,
porém, funciona para os dois lados: em caso de queda de 10% no
valor das ações, na opção do mercado à vista, o especulador amargará
a perda de R$10 mil, enquanto no mercado futuro, a perda será de R$
200 mil. (SECURATO, 2009).

A negociação dos derivativos pode ocorrer tan-


to em bolsas organizadas, como em mercados de bal-
cão. As bolsas organizadas são aquelas que possuem
local físico adequado para as negociações, os contra-
tos seguem um padrão, há fiscalização da transação
e são necessárias garantias. No mercado de balcão, a
negociação ocorre sem que haja padronização dos
contratos e os termos são definidos entre as partes.
Quando existe um registro deste contrato em
uma Câmara, é possível dizer que o derivativo foi
transacionado em um mercado de balcão organiza-
do, pois é o caso, frequentemente, dos contratos de
energia, livremente registrados na CCEE.

4.2.1 Tipos de derivativos

Os tipos de derivativos mais utilizados no mer-


cado de energia são os contratos a termo, futuros, op-
ções e swaps, que serão vistos ao longo desta seção.

4.2.1.1 Contratos a termo


De acordo com a ANBIMA (2010), os con-
tratos a termo são considerados um dos derivativos
mais antigos de que se tem registro. São, internacio-
nalmente, conhecidos como forward contracts e ser-
vem como instrumento para compra e venda de um
ativo, em uma data futura, pagando por ele o preço
estabelecido anteriormente.
Desta maneira, não existe ajuste diário nestas
operações, uma vez que o acerto financeiro é rea-
lizado na data de vencimento do contrato. O preço
de entrega, aquele acordado no registro do contrato,
pode se manter igual, ficar abaixo ou acima do preço
de mercado.
No caso do preço de mercado ser superior ao
preço de entrega, o comprador terá um ganho, pois
está comprando um ativo por um preço menor que
o de mercado. Assim, ele se apropria desta diferença
positiva. Caso o contrário, se o preço de mercado for
inferior ao preço de entrega, o comprador terá uma
perda, porque adquiriu o ativo por um preço maior
que o negociado no mercado, naquele momento.
Pela visão do vendedor, há a lógica inversa; caso
o preço de mercado esteja superior ao preço de en-
trega do contrato, ele terá uma perda, pois venderá
o ativo por um preço menor do que o praticado no
mercado. No entanto, se o preço de mercado for in-
ferior ao preço de entrega, o vendedor se apropriará
desta diferença.
A Figura 39 apresenta a modalidade de um con-
trato a termo típico, em que as condições de entrega
são rígidas, em que a quantidade de energia q é cons-
tante, em um período de tempo que se encerra em T.
A regra de pagamento para cada MWh contratado,
nesse tipo de contrato, é dada pela Equação 1:

Figura 39: Contrato a termo padrão


Fonte: (TAKAHASHI, 2007).

Uma peculiaridade dos contratos a termo, no


mercado de energia elétrica, ocorre devido ao fato
de que a entrega se dá no ato do consumo e o preço
fixado é a média dos preços praticados, durante o
período de fornecimento (DENG, 2005).
Outra modalidade do contrato a termo é co-
nhecida como contrato a termo flexível, que permite
certa flexibilidade em relação aos termos do acordo,
ilustrado pela Figura 40. É comum, em contratos
de energia, ter a flexibilidade da entrega da carga,
de acordo com o interesse dos envolvidos. Então,
são definidos, em relação à quantidade constante de
energia, um limite mínimo e máximo para a variação
de entrega de cada intervalo do contrato.

Figura 40: Contrato a termo flexível.


Fonte: (TAKAHASHI, 2007).

Nas situações em que o preço de mercado


(PLD) seja superior ao preço de entrega, o compra-
dor se beneficia ao liquidar seu excedente ao PLD,
no mercado de curto prazo.

4.2.1.2 SWAPS
Chew (1999) define o Swap, como o próprio
nome sugere, como um contrato entre duas partes
que acordam a realização de uma operação de tro-
ca de fluxos de caixa financeiros, durante a vigência
deste contrato.
Nesses tipos de derivativos, devem-se estabelecer
o índice ou valor a ser trocados entre as partes, o valor
que incidirá o calculo dos índices ou valores a serem
trocados e o prazo em que eles serão contabilizados.
Com relação à energia elétrica, funcionam como
contratos financeiros que possibilitam às partes pa-
gar um preço fixo pela energia, mesmo com a flutu-
ação do preço da energia no horizonte do contrato.

4.2.1.3 Contratos futuros

Os contratos futuros seguem a mesma lógica de


um contrato a termo, porém, estes derivativos são
transacionados apenas em bolsas. Conforme Secu-
rato (2009), os contratos futuros são aqueles nego-
ciados entre duas partes que acordam determinado
ativo, para entrega em uma data futura, contudo, por
um preço estabelecido na data presente.
De acordo com a ANBIMA (2010), a existência
de um mercado à vista líquido do ativo, a ausência
de controle governamental, a volatilidade de preços
e a facilidade de padronização dos ativos são as con-
dições que garantem um bom funcionamento dos
derivativos futuros. Shiota (2008) complementa:

No Brasil, os contratos futuros de energia foram negociados na


Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), por um período de 9
(nove) meses. Embora utilizados, em função do baixo volume
de liquidações, as operações foram encerradas com a intenção
de ser definido um novo tipo de contrato. (SHIOTA, 2008).

4.2.1.4 Contratos de opção

Os contratos de opção, assim como os contra-


tos a termo flexíveis, permitem ajustes, ao longo do
período do contrato. Estes contratos possibilitam
aos compradores comprar ou vender determinado
ativo, sem que isso seja uma obrigação.
Para caracterizar um contrato de opção, o deri-
vativo deve possuir um preço de exercício, ou seja,
o valor a partir do qual a opção pode ser exercida.
Além disso, há um prêmio, valor pago ao vendedor,
pela opção e pelo direito de exercê-la em um período
no futuro. Há, também, um titular, isto é, o detentor
desta opção e um lançador, que é aquele que vende a
opção, recebe o prêmio e tem a obrigação.
As opções podem, ainda, ser classificadas como
opções de compra (call options) e opção de vendas
(put options). A primeira são aquelas que dão o di-
reito ao titular de adquirir um determinado ativo.
Para tanto, o titular deve pagar ao lançador o prê-
mio estipulado. No caso das opções de venda, são
aquelas em que o titular tem o direito de vender um
determinado ativo. Para tanto, o titular deve pagar
ao lançador o prêmio estabelecido. No que se refere
ao mercado de eletricidade, estes derivativos podem
ser vistos como uma garantia para as flutuações dos
preços, no mercado de curto prazo.

4.3 Riscos de contratação

Vistos os tipos de derivativos que podem ser


utilizados para negociar energia elétrica, iremos, ago-
ra, compreender o cenário de riscos envolvidos nes-
tas transações do ACL.
A forma mais comum de conceituar o risco é
associá-lo à perda e às incertezas que envolvem um
processo de decisão. Quando falamos de investi-
mentos e de negociações que abrangem um volume
financeiro, razoavelmente considerável, os agentes
optam por utilizar recursos e ferramentas que os
ajudem a mitigar os riscos vinculados.
Conceitualmente, risco é a possibilidade de se
fracassar em relação a um objetivo pré-estabelecido
(SECURATO, 1993). Para o mercado, o risco é con-
siderado ocorrência econômico-financeira e com
consequências manifestadas em volume financeiro.
Tomar a decisão mais acertada não quer dizer
que se eliminou o risco, pode apenas reduzi-lo, uma
vez que o acaso não pode ser desconsiderado. Por
isso, é importante o estudo de investimento, a fim de
gerenciar os riscos. Este estudo se baseia em identi-
ficar, quantificar e reduzir os riscos do negócio. Os
riscos são classificados em quatro classes:

° Riscos notáveis: são intuitivamente percebidos pe-


los indivíduos.
º Riscos projetados: são previstos, analiticamente,
por modelos baseados em observações.
º Riscos estatísticos: são medidos por dados disponíveis.
º Riscos futuros reais: são aqueles que aparecem com
o desenvolvimento de circunstâncias futuras.

4.3.1 Tipos de riscos

É importante distinguir a diferença do mercado


financeiro e do mercado de energia elétrica e como
tal diferenciação implica na mitigação dos riscos as-
sociados. O primeiro é um mercado já consolidado,
que não possui forte regulação, tampouco sazonali-
dade. Já o mercado de eletricidade é uma formação
de preços complexas, em um cenário em que há di-
ferentes níveis de regulação.
Assim, os riscos do setor elétrico devem ser re-
lacionados de acordo com as características intrín-
secas ao modelo de mercado. Estes riscos são clas-
sificados como: riscos de geração e transmissão, de
preço de mercado, de base, de liquidez, de câmbio,
de taxas de juros, de investimentos, legal, operacio-
nal e de crédito.

4.3.1.1. Risco de geração e transmissão

Conhecido também como riscos de demanda e


volume, os riscos de geração, no contexto brasileiro,
se baseiam em vários fatores, como por exemplo, a
falta de capacidade de armazenamento do produto e
o fato de a predominância da geração depender de
fatores naturais, como a chuva, influenciando, dire-
tamente, no volume de água nos reservatórios.
Entretanto, para reduzir o risco de falta de
abastecimento, o governo planejou um sistema hi-
drotérmico, a fim de que haja a alternativa térmica,
no caso de momentos de escassez hidráulica. Atual-
mente, esta alternativa, complementar à hidrelétrica,
se origina de diversas outras fontes que não seja o
carvão mineral ou o gás natural. Há a presença cres-
cente da energia eólica e de biomassa.
Os riscos de transmissão estão intimamente li-
gados a fatores físicos e tecnológicos, visto que o
mau dimensionamento e falta de manutenção po-
dem comprometer a entrega da eletricidade contra-
tada, intervindo no custo marginal da operação e,
consequentemente, no preço da energia.
4.3.1.2 Risco de preço de mercado e de base

Os riscos de preço de mercado são aqueles vol-


tados para a volatilidade dos preços à vista da ener-
gia elétrica, bem como dos combustíveis. No mer-
cado de energia, estar exposto ao PLD é um risco
financeiro muito grande, devido às incertezas que
envolvem sua formação. Para formar o PLD são
utilizadas variáveis, que por essência, são incertas,
como os níveis de precipitação e vazão. Em função
disto, incidem variações súbitas no PLD, em curto
espaço de tempo.
Numa tentativa de diminuir esse risco, ferra-
mentas são utilizadas para identificar a melhor de-
cisão entre utilizar a água presente nos reservatórios
ou armazená-las. Para tal, é utilizado um modelo de
decisão, ilustrado na Figura 41:

Figura 41: Planejamento eletroenergético.


Fonte: (SHIOTA, 2008)
Exercícios - Unidade 4
1. Explique o que é o mercado Spot e como é esta-
belecido o Preço da Liquidação das Diferenças:

2. Quais são os programas computacionais utiliza-


dos para se estabelecer o PLD?

3. Defina consumidor livre:

4. O que são derivativos? Qual sua utilidade?

5. Relacione quais são os riscos suscetíveis aos con-


tratos de energia elétrica:
UNIDADE 4 – MERCADO LIVRE DE ENER-
GIA ELÉTRICA

1. O mercado spot é aquele em que realiza a


entrega do produto negociado no ato da transação.
A CCEE realiza o cálculo do PLD semanalmente, e
fornece o preço em R$/MWh para cada submerca-
do ligado na rede básica do SIN, decompostos ainda
por patamar de carga (leve, médio e pesado). Para
formar o PLD, a CCEE utiliza o Custo Marginal da
Operação (CMO), que é um resultado obtido atra-
vés de cálculos realizados pelo ONS, e é conceituado
como o custo adicional à carga, depois de contabili-
zado e atendido toda a curva de consumo.

2. O PLD é calculado por meio dos programas


computacionais NEWAVE, NEWDESP (que é ob-
jeto do programa NEWAVE) e DECOMP.

3. Consumidores livres são aqueles que pos-


suem uma carga acima de 3.000 MW, e assim, podem
optar qual o fornecedor de sua energia.

4. Os derivativos são contratos que possuem li-


quidação futura cuja precificação do objeto do con-
trato se baseia no valor de outro objeto e serve como
proteção contra o risco do mercado à vista.

5. Os riscos do setor elétrico são classificados


como: riscos de geração e transmissão, de preço de
mercado, de base, de liquidez, de câmbio, de taxas de
juros, de investimentos, legal, operacional e de crédito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRADE. Setor de Distribuição. 2014. Disponí-


vel em <http://www.abradee.com.br/setor-de-
-distribuicao/tarifas-de-energia/tarifas-de-energia>.
Acesso em Janeiro de 2014.

ACENDE. Leilões no setor elétrico brasileiro: Aná-


lise e recomendações. In: White Paper - Instituto
Acende Brasil. 7ª Ed. 2012.

ANBIMA. Introdução ao Mercado de Derivativos.


São Paulo: ANBIMA. 2010. 50p.

ANEEL. Lei nº. 9427. 1996. Disponível em http://


www.aneel.gov.br/cedoc/lei19969427.pdf. Acesso
em Janeiro de 2014.

ANEEL. Decreto nº. 5.163. Julho 2004. Disponível


em <http://www.aneel.gov.br/cedoc/dec20045163.
pdf> Acesso em Janeiro de 2014.

ANEEL. Atlas de Energia Elétrica do Brasil. 3ª Edi-


ção. Brasília: Aneel, 2008. 236 p.

ANEEL. Banco de Informação da Geração. Dis-


ponível em <http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/
capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm>. Acesso em
Janeiro de 2014.

ANEEL. Planejamento da Expansão. 2014. Dispo-


nível em <http://www.aneel.gov.br/>. Acesso em
Janeiro de 2014.

ANEEL b. Lei nº. 10.840. Março 2004. Disponível


em <http://www.aneel.gov.br/cedoc/lei200410848.
pdf> Acesso em Janeiro de 2014.

ALBUQUERQUE, C. L. de. O. Impacto da intro-


dução da concorrência no mercado de geração de
energia elétrica no Brasil. Dissertação (Mestrado) –
Universidade Federal de Santa Catarina, 2009.

BP. Energy Outlook 2035. 2014. Disponível em


<http://www.bp.com/energyoutlook>. Acesso em
Janeiro de 2014.

CCEE. Setor Elétrico. Disponível em <www.ccee.


org.br>. Acesso em Janeiro de 2014.

CCEE. Novas Regras e a Busca de Estabilidade no


Mercado Livre. São Paulo: 2009. Disponível em
<www.ccee.org.br>. Acesso em Janeiro de 2014.

CCEE. InfoMercado 2013. São Paulo: 2013. Disponível


em <www.ccee.org.br>. Acesso em Janeiro de 2014.
CEPEL. Manual de Referência Modelo NEWAVE.
CEPEL: 2012. Disponível em <www.cepel.br>.
Acesso em Janeiro de 2014.

CHEW, L. Gerenciando os Riscos de Derivativos.


Rio de Janeiro. 1999.

DEKRAJANGPETCH, S.; SHEBLé, G. B. Structures


and formulations for electric power auctions. Electric
Power Systems Research, v. 54, p. 159 – 167, 2000.

DENG, S. J. e S. S. Oren Electricity derivatives and


risk management. Energy 31. 2005.

ELETRONUCLEAR. Energia nuclear. 2014. Dis-


ponível em <http://www.eletronuclear.gov.br>.
Acesso em Janeiro de 2014.

EPE. Balanço Energético Nacional – Ano Base


2012. 2013. Disponível em www.epe.gov.br. Acesso
em Janeiro de 2014.

EPE. Plano Nacional de Energia PDE-2030. 2007.


Disponível em <http://www.epe.gov.br>. Acesso
em Janeiro de 2014.

EPE. Plano Decenal da Expansão PDE-2021. 2012.


Disponível em <http://www.epe.gov.br>. Acesso
em Janeiro de 2014.

EPEa. Termo de Referência do PNE-2050. 2013.


Disponível em <http://www.epe.gov.br>. Acesso
em Janeiro de 2014.

EPEb. Anuário Estatístico. 2013. Disponível em


<http://www.epe.gov.br>. Acesso em Janeiro de 2014.

EPEc. Informe à Imprensa PDE-2022. 2013. Dis-


ponível em <http://www.epe.gov.br>. Acesso em
Janeiro de 2014.

EPE. Metodologia de Cálculo do Índice ICB – Ín-


dice Custo Benefício. Disponível em <www.epe.org.
br>. Acesso em Janeiro de 2014.

ETHIER, R. et al. A uniform price auction with lo-


cational price adjustments for competitive electricity
markets. Electrical Power and Energy System, v. 21,
p. 103–110, 1999.

FARIA, Jr. C. S. Os regulamentos do modelo – uma


visão consolidada. 2004. São Paulo. Disponível em:
<www.excelenciaenergetica.com.br>. Acesso em 2006.

GARCIA, A. G. P. Leilão de eficiência energética no


Brasil. Rio de Janeiro: Synergia, 2009.

GUNN, L. K. Precificação de contratos inflexíveis


de energia elétrica: rentabilidade e o impacto de en-
cargos e tributos. Dissertação (Mestrado) – Univer-
sidade Estadual de Campinas, 2008.

IEA. World Energy Outlook. 2008. Disponível em


<www.iea.org>. Acesso em Janeiro de 2014.

KLEMPERER, P. Why every economist should le-


arn some auction theory. Oxford University, 2000.

LAFFONT, J.-J. Game theory and empirical econo-


mics: the case of auction data. European Economic
Review, v. 41, p. 1 – 35, 1997.
LUENBERGER, D. G. (1998). Investment Science.
Oxford University Press.

MAE. Mercado Atacadista de Energia Elétrica. Bra-


sília: 2003. 75p.

MMA. Biomassa. Disponível em <http://www.


mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/
biomassa>. Acesso em Janeiro de 2014.

MME. Ações em planejamento e desenvolvimen-


to energético. 2014. Disponível em <http://www.
mme.gov.br>. Acesso em Janeiro de 2014.

MOUNT, T. D. Market power and price volatility


in restructured markets for electricity. IEEE Proce-
edings of the Hawaii International Conference on
System Sciences, 1999.

MUNHOZ, F. C. Modelo de suporte à decisão para


contratação eficiente de energia elétrica. Tese (Douto-
rado) — Faculdade de Engenharia Mecânica, Univer-
sidade Estadual de Campinas. Campinas - SP, 2008.

ONS. Conheça o Sistema. 2014. Disponível em


<www.ons.org.br>. Acesso em Janeiro de 2014.

ONSa. Procedimentos de Rede: Módulo 5. 2014.


Disponível em <http://www.ons.org.br>. Acesso
em Janeiro de 2014.

ONSb. Procedimentos de Rede: Módulo 7. 2014.


Disponível em <http://www.ons.org.br>. Acesso
em Janeiro de 2014.
ONSc. Procedimentos de Rede: Módulo 8. 2014.
Disponível em <http://www.ons.org.br>. Acesso
em Janeiro de 2014.

ONSa. Comissão de estudo de previsão e acompa-


nhamento de carga. 2014. Disponível em <http://
www.ons.org.br>. Acesso em Janeiro de 2014.

ONSb. Carga de Energia. 2014. Disponível em


<http://www.ons.org.br>. Acesso em Janeiro de 2014.

PERRY, A. Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e


o Estado democrático. In: SADER, Emir & GEN-
TILI, Pablo (orgs.). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995,
pp. 09-23.

RASMUSEN, E. Game and information: an intro-


duction to game theory.Wiley-Blackwell, 2001.

REGO, Erik Eduardo. Aspectos regulatórios e fi-


nanceiros nos leilões de energia elétrica - A lição das
usinas botox. Rio de Janeiro: Synergia, 2009.

SECURATO, J. R. Decisões Financeiras em Condi-


ções de Risco. Editora Atlas S.A., 1993. 35, 65.

SECURATO, J.R. e Securato, J.C. Mercado Financei-


ro – Conceitos, cálculo e análise de investimentos. 3ª
Edição. São Paulo: Saint Paul Editora. 2009.

SHIOTA, E.M. Comercialização mediante livre


contratação no mercado brasileiro de energia elétri-
ca. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual
de Campinas, 2009.
SILVA, A. J. D. Leilões de certificado de energia elé-
trica: máximo excedente versus máxima quantidade
negociada. Dissertação (Mestrado) — Faculdade
de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de
Campinas. Campinas - SP, 2003.

SILVA, E. B. Metodologia e simulação de leilão si-


multâneo-combinatório para novos empreendimen-
tos de geração de energia elétrica. Dissertação (Mes-
trado) – Universidade Estadual de Campinas, 2011.

TAKAHASHI, L. e CORREIA, P. B. Precificação


de contrato de energia elétrica: Modelo de progra-
mação dinâmica estocástica. Em XXXIX SBPO -
Simpósio Brasileiro de Pesquisa Operacional. Forta-
leza, Fortaleza, CE, pp. 594 – 604. 2007.

VICREY, W. Counterspeculation, auctions and


competitive sealeded-tenders. Journal of Finance, v.
16, p. 8 – 37, 1961.

WCA. World Coal Statistics.2014. Disponível em


<http://www.worldcoal.org/resources/coal-statis-
tics/>. Acesso em Janeiro de 2014.

WNA. Nuclear Basics. 2014. Disponível em <www.


world-nuclear.org>. Acesso em Janeiro de 2014.
WOLFSTETTER, E. Topics in Microeconomics:
Industrial Organization, Auctions, and Incentives.
Cambridge University Press, 1999.

WWEA. Word Wind Energy Report. 2012. Dispo-


nível em <http://www.wwindea.org/home/index.
php >. Acesso em Janeiro de 2014.

Вам также может понравиться