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Tem uma expressão popular em português que traduz bem o

que muitos professores sentem com relação ao que fazem:


"enxugar gelo”.

Enxugar gelo é uma tarefa frustrante porque por mais que a


gente se dedique a ela, as coisas continuam do mesmo jeito:
estava molhado antes, a gente enxuga, e o gelo fica molhado
de novo segundos depois...

E se tentar enxugar com mais força ou mais rápido, vai


continuar molhado depois.

Parece um trabalho inútil, que não leva a resultado nenhum.

Pois não é isso que a gente sente às vezes?

Ano após ano a gente se dedica, se esforça, procura fazer um


bom trabalho. Mas chega o final do ano e lá estão os alunos
que não conseguiram aprender... poucos são os que
realmente conseguem aprender tudo o que a gente trabalhou
com eles. A maioria não consegue. Uma parte fica ali no meio
do caminho: passa de ano, mas com um monte de coisa que
não aprendeu. Outros ficam para trás mesmo, reprovados.

Isso frustra a gente, desgasta a gente.

Mas também frustra, desgasta e desanima o aluno. Bota a


auto-estima dele lá para baixo.

No final das contas você tem isso: professores e alunos para


baixo, frustrados, cansados, desanimados…

Mas saiba: nossa vida de educador pode ser diferente disso!


COMO FUNCIONA A EDUCAÇÃO TRADICIONAL?

A gente tem o ano letivo, certo? Ou o semestre, nos cursos


superiores. Mas tem um período determinado. Dentro desse
período, o trabalho vai sendo feito, dia após dia, semana após
semana, segundo uma grade de horário que diz a que horas
se vai aprender o quê. Dois tempos para essa matéria, um
tempo para outra, e assim vai. No final se tem uma carga
horária semanal sendo cumprida, um programa sendo
trabalhado em cada matéria. E depois de um bimestre, provas
para ver o que foi que deu para cada aluno aprender naquele
tempo, naquela quantidade de horas de aula que é a mesma
para todo mundo.

As provas são corrigidas e cada aluno recebe uma nota que


traduz o quanto ele conseguiu aprender de tudo o que foi
trabalhado naquela quantidade de tempo fixa, que é a mesma
para todo mundo.

As notas variam: tem aluno que tira 10, tem aluno que tira 5, e
tem aluno que tira 2... Na verdade são poucos os que tiram 10
e também não são muitos os que tiram nota muito baixa. Mas
todo mundo sabe que tem uma linha de corte que separa
aprovação de reprovação. Ela pode estar na nota 5, pode
estar na nota 7,5 ou 7... mas tem uma linha de corte que cada
um vai procurar ficar acima dela para ser aprovado.

O que que isso significa? Significa que mesmo aqueles alunos


que terminam o ano aprovados NÃO conseguiram aprender
tudo o que precisavam ou deviam aprender. Não são apenas
os reprovados: os aprovados TAMBÉM NÃO aprendem.
E isso é um problema. É problema porque mais para frente
aquilo que não foi aprendido vai acabar fazendo falta. Ou vai
ser no ano seguinte, quando o aluno vai tentar aprender
coisas que tem por base conceitos que de fato ele não
aprendeu direito. Ou então vai ser no próximo nível de ensino.
Por exemplo, o aluno chega no nível médio e encontra
dificuldades de aprender coisas mais complexas de
matemática porque não aprendeu coisas mais básicas que
são pre-requisito para entender aquilo.

Ou então passa para a universidade mas vai tendo muita


dificuldade de aprender coisas que exigiam conhecimentos
prévios que ele deveria ter aprendido quando estava no nível
médio mas não aprendeu. Foi APROVADO, tanto no nível
médio quanto no vestibular ou no Enem, mas não aprendeu...

Ou seja: na educação tradicional o tempo é fixo, o mesmo


para todos, enquanto que o que varia é a aprendizagem, a
performance do aluno.

Pois há outra forma de ensinar e aprender que é o contrario


disso: o fixo é a performance, 100%: o aluno aprende tudo o
que precisa aprender; mas o que varia é o tempo... cada
aluno leva um tempo diferente para conseguir aprender tudo o
que precisa. Uns são mais rápidos, outros mais lentos, e isso
em matérias diferentes -- quem é mais rápido em Matemática
pode ser mais lento em História, quem é mais lento em
Matemática pode ser mais rápido em Biologia... Mas o que
importa é que todos aprendam tudo o que precisam aprender,
no tempo que for necessário para aprender tudo.
NOTA 10 PARA TODO MUNDO

Cada aluno merece ter a chance de tirar 10. Desde que lhe
sejam oferecidas as condições para isto, tanto de apoio
quanto de recursos, cada criança tem condições de aprender
tudo aquilo que precisa e deseja. Obviamente existem casos,
como o de portadores de necessidades especiais, nos quais
nem tudo será possível. Mas a esmagadora maioria das
crianças, adolescentes e jovens pode aprender de tudo, uns
mais rapidamente, outros mais devagar, porém todos podem
aprender. Basta haver professores dispostos a ajudá-los e
recursos como material didático, espaço físico, equipamentos,
laboratórios etc.

No entanto, mesmo nas escolas mais abastadas, apenas uns


poucos alunos conseguem tirar nota 10 em tudo. Mesmo
nessas escolas as crianças não conseguem aprender tudo o
que precisam e desejam porque de fato a maneira como o
ensino e a aprendizagem estão nelas estruturados não
favorece isto.

Seja nas escolas onde apenas estudam alunos ricos, seja nas
que atendem aos mais pobres dentre os mais pobres, a
maneira tradicional de ensinar e aprender coloca todos os
alunos para fazerem as mesmas coisas ao mesmo tempo.
Uma mesma aula para todos ao mesmo tempo. Um mesmo
conjunto de tarefas para casa para todos. De tempos em
tempos um mesmo teste ou prova aplicado a todos no mesmo
momento constata que apenas uns poucos aprenderam tudo,
enquanto a maioria aprendeu quase tudo mas deixou de
aprender alguma coisa. E o restante simplesmente não
conseguiu aprender o que precisava.
Por décadas, mais de um século até, as escolas tem
funcionado assim. Mas as coisas não precisam continuar
sendo desse jeito.

Cada pessoa, não importa a idade, aprende dentro de um


ritmo que é o seu. Tentar fazer todo mundo aprender dentro
do mesmo ritmo é "forçar a barra", impor uma mesma
velocidade a pessoas que precisam de quantidades diferentes
de tempo para estudar, entender e dominar um assunto.

Há outra forma de ensinar e de aprender que dá a cada


professor as condições e os meios para atingir cada aluno
segundo suas necessidades e dentro do seu tempo, do seu
ritmo. E não precisa de nenhuma parafernália tecnológica
para isto.

Ao redor do mundo educadores de vários países, trabalhando


dentro de realidades muito parecidas com as nossas, estão
conseguindo dar a seus alunos a atenção de que precisam
para superarem suas dificuldades iniciais e avançarem no
domínio de cada conceito, procedimento, princípio ou
habilidade. Esses professores invertem a relação entre tempo
e performance da aprendizagem. Em lugar de fixar o tempo e
deixar variar a performance, estes educadores deixam variar o
tempo para que cada aluno consiga, no seu ritmo, atingir a
performance máxima, a nota 10.

UNIVERSALIZAR A APRENDIZAGEM É O PRÓXIMO


DESAFIO

Leia a seguir estes primeiros parágrafos de um dos capítulos


do livro de Salman Khan, "Um Mundo, Uma Escola: a
educação reinventada":
Você já tinha parado para pensar em como temos aceitado
como normal isto que deveríamos considerar absolutamente
anormal? Já parou para pensar que estamos aceitando o
inaceitável apenas por força do hábito, apenas porque não
paramos para pensar no que isto representa?

Cada um de nós tem o direito de aprender o que todos


precisamos. Mas nossa educação básica nos deixou com uma
formação repleta de lacunas que mais adiante fizeram falta
quando precisamos de uma base para aprender algo mais
complexo. No nível médio foi preciso voltar e recuperar coisas
não aprendidas no nível fundamental... e na graduação, ou
mesmo na pós, precisamos voltar a pontos que deveríamos
dominar, mas não aprendemos no momento oportuno. E, no
entanto, fomos aprovados, alguns de nós com altas notas.

Ainda temos 2,5 milhões de crianças e adolescentes fora da


escola. Mas, numa população de quase 60 milhões nesta
faixa etária, isto representa 4%. Praticamente universalizamos
o acesso à escola.

Mas não universalizamos a aprendizagem...

Mesmo nossos melhores alunos não estão conseguindo


aprender tudo o que precisam aprender. E um contingente
imenso de nossos adolescentes chega ao final do nível médio
com esta formação repleta de lacunas, o tal "queijo suíço" de
que fala Khan.

Nossas instituições de ensino foram estruturadas para que


nos contentemos com baixas expectativas, com um volume de
coisas não aprendidas que mais adiante nos fazem falta.

Mas podemos organizar as coisas de um outro jeito, fazer


Educação de uma outra maneira, universalizando o direito de
aprender tudo o que um cidadão precisa aprender.

No Workshop FOCO NA APRENDIZAGEM você vai descobrir


como...

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