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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

GISELE DOS SANTOS COELHO, RA: 8026228

PROJETO INTEGRADOR – ROTINAS DE


DEPARTAMENTO DE PESSOAL: PRECONCEITO E
DISCRIMINAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO

Claretiano – Centro Universitário


Curso: Recursos Humanos- Tecnólogo
Disciplina: Projeto Integrador: Rotinas de Departamento Pessoal
Professor: Claudio Osmir Tomazela

São José do Rio Preto/SP


Maio de 2019
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar, a partir de dados
qualitativos, extraídos de reportagens retiradas da internet, como o preconceito e a
discriminação de afrodescendentes no mercado de trabalho estão ligados a todo o
processo histórico, desde os tempos de escravidão, passando pela abolição da
escravatura e permeando até os dias atuais, revelando a figura do negro como sendo
socialmente inferior, atingindo fortemente na escolaridade, nos postos de trabalho e no
prestígio social dessas pessoas, o que leva a concluir que, apesar das estatísticas estarem
apontando uma mudança positiva da posição social dos negros no tocante do número de
matriculados em universidades, dos que possuem curso superior e nas colocação no
mercado de trabalho o caminho a se percorrer ainda é longo e medidas de inclusão
social mais efetivas precisam ser tomadas.
Palavras-chave: mercado de trabalho, discriminação, universidades, preconceito,
negros.
1. INTRODUÇÃO

Neste Projeto Integrador, para discorrer sobre o assunto do


preconceito e discriminação do mercado de trabalho, foi
utilizado o método de pesquisa qualitativo, baseando-se em
duas reportagens extraídas da internet, as quais retratam esse
mesmo assunto. No cenário atual, na esfera do mercado de
trabalho, existe a segregação racial que barra a presença de
negros ocupando cargos de prestígio nas empresas privadas.
Esse cenário é reflexo de todo um processo histórico no qual o
negro sempre ficou à margem da sociedade, restando para ele
cargos com pouca qualificação e prestígio social. Podemos
afirmar isso a partir do nosso conhecimento de mundo, pois,
analisando a nossa rotina, dificilmente encontramos médicos
negros, dentistas negros, gerentes de banco negros,
professores universitários negros, diretores de escola ou até
mesmo empresários negros. Também podemos verificar a quase
ausente participação de modelos negros em grandes
campanhas publicitárias bem como grandes papeis de
protagonistas em novelas, filmes e séries, ao passo que os
trabalhos com menos prestígio social possuem um número
maior de negros, como por exemplo, empregadas domésticas,
diaristas, serventes de pedreiros, babás, atendentes de fast
food, vendedores ambulantes, assim como várias outras
atividades que expõem essa segregação que, infelizmente é
silenciada através da nossa rotina.

Baseado nos artigos extraídos da internet “Mercado de trabalho


ainda discrimina negros” de autoria de Beatriz Seixas e
Mikaella Campos e publicado pelo site gazeta online em 29 de
abril de 2017 através do endereço eletrônico
https://www.gazetaonline.com.br/noticias/economia/2017/04/mercado-de-
trabalho-ainda-discrimina-os-negros-1014049877.html e “ Mercado de
trabalho ainda é excludente para negros no Brasil” de Amcham
Brasil publicado pelo site Estadão em 21 de junho de 2017
através do endereço eletrônico
http://economia.estadao.com.br/blogs/ecoando/mercado-de-trabalho-ainda-e-
excludente-para-negros-no-brasil/, esse artigo tem como objetivo uma
breve análise da evolução histórica do preconceito racial no
Brasil e como isso influencia em várias esferas da vida em
sociedade até os dias de hoje, atingindo inclusive o mercado de
trabalho.

O conjunto de fatores sociais, desde o fim da escravidão, e a


ausência de políticas de inclusão social, desencadearam o fator
preconceito e a segregação racial em várias esferas da vida em
sociedade, e um fator leva a outro, gerando assim um ciclo
vicioso no qual, se não houver políticas de inclusão social e
abolição do preconceito, ele se repetirá eternamente.

O preconceito no mercado de trabalho se dá de forma tímida e


silenciosa, o que dificulta as discussões a respeito desse fato.
Por ainda serem minoria nas universidades - pois, segundo raio
x universitário dos alunos de graduação da UFMG, que
encontramos no artigo de Beatriz Seixas e Mikaella Campos e
publicado pelo site gazeta online em 29 de abril de 2017 , e
que pode representar o cenário nacional, apenas 8,45% dos
universitários são negros- automaticamente seriam minoria nas
grandes empresas, sobretudo em cargos de chefia e liderança.
Por conta das políticas atuais de inclusão social, como por
exemplo, o ProUni, atualmente o negro já consegue ter acesso à
educação e concorrer a cargos mais prestigiados e que exigem
um nível de instrução que eles podem alcançar, mas por conta
do preconceito no mercado de trabalho, são barrados e acabam
por não serem avaliados pela escolaridade e talento, e sim pela
cor que carrega na pele.
PROCESSO HISTÓRICO DO PRECONCEITO RACIAL NO
MERCADO DE TRABALHO

Após a abolição da escravidão, em 13 de maio de 1888, a vida


dos negros continuou muito difícil, pois o Estado brasileiro não
se preocupou em oferecer condições para que a população
negra fosse inserida na sociedade de maneira adequada, e
disso temos conhecimento desde o ensino médio, quando
estudamos a matéria de História do Brasil, que expõe toda a
história dos negros antes e depois da abolição, colocando
inclusive em evidência o início do surgimento de favelas e da
exclusão do negro da sociedade, naquela época. É certo afirmar
que a abolição da escravatura foi um cheque sem fundo dado a
população negra, que sem nenhum tipo de respaldo social
encontrou seu lugar à margem da sociedade, como podemos
confirmar através de notícias de jornais, telejornais ou até
mesmo através da vivência diária em que percebemos que o
negro está sempre em desvantagem em todos os aspectos
sociais como, por exemplo, em moradias precárias, situação
financeira difícil, nível de escolaridade baixo, entre outros, e
apenas através das políticas de inclusão social utilizadas
autalmente, que, analisadas através de um olhar mais frio,
forçam a inserção dos negros no convívio social, quando na
verdade deveriam introduzir campanhas de consciência social
sobre o papel dos negros e a sua importância em nossa
sociedade

Com o passar dos anos poucas mudanças foram vistas, pois o


ciclo da segregação sempre se repete, e o preconceito
atravessa todas as esferas da população negra, que por muitas
vezes não tem acesso à educação de qualidade e nem a
políticas públicas de inclusão social, colocando-a em um estado
de vulnerabilidade. O mercado de trabalho está imerso nessa
esfera de preconceito e segregação que a população negra
vive.

Segundo o artigo de autoria de Beatriz Seixas e Mikaella


Campos e publicado pelo site gazeta online em 29 de abril de
2017, podemos afirmar que, a imagem preconcebida dos
negros baseada na mentalidade escravocrata e preconceituosa,
infelizmente torna comum o fato da grande maioria dos
afrodescendentes ocuparem postos de trabalho braçais e com
pouco nível de instrução, os quais são social e economicamente
inferiores. É comum que nesses trabalhos, como por exemplo,
de faxineira, porteiro, pedreiro, catadores de lixo, catadores de
papelão, empregada doméstica, babá, entre muitos outros, a
maioria das pessoas sejam negras ou pardas, ao passo que, se
deparar com um negro ocupando posições socialmente
privilegiadas como médico, advogado, engenheiro, gerente,
diretor executivo, empresários, entre muitos outros causam
estranheza a quem observa por se tratar de uma situação
incomum, além de reforçar, mesmo que de forma nivelada, o
preconceito existente na estruturação do mercado de trabalho.

É muito importante, destacarmos aqui, que as autoras também


enfatizam que o acesso limitado da educação de base até à
universidade, contribui de maneira determinante para que esse
ciclo se repita sempre. Embora, atualmente, existem políticas
de cotas para negros nas universidades públicas, o Pro Uni e
Programa de Financiamento Estudantil (Fies), o número de
negros nas universidades (mesmo tendo um considerável
aumento desde a implementação dessas políticas) se
comparado a população branca, é muito pequeno. Assim, essa
desigualdade de escolaridade, influencia fortemente o
estereótipo de que a população negra seja sinônimo de
ocupação postos de trabalho inferiores.

2. CENÁRIO ATUAL DO PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NO


MERCADO DE TRABALHO

Antes, era raro ver afrodescendentes ocupando lugares nas


universidades, mas atualmente, as políticas de inclusão abriram um
leque de opções para que essa população tivesse a oportunidade de
frequentar cursos superiores, mesmo que lentamente. O que pode ser
visto hoje, segundo os autores, é o aumento de pessoas negras com
escolaridade de nível superior, podendo assim concorrer a vagas de
trabalho que exigem qualificação profissional. Apesar desse
importante avanço de proporcionar a população negra mais
oportunidades no acesso à educação e qualificação profissional, o
desafio de enfrentar o preconceito no existente no mercado de
trabalho ainda é imenso, como destaca o artigo de autoria de Beatriz
Seixas e Mikaella Campos.

As autoras ainda destacam que, chegando no mercado de trabalho,


mesmo que possua o nível de escolaridade exigido pela empresa, a
população negra encontra mais uma barreira, o preconceito racial no
ambiente profissional, que pode ser observado na quase inexistência
de pessoas negras ocupando cargos como de chefia ou liderança nas
grandes organizações. Mesmo sendo um absurdo, os negros não
concorrem em igualdade com pessoas brancas, precisam sempre
provar que são melhores. Existe sempre um pré-conceito de que, por
ser negro, a pessoa não tem capacidade para estar representando a
empresa em cargos de chefia ou liderando equipes.

A segregação dessas pessoas fica ainda mais evidente quando se


observa a diferença de salários entre pessoas brancas e pessoas
negras. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Jones dos Santos Neves
(IJSN), baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad), do IBGE, no Espírito Santos, e publicada no site do
Estadão através do artigo “ Mercado de trabalho ainda é excludente
para negros no Brasil” de Amcham Brasil, um homem negro recebe
apenas 64% do salário de um homem branco, e essa diferença torna-
se gritante quando comparado o salário de um homem branco com a
mulher negra, que recebe cerca de 50% menos.

Esse cenário revela que o preconceito está fortemente presente no


ambiente corporativo das empresas, e essa situação precisa mudar,
no entanto, por se tratar de um racismo camuflado, ele se torna ainda
mais difícil de ser combatido, pois não é discutido e nem exposto para
análise, nutrindo o ciclo vicioso de que cargos de prestígio e
influência não são para pessoas negras.
3. CONCLUSÃO

Vimos no decorrer desse trabalho que mesmo passados 130 anos da


abolição da escravatura, o negro ainda é visto com inferioridade por
parte da sociedade no Brasil, sobretudo, apontando o fato de que as
estatísticas revelam que tanto como universitários ou pessoas já
graduadas quanto profissionais de status e prestígio do mercado de
trabalho, o negro ainda é minoria. Haja vista a data dos artigos
publicados na internet que serviram de base para esse trabalho,
ambos do primeiro semestre de 2017, ou seja, muito recentes.

Em sua evolução histórica, não podemos deixar de apontar os


avanços feitos pela sociedade no combate ao preconceito, podemos
perceber que, mesmo de maneira sútil, houve uma ascensão social
dessa população, sobretudo nos últimos anos. Esses avanços ainda
representam pouco comparados ao prejuízo histórico que a população
negra carrega, mas já aponta o caminho a ser seguido.

Com os atributos decorrentes das políticas de cotas, que visam


diminuir a discrepância de escolaridade entre negros e brancos, assim
como a recente cota para negros em concursos públicos, é necessário
continuar essa política de inclusão na esfera do mercado de trabalho,
proporcionando assim, cotas para negros sobretudo nas empresas
privadas. Essa é uma medida necessária. Haja visto o sucesso dos
resultados advindos das cotas no acesso ao nível superior de
escolaridade, podemos apontar uma certeza na melhora do
percentual de negros no mercado de trabalho. Importante
salientarmos que, essa não deve ser uma medida permanente e sim
paliativa, porém necessária para que haja equiparação dos
percentuais entre negros e brancos nas organizações e que, desse
modo, o talento e a capacidade sejam os únicos atributos que devem
reger os processos de contratação.

Referências Bibliográficas:
Sites:

SEIXAS, M; CAMPOS, M. MERCADO DE TRABALHO AINDA DISCRIMINA


NEGROS. GAZETA ONLINE. Disponível em:
https://www.gazetaonline.com.br/noticias/economia/2017/04/mercado-de-trabalho-
ainda-discrimina-os-negros-1014049877.html. Acesso em: 03 março. 2018.

BRASIL, A. MERCADO DE TRABALHO É EXCLUDENTE PARA NEGROS NO


BRASIL. ESTADÃO. Disponível em:
http://economia.estadao.com.br/blogs/ecoando/mercado-de-trabalho-ainda-e-
excludente-para-negros-no-brasil/. Acesso em 03 de março de 2018.

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