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QUESTÕES DISSERTATIVAS

1) Levando em consideração o vídeo apresentado em sala de aula e disponibilizado pelo


blackboard “Mãe é afastada do filho por denuncia falsa de maus tratos”, reportagem
veiculada no programa Fantástico, responda as seguintes questões. (Parte I)

a) Por que o Conselho Tutelar afastou o filho de Liliane? A decisão foi a mais acertada?

O filho foi afastado da mãe motivado por denúncia de maus tratos contra menor.
Não foi a melhor escolha, visto que, não foram apuradas as consistências das
acusações, tanto é verdade, que após 1(um) ano de separação de mãe e filho,
restou provado que as denúncias eram falsas.

b) A mãe poderia perder ou ter suspenso o poder de família por motivo de pobreza?

Em momento algum o nosso ordenamento jurídico prevê a perda do poder


familiar por motivo de pobreza. Só se perde o pátrio poder, ou poder familiar,
quando a família natural, expõe o menor a maus tratos, violência, abandono
contra o menor. A lei 13.715/18, amplia as hipóteses de perda do poder familiar
pelo autor de determinados crimes contra outrem igualmente titular do poder
familiar ou contra o filho, filha ou outro descendente.

c) Após a separação da criança de sua família natural, ela foi encaminhada para uma
instituição de acolhimento e posteriormente para uma família acolhedora. Explique
no que consiste o Programa Família Acolhedora.

O Programa Família Acolhedora consiste em cadastrar e capacitar famílias da


comunidade para receberem em suas casas, por um período determinado,
crianças, adolescentes ou grupos de irmãos em situação de risco pessoal e social,
dando-lhes acolhida, amparo, aceitação, amor e a possibilidade de convivência
familiar e comunitária. A família de acolhimento representa a possibilidade de
continuidade da convivência familiar em ambiente sadio para a criança ou
adolescente.
Receber uma pessoa em acolhimento provisório não significa integrá-lo como
filho. A família de apoio assume o papel de parceira no atendimento e na
preparação para o retorno à família biológica ou substituta.
Toda a família acolhedora recebe, por seis meses, período determinado de uma
adoção provisória, uma ajuda de custo de um salário mínimo. A maioria das
crianças e adolescentes que participam do programa retornam aos seus lares,
após o período de acolhimento em lares substitutos.
Cada família acolhedora deverá acolher uma criança/adolescente por vez, exceto
quando se tratar de grupo de irmãos, quando esse número poderá ser ampliado.
Casais, mulheres e homens solteiros podem ser acolhedores. As famílias
acolhedoras são selecionadas, capacitadas e acompanhadas pela equipe técnica
do Serviço de Acolhimento.

2) Levando em consideração o vídeo apresentado em sala de aula e disponibilizado pelo


blackboard “Mãe é afastada do filho por denuncia falsa de maus tratos”, reportagem
veiculada no programa Fantástico, responda as seguintes questões. (Parte II)
a) No processo de adoção, é necessário o consentimento dos pais biológicos? Como
ele deverá ser feito?

A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do


adotando. Também é necessário o consentimento do próprio adotando, quando
maior de 12 anos de idade (ECA, art. 45). O consentimento dos genitores pode ser
dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos
ou sejam destituídos do poder familiar. Nesse caso é o juiz da Infância e Juventude
que cadastra a criança ou adolescente para adoção. A oitiva do adotando é
também obrigatória quando requerida a modificação de seu prenome pelos
adotantes (ECA, art. 47, § 6º).

b) A autoridade judiciária poderia ter concedido a adoção da criança à família


acolhedora?

Neste caso em específico, não! Em virtude das falhas encontradas desde o inicio
do processo de retirada do filho da companhia da mãe biológica. Mas em outras
circunstâncias normais onde há a perda do poder familiar, sim.
Pois a família acolhedora pode candidatar-se ao programa de apadrinhamento
onde estreitam-se os laços até a adoção.
art. 19-B, caput e § 1º, inseridos pela Lei nº 13.509/2017 ao ECA.

c) Qual o papel do MP neste processo?

O Ministério Público atua na área da infância e juventude com a finalidade de


garantir a defesa dos direitos de crianças e adolescentes, sujeitos de direitos,
conforme expressa previsão da Constituição Federal. O Promotor de Justiça da
infância e juventude atua basicamente em três esferas: a) adolescentes em
conflito com a lei (atos infracionais); b) situações de risco e processos de guarda,
tutela e adoção; c) defesa de interesses metaindividuais. Duas são as principais
formas de atuação do Promotor de Justiça da infância e juventude: atuação
administrativa e judicial. Na esfera administrativa o Promotor de Justiça cobra do
Poder Público a implementação de políticas públicas voltadas à garantia dos
direitos de crianças e adolescentes nas áreas educacional, saúde, assistência
social, etc. Expede recomendações, realiza visitas de inspeção, fiscaliza entidades
governamentais e não governamentais e a regular aplicação dos recursos do
Fundo dos Direitos das Crianças e Adolescentes. Na área judicial promove ações
civis para a tutela de tais direitos.

d) Caso haja violação a um direito da criança e do adolescente, qual Ação Judicial


cabível?

A intervenção do Poder Judiciário como forma de garantir sua plena efetivação à


proteção integral infanto-juvenil, prometida no art. 1º do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Diante da extrema relevância dos direitos e interesses que estão em
jogo, assim como da clareza dos deveres impostos fundamentalmente ao
Poder Público para com suas crianças e adolescentes e do alcance do princípio
constitucional da prioridade absoluta à criança e ao adolescente, a mencionada
intervenção judicial pode se dar da forma mais ampla possível, através de todas
as espécies de ações pertinentes (art. 212, do ECA), tanto no plano individual
quanto coletivo.

3) Agora vamos explorar outros direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes.
Imaginemos o caso de um casal, Testemunhas de Jeová, com um filho de 8 anos que
necessite de transfusão de sangue por possuir anemia falciforme. Neste caso, os pais
podem impedir que a transfusão aconteça por uma crença religiosa? Explique como e
onde esta discussão deverá ocorrer.

Em um primeiro momento, o direito à vida nos parece preponderar sobre a


liberdade religiosa quando há risco iminente de morte, oportunidade em que
se deve efetuar a transfusão de sangue por ser a vida o primeiro direito à
constar no rol do caput do artigo 5º da Constituição Federal, ao mencionar os
direitos protegidos como princípios fundamentais, bem como, se trata do bem
mais precioso do indivíduo e, em termos de valores, teria um peso maior sobre
a liberdade religiosa, devendo, portanto, ser preservada. Quanto aos menores
de idade, filhos de Testemunhas de Jeová, não há dúvidas de que deve ser
aplicado tratamento médico com sangue quando há perigo iminente de vida
para os mesmos, independente da vontade dos pais, pois menor é protegido
pelo Estado conforme o próprio texto constitucional e o Estatuto da criança e
do Adolescente, portanto, seja os hospitais públicos ou particulares devem,
tem obrigação de fornecer o tratamento adequado para os menores a fim que
sejam preservados suas vidas e saúde.
O artigo 227 da Constituição Federal, que prevê como prioridade da Família,
Estado, e Sociedade, a vida e saúde do menor e no Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/1990), notadamente, no seu artigo. 17, que prevê o
direito à integridade física do menor, e o no artigo 4º, caput, que a família, a
comunidade, a sociedade em geral e o poder público, devem assegurar
prioritariamente a efetividade do direito à vida e saúde do menor. Sobre tal
posicionamento, podemos mencionar os julgados do STJ em sede de Recurso
Especial nº 1.391.469 - RS (2013⁄0202052-0), 69 bem como, o Agravo de
Instrumento nº 1.163.911 - RS (2009/0045459-0), ambos relatados pelo
Ministro Herman Benjamin.

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