Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ELETROMECÂNICA E SISTEMAS DE POTÊNCIA
SISTEMAS DE
PROGRAMA
1 - REDES DE DISTRIBUIÇÃO
1.1 - Generalidades
1.2 - Tipos de Sistemas de Distribuição
7 - MANUTENÇÃO
7.1 Manutenção Preventiva
8 - QUALIDADE DE SERVIÇO
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................1
CAPÍTULO 1 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA .................................................................8
1.1. GENERALIDADES ........................................................................................................................8
1.2. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO [1] .................................................................................................9
1.2.1 Redes Aéreas – Alimentadores ...........................................................................................9
1.2.2 Redes Subterrâneas ...........................................................................................................10
1.2.2 Redes Secundárias – Baixa Tensão...................................................................................10
CAPÍTULO 2 . MATERIAIS EMPREGADOS EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO........................................................11
2.1 CONDUTORES ............................................................................................................................11
2.2 ISOLADORES ..............................................................................................................................12
2.2.1 Tipos de Isoladores................................................................................................................12
2.3 FERRAGENS ...............................................................................................................................15
2.3.1 Armação secundária (as) .......................................................................................................15
2.3.2 Haste de Âncora ....................................................................................................................16
2.3.3 Ferragens de fixação..............................................................................................................16
2.4 ESTRUTURAS .............................................................................................................................16
2.4.1 Estruturas tipo normal (N).....................................................................................................16
2.4.2 Estruturas tipo Meio Beco (M)..............................................................................................19
2.4.3 Estruturas tipo Beco (B)........................................................................................................20
2.4.4 Estruturas tipo Triangular (T) ...............................................................................................20
2.4.5 Estruturas tipo U (U) .............................................................................................................21
2.4.6 Estruturas para redes compactas (C) .....................................................................................22
2.4.7 Estruturas de redes de baixa tensão.......................................................................................23
2.4.8 Estais .....................................................................................................................................24
2.5 EQUIPAMENTOS .........................................................................................................................26
2.5.1 Transformadores de distribuição...........................................................................................26
2.5.2 Pára-raios...............................................................................................................................27
2.5.4 Chave fusível repetidora........................................................................................................29
2.5.5 Chave seccionadora tipo faca................................................................................................30
2.5.6 Chave com operação sob carga .............................................................................................31
2.5.7 Regulador de tensão ..............................................................................................................31
2.5.8 Chave religadora ...................................................................................................................32
2.5.9 Banco de capacitores.............................................................................................................32
2.6 CURIOSIDADE ............................................................................................................................33
2.6.1 O que não se deve fazer.........................................................................................................33
CAPÍTULO 3 - PROJETO DE REDE AÉREA DE DISTRIBUIÇÃO [2].......................................................................34
3.1 ELEMENTOS NECESSÁRIOS AOS PROJETOS .................................................................................34
3.1.1 Memorial Técnico Descritivo................................................................................................34
3.1.2 Relação de Materiais e Orçamento........................................................................................36
3.1.3 Planta construtiva ..................................................................................................................36
3.1.3 Considerações a respeito da rede primária e secundária .......................................................38
3.1.4 Planta chave...........................................................................................................................38
3.1.5 Planta de situação ..................................................................................................................39
3.2 DIAGRAMA UNIFILAR E CÁLCULO DA QUEDA DE TENSÃO ........................................................39
3.2.1 Cálculo elétrico .....................................................................................................................39
3.2.2 Cálculo da queda de tensão na rede secundária ....................................................................43
3.2.3 Cálculo da queda de tensão na rede primária........................................................................44
CAPÍTULO 4 - FATORES TÍPICOS DE CARGA [1] ....................................................................................................45
4.1 TIPOS DE CARGAS ......................................................................................................................45
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Sistema de Distribuição de Energia Elétrica..................................................................................8
Figura 1.2. Rede compacta protegida na primária e multiplexada na secundária. .............................................9
Figura 1.3. Rede primária (alimentador) ..........................................................................................................10
Figura 1.4. Rede de baixa tensão......................................................................................................................10
Figura 2.1 (a) Cabo de alumínio nu (CA), (b) Cabo de alumínio com alma de aço, (CA), (c) Cabo de cobre
nu (CC).............................................................................................................................................................11
Figura 2.2 – Cabo protegido.............................................................................................................................11
Figura 2.3– Cabos multiplex (a) cobre, (b) alumínio. ......................................................................................11
Figura 2.4. Isoladores tipo disco (a) porcelana, (b) vidro temperado...............................................................13
Figura 2.5. Isoladores de pino (a) porcelana, (b) polimérico. ..........................................................................13
Figura 2.6. Isoladores castanha. .......................................................................................................................14
Figura 2.7– Isolador roldana (a) montagem para rede de BT, (b) isolador. .....................................................14
Figura 2.8. Pesquisa de opinião sobre os materiais dos isoladores. .................................................................15
Figura 2.9. Armação Secundária ......................................................................................................................15
Figura 2.10 Haste de Âncora...........................................................................................................................16
Figura 2.11. (a) Manilha sapatilha, (b) gancho olhal. ......................................................................................16
Figura 2.12. Estrutura tipo N1..........................................................................................................................17
Figura 2.13. Estrutura tipo N2..........................................................................................................................18
Figura 2.14. Estrutura tipo N3..........................................................................................................................18
Figura 2.15. Estrutura tipo N4..........................................................................................................................19
Figura 2.16. Estrutura tipo M1. ........................................................................................................................19
Figura 2.17 – Estrutura tipo B2 ........................................................................................................................20
Figura 2.18. Estrutura tipo T1. .........................................................................................................................20
Figura 2.19. (a) Estrutura U1, (b) Estrutura U2, (c) EstruturaU3 e (d) Estrutura U4.......................................21
Figura 2.20. Estrutura C1. ................................................................................................................................22
Figura 2.21. Estrutura tipo CS..........................................................................................................................22
Figura 2.22. Estrutura tipo CH. ........................................................................................................................23
Figura 2.23. Redes de Baixa Tensão. ...............................................................................................................23
Figura 2.24. Estrutura de BT tipo “hc”. ...........................................................................................................24
Figura 2.25. Estai de âncora. ............................................................................................................................24
Figura 2.26. Estai de cruzeta. ...........................................................................................................................25
Figura 2.27. Estai vertical.................................................................................................................................25
Figura 2.28. Escora...........................................................................................................................................26
Figura 2.29. Transformador de distribuição. ....................................................................................................27
Figura 2.30 – Pára-raios de distribuição, no destaque......................................................................................28
Figura 2.31 – Chave fusível .............................................................................................................................28
Figura 2.32. Chave fusível repetidora. .............................................................................................................29
Figura 2.33 – Chave faca..................................................................................................................................30
Figura 2.34. Chave para operação sob carga....................................................................................................31
Figura 2.35 – Banco regulador de tensão. ........................................................................................................31
Figura 2.36 – Chave religadora. .......................................................................................................................32
Figura 2.37 – Banco de capacitores..................................................................................................................33
Figura 3.1 – Diagrama unifilar de uma rede secundária de 380/220 V com fator de potênica = 1. .................43
Figura 3.2 – Diagrama unifilar de uma rede primária. .....................................................................................44
Figura 4.1 – Exemplo de curva de carga. .........................................................................................................46
Figura 4.2 – Bloco de carga de um alimentador...............................................................................................47
Figura 4.3 – Curvas de carga diárias dos dois consumidores...........................................................................48
Figura 6.1 – Sistema de distribuição típico. .....................................................................................................55
Figura 7.1 – Subestação e alimentadores. ........................................................................................................61
Figura 8.1 Rede para análise de interrupção. ...................................................................................................65
LISTA DE TABELAS
13,8 ou 23 kV 220/127 V
Alimentador 380/220V
SE
1.1. GENERALIDADES
Os sistemas elétricos de potência, de forma simplificada, são compostos por três grandes
atividades: a geração de energia elétrica, o transporte e a distribuição aos consumidores.
Quando a utilização do termo “geração” de energia elétrica, deve-se entendê-la como a
transformação de uma outra forma de energia (hídrica, térmica, nuclear, solar, eólica...) em energia
elétrica. Por motivos técnico-econômicos, os geradores de energia, por maiores que sejam, são
projetados para gerar tensões de até no máximo 25 kV. Outro fato é que, muitas vezes, a geração
ocorre em locais distantes dos centros consumidores. No caso predominante no Brasil (geração
hídrica), a natureza impõe os locais onde são viáveis as construções das barragens, sendo comum
usinas geradoras distantes centenas de quilômetros dos grandes centros. Assim, são necessários
meios eficientes para transportar essa energia. Conseqüentemente, houve o desenvolvimento dos
sistemas de transmissão que compõe o Sistema Interligado Nacional.
Como as perdas de energia por liberação de calor nas linhas de transmissão são proporcionais
à resistência dos condutores e ao quadrado da intensidade da corrente que as percorre, utiliza-se um
transformador para elevar a tensão (subestação elevadora) após o gerador e, conseqüentemente,
reduzir a corrente. Dependendo da região, os níveis de tensão de transmissão podem variar de 69kV
a 765kV. Se a energia elétrica fosse transmitida a baixas tensões, a bitola dos condutores precisaria
ser tão grande para diminuir a resistência que tornaria o sistema economicamente inviável.
Para distribuir essa energia aos consumidores, é necessário reduzir a tensão proveniente da
linha de transmissão através de um transformador (subestação rebaixadora) para um valor
compatível, Fig. 1.1. Conforme já é de conhecimento, quanto mais alta a tensão menor as perdas
elétricas nos condutores para transmitir a mesma energia, assim as redes de distribuição em geral
operam com duas classes de tensão. A mais elevada (23,1 kV ou 13,8 kV) é fornecida pela rede
primária aos consumidores de maior porte os quais, por sua vez, dispõem de suas próprias
subestações para rebaixar a tensão ao nível de alimentação dos seus equipamentos. A rede primária
também alimenta os transformadores de distribuição que fornecem energia elétrica através da rede
secundária aos consumidores de pequeno porte, os quais necessitam de uma tensão adequada para
ligação de seus de aparelhos elétricos (220V/127V ou 380V/220V).
subestação rede primária
regulador de
tensão banco de
capacitores
transformadores
de distribuição
transformador de
distribuição rede secundária
ramal de
serviço
As redes primárias, Fig. 1.3, são formadas por um tronco principal do qual derivam os ramais
que normalmente são protegidos por chaves fusíveis. Dispõem de chaves de seccionamento que
operam na condição “normalmente fechada” – NF, que tem a finalidade de isolar blocos de carga,
ou trechos da rede para permitir a manutenção corretiva ou preventiva. Utiliza-se num mesmo
circuito ou entre circuitos diferentes chaves “normalmente abertas” – NA, que podem ser fechadas
em manobras de transferência de carga.
2.1 CONDUTORES
Nas redes secundárias, utiliza-se condutores nus, cuja formação é idêntica a da Fig. 2.2 ou
cabos multiplexados conforme Fig. 2.3.
(a) (b)
Figura 2.3– Cabos multiplex (a) cobre, (b) alumínio.
2.2 ISOLADORES
Os isoladores para fins elétricos têm a nobre finalidade de isolar eletricamente um corpo
condutor de outro corpo qualquer. Existem isoladores de diversos tipos e com as mais variadas
aplicações. Entretanto, todos têm uma responsabilidade especial: a confiabilidade dos sistemas
elétricos. Os isoladores estão totalmente associados aos níveis de segurança dos sistemas, podendo
influenciar diretamente nos índices DEC (Duração da Interrupção Equivalente, em horas) e FEC
(Freqüência Equivalente de Interrupção) das empresas de energia.
A porcelana é uma das derivações da cerâmica, caracterizada principalmente pela ausência de
porosidade. Existe uma variedade enorme de tipos de porcelana para diversos tipos de aplicação, e
uma delas é a porcelana para fins elétricos. Considerada como um dielétrico sólido, a porcelana
destaca-se principalmente pela sua alta capacidade de isolação elétrica e resistência mecânica. Os
produtos de porcelana podem ser obtidos por três processos, apresentando diferenças nas
composições e na umidade, as quais são ajustadas de acordo com seu processo e fim.
fabricados com corpo composto de fibra de vidro impregnado com resina, saia de
borracha e graxa de silicone aplicada como dielétrico entre as saias e o corpo.
Esses tipos de isoladores apresentam algumas vantagens em comparação com os isoladores
de porcelana ou de vidro:
- Inquebráveis durante o manuseio.
- Extremamente leve.
- Reduzida área exposta ao vento.
- Imperfuráveis eletricamente.
- Melhor distribuição do potencial elétrico.
Em contrapartida apresentam algumas desvantagens:
- Coeficiente 2 da relação: carga de ruptura/trabalho contínuo.
- Baixa resistência ao calor.
- Reduzida resistência torção.
- Vulnerabilidade a óleos e solventes.
- Obrigação de uso de anéis devido ao alto nível de RIV (radiointerferência).
(a) (b)
Figura 2.4. Isoladores tipo disco (a) porcelana, (b) vidro temperado.
(a) (b)
Figura 2.5. Isoladores de pino (a) porcelana, (b) polimérico.
(a) (b)
Figura 2.7– Isolador roldana (a) montagem para rede de BT, (b) isolador.
A Fig. 2.8 faz um paralelo da pesquisa de opinião a respeito dos materiais dos isoladores de
redes de distribuição.
2.3 FERRAGENS
Ferragens são dispositivos de ligação entre componentes das redes elétricas são normalmente
metálicos e exercem função mecânica e/ou elétrica. Alguns tipos de ferragens podem possuir
componentes não metálicos
Ferragem utilizada para fixação do cabo de aço do estai ao dormente (morto) que fica
normalmente enterrado, Fig. 2.10.
(a) (b)
Figura 2.11. (a) Manilha sapatilha, (b) gancho olhal.
2.4 ESTRUTURAS
As estruturas são classificadas de acordo com a posição de fixação dos condutores nas
cruzetas.
Neste tipo de estrutura a cruzeta tem posição central, sendo que do lado da calçada (passeio
público) é fixada uma fase, as outras duas fases do lado da via pública.
segurança, tais como rodovias federais e estaduais, vias navegáveis; para instalação de
equipamentos de comutação (chaves).
Tabela 2.3. Tabela de condutores e ângulos para estrutura tipo N4.
As estruturas tipo M são utilizadas normalmente em regiões urbanas onde é necessário afastar
os condutores das fachadas dos prédios. Quanto aos tipos 1, 2, 3 e 4 seguem as mesmas condições
de utilização, a Fig. 2.16 ilustra este tipo de estrutura.
Estrutura utilizada principalmente em meio rural. Também apresenta as variações: T1, T2,
T3 e T4. A fig. 2.18 ilustra a disposição dos condutores neste tipo de estrutura.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 2.19. (a) Estrutura U1, (b) Estrutura U2, (c) EstruturaU3 e (d) Estrutura U4.
Ainda existem, em alguns locais que ainda não foram adequados ao padrão, estruturas de BT
que se utilizam hastes curvas, denominadas de “hc”, Fig. 2.24.
2.4.8 Estais
Estais são estruturas utilizadas para compensar os esforços mecânicos. Existem vários tipos
de estais, Fig. 2-25, a definição do tipo é de acordo com o esforço que compensarão.
2.5 EQUIPAMENTOS
220V/127 380V/22
1 13,8kV 23,1kV V 0V
220V/127 380V/22
2 13,2kV 22,0 kV V 0V
220V/127 380V/22
3 12,6kV 20,9 kV V 0V
têm característica de atuação rápida e admitem sobrecarga de 1,5 vezes os seus valores nominais,
sem causar excesso de temperatura e perda de característica “tempo x corrente”. Por outro lado, a
fusão dos elos “TIPO K” se dá com 2 vezes os seus valores nominais. Por questões de coordenação
com o disjuntor do alimentador, existem limites de utilização destes elos fusíveis, normalmente se
utilizam no máximo elos de 40K próximos a subestação, 25K até a metade do alimentador e 15K
mais para o final do mesmo.
Tabela 2.5. Tabela de elos fusíveis
6 6A 9A 12A
As chaves sob carga apresentam a mesma finalidade das chaves faca, Fig. 2.34, mas com as
características de operação com correntes mais elevadas. Normalmente são de atuação tripolar, cujo
meio de extinção do arco é o óleo isolante, SF6 ou a vácuo. Podem ser fechadas ou abertas sob
carga até o valor de corrente estabelecido pelo fabricante para operação com carga. Normalmente
este tipo de equipamento possui um custo muito elevado comparados ao custo das chaves facas
tradicionais.
2.6 CURIOSIDADE
b) Localização
Deve descrever a localização geográfica da obra, município, distritos abrangidos, local da
tomada de energia, coordenadas geográficas e pontos de referência, quando necessário.
c) Tomada de Energia
Deve ser indicada a tensão nominal de operação, classe de isolação, número de fases, seção
e tipo de condutores do alimentador existente e no equipamento de referência.
- Consumidores especiais – consumidores cujas cargas ocasionam flutuação de tensão na rede tais como:
aparelhos de raios-X, de solda, de galvanização e fornos elétricos.
- consumidor classe A:
aquele que possui previsão para instalação de iluminação e diversos eletrodomésticos, inclusive
chuveiro elétrico, bomba d'água até 3/4cv, denotando, pelo porte e aparência de sua residência, um alto
potencial de utilização futura da energia elétrica;
- consumidor classe B:
aquele que possui previsão para instalação de alguns eletrodomésticos, inclusive chuveiro elétrico e/ou
bomba d'água de 3/4cv, denotando, pelo porte e aparência de sua residência, um potencial médio de
utilização futura da energia elétrica;
- consumidor classe C:
aquele que possui previsão para instalação apenas de iluminação e tomadas, podendo-se prever uma
baixa utilização futura da energia elétrica, devido ao baixo poder aquisitivo;
- consumidores com carga não residencial:
serão classificados como consumidores classe D.
f) Características da Rede
Deverão ser indicadas características das redes primária e secundária indicando tensões
nominais de operação, classe de isolação, tipos de condutores, número de fases, estruturas
predominantes de AT, BT, tipos e características de estruturas, altura de postes;
• comprimento padronizado de postes:
A REDE SECUNDÁRIA + IP + TELECOMUNICAÇÕES = 9 m
B REDE PRIMÁRIA + A = 10 OU 11 m
C EQUIPAMENTOS + B = 11 OU 12 m
H
P= + 0,60 onde P- parte enterrada e H – altura do poste
10
g) Transformadores
Devem ser descritas as características principais dos transformadores a serem usados, tais
como indicação da classe de tensão e características de chaves fusíveis, pára-raios.
k) Considerações gerais
Deverão ser detalhadas neste item, informações adicionais de interesse para o perfeito
entendimento do projeto.
a) Título da obra;
b) Município e distrito;
c) Nome do proprietário;
d) Nome e número do CREA, título de habilitação e endereço do responsável técnico;
e) Acima do selo, deve haver espaço destinado à aprovação da AES, nas dimensões
mínimas de 17,5 x 15 cm.
f) Número de fases, seção e tipo dos condutores;
g) Altura dos postes;
h) Estruturas de AT e BT;
i) Ângulos de deflexão;
j) Estaiamentos;
k) Ramais de ligação;
l) Transformadores, inclusive os particulares, indicando número de ordem, número de
fases e potências;
m) Chaves, pára-raios e aterramento;
n) Ponto de alimentação, constando de: indicação de pelo menos dois vãos de rede existente
para cada lado da derivação, tipo de estruturas e altura de postes, número de fases, seção
e tipo de condutores, tensão nominal de operação, classe de isolação e ângulo de
derivação; quando solicitado, quadro resumo com o comprimento de redes, número de
fases e tipos de redes (AT, BT e MISTA);
o) Localização dos consumidores de força com as respectivas cargas instaladas em kVA;
p) Numeração dos lotes e quadras (para loteamentos) ou indicação das ruas e números dos
prédios existentes;
q) Rede de comunicação;
r) Detalhes de arranjos especiais de estruturas não previstos nas padronizações;
s) Detalhe de situação com a localização de rede e indicação do norte geográfico;
t) Tabela contendo a movimentação de materiais.
l p
M = q×l + p× M = (q + )⋅l
2 2
No cálculo elétrico a parcela “q” é a carga aplicada na extremidade de uma determinada extensão
l na qual tem-se mesmo diâmetro de condutores e mesmo número de fases, assim como “p” é a
carga distribuída existente ao longo deste trecho e supostamente concentrada no meio do trecho.
Para viabilizar o cálculo elétrico da queda de tensão em uma rede são necessários os coeficientes
unitários de queda de tensão que são fornecidos pelas concessionárias, que tem como unidades:
1,16 0,16
H P
58 2,66 kVA 61 3,16
2,66 2,66
G O
2,16 57 1,16
1,16 68 1,16
1,32 2,16 kVA 1,32
I 2,16 J
B 28 m A 21 28 45
3,66
77 3,66 73
3,66 3,16
C K
65 1,16 65 1,16
1,50 1,16 1,00 1,16 1,32 0,50
3,82 2,16
E 74 D 24 F N 25 L 48 M
Figura 3.1 – Diagrama unifilar de uma rede secundária de 380/220 V com fator de potênica = 1.
TRECHO CARGA QUEDA DE TENSÃO
Comprim Distribuída Acumulada CONDU-
Designação ento no trecho no fim do Total TORES Unitária No trecho Total
trecho (CA)
A B C D (C/2+D)B=E F G EXG=H I
Primária km MVA MVA MVA x km
Secundária 100 m kVA kVA KVA x 100m No AWG % % %
Demanda Demanda
Noturna Diurna
Preparado p/ Data Processo
Visto Data Folha
75 . L 75 . J
.
225
75 . O 75 . H
212 I
122
275 120
. . F . G
.
75 E
50 kVA 162 75
203
. 27
183
. 28
. ..
N 75 M
D
A 141 m 104
B C 195
SE
Figura 3.2 – Diagrama unifilar de uma rede primária.
As cargas dos consumidores supridos por um sistema de potência têm várias características
que lhes são comuns, tais como:
• Localização geográfica;
• Finalidade a que se destina a energia fornecida;
• Dependência da energia elétrica;
• Perturbações causadas pela carga ao sistema;
• Tarifação;
• Tensão de fornecimento;
e a partir de tais características típicas pode-se ficar critérios de classificação dos consumidores, ou
melhor, da carga de tais consumidores, cuja análise será objeto de itens subseqüentes, nos quais
serão fixados critérios de classificação.
Estes critérios são importantes em estudos de planejamento, pois permitem identificar os hábitos
de consumo, instantes em que há a maior demanda e variações de tensão produzidas, por
exemplo, pela partida de motores.
4.2.1 Demanda
De acordo com as normas técnicas define-se: “A demanda de uma instalação é a carga nos
terminais receptores tomada em valor médio num determinado intervalo de tempo.” Entende-se
como “carga” a aplicação que esta sendo medida em termos de potência, aparente, ativa ou reativa,
ou ainda em termos do valor eficaz de intensidade de corrente. O período no qual é tomado o valor
médio é chamado de “intervalo de demanda”. Quando o intervalo de demanda tende a zero tem-se a
“demanda instantânea”. Destaca-se que se a demanda representar potência ativa, a área sob a curva
corresponderá a energia consumida diariamente.
resultando para a demanda máxima do conjunto um valor menor que a soma das demandas
máximas individuais. Assim: “A demanda diversificada de um conjunto de cargas, num dado
instante, é a soma das demandas individuais das cargas, naquele instante”.
Exemplo:
160 60 375,0
f dem−trafo1 = = 1,067 f dem−trafo 2 = = 0,8 f dem−trafo 3 = = 1,250
150 75 300
fator de carga unitário corresponde um sistema que está operando, durante o período de tempo τ,
com demanda constante.
4.2.7 Fator de perdas
Define-se como fator de perdas como sendo a relação entre os valores médios, Pmédio, e
máximo, Pmáximo, da potência dissipada em perdas, num intervalo de tempo determinado, τ.
Os cabos utilizados nos sistemas de distribuição são de alumínio e mais raramente de cobre.
Conforme as características da rede utilizam-se condutores nus, protegidos ou isolados
(subterrâneos). Condutores protegidos são aqueles que contam com uma capa de material
isolante que tem a finalidade de proteger a linha contra contatos acidentais, por exemplo, roçar
de ramos de árvores pela ação do vento, esta capa de proteção não garante a isolação dos
condutores.
Os cabos de alumínio nus ou protegidos, que são utilizados em redes aéreas são designados
por CA, cabo de alumínio ou CAA cabo de alumínio com alma de aço. Os primeiros não
contam com reforço mecânico algum, enquanto os segundos contam com alma de aço, que é
responsável pela sustentação do esforço mecânico.
A fixação da corrente admissível em condutores está ligada ao valor da temperatura que ele
atingirá devido ao calor produzido pela circulação de corrente, efeito Joule. A temperatura
alcançada pelo condutor está ligada ao valor da intensidade de corrente que o percorre e ao
tempo durante o qual se tem a circulação de corrente. Assim:
• Corrente admissível para regime permanente, ou para fator de carga de 100%, que
representa aquela intensidade de corrente que circulando continuamente pelo condutor
produz elevação na sua temperatura, sobre a do ambiente, de valor especificado.
Observa-se que tal elevação de temperatura deve estar limitada de modo a não danificar
nem o condutor nem suas emendas;
• Corrente admissível para regime de curta duração, corresponde ao caso de ocorrer um
curto-circuito na rede que é rapidamente interrompido pelos dispositivos de proteção.
A grandes altitudes
Qconv = 364,1618 ⋅ δ 0,5 ⋅ Φ 0,75 ⋅ θ 1, 25 (W/km)
δ
µ τ term
onde:
A literatura técnica fixa para condutores novos e condutores negros valores de emissividade de
0,23 e 0,9, respectivamente. Usualmente utiliza-se valor médio da emissividade de 0,5,
considerando-se os cabos envelhecidos.
onde:
Qsol calor recebido do sol, em W/km;
σ coeficiente de absorção da radiação solar;
Qs calor total irradiado pelo sol em W/km2
A' área projetada do condutor, em m2 por km de comprimento, e
γ = cos −1[cos H C ⋅ cos( Z C − Z L )]
com
HC altitude do sol, em graus;
ZC azimute do sol, em graus;
ZL azimute da linha, em graus.
Valores típicos do coeficiente de absorção da radiação solar são: 0,23, para condutores novos e
0,91 para condutores enegrecidos. Valores típicos do calor recebido por uma superfície exposta aos
raios do sol, ao nível do mar, são mostrados na Tabela abaixo:
Observa-se que o cálculo do calor absorvido pelo condutor devido à irradiação solar pode ser
feito utilizando-se a equação aproximada, válida para o território brasileiro, estimada a partir dos
valores médios dos parâmetros envolvidos:
• Balanceamento de carga
• Aumento da bitola dos condutores
• Redivisão de circuitos secundários.
CARREGAMENTO TRANSFORMADORES
% MONOFÁSICOS TRIFÁSICOS
150 1,065 1,053
125 1,054 1,044
100 1,043 1,035
75 1,032 1,026
50 1,022 1,018
25 1,011 1,009
10 1,009 1,002
Tabela 6.2 Limites adequados de variação de tensão – ANEEL Res. Nº 505 de 26/11/2001.
Tensão de Serviço
Tensão
Circuito Faixa Favorável Faixa Tolerável
Nominal (V)
Máxima Mínima Máxima Mínima
380/220 395/229 347/201 402/233 326/189
Trifásica
220/127 229/132 201/116 233/135 189/109
Monofásica 230/115 240/120 207/103 243/121 197/98
A tabela anterior informa os limites de tensão de serviço na rede secundária, para a rede
primária a tensão deve situar-se dentro dos seguintes valores (tomando-se a tensão nominal
como referência):
o Faixa favorável: 105,0% e 92,5%
o Faixa tolerável: 105,0% e 90,0%
Cálculo para elaboração dos níveis de tensão para as cargas máximas e mínimas de um
sistema de distribuição:
A tensão mais baixa que ocorre no sistema de distribuição, deve acontecer no último
consumidor ligado na rede secundária do último transformador de distribuição da rede
primária.
ÚLTIMO TRANSFORMADOR
1ºTRANSFORMADOR
RAMAL DE LIGAÇÃO
1º CONSUMIDOR
ÚLTIMO
O perfil de tensão para a condição de carga leve deve ser construído, conforme a
seqüência de cálculo a seguir:
CAPÍTULO 7 - MANUTENÇÃO
MANUTENÇÃO É ISTO:
• inspeção visual;
• inspeção instrumental, com utilização de aparelhos como o termovisor, o
termodetector, o testador de isolador, os medidores gráficos e o aparelho de
radiointerferência.
∑ Ca( i )
i =1
FEC =
Cs
∑ Ca( i ) × t( i )
i =1
DEC =
Cs
• Idade do alimentador
• Carregamento máximo ( % do limite térmico )
• Número de consumidores
• Consumidores com prioridade
• Consumo total
Para aplicação deste método, deverá ser utilizado o formulário apresentado a seguir.
Para cada alimentador ou linha de distribuição, deverão ser preenchidas duas linha
deste formulário: linha R ( Real ) e linha P ( Ponderado ).
EXEMPLO PRÁTICO:
AL3
AL1
banco AL2
farmácia jornal aeroporto
sorveteria ótica centro comercial
fóruns delegacia hotel pequeno
central telefônica escola igreja
bomba d’água bombeiros
As mudanças na estrutura do setor elétrico, com grande parte das empresas distribuidoras
privatizadas, aparece à necessidade de um maior controle da qualidade da energia elétrica fornecida
aos consumidores finais. Para tanto, torna-se importante o estabelecimento de índices de
desempenho do fornecimento, de modo que seja possível o controle da qualidade de energia elétrica
de forma objetiva.
Existe uma interdependência direta entre as chamadas fontes poluidoras e as cargas sensíveis,
que se estabelece principalmente no sistema de distribuição. O principal, para o correto
funcionamento do sistema elétrico, é que esta inter-relação estabeleça-se de forma harmoniosa,
dentro de limites aceitáveis, de forma que o consumidor de energia elétrica venha a ser prejudicado
pela presença de alguns dos fatores que diminuem a qualidade da energia elétrica.
O fornecimento de energia elétrica aos consumidores deve obedecer a dois conceitos básicos,
normalmente denominados qualidade de serviço e qualidade do produto.
Existem alguns fenômenos, aleatórios ou intrínsecos, que ocorrem no sistema elétrico fazendo
com que os aspectos acima citados sofram alterações, deteriorando a qualidade do fornecimento de
energia elétrica. Dentre os fenômenos podemos citar: afundamentos e/ou elevações de tensões, as
interrupções, distorções harmônicas, flutuações de tensão, oscilações, ruídos, sobretensões,
subtensões, etc.
A QUALIDADE DO SERVIÇO, basicamente entendida como a continuidade do fornecimento, é
fruto das interrupções no sistema elétrico, provocadas por falhas no sistema (manutenção corretiva)
e por atividade de manutenção programada (manutenção preventiva), em função de serviços
necessários a serem realizados no sistema.
A QUALIDADE DO PRODUTO, Para avaliar o quanto um sistema está operando fora de suas
condições normais, duas grandezas elétricas básicas podem ser empregadas. São elas: a tensão e a
freqüência. A freqüência em um sistema interligado situa-se na faixa de 60 ± 0,5Hz. Por outro lado,
em relação à tensão, três aspectos principais devem ser observados:
• Forma de onda, a qual deve ser o mais próximo possível de senóide;
• Simetria do sistema elétrico e
• Magnitudes das tensões dentro de limites aceitáveis.
Quando o fornecimento de tensão permanece em zero por um período de tempo que excede 1
min, a variação de tensão de longa duração é considerada como uma interrupção sustentada. As
interrupções maiores do que 1 mim são geralmente permanentes e requerem intervenção humana
para reparar e retornar o sistema à operação normal no fornecimento de energia.
As interrupções sustentadas podem ocorrer de forma inesperada ou de forma planejada. A
maioria delas ocorre inesperadamente e as principais causas são falhas nos disjuntores, queima de
fusíveis; falha de componentes do circuito alimentador, etc. Já as interrupções planejadas são feitas
geralmente para executar manutenção na rede, ou seja, serviços como troca de cabos e postes,
mudança do tap do transformador, alteração dos ajustes de equipamentos de proteção, etc.
Seja a interrupção de natureza sustentada ou inesperada, o sistema elétrico deve ser projetado e
operado de forma a garantir que:
• o número de interrupções seja mínimo;
• uma interrupção dure o mínimo possível e
• o número de consumidores afetados seja pequeno.
Ao ocorrer uma falta de caráter permanente, o dispositivo de proteção do alimentador
principal executa 3 ou 4 operações na tentativa de se restabelecer o sistema, até que o bloqueio
definitivo seja efetuado. A duração desta interrupção pode atingir de vários minutos a horas,
dependendo do local da falta, do tipo de defeito na rede e também da operacionalidade da equipe de
manutenção. Em redes aéreas, a localização do defeito não demora muito tempo, ao passo que em
redes subterrâneas necessita-se de um tempo considerável, o que contribui para o comprometimento
da qualidade do fornecimento. Entretanto, a probabilidade de ocorrer uma falta em redes
subterrâneas é muito menor do que em redes aéreas.
No caso de interrupções de curta duração, o desligamento de equipamentos acarreta grandes
prejuízos às indústrias. No caso de interrupção sustentada o prejuízo é ainda maior, visto que o
tempo de duração da interrupção é muito grande, comparado com o da interrupção de curta duração,
retardando a retomada do processo produtivo.
A continuidade do fornecimento é, em geral, avaliada pelas empresas de distribuição, a
partir das ocorrências na rede de distribuição. Por exemplo, se uma determinada falha em dado
equipamento da rede pode causar a interrupção de vários consumidores. A contabilização da
qualidade do serviço a estes consumidores ou relacionada a este sistema de distribuição é avaliada
após um determinado período, em geral, mensalmente, trimestralmente ou anualmente.
Em algumas situações é importante realizar uma estimação da qualidade de serviço. Em
geral, tal estimação é feita com base em alguns parâmetros estatísticos, como valores históricos de
taxa de falhas dos equipamentos (número de vezes, em determinado período, que o equipamento
deve falhar) e como tempos médios para atendimento de uma determinada ocorrência na rede. Este
tipo de análise é chamada de avaliação a priori.
Para possíveis defeitos nos demais trechos do circuito, ter-se-ia condições análogas, isto é, a
cada interrupção no fornecimento de energia por manutenção, seja ela corretiva ou preventiva,
pode-se determinar o tempo em que a energia não foi distribuída, o número de consumidores
atingidos pela interrupção e a demanda não atendida.
Define-se, para um determinado período, por exemplo, o ano, os índices operativos a seguir:
• Duração Equivalente por Consumidor, DEC, que exprime o espaço de tempo, em que, em
média cada consumidor na ares de estudo considerada ficou privado do fornecimento de
energia elétrica no período considerado, formalmente:
Profª. Alzenira da Rosa Abaide 65
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 09/07/07
∑C ai ⋅ ti
8.1
DEC = i =1
Cs
O DEC, que tem dimensão de tempo – usualmente o minuto ou a hora, representa o tempo
em que um consumidor médio da área em estudo teve seu fornecimento interrompido, isto é, sendo
o período de análise o ano e a duração das contingências em minutos, representa os minutos que o
consumidor médio ficou desligado durante o ano.
• Duração equivalente por potência instalada, Dk , que exprime o espaço de tempo que em
média, a potência a potência instalada de cada uma das cargas do conjunto cosiderado ficou
privada do fornecimento de energia elétrica no período considerado:
∑ P ⋅t i i
8.2
Dk = i =1
Ps
O indicador Dk , que tem dimensões de tempo, representa o tempo médio em que a potência
instalada na área em estudo teve seu suprimento interrompido. Este indicador, em algumas
empresas de distribuição é também conhecido como DEP. Seu uso é relacionado à importância da
potência instalada na gestão do fornecimento de energia, em contraste a uma gestão voltada para o
consumidor, como é o caso do DEC.
• Duração média por consumidor, d, que representa o tempo médio de interrupção para os
consumidores que sofreram interrupção, isto é:
∑C ai ⋅ ti
d= i =1
N 8.3
∑C
i =1
ai
• Duração média por consumidor, dk, que representa o tempo médio de interrupção para os
consumidores que sofreram interrupção, isto é:
∑ P ⋅t i i
dk = i =1
N 8.4
∑ Pi
i =1
∑C ai
8.5
FEC = i =1
Cs
Destaca-se que este parâmetros é adimensional, representando o número de interrupções
sofridas pelo consumidor médio da área em estudo no período considerado.
• Freqüência equivalente de interrupção por potência instalada, fk, que representa o número de
interrupções sofridas pela potência média instalada na área, isto é:
∑P i
8.6
fk = i =1
Ps
• Confiabilidade por consumidor, C, que é dada pela relação dos consumidores × horas
efetivamente atendidos no período e o total de consumidores × horas na hipótese de não
haver contingências no período, isto é:
N
Cs ⋅ T − ∑ Cai ⋅ ti
DEC 8.7
C= i =1
=1−
Cs ⋅ T T
• Confiabilidade por potência, Ck , que é dada pela relação entre a energia efetivamente
fornecida à potência instalada e a que seria fornecida na hipótese de não haver
contingências, isto é:
N
Ps ⋅ T − ∑ Pi ⋅ ti
Dk 8.8
Ck = i =1
= 1−
Ps ⋅ T T
• Energia não distribuída,END, que corresponde à energia não fornecida aos consumidores,
(ou a um consumidor individual) de um sistema, durante o período de observação T:
N
END = ∑ Pmi ⋅ ti 8.9
i =1
onde Pmi corresponde à potência média que seria fornecida ao sistema durante a interrupção i.
Conhecidos os fatores típicos da carga, pode-se relacionar a potência média com a potência
instalada:
N N
END = ∑ Pmi ⋅ ti = f c arg a ⋅ f dem ⋅ ∑ Pi ⋅ ti = f c arg a ⋅ f dem ⋅ Ps ⋅ DEP 8.9
i =1 i =1
Outra característica importante consiste na necessidade de se ter um controle maior sobre cada
consumidor, o que é difícil realizar através de indicadores coletivos, como é o caso do DEC ou
FEC. Então, são definidos três indicadores importantes, relacionados à duração e freqüência de
interrupções em um dado conjunto:
N
DIC = ∑ ti 8.10
i =1
FIC = N 8.11
8.3.1 Exercícios
1 – Considerando-se uma área que conta com 100.000 consumidores e, durante um ano, 100 desses
consumidores sofreram 100 horas de interrupção, ou seja 6.000 minutos de interrupções no ano.
Nestas condições o DEC será dado por:
Isto é, o DEC global da área, de 6 minutos/ano, está aparentemente muito bom. Porém, os
100 consumidores que sofreram interrupções, ficaram durante 1,14% do ano sem fornecimento de
energia. A duração média por consumidor exprime melhor o desempenho da rede no atendimento
aos consumidores:
∑C ai ⋅ ti
DEC = i =1
Cs
R: 4 horas
∑C ai
FEC = i =1
Cs
R: 2
DEC = 6 horas
FEC = 1,4
DIC = 43,9
FIC = 7
3 – Para o sistema de distribuição da Fig. 8.1, supondo que, durante um ano foram registradas as
ocorrências apresentadas na Tab. 8.1. Pede-se determinar todos os indicadores de operação.
A taxa de falhas constitui informação difícil de ser obtida, pois depende de avaliação estatística
do comportamento de um dado equipamento ou conjunto de equipamentos durante longo período de
tempo, sob as condições ambientais que se apresentam a rede de distribuição na qual está instalado.
Outra informação necessária à determinação a priori dos indicadores são as parcelas do tempo
de restabelecimento do fornecimento de energia:
• t1' + t 2' representa a parcela de tempo relativa aos tempos de telefonemas e de
acionamento da equipe de manutenção. Será estabelecida a priori com base em tempos
médios conhecidos pela empresa;
• t3' é a parcela de tempo gasto pela equipe de manutenção localizar o defeito;
• t4' é a parcela de tempo decorrido para executar manobras de chaves;
• O tempo de reparo até o completo restabelecimento do sistema, t R , será assumido
constante e seu valor médio será estimado a partir da média ponderada dos tempos de
reparo e probabilidade de ocorrência dos vários defeitos, isto é:
tR = ∑ k
p k ⋅ t rep , k 8.13
trep ,k corresponde ao tempo médio de reparo para os defeitos do tipo “k”. Estas informações,
em geral, estão disponíveis o banco de dados de ocorrências da distribuição.
A partir da definição da taxa de falhas por trecho de rede, pode-se avaliar a taxa de falhas
compostas por blocos de carga. Um bloco de carga é representado por um conjunto de trechos de
rede entre chaves.
A taxa de falhas de um bloco de carga pode ser avaliada em função das taxas de falhas dos
trechos de redes correspondentes:
NDi = ∑l i, j
i =1, n trechos j
⋅ t f ,i , j
8.14
onde:
• Após a isolação do bloco i, a equipe de manutenção procede ao reparo da falha, o que eleva
um tempo t R . Neste intervalo de tempo, um determinado número d4e consumidores N i ,t 2 ,
permanece sem fornecimento de energia.
A contribuição aos valores de DEC e FEC para contingências no bloco “i” pode então ser
avaliada por:
⎛ N ⋅t N ⋅t ⎞
DEC1 = fat per × ND1 ⎜⎜ i ,t1 1 + i ,t 2 2 ⎟⎟
⎝ Cs Cs ⎠
8.15
N i ,t1
FEC1 = fat per × ND1
Cs
As parcelas de DECi e FECi para cada bloco de carga, pode ser avaliado os valores de DEC
e FEC globais do circuito:
nB
DEC = ∑ DECi
i =1
8.16
nB
FEC = ∑ FECi
i =1
Neste caso não foram consideradas as ocorrências na rede secundária, os indicadores de
continuidade individuais DIC e FIC são os mesmos para todos os consumidores do bloco i. Para a
determinação destes parâmetros, determina-se para um dado bloco i específico, as contingências
que ocasionam a interrupção do fornecimento de energia aos consumidores correspondentes. Assim,
podem-se avaliar os indicadores individuais por bloco, DICi e FICi pelas expressões:
nk
DICi = ∑ fat per ,k ⋅ NDk (t1,k + t2,k )
k =1
8.17
nk
FICi = ∑ fat per ,k ⋅ NDk
k =1
CAPÍTULO 9 - BIBLIOGRAFIA:
[1] Kagan, Nelson; Barioni de Oliveira, Carlos César e Robba, Ernesto João –
Introdução aos sistemas de distribuição de energia elétrica. 1ª edição – São Paulo: Edgar
Blücher, 2005.
[2] Normas Técnicas da AES Sul