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em Máquinas,
Equipamentos
e Instalações
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Introdução ao Tema
A eletricidade proporciona conforto aos usuários e nas empresas é uma forma
de insumo, atuando em vários segmentos da economia, este fato explica o quanto
a eletricidade de tornou fundamental na vida moderna. Para utilizar a energia
elétrica, o consumidor deve manter muita precaução, pois apesar de muitos usuários
desconhecerem ou desconsideram a energia elétrica oferece um alto grau de risco. Os
acidentes envolvendo a eletricidade ocorrem com maior frequência nas residências e
nos postos de trabalhado, com as consequências mais graves. A norma de segurança
tem como objetivo informar os usuários sobre os riscos à exposição e proporcionar o
conhecimento e as medidas de seguranças aplicáveis às normas de segurança aplicáveis.
Os choques elétricos e danos econômicos (incêndios e explosões) são alguns riscos
oferecidos pelas atividades que envolvem a eletricidade.
Para que possa ser cumprido o que está regulamentado na Norma Regulamentadora
10 são utilizados assuntos técnicos específicos e áreas distintas de caráter
multiprofissional que compreende assuntos específicos de Segurança no Trabalho
e outros assuntos próprios da área elétrica. Outros assuntos são direcionados aos
profissionais da área de saúde, desenvolvido por profissionais com a mesma formação
e legalmente habilitados para tais orientações nomeados como técnicos, engenheiros
médicos e enfermeiros de acordo com a habilitação de cada classe respectivamente.
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que possa ser desenvolvido as suas atividades laborais que direta ou indiretamente
venham a interagir com a energia elétrica. É aplicado um segundo princípio em
Engenharia de Segurança no Trabalho onde os riscos potenciais apresentados no
serviço e uso da eletricidade impossibilita a sua extinção ou substituição, devendo ser
continuamente controladas por meio de planejamento e implementação de medidas
de controle dos perigos.
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UNIDADE
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Leitura Obrigatória
Os riscos na execução de serviços com eletricidade e instalações
A energia elétrica pode ser considerada como insumo fundamental e indispensável
na economia das nações, com o objetivo de atender as necessidades e a evolução da
espécie humana. Está presente na iluminação, comunicação, informação, aquecimento,
refrigeração, transportes, industrialização, entretenimento e em vários outros serviços e
aplicações que envolvem a rotina diária possibilitando o conforto e o bem-estar humano,
além do crescimento potencial, uma vez que, um terço da população não tem acesso a
esse tipo de recurso.
Entre todos os tipos de energia disponíveis a elétrica oferece maior diversidade entre
as fontes produtoras, pois podem ser criada a partir da energia hidráulica (quedas ou fluxo
d’água), de biomassa (matéria orgânica), de origem eólica (movimentação dos ventos),
combustíveis fósseis (petróleo), solar (radiação do sol) da radioatividade (substâncias
nucleares), de processos químicos etc.
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Este treinamento é dividido em dois cursos: o primeiro chamado básico tem 40 horas
aulas, destinado ao trabalhador que realiza intervenções diretas nas instalações elétricas,
ou seja, os envolvidos nas ações (eletricistas, montadores, instaladores) e também para
os trabalhadores e indiretos (multifunção, mecânicos) e usuários de equipamentos e
sistemas elétricos e outros usuários que não foram advertidos.
Constituição Federal
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Normas Regulamentadoras
No ano de 1978, o Ministério do Trabalho, com competência dada pela 6.514/77,
em complementação ao Cap V da CLT, publicou a Portaria 3.214, contendo 28
Normas Regulamentadoras, as denominadas NRs, com o objetivo de estabelecendo
regulamentações adicionais e específicas para o planejamento de ações aplicáveis às
empresas. Logo após, foram publicadas mais 4 Normas Regulamentadoras, totalizando
atualmente, 32 Normas Regulamentadoras em vigência, com a força de Lei e de
cumprimento compulsório.
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A regulamentação legal contida na NR10, não seria utilizada se as Normas Técnicas
vigentes como extensão da Norma não fossem fonte de especificação, não seria possível
utilizar as Normas técnicas vigentes com algumas poucas páginas de texto. A proposta da
NR10 Instalações Elétricas devem necessariamente atender os requisitos que já constam
em outras normas técnicas aplicáveis.
Nessa operação, houve a mudança de alguns itens adotando frases para o seu
atendimento.
Conteúdo:
·· Inspeção do trabalho;
·· Saúde e Segurança do Trabalhador;
·· Legislação;
·· Normas Regulamentadoras;
·· Norma Regulamentadora n° 10.
A norma é composta por um glossário, três anexos e 99 itens que foram aprovados
em consenso, com exceção de um deles que trata da proibição do trabalho individual
para os serviços que envolvam alta tensão e os serviços realizados no sistema elétrico de
potência. A portaria nº598/ 2004 foi a portaria responsável pela aprovação da norma
e também instituindo a Comissão Permanente Nacional, que trata sobre segurança
em energia elétrica CPNSEE, tripartite e paritária, tem como objetivo acompanhar
implementar, além de, assumir as demandas da sociedade e propor adequações para
que seja aperfeiçoada a Norma Regulamentadora 10.
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
e controlando os riscos. Isso tudo faz com que seja promovido ambiente de trabalho
seguro e saudável, além da redução nos índices de acidentes, em contrapartida temos
um aumento da eficiência, qualidade e da competitividade, da empresa ou organização.
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·· Os trabalhadores se tornam responsáveis tanto quanto à empresa no
cumprimento das disposições legais e regulamentares e nos procedimentos
internos de segurança e saúde.
·· Éum compromisso legalmente obrigatório que integra os trabalhadores e
os empregadores no sentido de se responsabilizarem solidariamente por
cumprir as normas e regulamentos estabelecidos, elaborar e manter os
procedimentos, planos e demais medidas internas de segurança e saúde.
·· O ato de comunicar de imediato ao responsável pelos serviços, além de
responsabilizar e envolver o superior promove a análise da realidade existente,
possibilitando orientações e esclarecimento de dúvidas e pontos controversos.
Devemos lembrar que esta alínea está intimamente ligada e consiste base
fundamental ao direito de recusa, subitem 10.14.1, desta Norma.
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
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·· Imputaros equipamentos utilizados nas áreas classificadas (com a capacidade
de criar atmosferas inflamáveis e explosivas) e a certificação dos materiais;
IV. Projetos: É natural que as novas instalações elétricas sejam precedidas de um
planejamento ideal, “o projeto”, e nele sejam previstos, doravante, todos os
dispositivos de segurança necessários considerando também os procedimentos
de trabalho. Dentre estes, destacamos alguns.
O projeto deve ainda prever que todos os dispositivos de manobra possuam indicação
das posições de “ligado e desligado”; as precauções admissíveis em relação as ações
ambientais; os princípios funcionais dos elementos de proteção e a descrição de sua
compatibilidade com os demais elementos da instalação.
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Esta norma tem como objetivo fixar condições para atender as instalações elétricas,
garantindo o correto funcionamento, segurança de pessoas e animais domésticos e a
preservação dos bens.
As instalações elétricas são alimentadas por uma tensão nominal, igual ou inferior a
1000 V considerando uma corrente alternada ou mesmo a frequência sendo inferior a
400 Hz, ou a 1500 V em considerando uma corrente contínua.
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·· Aterramento;
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
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única instalação, com exceção de circuitos de sinalização e comando e de
conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar o intercâmbio
das fontes de alimentação;
·· Os condutos fechados só devem conter condutores de uma única instalação;
·· Nos condutos abertos, bem como nas linhas constituídas por cabos fixados
diretamente em paredes ou tetos, podem ser instalados condutores de
instalações diferentes, desde que adequadamente identificados.
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
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posição que comparativamente, no sistema solar corresponde à dos planetas.
Os átomos têm carga elétrica nula, isto é, têm tantas cargas positivas (prótons) quanto
negativas (elétrons), de tal forma que são eletricamente neutros, estáveis e equilibrados.
Deste modo, os átomos dos elementos químicos, cujas últimas camadas possuem
uma determinada quantidade de elétrons, apresentam uma fraca ligação entre estes
elétrons e o núcleo, de maneira que eles podem ser facilmente removidos de sua posição
original, indo orbitar em torno de outro núcleo e assim sucessivamente.
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
entrando por uma extremidade do arame, ou fio, e saindo pela outra extremidade. A
esse movimento dos elétrons, damos o nome de corrente elétrica, que costumamos
medir em Ampéres (A), numa homenagem ao cientista francês André Marie Ampére.
A corrente é a quantidade de carga elétrica que atravessa a secção de um condutor na
unidade de tempo.
Ora para mantermos essa corrente, ou seja, esse fluxo de cargas de uma extremidade
para outra, precisamos manter certa “pressão” empurrando os elétrons, da mesma
forma que fazemos para conseguir que a água colocada numa extremidade de uma
mangueira, saia pela outra extremidade.
Esta grandeza é chamada de potência elétrica (P), que se entende como a capacidade
de realização de trabalho e é medida em watts (W), sendo o nome desta unidade uma
homenagem ao cientista inglês James Watt.
Assim, entende-se como uma potência de 1 watt, aquela liberada quando uma
corrente elétrica de 1 ampère circula num resistor, forçada por uma tensão de 1 volt.
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Corrente alternada, Corrente Continua e Sistema Trifásico
Quando as cargas elétricas fluem em um condutor sempre num mesmo sentido, como
a água em uma mangueira, saindo da torneira e indo para o bico do esguicho, dizemos
que a corrente é contínua. Esse é o caso dos circuitos alimentados por geradores de
corrente contínua como as baterias, as pilhas etc. em que os elétrons saem por um dos
polos, percorrem todo o caminho condutor e chegam ao outro polo da pilha ou bateria,
completando o circuito elétrico.
Como essas variações costumam ocorrer de uma maneira suave, isto é, as cargas
elétricas são aceleradas em um sentido até um valor máximo de velocidade e posteriormente
desaceleradas até pararem, sendo depois aceleradas no sentido oposto até atingirem
uma velocidade máxima nesse outro sentido. Depois são desaceleradas novamente, e
assim sucessivamente, a representação desse movimento ao longo do tempo é uma curva
trigonométrica chamada senóide, daí o nome de corrente alternada senoidal.
Cada vez que se completa um movimento de aceleração das cargas num sentido,
atingindo o valor máximo e decrescendo esse valor até parar em um valor mínimo,
acelerando-o de novo num outro sentido e, em seguida, voltando à sua situação inicial,
dizemos ter completado um ciclo.
Da mesma maneira como a movimentação das cargas elétricas (elétrons dos átomos),
faz aparecer uma força magnética nas proximidades do condutor (campo magnético, se
nós fizermos um campo magnético variar em intensidade ou sentido, nas proximidades
de um condutor com as extremidades interligadas, (cheio de elétrons que podem ser
movimentados), vamos conseguir provocar o fluxo, a movimentação desses elétrons
(cargas elétricas) através do condutor, dando origem a uma corrente elétrica.
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Considerando que as grandezas fundamentais às quais vamos nos referir para o estudo
das medidas de proteção sejam tensão, corrente e resistência, vamos fixar os conceitos
relacionados à Lei de Ohm, cuja fórmula pode ser memorizada pela figura abaixo,
considerando apenas dois condutores, ida e volta da corrente elétrica, constituindo um
circuito simples.
U = R*I
R= U/I
I= U/R
Esses três condutores (chamados de condutores fase ou vivos) poderão estar interligados
de formas diferentes na sua origem (ponto de geração ou transformação), o que configura
sistemas ditos em estrela (quando a configuração das bobinas se assemelha a um “Y” e em
triângulo, quando ela se assemelha esquematicamente a essa figura geométrica).
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Riscos de Origem Elétrica
Choque Elétrico: Devido à circulação de uma corrente elétrica acima dos valores
determinados sobre o sistema nervoso há um estímulo rápido e acidental chamado de
choque elétrico.
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Como o estímulo ocorre em determinada parte do corpo, ou seja, como foi transmitido,
reconhecido, identificado e como reagimos por vezes sem pensar.
Essa comunicação se iniciou através da picada responsável por provocar uma reação
química nas células da região atendida se transformando em uma corrente elétrica
extremamente pequena alguns milionésimos de ampéres, sendo conduzida por células
especiais até o centro de controle responsável pela identificação. Esse perfeito sistema
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de instrumentação diferencia temperatura, pressão e umidade de superfície funcionando
à base de estímulos elétricos.
Os músculos são uma espécie de motores do nosso corpo controlados por um sistema
de automação elétrica disparando, controlando e determinando a velocidade desses
motores. O músculo se contrai toda vez que é atravessado por uma corrente elétrica.
O corpo tem seu funcionamento à base do sistema nervoso controlado por circulação
de correntes elétricas extremamente pequenas tanto na identificação e reconhecimento
quanto na instrumentação do que ocorre na sua superfície e sensibilidade para o
comando automação e controle de movimentos ação.
A → B.................. 9,7 %
C → D.................. 7,9 %
C → E.................. 2,9 %
A → E.................. 1,8 %
B → D.................. 0 %
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UNIDADE
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
São valores que correspondem a uma resistência média para uma pessoa de 50 kg e
em condições normais de saúde.
Para uma tensão alternada de 50 volts, em 99% dos casos a resistência é superior a
5000 ohms enquanto que em 1% dos casos podem ser verificados valores de 1000 ohms.
Se considerarmos uma tensão de 220 volts, veremos que em 98% dos casos a
resistência é superior a 2800 ohms e para 1% dos casos essa resistência pode baixar
para 800 ohms.
Perigos do arco elétrico: O arco elétrico possui energia suficiente para queimar roupas
e provocar incêndios, emite materiais vaporizados, radiação infravermelha, luminosa e
ultravioleta, além de causar sobrepressões quando ocorrem dentro de invólucros como
os compartimentos dos painéis elétricos e nas imediações em áreas abertas.
A exposição ao calor produzido pelo arco elétrico provoca danos à pele e causa
queimaduras de segundo e terceiro graus. É de grande valia conhecermos a classificação
das queimaduras: as de primeiro grau deixam a pele avermelhada sem bolhas; as de
segundo grau causam bolhas, porém pode haver regeneração da pele; as de terceiro
grau causam a destruição total da pele, não havendo possibilidade de regeneração.
Além do grau da queimadura, existe outro fator muito importante a ser considerado
para a avaliação da vítima, que é sua extensão. Quanto maior a área queimada, mais
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grave é a situação. Existem também estudos que relacionam a extensão e o grau da
queimadura com a expectativa de sobrevivência da vítima.
Registram-se acidentes com ocorrência de queimaduras por arco tanto nas atividades
das concessionárias de energia elétrica como em instalações de consumo, principalmente
industriais, resultantes de procedimentos incorretos, nas intervenções em circuitos
energizados ou nas suas proximidades.
Muitos estudos e testes sobre arcos elétricos foram conduzidos em diversos laboratórios
com o objetivo de comprovar o comportamento da energia liberada pelo arco elétrico em
várias situações, tendo como premissa os estudos de curto-circuito e o comportamento
das correntes e tensões em regime transitório.
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UNIDADE
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
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O organismo humano pode compensar as interações fracas dos campos
eletromagnéticos, porém campos intensos causam estresses que podem conduzir a
danos irreversíveis à saúde, sob certas circunstâncias. Contudo nenhum estudo científico
reconhecido por entidades de crédito internacional conduz à certeza de que os campos
eletromagnéticos de baixa frequência levam a um aumento do número de casos de
câncer, leucemia e tumores cerebrais, dentre outras patologias.
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UNIDADE
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Dicas de segurança
https://goo.gl/u7nDMx
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Referências
Apostila PECE – Lacasemim
Associação brasileira de normas técnicas NBR 8674 Para proteção contra Incêndios
em Transformadores;
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Prevenção
Inserir Título
e Controle
Aqui
Inserir
de Riscos
Título
em Aqui
Máquinas,
Equipamentos e
Instalações
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis
de segurança
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
Introdução ao Tema
A eletricidade é uma fonte de perigo, podendo causar a morte de pessoas se não forem
tomados cuidados especiais, sendo perigosa mesmo quando utilizada em “baixas tensões”.
Portanto, para prevenir acidentes, toda instalação elétrica deve ser executada de
forma segura por um profissional qualificado e supervisionada por um profissional
legalmente habilitado (FUNDACENTRO, 2001).
Fundacentro (2001) diz que todas as instalações elétricas devem ser consideradas
perigosas porque podem causar acidentes fatais. Por isso, nos trabalhos com eletricidade,
é preciso conhecer o serviço e saber quais as formas de se proteger contra acidentes.
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Devido ao grande número de acidentes de trabalho relacionados a serviços em
instalações elétricas, foi publicado pelo Ministério do Trabalho e Emprego a Norma
Regulamentadora (NR) 10, denominada Segurança em instalações e serviços
em eletricidade.
Leitura Obrigatória
Norma Regulamentadora (NR) 10
A norma regulamentadora objetiva a definição de requisitos cruciais e condições
mínimas para a definição e execução das medidas de controle e sistemas preventivos
cabíveis, visando a garantia de segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos em
serviços que, mesmo que indiretamente, relacionam-se com instalações elétricas e
serviços com eletricidade.
Devido aos riscos que envolvem eletricidade, é necessário que se tenha cuidado
especial na proteção do trabalhador que utiliza diretamente eletricidade, por essa razão é
necessária a existência de medidas de prevenção capazes de contrapor o perigo inerente
à energia.
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
Não fica garantido por mais de que se tenha a evolução tecnológica, as aplicações
imediatas dos sistemas de controle de riscos aos quais os trabalhadores estão sujeitos,
principalmente os que interagem com equipamentos e processos novos. É importante
que todos saibam que atuação direta ou indireta com instalações elétricas se dê em
cargos diretivos ou operacionais, devendo sempre seguir os procedimentos para que
sejam prevenidos os acidentes, conforme estabelece a NR 10.
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elétrica se torna uma fonte de calor que nas proximidades de material combustível e em
conjunto da presença do ar pode acarretar incêndio.
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
· Contato direto: ocorre pelo contato com o condutor vivo, isto é, com as fases
(A, B ou C) que alimentam os cabos ou barramentos da instalação;
· Contato indireto: ocorre pelo contato com partes energizadas que não fazem
parte do circuito, mas que ficaram acidentalmente energizadas, por defeito
ou falha de um sistema de proteção.
Além da ocorrência desses efeitos, pode-se ter queimaduras tanto superficiais (na
pele) quanto profundas, inclusive nos órgãos internos. O choque elétrico também
poderá causar simples contrações musculares, as quais, de uma maneira indireta,
poderão levar a pessoa a, involuntariamente, chocar-se com alguma superfície sofrendo,
assim, contusões ou mesmo uma queda, isso quando a vítima estiver em local elevado.
Grande parcela dos acidentes por choque elétrico conduz a lesões provenientes de
batidas e quedas.
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Queimaduras e Quedas Causadas por Arco Elétrico
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
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Após a inspeção geral de certificação da retirada de todos os travamentos, cartões
e bloqueios, será providenciada a remoção dos conjuntos de aterramento e adoção dos
procedimentos de liberação do sistema elétrico para a operação pelos responsáveis do
serviço. A NR 10 orienta sobre os procedimentos a serem executados em instalações
elétricas desenergizadas, porém, com a possibilidade de reenergização.
O aterramento pode ser definido como a ligação intencional à terra por meio da qual
corrente elétrica pode fluir. Ademais, o aterramento pode ser o seguinte:
·· Funcional: ligação por meio de um dos condutores do sistema neutro;
·· Proteção: ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos
à instalação;
·· Temporário: conexão do sistema elétrico e à terra na execução de montagens
e manutenções de sistema de eletricidade, evitando acidentes aos empregados.
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
Esquema TN
O esquema TN possui três variantes de esquema, conforme estiverem dispostos o
condutor neutro e de proteção. Quando o condutor neutro e o condutor de proteção são
diferentes, utiliza-se o esquema TN-S; quando há a combinação entre condutores neutro
e de proteção, através de um único condutor, utiliza-se o esquema TN-C; e por último
o esquema TN-C-S, quando parte das funções neutro e de proteção são combinadas
através de um único condutor.
Esquema TN-C
L1
L2
L3
PEN
Massas Massas
Aterramento de
alimentação
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Esquema TN-S
L1
L2
L3
N
PE
Massas Massas
Aterramento de
alimentação
Esquema TT
Quando as massas do sistema elétrico estão aterradas em um eletrodo de aterramento
eletricamente distinto do eletrodo de aterramento da alimentação, o esquema TT faz
com que o condutor neutro seja aterrado em um eletrodo distinto do eletrodo destinado
ao condutor de proteção elétrica.
Esquema IT
As massas são aterradas ou em eletrodos distintos para cada uma das quais, ou
em um eletrodo comum para todas as quais, ou ainda partilham do mesmo eletrodo
de aterramento da alimentação, porém, não passando pela impedância. Para que as
massas de instalação possam ser aterradas, deve ser verificada a existência de massas
aterradas no mesmo eletrodo de aterramento de alimentação e também, se devido à
falta de eletrodo de aterramento da alimentação, o eletrodo de aterramento das massas
pode ser independente do eletrodo de alimentação.
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
O neutro pode ser distribuído ou não conforme as seguintes siglas: (A) aterramento
da alimentação; (B) impedância para a alimentação aterrada; (B.1) massas aterradas em
eletrodos separados e independentes do eletrodo de aterramento da alimentação; (B.2)
massas coletivamente aterradas em eletrodo independente do eletrodo de aterramento da
alimentação; e (B.3) massas coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da alimentação.
Aterramento Temporário
O aterramento temporário deve ser adotado antes e após o ponto de intervenção
do circuito e derivações, com exceção de intervenção no fim do trecho. O aterramento
temporário deve ser retirado na conclusão do trabalho.
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conexão elétrica e mecânica dos cabos de interligação das fases e descida para à terra,
vara ou bastão de manobra em material isolante, com cabeçotes de manobra, grampos
realizando a conexão entre condutores e ponto para a terra, cabos de aterramento de
cobre, extraflexível e isolado e o trado ou haste de aterramento, este que faz a ligação
do conjunto de aterramento com o solo através de seu dimensionamento.
Equipotencialização
Os elementos especificados devem ser interligados para se obter a equipotencialidade
necessária. É necessário que todos os condutores estejam ligados às massas de instalação.
Deve-se garantir que não haja prejuízo de equipotencialização adicional e que se faça
necessário, a fim de se evitar choque ou compatibilidade eletromagnética.
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
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Corrente de Fuga
Dispositivo de proteção operado por corrente: é um dispositivo que tem por
finalidade o desligamento automático de determinada máquina ou equipamento para o
qual este foi destinado a proteger da rede elétrica e está interligado. O corte da corrente
se dá quando fica acima do valor que foi previamente estabelecido, para isso, esse
dispositivo age de maneira veloz – em menos de 0,2 segundos –, desligando a rede de
fornecimento de energia, o equipamento ou instalação elétrica pelo qual é responsável.
Torna-se então imprescindível que ambos sejam ligados a um sistema de terra. Tal
dispositivo é formado por um transformador de corrente, com um instrumento liga-
desliga e ainda um gatilho.
Vale salientar que todos os condutores necessários para levar a corrente passam
pelo transformador acima citado. Trata-se do responsável por detectar o aparecimento
da corrente de fuga em uma instalação onde não se tem defeitos, pois é através da
somatória das correntes no primário do transformador que se obtém uma corrente nula.
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
Os sistemas Selv ou Pelv não podem ficar fora de acesso, pois pode-se ser desobrigada
a isolação básica, barreira ou invólucro, desde que cumpram as exigências da norma
NBR 5410/2004.
As barreiras devem ser robustas, fixadas de forma segura no ambiente ao qual estão
inseridas e se fazem necessárias – que tenham durabilidade. A retirada dessas barreiras
só deve ser possível mediante ferramentas e chaves adequadas, para tanto e sendo o
caso, com capacidade para uma isolação ou até mesmo uma segunda barreira definitiva,
ou seja, que não possa ser retirada. Exemplo: telas de proteção com parafusos de fixação
e tampas de painéis.
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Bloqueios e impedimentos: mantêm, através de meios mecânicos, um dispositivo
que realiza uma manobra fixa em uma determinada posição, fazendo com que seja
impedida a ação que não se deseja permitir. Normalmente são utilizados cadeados para
esse bloqueio. Chaves de bloqueios, chaves seletoras, por exemplo, são ferramentas
que impedem o ligamento ou desligamento de um determinado circuito, voluntaria ou
involuntariamente, além maximizar a segurança para o desligamento de circuito visando
possível manutenção.
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
A seguir, alguns tipos estruturais que desempenham a função de isolamento dos condutores:
· A estrutura de isolamento é composta de base de polietileno, polipropileno e
polidracon, outras estruturas que são utilizadas são as circulares isolantes;
· As mantas e lençóis isolantes também desempenham a mesma função;
· Os tapetes isolantes; e
· Coberturas isolantes destinadas aos dispositivos específicos, como postes,
por exemplo.
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Colocação fora de alcance: pode-se observar a distância mínima a ser verificada nas
passagens destinadas à operação ou manutenção. Regiões isoladas, com objetivos de
manter pessoas fora do alcance por conta da alta potência de um determinado sistema,
devem obedecer aos critérios previstos na NR 10.
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
DICAS de segurança [20--]
https://goo.gl/u7nDMx
PROCEDIMENTOS de segurança em instalações elétricas. [20--]
http://goo.gl/IvalsM
Leitura
NBR 5410
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410 – anexo C: tabela
C1 e C2, tensão de contato limite. 2004.
NBR 6808
______. NBR 6808 – Conjuntos de Manobra e controle de baixa tensão montados em
Fábrica (CMF). [20--a].
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UNIDADE
Serviços de eletricidade, instalações e os níveis de segurança
Referências
ALENCAR, L. H. et al. Maior segurança nas instalações elétricas dos canteiros de obras: o
uso do dispositivo de proteção à corrente diferencial residual em instalações temporárias.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ERGONOMIA, 13., 2005. Anais... 2005.
______. NBR 14039 – instalações elétricas em média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. [20--b].
26
GOMES, P. C. dos R.; ÁVILA, A. L. de S. Prevenção e controle de riscos em máquinas,
equipamentos e instalações. [20--]. Disponível em: <https://www.academia.
edu/13259181/PREVEN%C3%87%C3%83O_E_CONTROLE_DE_RISCOS_
EM_M%C3%81QUINAS_EQUIPAMENTOS_E_INSTALA%C3%87%C3%95ES>.
Acesso em: 10 jul. 2016.
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Inserir Título
Prevenção Aqui
e Controle
deInserir
RiscosTítulo
em Máquinas,
Aqui
Equipamentos e Instalações
Arranjo Físico
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Arranjo Físico
Caro Aluno(a)!
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Arranjo Físico
Introdução ao tema
Por meio da localização física dos recursos de transformação são caracterizados os
arranjos físicos de um processo produtivo. O arranjo físico é utilizado para organizar
máquinas, instalações e produção. É a mais notória entre todas as características
que envolvem um processo de produção. É responsável por determinar a forma e
a aparência. Por meio do arranjo físico também se define o modo como os recursos
transformados participarão do processo, resultando diretamente nas condições de
trabalho e da organização.
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Leitura Obrigatória
Durante a instalação de uma indústria, a sua localização é uma questão estratégica,
de modo que a sua instalação deve ser verificada em duas etapas: a macrorregional
e a microrregional.
A etapa que é mais ampla tem como objetivo definir a região onde a indústria será
instalada, trata-se da localização macrorregional. Nesta etapa são considerados os fatores
de ordem econômica e técnica, onde, sob a visão econômica são considerados fatores
como: matéria-prima, mercado, custos com consumo de água, transporte, energia
elétrica e a disponibilidade de mão de obra.
Toda e qualquer empresa deve ter um planejamento específico para o arranjo físico,
isso independe de a estrutura ser pequena ou grande. A partir do momento em que
se efetua um bom arranjo físico, os resultados se tornam surpreendentes em relação à
redução de custos de operação e em relação ao aumento da produtividade, sem contar
a eficiência da planta do local. Esse planejamento é crucial quando se tem intenção de
implantar uma nova empresa. Naquelas já instaladas, uma mudança no processo de
produção ou fluxo do serviço, introdução de novos produtos ou serviços, necessidade de
redução de custos, expansão de uma seção etc., podem necessitar de uma modificação
no arranjo existente.
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Por diversos motivos, o arranjo físico sofre mudanças frequentemente, fato que
explica a necessidade de se ter um caráter dinâmico. Alguns fatores de mudanças podem
ser citados:
• Transformação na quantidade e especificações da matéria-prima;
• Transformação na linha de produtos da empresa;
• Transformação no processamento de materiais, onde há ou não a alteração de fluxo;
• Transformação na quantidade de mão de obra;
• Mudança na quantidade e tipos de equipamentos.
• Quando ocorrem mudanças, estas estão ligadas a alguns fatores:
• Ampliação da demanda;
• Surgimento de novas tecnologias;
• Alteração de processo;
• Variações nas especificações do produto;
• Incorporação de novos produtos.
Essas são algumas razões práticas que fazem com que as decisões sobre o arranjo
físico se tornem importantes na maioria dos processos de produção. Se o arranjo
físico examinado posteriormente estiver errado pode acarretar em padrões de fluxos
extremamente longos ou confusos, estoque de materiais, filas na operação, tempo de
processamento extremamente longo, operações inflexíveis e consequentemente altos
custos de produção. Qualquer mau julgamento na definição do arranjo físico ocasiona
em um efeito considerável de longo prazo na operação.
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• Obtenção de novas máquinas ou equipamentos, exigindo a ampliação de varia-
das áreas;
• Mudanças tecnológicas, resultando em modificações nos processos de produção,
acarretando o aumento ou redução da produção da empresa.
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Movimentação: este fator é um dos mais importante – para não dizer principal –
quando se projeta um arranjo físico e deve ser analisado os seguintes itens:
• O itinerário dos colaboradores em seus setores, máquinas, móveis – empilhadeira,
por exemplo – e percurso do material utilizado no processo de fabricação e do
material processado, assim como suas especificações;
• Tipos de transportes usados;
• O tempo utilizado, assim como o esforço físico necessário e sua frequência;
• O espaço existente para a movimentação de materiais e pessoas;
• O pré-estabelecimento dos corredores em relação às máquinas e equipamentos,
assim como meio de transportes etc.;
• Segurança de todos os envolvidos – colaboradores – e visitantes;
• Fácil acesso aos extintores, hidrantes e demais meios de combate a incêndio etc.
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Serviços auxiliares: neste item incluímos alguns locais que normalmente são es-
quecidos, como os setores de manutenção, laboratórios, escritórios, espaços reserva-
dos aos controles operacionais e à inspeção, ou locais destinados a vestiários, restau-
rantes ou refeitórios e até mesmo estacionamentos, entre vários outros espaços que
se enquadram aqui.
Mudanças: neste item se enquadram todas as mudanças que possam vir a ser
estabelecidas e que, de uma maneira ou de outra, acabem afetando as condições de
trabalho já existentes, colocando em dúvida o planejamento e o projeto de arranjo físico
já estabelecido para o local em questão.
Tendo uma empresa de papéis como exemplo, podemos afirmar que a importância
de seu quadro no geral está diretamente conectada ao seu arranjo físico. Como já
citamos, a criação de um arranjo físico adequado está ligada ao planejamento e
integração dos componentes de um produto ou serviço, objetivando um relacionamento
eficaz e economicamente interessante entre os colaboradores, as máquinas e
equipamentos necessários à produção e aos materiais que consequentemente se
movimentam no ambiente.
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Quando mencionamos uma indústria de porte consideravelmente grande, um
procedimento como o citado acima não é simples como aparenta, pois um pequeno
deslize nesse projeto ou planejamento pode ocasionar problemas consideráveis em
relação aos locais utilizados, acarretando em problemas estruturais e consequentemente
levando a danos ainda maiores e, claro, isso traria problemas financeiros consideráveis
não só em um novo projeto, onde teria que se rearranjar todo setor, como também traria
custos com possíveis danos a máquinas e equipamentos e perda de matérias-primas.
Todos esses problemas podem ser evitados se for realizada uma análise preliminar
visando um planejamento adequado do arranjo físico em questão.
O arranjo físico objetiva uma combinação adequada nas instalações industriais e de tudo
que envolve a produção dentro de um espaço disponível. Visa a harmonia e integração do
equipamento, material, áreas de movimentação, mão de obra, estocagem, administração,
enfim, todos os itens que possibilitam uma atividade industrial. Para planejar o arranjo
físico, é necessário estudar os padrões de fluxo na estação de trabalho, nos departamentos
e entre os departamentos (TOMPKINS, 1996). Ao dimensionar e projetar um arranjo
físico, deve-se buscar a disposição que melhor combine os equipamentos com os homens
e fases dos processos existentes, garantindo um rendimento dos fatores de produção, por
intermédio da menor distância e no menor tempo.
Tendo como exemplo uma fábrica, o arranjo físico é a organização dos equipamentos
desta, sempre se lembrando do espaço que se faz essencial para que possamos ter uma
boa movimentação, armazenamento deste material, pensando ainda na mão de obra –
mesmo que indireta – e tantas outras funções e afazeres dependentes, isso sem contar o
equipamento de operação e seus colaboradores que o operam. Portanto, arranjo físico
pode ser uma instalação real, um projeto ou um trabalho.
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A etapa de arranjo físico é uma das fases finais para a elaboração do projeto de uma
indústria, sendo que só pode ser elaborada após uma série de itens já definidos, como a
quantidade de produção e a seleção do equipamento produtivo. O objetivo principal do
arranjo físico interno da empresa é definir e integrar os elementos produtivos.
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• Produção: Reduzir custos? Será necessário parar máquinas ou equipamentos? Dimi-
nuir a movimentação dos materiais é uma alternativa? Haverá corte de colaboradores?
• Alteração na demanda: O que se produz atualmente esta satisfazendo a estimativa
de vendas atuais? As máquinas ou equipamentos de transporte bastam?
• Limitação das instalações: Há novos produtos ou procedimentos de trabalho
(serviços diferentes) sendo esboçados? Precisaremos utilizar novos locais para
estocagem? Precisaremos de mudanças nos processos de trabalho? Circulação de
materiais, máquinas ou equipamentos utilizados?
• Ambiente de trabalho inadequado: As condições ambientais, ou seja, ventilação,
temperatura, iluminação e até mesmo umidade do ar estão adequadas? Há como
isolar o ruído existente? Os toaletes disponíveis aos colaboradores estão adequados?
• Condições inseguras: O local é adequado para este trabalho? Há materiais
desnecessários nas proximidades da máquina? A empresa trabalha com materiais
inflamáveis? Estes são armazenados corretamente? Há algum local de trabalho com
mais equipamentos do que projetado ou mais equipamentos do que comporta o
local? Há local adequado para a movimentação dos materiais? Movimentação de
pessoas? Há muitos incidentes? E acidentes? O piso do local está adequado?
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Princípio do uso das três dimensões: o arranjo físico pode ter um diferencial, sendo
consideradas as dimensões transversal, longitudinal e vertical. Utilizar adequadamente o
subsolo ou espaço superior se torna um grande diferencial para operações de transporte
entre seções sem que haja cruzamentos. A superfície pode ser reduzida quando se utiliza
a dimensão vertical corretamente para a estocagem.
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Arranjo Físico
Diante das diversas quantidades e das variedades dos produtos, define-se o processo
de produção ou mais se adequa e por isso deverá ser utilizado. Como exemplo temos
o processo em lotes, o contínuo, entre outros; e com essas informações precisamos
questionar sobre a rota em que o produto em questão deverá passar para ser fabricado,
ou o roteiro necessário para a prestação de serviços dessa empresa – se esse for o
caso. Fato é que as máquinas, equipamentos e até mesmo os locais de trabalho que
serão utilizados dependerão diretamente das operações de transformação do produto
em questão. Assim como o transporte e a movimentação dos materiais envolvidos por
meio das rotas estabelecidas, ou até mesmo dependendo este do processo de fabricação.
Por fim, as diversas operações que podem estar envolvidas nessa rota ou o processo de
fabricação em questão são informações que devem ser obtidas.
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Alterações do Arranjo Físico
Utilizamos como exemplo de alterações do arranjo físico, o aumento da produção
de uma empresa, em que somente a aquisição e instalação de uma única máquina seria
necessária para atender a demanda. A combinação anteriormente tida como ótima,
após as mudanças nos parâmetros, deixa de ser, fato que se deve ao espaço disponível
não se limitar ao exigido pela nova máquina, mas podem-se citar outros fatores:
• Área necessária para a operação da máquina;
• Espaço para a ligação de linhas de energia;
• Espaço para que o operador possa atuar;
• Local para armazenamento do material a ser processado;
• Espaço para disponibilização de armário para guardar roupas e objetos de uso
pessoal e pertences ao operador;
• Ampliação do refeitório.
Outros aspectos, além dos citados, podem ocorrer devido à integração da nova
máquina pelo processo de produção, vindo a se manifestarem posteriormente.
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Distância mínima necessária entre as máquinas: a distância necessária para
a separação das máquinas deve ser aquela que garanta que não ocorram acidentes e
doenças ligadas ao trabalho. O trabalho está relacionado à operação, manutenção, ajuste,
à limpeza ou inspeção e deve garantir o deslocamento de forma segura dos colaboradores.
A medição dos níveis de iluminamento deve ser feita no campo de trabalho onde se
realiza a tarefa visual. A NR 18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria
da construção, traz uma série de especificações e dimensionamentos nos itens 18.4 –
Instalações sanitárias –, 18.12 – Escadas, rampas e passarelas –, 18.13 – Medidas de
proteção contra quedas de altura –, 18.27 – Sinalização de segurança –, entre outros
aspectos específicos presentes em outros itens da norma.
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O arranjo físico será de grande importância nos estudos feitos para expansão das
atividades da empresa, evitando que a empresa “inche”. Se a empresa “inchar” ao invés
de expandir, as dificuldades para a manutenção de condições de trabalho adequadas se
avolumarão. Dado o caráter dinâmico da empresa, o estudo de arranjo físico, sob o viés
da engenharia de segurança, cada mudança é fundamental para que se possa analisar
previamente o impacto dessas nas condições de trabalho.
Arranjo físico linear ou por produto: o arranjo físico linear ou por produto é o
arranjo que identifica e organiza os recursos produtivos, a fim de facilitar o processo
de transformação dos recursos. A ordem de operações que compõem o processo de
produção estipula a disposição das estações de trabalho. Assim, cada produto, elementos
de informação ou cliente segue uma sequência conforme os processos físicos. Este
arranjo físico é denominado arranjo físico ou arranjo em linha. Neste tipo de arranjo, o
fluxo de produtos, informações ou clientes é previsível, o que o torna um arranjo fácil
de ser controlado. O que dita este tipo de arranjo na operação é a uniformidade dos
requisitos dos produtos ou serviços oferecidos. A seguir alguns exemplos de arranjos
físicos dos produtos:
• Montagem de veículos automotores: para todas as variantes referentes ao
mesmo modelo é necessária a mesma sequência de processos;
• Vacinação em massa: todos os clientes seguem a sequência dos procedimentos a
serem realizados (preenchimento das cadernetas de vacinação);
• Restaurante self-service: onde o serviço oferecido segue uma sequência pelo
cliente (entrada, prato principal, sobremesa e bebidas), para os clientes é um
procedimento comum, porém, esse arranjo físico ajuda a manter o controle sobre
o fluxo de clientes.
Arranjo físico por processo: esse tipo de arranjo se caracteriza pelas necessidades
e conveniências dos recursos transformadores que constituem o processo da operação,
são esses os responsáveis sobre a decisão a respeito do arranjo físico. Os processos
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similares ou os que têm necessidades similares são dispostos juntos um ao outro, uma
vez que isso gera benefícios na utilização dos recursos transformadores. Neste tipo de
arranjo quando os produtos, as informações, os clientes fluírem através da operação,
percorrerão um roteiro de processo a processo conforme suas necessidades.
Esse fato pode ocorrer devido o produto ou o sujeito do serviço ser muito grande
para ser movido de forma conveniente ou pode ser – ou estar – em estado de grande
sensibilidade para ser movido, ou ainda pode objetar-se ao movimento, como os
exemplos a seguir:
• Construção de uma rodovia: não há a possibilidade de se mover o produto;
• Cirurgia de peito aberto: os pacientes estão em um estado vulnerável para se-
rem movidos;
• Estaleiro: o produto, normalmente, é de grande porte para ser movido;
• Restaurante de alto padrão: os clientes objetariam em mover-se para onde a comida
é preparada ou outro ponto específico para se servirem;
• Manutenção de computador de grande porte: produto muito grande e delicado para
ser movido, onde o cliente pode negar-se a trazê-lo para a manutenção.
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Um canteiro de obra é um exemplo típico de arranjo físico posicional, pois existe uma
quantidade de espaço limitada que deve ser alocada a vários recursos transformadores,
neste caso, as várias empresas subcontratadas que construirão o edifício, suas áreas de
armazenagem e os recursos gerais, como os escritórios de gerenciamento da obra terão
de ser disponibilizados no local da obra em si. O principal problema em projetar esse
tipo de arranjo físico é alocar as áreas do canteiro aos vários subcontratados, garantindo:
• O espaço necessário para a execução das atividades;
• O recebimento e armazenagem dos suprimentos;
• O acesso dos subcontratados à área do canteiro de obras, sem a intervenção na
movimentação dos demais subcontratados;
• A redução geral da movimentação dos subcontratados e seus veículos o máximo possível.
Para que o arranjo físico posicional seja considerado como eficaz, deve estar ligada
a programação de acesso ao canteiro e a confiabilidade das entregas. Nota-se na
maioria dos canteiros a falta de espaço físico para alocar áreas permanentes que
suportem todos os contratados que venham a necessitar de acesso à obra, ficando este
espaço restrito apenas aos maiores, mais importantes ou a subcontratados que estarão
locados em um prazo mais longo da duração da obra. Os outros subcontratados ficam
alocados em uma base temporária, o que deixa o arranjo físico vulnerável a possíveis
alterações de planejamento e controle de projetos, onde, no adiantamento de uma
entrega de materiais, pode não existir espaço local considerado como ideal para o
armazenamento e assim esses materiais deverão ser armazenados em algum local
temporário. É comum que esses materiais sejam movimentados várias vezes até o
seu uso, fato que justifica o motivo pelo qual os canteiros complexos e grandes têm
frequentemente aparência caótica.
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• Maternidade em um hospital: clientes que necessitam de atendimento em
maternidade formam um grupo bem definido que pode ser tratado junto; têm uma
probabilidade pequena de necessitarem de cuidados de outros serviços do hospital,
ao mesmo tempo em que requerem cuidados da maternidade.
Ainda que a ideia de arranjo físico celular esteja associada às operações de manufatura,
não podem ser utilizados os mesmos princípios nas questões que envolvem os serviços.
Uma loja de departamentos que contém displays de variados produtos distribuídos
em seu interior, tem cada área como um processo separado onde é dedicada à venda
particular de produtos: sapatos, roupas, livros, entre outros. Uma exceção é o setor de
esportes, tratado como uma “loja dentro da loja”, pois se especializa em vender produtos
variados com um tema em comum: o esporte. Estarão disponíveis roupas esportivas,
calçados esportivos, sacolas esportivas, revistas sobre esportes, equipamentos e artigos
esportivos para presentes e bebidas específicas de uso esportivo, onde, existem dentro
de uma mesma célula, vários processos que se encontram em outros pontos da loja.
O fato de estarem localizados dentro da célula não é por serem similares (calçados,
roupas e livros normalmente não estão localizados juntos), mas sim pela necessidade
de se atender a um tipo particular de consumidor. Percebe-se pela gerência que são
suficientes os consumidores que buscam lojas para adquirir artigos esportivos, o que se
torna compensador um espaço específico para esse setor. Entende-se também que se
alguém busca uma loja para adquirir determinado produto esportivo, pode ser induzido
a adquirir outros artigos esportivos se estes estiverem dispostos na mesma área.
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Arranjo Físico
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
NBR-5410: anexo C
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5410: anexo C – tabela
C1 e C2, tensão de contato limite. 2004.
NBR-6808
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6808 – conjuntos de
manobra e controle de baixa tensão montados em fábrica (CMF). [20--].
Arranjo físico
BORBA, M. Arranjo físico [apostila do curso de Engenharia de Produção]. Santa Catarina:
UFSC, 1999.
DICAS de segurança
DICAS de segurança. [20--]. Disponível em: <https://goo.gl/flFU8Y>.
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5413 – iluminância
de interiores. 1992. Disponível em: <http://www.unicep.edu.br/biblioteca/
docs/engenhariacivil/ABNT%205413%20-%20ilumin%C3%A2ncia%20de%20
interiores%20-%20procedimento.pdf>. Acesso em: 12 maio 2016.
BRASIL. Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978. 1978. Disponível em: <https://
normasregulamentadoras.wordpress.com/legislacao/portaria-3214-de-08-de-junho-
de-1978>. Acesso em: 12 maio 2016
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UNIDADE
Arranjo Físico
MUTHER, R. Planejamento do lay out: sistema SLP. São Paulo: Edgard Blücher, 1978.
TOMPKINS, J. A. et al. Facilities plaining. 2. ed. New York: John Wiley & Sons, 1996.
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Prevenção
Inserir Título
e Aqui
Inserir Título
Controle de Riscos
Aqui
em Máquinas,
Equipamentos e
Instalações
Manutenção de maquinas e equipamentos
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Manutenção de maquinas e equipamentos
Introdução ao Tema
Devido à utilização intensa e continua, as máquinas acabam sofrendo danos em
suas peças e demais componentes. De maneira geral, qualquer máquina, seja robusta
ou estruturalmente simples, para de funcionar caso ocorra de alguma de suas peças
essenciais ser danificada, independente da aplicação dessa peça na máquina, seja nos
comandos, controles, dispositivos ou até mesmo em mecanismos de transmissão ou em
alguma região externa – por exemplo, no caso de um caminhão, um pneu seria uma
parte essencial para que o mesmo funcione corretamente.
Nas últimas duas décadas, as manutenções em geral sofreram alteração drásticas por
conta de fatores como:
·· Complexidade de projeto;
·· Ampliação da quantidade de itens físicos que devem ser mantidos;
·· Inovação nas técnicas de manutenção a serem aplicadas;
·· Novos conceitos sobre a organização da manutenção e suas responsabilidades.
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Começando então a evidenciar a necessidade de maior disponibilização, pensando
também no ganho de confiança, tudo isso para buscar uma grande produtividade, a
indústria ficou muito dependente de um funcionamento perfeito das máquinas, trazendo
a ideia de que o defeito nos equipamentos poderia e deveria ser evitado, o que resultou
no conceito de manutenção preventiva.
Por fim, a quantidade de capital que foi investido em itens físicos, em conjunto com
o aumento do valor do capital, condicionou as pessoas a começarem a buscar novos
recursos que aumentassem a vida útil de seus equipamentos e máquinas. Alcançando assim
a terceira geração, que surgiu a partir da década de 1970 e acelerou consideravelmente
o processo de mudança nas indústrias.
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Manutenção de maquinas e equipamentos
Leitura Obrigatória
Fases da Produção
A disposição e confiabilidade de um sistema de produção dependem diretamente da
correta realização de cada uma das fases de implantação desse sistema, sendo: fabricar,
projetar, operar, instalar e cuidar da manutenção. Na fase inicial, ou seja, do projeto, o
levantamento de todos os dados deve incluir e envolver os usuários das fases posteriores
(operação e manutenção), os quais devem esclarecer quais as necessidades reais para
a realização de suas atividades e tarefas, com certo nível de detalhamento, pois as
definições técnicas, ajustes e cálculos na fase de projeto irão impactar diretamente nas
demais fases, com consequências diretamente ligadas ao desempenho (confiabilidade,
produtividade, qualidade do produto final, segurança e preservação ambiental) e na
economia (nível de custo-eficiência obtido) (WOMACK, 1992).
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Tipos de manutenção e seus conceitos
Os danos nas máquinas e nos equipamentos podem ser causados por inúmeros
fatores, tais como:
·· Erros de projetos ou de especificação – as máquinas ou suas peças, por
algum motivo, passam a não atender às necessidades para que trabalhem
adequadamente. Os problemas podem estar em diversos fatores: erros de
dimensionamento, rotações inadequadas, marchas, materiais, tratamento
térmico, ajustes, acabamentos superficiais ou, ainda, erros em desenhos;
·· Falhas de fabricação – a máquina, com componentes falhos, não foi montada
corretamente, com potencial aparecimento de trincas, concentração de
tensões, inclusões, contatos imperfeitos, folgas exageradas ou insuficientes,
empeno ou exposição de peças a tensões não previstas no projeto;
·· Instalação incorreta ou mal efetuada – causam desalinhamento dos eixos
entre o motor em funcionamento e a máquina acionada. Os desalinhamentos
acontecem por conta dos fatos a seguir: fundação (local onde a máquina será
assentada), fazendo com que ocorram vibrações e oscilações; sobrecargas;
trincas; corrosão de componentes importantes;
·· Manutenção inadequada ou imprópria – mediante a perda de ajustes e
da eficiência da máquina ou equipamento em questão em virtude de alguns
fatores como os que seguem: sujeira; ausência de lubrificação por breves
períodos; lubrificação inadequada que acaba resultando no rompimento do
filme ou em sua degradação; aquecimento excessivo por causa da falta de
gomosidade do lubrificante; folgas ou faltas de reaperto; falhas no controle
de oscilações e vibrações no equipamento;
·· Operação imprópria – gerando sobrecarga, choques e vibrações que acabam
danificando componentes mais frágeis, mas de muita importância, os quais
geralmente provocam danos em outros componentes ou peças da máquina.
A análise de danos e defeitos de peças de uma máquina/equipamento é
realizada com dois objetivos:
1. Apurar o motivo da falha, para que possam ser tomadas medidas com objetivo
de eliminar sua repetição;
2. Repassar orientações ao usuário explicando a respeito do que pode acontecer
se a máquina for mal-usada ou malconservada e as formas de prevenção disso.
Para que essa análise possa ser bem feita, não basta apenas examinar a peça que
gerou a falha, é necessário efetuar um levantamento de todo o histórico da operação e manutenção
da máquina:
·· Como a falha aconteceu?
·· Quais são as causas apontadas?
·· Essa falha é reincidente?
·· Desde sua aquisição, quanto tempo a máquina ficou em uso constante?
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Manutenção de maquinas e equipamentos
Portanto, a busca dessas informações deve ser a mais detalhada possível, para que
a causa da falha fique claramente apontada evitando futuros erros. Ou seja, as duas
medidas principais dessa análise são:
·· Uma observação pessoal das condições gerais da máquina;
·· Um exame do seu Data Book (Pasta de projeto).
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principais formas de manutenção são definidas com base em atividades comuns, como:
·· Manutenção corretiva sem planejamento;
·· Manutenção corretiva com um planejamento correto e eficaz;
·· Manutenção preventiva;
·· Manutenção preditiva;
·· Manutenção detectiva;
·· Colocar em prática a engenharia da manutenção.
Manutenção corretiva
Manutenção corretiva consiste na correção de um mal funcionamento ou de um erro
menor que o esperado. Quando estamos trabalhando com uma maquina ou equipamento
que mostra ter um funcionamento inferior ao esperado, ou mesmo que esteja danificada,
estamos realizando uma manutenção corretiva. Isso quer dizer que uma manutenção,
quando denominada corretiva, é uma manutenção emergencial, pois essa precisa ser
realizada naquele exato momento, sem protelação. Existem duas condições específicas
que guiam a uma manutenção corretiva:
·· Desempenho inapropriado que aponta o acompanhamento das variáveis
operacionais.
·· Ocorrência de uma falha. A finalidade dessa manutenção é corrigir ou redefinir
de forma correta e segura o andamento adequado do sistema, máquina
ou equipamento em questão. A ação principal na manutenção corretiva é
reestruturar ou corrigir o bom funcionamento do sistema ou equipamento.
Sendo assim, essa manutenção denominada “corretiva” pode ser dividida em
dois formatos:
·· Corretiva sem planejamento;
·· Manutenção corretiva com um planejamento adequado.
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Manutenção de maquinas e equipamentos
É um tipo de manutenção que deveria ser abolido das práticas das empresas,
pois demonstra o desconhecimento e o “descontrole” do seu sistema de produção.
Normalmente, a manutenção corretiva com um planejamento abaixo da média acarreta
valores maiores do que foi planejado, ou seja, um dano inesperado de uma máquina ou
equipamento pode acarretar queda na produção, pouca qualidade no produto e elevados
custos indiretos de manutenção ao equipamento.
Além de tudo isso, os erros aleatórios podem ter sérias consequências para um
equipamento, ou seja, a dimensão dos danos pode ser ainda maior. Em plantas industriais
de processos que precisam de uma continuidade (petróleo, petroquímico, cimento
etc.), interromper processamentos complexos (com pressões, temperaturas, ou vazões
elevadas) de forma abrupta para arrumar uma determinada máquina pode comprometer
a qualidade de outros equipamentos que vinham sendo operados de forma adequada,
levando-os a constantes colapsos após a partida ou a uma baixa na campanha da planta.
Mesmo que a decisão gerencial seja de deixar o equipamento funcionar até a quebra,
essa é uma função conhecida e algum planejamento pode ser feito quando a falha
ocorrer, como, por exemplo:
·· Substituir o equipamento por outro idêntico;
·· Ter um “kit” para reparos rápidos;
·· Preparar o posto de trabalho com dispositivos de alerta, etc.
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·· Possibilidade de ser compatível com a necessidade da interferência com os
interesses da produção, a partir de um bom planejamento dos serviços prestados;
·· Garantia da existência de sobressalentes de equipamentos e ferramental para
realizar a ação de reparo de forma efetiva e eficiente;
·· Recursos humanos com uma tecnologia eficiente para colocar em prática os
serviços em qualidade suficiente, que podem, inclusive, serem encontrados
fora da organização/instituição.
Manutenção preventiva
Manutenção preventiva é a atuação realizada que visa diminuir ou evitar os erros
ou o baixo desempenho, seguindo um plano anteriormente montado, como base em
intervalos definidos. Ao contrário da política de manutenção corretiva, a manutenção
preventiva busca evitar a ocorrência de erros decorrentes.
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Manutenção de maquinas e equipamentos
para a intervenção;
·· Abertura do equipamento/reposição de componentes prematuramente.
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Manutenção Preditiva
Segundo Mirshawaka (1991), a Manutenção Preditiva – também conhecida como
Manutenção Sob Condição ou Manutenção com Base no Estado do Equipamento –
pode ser definida da seguinte forma: “é a atuação realizada com base em mudanças de
seguimentos de desempenho ou condição, cujo acompanhamento segue um sistema
específico”. A manutenção preditiva é a primeira grande queda de um padrão nas
práticas de manutenção e tem se mantido cada vez mais com o avanço tecnológico
que disponibiliza equipamentos que permitem uma avaliação confiável de instalações e
sistemas operacionais com um bom funcionamento.
Quando o grau de degradação totalizar o limite que foi estabelecido com antecedência,
o mais indicado é a interferência. Esse tipo de acompanhamento nos permite uma
preparação antecipada do serviço a ser executado, além de alternativas e decisões que
tenham relação com a produção. Ou seja, a manutenção preditiva prediz as condições
dos equipamentos e, quando a intervenção é decidida, o que se faz, na realidade, é uma
manutenção corretiva com bom planejamento.
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UNIDADE
Manutenção de maquinas e equipamentos
Os custos relacionados à Manutenção Preditiva podem ser divididos por dois enfoques:
·· O acompanhamento periódico por meio de instrumentos/aparelhos de
medição e análise não é muito elevado e quanto maior o progresso na área
de microeletrônica, maior a redução dos preços;
·· O trabalhador envolvido não apresenta valores elevados – com expectativa
de acompanhamento, também, pelos próprios colaboradores e operadores.
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Manutenção detectiva
A menção à manutenção detectiva começou a ocorrer a partir da década de
1990. A denominação “detectiva” está ligada à palavra detectar (em inglês detective
maintenance). Uma boa definição é: manutenção detectiva é a atuação imediata
de um sistema que objetiva cuidados buscando encontrar erros escondidos ou
que não sejam perceptíveis aos funcionários da manutenção e operação. Então,
as atividades realizadas em nível de avaliação de um sistema de proteção que funciona
normalmente simbolizam essa manutenção. Um exemplo simples e bem objetivo é o
botão para testar uma lâmpada de sinalização e alarme em painéis luminosos.
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UNIDADE
Manutenção de maquinas e equipamentos
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Suponha que uma determinada planta adota um sistema baseado em manutenção
preventiva para um conjunto de redutores de uma torre de refrigeração. A estimativa do
tempo para as intervenções é extremamente difícil, porque nesse tipo de equipamento
a vida dos diversos componentes é diferente, apesar do pequeno número deles. Os
rolamentos têm uma vida diferente dos retentores que, por sua vez, têm vida diferente
das engrenagens. A experiência indica que serão feitas mais intervenções do que o
necessário e/ou um número elevado de troca de peças com “meia vida”, ainda em bom
estado, será processado. Devem-se comparar as vantagens e as desvantagens entre o
custo desnecessário de utilização de alguns sobressalentes contra sucessivas intervenções
nos equipamentos.
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UNIDADE
Manutenção de maquinas e equipamentos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Aprofunde seus estudos acessando ao conteúdo listado:
Sites
Manutenção industrial
http://goo.gl/jFF6g3
Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações
https://goo.gl/nwjMMN
A importância da manutenção preventiva dos equipamentos de Sistemas de Segurança Eletrônica
http://goo.gl/0VhokO
A importância da manutenção de equipamentos da construção civil
http://goo.gl/e7mTYG
Leitura
Manutenção preventiva: Estudo de caso em um comércio varejista de automóveis seminovos
http://goo.gl/jhzIdH
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Referências
BRASIL. Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978. 1978. Disponível em:
<https://normasregulamentadoras.wordpress.com/legislacao/portaria-3214-de-08-
de-junho-de-1978>. Acesso em: 12 maio 2016
MIRSHAWKA, V. Criando Valor Para o Cliente. São Paulo: Makron Books, 1993.
MIRSHAWKA, V.; MIRSHAWKA, V. JR. QFD – A Vez do Brasil São Paulo: Makron
Books, 1994.
PINTO, Alan Kardec; XAVIER, Júlio Nassif. Manutenção: função estratégica. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 1998.
WOMACK, James P. et al. A Máquina que Mudou o Mundo. 4. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1992.
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Prevenção
Inserir Título
e Aqui
Inserir Título
Controle de Riscos
Aqui
em máquinas,
equipamentos
e instalações
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais
componentes do vidro e suas características
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Segurança para os operadores de empilhadeira e
Materiais componentes do vidro e suas características
Introdução ao Tema
As atividades que utilizam máquinas e equipamentos são as responsáveis por grande
parte dos acidentes de trabalho. Este cenário é mais bem visualizado através da análise
de amostra dos inquéritos trabalho mortal decorrente da utilização de máquinas, esta
análise foi efetuada pelos Inspetores da Autoridade para as Condições de Trabalho
(Gomes, 2008). Por meio da análise de 366 registros de acidentes mortais, 161 desses
registros foram decorrentes de acidentes ocasionados durante o trabalho com a utilização
de máquinas ou através de lesões causadas pelo manuseio delas.
Após a análise dessa amostra com a obtenção dos resultados, foi possível concluir que
em 79% dos casos de acidentes estavam envolvidos equipamentos de trabalhos móveis
ou utilizados para elevação de carga. Sendo as duas principais máquinas envolvidas
nos acidentes as de terraplanagem e as de construção de estradas, onde aparecem
relacionadas a 27% dos acidentes, e as máquinas industriais, agrícolas e florestais fixas,
com 21% dos acidentes.
Acidentes envolvendo máquinas móveis poderiam ter sido evitados por meio
de medidas de prevenção direcionadas a concessão de locais de trabalho, utilização
de veículos Seguros e recurso a condutores habilitados. É comum a circulação dos
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trabalhadores junto a equipamentos móveis, equipamentos que não possuem dispositivos
adicionais para auxílio na visibilidade direta insuficiente, proteção das vias de circulação
e meios de retenção dos condutores.
Leitura Obrigatória
Segurança para os operadores de empilhadeira
A empilhadeira é uma máquina utilizada para movimentação e transportes de materiais.
Para que a carga seja sustentada utiliza-se de garfos e outros dispositivos, a empilhadeira
foi projetada de modo a permitir deslocar e movimentar os materiais tanto no sentido
horizontal quanto no sentido vertical. A empilhadeira possibilita transportar, empilhar e
desempilhar cargas, além de outras funções conforme as especificações dos fabricantes.
Embora tenha um elevado custo de manutenção, é uma máquina de grande utilidade,
pois substitui eficazmente outros tipos de máquinas como talhas, pontes rolantes etc.
O peso contido nos garfos da empilhadeira devem ser iguais em ambas as extremidades.
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Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
Quando se tem pesos iguais, é possível empilhar uma carga mais pesada, para isto é
necessário encontrar o ponto de equilíbrio da carga, através da identificação da distância
entre o centro das rodas até onde a carga é colocada. Cada tipo de empilhadeira tem
uma capacidade de carga especifica conforme um determinado centro de carga.
Ao amarrar um fio de prumo de ponta estiver dentro da base da torre ela não tombará,
porém se houver inclinação suficiente para o deslocamento da ponta do prumo para
fora da base, a torre tombará. Desta forma, se conclui o seguinte:
a) Quando a carga é elevada ou inclinada, o centro de gravidade muda de posição.
b) Considerando o fio de prumo no (CG), no dado momento em que a
empilhadeira passar sobre uma pedra ou buraco, caso a ponta do prumo cair
fora da base ela tombará.
· Triangulo da estabilidade: O ponto central de gravidade em uma empilhadeira
está localizado em algum ponto da altura do motor, deve-se atentar também
que a carga possui um centro de gravidade.
Surge assim um terceiro ponto resultante da combinação dos dois primeiros que varia
conforme a movimentação que é feita com a carga.
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·· Contrapeso: Construído de ferro fundido, situa-se na parte traseira, serve
para equilibrar a empilhadeira.
·· Torrede elevação: Dispositivo utilizado na sustentação dos acessórios de
movimentação de materiais. Movimentando-se no sentido vertical, inclinando-
se para frente e para trás.
·· Dispositivos utilizados na movimentação de materiais: São vários os
dispositivos utilizados para carregar, transportar e empilhar materiais, cada
um exerce função importante no auxilio na movimentação dos materiais.
·· Pedais: Dispositivos que auxiliam o comando do veículo. Compostos por:
·· Embreagem: em empilhadeiras com transmissão com câmbio mecânico,
serve para desacoplar o motor do câmbio;
·· Freio: serve para parar ou reduzir a velocidade;
·· Acelerador: serve para imprimir maior velocidade ao veículo.
·· Alavancade freio e estacionamento: Deve ser usada para estacionar a
empilhadeira ou para substituir o pedal de freio em caso de uma eventual
falha.
·· Buzina:Sinal sonoro, que deve ser acionado em cruzamentos, entrada e
saídas de portas e locais de pouca visibilidade, visando alertar pedestres e
outros veículos. O uso correto é dar três toques curtos.
·· Motor:
É o conjunto de força motriz do veículo que também movimenta as
bombas hidráulicas e o câmbio mecânico ou hidramático.
·· Sistema elétrico: É o conjunto formado pelo gerador, bateria, velas,
platinado, alguns instrumentos do painel, lâmpadas etc. Qualquer avaria
nesse sistema é indicada pelo amperímetro ou lâmpada piloto.
·· Sistemade alimentação: É o conjunto de peças que serve para fornecer e
dosar o combustível utilizado na alimentação do motor de combustão interna.
·· Sistemahidráulico: Conjunto que movimenta o óleo com pressão necessária
para elevar e inclinar a torre.
·· Bateria: Componente do sistema elétrico, que armazena e fornece energia
elétrica à empilhadeira. Em empilhadeiras com motor elétrico utiliza-se bateria
tracionaria que serve para tracionar e alimentar todo o sistema elétrico. Serve
também de contrapeso.
·· Pneus: Componentes sobre os quais se apoia e movimenta a empilhadeira.
Podem ser maciços ou com câmaras. A pressão normal dos pneus é de 100
libras por polegada quadrada.
·· Radiador:Em motores de combustão interna serve para alimentar o sistema
de arrefecimento do motor.
·· Alavanca
de câmbio: Dispositivo que serve para transposição de marchas e,
em alguns casos, o sentido de direção do veículo.
·· Diferencial: É o conjunto de engrenagens que transmite movimento para as
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Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
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desliga toda a parte elétrica da máquina.
Nunca deixar a chave de contato na posição ligada para evitar danos na bobina de
ignição e descarregando a bateria.
Torre
Alavancas que acionam o sistema hidráulico, movimentando a torre. Dependendo
da marca da empilhadeira, modelo e ano de fabricação diferem na localização, número
de alavancas e posições das mesmas. Há empilhadeiras que possuem acionamento
hidráulico dos garfos no sentido horizontal e movimento giratório de 360° (graus).
Alavanca de cambio
Em empilhadeiras com câmbio mecânico, serve para mudar as marchas de acordo
com a necessidade. Dependendo da marca da empilhadeira, difere na localização,
número de alavancas, de marchas e posições destas.
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UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
Torre
Abaixo alguns defeitos e suas causas apresentadas pela torre:
· Não atinge o limite máximo de elevação – Causas: falta de óleo devido a
vazamentos em válvulas de comando, mangueiras ou retentores;
· Tomba para frente – Causas: Gaxeta estragada;
· Quebra da corrente – Causas: Desgaste por fadiga;
· Quebra do rolete – Causas: Deficiência do material, penetração de corpos
estranhos e desgaste por fadiga.
· Não eleva e nem inclina – Causas: Quebra do eixo da bomba, trava do
rolamento da bomba, quebra da correia da bomba, trava da válvula principal
de elevação ou de inclinação.
· Desce devagar quando suspensa sem ser acionada – Causas: Desgaste de
gaxeta, trava da válvula.
Volante
A seguir alguns defeitos e suas causas apresentadas pelo volante:
Embreagem – pedais
Os defeitos e causas identificados na embreagem – pedais:
· Com muita ou sem folga – Causas: Desregulagem;
· Disco gasto – Causas: Uso excessivo/pedal sem folga, dirigir com o pé
apoiado no pedal;
· Rolamento gasto – Causas: Má lubrificação, dirigir com o pé apoiado no pedal.
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Acelerador – Pedais
·· Acionando o pedal do acelerador, não se altera a rotação do motor –
Causas: Quebra do terminal da haste;
·· Motor acelerado – Causas: Molas soltas ou quebradas.
Freios – pedais
·· Perda total dos freios – Causas: vazamento de fluído na vedação do cilindro
mestre ou vedação do cilindro de roda, tubulação;
·· Perda parcial dos freios – Causas: lonas excessivamente gastas.
Freio de mão
·· Freio não trava as rodas – Causas: quebra do cabo de aço, desregulagem.
·· Consequências: possíveis acidentes.
·· Providências: notificar a chefia e chamar o mecânico.
·· Pneus
Bateria
Descarregada – Causas: Falta de água destilada, alternador não carrega, quebra da
correia que aciona o alternador, desgaste dos contatos do regulador de voltagem;
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Motor
Superaquecimento – Causas: vazamento de água nas mangueiras, vazamento na
bomba de água, falta de água, má vedação da tampa do radiador, correia do ventilador,
frouxa ou quebrada colmeia suja e má regulagem do ponto de ignição;
Diversidade de motor
São três os tipos de motores utilizados nas empilhadeiras:
1. Motor de combustão interna com ignição por centelha: através da energia
elétrica, é obtida a centelha (faísca elétrica), iniciando a reação de combustão.
O combustível (gasolina, gás e álcool) é misturado com o ar fora da câmara de
combustão.
2. Motor de combustão interna com ignição por compressão: com o aumento
da temperatura, através da compressão do ar admitido inicia-se a reação de
combustão. O combustível (diesel) é misturado com o ar dentro da câmara de
combustão.
3. Motor elétrico: através de bateria tracionaria é alimentado todo do sistema de
funcionamento deste tipo de motor.
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Verificar o nível do óleo do cárter
·· Retirar a vareta.
·· Limpar a vareta com pano limpo.
·· Introduzir até o fim no local de onde foi retirada
·· Retirar novamente a vareta.
·· Verificar se o nível do óleo encontra-se entre os dois traços da vareta.
·· Completar com óleo SAE-20-30-40, caso o nível esteja abaixo do traço
inferior da vareta.
Quantidade do combustível
Verificar se a quantidade é suficiente através dos marcadores. Preferir botijões com
marcador de nível do combustível. Recomenda-se a colocação de botijão reserva (GLP).
Funcionamento do painel
Verificar se todos os instrumentos do painel estão funcionando normalmente, com o
motor ligado.
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Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
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·· Em manobras onde não se tenha visão, sempre utilizar buzina;
·· Nas curvas, reduzir a velocidade;
·· Em pisos desnivelados ou molhados, reduzir a marcha;
·· O operador não pode permitir a condução das empilhadeiras por pessoas
não habilitadas e autorizadas;
·· Cargas delicadas requerem o transporte com velocidade reduzida, evitando
a queda da carga;
·· No transporte de tambores deve-se evitar ultrapassar obstáculos, onde uma
para brusca pode movimentá-los acarretando a sua queda. O transporte de
tambores é permitido somente se os mesmos forem acondicionados, presos
em pallets ou berços;
·· A análise do local onde será transportado deve ser feita de mono a evitar colisões
da máquina ou da carga, buscando sempre os locais mais fáceis e seguros;
·· Não é indicado o uso de contrapeso adicional na empilhadeira;
·· Na aproximação de pedestres deve-se buzinar três vezes, evitando assusta-las;
·· Manobras difíceis devem ser evitadas;
·· As situações embaraçosas e perigosas devem ser evitadas;
·· Não andar em grande velocidade.
·· No abastecimento ou direção da empilhadeira não é permitido fumar;
·· O volante deve ser segurado com as duas mãos, com exceção do acionamento
dos dispositivos de comandos e nas manobras.
·· Não permitir brincadeiras utilizando a empilhadeira;
·· Caso haja objetos no trajeto, evitar passar por cima o que evita movimentos
bruscos no volante e movimentação da carga;
·· Identificar a maneira mais eficiente de carregar e descarregar a empilhadeira;
·· Averiguar o peso e volume da carga a ser transportada;
·· Na descarga não é permitido pessoas entorno da empilhadeira;
·· Alguns materiais devem ter cuidados especiais no transporte;
·· Para a condução deve-se utilizar calçados de segurança adequados;
·· No início de um serviço, a máquina deve ser limpa, o óleo existente no chão
retirado, o volante e partes fixas da empilhadeira limpas;
·· Não deve ser feitos reparos no motor e acessórios da empilhadeira, salvo por
profissional especializado;
·· Problemas técnicos identificados na empilhadeira devem ser comunicados
aos responsáveis.
·· Quando não for possível a visão de frente deve-se conduzir a empilhadeira
de marca à ré;
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·· Tamboresdevem ser empilhados somente até três camadas, sendo que entre
cada camada devem-se utilizar chapas de madeira;
·· Cargas
do tipo amarrados de chapas podem ser transportadas somente com
no máximo dois metros de altura;
·· A carga deve ser alinhada verticalmente e horizontalmente;
·· A distância entre cada pilha de ser de 5 cm entre pilha e 50 cm das paredes;
·· Verificar
se não há a má arrumação no empilhamento de estrados com sacos,
para que não fiquem inclinados;
·· Os
estrados dever ter fundo fechado, caso não tenha não é aconselhável o
empilhamento;
·· São permitidas no máximo 5 camadas de sacos por estrado;
·· Oequipamento deve ser colocado de modo a permitir o acesso aos demais
equipamentos e a sua remoção;
·· Com empilhamentos com mais de 2 metros a atenção deve ser maior, pois o
equilíbrio entre máquina e a pilha são instáveis;
·· O transporte de fardos de alumínio deve ser feitos somente de dois por vez,
fato que se deve a uma carga instável e a um menor solavanco pode cair.
·· Os equipamentos não podem obstruir os corredores de circulação;
·· Aempilhadeira não deve obstruir equipamentos de segurança como, por
exemplo, os extintores de incêndio;
·· Astorres de elevação da empilhadeira não devem ser inclinadas, quando os
garfos estiverem carregados;
·· Aatirar contra as cargas, além de danificar o material pode causar danos ao
próprio operador;
·· Nos transportes de cargas devem-se evitar marchas ré de forma brusca, pois
estas desestabilizam a carga;
·· Não permitir pessoas embaixo de carga suspensa;
·· Aempilhadeira não deve ser utilizada para puxar ou empurrar caros,
caminhões e etc.
·· Deve ser mantida a distancia mínima de três metros dos demais veículos;
·· O protetor do operador e carga deve ser utilizado;
·· Atabela de observações diárias deve ser verificada sempre antes de se iniciar
um trabalho.
·· Segurançaé um fator básico quando se opera com a empilhadeira. Sempre
que a máquina for colocada em movimento, o operador deve estar preparado
para os imprevistos.
·· Asempilhadeiras não devem ser dirigidas por pessoas que não estejam
habilitadas ou autorizadas para isso.
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Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
Para dar cor ao vidro são acrescentados óxidos metálicos, como por exemplo:
o óxido de ferro para tornar o vidro esverdeado, o óxido de cobalto que torna o
vidro azulado e o óxido de selênio que torna o vidro Rosado. O vidro frequentemente
utilizado nas embalagens de medicamentos e cerveja de cor âmbar é produzido
através da adição do carbono, na forma, por exemplo, de carvão à composição
do vidro. Os vidros a base de boro são fundidos a cerca de 1300 °C, por este
baixo coeficiente de dilatação, são utilizados para fabricação de travessas, jarras
e prazos de fornos de micro-ondas. Esses utensílios permitem serem expostos
a temperaturas mais elevadas e posteriormente serem colocados sobre mesa
de refeições ou diretamente em contato com a chama tem que se quebrem. Este
vidro é utilizado também na fabricação dos vidros utilizados em laboratórios.
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O alto brilho contido no vidro do tipo cristal é obtido através da adição de uma pequena
quantidade de chumbo na sua composição.
Estes pós podem ser inalados. São necessários sistemas de ventilação local como exaustor
e eventualmente a utilização de equipamentos de proteção respiratória, nas áreas de
armazenagem, preparação, mistura e introdução no forno para a manutenção e saúde dos
trabalhadores, levando em consideração o tamanho das partículas a sua concentração, além
do tempo de exposição e de sua natureza química e as consequências causadas no corpo
humano. Um dos problemas respiratórios mais comuns desenvolvidos por trabalhadores
sujeitos a exposição a ambientes nos quais as poeiras que contenham sílica e que não tem
as devidas medidas de controle é a silicose. Na inalação deste tipo de material nas
regiões mais profundas dos pulmões desenvolve uma reação no tecido pulmonar que age
progressivamente limitando a condição dos pulmões e de se expandir em ir contraírem o que
reduz a quantidade do ar que é inalada. A silicose é Irreversível podendo ser fatal.
Além dos fatores citados anteriormente, também são considerados a alta durabilidade
e o efeito decorativo do vidro, além do fato de em grande parte das aplicações se
tornarem recicláveis, ou seja, o vidro utilizado na fabricação de um pote ou garrafa pode
ser novamente fundido aplicando-se os cacos destes materiais em um forno de fusão de
vidro e a partir daí produzir-se um novo utensílio. O fato de se utilizar caco de vidro reduz
o consumo de energia necessária para produção, onde, para o vidro já existente não são
necessários uma série de reações químicas entre os óxidos constituintes. Desta forma os
cacos de vidro são uma importante matéria-prima na fabricação de novos vidros.
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Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
O corte está composto em duas fases: o risco de corte a ser feito utilizando uma
ferramenta à base de vídia e a fase do destaque que consiste na flexão do vidro sobre a
área que foi riscada, o que provoca a quebra na linha previamente marcada. Aresta que
sobra após o corte é extremamente cortante. Se o destaque for feito incorreto, o vidro se
quebrará em pedaços, geralmente grandes e com pontas, podendo perfurar ou cortar o
operador (mãos, braços, pernas e cintura, olhos e rosto). A ferramenta de vídia também
pode ser utilizada para realizar furos no vidro. Rebolos diamantados são utilizados para
dar o acabamento nas arestas cortantes e nos cantos vivos das superfícies, também para
lapidação. Para a realização deste procedimento deve ser utilizada a água, que resfria a
ferramenta, arrasta o material que está sendo removido e evita que a poeira proveniente
fique em suspensão no ambiente podendo ser inalada.
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pois há o risco de esmagamento dos envolvidos. O forno é um conjunto de grandes
pedras refratárias cortadas e ajustadas de maneira a formar uma parte inferior, a cuba,
as laterais ou paredes e o teto ou abóbada.
Ao longo de toda parte superior do forno devem existir passarelas com corrimãos,
guarda corpos e rodapés. A preparação e a colocação de isolantes também requerem
atenção e medidas de proteção com relação à possibilidade de inalação de materiais
(poeiras provenientes dos refratários e lãs minerais). Os queimadores podem se localizar
na parte traseira do forno ou nas laterais. No primeiro caso denomina-se forno tipo
“ferradura”. Esta denominação deve-se ao trajeto que os fumos resultantes da combustão
deverão fazer: como os regeneradores de calor encontram-se atrás dos queimadores, os
gases quentes, originados na combustão, descrevem uma trajetória curva, semelhante a
uma letra “U” de ponta cabeça para “sair” do queimador e deixar o interior do forno.
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UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
Dentro do forno há emissão de radiação infravermelha, razão pela qual nunca se deve
olhar diretamente para interior do forno ou em direção à chama de um maçarico sem
que os olhos estejam protegidos por óculos ou visores de lentes de coloração apropriada.
Os regeneradores são canais de condução de gases para os ventiladores de exaustão e
de condução de ar dos ventiladores de aspiração para os queimadores, em cujo interior
há tijolos refratários empilhados como se fosse uma fogueira.
Este efeito produz a impressão de que o equipamento ou parte dele estar parado,
mas na verdade está se girando. Este tipo de situação pode gerar gravíssimos acidentes,
sendo necessário protegerem-se as superfícies e elementos girantes.
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Prevenção e Controle de Riscos de Máquinas, Instalações e
Equipamentos de Guindar
Os elementos de transmissão de movimentos são fundamentais para que forças
e movimentos possam ser transmitidos desde um elemento motor até uma parte de
um equipamento ou o equipamento como um todo que se deseja mover. O sistema
de transmissão consiste em elementos que isoladamente ou de maneira combinada,
transmitem movimentos de um componente ao outro.
Por outro lado, caso se tratasse de um redutor, a transmissão poderia ser efetuada por
meio de engrenagens fixas aos respectivos eixos. Neste caso seria necessária uma corrente
para transmitir o movimento e a rotação dos dois eixos seria no mesmo sentido. Se, no
entanto, as engrenagens fossem diretamente ligadas o sentido de rotação do motor seria
contrário ao do eixo de entrada do redutor. Os movimentos em equipamentos e seus
componentes podem de uma maneira simplificada, ser rotativos, como nos exemplos
acima, alternativos, como no caso de um tear ou de uma fresadora ou lineares como no
caso de uma correia transportadora em funcionamento.
O pilão foi sendo aprimorado, até que se pensasse pensar em fazer os grãos passarem
entre dois rolos. Para movimentar os rolos, inicialmente foram utilizados homens e então
animais. Surgiram as ideias de utilizar a força dos ventos e também a de usar a força
das águas. A necessidade e as dificuldades em transmitir os movimentos acompanharam
toda esta evolução técnica e tecnológica.
Eixos que eram acionados por rodas d’água, por exemplo, continham polias que
por sua vez acionavam uma série de outros equipamentos. A transmissão podia ser por
correias de couro. Como exemplo deste tipo de acionamento há, no interior do Horto
Florestal, na cidade de Campos de Jordão, em São Paulo, uma serraria acionada por
roda d’água, que é uma ilustração do tipo de instalação aqui mencionada.
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UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
A roda d’água à máquina a vapor, dos moinhos de vento aos motores elétricos, da
eletricidade gerada por dínamos à gerada em centrais de átomo elétricas, mudaram as
condições perigosas às quais eram expostos os usuários e trabalhadores. Diversos riscos como
rompimento de uma mangueira de um sistema de alimentação pneumático ou de um sistema
de alimentação hidráulico, onde se a mangueira não dispuser de meios de contenção para
o seu deslocamento pode transformar-se no chicote o que irá atingir pessoas e instalações.
O calor existente em um circuito secundário é extraído por um terceiro circuito, chamado
de circuito terciário, responsável por fazer a troca do calor com o ambiente. Nas Usinas
brasileiras o circuito terciário utiliza-se de água do mar. Na operação que envolve
equipamentos que utilizam turbinas ou elementos semelhantes às condições perigosas
presentes no que se refere à temperatura, ruído ou vibração.
O princípio físico utilizado nas turbinas e no caso das rodas d’água são os
mesmos: utiliza-se um fluido seja eles a água, o óleo hidráulico, gás aquecido, ar ou
vapor, onde a energia é transmitida para as pás de um rotor, passando ele a girar.
Uma vez que o rotor está montado de forma solidária sobre um eixo o movimento pode
transmitido e ser aproveitado para outras funções como moer grãos, produzir tecidos,
gerar energia elétrica. Tudo irá depender do que será acoplado a este eixo. Os riscos
são Associados à temperatura e pressão dos fluidos empregados além do tipo de ruído
e vibrações. A proteção das áreas como a temperatura e os tratamentos com utilização
de abafadores acústicos isoladores de vibração são utilizados como medidas de controle.
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à fonte de energia utilizada, mas sim com os riscos de eletroplessão e incêndio e também
a exposição ao ruído que provém do sistema de ventilação do motor e vibrações. As
medidas específicas e de controle estão relacionadas às ligações elétricas que devem
ser apropriadas, dimensionados e executadas utilizando dispositivos de proteção contra
sobrecarga e o devido aterramento do equipamento. Durante as intervenções de
manutenção tem como objetivo a não ocorrência de descargas ou de acionamentos e
acidentais do circuito elétrico de alimentação através do devido o bloqueio e sinalização.
Alguns motores elétricos utilizam como fonte primária de energia a química, como os
motores acionados por baterias químicas. Os riscos ligados são aumentados, devido o
manuseio de cargas das baterias que inclui o uso de substâncias ácidas. Essas substâncias
são corrosivas podendo causar queimaduras. Se as baterias forem mantidas em locais
onde não há a devida ventilação formam atmosferas explosivas, desta forma é necessário
um sistema de ventilação adequada.
Os primeiros motores eram movidos a vapor. Assim o vapor era produzido em uma
caldeira é admitido em uma câmara. Ao expandir, o vapor se desloca por um cilindro,
pistão, onde a parte inferior é articulada uma peça que se liga ao eixo ou a uma roda em
posição excêntrica, isso faz com que este último componente gire. Chegando próximo
da posição mais distante de outra válvula de admissão abrisse sobre o pistão, é aberta
simultaneamente a válvula de descarga do lado da primeira válvula de admissão e o
vapor é descarregado no ambiente. Este tipo de mecanismo é visto nas locomotivas
antigas, onde o giro da roda de tração da locomotiva ocorre conforme o deslocamento
de uma haste que é ligada a parte inferior do pistão.
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UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
Bombas: São dois os principais tipos de bombas existentes utilizados nas indústrias,
as centrífugas e as bombas de deslocamento positivo. Nas bombas do tipo centrífugas
o líquido é aspirado pela distância existente entre a voluta (carcaça da bomba) e o rotor
diminuindo à medida que o líquido penetra na carcaça este por sua vez é pressurizado.
Os riscos existentes na operação e manutenção estão relacionados não somente aos
equipamentos, mas também ao acoplamento de elementos girantes e ao fluido bombeado,
em eventuais vazamentos. Os fluidos e vazamentos estão relacionados às características
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químicas e biológicas, como por exemplo, a corrosividade e combustibilidade, reatividade
e toxicidade, como as condições físicas relacionadas à temperatura e pressão e ainda
pelo fato do material que tenha vazado se tornar ponto de escorregar sonhos e quedas.
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UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
Quando não há tensão elétrica aplicada, o interior gira e a parte externa permanece
imóvel. Ao se aplicar tensão à bobina externa cria-se um campo magnético que tende a
frear o rotor interno e o que termina por se deslocar é o rotor externo. O movimento se
transmite, sendo possível produzir escorregamento entre o motor e o conjunto movido.
Como exemplo de aplicação este sistema é utilizado em escavadeiras elétricas de grande
porte, no sistema de escavação: o motor transmite o movimento ao redutor de elevação
de carga, em cuja saída está acoplado o tambor de enrolamento dos cabos. A caçamba
de escavação está ligada aos cabos de aço. Ao modificar-se a tensão elétrica aplicada
nas bobinas externas é possível controlar o movimento do tambor, fazendo com que a
caçamba se desloque verticalmente.
· Pontos Entrantes: São regiões nos equipamentos nas quais, se o corpo, as
roupas ou os adereços da pessoa ou ainda materiais, entrarem em contato,
esses serão puxados e agarrados levando junto, partes do corpo ou o corpo
destas pessoas.
Regiões deste tipo surgem quando duas superfícies giram em sentido contrário,
como por exemplo, no caso dos cilindros de um equipamento de abertura de massa de
panificação ou na entrada de um equipamento de tinturaria. Pontos entrantes também
surgem quando um componente de movimento linear entra em contato com o elemento
de transmissão que tem movimento circular. É o que ocorre na região em que uma
correia transportadora ou uma corrente de elos entra em contato com o seu respectivo
tambor de ou com uma engrenagem.
Um terceiro tipo de situação que gera pontos entrantes ocorre entre um elemento
girante ou de deslocamento linear e uma parte fixa do equipamento. É o que ocorre na
região que se forma quando uma proteção de máquina é removida e o equipamento é
colocado em funcionamento. Além dos pontos penetrantes devem ser observadas regiões
30
na quais contusões e perfurações possam acontecer. Exemplos neste caso podem ser a
o mecanismo de movimento alternativo de um tear e no segundo caso a agulha de uma
máquina de costura. Entrar em contato com um ponto entrante ou regiões de nas quais
contusões ou perfurações possam ocorrer, pode produzir desde prejuízos materiais,
passando por ferimentos escoriantes (lesão superficial de pele), perfurantes, lacerantes
(o corte de tecido com remoção), cortantes, contusões (uma batida), combinações destes
ferimentos, fraturas, decepação de membros e até acidentes fatais.
·· Proteção de máquinas: Os elementos de máquina devem ter suas
transmissões de força enclausuradas ou isoladas por proteções adequadas.
As transmissões e seus elementos que se encontrem acima de 2,50 m,
podem ficar expostos, desde que haja plataforma e meios de acesso para as
mesmas. Nas transmissões incluem-se os acoplamentos, eixos, engrenagens,
correntes, braços de acionamento, polias e correias. Elementos que possam
oferecer risco de ruptura ou de projeção de peças ou de materiais também
deverão ser protegidos.
Outro ponto que merece atenção é o chamado efeito estroboscópico, em que pela
combinação da frequência com a qual lâmpadas fluorescentes, ligadas ao mesmo circuito
de alimentação elétrica do moto, piscam, tendo-se a impressão de que os elementos
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UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
Estas se referem às suas roupas, que não deverão ser folgadas ou abertas (avental
aberto, mangas longas com o punho aberto, casaco com capuz, cachecol solto, camisa
para fora da calça, gravata solta, crachá pendurado, cinto solto, calçados desamarrados,
bolsas e sacolas penduradas, etc.), a não utilização de adereços (anéis, pulseiras, colares,
brincos, relógios, chaveiros pendurados, celulares, etc.) e ao próprio corpo (cabelos
longos soltos, barba comprida, etc.).
Todos estes itens tornam-se potenciais pontos de agarramento pelas partes móveis
dos equipamentos.
· Transportadores de Correia: Os transportadores de correia se destinam ao
transporte continuo de materiais entre dois pontos. São utilizados para o transporte
de diversos tipos de materiais, desde minérios e materiais pulverulentos até peças
e caixas diversas.
Cada ponto de contato entre o tambor ou as roletas forma um ponto entrante, sendo
necessárias proteções. O transportador deve ainda contar com: proteções nos rolos
contra projeções e na parte inferior contra quedas de materiais em locais de passagem
de pessoas, passarelas laterais e passarelas de passagem sobre a correia e dispositivos
de parada ao longo de todo o transportador.
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As passarelas, laterais e de transposição deverão dispor de corrimão, guarda-corpo e
rodapé. O dispositivo de parada é constituído por um cabo de cada lado da correia ligado
a interruptores que desligam o transportador, não sendo possível colocar o equipamento
em marcha enquanto estiver acionado. Para garantir a segurança de quem acionou o
diapositivo e de outras pessoas envolvidas, evitando que materiais sejam lançados, o
acionamento deve garantir não só o desligamento daquele transportador, mas também
dos que se encontram à montante.
Transportadores de rosca são equipamentos que tem um uma ou duas roscas (estruturas
helicoidais) que ao girarem deslocam o material, geralmente em estado de polpa, como
é o caso dos minérios misturados à água, em uma estação de beneficiamento. Pode ser
associado a outros tipos de equipamento nos quais se faça a separação por densidade.
Os minerodutos são linhas de bombeamento de polpa de minérios que unem pontos
distantes. Nestes dutos a polpa é bombeada por estações de bombeamento localizadas
ao longo da linha. Os minerodutos podem ter até centenas de quilômetros de extensão.
·· Cabos de aço: Os cabos de aço são elementos constituídos por um conjunto
de fios que são enrolados axialmente entre si, formando uma perna. As
pernas por sua vez são axialmente enroladas em torno e outra estrutura,
chamada alma, que também pode ser uma perna, outro cabo de aço ou
outro material como fibra de sisal ou fibras de polipropileno. “Assim, por
exemplo, um cabo pode ser 1/2” 6X19, significando que seu diâmetro é de
0,5 polegadas, tem 6 pernas e cada perna é constituída por 19 fios.
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UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
à abrasão. Caso as pernas tenham sentido contrário de enrolamento dos arames, trata-
se de uma torção regular, que confere maior estabilidade com relação a uma possível
rotação do cabo.
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·· Equipamentos de Levantamento: São vários os tipos de equipamentos de
levantamentos, que vão desde uma pequena talha manual um tifor, a uma
girafa (guincho hidráulico acoplado a uma estrutura formada por rodas, muito
comum em oficinas mecânicas e de automóveis), os pórticos e as pontes
rolantes e guindastes. No tifor um cabo de aço é puxado por um sistema de
mandíbulas, acionado manualmente. Pórticos são equipamentos que apoiam
sobre sua própria estrutura, deslocando-se através de trilhos.
A área onde ocorrerá a operação deve ser sinalizada e isolada, podendo circular
somente as pessoas envolvidas diretamente no levantamento da carga. As demais
pessoas não devem permanecer sobre a carga em momento algum, também não são
permitidas intervenções em carga suspensa, pois há o risco de desequilíbrio. Os cabos e
outros acessórios não devem ser arrastados pelo chão.
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UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
O equilíbrio da carga deverá ser verificado, observando ainda que quanto maior o
ângulo entre os elementos de elevação sejam cabos, cintas ou correntes, maior carga
axial neste elemento. Em serviços de levantamento de carga feitos em área externas
que empreguem, por exemplo, um guindaste, outros pontos deverão ser observados.
Deve-se considerar o local no qual a operação será feita, pois provavelmente
pela limitação de espaço diferentes ângulos e comprimentos de lança deverão ser
utilizados. Este tipo de consideração necessariamente deverá ser no local no qual
a operação será executada. A existência de obstáculos para operação com a carga
e também com relação ao acesso e manobra do equipamento em si deverão ser
cuidadosamente analisados. A análise deverá será feita com relação a obstáculos na
vertical, na horizontal, características das vias de acesso (curvas, larguras, etc.). Um
croqui dos principais pontos, que contenha o trajeto do deslocamento da carga, o(s)
equipamento(s) de levantamento, o posicionamento dos obstáculos da instalação e a
localização dos veículos auxiliares faz parte da preparação da operação.
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As condições meteorológicas também deverão ser consideradas permanentemente
para decidir sobre a execução ou suspensão de uma operação de levantamento de
carga. Caso o equipamento ou a carga estejam próximos de linhas elétricas, deverão ser
observados afastamentos de acordo com a concessionária local, sendo que em distâncias
inferiores estas deverão estar preferencialmente desenergizadas. Quando forem feitas
operações de levantamento de cargas as NRs (normas regulamentadoras do Ministério
do Trabalho, aprovadas pela portaria 3214 de 08/06/1978) de números 11, 12,18 e
22 deverão ser consultadas e seguidas.
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UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Dicas de segurança
https://goo.gl/u7nDMx
Medidas de proteção e equipamento complementar
http://goo.gl/Jz73Yq
Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações
http://goo.gl/GVY0fU
Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia
http://goo.gl/m0iK82
Leitura
Cartilha de Segurança em Máquinas e Equipamentos para Calçados
http://goo.gl/0GDfzw
NR12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
http://goo.gl/zpzLj4
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
http://goo.gl/BmPPli
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Referências
Apostila PECE Lacasemim - 2011 Equipe Usp
Associação brasileira de normais técnicas - ABNT NBR 6327 Cabos de aço/ usos
gerais. Disponível em:< http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=53572>.
Acesso em 10 mai. 2016
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39
UNIDADE
Segurança para os operadores de empilhadeira e Materiais componentes do vidro e suas características
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Prevenção
Inserir Título
e Aqui
Inserir Título
Controle de Riscos
Aqui
em Máquinas,
Equipamentos
e Instalações
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas
Manuais
Introdução ao Tema
É garantido ao trabalhador o direito de não adoecer ou se acidentar no trabalho.
A Constituição Federal de 1988 garante ao trabalhador a redução dos riscos à vida
e saúde inerentes ao trabalho através de normas de saúde, higiene e segurança. Na
Lei n。8213 de julho de 1991, o conceito de acidente de trabalho é o que ocorre
na execução do trabalho, quando o trabalhador está a serviço da empresa, estando
ele dentro ou fora do local de trabalho. São abrangidos em relação aos acidentes
de trabalho os decorrentes do trajeto entre a ida e vinda de casa ao trabalho. Para
o Ministério da Previdência Social, parte dos acidentes de trabalho considerados
como graves e incapacitantes registrados no país são ocasionados pela utilização de
máquinas e equipamentos obsoletos. Esses acidentes em grande parte podem ser
evitados tendo praticamente todos como causa principal o acesso a zonas diferentes de
perigo das máquinas ou equipamentos de trabalho. Esta situação resulta em choques,
cisalhamentos, esmagamentos, amputações, projeções entre outros acidentes graves.
A melhoria das condições de segurança, preservação de saúde dos operadores, de
máquinas e equipamentos, tanto na ocasião do conserto, limpeza, manutenção e
nos processos de fabricação é a principal preocupação do Ministério do Trabalho e
Emprego. Para tratar deste assunto temos a Norma Regulamentadora 12, que através
da Portaria 197 publicada no DOU de 24 de dezembro de 2010. Através desta Norma
são estabelecidos conceitos mínimos para prevenir acidentes e doenças de trabalho
em máquinas e equipamentos, de todos os tipos desde as fases que vão ao projeto até
o seu sucateamento. As fases de fabricação, importação, comercialização, exposição,
exceção relativos a qualquer título e atividades econômicas sem que haja o prejuízo da
observância dos expostos nas demais Normas Regulamentadoras, também podem ser
verificadas na NR-12. Os responsáveis da indústria (fabricantes, empresários, Ministério
Público e do Trabalho e Emprego, trabalhadores por meio dos seus sindicatos, a
Seguridade Social entre outros), se tornam responsáveis pela melhoria da segurança.
Cabe aos fabricantes das máquinas e equipamentos eliminar os riscos que possam ser
gerados afetando aos trabalhadores, ou que possam os colocar em situações de risco.
Quando os riscos não são reduzidos a níveis aceitáveis, deve ser feito o isolamento dos
operadores através de proteção, permitindo que seja mantida uma distância mínima de
segurança entre as zonas de perigo. Na mesma hierarquia, a norma internacional ISO
12.100 trata na segurança de máquinas e proteções móveis, tal como os dispositivos
de proteção que devem ser utilizados e instalados adequadamente tornando eficazes os
níveis de segurança considerados aceitáveis. As partes de circuitos de comando relativas
a estas funções de segurança devem ser objeto de uma concepção minuciosa, descrita
na Norma ISO 13849 – 1:1999 (Ref: EN 954). A importância da performance deste
circuito “de segurança” é imprescindível. Este documento destina-se aos Engenheiros
e Técnicos de Segurança do Trabalho, assim como ao corpo técnico das empresas de
qualquer ramo de atividade e aos especialistas que fazem a fiscalização do assunto,
buscando o cumprimento das recomendações da norma. O seu objetivo é trazer mais
esclarecimentos e ajudar de forma mais objetiva e prática o entendimento dos termos
da norma. Constitui um suporte na busca de soluções para a melhoria da segurança
das máquinas e equipamentos.
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Leitura Obrigatória
Caldeiras
As caldeiras são equipamentos responsáveis por realizar a produção de vapor de
água. Os vapores são apresentados de diversos estados termodinâmicos, que vão desde
saturado até o superaquecido, abrangendo desde valores especificados de pressão até
dezenas de atmosferas.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
O circuito funcional básico de uma caldeira consiste em fazer a água passar pelos
tubos dos trocadores por onde passam também, pela parte externa, os gases aquecidos
da combustão. A troca de calor ocorre principalmente por transmissão direta entre os
gases e a água através das paredes dos trocadores, mas, em muitos casos, dependendo
da temperatura dos gases da combustão, há também uma componente importante de
troca por radiação da chama.
Riscos associados:
São duas as origens do possível risco de explosão vinculadas ao funcionamento de
uma caldeira:
a) mecânica, pela falha de algum dispositivo que opere sob pressão que em alguns
casos pode atingir a ordem de dezenas de MPa. Ainda que não seja este o caso
geral, o nível de pressão de trabalho em uma caldeira é normalmente superior
a 1 MPa;
b) química, quando ocorre o descontrole da queima de combustível, fazendo com
que a pressão no interno da caldeira ultrapasse o nível máximo de contenção de
suas paredes.
As duas possibilidades acima citadas representam, sem dúvida alguma, casos críticos,
em que o prejuízo material e humano pode ser irreparável, mas existe uma série de outros
casos em que a vida humana é colocada em risco durante a operação de uma caldeira.
Os gases da combustão, por exemplo, são tóxicos ou, no mínimo, são asfixiantes,
pela ausência de oxigênio. A maioria dos combustíveis utilizados tem características
significativas de toxidade, ainda que em seu estado inicial.
É fundamental que se evite a exposição direta do operador aos fatores de risco. Para
isso é necessário que os procedimentos operacionais sejam planejados com cuidado
considerando as seguintes condições:
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·· Amaior parte do tempo o operador deve poder efetuar o seu trabalho em
área protegida pela distância da caldeira ou, quando isto não for possível, por
paredes suficientemente resistentes aos possíveis impactos advindos de uma
eventual explosão;
·· A área de trabalho deve ser ventilada com renovação constante do ar;
·· A operação de válvulas e outros dispositivos de controle devem,
preferencialmente, poder ser efetuada remotamente. Quando isto não for
possível, é necessário criar barreiras locais de proteção contra impactos e
também contra aquecimento.
·· Otrajeto de pessoas pela área operacional deve ser planejado para evitar
a proximidade com os fatores de risco, bloqueando-se os demais espaços
para a circulação de rotina, cujo acesso somente será permitido em casos
excepcionais e sob controle rígido.
A melhor maneira de evitar danos provocados por acidentes é evitando que ocorram.
A melhor abordagem para isso é a inspeção e verificação constante dos equipamentos e
dos procedimentos operacionais. Em casos como o de uma caldeira, onde a proximidade
ao equipamento é por si só um risco, a utilização de instrumentos remotos de inspeção é
altamente recomendável. Atualmente, nos equipamentos da maior capacidade, é comum
que se tenha toda a informação do processo centralizada em um sistema supervisor
computadorizado, o que facilita em muito o trabalho de inspeção.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
As NR’s têm força de lei e são constantemente avalizadas pelo Ministério do Trabalho
através de suas diversas secretarias. O texto pleno de todas as NR’s pode ser obtido
através da internet, no sítio do Governo Federal.
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necessários ao processo, porém, em função da perda de espessura por desgaste, mudança
nas condições operacionais e perda de resistência por fadiga, contemplam também uma
condição crítica dada pelo valor da Pressão Máxima Admissível no Trabalho (PMAT).
Normalmente utilizada para vasos sob pressão à geometria construtiva é composta por
um cilindro com calotas semielípticas nas extremidades, sendo montadas na posição
vertical para ocupar menos espaço na área do chão, ainda sim é frequentemente utilizada
na posição horizontal. Outro formato menos utilizado é o esférico, pelo fato do alto
custo na fabricação e montagem, porém, que otimiza o volume interno do reservatório
em relação à área superficial da casca.
Riscos associados:
A explosão é o principal risco relacionado à utilização de um vaso sob pressão,
situação decorrente de dois fatores:
a) mecânica, pela falha estrutural das paredes do vaso ou pela ultrapassagem do
valor da PMAT, por alguma falha de controle no processo, sendo a mais comum
à falha das válvulas de segurança do vaso.
b) química, em geral por uma falha de isolação de contaminantes que vem a dar
início a uma reação de oxidação interna, ou então por superaquecimento do
produto armazenado no vaso.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
É fundamental que se evite a exposição direta do operador aos fatores de risco. Para
isso é necessário que os procedimentos operacionais sejam planejados com cuidado
considerando as seguintes condições:
· A maior parte do tempo o operador deve poder efetuar o seu trabalho em área
protegida pela distância dos equipamentos, vasos e periféricos que operam
sob pressão ou, quando isto não for possível, por paredes suficientemente
resistentes aos possíveis impactos advindos de uma eventual explosão;
· A área de trabalho deve ser ventilada com renovação constante do ar. Se
o ambiente for sabidamente propício a contaminantes agressivos à pessoa,
então devem ser providenciados respiradores adequados.
· A operação de válvulas e outros dispositivos de controle devem ser efetuados
remotamente. Quando isto não for possível, é necessário criar barreiras de
proteção contra impactos e também contra aquecimento.
· O trajeto de pessoas pela área operacional deve ser planejado para evitar
a proximidade com os fatores de risco, bloqueando-se os demais espaços
para a circulação de rotina, cujo acesso somente será permitido em casos
excepcionais e sob controle rígido. Entende-se como prevenção de acidentes
do trabalho toda e qualquer ação executada dentro da perspectiva da
engenharia de segurança conceituada anteriormente, com o objetivo de
propor medidas de controle dos riscos visando evitar ocorrências que possam
fazer com que o trabalho venha a ser a causa de sofrimento, doenças, morte
e incapacidade para quem o realiza.
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regra, deve-se dar preferência a métodos de análise não destrutivos como a utilização de
líquido penetrante, partículas magnéticas e mapeamento por ultrassom ou métodos mais
sofisticados como: indução de correntes parasitas e vídeo endoscopia industrial.
Nos sistemas contendo vasos sob pressão, onde a proximidade ao equipamento é por si
só um risco, a utilização de instrumentos remotos de inspeção é altamente recomendável.
Atualmente, nos equipamentos da maior capacidade, é comum que se tenha toda a
informação do processo centralizada em um sistema supervisor computadorizado, o que
facilita em muito o trabalho de inspeção.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
As NR’s têm força de lei e são constantemente avalizadas pelo Ministério do Trabalho
através de suas diversas secretarias. O texto pleno de todas as NR’s pode ser obtido
através da internet, no sítio do Governo Federal.
Riscos agregados:
O contato indevido do corpo humano com partes em movimento se torna
o principal risco relacionado à operação de uma transmissão mecânica.
Acidente deste tipo pode variar desde pequenas escoriações até perda da vida,
decorrente dá intensidade das forças empregadas no processo e de condições específicas
do momento. Mesmo considerando um sistema onde as forças necessárias sejam de
baixa intensidade as consequências podem ser extremamente sérias em relação às
circunstâncias. É comum o registro de esmagamento ou decepamento de partes do corpo
humano nos sistemas de transmissão de movimento de máquinas de porte doméstico.
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mecânicas o ruído é o principal poluidor ambiental que devido suas características de
dano insidioso causam férias em capacitações aos trabalhadores.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
A melhor maneira de evitar danos provocados por acidentes é evitando que ocorram.
A melhor abordagem para isso é a inspeção e verificação constante dos equipamentos
e dos procedimentos operacionais. Nos sistemas de alta potência relativa, onde a
proximidade ao equipamento é por si só um risco, a utilização de instrumentos remotos
de inspeção é altamente recomendável.
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Veículos industriais
Os veículos industriais de transportes desenvolvem um papel fundamental
nos processos de fabricação modernos, onde sua importância é continua no
modo que aumentam as solicitações de volumes de produção e produtividade.
Os veículos industriais podem operar manualmente como carros transportadores,
pontes rolantes ou automáticas e como as esteiras de transporte.
Por se tratarem de equipamentos em constante movimento os riscos envolvidos são
como as transmissões de movimento, pois, os riscos relativos à movimentação de cargas
tem principal função nos processos industriais, onde há a movimentação de pessoas nos
mesmos ambientes dos processos.
Riscos agregados
O impacto contra as pessoas e equipamentos é o principal risco associado
na operação de um veículo industrial, este risco se dá por dois fatores: pelo fato
do deslocamento descontrolado da carga mal acondicionada ou também pelo
próprio movimento do veículo. Com o aumento progressivo na capacidade,
velocidade e na manobrabilidade dessas máquinas, são atendidas as necessidades
de produção. Tendo em vista que a sua operação ainda é manual na absoluta
maioria dos casos é iminente o risco de atropelamento, tal como o risco de quedas.
Atualmente grande parte dos veículos motorizados utilizados nos ambientes internos é
movida por eletricidade, armazenadas através de baterias de baixa tensão, o que não
oferece riscos sérios e danos por choques elétricos.
Porém, com baixo custo que é oferecido pelos veículos com motores de combustão
alimentados por gás liquefeito de petróleo engarrafado (GLP), ainda é frequente a utilização
interna deste tipo de veículo, onde a sua utilização é indicada para ambientes externos,
abertos e ventilados. É necessário atenção para a possibilidade de contaminação do ar
do ambiente ocasionada pelo vazamento do gás GLP e também a poluição provocada
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
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O acompanhamento da inspeção e a avaliação constante dos resultados de análise
podem também ser vantajosamente utilizados para a determinação de processos
destrutivos incipientes e para a determinação da vida útil dos equipamentos. A melhor
maneira de evitar danos provocados por acidentes é evitando que ocorram. A melhor
abordagem para isso é a inspeção e verificação constante dos equipamentos e dos
procedimentos operacionais.
·· A inspeção deve ter como objetivo:
·· Verificar
o estado dos dispositivos do equipamento no tocante à integridade
de suas características iniciais de especificação;
·· Avaliara evolução de seus parâmetros estruturais de forma a poder antecipar
a possibilidade de um problema;
·· Avaliara influência de modificações nos procedimentos operacionais de
forma a verificar sua compatibilidade com as características dos dispositivos.
No Brasil, projeto e o trabalho com veículos industriais são regidos pelas Normas
Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho, em particular a NR11, que
especifica as condições para movimentação de carga em geral e a NR12, para máquinas
e equipamento. As NR’s têm força de lei e são constantemente avalizadas pelo Ministério
do Trabalho através de suas diversas secretarias. O texto pleno de todas as NR’s pode
ser obtido através da internet, no sítio do Governo Federal.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
Solda oxiacetilênica
O processo de soldagem oxiacetilênica é o mais comum dos processos de soldagem
a gás. É uma tecnologia bastante antiga e consagrada, de execução simples e de baixo
custo, aplicável em uma grande parte dos trabalhos mecânicos envolvendo a necessidade
de união de duas partes metálicas. É por isso ainda hoje a mais utilizada das técnicas de
soldagem, embora venha perdendo espaço para outros processos.
Riscos agregados:
O trabalho de soldagem pelo processo oxiacetilênico é uma atividade potencialmente
perigosa. Seu principal risco agregado é certamente o de provocar queimaduras sérias,
até fatais, dado o nível de temperaturas que envolvem.
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É fundamental que se evite a exposição direta do operador aos fatores de risco. Para
isso é necessário que os procedimentos operacionais sejam planejados com cuidado
considerando as seguintes condições:
·· Ouso de EPI’s apropriados para o processo de soldagem é fundamental para
a preservação da integridade pessoal do soldador.
·· Antesde iniciar os trabalhos de soldagem é fundamental que se elimine das
proximidades quaisquer tipos de materiais inflamáveis.
·· Os equipamentos envolvidos na soldagem devem ser limpos para eliminar
quaisquer vestígios de óleo e similares, inclusive as roupas e EPI’s do soldador
e das pessoas próximas.
·· Aárea de trabalho deve ser isolada, bloqueando-se o trajeto de pessoas não
envolvidas pelas proximidades do local onde ocorre o processo de soldagem.
·· A área de trabalho deve ser ventilada, com renovação constante do ar. Se
o ambiente for sabidamente propício à concentração de contaminantes
agressivos à pessoa, então devem ser providenciados respiradores adequados.
A título de curiosidade, o acetileno tem o cheiro característico do alho e é
facilmente perceptível. Já o oxigênio é inodoro e não há como detectar o
aumento de concentração no ambiente sem dispor de medidores apropriados.
·· Osprocedimentos básicos de segurança para o trabalho de manutenção em
equipamentos para solda oxiacetilênica são fundamentalmente os mesmos
que para o caso de operação, com a grande atenuante de não existir a
chama. Além daqueles, há que se considerarem alguns específicos:
·· Definir
com precisão o estado dos diversos dispositivos do equipamento de
forma a garantir condições adequadas para o trabalho de manutenção;
·· Selecionarpreviamente o material e as ferramentas de trabalho, escolhendo
suas características rigidamente de acordo com as especificações;
·· Criar
barreiras de impedimento ao manuseio de todos os dispositivos que
tenham alguma possibilidade de alterar o estado previsto para o trabalho de
manutenção.
Os cilindros de gás são vasos que operam sob pressão e não possuem componentes
ativos, capazes de alterar o seu nível de energia. Sua característica básica é funcionar
como elemento de armazenamento e, assim, sua integridade estrutural é o principal
fator a ser inspecionado e garantido. Valem aqui os mesmos princípios já abordados no
capítulo sobre vasos sob pressão.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
A melhor maneira de evitar danos provocados por acidentes é evitando que ocorram.
A melhor abordagem para isso é a inspeção e verificação constante dos equipamentos e
dos procedimentos operacionais. A inspeção deve ter como objetivo:
· Verificar o estado dos dispositivos do equipamento no tocante à integridade
de suas características iniciais de especificação;
· Avaliar a evolução de seus parâmetros estruturais de forma a poder antecipar
a possibilidade de um problema;
· Avaliar a influência de modificações nos procedimentos operacionais de
forma a verificar sua compatibilidade com as características dos dispositivos.
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Não há no Brasil uma legislação específica para a segurança no trabalho com
equipamentos de solda. Entretanto, as várias Normas Regulamentadoras de Segurança
e Saúde no Trabalho, as NR’s, avalizadas pelo Ministério do Trabalho do Governo do
Brasil, podem ser utilizadas em conjunto para a formalização de um código particular de
conduta de segurança no trabalho de soldagem. São de particular interesse para isto a
NR13, sobre caldeiras e vasos sob pressão, a NR12, sobre máquinas e equipamentos, e
a NR23, sobre proteção contra incêndios.
No Brasil, as NR’s têm força de lei e são constantemente avalizadas pelo Ministério
do Trabalho através de suas diversas secretarias. O texto pleno de todas as NR’s pode
ser obtido através da internet, no sítio do Governo Federal.
Solda elétrica
A solda elétrica possui nomenclatura que representa um conjunto de processos de
soldagem. Que tem a utilização de energia elétrica para obter o aquecimento necessário
à fusão dos materiais. Bem semelhante ao arco elétrico simples, possui tecnologia
bastante desenvolvida fácil de ser executada e de baixo custo, sendo aplicável em parte
de trabalhos mecânicos com a necessidade de união entre duas partes metálicas, através
de uma ligação continua, um cordão de solda ou entre dois pontos de união denominado
de solda ponto, frequentemente utilizada na indústria automobilística.
Outros processos que utilizam soldas do tipo TIG ou Solda MIG têm problemas
de segurança similares às citadas anteriormente embora tenham níveis razoáveis de
sofisticação técnicas e conceituais com o objetivo de eliminar as deficiências da simples
solda a arco.
São diversos os equipamentos que utilizam energia elétrica para realizar a execução
de soldas metálicas, tanto manuais quanto elétricos tem características portáteis ou
então grandes e estacionários, projetados para atuar em tarefas específicas nas linhas
de produção.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
todos os materiais metálicos e suas ligas inclusive o aço. A principal diferença entre
este processo e o processo realizado com a utilização do gás é que este a dispersão
do calor é muito menor, o que possibilita uma região de soldagem mais determinada.
Na soldagem que utiliza a arco elétrico não ocorre fusão do material das peças que
estão sendo unidas, desta forma a característica do material de enchimento que realiza
a função de eletrodo na solda elétrica comum são fundamentais para o resultado final.
A soldagem com arco simples limita-se pela oxidação e degradação das propriedades do
material na região da soldagem. Com o objetivo de minimizar ou eliminar essa deficiência
utiliza-se o gás inerte, propiciando uma barreira de isolação para o oxigênio do ambiente.
O que ocorre nos processos TIG (Tungsten Inert Gas) e MIG (Metal Inert Gas).
Riscos agregados:
Atividade com solda elétrica é extremamente perigosa. O principal risco
agregado evidentemente é o de provocar queimaduras sérias, até mesmo
sendo fatal devido nível de temperaturas envolvidas nos processos. Associa-se
também o fato da possibilidade de danos causados pela utilização da eletricidade.
Devido o contato direto com o arco ou metais derretidos considera-se também que
o processo naturalmente pode expelir fagulhas em altas temperaturas provocando
facilmente queimaduras. O risco mais Evidente promovido pelas agulhas é de
causar incêndios no contato com materiais que possam entrar em combustão.
Considera-se também que os arcos elétricos são grandes emissores de luz ultravioleta,
que com seu alto poder destrutivo sobre a retina humana representa sério risco à saúde.
Um risco considerado como secundário, porém, que não pode ser desconsiderado,
está ligado ao aquecimento dos metais e dos materiais utilizados nos suportes até os níveis
de temperatura relacionados nos processos que provocam a emissão de fumaça tóxica.
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·· Definir com precisão o estado dos diversos dispositivos do equipamento de
forma a garantir condições adequadas para o trabalho de manutenção;
·· Selecionar previamente o material e as ferramentas de trabalho, escolhendo
suas características rigidamente de acordo com as especificações;
·· Criar barreiras de impedimento ao manuseio de todos os dispositivos que tenham
alguma possibilidade de alterar o estado previsto para o trabalho de manutenção.
A melhor maneira de evitar danos provocados por acidentes é evitando que ocorram.
A melhor abordagem para isso é a inspeção e verificação constante dos equipamentos e
dos procedimentos operacionais. A inspeção deve ter como objetivo:
·· Verificar o estado dos dispositivos do equipamento no tocante à integridade
de suas características iniciais de especificação;
·· Avaliar a evolução de seus parâmetros estruturais de forma a poder antecipar
a possibilidade de um problema;
·· Avaliar a influência de modificações nos procedimentos operacionais de
forma a verificar sua compatibilidade com as características dos dispositivos.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
No Brasil, as NR’s têm força de lei e são constantemente avalizadas pelo Ministério
do Trabalho através de suas diversas secretarias. O texto pleno de todas as NR’s pode
ser obtido através da internet, no sítio do Governo Federal.
Ferramentas manuais
As ferramentas manuais estão relacionadas com um número grande de acidentes.
Embora, em geral, esses acidentes sejam de pequena gravidade, sua frequência faz com
que mereçam atenção dado o prejuízo que acarretam, além de poderem provocar lesões
graves, com sérias consequências como a perda da visão, perda de dedos e até mesmo
acidentes fatais, em determinadas condições. Um aspecto de grande importância a
ser analisado quando vamos estudar os riscos associados à utilização de ferramentas
manuais é o fato de que essas ferramentas estão presentes em quase todos os locais de
trabalho, inclusive o ambiente doméstico, e sua utilização ocorre por pessoas que nem
sempre sabem usá-las ou conservá-las adequadamente. São consideradas ferramentas
manuais aquelas que, na realização de trabalho, utilizam apenas a força muscular como
fonte de energia.
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As principais causas de acidentes envolvendo as ferramentas manuais
Ferramentas defeituosas: A cuidadosa inspeção de toda ferramenta antes de
sua utilização deve ser uma prática rotineira, sendo de responsabilidade solidária do
encarregado ou mestre, do responsável pelo depósito de ferramentas e do trabalhador
usuário. A existência de um programa de controle de ferramentas irá impedir que
ferramentas defeituosas fossem usadas antes que estejam em condições adequadas.
Nas ferramentas que vão trabalhar sob percussão, como talhadeiras e punções, a
preocupação com os defeitos tem início na escolha do aço; este deve ser suficientemente
resistente para suportar os golpes sem entortar, quebrar ou formar cogumelo (rebarbas)
na cabeça e não excessivamente duro para que não se rompa ao ser solicitado, projetando
lascas e podendo causar acidentes. Como exemplo, a seguir relacionamos os principais
defeitos observados em algumas ferramentas.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
Ferramentas pneumáticas
Ferramentas pneumáticas são aquelas que se utilizam da força do ar comprimido
para realizar trabalho. Exemplificando, apresentamos a seguir algumas ferramentas com
comentários a respeito dos principais riscos envolvidos e os procedimentos de segurança
necessários. O ar comprimido é produzido pelos compressores de ar que são máquinas que
aspiram, comprimem e recalcam o ar ambiente através de uma canalização a uma pressão
elevada capaz de acionar eficientemente os equipamentos pneumáticos e gerar trabalho.
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Um sistema de distribuição de ar comprimido deverá atender às necessidades dos
itens consumidores com um mínimo de perdas e comportar eventuais ampliações nos
pontos de consumo. Para tanto, deverão ser atendidas as seguintes condições:
·· Pressão adequada nos pontos de consumo;
·· Capacidade de transporte adequada;
·· Qualidade de ar adequada;
·· Arranjo físico bem planejado;
·· Acessórios eficientes para as linhas de ar;
·· Alta capacidade de separação de condensados em todo o sistema;
·· Documentação fidedigna compreendendo todo o sistema.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
Ferramentas elétricas
São ferramentas que utilizam a energia elétrica para realizar trabalho, que encontram
larga aplicação tanto no ambiente doméstico como na indústria. A maioria dos cuidados
a serem tomados na utilização das ferramentas até aqui vistas também são válidos para
as ferramentas elétricas, acrescentando-se a prevenção que se deve ter quando lidamos
com equipamentos alimentados por energia elétrica.
A prevenção de acidentes com tais ferramentas envolve uma série de medidas como
as relacionadas a seguir:
· As esmerilhadeiras deverão ser dotadas de proteção que não impeça sua
operação normal, mas que proteja o trabalhador de fagulhas e da projeção
de fragmentos do disco em caso de ruptura; também é muito importante
verificar o tipo, a colocação, a qualidade e o estado do disco, que deve ser
adequado às características da máquina;
· Aterramento bem dimensionado e executado;
· A forma de acionamento das ferramentas elétricas deve ser tal que, ao ser
solta pelo operado r, pare imediatamente de funcionar;
· A princípio, toda ferramenta deve ser considerada como estando energizada,
de maneira que nunca deve ser manuseada sem que se certifique que está
desligada;
· Os fios e cabos de alimentação das ferramentas devem ser posicionados de
tal forma que não fique no caminho de pessoas ou na pista de rolamento de
veículos, evitando que seja danificada. Caso isso seja impossível, os fios devem
ser protegidos contra esmagamento através de condutores ou canaletas;
· Os locais de uso frequente de ferramentas elétricas devem estar providos
de tomadas; isso irá evitar o uso de extensões que nem sempre estão em
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condições adequadas;
·· Deve ser evitada qualquer sobrecarga no motor das ferramentas elétricas,
pois além de danificar o equipamento pode causar acidente;
·· Devem ser objeto de inspeção periódica a fixação e condições das carcaças
metálicas das ferramentas elétricas;
·· O fio e as tomadas/conexões de uma ferramenta elétrica devem ser mantidos
em boas condições. Os fios não devem ser arrastados por superfícies quentes
ou ásperas ou por onde haja compostos químicos, devendo ser mantidos
isentos de umidade, graxa e óleo;
·· As ferramentas devem ser mantidas cuidadosamente limpas e deve ser
seguido o manual do fabricante quanto à lubrificação e troca de acessórios.
·· As
ferramentas que estiverem em manutenção devem ser identificadas com
uma etiqueta de forma que não seja colocada em uso prematuramente.
O pessoal encarregado da inspeção dessas ferramentas deverá conhecer muito bem sua
operação e estar familiarizado com as possíveis falhas que podem afetá-las. A intervalos
regulares as ferramentas devem ser revisadas cuidadosamente, independentemente de
estarem apresentando mau funcionamento.
Ferramentas especiais
As pistolas cravadoras são muito utilizadas nas montagens e instalações para fixar
com rapidez peças de naturezas diversas, sobre materiais também diversos, como na
fixação de peças metálicas, material isolante ou peças de madeira sobre concreto,
estrutura metálica, etc. As pistolas cravadoras denominadas de “tiro direto” têm
produzido numerosos acidentes graves, quando não fatais. Esse tipo de pistola vem sendo
substituído pelo de “tiro indireto” que possui interposto entre o impulsor/detonador e o
cravo, um êmbolo que recebe a força impulsora e introduz o cravo mediante um golpe.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
Uma cuidadosa análise preliminar de risco deve ser realizada quanto aos lugares,
materiais e circunstâncias de utilização da pistola cravadora, de forma a identificar
previamente as condições especialmente perigosas. O emprego desse tipo de ferramenta
deve ser excluído quando se pretende fazer fixações em:
· Materiais de rigidez insuficiente;
· Materiais de resistência insuficiente, como placas de gesso, ladrilhos ocos,
pisos etc.;
· Materiais duros e quebradiços, como ferro fundido, aço temperado, granito,
mármore etc.;
· Estruturas de concreto protendido;
· Materiais com estrutura desconhecida, como paredes de construção antiga;
· Ambientes onde exista o risco de explosão ou incêndio.
Transporte de ferramentas
O transporte de ferramentas quando feito manualmente nunca deve ocupar as duas
mãos do trabalhador; isso é particularmente importante quando ele está sobre uma
escada, ao subir em uma estrutura. Nesses casos, recomenda-se que as ferramentas
sejam transportadas em uma mala reforçada ou algo similar. O retorno das ferramentas
ao piso, após uso em altura, deve ocorrer da mesma forma. Os trabalhos em altura
com utilização de ferramentas portáteis embutem outro risco responsável por frequentes
acidentes que é a queda das ferramentas sobre pessoas que se encontram ou transitam
sob o local onde se realiza o trabalho. Cuidados especiais devem ser tomados para
prevenir esses acidentes. Talhadeiras, ponteiros, chaves de fenda e ferramentas que
apresentam extremidades que representam riscos devem ser carregadas em caixa de
ferramentas ou em cintos especialmente concebidos para tal fim, semelhante aos usados
pelos eletricistas. A correta manutenção das ferramentas manuais será facilitada pelo
correto funcionamento do almoxarifado, que deve exercer um efetivo controle sobre o
estado de conservação das ferramentas através de uma inspeção regular. O trabalhador
responsável pelo almoxarifado deve ser instruído de forma a ser capaz de decidir quando
uma ferramenta tem condições ou não de uso. Nenhuma ferramenta danificada deve ser
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mantida no almoxarifado junto com aquelas em bom estado. Quando apresente defeito,
a ferramenta deve receber uma etiqueta apontando o problema e ser separada das
demais para que não volte ao uso sem que apresente condições para tal. A inspeção é
particularmente importante para as ferramentas elétricas e pneumáticas, que devem ser
checadas quanto ao seu funcionamento.
Nas equipes que trabalham com seu próprio carrinho de ferramentas, o encarregado
é responsável pela inspeção e manutenção, devolvendo ao almoxarifado central todas as
ferramentas encontradas em más condições e solicitando sua reposição.
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UNIDADE
Caldeiras e Vasos sob Pressão/ Ferramentas Manuais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações
http://goo.gl/GVY0fU
Leitura
Segurança de Máquinas e Equipamentos de Trabalho
http://goo.gl/4nH1kr
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
http://goo.gl/J7S9du
NR-13 Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações
http://goo.gl/KbB9M7
Norma internacional ISO 12100:2010 Segurança de Máquinas – Concepção, Princípios Gerais
de Apreciação do Risco e Redução do Risco. ISO 14121
http://goo.gl/4nH1kr
Orientação de segurança do trabalho para a indústria do setor moveleiro –SESI – Serviço
Social da Industria
http://goo.gl/omG8u3
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Referências
Apostila PECE Lacasemim - 2011 Equipe Usp
http://www7.fiemg.com.br/Cms_Data/Contents/central/Media/Documentos/Biblioteca/
PDFs/SESI/SST/CARTILHA_SST_SetorMoveleiro_WEB.pdf>. Acesso em 27 mai. 2016.
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