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Estágio Supervisionado
em Computação I
Fortaleza
2016
Ciências Artes
Química Biologia
Biológicas Artes
Plásticas Computação Física Matemática Pedagogia
Apresentação.....................................................................................................5
Capítulo 1 - Natureza do curso e documentos norteadores......................7
Introdução............................................................................................................... 9
1. Licenciatura em Computação..........................................................................11
2. Tecnologias educativas e formação de professores...................................... 13
Capítulo 2 - Perfil do egresso: competências e campo de atuação profis-
sional................................................................................................................. 19
Introdução............................................................................................................. 21
Capítulo 3 - Estágio curricular supervisionado do Curso de Licenciatura
em Computação a Distância......................................................................... 37
Introdução ............................................................................................................ 39
1. Dificuldades na realização do Estágio ........................................................... 43
Capítulo 4 – Organização e funcionamento da Educação Básica......... 47
Introdução............................................................................................................. 49
1. Diretrizes Curriculares Nacionais ................................................................... 51
1.1. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.................. 51
1.2. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental ............ 52
1.3. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio ........................ 55
1.4. Demais Diretrizes da Educação Básica.................................................. 56
2. Diretrizes Curriculares da Educação Básica e o campo de atuação para pro-
fissionais de Informática....................................................................................... 61
2.1. Uma boa razão para atuar no ensino infantil.......................................... 62
2.2. Uma boa razão para atuar no ensino fundamental de nove anos........ 63
2.3. Uma boa razão para atuar no ensino médio........................................... 65
Capítulo 5 – Licenciatura em Computação x Educação Básica: diálogos
didáticos........................................................................................................... 73
Introdução............................................................................................................. 75
1. Diálogo didático com o ensino infantil............................................................. 76
2. Diálogo didático com o ensino fundamental................................................... 79
3. Diálogo didático com o ensino médio............................................................. 83
Capítulo 6 – Planejamento de Ensino......................................................... 93
Introdução ............................................................................................................ 95
1. O Planejamento de Ensino.............................................................................. 97
2. O Plano de Ensino............................................................................................ 99
As autoras
Objetivos
• Compreender aspectos técnicos, legais e pedagógicos relacionados à Li-
cenciatura em Computação.
• Identificar as competências e o perfil envolvidos no processo de formação
do licenciado em Computação.
• Reconhecer a importância do Estágio Supervisionado na formação de pro-
fessores.
Introdução
As Universidades estão habilitadas para o desenvolvimento do ensino e da
pesquisa. No tocante ao ensino, este pode se apresentar com a oferta de gra-
duações, pós-graduações e cursos de extensões, sendo as pós-graduações
também destinadas ao campo da pesquisa. Para as graduações temos as
licenciaturas e os bacharelados, sendo o primeiro destinado à formação de
professores e o segundo à formação de nível superior das diversas profissões,
como engenharia, química industrial e outros. De maneira simplificada, pode-
mos entender a oferta do ensino universitário da seguinte forma:
Responsáveis pelo
GRADUAÇÕES EM desenvolvimento de softwares
Bacharelado em Engenharia de
COMPUTAÇÃO (parte lógica) que interagem
Software com o hardware dos
computadores (parte física).
educativa inovadora, mas que muitas vezes fica só no discurso. Tem-se ainda
a prática dos professores formadores, aqueles responsáveis pela nossa for-
mação, que também podem carecer de um maior conhecimento quanto ao
uso das tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem.
Nos documentos brasileiros que orientam a Educação Básica, especifi-
camente nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e nas Diretrizes Cur-
riculares do Ensino Médio (DCNEM), a inserção das tecnologias educativas
no currículo é mencionada nos módulos destinados a cada área específica
do saber (Ex.: Matemática, Geografia, Língua Portuguesa e demais áreas),
apresentando a importância e as possibilidades de uso do computador na
aprendizagem de conteúdos específicos.
Bonilla e Pretto (2000), ao analisarem os parâmetros, com ênfase no
uso das tecnologias educativas, observam que num primeiro momento o as-
sunto é tratado percebendo a tecnologia como promotora de possibilidades
diferenciadas de ensino e aprendizagem, onde permite o olhar singular e plu-
ral do mundo, respeitando as individualidades, sem desconsiderar o todo en-
volvido no complexo fazer educacional.
Uma das concepções presentes no documento explicita que as TIC,
além de serem veículos de informações, possibilitam novas formas de orde-
nação da experiência humana, com múltiplos reflexos na área cognitiva e nas
ações práticas, ao possibilitar novas formas de comunicação e produção de
conhecimento, gerando com isso transformações na consciência individual,
na percepção de mundo, nos valores e nas formas de atuação social. Uma
concepção que entende que a escola faz parte do mundo e que para cumprir
sua função de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer
plenamente sua cidadania, participando dos processos de transformação e
construção da realidade, deve estar aberta e incorporar novos hábitos, com-
portamentos, percepções e demandas (Bonilla & Pretto, 2000).
Os PCN e as DCNEM advertem ainda que a simples presença de tec-
nologias no contexto escolar não pode ser relacionado diretamente à melhoria
da qualidade de ensino. Reforça que é preciso refletir sobre que educação se
quer oferecer e, a partir daí, direcionar o uso das tecnologias, tendo como re-
ferência os interesses e as necessidades da comunidade escolar, bem como
a do seu entorno.
Contudo, na sequência dos documentos em pauta, onde em trechos
ocorre a sinalização para um uso contextualizado das tecnologias educativas,
alinhado com o contexto local, em outras o mesmo documento apresenta um
conjunto de recomendações de uso dos computadores, chegando ao ponto
de orientar que os alunos não coloquem o dedo direto no monitor do equipa-
mento, quando quiserem apontar algo na tela. Desta forma,
nas licenciaturas, quer por força dos documentos legais que norteiam a edu-
cação básica, gerando uma provocação nas licenciaturas, ou ainda na própria
legislação dos cursos de formação inicial de professores. O que se percebe
é um conjunto de intenções dispersas e difusas, sem trazer à tona um caráter
mais incisivo que promova uma maior oferta deste estudo nas licenciaturas,
conforme comprova pesquisa realizada por Gatti e Barreto, citada em Fantin
e Rivoltella (2012):
Portanto, após este breve relato sobre o cenário nacional quanto à for-
mação inicial dos professores para o uso das tecnologias educativas, tem-se
na Licenciatura em Computação como um caminho a mais na perspectiva
de redução do fosso que separa o ideal do real, ou seja, das orientações pe-
dagógicas para práticas acerca do uso dos computadores nos processos de
ensino e aprendizagem. Vejamos! De acordo com o Parecer CNE/CES n°
136/2012, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cur-
sos de graduação em Computação,
Síntese do Capítulo
Destinado à apresentação inicial do Curso de Licenciatura em Computação,
o capítulo trata da oferta de ensino pelas Universidades, detendo-se na licen-
ciatura em pauta. Aborda natureza e os documentos norteadores do curso,
trazendo um breve histórico das licenciaturas no Brasil, os diversos formatos
que a Graduação em Computação assume a partir do Parecer do CNE/CES
n° 136/2012 e a diversidade de possibilidade de atuação do profissional da
Licenciatura em Computação.
Atividades de avaliação
Elabore um infográfico (gênero jornalístico que utiliza recursos gráfico-
-visuais para apresentação sucinta e atraente de determinadas informações)
sobre o percurso pessoal e profissional que lhe trouxe até o Curso de Licen-
ciatura em Computação, registrando no mínimo três conteúdos que se de-
monstrem fundamentais neste processo, bem como os meios de acesso.
Para tanto, recomendamos a utilização do Canva.com. Trata-se de um sof-
tware online gratuito que te permite criar materiais gráficos, como o infográfico
em questão. Feito o infográfico, disponibilize no ambiente da disciplina, pro-
porcionando aos demais alunos a partilha da reflexão que a atividade propor-
ciona. Olhares diferenciados de um mesmo objeto contribuem na ampliação
das compreensões acerca do mundo. Vamos lá?!
Referências
ALMEIDA, P. C., & BIAJONE, J. Saberes docentes e formação inicial de pro-
fessores: implicações e desafios para as propostas de formação. Educação e
Pesquisa, 281-295, 2007.
BONILLA, M. H., & PRETTO, N. D. Políticas brasileiras de educação e in-
formática. Disponível em Universidade Federal da Bahia: http://www2.ufba.
br/~bonilla/politicas.htm. Acesso em 14 de julho de 2016.
Objetivos
• Apresentar os modelos formativos adotados nas licenciaturas brasileiras.
• Identificar as competências e o perfil envolvidos no processo de formação
do licenciado em Computação.
Introdução
De acordo com o International Development Research Centre (IDRC), as ini-
ciativas na área de tecnologias educativas na América Latina vêm se consoli-
dando ao longo dos últimos 30 anos, cujo principal objetivo tem sido a eleva-
ção da qualidade de ensino (Cetic.Br, 2014). Sobre o atendimento da melhoria
da qualidade de ensino em função da inserção das tecnologias educativas,
ainda existem muitas controvérsias, uma vez que, metodologicamente, a
separação da variável tecnologia torna-se quase que impossível, impedindo
uma leitura mais assertiva sobre seu potencial na melhoria dos indicadores
de aprendizagem. Deste trecho da história, pelo menos dois fatos podem se
configurar como ponto de consenso: ainda que as tecnologias sozinhas não
possam resolver os problemas educacionais enfrentados na atualidade, sem
ela a caminhada fica bem mais complexa.
O segundo pensamento está na atuação dos professores como diferen-
cial positivo no processo de inserção das tecnologias educativas, entendendo
que compete a este profissional dispor de condições favoráveis para um uso
qualificado dos diversos recursos, promovendo um ensinar e aprender mais
dinâmico e efetivo.
Em pesquisa realizada sobre o uso do computador e da internet na es-
cola pública, identificou-se, dentre outros elementos, que as escolas que dis-
põem de um professor lotado em seus laboratórios escolares de informática,
o desempenho quanto ao uso pedagógico dos equipamentos é bem maior,
significando dizer que este profissional proporciona uma melhoria não só nos
indicadores de utilização dos laboratórios, mas também na qualidade do uso
(CIVITA, 2009).
No momento atual das tecnologias educativas (2016), especificamen-
te no Ceará, a rede estadual de ensino possui uma infraestrutura adequada,
com cobertura de laboratórios em 98% de suas escolas, todos com conexão
3
O professor instrucionista é formação em que o professor é visto como o especialista que aplica,
o detentor do conhecimento mais tarde, o que aprendeu, mas sem garantias de o fazer com os seus
e, portanto, responsável por alunos, uma vez que, terminada a formação, não há qualquer tipo de
seu "repasse". acompanhamento ou supervisão (p. 54).
4
O professor
construcionista é o Costa (2013) faz considerações ainda acerca das formas de incorpora-
colaborador do processo
ção das tecnologias na educação. Observe que o modelo adotado pode ser
de ensino, investigando
os conhecimentos prévios revelador da compreensão que a escola mantém sobre o potencial transfor-
dos alunos e seus estágios mador das tecnologias, ou seja, ao passo que ainda se registram desafios no
para, então, criar situações tocante a formação dos professores, a própria dinâmica de utilização das tec-
destinadas à aprendizagem
nologias retroalimenta o cenário das formações, reforçando modelos que não
do aluno.
5
O professor conectivista contribuem para o fortalecimento de seu potencial transformador. Segundo o
é o mobilizador de novas autor, tem-se, nas escolas, cenários de "aprender da tecnologia", caracteriza-
conexões entre áreas, do por um paradigma instrucionista3 ; "aprender sobre a tecnologia", carac-
ideias e conceitos.
terizado por uma proposta tecnicista e, por fim; "aprender com a tecnologia",
podendo ser compreendido pelo viés construcionista4 e conectivista5.
o professor competente neste caso será exatamente aquele que guia, mo-
dela e dá suporte ao processo de construção individual do conhecimento
(Jonassen 2007). Um professor que é capaz de colocar “bons” problemas,
que estimula a sua resolução criando atividades que favorecem a cola-
boração e a troca de pontos de vista entre os alunos e a exploração de
interpretações alternativas (Newby, 1996) (COSTA, 2013, p. 60).
Síntese do Capítulo
O capítulo aborda questões sobre as formações de professores para o uso
das tecnologias educativas, apresentando uma ação que ainda caminha no
sentido de reproduzir modelos acadêmicos, onde o "falar sobre" prevalece
sobre o "fazer com".
Refere-se a modelos colaborativos, de compartilhamento de saberes e
de construção coletiva, tão comuns na sociedade digital, explicitando que tal
formato e movimento ainda não conseguiram espaços nas práticas formativas
destinadas aos professores, constituindo-se, portanto, como desafios para a
formação de professores, aqui com ênfase na Licenciatura em Computação.
Assim, ao mesmo tempo que se discuti caminhos e possibilidades, tem-
-se como pano de fundo o conjunto de competências que deve compor o
repertório do licenciado em computação.
Atividades de avaliação
Como o Curso de Licenciatura em Computação pode contribuir na superação
de muitos dos desafios apontados ao longo do Capítulo 2? Que articulação
é possível se fazer entre os campos de atuação dos profissionais licenciados
em Computação, disponíveis no Capítulo 1, e os desafios apresentados até
Filmes
Mário Sérgio Cortella. A era da curadoria na educação e formação
das pessoas. Duração: 39min 21s. Acesso em: https://www.youtube.com/
watch?v=xKmzke6qH5A
Referências
BEZERRA, R. E. (14 de Julho de 2011). O professor e o uso do laboratório
escolar de informática na Escola de Ensino Médio Governador Adauto
Bezerra. (G. K. Ferreira, Entrevistador).
CEARÁ, G. d. (2013). Secretaria da Educação. Acesso em 15 de março de
2015, disponível em Orientações para oSuporte Pedagógico: http://www.se-
duc.ce.gov.br/images/cogep/cartilha_atualizada_07_01_2013.pdf
Cetic.Br, C. G. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e
comunicação nas escolas brasileiras. São Paulo, São Paulo, Brasil: Comitê
Gestor de Internet no Brasil - Cetic.Br., 2014.
CIVITA, F. V. (2009). O uso dos computadores e da internet nas escolas
públicas de capitais brasileiras. São Paulo: Fundação Victor Civita.
COSTA, F. A. (2013). O potencial transformador das TIC e a formação de
professores e educadores. In: (. O. Almeida, P. Dias, & B. D. Silva, Cenários
de inovação para a educação na sociedade digital (pp. 47-72). São Paulo:
Loyola Jesuítas.
Objetivos
• Apresentar a oferta das disciplinas de estágio supervisionado no curso de
Licenciatura em Computação.
• Promover a compreensão acerca da importância do Estágio Supervisiona-
do na formação de professores.
Introdução
Como modelos adotados para as formações iniciais no Brasil desde sua in-
dependência, tem-se, segundo Saviani (2009), o dos conteúdos culturais-
-cognitivos e o modelo pedagógico-didático. No primeiro caso, a formação do
professor se restringe ao domínio da cultura geral e do conteúdo específico da
disciplina para a qual o professor se habilita. No segundo modelo, se agrega à
formação conteudista, questões de ordem pedagógico-didática, constatando
que somente o domínio do conteúdo não dá conta da dimensão da sala de
aula, ou seja, para ensinar outras competências são necessárias, além do
conteúdo.
Tais modelos, ao longo da história da formação inicial de professores,
foram distribuídos da seguinte forma: para os professores primários, o padrão
pedagógico-didático. Para os professores do nível secundário de ensino, atu-
almente séries finais do ensino fundamental e ensino médio, o modelo dos
conteúdos culturais-cognitivos (Saviani, 2009).
Pesquisa realizada por Gatti e Barreto (2009) contribui com a explicita-
ção deste fato, apontando que
Para tanto, este aluno deve dispor de um desenho curricular que o habi-
lita a transitar entre as competências próprias da computação (conhecimento
específico da área) e as competências da pedagogia associadas ao ensinar e
aprender, passando pelas etapas de avaliação deste processo. A partir dessa
ideia é que se tem a organização do componente curricular, conforme quadro
a seguir:
Síntese do Capítulo
O capítulo 3 do Estágio Supervisionado I abordou a essência pedagógica do
estágio, além da localização e do formato destas disciplinas na Licenciatura
em Computação. Tratou da distribuição da sua carga horária, da sua impor-
tância no processo de formação docente e das dificuldades que podem ocor-
rer ao longo da oferta em pauta.
Atividades de avaliação
Reúna toda a turma de estágio supervisionado e elabore uma enquete
online destinada aos professores das escolas que estão aptas a receber os
estagiários. A ideia é aproximar as expectativas destes professores quanto
a atuação dos estagiários. Após a aplicação, elaborar o relatório com os re-
sultados e apresentá-lo num formato dinâmico e disponibilizado para acesso
dos professores que participaram. A atividade pode contribuir na aproximação
entre estagiários e professores regentes, reduzindo eventuais resistências.
Para elaboração da enquete, recomendamos a utilização do Lime Sur-
vey (software livre para aplicação de questionários online). Quanto a apresen-
tação, recomendamos a utilização do prezy.com e o compartilhamento virtual
com os professores pesquisados.
Filmes
Reportagem especial sobre formação inicial. Jornal 26 Set 2014 - https://
www.youtube.com/watch?v=8rEP1OMukE4
Publicado em 26 de set de 2014. No terceiro episódio da série "O que querem
os professores?" O Jornal dDa Educação apresenta uma reportagem espe-
cial sobre formação básica. Qual a importância da formação inicial? Como
está a qualidade dos cursos que formam os professores de Educação Bási-
ca? E como resolver os problemas dessa formação? Essas são algumas das
questões abordadas com especialistas. Confira!
Formação de Professores da Educação Básica. Paula Louzano Entrevista
Canal Futura. https://www.youtube.com/watch?v=uASK8hkxHDE. Publicado
em 8 de abr de 2015. A pesquisadora da USP Paula Louzano e o jornalista
Antônio Gois conversam, neste episódio do programa Entrevista, do Canal
Futura, sobre como garantir que, em um ano vigência do PNE, os professores
de Educação Básica tenham formação específica de nível superior na área
em que atuam.
Referências
GATTI, B. A., & BARRETTO, E. S. Professores do Brasil: impasses e desa-
fios. Brasília: UNESCO, 2009.
ROESCH, Sylvia Maria A. Projetos de estágio do curso de administração:
guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalho de conclusão de curso. 2.
ed. São Paulo: Atlas, 1996.
SAVIANI, D. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do pro-
blema no contexto brasileiro. Revista brasileira de educação. pp. 143-155,
2009.
Universidade Estadual do Ceará. Pró-reitoria de Graduação. Centro de Ciên-
cias e Tecnologia - CCT. Projeto Pedagógico da Licenciatura em Computação
- PPC. 2014.
Objetivos
• Perceber a proposta de organização e o funcionamento das etapas e fases
de ensino da Educação Básica.
• Fazer uso das Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
• Identificar o campo de atuação do profissional de informática com base nas
Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Introdução
A Educação Básica é um direito assegurado pela Constituição Federal
e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e compreende as etapas da
Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio podendo apre-
sentar diversas formas de organização, sempre alinhada ao atendimento do
interesse do processo de aprendizagem, conforme descrito no artigo 23 da Lei
7
Lei nº 9.394 de 20 de
de Diretrizes e Bases Nacionais - LDB7 .
dezembro de 1996 que
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, pe- estabelece as diretrizes
e bases da educação
ríodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos,
nacional.
grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros
critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse
do processo de aprendizagem assim o recomendar.
II. Matemática;
2.2. Uma boa razão para atuar no ensino fundamental de nove anos
O Ensino Fundamental na história da educação tem se apresentado como
o alvo central do direito à educação. A organização e funcionamento desta
etapa de ensino vem buscado incessantemente a melhoria de sua qualidade
e a ampliação de sua abrangência. É a busca por um currículo que proponha
novos projetos político-pedagógicos, sendo capazes de suportar os grandes
desafios educacionais da contemporaneidade (BRASIL, 2013).
O Ensino Fundamental sendo considerado um direito fundamental con-
figura-se como a garantia mínima de formação para a vida pessoal, social e
política do cidadão.
Assim de acordo com (BRASIL, 2013):
[...] populações com alto índice de vulnerabilidade social que, não por
acaso, se encontram concentradas em instituições com baixo ren-
dimento dos alunos, situadas em capitais e regiões metropolitanas
densamente povoadas, poderá dirimir as desigualdades de acesso à
educação, ao conhecimento e à cultura e melhorar o convívio social.
(BRASIL, 2013, p. 125)
Síntese do Capítulo
O capítulo aborda as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica,
nas etapas da Educação Infantil e Ensinos Fundamental e Médio com ênfase
nas conquistas, avanços e garantias obtidos historicamente. Além disso situ-
ando os principais aspectos relativos aos princípios, fundamentos e orienta-
ções curriculares e pedagógicas voltados para este segmento.
Atividades de avaliação
1. A partir dos conceitos apresentados neste capitulo, identifique os principais
aspectos que caracterizam cada etapa da Educação Básica.
2. O que diferencia a dimensão nacional da dimensão diversificada presen-
tes na organização curricular da Educação Básica? Qual a importância de
cada uma e como se complementam?
3. Pesquise o que diferencia as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Parâ-
metros Curriculares Nacionais.
4. Fundamentando-se na discussão sobre identificar o campo de atuação do
profissional de informática com base nas Diretrizes Curriculares da Educa-
ção Básica, descreva em 4 linhas uma razão para atuar em cada etapa de
ensino da Educação Básica, isto é, ensino infantil, ensino fundamental e
ensino médio. Após o texto criado leve-o ao site http://wordsift.org/ criando
uma “Nuvem de Palavras”. Salve sua produção como figura e a envie atra-
vés do WhatsApp a um colega para debaterem seus posicionamentos.
Filmes
Plano Nacional de Educação - Com Professor Marcus Garcia. Programa
1. Duração: 04min 43s. Apresentação do primeiro programa da série de víde-
os sobre o PNE (Plano Nacional de Educação). Apresentado e comentado
pelo Professor Marcus Garcia. Saiba quais são os principais desafios do PNE
2014-2024 (Lei 13.005/2014) e como seu município pode se preparar para
vencê-los. Acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=-efKrvP6yvM
Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil. Aula 01 de 04.
Duração: 15min 53s. Vídeo aula do Professor Hamurabi Messeder sobre as Di-
retrizes (Referenciais) Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, sendo a
primeira de quatro aulas que abordam as demais etapas da Educação Básica.
Acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=obe5VnCEo6I&list=PLpWanr
F5uXsuA-JnP5Sv1h7NSk9gzplgh
Salto para o Futuro - Edição Especial - Novas Diretrizes Curriculares para o
Ensino Médio. Duração: 48min 06s. A edição especial Novas Diretrizes Cur-
riculares para o Ensino Médio, do programa Salto para o Futuro (TV Escola),
coloca em debate as novas DCNEM e os desafios para a elaboração e imple-
mentação coletiva de uma proposta curricular que integre trabalho, ciência e
cultura. Como as diversas disciplinas podem contribuir para que isso ocorra?
Como construir uma prática pedagógica interdisciplinar, na perspectiva das
áreas de conhecimento? De que forma garantir o direito de alunos (adoles-
centes, jovens e adultos) a uma educação comprometida com a transforma-
ção social? São pontos a serem debatidos na edição. Acesso em: https://www.
youtube.com/watch?v=dpJ9QemYARo
Sites
Ministério da Educação: Diretrizes para a Educação Básica. http://portal.
mec.gov.br/component/ content/article?id=12992:diretrizes-para-a-educacao-
-basica
PNE em Movimento - http://pne.mec.gov.br/
World Economic Forum - bit.ly/29wpUog
Pensando Educação - Diretrizes curriculares nacionais da educação básica -
https://www.youtube.com/watch?v=EsL4vJPf9cY
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria
de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional da Educação.
Câmara Nacional de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais da Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral.
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p.
______. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Na-
cional de Educação em Direitos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos
Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2007.
______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Cen-
tro Gráfico do Senado Federal, 1988.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei 9.394/96. 9. ed. Rio de
Janeiro: DP&A, 2005.
______. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação am-
biental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras provi-
dências. Diário Oficial da União, Brasília, 1999.
______. Lei n. 11.114, de 16 de maio de 2005. Altera os artigos. 6º, 30, 32,
e 87 da Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 2006, com o objetivo de tornar
obrigatório o início do ensino fundamental de seis anos de idade. Diário Oficial
da União, Brasília, 2005.
______. Lei n. 11.161, de 05 de agosto de 2005. Dispõe sobre o ensino da
língua espanhola. Diário Oficial da União, Brasília, 2005.
______. Lei n. 12.061, de 27 de outubro de 2009. Altera o inciso II do art.
4o e o inciso VI do art. 10 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para
assegurar o acesso de todos os interessados ao ensino médio público. Diário
Oficial da União, Brasília, 2009.
______. Parecer CNE/CEB n. 4, de 20 de fevereiro de 2008. Brasília, Diário
Oficial da União, 2005.
______. Parecer CEB/CNE n. 29, de 5 de abril de 2006. Brasília, Diário Ofi-
cial da União, 2006.
______. Resolução CNE/CEB nº. 2, de 19 de maio de 2010. Dispõe sobre
as Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em
situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais. Brasília, Diá-
rio Oficial da União, 2010.
______. Resolução CNE/CEB n° 3 de 3 de agosto de 2005. Define normas
Objetivos
• Compreender como atuar nas etapas, fases e modalidades da Educação
Básica.
• Conhecer estratégias de ensino com o uso das tecnologias digitais, visan-
do poder reutilizá-las com os alunos da Educação Básica.
Introdução
A Geração Digital avança rapidamente empregando linguagens e códigos
diferentes sucedidos após o surgimento das novas e inúmeras ferramentas
digitais encontradas no mundo contemporâneo. As redes sociais como o
Facebook, o Google+, o Twitter, os Blogs, ferramentas como o GoogleDrive,
WhatsApp, Telegram e outras mais presentes na Web 2.0, que possibilitam a
interatividade dinâmica e síncrona se destacam como meios de comunicação
habituais desta geração, passando a ter um papel acentuado no processo de
comunicação e construção pelo poder da interação imediata e compartilha-
mento de ideias.
A condição apresentada nos leva a repensar forçosamente a prática
docente, pois não há mais como incentivar os alunos a construírem conheci-
mentos apenas através dos meios didáticos de interatividade estática. Logo,
precisamos garantir a atuação dos professores conectada com os avanços
sociotecnológicos, visando ampliar melhores resultados de aprendizagens
dos alunos.
Confirmando a necessidade posta acima encontramos em UECE e
UAB, 2014:
A cada dia as tecnologias digitais irão interferir mais nas escolas, tendo
como maiores objetivos o de informar e comunicar. Entretanto, fica sempre
um questionamento como diz Menezes (2012): “Mas quanto e de que forma
lançar mão delas?”
As discussões sobre o uso ou não de tecnologias são antigas, perpas-
sando pelo rádio, televisão, computador e internet. Na década de 70 e 80 se
questionava nas escolas o uso de calculadoras ao estudar matemática. Hoje
podemos questionar o uso do editor de texto no aprendizado de ortografia na
etapa do Ensino Fundamental da primeira fase.
Na revista online Nova Escola Beatriz Santomauro (2013) declara:
Saiba mais
Saiba mais
• Criar cartazes motivadores para utilizar na aula.
• Criar motivação para o debate ou para escolher temas de estudo.
• Aprender novo vocabulário.
• Avaliar como os alunos compreenderam um determinado texto.
• Criar uma imagem que sirva de cabeçalho ou de logo para um trabalho.
• Aprender sobre a linguagem de um autor famoso, por exemplo, Machado de Assis.
• Avaliar o aprendizado de um determinado conteúdo, comparando as nuvens de cada
aluno e estimulando uma discussão.
• Mostrar graficamente resultados de levantamentos de referências ou de opinião en-
tre os alunos
Fonte: http://homes.dcc.ufba.br/~frieda/USANDONUVENSDEPALAVRAS.pdf
sala de aula, utilizando diferentes mídias: TV, telefone, site com publicação
eletrônica, fórum e email” (SALTO PARA O FUTURO, 2016).
Para trabalhar os conteúdos agregando a tecnologia mais usual dos últimos
tempos sugerimos os aplicativos para smartphones e tablets. Estes são opções
para reforçar conteúdos de forma divertida ou até como introdução ao aprendiza-
do, entretanto, alertando para cuidados como a orientação dos professores.
Ao aplicativos conhecidos como Apps são softwares desenvolvidos
para serem instalados em dispositivos eletrônicos móveis, tendo o objetivo
de facilitar o dia a dia do usuário ao oferecer diversas funcionalidades com
infinitas possibilidades de aplicação (WIKIPÉDIA, 2016).
Os Apps ainda não têm avaliação e estudos feitos pelo Ministério da
Educação (MEC) como os livros didáticos, ou seja, não possuem uma certi-
ficação que os deem garantia de qualidade de uso na sala de aula. Portanto,
procure sempre se certificar de que o App que você escolheu tem uma fonte
segura de conteúdo. Utilize-o para complementar suas aulas, pois eles podem
facilitar o aprendizado dos alunos do Ensino Médio
Vejamos 10 aplicativos disponíveis para os sistemas operacionais iOS,
Android e Windows sugeridos para o trabalho didático-pedagógico na escola
(ZH Educação, 2015):
Duolingo: eleito o melhor aplicativo para iPhones em 2013 e o melhor para
smartphones Android em 2013 e 2014, é uma boa ferramenta introdutória para
quem quer aprender inglês e espanhol. Disponível para download para An-
droid, iOS e Windows Phone.
Rei da Matemática: a versão gratuita inclui apenas os exercícios mais bási-
cos, mas você pode pagar para resolver problemas de níveis mais elevados.
Quem joga precisa completar objetivos para se tornar um rei da matemática.
É um bom exercício para a memória. Para Android e iOS.
94 Graus: os usuários reclamam de alguns bugs, mas a maioria das críticas é
positiva. Uma versão virtual interessante da brincadeira “quente e frio”: quanto
mais perto da resposta correta, mais a temperatura sobe em um termômetro
ao lado da tela. Disponível para Android, iOS e Windows Phone.
Coursera: consagrada na versão desktop, a plataforma foi lançada como apli-
cativo para celulares em 2013. Tem parceria com 115 das melhores institui-
ções de ensino do mundo, incluindo as brasileiras USP e Unicamp. As aulas
podem ser assistidas a qualquer hora. Para Android, iOS e Windows Phone.
TED:As palestras da TED (Tecnologia, Entretenimento e Design) surgiram a
partir do conceito de que “boas ideias merecem ser disseminadas”. Você pode
assistir a mais de 1,7 mil vídeos sobre temas como música, tecnologia e edu-
cação. Para Android, iOS e Windows Phone.
Human Anatomy Atlas: exclusivo para o sistema iOS, mas tem similares gra-
tuitos para Android. Um atlas do corpo humano. São 4,6 mil estruturas retrata-
das e animadas em 3D, criadas sob a revisão de especialistas. É um dos apps
mais premiados na área da saúde. Disponível para Android e iOS.
Stellarium: possibilita ver a localização de planetas, constelações e estrelas
em realidade aumentada. Basta abrir o app e apontar a câmera para qualquer
direção e ver, por exemplo, o posicionamento de Marte. O catálogo conta com
6 mil estrelas e satélites. Para Android e iOS.
Passei! Enem: banco de questões com mais de 500 exercícios, em oito ma-
térias. Não necessita conexão à internet após o download. Funciona como
um simulado, e os itens são de provas anteriores. Opção interativa para quem
quer largar um pouco dos livros. Disponível para iOS.
Acentuando: em três níveis de dificuldade, oferece exercícios de acentuação
de maneira divertida. Indicado para quem precisa treinar regras básicas e com-
plexas, o aplicativo foi desenvolvido em parceria com a rede de Ensino Superior
Estácio, do Rio de Janeiro. Disponível para Android e Windows Phone.
Fórmulas Free: útil para universitários, estudantes de Ensino Médio e en-
genheiros, reúne fórmulas matemáticas básicas e complexas. Também tem
calculadora e conversor de unidades. As fórmulas mais utilizadas podem ser
salvas em pastas específicas. Não precisa conectar à internet. Para Android.
Fonte: Jornal Zero Hora Educação (http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/educacao/noticia/2015/04/confi-
ra-10-aplicativos-para-estudar-4731943.html
Síntese do Capítulo
O capítulo aborda sobre a atuação dos profissionais da Licenciatura de Computa-
ção nas etapas, fases e modalidades da Educação Básica e como estes podem
colaborar com novas estratégias de ensino utilizando as tecnologias digitais.
Desenvolve-se diálogos focando o repensar da prática docente por
consequência da dificuldade em incentivar os alunos a construírem conheci-
mentos apenas através dos meios didáticos de interatividade estática. Assim,
é necessário que os professores atuem de forma conectada aos avanços so-
ciotecnológicos procurando ampliar os resultados de aprendizagens.
Os diálogos estão dirigidos as três etapas de ensino da Educação Bá-
sica: Ensino Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Pontua-se inicial-
mente, a importância do licenciado em Computação e sua inclusão como
professor de informática na Escola de Ensino Básico.
Apresentamos algumas sugestões de como trababalhar nas três etapas
do ensino não esquecendo de lembrar o respeito pelas demais modalidades,
onde devem estar contempladas as especificidades de cada grupo de alunos
que nelas se inserem.
Filmes
Lousa Digital na Educação Infantil. Duração: 07min 53s. Apresentação do
uso da Lousa Digital para o Ensino Infantil. Alfabetização. Acesso em: https://
www.youtube.com/watch?v=q5KbN_7lIb4
Do Giz ao Tablet: por que a tecnologia não revolucionou a educação. Du-
ração: 34min 29s. O documentário tem como objetivo discutir o papel da es-
cola de hoje, frente as diferentes mudanças que as novas gerações trazem
e que a tecnologia deveria proporcionar. No final, queremos que as escolas
entendam que, para conseguir a satisfação dos seus clientes, talvez elas
tenham que mudar os seus produtos. Acesso em: https://www.youtube.com/
watch?v=ozpEMQ5niUA
Documentário: a educação e os desafios do nosso tempo. Duração: 16min
18s. O documentário produzido pela Unowebtv, da Unochapecó, tem o intuito
de levantar questões relacionadas ao constante processo de transformação
do mundo, da sociedade, da tecnologia e como isso afeta a educação hoje e a
afetará no futuro. São apresentados pontos de vista diversos que contribuem
para um debate acerca da educação que temos e da educação que precisa-
mos. Acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=xKmzke6qH5A
Escolas digitais. Luli Radfahrer – Entrevista. Canal Futura. Duração: 14min
47s. O professor doutor em Comunicação Digital da ECA/USP, Luli Ra-
dfahrer conta sobre a experiência dele com novos alunos: os nativos-digitais,
aqueles que nasceram na era digital. Acesso em: https://www.youtube.com/
watch?v=SQTUQG-vBiU
Sites
PORVIR - textos e vídeos: tendências educacionais - http://porvir.org/300-
-aplicativos-educacionais-abertos-para-usar-em-sala-de-aula/
Portal do Professor - http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
CPB: Apps Educacionais - http://educacional.cpb.com.br/jogos-multimidias/
apps-educacionais/
Banco Internacional de Objetos Educacionais: fases, modalidades e ní-
veis de ensino - http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/161
Atividades de avaliação
1. Visite o site Jogos Educacionais: educação infantil, o qual pode ser acessa-
do em http://www.edinfjo gos.universoneo.com.br/. Verifique as opções de
jogos e escolha um deles para preparar uma aula para crianças do ensino
infantil. Não esqueça de rever o currículo destinado a esta faixa etária para
Referências
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria
de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional da Educação.
Câmara Nacional de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais da Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral.
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p.
BUZATO, Marcelo El Khouri. Letramentos digitais e formação de professores.
São Paulo: Portal Educarede, 2006. Disponível em: http://www.educarede.org.
br/educa/img_conteu-do/marcelobuzato.pdf. Acesso em 02 novembro 2011.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se com-
pletam. 23ª edição. São Paulo: Cortez Editora, 1989.
LÜCK, Heloísa. Dimensões de gestão escolar e suas competências. Curi-
tiba: Editora Positivo, 2009.
MATTEI, Claudinéia. (2003). UNIASSELVI. Revista 2: jan-jun/2003. Disponí-
vel em: http://www.posuniasselvi.com.br/ artigos/rev02-11.pdf. Acesso em 18
Jl 2016.
MENEZES, Luiz Carlos (2012). Tecnologia na Educação: quanto e como uti-
lizar. Nova Escola. Disponível em: http://novaescola.org.br/. Acesso em 19 Jl
2016.
NOVA ESCOLA. 13 perguntas e respostas sobre computadores na pré-esco-
la. Disponível em: http://novaescola.org.br/. Acesso em 18 Jl 2016.
Objetivos
• Introduzir conceitos de planejamento no contexto da educação.
• Incentivar o aluno do curso de licenciatura em computação à reflexão so-
bre a importância do planejamento do ensino e do plano de ensino para o
alcance da qualidade dos resultados da aprendizagem.
• Apresentar, em termos conceituais e práticos, os elementos que norteiam
o planejamento de ensino e compõem a elaboração do plano de ensino (de
curso, de unidade e de aula).
Introdução
"É impossível enumerar todos os tipos e níveis de planejamento neces-
sários à atividade humana. Sobretudo porque, sendo a pessoa humana
condenada, por sua racionalidade, a realizar algum tipo de planeja-
mento, está sempre ensaiando processos de transformar suas idéias
em realidade". (GANDIN, 2001, p. 83).
(2005) “[...] a primeira coisa que nos vem à mente quando perguntamos sobre
a finalidade do planejamento é a eficiência”, que segundo ele é “a execução
perfeita de uma tarefa que se realiza” (p. 17). No entendimento deste mesmo
autor, planejar é:
a) transformar a realidade numa direção escolhida;
b) organizar a própria ação (de grupo, sobretudo);
c) implantar “um processo de intervenção na realidade”;
d) agir racionalmente;
e) dar certeza e precisão à própria ação (de grupo, sobretudo);
f) explicitar os fundamentos da ação do grupo;
g) por em ação um conjunto de técnicas para racionalizar a ação;
h) realizar um conjunto orgânico de ações, proposto para aproximar
uma realidade a um ideal;
i) realizar o que é importante (essencial) e, além disso, sobreviver...
se isso for essencial (importante). (GANDIN, 2005, p. 19-20)
1. O Planejamento de Ensino
O planejamento de ensino representa uma das etapas que compõem o plane-
jamento no contexto da educação, juntamente com o educacional e curricular,
sendo ele o que se relaciona, de forma mais objetiva e detalhada, com as
atividades pedagógicas realizadas na escola.
Gil (1997) afirma que “o planejamento de ensino é o que se desenvolve
basicamente a partir da ação do professor” (p. 35) e este visa o direcionamen-
to das atividades a serem desempenhadas pelo docente junto a seus alunos
para o alcance dos objetivos pretendidos, enquanto Padilha (2003) defende
que o planejamento de ensino “é o processo de decisão sobre a atuação con-
creta dos professores, no cotidiano de seu trabalho pedagógico”
Fusari (1988) comprende o planejamento do ensino como uma forma
de valorização dos educadores enquanto protagonistas do processo da edu-
cação escolar. Para o autor, este processo requer a atuação concreta dos
educadores no cotidiano do seu trabalho pedagógico, envolvendo todas as
suas ações e situações, o tempo todo, envolvendo a permanente interação
entre os educadores e entre os próprios educandos (p. 10).
O Plano de Ensino representa a documentação elaborada pelo profes-
sor contendo o processo educacional escolar como um todo. Partindo dos
conceitos expostos, o planejamento de ensino representa uma etapa de refle-
xão e análise que incide na definição das escolhas pedagógicas e das estraté-
gias operacionais que irão direcionar as práticas docentes de forma continua,
ou seja, é o ponto de partida que se faz presente por toda caminhada docente,
em que se define de que forma um processo educacional será conduzido e
onde ele pretende chegar.
A elaboração do plano de ensino, por sua vez, se situa centrada na
execução. Essa etapa se destina ao desenvolvimento dos instrumentos que
permitirão o registro e a sistematização do percurso a ser seguido no âmbito
das rotinas que envolvem as ações pedagógicas e norteiam o planejamento e
acompanhamento das atividades docentes. Estes se diferenciam hierarquica-
mente e em termos de complexidade quando assumem o contexto do curso,
de unidade e de aula, mas se complementam para o cumprimento da finalida-
de de orientar a atuação do professor sob o ponto de vista da articulação entre
os objetivos de aprendizagem e escolhas didáticas e instrucionais.
A estruturação dos planos de curso/disciplina, de unidade e de aula -
partes integrantes do plano de ensino - envolve intenções pedagógicas, estra-
tégias educacionais, divisão e sequenciamento dos conteúdos curriculares,
metodologia de ensino e avaliação, atividades, recursos e ferramentas a se-
rem utilizados, incluindo os aspectos relacionados ao direcionamento escolar,
perfil do aluno e dos gestores e a ambiência física e tecnológica disponível.
2. O Plano de Ensino
O plano de ensino de divide em três níveis segundo o grau de detalhamen-
to, sendo o plano de curso/disciplina mais abrangente, seguido do plano da
unidade e o plano de ensino que assume contornos mais específicos e que
requerem maior detalhamento.
3. O Plano de Curso/Disciplina
Para Gil (1997), o plano de curso/disciplina deve se relacionar intima-
mente com o planejamento curricular.
4. O Plano de Unidade
O plano de unidade se situa entre o plano da disciplina e o plano de aula, deta-
lhando a operacionalização do curso/disciplinas em uma estrutura de tópicos
ou unidades curriculares que podem ser compostas por uma ou mais aulas.
Ele deve agregar o conjunto de capítulos, indicando os objetivos do capitulo,
a hora aula requerida e bibliografia indicada.
Síntese do Capítulo
O presente capitulo se desenvolve centrado em uma perspectiva didático-pe-
dagógica, em uma abordagem conceitual e pratica, com ênfase na importân-
cia da organização da atividade docente como caminho para a aprendizagem
do aluno. Neste contexto a reflexão, a observação, o diagnóstico, o registro e
a sistematização são compreendidos como aspectos que permeiam o plane-
jamento e se consolidam na elaboração do plano de ensino.
Atividades de avaliação
Leia a poesia Planos e planos e explique de que forma o texto se asse-
melha, complementa ou reforça os conhecimentos adquiridos ao longo deste
capitulo (http://opodereducacional.blogspot.com.br/ 2012/12/planejamentopo-
esia.html).
Planos e planos
Planos e planos, eis o que faço. Planos e planos, eis o que faço.
Nos descaminhos do mundo.
Sou um pescador de mim. Nas esquinas universais.
Usar apenas á lógica pode ser lógico,
Isco-me todos os dias. Mas não essencialmente seguro.
Garimpo as minhas idéias, Transdiscisplinaria os caminhos.
As minhas vontades. Escolho, separo,
Reparo, rearrumo, desarrumo, mudo Planos e planos, eis o que faço.
o rumo, Dou forma à previsibilidade.
Começo tudo outra vez. Entender necessidades e vontades,
De novo, sempre, necessariamente. E imaginar como elas podem ser
Dia a dia. Alteradas em diferentes situações.
Hora a hora. A vida vivida de rascunho,
Não dá para passar a limpo.
Planos e plano eis, o que faço, Planejar é preciso mesmo
E às vezes acho que planejamento Que seja do infinito.
De nada é válido.
Tudo tem que ter um toque de impro- Autor(a): Evelyn Almeida Ramos
viso,
Que nem aviso, que chega e pronto.
No entanto planejar é preciso e eu
preciso
Planejar para não planejar a vida.
Para refletir
Professor deve usar plano de aula como guia, Permanecendo atento aos imprevistos
MG - Mais do que saber elaborar um plano, é necessário acreditar que ele é o ins-
trumento pessoal e intransferível de trabalho do professor, e expressa as concepções
teóricas que sustentam suas atividades docentes. Importante não é estabelecer um
roteiro / modelo padrão de plano, mas o registro dos aspectos que orientam o pro-
fessor para estruturar a prática. O estabelecimento de modelos pode burocratizar o
planejamento e restringir as possibilidades de auto-organização do professor na ela-
boração do plano.
Referências
FUSARI, J.C. O papel do planejamento na formação do educador. São
Paulo, SE/CENP, 1988.
GANDIN, D. Posição do planejamento participativo entre as ferramentas
de intervenção na realidade. Currículo sem Fronteira, v.1, n. 1, jan./jun., 2001.
___________. Planejamento como prática educativa. Edições Loyola. 15ª
Edição, 2005.
GIL, A. C. Metodologia do ensino superior. 3ª edição. São Paulo: Atlas,
1997.
KRATHWOHL, D. R. A revision of Bloom’s taxonomy: an overview. In: The-
ory in Practice, v. 41, n. 4, p. 212-225, 2002.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 21ª. São Paulo: Cortez, 1994.
LUCKESI, C.C. Planejamento e Avaliação na Escola: articulação e neces-
sária determinação ideológica. São Paulo: FDE, p. 115-125, 1992.
OLIVEIRA, Dalila de Andrade. Gestão Democrática da Educação: Desafios
Contemporâneos. 7ª edição. Petrópolis, RJ. Editora Vozes, 2007.
PADILHA, P. R. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-
-pedagógico da escola. 4ª Ed. São Paulo: Cortez, 2003.
PILETTI, Cláudio. Didática geral. 23ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2001.
SANTOS, J.F.S. Avaliação no Ensino a Distância. Revista Iberoamericana
de Educación. n. 38/4, 2006
TURRA, C. M. G.; ENRICONE, D.; SANT´ANNA, F. M.; LENIR C. Planeja-
mento de ensino e avaliação. 11. ed. Porto Alegre: Sagra-DC Luzzato, 1995.
Sobre as autoras
Ana Perpétua Ellery Corrêa: doutoranda em Ciências da Educação, espe-
cialidade em Tecnologia Educativa, na Universidade do Minho/Portugal. Mes-
trado em Educação pela Universidade Estadual do Ceará (2010). Atua na
Equipe Multidisciplinar da UAB/UECE. Tem como principais áreas de inves-
tigação à docência no contexto da educação a distância e a aprendizagem
com uso das tecnologias.
Elisabeth Gomes Pereira: Professora Doutora em Ciências da Educação,
especialidade em Tecnologia Educativa, na Universidade do Minho/Portugal.
Mestrado em Computação pela Universidade Estadual do Ceará (2004). Atua
como Professora Pesquisadora na Universidade Estadual do Ceará/UAB.
Professora da Secretaria da Educação Básica do Ceará. Tem experiência na
área de Ciência da Informação, com ênfase em Informática na Educação,
atuando principalmente nos seguintes temas: educação à distância, informá-
tica na educação, formação e construção colaborativa, mídias na educação.
Germânia Kelly Furtado Ferreira: doutora em Ciências da Educação pela
Universidade do Minho (Portugal). Possui graduação em Pedagogia pela Uni-
versidade Estadual do Ceará (1997), Especialização em Informática Educa-
tiva (1999) e Mestrado em Computação com especialidade em Informática
Educativa (UECE-2004). Professora da Educação Básica da Secretaria da
Educação do Ceará, atualmente é Orientadora da Célula de Educação Pre-
sencial da Escola de Gestão Pública do Estado do Ceará e integrante da
Equipe Multidisciplinar da Universidade Aberta do Brasil da UECE, atuando
também como professora formadora e professora conteudista. Experiência
no desenvolvimento de projetos de formação de professores na Universidade
Federal do Ceará, Universidade Estadual Vale do Acaraú e Editora Moderna/
Santillana. Tem conhecimento e habilidades na área de Educação, com ên-
fase em Informática Educativa, Educação a Distância, Planos e Programas
Educacionais, atuando principalmente nos seguintes temas: aprendizagem,
gestão de projetos, informática educativa, ensino e videoconferência.