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Introdução
O livro está dividido em quatro capítulos, o primeiro deles dedicado ao que se poderia chamar de
primórdios do movimento, que se estende da virada do século XIX para o século XX até 1932, quando as
mulheres brasileiras ganharam o direito de votar. (PINTO, 2003, p. 10).
Os outros três capítulos tratam do feminismo pós-1968, ou seja, do grande movimento social de alcance
mundial que tomou conta das últimas décadas do século XX e que parece ainda estar longe de seu fim.
(PINTO, 2003, p. 10).
(tendência mundial)
Das três
é possível identificar diferentes vertentes no movimento. Pelo menos três são claras.
vertentes
A primeira delas, a mais forte e organizada, é a liderada por Bertha Lutz, que tem
feministas que
como questão central a incorporação da mulher como sujeito portador de direitos
se
políticos. (PINTO, 2003, p. 14). -Bem comportadas - “nunca define a posição de
desenvolvera
exclusão da mulher como decorrência da posição do homem”
m no Brasil.
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-AS SUFRAGISTAS
Em 1881, Isabel de Sousa Matos, gaúcha, conseguiu seu alistamento, “usando a lei
que facultava o voto a portadores de títulos cientificos o direito de se alistar”(p.15),
foi vitoriosa em sua cidade mas o mesmo não ocorreu no RJ. Ainda no mesmo séc.
Isabel Dilon- se apresenta na Bahia como candidata a constituinte, mas não obteve
sucesso.
O direito ao voto da mulher foi discutido na constituinte republicana de 1981, tendo Partido
alguns homens ilustres como Hermes da Fonseca, ainda assim não foi aprovado, mas Republicano
ainda deixava em aberto sem proibir.-Constituição da República dos Estados Feminino
Unidos (1891)(p.16) “A mulher não foi citada porque simplesmente não existia na 1910.
cabeça dos constituintes como um indivíduo dotado de direitos”(p.16)
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1910- foi marcado por algumas transformações que apontam para o surgimento de
um cultura urbana . Esse processo é acompanhado do “surgimento de camadas
médias operárias, criando um “caldo de cultura” para o aparecimento de novas
formas de organização da sociedade”(p. 17)
O estatuto do partido dá uma ideia muito clara do que pretendiam essas mulheres:
não defendiam apenas o direito ao voto, mas falavam de emancipação e
independência. (PINTO, 2003, p. 19).
-Bertha Tinha privilégio de classe e intelectual com mãe enfermeira inglesa e pai um
dos cientistas brasileiros mais respeitados , Adolfo Lutz.- o nome da mãe não é
citado - forma-se em Biologia, na Soborne(paris) retorna ao brasil em 1918 e assume
o cargo de Bióloga no Museus Nacional, em 1934 graduou-se em direito no Brasil
atuando na nas duas áreas,
Bertha lutava pelos direitos negados pelo Estado brasileiro à mulher, mas ao mesmo Luta por
tempo era representante oficial desse mesmo Estado em conferências internacionais. dentro do
(PINTO, 2003, p. 23). sistema.
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1922- após retornar dos EUA Bertha organiza o I congresso internacional Feminista
no RJ -
congresso
1927- com apoio de Bertha lutz junto com Carmem Portinho , elege-se para
Governador do Rio grande do Norte Lamartine - uma vez eleito cumpriu a
As primeiras
promessa de incluir o voto feminino através de criação de nova lei eleitoral, Celina
eleitoras do
Guimarães Viana foi a primeira eleitora do brasil.(pg. 25)
brasil
Algumas mulheres tiveram grande destaque na luta pelo voto em seus estados, sem
ter qualquer relação com a federação. Dois exemplos são ilustrativos dessas
trajetórias diversas: Elvira Komel e Julia Alves Barbosa. [...] Elvira criou o Batalhão
Feminino João Pessoa, alistando 8.000 mulheres que trabalharam na retaguarda do
movimento revolucionário. (PINTO, 2003, p. 26/27).
Mulheres que
fizeram a
Revolução.
O jornalismo feminista
Francisca Senhorinha Motta Diniz foi possivelmente a primeira mulher a fundar um Da busca por
jornal no Brasil com o objetivo de divulgar a “causa das mulheres”. Em 1873 reconheciment
fundava em Minas Gerais O Sexo Feminino (PINTO, 2003, p. 31). o midiático e
apoio da
opinião
pág 30: O QUE QUEREMOS >LER pública.
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Outro jornal importante da época foi editado por Josephina Álvares de Azavedo,
irmã do famoso poeta. (PINTO, 2003, p. 32).
O FEMINISMO ANARQUISTA
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A relação do feminismo com o campo político a partir de 1979 deve ser Desenvo
examinada de três perspectivas complementares: a conquista de espaços no plano lvimento do
institucional, por meio de Conselhos da Condição da Mulher e Delegacias da feminismo na
Mulher; a presença de mulheres nos cargos eletivos; e as formas alternativas de redemocratiza
participação política. (PINTO, 2003, p. 68). ção
O feminismo
participou da
A “Carta das mulheres”, promovida pelo CNDM mas de autoria de um conjunto
constituinte
muito amplo de mulheres chamadas a Brasília, foi o documento mais completo e
que gerou a
abrangente produzido na época, e possivelmente um dos mais importantes
Constituição
elaborados pelo feminismo brasileiro contemporâneo. (PINTO, 2003, p. 75).
Brasileira de
1988.
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A realidade
nem sempre
Agora, diante de uma questão de natureza muito diversa, as feministas
corresponde as
encontravam-se em uma situação que revelava algumas semelhanças. As mulheres
expectativas,
que formavam o SOS Mulher não eram as vítimas de violência física. A vítima era,
mesmo após
isso sim, a outra, aquela que não era feminista, aquela que não tinha estudo, aquela
anos de luta
que não tinha condições econômicas. As feministas deparam nesse momento com “a
nem todas as
vida como ela é” e parecem não ter gostado do que viram. (PINTO, 2003, p. 81).
mulheres eram
feministas.
página 84:
- 1980 é criado o SOS corpo de Recife, referência nacional no que se refere à saúde
da mulher
- na mesma época, em SP é criado o coletivo feminista sexualidade e saúde
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1990- rapaz me teve pouco êxito em sua implantação deixando de ser uma política
pública e passando a atuar pontualmente, “ e ainda hoje sendo referência na saúde da
mulher”( palavras da altura”
A Anpocs, que reúne as três grandes áreas das ciências sociais, antropologia, O feminismo
ciência política e sociologia criou seu primeiro grupo sobre a questão, dedicado ao no contexto da
debate sobre a mulher e o trabalho em 1979. Logo surgiu um segundo grupo academia
O feminismo Acadêmico
página 85:
-Desde seu início no século 19, o movimento feminista é caracterizado por reunir mulheres intelectuais,
que manifestavam se através de jornais palestras romances e peças de teatro.
-O mesmo ocorreu na segunda fase do feminismo na década de 70, com a presença de professoras
universitárias e profissionais liberais a maioria ligadas às áreas de Ciências Sociais história letras psicologia
e direito. - Tem três mulheres acadêmicas era raro uma feminista da áreas de exatas o mesmo não se dava
na área de saúde.
- o fato de pertencer as camadas intelectualizadas traz privilégios em relação a outros grupos que se
organizam em movimentos, como por exemplo e sem terra indígenas e negros
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-Dentre os citados, conhecimento Acadêmico a respeito desses grupos os negros são os Que mais têm
produzido os seus próprios intelectuais, pois quando há um trabalho sobre um desses três citados Eles
saem do Meio desses
tese delivery de essência defendida em1967- Haleieth Saffioti, A mulher na sociedade de classe: mito e
realidade, orientada por florestan Fernandes - fala sobre os estudos sobre mulher feito por mulheres no
Brasil.
- com isto a autora traz para dentro do debate marxista o tema da opressão da mulher
- mais importante iniciativa na área do estudo de mulheres e das relações de gênero no Brasil- feitos
através de recursos da Fundação Carlos Chagas e financiado, Financiado pela Ford dedicados à estudos
sobre mulher.
-1981- é criado através da Fundação Carlos Chagas o jornal O mulheril, financiado pela Ford
-O jornal foi a mais importante publicação feminista da década de 80.- corpo editorial era formado
por mulheres feministas - jornal ficou sediado na Fundação até 1983, publicando 15 números.-
-a partir de 1984 passou a ser editado por um órgão denominado núcleo de comunicação mulheres,
último número do jornal, no número, saiu em 1988.
Outros jornais:
Brasil mulher(75-80) com 16 edições, criado para defender Anistia, tornando-se mais tarde um
jornal feminista
Mulheril destaca-se pelo tempo em que passou ativo e por sua popularidade , pois era lido por um
grande número de feministas no Brasil
- ainda assim Houve alguma resistência a criação de um grupo de trabalho de estudos de gênero e não foi
aceita pelo meio Acadêmico da associação, grupo que foi proposto 20 Anos Antes.
- havia o temor de que o grupo estivesse disfarçado de militância por parte da anpocs “até o mais primário
sexismo”.
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Os estudos sobre mulher não chegam a se institucionalizar como departamento cursos ou programas de
pós-graduação, com raríssimas exceções. e esta dificuldade de adentrar levou à criação de vários núcleos
estudo sobre a mulher no Brasil.
1991- em São Paulo ocorre encontro nacional de núcleos estiveram presente 20 minutos. a estimativa é
que haviam cerca de 40 núcleos na década de 90
PAGU(Núcleo de Estudo de Gênero), da Universidade de Campinas foi um dos grupos que se tornou
referência até os dias de hoje
1992- criada Rede Feminina Norte e Nordeste de estudos e pesquisas sobre a mulher e relação
de gênero,
no fim da década de 80 o feminismo toma uma feição mais diversa do que anteriormente, quesitos como
saúde e violência também avançaram nas discussões e conquistas
a virada do milênio
em relação às décadas anteriores o feminismo tem muito menos expressão tanto no Brasil como na Europa
Estados Unidos - porém de decretar o seu fim é um equívoco
Feminismo difuso
Década de 90:1. não foi propício a expansão dos movimentos sociais, por outro lado 2. nesta década
década foram criadas as condições para que suas demandas fossem incorporadas por largas parcelas dos
discursos públicos.
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mesmo ainda vendo preconceito no trabalho para com as mulheres a legitimidade para lutar contra
opressão no trabalho
a presença do direito das mulheres, aparecendo em especial durante as eleições com o número maior de
mulheres candidatas.
“ esse feminismo difusa não tem militância nem organizações muitas vezes é defendido por homens e
mulheres que não se identificam como feministas.”
“ também não se apresenta com voo articulares de demandas e posturas em relação à vida privada e
Pública”
“ um dos exemplos mais fortes dessa mudança de cultura na sociedade brasileira é a legitimidade que
alcançou no Congresso Nacional e nos legislativos estaduais a discussão sobre assédio sexual”
A participação política
“No Brasil a participação política das mulheres ainda é pouca mesmo com o país mesmo com a existência
de lei que garante 30% de mulheres nas listas partidárias para cargos legislativos, o quadro não mudou
muito”
Crescimento mais significativo se deu em 2000 com o aumento do número de vereadores e prefeitas eleitas.
porém somente os números eleitorais não dão conta de destacar toda a participação política das mulheres
nesta década ocorre uma expansão das ONGs voltadas para questões da mulher, muitas dessas que
resultam de mulheres que militaram na década de 70 e 80 e tornaram-se profissionais mais nas mais
diferentes carreiras( advogadas médicas assistentes sociais psicólogos e sociólogos educadores) e por sua
vez fundar uma ONG, que passam a exercer a sua profissão relacionado a causas feministas.
boa parte das ONG possuem financiamento internacional tendo ações estabelecidas internacionalmente,
às vezes ignorando o contexto
Miriam Grossi analisa a ONGuirização - que por sua vez levaria aquelas mulheres antes de militantes até
em tratamento diferente a partir de sua posição mas fechada.
longo da década de 90 com toda a crítica o feminismo de classe média intelectual e heterossexual criou-se
o termo “ feminismos”
A década de 90 as ONGs passam a ser um grande representante do feminismo defendendo tanto seus
interesses do campo da política como também na articulação de redes nacionais de mulheres
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“CFEMEA( Centro Feminista de estudos e Assessoria), criado em 1989, com sede em Brasília- aonde faz
papel de intermediária, articulando questões das mulheres junto ao congresso nacional, defendendo
projetos, propondo emendas a comissões, assessorando a bancada de mulheres, divulgando por meio de
seu jornal fêmea o andamento das questões de interesse das mulheres no legislativo e junto ao Ministério”
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