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“A imitação ou a representação é uma atividade mimética enquanto produz [...] a disposição dos fatos pela
tessitura da intriga.”
“o muthos trágico eleva-se como a solução poética do paradoxo especulativo do tempo [sem que tenha a
pretensão disso].”
“Nossa tese é que a tragédia consiste na representação de uma ação elevada até seu termo (téléias), que
forma um todo (holès)e tem uma certa extensão (me géthos)” (Poé. 50 b 23-25)
“Todo”: “[...] é somente em virtude da composição poética que algo vale como começo, como meio e como
fim: o que define o começo não é a ausência de antecedente, mas a ausência de necessidade na sucessão.
Quanto ao fim, é bem o que vem depois de outra, mas “em virtude, seja da necessidade, seja da
probabilidade” (Poé. 50 b 30). Só o meio parece definido pela simples sucessão [...]”.
A sucessão é “subordinada a alguma conexão lógica” devido aos “efeitos da ordenação do poema”.
“Extensão”: “É só na intriga que a ação tem um contorno, um limite (horos, Poé. 51 a 60) e , em
consequência, uma extensão.”
Diferença entre poesia e prosa: “um diz o que ocorreu, o outro o que poderia ter ocorrido; é por essa razão
que a poesia é mais filosófica e mais nobre que a crônica: a poesia trata, antes, do geral, a crônica, do
particular” (51 b 4-51 b 7). (Temp. pg. 69)
Verossimilhança
Universalização: “A conexão interna como tal é a isca da universalização. Seria um traço da mimese visar
no muthos não seu caráter de fábula, mas seu caráter de coerência.” (Temp. pg. 70)