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INTRODUÇÃO

O botulismo é uma intoxicação alimentar, que acomete principalmente os bovinos, por


toxinas da bactéria Clostridium botulinum, que é encontrada no solo e no trato intestinal
dos animais (MEGID, 2016). A enfermidade afeta várias espécies animais, tendo os
ruminantes uma sensibilidade maior à toxina. A intoxicação alimentar é decorrente da
ingestão de toxinas de Clostridium botulinum presente nos alimentos (COSTA;
SALVADOR; PEREIRA, 2008).
Os primeiros relatos da ocorrência dessa enfermidade foram na Europa ocidental e na
Escandinávia entre os séculos 18 e 19, onde foram associados ao consumo de salsichas
alemãs mal preparadas. No Brasil, o botulismo enzoótico, foi relatado pela primeira vez
em 1.970 no Piauí, onde era chamada de “doença da mão dura”, sendo que durante as
décadas seguintes foi a responsável por grandes perdas econômicas (MEGID, 2016).
O botulismo em bovinos no Brasil é uma enfermidade de grande importância e
sanitária. A intoxicação botulínica esta geralmente associada à osteofagia, ingestão de
água contaminada, silagem e ração mofada e também ingestão de cama de frango. A
cama de frango como alimento para o gado foi muito difundida no Brasil, até a sua
proibição pelo MAPA, pela instrução normativa nº8 de 25/03/ 2004.
Um dos fatores a ser considerado nessa enfermidade é a sua alta letalidade, sendo esta
diretamente associada à sensibilidade dos bovinos e a quantidade de toxina ingerida
(DUTRA; DOBEREINER; SOUZA, 2005). A intensidade dos sinais clínicos e a
progressão da doença ou morte estão ligadas com a quantidade de toxina ingerida pelo
animal, o que explica pelo qual os bovinos em melhor condição corporal desenvolvem
uma sintomatologia mais aguda. Esses animais por possuírem um apetite mais voraz ou
por dominância ingerem uma quantidade maior de alimento, ingerindo assim uma
quantidade maior de toxina (LOBATO et al, 2008).
Surtos de botulismo no Brasil, geralmente estão associados com a pecuária de corte,
acometendo bovinos em sistema de criação extensiva, em solos e forrageiras deficientes
em fósforo e animais sem a correta mineralização, levando-os a praticarem a osteofagia.
A ocorrência de surtos em gado de leite criados em sistema de confinamento,
alimentados com dieta completa composta por silagem, milho e concentrado, também
demonstram em menor grau a intoxicação de bovinos pela utilização de milho,
inadequadamente estocado, sendo um fator de risco importante para a ocorrência da
ocorrência (COSTA; SALVADOR; PEREIRA, 2008).
No inicio da enfermidade os animais apresentam anorexia, incoordenação de membros
posteriores, paralisia da cauda, aumento da salivação e diminuição do tônus da língua,
evoluindo para decúbito esternal permanente, emboletamento dos membros posteriores
e paralisia flácida dos membros. Os sinais evoluem pata decúbito lateral, dispneia e
movimentos de pedalagem (COSTA; SALVADOR; PEREIRA, 2008).
No Brasil, apesar de proibida pelo MAPA, a utilização da cama de frango como
suplementação na dieta dos bovinos ainda é usada por muitos produtores principalmente
no período de seca onde a oferta de pastagem é menor. A silagem mal estocada e
mofada também é usada por muitos criadores na alimentação do gado, afetando
negativamente a saúde dos animais.
Para a realização do presente trabalho, foi utilizada pesquisa exploratória em revistas,
livros, artigos científicos e estudo de caso.
É de fundamental importância o conhecimento e conscientização dos produtores sobre
os fatores de risco para a ocorrência de botulismo, para se fazer uso de medidas de
prevenção e profilaxia, contribuindo para o controle da doença.

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