Вы находитесь на странице: 1из 3

"Discuta as formulações fitoterapêuticas que envolvam associações de plantas,

trabalhadas na vídeo-aula, ou de formulações propostas por vocês no Fórum, para


justificar as associações de plantas utilizadas em quadros específicos relacionados
a patologias do sistema cardiovascular".
Nome: Giseli Rodrigues

As patologias do sistema cardiovascular podem ser divididas em dois


grandes grupos: as doenças do coração e as doenças vasculares (McPHEE e
GANONG, 2007). Embora sejam intrinsecamente ligadas, essa classificação,
didaticamente, permite que as ações e os tipos de fitoterápicos sejam escolhidos
de forma que haja ação terapêutica esperada e que o mapeamento das reações
adversas em seu uso seja efetivo. Em um caso clássico de rastreamento de
interações, por exemplo, pacientes em utilização de medicamentos alopáticos
anticoagulantes não podem ter a indicação de uso do Allium sativum L., uma vez
que pode potencializar os efeitos antitrombóticos de fármacos anti-inflamatórios
(ANVISA, 2016; IPGS, 2019b; SAAD et al., 2018).
Por outro lado, o alho é indicado para doenças relacionadas à patologias
vasculares, sendo efetivo no tratamento do controle da síndrome metabólica,
especialmente na melhora do quadro de dislipidemia (HOSSEINI e
HOSSEINZADEH, 2015) e, na redução da estenose da artéria coronariana,
quando associado com uma alimentação equilibrada com consumo de proteínas
vegetais, peixe e vegetais (GERAMI et al., 2018). Ao mesmo tempo pode-se
pensar em uma recomendação do A. sativum L. para uso do controle da pressão
arterial, mesmo que de forma coadjuvante, ajudando a controlar doenças
coronarianas (ANVISA, 2016). Há vários mecanismos que podem explicar essa
atividade, como a mediação da produção intracelular do óxido nítrico e do sulfeto
de hidrogênio ou o bloqueio da produção da angiotensina II (IPGS, 2019a).
Associado a ele pode-se pensar no uso da Centella asiática L. que estimula a
biossíntese de colágeno e elastina (proliferação e migração de fibroblastos) e
angiogênese na parede da veia, aumentando a tonacidade, reduzindo a
capacidade de distensão tissular. Isso graças à presença das saponinas que
possuem propriedade detergente interessante, aumentando a excreção fecal do
colesterol (IPGS, 2019b). Além disso, há um aumento do nível de antioxidantes
relacionados com o processo inicial de cicatrização (BIAN et al., 2012; SAAD et
al., 2018). Ressaltasse que os documentos de referência como o Memento
Fitoterápico (2016) e o Formulário de Fitoterápicos Farmacopeia Brasileira de
2011 não indicam alterações adversas entre esses dois princípios ativos, sendo
que ambos há restrição de prescrição para gestantes e lactantes, crianças e
indivíduos com diagnóstico de úlcera gastroduodenal (ANVISA, 2016;
BOORHEM e LAGE, 2009; BRASIL, 2011).
Outros fitoterápicos podem ser pensados de forma isolados ou
associados com outros princípios ativos, desde que suas ações farmacocinéticas
não sejam antagonistas, nem uns com outros, ou com os alimentos ou
medicamentos alopáticos como o caso da furosemida, tiazídicos, digitálicos ou
varfarinas (IPGS, 2019b; a). Dentre eles destacam-se a Aesculus
hippocastanum L., a Vitis vinífera – uso isolados ou concomitante, com atenção
aos medicamentos já em uso pelo paciente e seus itens alimentares. Neste caso
a utilização desses princípios ativos estão associados a uma recuperação da
resposta venosa com a vaso dilatação e regulação positiva da NO sintase,
melhora do tônus venoso e melhora da resposta inflamatória, dentre outros
(IPGS, 2019a; SAAD et al., 2018). Já Solanum melongena L. associada à
Cynara scolymus L. – forma alimentícia, podem desempenharum importante
papel no controle da hipercolesterolemia em casos graves ou “agudizados”.
Em qualquer uma das recomendações, em prescrições isoladas ou
combinadas de princípios ativos, a avaliação clínica periódica associada à uma
anamnese cuidadosa é o uma das principais ações do prescritor independente
da doença do paciente. Além disso, a fitoterapia não precisa ter a forma
farmacêutica padronizada de prateleira, lançando mão do uso das plantas
medicinais em apresentações gastronômicas como é no caso da V. vinífera
(suco de uva) ou a C. scolymus L. (pasta de alimentos funcionais).

REFERÊNCIAS
ANVISA. Memento FitoterápicoBrasília: 2016
BIAN, D.; LIU, M.; LI, Y.; XIA, Y.; GONG, Z.; DAI, Y. Madecassoside, a
triterpenoid saponin isolated from Centella asiatica herbs, protects endothelial
cells against oxidative stress. Journal of Biochemical and Molecular
Toxicology, v. 26, n. 10, p. 399–406, out. 2012.
BOORHEM, R. L.; LAGE, E. B. Drogas e Extratos Vegetais Utilizados em
FitoterapiaRevista Fitos. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://doc-00-04-apps-
viewer.googleusercontent.com/viewer/secure/pdf/onki651260nqshlcaroo6kool6
04t9tc/u6dt29jk33b8n9bftjjh8cplt1njodqu/1558447950000/drive/1179134763683
2539899/ACFrOgC5USdsOZaMpkBNl4jeIia3NED71eOmIyq9VWLdTmOjrSmyb
DdCXMn82FsbuAj2f5a8SBIHMF>. Acesso em: 21 maio. 2019.
BRASIL. Formulário de Fitoterápicos Farmacopeia Brasileira. Brasília:
[s.n.]. Disponível em: <www.anvisa.gov.br>. Acesso em: 7 fev. 2018.
GERAMI, H.; JAVADI, M.; HOSSEINI, S. K.; MALJAEI, M. B.; FAKHRZADEH,
H. Coronary artery stenosis and associations with indicators of anthropometric
and diet in patients undergoing coronary angiography. Journal of Diabetes
and Metabolic Disorders, v. 17, n. 2, p. 203–210, 2018.
HOSSEINI, A.; HOSSEINZADEH, H. A review on the effects of Allium sativum
(Garlic) in metabolic syndrome. Journal of Endocrinological Investigation, v.
38, n. 11, p. 1147–1157, 2015.
IPGS. Interações em Fitoterapia, 2019b.
___. FITOTERAPIA APLICADA AO SISTEMA CARDIOVASCULAR. Poro
Alegre: [s.n.]. Disponível em: <https://doc-14-04-apps-
viewer.googleusercontent.com/viewer/secure/pdf/onki651260nqshlcaroo6kool6
04t9tc/mb7tcb11kcidct8fv75jbrogboe51lve/1558451025000/drive/11791347636
832539899/ACFrOgA9ipm-
UQW9TaXKc8FLKyZUOKLqF5ma_fW0xO7HnbgwYULTF2sMZFnLcBxXQE20
6DLiPZL8vF>.
MCPHEE, S. S.; GANONG, W. E. Fisiopatologia da Doença. 5 ed ed. Porto
Alegre: AMGH, 2007.
SAAD, G.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. C. Fitoterapia
contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. 2 ed ed. Rio de
Janeiro: [s.n.].

Вам также может понравиться