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Concerto para Violino nº1 em Sol menor, op.

26

Max Bruch

Conservatório Regional do Algarve Maria Campina

Professor orientador: Laurentiu Zapciroiu

Data de finalização: 20/04/2018 Mariana Mestre Mendes


Índice

Introdução

O Romantismo como período musical

Biografia de Max Bruch

Análise do concerto

Partitura e análise na partitura

Conclusão

Referências bibliográficas e Bibliografia


Introdução

O Concerto para Violino nº1 em sol menor de Max Bruch é


dos concertos mais importantes do repertório para violino.
Embora tenha escrito mais de duzentas obras ao longo da
sua vida poucas são populares nos dias de hoje, e entre elas
encontra-se este concerto.
É um concerto muito rico não só tecnicamente com
também nas emoções que transmite, tendo tanto passagens
suaves, calmas e reflexivas, como alegres e quase eufóricas,
como outras melancólicas e apaixonadas. Esta riqueza é
característica da época em que o concerto foi escrito, o
Romantismo.
Além de ser um concerto muito interessante e abrangente
outra razão porque o escolhi como objeto de estudo para este
trabalho foi que estou a estudar o primeiro andamento como
uma das obras a apresentar no recital da Prova de Aptidão
Artística.
Este trabalho será focado não apenas na análise do
concerto mas também na época em que este foi escrito, na
biografia do compositor e na história do próprio concerto.
Romantismo

O romantismo como período musical segue-se ao


classicismo e coincide com o período romântico na Literatura, na
Filosofia e nas Artes Plásticas e embora não exista uma data
concreta do seu início é muitas vezes associado com a
composição da Sinfonia nº3 de Beethoven em 1804. O
classicismo e o romantismo têm uma relação de contraste já que
no classicismo podemos observar equilíbrio, ordem e regras
enquanto que no romantismo se prioritizam emoções,
movimento e a liberdade de regras. O romantismo tenta sempre
atingir o inatingível e exprimir mesmo o inexprimível, já que
romantismo (ou romântico) designa tudo o que é longínquo e
fantástico ou lendário, ou seja tudo o que de alguma forma faça
contraste com a realidade.
O objetivo do artista passa a ser projetar-se na obra, para
que nesta se reflitam as emoções, sensações que provoquem
algum tipo de efeito em quem ouve. As artes fundem-se numa
procura por este efeito sendo que a música pretende tornar-se
poesia e vice-versa. Devido à ausência de algo concreto, de
algum conteúdo conceptual, a música instrumental é o ideal do
romantismo pois tem uma realidade subjetiva, é apenas uma
sugestão, um símbolo.
O romantismo alberga também uma série de contradições
como a importância da palavra - que se reflete na ascensão e
desenvolvimento do Lied, por Schubert e mais tarde por
Schumann e Brahms e no interesse que muitos compositores
como Schumann, Wagner e Berlioz tinham na expressão literária,
com a utilização de textos de Goethe; e como o desenvolvimento
da música programática de caráter descritivo deduzido a partir
de imagens musicais sugestivas.
É durante o romantismo que a música começa a ser dirigida
não a um grupo erudito e reservado de pessoas mas às grandes
massas e para ser bem sucedido um músico tem que ter a
atenção de um público muito vasto.
O romantismo é também bastante individualista no sentido
em que os limites do estilo são impostos pelo compositor a si
mesmo, criando regras, por vezes compondo não para um
público concreto mas para um público que apreciará a sua
música no futuro. Os compositores podiam fazer tais afirmações
maioritariamente porque já não trabalhavam para as cortes, mas
para a burguesia ou de forma autónoma, o que lhes
proporcionava maior controlo sobre o seu trabalho. Este
individualismo é também observado na ascensão do solista
virtuoso, como por exemplo o violinista Paganini ou o pianista
Lizst, e a própria música vocal, da qual os melhores exemplares
são para solista. No romantismo, o artista procurava sobressair,
não só na sua arte mas também à imagem do público. Muitos
compositores românticos são conhecidos pelas suas
personalidades peculiares, mau feitio, loucura ou falta de sorte
no amor.
Existe também a tentativa de fundir as regras e as técnicas
de compositores clássicos como Haydn e Mozart com as próprias
do compositor, o que resulta em maior fluidez de movimento e
contraste.
As mudanças de tonalidade começaram a ser cada vez mais
bruscas e as modulações ocorriam entre tons mais distantes. Os
acordes de sétima diminuta, que permitem grande liberdade de
modulação, foram muito explorados.
No final do romantismo, a modulação é tão utilizada que leva o
tonalismo ao limite, abrindo portas ao atonalismo.
A época romântica acaba por volta de 1910, e tal como a
data do seu início, a data que marca o seu fim é também incerta.
Biografia de Max Bruch

Max Karl August Bruch nasceu a 6 de janeiro de 1838 em


Colônia, na Prússia, atual Alemanha e morreu a 2 de outubro de
1920 em Friedenau, também na Alemanha. Max Bruch escreveu
mais de duzentas obras.
Bruch começou a compõr com apenas 10 anos e bastante
cedo explorou uma grande variedade de estilos musicais. A sua
mãe era soprano e por isso desde muito cedo, Bruch teve grande
uma grande presença musical na sua vida.
Escreveu uma sinfonia e um quarteto de cordas com
apenas 16 anos e ganhou uma bolsa e um prémio da fundação
Mozart que possibilitaram os seus estudos. Estudou em Colônia,
Frankfurt e Liepzig. Ferdinand Hiller foi o seu principal tutor e
embora lhe tenha dado conhecimentos vastos e sólidos,
influenciou-o para um estilo mais conservador o que resultou em
que a sua música estivesse sempre atrasada para a época.
A sua primeira ópera, Scherz, List und Rache foi
apresentada pela primeira vez em 1858 mas a sua ópera mais
conhecida é Die Lorelei.
Dirigiu orquestras e coros em vários sítios- Koblenz (1865),
Sondershausen (1867), Berlim (1878), Liverpool (1880–1883) e
Breslau (1883–1890).
Foi professor na Akademie der Künste em Berlim de 1890 a
1911. Era um compositor ambicioso e bastante produtivo e,
enquanto foi vivo as suas peças para coro e orquestra como
Schön Ellen e Odysseus foram os seu maiores sucessos e eram
bastante populares na sociedade coral durante o final do século
XIX. Embora bastante populares no seu tempo, estes trabalhos
de Bruch não são muito conhecidos atualmente provavelmente
pela sua falta de inovação.
Bruch deu masterclasses na Berlin Hochschule
(Universidade de Berlim) durante quase uma década, e entre os
seus alunos destacam-se Respighi e Vaughan Williams. Recebeu
o título de “Doutor Honoris” pela Universidade de Cambridge e
pela Universidade de Berlim.
Hoje em dia, pouco do seu trabalho é conhecido e algumas
das peças que ainda fazem parte do repertório são a sua Scottish
Fantasy para violino e orquestra (1880), Variações sobre o Kol
Nidrei para violoncelo e orquestra (1881) e peças de caráter
virtuoso para violino e para violoncelo, não podendo deixar de
mencionar os seus três concertos para violino. Dos três
concertos o primeiro é o mais conhecido e relevante e é uma
peça bastante importante do repertório violinístico.

Análise do Concerto para Violino No. 1, op, 26

Tonalidade: Sol menor


Período: Romantismo
Data de Composição: 1864-1867
3 Andamentos: Vorspiel (prelúdio): Allegro moderato (Sol
menor)
Adagio (Mib maior)
Finale: Allegro energico (Sol maior)
Instrumentação: 2 Flautas
2 Oboés
2 Clarinetes
2 Fagotes
4 Trompas
2 Trompetes
Tímpanos
Cordas
Ré m Sol m Dó m

Fá M Sib M Mib M

(Tonalidade do
segundo andamento)

Das peças substanciais para violino que Bruch escreveu, o


primeiro dos seu três concertos é o mais famoso, o que é
bastante louvável por ser a primeira grande obra orquestral que
publicou. Não foi um concerto fácil de escrever. Bruch compôs o
primeiro rascunho do concerto em 1857 e depois da sua estreia
em 1866 alterou-o. Reviu o concerto aceitando um número de
sugestões de violinistas e compositores, nomeadamente o
violinista virtuoso Joseph Joachim. A versão final do concerto foi
publicada em 1868. Foi dedicada a Joseph Joachim e a sua
estreia foi interpretada pelo mesmo.
O primeiro andamento está escrito na forma sonata.
O Allegro moderato, é no fundo um prelúdio para o
segundo andamento, daí o subtítulo vorspiel, que significa
prelúdio, embora funcione bastante bem sozinho e não seja de
forma alguma dependente dos andamentos que o seguem.
Originalmente, Bruch quereria compôr uma fantasia e não um
concerto e este andamento seria parte dessa peça.
Este andamento inicia-se com uma introdução, que começa
com um rufo de tímpanos e com o tema nos sopros, mais
concretamente nas flautas e nos clarinetes que dão entrada ao
violino solista que faz duas pequenas cadências intercaladas com
o tema da orquestra que cresce gradualmente. A exposição é
composta por ABA’. O solista toca o primeiro tema (A), que é
mais assertivo e menos melodioso. Os violoncelos e os
contrabaixos fazem um motivo que será bastante recorrente ao
longo de todo o andamento. O A acaba com toda a orquestra a
fazer um diminuendo que prepara o que se segue, que é
bastante mais calmo. Toda a orquestra toca um ré, dominante da
tonalidade do A (sol menor). Na segunda grande parte deste
andamento (B), o solista tem um tema calmo e apaixonado que
depois de desenvolver na parte grave do registo do violino, sobe
a um registo agudo de forma intensa, através de uma série de
trilos. Regressa o tempo inicial e aparece de novo o primeiro
tema (A’) no violino solo que é explorado de forma intensa e por
isso mais desenvolvido. Segue-se uma passagem na qual se
destacam os cromatismos e que vai de novo elevar o violino à
parte aguda do seu registo. Durante esta passagem os sopros
têm material responsorial. A orquestra retoma com uma secção
de desenvolvimento tempestuosa seguida da reexposição, em
que voltamos a ter material da introdução, com o tema nos
sopros e as pequenas cadências, desta vez também mais
desenvolvidas. Uma pequena síntese orquestral finaliza o
andamento e os violinos conectam este andamento ao que se
segue.
O segundo andamento, adagio, está escrito na forma
rondo – ABACABA. Começa com o A que é melodioso e que se
prolonga até um crescendo iniciar o B que, comparado com o A,
tem uma parte de orquestra bastante calma e homogénea.
Podemos ver de novo o A quando o solista pára de tocar e os
tímpanos começam. No C é introduzido material novo que inicia
o clímax deste andamento. O clímax apenas acontece, no
entanto, quando o A aparece de novo. O clímax desvanece e
recomeça o B. As flautas fazem uma melodia descendente que
apresentará o novo A. Este A prolnga-se até ao final do
andamento e, tal como no primeiro andamento, no final há um
grande diminuendo que prepara o que o andamento seguinte.
Uma das sugestões dadas por Joseph Joaquim quando Bruch
estava a alterar o concerto foi que o adagio fosse uma espécie de
calma depois e antes da tempestade sendo que este andamento,
embora também seja bastante apaixonado e intenso em partes,
contrasta com os outros dois andamentos por ser mais calmo e
reflexivo.
O terceiro andamento, tal como o primeiro, contrasta com
o segundo por ser mais rápido e ativo. Começa apenas com as
violas e, à medida que vão entrando outros instrumentos, a
orquestra faz um crescendo para a entrada do solista. Este
introduz um tema de dança, com influências húngaras, talvez em
honra de Joachim que era húngaro. Segue material virtuoso por
parte do solista e depois por uma parte melódica romântica que
cria um clímax que assinala a aproximação do final da exposição.
Durante este andamento existe muita repetição de material, que
apenas é transposto para se tornar cada vez mais emocionante.
A orquestra repete muitas vezes o primeiro tema, respondendo
ao solista. É introduzido o segundo tema e depois volta ao
primeiro passado por uma espécie de ponte. Reaparece o
segundo tema e de seguida de novo o primeiro. Este andamento
acaba em presto e com dois acordes que formam uma cadência
perfeita. Embora o possamos comparar ao primeiro andamento
por ambos divergirem do segundo em andamento, não são
semelhantes. Os sentimentos associados a ambos são quase
opostos sendo que o primeiro andamento (em tom menor) tem
muitas vezes um ambiente quase melancólico e até revoltado
enquanto que este último andamento (em tom maior) é uma
dança energética e embora o segundo tema seja mais melodioso,
mesmo assim não se relacionam.
Este concerto ofuscou todos os outros trabalhos de Bruch,
e foi tão tocado que o próprio Bruch no fim da sua vida já não
suportava ouvi-lo.

Conclusão
Ao concluir este trabalho posso afirmar com certeza que
aprendi bastante sobre o concerto em si, sobre a vida e obra de
Max Bruch e sobre o Romantismo como período musical. O
trabalho possibilitou que aplicasse conhecimentos adquiridos em
Análise e Técnicas de Composição e em História e cultura das
Artes e como esperado foi uma experiência muito interessante.

Referências Bibliográficas
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g-minor-op-26-mc0002385771– acedido a 12/04/2018
http://www.classicfm.com/composers/bruch/guides/story-max-
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http://imslp.org/wiki/Violin_Concerto_No.1,_Op.26_(Bruch,_Ma
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http://www.beatrix.pro.br/index.php/o-romantismo-na-musica-
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https://musicaeadoracao.com.br/24986/historia-da-musica-
lindquist-romantismo/– acedido a 17/04/2018
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_do_romantismo–
acedido a 17/04/2018
https://www.britannica.com/art/sonata-form - acedido a
19/04/2018

Bibliografia
Livro de História da Música de 3º ano (sebenta)
Partitura Completa:
http://imslp.org/wiki/Violin_Concerto_No.1,_Op.26_(Bruch,_Ma
x)

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