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VIII – O SABER E A VERDADE

Introdução

Representação gráfica.

1ª parte
“Quanto mais o homem se possa prestar, para a mulher, à confusão com Deus, quer
dizer, aquilo de que ela goza, menos ele odeia e menos ele é – e uma vez que, depois
de tudo, não há amor sem ódio, menos ele ama.”
Hainamoration – enamoração feita de ódio, amódio. Amódio – Empédocles diz que Deus
é o ser mais ignorante de todos, por não conhecer o ódio.
Não se conhece nenhum amor sem ódio.
Indaga: o que se confunde do verdadeiro com o real?
E discorre sobre. Logo abaixo, traz um esquema do discurso analítico na pág. 123: O a
se sustenta pelo S² (pelo saber que ele está no lugar da verdade). Daí ele interpela o
sujeito barrado, produzindo o S¹ (significante) com a finalidade de resolver sua relação
com a verdade.
Segue discorrendo sobre a verdade: Emet, do hebraico, (verdade) – fala-se que no
âmbito jurídico existe aquela tradição de pedir que a testemunha fale toda a verdade –
mas o que realmente se deseja saber é do que poder julgar o que é do seu gozo, é que
o gozo se confesse, e justamente porque ele não se confessa. A “verdade” que se
procura diz respeito à verdade que regra o gozo do sujeito, e toda a verdade é o que
não se pode dizer, só se pode dizer com a condição de semi-dizê-la, de dizê-la não-
toda.
Há um excesso de gozo impossível de se traduzir em palavras, gozo que só se evoca a
partir de um semblante, gozo que é levado ao corpo pelo sintoma.
Lembrete: o sujeito quer continuar a gozar e a não querer saber o motivo pelo qual goza.
Traz o ponto sobre a formalização matemática – que se faz ao contrário do sentido. “O
isto não quer dizer nada concernente às matemáticas”, o que eu compreendi foi que ele
trouxe o ponto de que a lógica esvazia a palavra do seu sentido, reduzindo-o a letras
que por si só nada dizem.
Em seguida, ele diz no entanto, apesar desse ponto, a formalização da lógica
matemática, tão bem feita para só se basear na escrita, não poderia nos servir no
processo analítico?
Ele fala sobre a “redução às dimensões de superfície” que a escrita exige, ao se
ver da superfície desenhando o traço desses escritos, onde perceber os limites, os
pontos e impasse, os becos sem-saída, e que tudo isso mostra o real acendendo ao
simbólico.
Centrar o simbólico para reter uma verdade côngrua, a verdade do semi-dizer, que se
põe em guarda, não se diz, desde a causa do desejo.

2ª parte
A análise presume que o desejo se inscreve por uma contingencia corporal.
Fala sobre o termo contingência: o Falo (ponto extremo que se enuncia como causa do
desejo) para de não se escrever. O que a análise produz é o significante do gozo.
O necessário não para de se escrever. A. Não se sustenta na abordagem do real.
Não para de não se escrever é o impossível – a relação sexual não para de não se
escrever. É aquilo que não tem sentido, o impensável, o que não pode ser nomeado, o
impossível de se representar. S(Ⱥ)
Simbólico se dirige ao real demonstrando a verdadeira natureza do objeto a.
Real: uma abertura entre o semblante (simbólico) e a realidade, gerando a repetição.
Antes da aparência (tudo se baseia para ressaltar na fantasia) se faz uma distinção
severa do imaginário e do real. O sujeito não é quem suporta o semblante, nem é mesmo
o semblante em si. Ele simplesmente pode ocupar esse lugar e fazer reinar o objeto a.
Analista ocupa o semblante de objeto a, estando na posição de fazer o que é justo fazer,
saber, interrogar como saber o que é da verdade.

3ª parte
O que é o saber?
A análise anuncia que há saber que não se sabe. O que existe é um suposto saber.
“Quem é que sabe? ”. O estatuto do saber implica que há saber e no Outro, e que esse
saber é feito para aprender.
Existe o gozo na conquista do saber e cada vez que ele é posto em prática ele resta
voltado para o gozo. (o saber) – o gozo de exercer o saber é o mesmo de adquirir o
saber.
Fala que os sujeitos sabem, o inconsciente sabe, existe o saber aí. Mas não sabem
tudo. Nesse não-tudo que os sujeitos sabem, não há senão o Outro a não saber, ele
tem essa parte de não-saber-tudo.
Clínica: direção para uma experiência que reacomoda as relações simbólicas e nos
confronta com o nosso real (limites, castração).
Real: dimensão que se distingue da realidade, é o que a gente tira da realidade para
que a realidade se apresente para nós como uma totalidade dotada de sentido. O real
é aquilo que não tem sentido, o impensável, o que não pode ser nomeado, que aparece
na forma de repetições. O impossível de representar. É o que escapa à simbolização.
Não cessa de não se inscrever.
Simbólico: atravessa o imaginário. Articula o inconsciente com o simbólico, é um
sistema, conjunto de posições e lugares, significado e significante. O inconsciente
corresponde às formas simbólicas. Lugar fundamental da linguagem. Palavra. Não
cessa de se escrever.
Imaginário: desenvolvido a partir da etologia, consideração que o ser humano é um tipo
de animal, automatismos dizem respeitos a nossa relação com a imagem. Imaginário
da linguagem: alienação de que existe uma compreensão, expectativa de entendimento,
de completude. Campo das identificações, falamos a partir do ego. O mundo dos outros
é o nosso mundo. Plano das relações imaginárias. Pensamentos.
A ideia de pensar os registros concomitantemente tomou consistência de tal forma que
foi transformada em um Seminário 22, RSI, em que se apresentou o enodamento dos
três registros, feito aos moldes de um nó borromeano – um nó no qual a separação de
qualquer um dos elos faz consequentemente que os outros se desamarrem
Mesmo o amor, se dirige ao semblante. O semblante do amor, uma vez que o Outro
só se atinge agarrando-se ao a (causa do desejo) e à aparência de ser que ele se dirige.
O modo como ele se relaciona com o objeto?
Gozo, circunscrito no meio das três instâncias, aparece no real e só se evoca a partir de
um semblante.
O que é o gozo e para que ele serve? De início, toma-se de pronto a resposta lacaniana:
"o gozo é aquilo que não serve para nada" (LACAN, 1985, p. 11).

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