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INICIALMENTE
DOS FATOS
Em que pese, destinou a locação residencial, para ajuda e manutenção de suas despesas, visto que é
aposentado, e seus proventos junto ao INSS não são suficientes para suprir suas despesas mensais e de sua
família, razão pela qual, com o intuito de obter uma renda extra para manter sua família optou por locar este
imóvel, que é de sua propriedade, conforme contrato de locação em anexo.
O contrato de locação, como se pode verificar, reza as condições ajustadas entre as partes, quais sejam:
prazo de locação de .......... meses, iniciando em em ........./........../........ com término previsto
para ............/.........../...........
Reza ainda o contrato que, as despesas inerentes ao imóvel seriam suportadas pelo locatário, assim como
todos os encargos e tributos que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel.
Pois bem. A locação se estendeu até o presente momento, contudo, até o mês de ..........., do corrente ano o
locatário cumpriu com suas obrigações pecuniárias, entretanto, a partir do mês de ........................ o locatário
encontra-se inadimplente, conforme demonstra através de planilha de cálculo com o débito devidamente
discriminado e atualizado, documento em anexo.
Relata-se que o requerido dificulta o acesso ao imóvel supra citado, para a devida vistoria, como consta
em contrato.
Salienta-se ainda que o locador há pelo menos 02 (dois) meses, já tentou por diversas vezes conversar
com o locatário, requerendo assim a retomada do imóvel para que possa reformá-lo e alugar para outros
interessados, visto que sua aposentadoria não supre suas despesas com sua família. Entretanto, restaram
infrutíferas todas as tentativas de resolução extrajudicial.
Afirma ainda que, somente desocupará o imóvel através de determinação judicial, tomando ainda a
decisão “unilateral” de deixar de pagar os aluguéis, política esta, que vem adotando desde o mês de ...................
Por todo exposto, depreende-se a impossibilidade da permanência deste, que além de não cumprir com
suas obrigações pecuniárias, vem ocasionando verdadeiros dissabores ao locador, prejudicando-o diretamente,
vez que depende do recebimento do aluguel para sustentar sua família, bem como vem destruindo o imóvel, o
qual encontra-se em estado lastimável, sendo imprescindível sua retomada para que sejam feitas reparações
urgentes, visto que, se diferente for, em pouquíssimo tempo, tal imóvel não terá condição alguma de habitação.
DO DIREITO
O direito abarca o locador, é inegável o descumprimento aos preceitos legais que o locatário insiste em
recair com suas atitudes, o que por si só impossibilita sua permanência no imóvel. Portanto, com fulcro no artigo
5º da Lei de Locação impetra o locador a presente.
Vejamos:
Lei nº 8.245/91:
...
...
Reiteradas práticas de infração de obrigação legal, pontuadas nesta exordial, são vislumbradas, é o
locatário pessoa de difícil trato que com seu comportamento hostil vem ocasionando irreparáveis danos ao
locador. Descumpre todo tipo de norma, inobserva os preceitos legais, sociais, e principalmente, desrespeita o
contrato firmado entre as partes.
Desta feita, encontra-se inadimplente com suas obrigações pecuniárias, não se preocupando com o básico
de qualquer relação comercial que, além da conduta de urbanidade, impõe a necessidade de quitação de suas
obrigações.
Em acato ao artigo 57 da Lei nº 8.245/91 foi concedido o prazo de 30 dias para a desocupação do imóvel.
O direito no caso em questão é evidente, vez que constatada a verossimilhança, as provas carreadas aos
autos, bem como a afirmativa do locador quanto ao prejuízos irreparáveis que vem suportando na administração
de seu negócio, que vale salientar que é o único imóvel que tem, além de sua própria moradia, o que hoje é fonte
de renda e sustento de sua família, além do desgaste emocional que se depara cotidianamente, sofrendo inclusive
com o descaso dos locatários quando afirmam que só saem do imóvel mediante determinação judicial, muito
embora, tenham condições de arcar com tal obrigação, visto que exerce função remunerada
Deve ser utilizado, pois, sempre que possível, o pedido liminar de despejo, que está adstrito ao
preenchimento de requisitos específicos.
Não podemos abarcar na ideia de que o locatário será sempre parte hipossuficiente da relação locatícia.
Inúmeras vezes, a falta de pagamento dos aluguéis gera prejuízos incalculáveis ao locador, como é o caso em
questão.
Note-se que o fato de que, na hipótese do pedido de despejo por falta de pagamento, o locador já se
encontra em situação de desvantagem, eis que o locatário não adimpliu com a sua principal obrigação decorrente
do contrato, posto que deixou de pagar os aluguéis.
No caso concreto, o locatário ofereceu garantia locatícia, segundo o que reza o artigo 37, II.
Neste liame, pleiteia o requerente que o fiador, Sr. .............................., acima qualificado seja citado para
que emende a mora, em consonância com o artigo 62, I, da Lei nº 8.245/91, através de depósito judicial, no
montante discriminado na planilha de cálculos anexada a esta exordial, compreendendo os aluguéis, acessórios
da locação que venceram até a sua efetivação, bem como multa contratual, juros de mora e custas advocatícias,
fixadas nos limites legais.
DA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
“Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação,
observar-se-á o seguinte:
I - o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o de cobrança dos aluguéis e acessórios da
locação, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito.
...
VI - havendo cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos aluguéis, a execução desta
pode ter início antes da desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido acolhidos.”
DOS PEDIDOS
a) concessão de declaração de pobreza, por não ter condições de custear o processo sem prejuízo para o
sustento próprio e de sua família, direito este assegurado pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e Lei
Federal nº 1.060/50;
b) citação do requerido, ora locatário, para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de serem
reputados como verdadeiros os fatos ora alegados, consoante determinação do art. 319 do Código de Processo
Civil;
c) concessão do prazo de quinze dias para que o requerido e o fiador emendem a mora, conforme
determinação legal do artigo 62,II, alíneas a,b,c,d, da Lei nº 8.245/91, a qual consta da planilha atualizado do
débito em anexo, através de depósito judicial, devidos até a desocupação do imóvel;
d) deferimento dos benefícios do artigo 172, § 2º, 221, II do Código de Processo Civil;
e) seja julgada procedente a presente ação, com condenação do locatário e fiador solidariamente, no
pagamento do débito discriminado na planilha carreada aos autos, até a efetiva desocupação do imóvel, bem
como a decretação do despejo e conseqüente rescisão do presente contrato de locação;
f) requer seja dada ciência a eventuais ocupantes ou sublocatários, em consonância com o artigo 59, § 2º,
para querendo, se manifestem nos autos;
g) condenação do requerido no pagamento de custas e honorários advocatícios.
DAS PROVAS
Protesta-se, provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente provas
periciais, documentais e testemunhais, sob pena de confissão.
VALOR DA CAUSA
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e data.
______________________
Advogado
OAB/...