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Os segredos do sucesso do

Cirque du Soleil, segundo


seu CEO
"Acredito piamente que não há empresa sem criatividade. Ela é
a alma e o coração de qualquer organização, diz Daniel
Lamarre

O CEO do Cirque du Soleil, Daniel Lamarre, durante palestra na HSM Expomanagement


2015, em São Paulo (@_openspace_/)

São Paulo – Segundo Daniel Lamarre, presidente do Cirque du


Soleil, a receita do sucesso do circo pode ser seguida por empresas
de qualquer ramo: valorizar a criatividade, construir uma marca global
e investir em pesquisa e desenvolvimento.
“Acredito piamente que não há empresa sem criatividade. Ela é a alma
e o coração de qualquer organização”, disse durante palestra na HSM
Expomanagement, nesta terça-feira (10), em São Paulo.

Na sua visão, criatividade significa “fazer nascer algo novo” e alcançá-


la começa por ter um ambiente físico estimulante. “É isso o que fazem
Google, Pixar, Disney e tantas outras”, afirmou.

É necessário, também, que o líder abrace novas ideias. “Isso vale


para qualquer atividade que vocês desempenhem. Parem de ser
aquela pessoa normal, estável. Sejam criativos”, disse à plateia de
executivos.

No caso dele próprio, para não cair no tédio e se energizar no dia a


dia, Daniel contratou uma palhaça particular. “Ela me apresenta de
uma forma divertida, tira de sarro de mim quando as reuniões estão
muito chatas e me chacoalha”, contou.

Instigar a criatividade passa ainda por empoderar os funcionários para


que eles possam inovar, de acordo com Lamarre. No Cirque du Soleil,
isso é feito com a ajuda do projeto Eureka.

Por meio dele, cada colaborador que tem uma nova ideia é ouvido
pelo presidente e recebe um feedback mesmo que o projeto sugerido
não seja adotado.

“Atualmente estamos nos apresentando em diversas cidades e temos


milhares de pares de olhos que têm que viajar acompanhando o
espetáculo e que trazem consigo novas percepções quando voltam”,
explicou.

Outros ingredientes
Encontrar profissionais com as habilidades corretas também é
essencial, afirma o empresário. “O que você está fazendo hoje para
preparar sua empresa para amanhã? A resposta deveria ser:
procurando pessoas que possam fazer a diferença”.
O Cirque du Soleil tem 5.000 funcionários, dentre eles 1.300
bailarinos, dos quais 45 são brasileiros. O banco de talentos da
empresa, porém, é composto por 75.000 artistas.

“A gente tem 50 olheiros que viajam pelo mundo inteiro para ver se a
gente está contratando as pessoas certas. Se você me disser que tem
uma cantora ótima em um bar aqui no Brasil, em 48 horas vai ter um
olheiro meu lá”, disse.

A companhia também trabalha em parceria com 12 universidades nos


Estados Unidos e 11 no Canadá. “Ouça o que o mercado está
dizendo, ouça o pessoal de pesquisa e desenvolvimento”, reforçou
Lamarre.

Outro segredo do Cirque du Soleil que deve ser explorado pelas


companhias que querem se destacar no mercado, segundo o
executivo, é a coragem de correr riscos e apostar no incerto.

Ele contou, por exemplo, que o espetáculo Love, baseado na


discografia dos Beatles, surgiu de uma conversa despretensiosa com
George Harrison, durante uma festa.

Ouvir a opinião dos clientes também é uma dica de Lamarre. De


acordo com ele, ao fim de cada show, o circo avalia os atos mais
apreciados pelo público. Além disso, os expectadores são
perguntados: vocês recomendariam a peça aos seus familiares?
“Quando o nível de satisfação estiver abaixo de 85%, teremos que
fazer mudanças”.

Preparar sucessores e ter um plano de carreira também é


fundamental.

“Nós temos no Cirque du Soleil cinco pessoas que podem me


substituir se a qualquer momento eu for atropelado por um ônibus. É
importante ter isso. Também temos que criar maneiras de promover e
desenvolver a equipe. É difícil você convencer um acrobata de 20
anos de que ele não vai ter aquele desempenho para sempre e
precisa voltar a estudar. Nós fazemos isso”, disse.

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