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Dicas para os Alunos de Mestrado do Prof.

Jacques

Meus caros alunos,

Vocês estão prestes a investir uma parcela significativa de suas vidas no Curso de
Mestrado em Informática da UFCG sob minha orientação. Acho prudente, para todos os
envolvidos, discutirmos alguns assuntos relacionados com esse seu (nosso!)
investimento para tentarmos, juntos, chegar a um modus operandi aceitável e fazer de
sua estada aqui uma experiência enriquecedora, porém rápida. Não é que eu queira
expulsá-los antes do início das atividades! Mas vocês concordarão certamente que
terminar o mestrado num curto espaço de tempo será benéfico para ambos os lados.
Adoro ver um aluno terminar uma dissertação e ir embora (eu gosto da parte "terminar",
não "ir embora", mas a segunda vem com a primeira).

Vamos portanto iniciar a discussão com um monólogo meu (abaixo), esperando que se
transforme num diálogo o mais brevemente possível. Minhas alunas desculparão o uso
do masculino no que segue. Não tenho saco para falar de alunos(as).

O que é o Mestrado?

Antes de iniciar seu empreendimento aqui, que tal definirmos o alvo? Onde queremos
chegar? Quando saberemos que você terminou? Tem duas respostas para isso. A
princípio, você pode pensar que você terá terminado quando você defender sua
dissertação. Eu vejo a coisa por um ângulo um pouco diferente. Como orientador, meu
papel é de ajudar a transformar você num mestre. A defesa da dissertação é apenas um
formalismo (importante) para comprovar o fato para a comunidade científica.
Infelizmente, ocorre, mais freqüentemente do que seria desejável, um aluno defender
uma dissertação de mestrado e receber o diploma sem ser mestre. Ocorre também o
contrário: um aluno já ser mestre quando inicia o programa de mestrado, mas não tendo
o diploma para comprovar o fato.

Por que falo disso? Em primeiro lugar porque quero passar minha idéia sobre o que é
um mestre: é alguém que consegue resolver problemas não triviais sozinho, buscando e
avaliando caminhos promissores, e produzindo um resultado que possa sofrer o olhar
crítico dos especialistas. Visto desse ângulo, acho que entenderão o parágrafo anterior.

Em segundo lugar, abordo este assunto porque meu papel é de ajudar a transformá-lo
num mestre. Quando eu estiver convencido do fato, deixarei você defender a
dissertação. Meu papel não é de maximizar o número de dissertações defendidas mas de
maximizar o número de mestres formados. Não quero com esta afirmação assustá-lo ou
criar confronto. Muito pelo contrário. Empenhar-me-ei para sempre termos um bom
relacionamento. Quero, entretanto, deixar as regras do jogo claras. Aliás, o propósito
deste monólogo é isso: deixar as "regras" claras! Tudo bem?

Seu papel

Falei acima de transformação em mestre. Lembre que quem vai efetuar essa
transformação é você, não eu. Sou apenas um orientador, não o Espírito Santo. O
esforço é seu.
Aqui vai uma lista do que considero seu papel, como aluno. Pense nos itens à luz do que
falei até agora.

• Seja franco. Se tem um pepino, venha conversar. Também serei franco. É uma
boa forma de encurtar o tempo total empregado no trabalho.

• Chegue preparado para as discussões. Se você não está preparado, faça seu
trabalho de casa primeiro e venha conversar. Isso não quer dizer que você deve
tirar todas suas dúvidas sozinho. Estou aqui para tirar dúvidas. É uma questão de
medida. Não tenha medo de falar comigo, mas tente ser um mestre primeiro: o
objetivo todo é esse. Então fuce soluções possíveis, papers, referências e não
desista na primeira leitura. Você não pode exigir do seu orientador que ele faça
seu trabalho (ele já é mestre, presumivelmente...). Você faz. Ele pode orientar e
ajudar.

• Aprenda a usar a danada da crase! Ler coisas suas cheias de erros de


português me deixa de mau humor e você não quer isso, não é ... ? Um errinho
aqui acolá se perdoa, ninguém é perfeito.

• Saiba ler inglês perfeitamente. Na informática, não tem outro jeito. Ponto
final.

• Siga o cronograma estabelecido. Você é quem mais vai ganhar com isso. Seu
cronograma de trabalho será sempre negociado entre nós, nunca imposto por
mim. Posso fazer uma pressãozinha mas nunca aceite um cronograma que você
não ache factível. Uma vez negociado o cronograma, cumpra-o. Se você ver que
não vai cumprir e sua consciência estiver limpa quanto ao esforço desprendido,
venha rediscutir o cronograma. Às vezes a gente erra mesmo.

• Me avise se você se ausentar mais do que alguns dias. Basta um mail. Se


sumir um ou dois dias, não preciso saber. Se você se ausentar um mês,
certamente quero saber.

• Apareça às reuniões acertadas. Respeite meu tempo. Respeito o seu. Se você


não puder aparecer, não tem problema: me avise antes e vamos remarcar.

• Apresente seminários públicos periódicos sobre seu trabalho. Pelo menos


um a cada 3-4 meses. Isso ajuda a manter as coisas sob controle e ajuda a
transformar outras pessoas (os ouvintes) em mestres melhores.

• Assista os seminários dos outros alunos. Vamos transformá-lo num mestre,


certo? Assistir a seminários da área de redes é obrigatório. Seminários de outras
áreas podem ser altamente interessantes também. Abra seus horizontes ... Não
quero que você seja mestre no assunto de sua dissertação apenas. Aliás, isso
furaria a definição de mestre dada acima!

• Escreva e publique pelo menos 1 artigo antes de sumir. Isso é para a gente se
manter honesta. Também é bom para nossos CVs ...
• Fazer trabalhos adicionais (não relacionados com sua dissertação). Não
devo exagerar nisso mas estarei pedindo alguns trabalhos adicionais (apostilas,
seminários, home pages, etc.). Se você achar que estou exagerando, siga o
primeiro item acima.

Meu papel

Depois de falar de suas obrigações, vamos falar dos seus direitos, que tal? Você tem
todo direito de exigir:

• Que eu discuta seu trabalho (ou outros assuntos) com você. Não posso ser
ausente.

• Que eu leia o que você escreve. Devo ler e retornar feedback prontamente.
Pode encher meu saco se eu farrapar. Isso é uma via de duas mãos e não teremos
confronto se você me criticar honestamente (primeiro na minha cara, né, gente!)

• Que eu acompanhe seu trabalho periodicamente. Nosso cronograma


estabelecerá pontos de sincronismo e acompanhamento. Mais ou menos a cada
15 dias (pode ser mais freqüentemente; eu não gostaria que fosse menos, salvo
por força maior já que viajo um bocado pela COPEX).

• Que eu indique caminhos. Orientar é isso. Nunca vou deixar você entrar numa
floresta desconhecida sem avisar (há muitas florestas que não conheço!).

• Que eu assegure seu assunto de dissertação. Isso significa que você tem
direito de exigir uma resposta clara e bem fundamentada quando você perguntar:
"Professor, se eu fizer isso que estamos propondo e fizer com qualidade, dá uma
dissertação?" Em outras palavras, assumimos em conjunto. Isso não significa
que eu escolho o assunto de dissertação. Você pode sugerir um assunto.
Normalmente, deverei ter vários assuntos para você escolher. Todos dão uma
dissertação. Eu garanto.

Acompanhamento e Avaliação

É importante que você entenda que eu pessoalmente tenho um compromisso com a


COPIN de avaliar o andamento do seu trabalho e reportar qualquer problema. Isso é
importante porque você estará utilizando recursos da COPIN, do DSC e da UFCG.
Estará também talvez utilizando recursos adicionais, principalmente bolsas de estudos.
Se seu trabalho não for satisfatório, recomendarei o corte da bolsa e deixarei de ser seu
orientador. Mas uma vez, não quero que você se assuste com minhas palavras. Só quero
deixar claras as regras do jogo. Todos nós nos beneficiaremos com essa clareza.

Seu assunto de dissertação deverá normalmente ser escolhido no primeiro mês após seu
ingresso no programa de mestrado. Definiremos um cronograma de trabalho, conforme
mencionado acima e este cronograma indicará alguns eventos de acompanhamento
(seminários). Outras reuniões serão agendadas periodicamente, aproximadamente a cada
15 dias, ou mais freqüentemente. O importante é que haverá um acompanhamento
periódico do seu trabalho, seja por mim, seja pela comunidade, para cumprirmos nosso
compromisso junto à COPIN e outros órgãos cujos recursos utilizamos.
Sua proposta de dissertação deverá estar pronta, no máximo, 6 meses após seu ingresso.
Cada caso é diferente e a maioria dos meus alunos aprontará a proposta bem antes. As
dissertações são medidas para que seja factível terminá-las em aproximadamente 1 ano
e meio. Circunstâncias diversas (mas apenas em situações especiais), o trabalho poderá
consumir até 2 anos. Não mais. É meu sincero desejo que você não seja um caso
especial e que você defenda em 1 ano e meio. Vamos trabalhar para isso juntos?

Dicas para escrever

Em vários pontos do seu trabalho, você deverá escrever monografias. A monografia


principal é, claro, sua monografia de dissertação. Tenho tido dificuldades no passado
com a qualidade dos trabalhos escritos dos alunos. As maiores dificuldades são de
organização e, em seguida, de construção de frases, erros de grafia, etc. Para verificar a
construção de frases e erros de grafia, conto com você e seus colegas que poderão
ajudar se você julgar que não escreve bem. Não quero receber material mal escrito.

Já, a questão de organização ou estrutura do trabalho é outro assunto onde algumas


dicas poderão ser úteis. Não podemos errar aqui porque consertar um trabalho mal
estruturado é muito difícil (tem que ser reescrito). Consertar frases ou erros de grafia é
um trabalho localizado (não feito por mim!) que não implica uma reescrita total.

Dou algumas dicas básicas para escrever um trabalho bem estruturado. Não é a única
forma de escrever, mas tem funcionado bem para mim.

• Escrita top-down. Aprendemos a organizar software top-down e essa técnica


funciona muito bem para escrever. Quando chegar o momento de escrever algo
para me entregar, vou pedir uma versão de uma única página contendo tópicos
(capítulos de uma dissertação, por exemplo) e uma ou duas frases sobre cada
tópico. Com esta versão, podemos verificar a estrutura e encadeamento de idéias
e, se você tiver que reescrever, será apenas uma página. Quando fecharmos esta
versão, partimos para o segundo refinamento onde você expande cada item em
uma página. O importante neste processo não são as frases exatas empregadas,
mas as idéias passadas na estrutura. Nesta segunda versão, o documento inteiro
poderá consistir de 6 a 10 páginas apenas. Mais uma vez, se tiver que reescrever
algo, será relativamente pequeno e localizado. Você está proibido de escrever
mais até que eu examine cada refinamento. Falando de uma dissertação como
exemplo, o terceiro refinamento seria de expandir um capítulo de cada vez.
Quando fecharmos o terceiro refinamento do capítulo 2, você poderá escrevê-lo
e me entregar. Depois poderá passar para o terceiro refinamento do capítulo 3 e
assim por diante. O primeiro capítulo da dissertação (a introdução) é escrito por
último. Veja uma seqüência de versões de um paper que foi escrito de forma
top-down:

• Versão 1

• Versão 2

• Versão 3

• ...
• Versão 11

• Encadeamento lógico. Em qualquer um dos refinamentos, sempre pense no


leitor. Coloque-se no lugar deste e tente apresentar a informação como
decorrência natural do que você explicou antes. Isso vai obrigá-lo a apresentar as
idéias de acordo com um encadeamento lógico. A cada passo, se pergunte: "O
entendimento do que apresento agora depende de alguma informação que não
apresentei? Caso positivo, stop!". Depois que você usa essa técnica um pouco
ela vem por si só, sem esforço. Aí, escrever se torna um prazer e o leitor vai
agradecer...

• Não surpreenda o leitor. Um trabalho científico não é um romance onde


surpreender o leitor faz parte da arte do romancista. Se o leitor adivinhar onde
você quer chegar antes de você chegar lá, você está escrevendo bem, de forma
clara. Este item está relacionado com o anterior de forma íntima.

• Explique o porquê. Não se limite a dizer o que você fez. O trabalho tem muito
mais valor quando se fala por quê. É sabendo o porquê das coisas que permite
aplicar seu trabalho em outras situações; em outras palavras, seu trabalho fica
mais genérico, um atributo essencial de uma boa dissertação.

• Brainstorm e posterior organização. Ao montar os vários refinamentos do


trabalho, uma técnica poderá ajudar. Primeiro faço um brainstorm das idéias,
colocando no papel, em qualquer ordem, todas as idéias que fazem parte do
refinamento no qual esteja trabalhando. Anote palavras ou frases curtas apenas.
Isso é um exercício que dura uns 15 ou 20 minutos apenas. Tudo que lhe vem à
mente deve ser colocado no papel. Normalmente, bastará uma folha. Depois,
você examina sua lista desordenada de idéias e usa o encadeamento lógico e a
relação natural entre os itens para organizar.

Como última observação, assim que eu comprovar que você escreve bem, aceitarei
encurtar os passos acima se você quiser. Só exijo proceder assim a primeira vez que eu
avaliar um trabalho escrito seu. Depois disso, poderemos continuar assim ou não de
acordo com suas preferências.

Como organizar um paper, sua dissertação, uma apresentação,


etc.

Documentos científicos como papers, sua dissertação, etc. ou apresentações sobre esses
temas são tipicamente escritos com um esqueleto comum. Ei-lo:

• Definição do problema. Qual é o problema existente que queremos resolver?


• O problema é importante? O que ganharemos ao resolver o problema? O que
estamos perdendo por não termos esse problema resolvido? Por que é importante
resolver o problema?
• Quais são os desafios? Por que o problema não é simples de resolver?
• Critérios de sucesso. Uma solução (qualquer) a esse problema poderá ser
considerada bem sucedida se tiver quais características? É à luz desses critérios
que o sucesso de sua solução será avaliado.
• Metodologia. Como você vai proceder (ou procedeu) para bolar uma solução ao
problema?
• Discussão de sua solução. Aqui, você explica sua solução. No caso de uma
proposta, você pode colocar resultados parciais aqui, se houver.
• Validação. O sucesso foi atingido, de acordo com critérios estabelecidos
anteriormente? Totalmente? Parcialmente? Que resultados você tem para apoiar
suas afirmações? Explique onde voc6e não foi totalmente bem sucedido e por
quê. Caracterize os limites de sua solução.
• Conclusões. O que aprendemos de novo, genericamente? Lembre que uma
conclusão não se limita a dar um resumo do que você fez., Você tem que
responder à pergunta: "E daí? O que é diferente depois do meu trabalho? O que
o leitor deve ter aprendido de novo? Como isso deve mudar a vida dele?"

Talvez este documento tenha um tom um pouco sério e assustador demais. Não tenho a
intenção de dificultar nosso relacionamento. Tenho o propósito de ajudá-lo da melhor
forma possível a concluir um trabalho de qualidade em curto espaço de tempo. Garanto
que estarei me empenhando neste sentido e que caminharemos essa busca de
conhecimentos lado a lado e forma harmoniosa.

Ao trabalho, moçada!

Jacques

PS. Vocês podem pegar boas dicas sobre como escrever em

• http://www.learnerassociates.net/dissthes/guideprt.htm

• Como dar um seminário

• How to give a good research talk

• A difícil arte de simplificar textos científicos

• Common Errors in English

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