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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA
Apelação nº 1034876-28.2018.8.26.0100

Registro: 2019.0000197908

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1034876-28.2018.8.26.0100 e código B67A3FB.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO, liberado nos autos em 20/03/2019 às 11:15 .
1034876-28.2018.8.26.0100, da Comarca de São Bernardo do Campo, em que é
apelante ESPÓLIO DE JOSÉ CARLOS MONTEIRO (REPRES. LUCIANA
LOPES MONTEIRO PACE), é apelado 1º OFICIAL DE REGISTRO DE
IMÓVEIS E ANEXOS DA COMARCA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.

ACORDAM, em Conselho Superior de Magistratura do Tribunal de


Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso,
v.u.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores


PEREIRA CALÇAS (PRESIDENTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA) (Presidente),
ARTUR MARQUES (VICE PRESIDENTE), XAVIER DE AQUINO (DECANO),
EVARISTO DOS SANTOS(PRES. DA SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO),
CAMPOS MELLO (PRES. DA SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO) E FERNANDO
TORRES GARCIA(PRES. SEÇÃO DE DIREITO CRIMINAL).

São Paulo, 14 de março de 2019.

PINHEIRO FRANCO
CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA E RELATOR
Assinatura Eletrônica
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Apelação nº 1034876-28.2018.8.26.0100

Apelante: Espólio de José Carlos Monteiro (Repres. Luciana Lopes Monteiro


Pace)
Apelado: 1º Oficial de Registro de Imóveis e Anexos da Comarca de São
Bernardo do Campo

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Voto nº 37.693

REGISTRO DE IMÓVEIS. Escritura de inventário e


partilha. Imóveis permutados no curso de inventário
judicial. Bens que passaram a integrar o patrimônio do
espólio. Necessidade de comprovação de recolhimento de
Imposto de Transmissão causa mortis-ITCMD ou prova de
sua isenção. Dever do Oficial de velar pelo seu
recolhimento. Ausência de discussão quanto ao acerto do
cálculo, mas sim à não apresentação dos imóveis à
repartição fiscal estadual. Recurso desprovido.

Trata-se de apelação interposta pelo ESPÓLIO DE JOSÉ

CARLOS MONTEIRO contra a r. sentença de fl. 164/167, que manteve a recusa

levantada pelo 1° Oficial de Registro de Imóveis e Anexos da Comarca de São

Bernardo do Campo, negando registro de escritura pública de inventário e partilha,

em razão da não apresentação de prova de quitação/isenção do ITCMD.

O recorrente afirma que a negativa não se aplica, não sendo

exigível o comprovante de recolhimento de ITCM sobre a partilha de apartamentos,

vez que as transmissões ocorreram após o falecimento do autor da herança, já na

constância do processo de inventário.

Requereu a gratuidade de justiça.

A D. Procuradoria Geral de Justiça opinou pelo

desprovimento do recurso (fl. 193/195).


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É o relatório.

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Prejudicado o pedido de assistência judiciária, por se tratar

de procedimento isento de custas, despesas e honorários advocatícios.

Presentes pressupostos recursais e administrativos, conheço

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do recurso.

No mérito, a r. sentença deve ser integralmente confirmada.

Cuida-se de escritura pública de inventário e partilha (fl.

7/36, retificada pela ata de fls.37/38) dos bens deixados por José Carlos Monteiro,

relativa aos imóveis matriculados sob os n°s 140.627, 140.628, 140.629, 140.756,

140.760 e 140.761 daquela serventia imobiliária (fl. 68/93).

A referida partilha fora precedida de inventário judicial

(autos n° 1030036-83.2014.8.26.0562, 3ª Vara da Família e Sucessões da Comarca

de Santos) e, durante a tramitação do feito judicial, o espólio obteve alvará (fl. 63)

para dar cumprimento a compromisso de compra e venda de um imóvel no Guarujá,

recebendo, como parte do pagamento, os imóveis das matrículas acima descritas

(itens 5.1.22 a 5.1.27 às fls. 24/28 e referidos na ata de fls. 37), localizados em São

Bernardo do Campo/SP.

Agora, pela referida escritura de inventário e partilha, os

herdeiros buscam partilhar os seis imóveis matriculados no 1º Registro de Imóveis

de São Bernardo do Campo/SP.

Tratando-se de ITCMD, este Eg. Conselho Superior da

Magistratura tem seguido a linha de que não cabe ao Oficial Registrador aferir a

regularidade do valor apurado a título do referido imposto:


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REGISTRO DE IMÓVEIS DÚVIDA FORMAL DE

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PARTILHA Registro negado, ao argumento de recolhimento a menor de ITCMD

impossibilidade não pode o sr. Oficial obstar registro por entender que o valor

recolhido a título de tributo é inferior ao devido dúvida improcedente recurso

provido. (Apelação n.º 1066691-48.2015.8.26.0100, Rel. Des. PEREIRA CALÇAS).

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REGISTRO DE IMÓVEIS - dúvida julgada

improcedente determinando o registro do formal de partilha - recusa do Oficial de

Registro de Imóveis fundada na necessidade de manifestação da Fazenda Pública sobre

o acerto do recolhimento do ITCMD - Impossibilidade de análise do mérito do título

judicial - possível divergência quanto ao valor do tributo que comporta cobrança pela

Fazenda na esfera administrativa e judicial - inexistência de impedimento para o

registro - Recurso não provido. (Apelação Cível n° 0000503-16.2012.8.26.0579, Rel.

Des. JOSÉ RENATO NALINI).

Ocorre que aqui não se trata de apuração do valor

recolhido.

O caso aqui é de não apresentação dos imóveis à Secretaria

da Fazenda para cálculo do imposto, ou sua eventual isenção.

E o art. 289 da Lei n° 6.015/73 é expresso ao indicar que é

dever do registrador fiscalizar o pagamento dos tributos incidentes:

Art. 289. No exercício de suas funções, cumpre aos

oficiais de registro fazer rigorosa fiscalização do pagamento dos impostos devidos por

força dos atos que lhes forem apresentados em razão do ofício.

A omissão do titular da delegação pode levar à sua


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responsabilidade solidária no pagamento do tributo, nos termos do art. 134, VI, do

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Código Tributário Nacional-CTN.

Assim, não é possível o ingresso do título sem que os bens

partilhados tenham sido submetidos à Secretaria da Fazenda, por intermédio da

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declaração de ITCMD.

O requerente afirma não haver incidência de ITCMD

porque os imóveis foram recebidos pelo espólio após o falecimento do autor,

negociados pela viúva e herdeiros, baseando-se no inciso II, do art. 5º da Lei

10.705/2000.

Ocorre que a competência para imposição do recolhimento,

ou mesmo sua isenção, é de competência da repartição fiscal estadual, não podendo

ser tal atribuição afastada em sede administrativa.

De fato, o art. 5º da Lei 10.705/2000 dispõe que:

Artigo 5º - O imposto não incide:

(...)

II - sobre o fruto e rendimento do bem do espólio

havidos após o falecimento do autor da herança ou legado;

Sucede que a hipótese aqui não diz respeito aos frutos, que

são riquezas normalmente produzidas por um bem, sem que haja seu esgotamento,

mas sim as unidades sub-rogadas no bem dado em permuta pelo espólio, mediante

alvará, passando a integrar o patrimônio do espólio e que ora se busca partilhar.

Na hipótese em exame, reitera-se, os bens permutados

foram em seguida partilhados por sucessão causa mortes, o que atrai a atribuição da
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Fazenda Estadual para apurar se o caso é de imposição do ITCMD, nos termos dos

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art.8°, I, 21, II e 25 da Lei Estadual n° 10.705/2000.

Nestes termos, inafastável a necessidade dos bens imóveis

serem submetidos à declaração de ITCMD, cabendo à Fazenda Estadual se

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manifestar quanto ao cálculo ou eventual isenção tributária.

Ante o exposto, nego provimento ao recurso.

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