2.5.2 Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Auditoria II
2. Aplicação do processo de auditoria

aos ciclos de transações
2.5 Ciclo: Investimento e financiamento
2.5.2 Investimentos financeiros
e propriedades de investimento
2º Semestre
2018/2019
DAVIDE RIBEIRO
davideribeiro@ua.pt
Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento
Temáticas a abordar :
Aspetos de natureza contabilística

Objetivos de auditoria
Risco inerente
Controlo interno
Procedimentos substantivos
Modificações na opinião
Auditoria II 2

Risco inerente
Controlo interno
Auditoria II 3

41 – Investimentos Financeiros
Conceitos gerais
• Participação >50%, ou
• Outros fatores que indicam presunção de controlo,
Subsidiária: como por exemplo poder para gerir as políticas
presunção de controlo financeiras e operacionais da outra entidade ou um
acordo ou poder para nomear ou demitir a maioria
dos membros do órgão de gestão da outra entidade.
• Participação >20%, ou
Associada: • Outros fatores que poderão indiciar influência
presunção de influência significativa, como por exemplo representação no
órgão de direção ou órgão de gestão ou participação
significativa em processos de decisão de políticas.
Entidades
• entidades onde existe partilha de controlo de uma
conjuntamente atividade económica, acordada contratualmente.
controladas
Auditoria II 4

Mensuração dos investimentos financeiros:
Participações Nas contas individuais Nas contas

consolidadas
Em subsidiárias Por regra método da Método da consolidação

equivalência patrimonial integral
Em associadas Por regra método da Método da equivalência
equivalência patrimonial patrimonial
Em empreendimentos Método da consolidação Método da consolidação
conjuntos (entidades proporcional ou método proporcional
conjuntamente da equivalência
controladas) patrimonial
Noutras entidades Método do custo/ método Método do custo/ método
(abaixo 20%) do justo valor (conta14) do justo valor
Auditoria II 5

Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Natureza da alteração Débito Crédito
Lucro do exercício 4121 – 7851 – Rendimentos
Participações MEP
financeiras – MEP
Prejuízo do exercício 6852 – Gastos MEP 4121 - Participações
financeiras – MEP
Revalorização 4121 - Participações 5713 – Capital Próprio
financeiras – MEP
Distribuição de dividendos 12 – Depósitos à 4121 - Participações
ordem financeiras – MEP
Aumento de capital por N/A N/A
incorporação de reservas
Aumento de capital em dinheiro 4121 - Participações 12 – Depósitos à ordem
financeiras – MEP
Auditoria II 6

Natureza da alteração Débito Crédito
Cobertura de prejuízos pela 41X1 - Participações 12 – D. Ordem
investidora financeiras – MEP
Outras Variações positivas no 41X1 – 5713 – Capital Próprio

Capital Próprio da Investida Participações
financeiras – MEP
Outras Variações negativas no 5713 – Capital 41X1 - Participações
Capital Próprio da Investida Próprio financeiras – MEP
Lucros não atribuídos 56 – Resultados 5712 – Lucros N. Atrib
(Lucros imputados > lucros Trans.
distribuídos) Lançamento em N+1
no caso de não existir distribuição
ou então pela parte não
distribuída.
Auditoria II 7

GOODWILL ( Valor pago - % do JV dos ativos e passivos
adquiridos identificáveis)
Goodwill positivo – Ativo intangível
Valor pago > % do JV dos ativos e passivos adquiridos
identificáveis.
441 – Goodwill (apresentação como intangível)
Goodwill, é amortizado no período da sua vida útil (ou em 10
anos, caso a vida útil não possa ser estimada com
fiabilidade)
Goodwill negativo – Rendimento
Valor pago < % do JV dos ativos e passivos adquiridos
identificáveis.
78.8.8 – Outras não especificadas
Auditoria II 8

GOODWILL (exemplo)
Goodwill positivo – Ativo intangível
Aquisição de participação financeira em associada (25% do
capital) por 100.000 €. Os justos valores dos ativos e
passivos identificáveis é de 75.000€
Goodwill = 25.000 € (100.000 – 75.000)
Registado como Ativo Intangível (conta 441)
41 – Investimentos Financeiros - 75.000 €
44 – Ativos Intangíveis – 25.000 €
Amortizado, num prazo máximo de 10 anos e sujeito a testes
de imparidade quando existem evidências de imparidade.
Auditoria II 9

Participações em outras empresas (NCRF 27 – Instrumentos
Financeiros)
MENSURAÇÃO
JUSTO VALOR através dos resultados
Se o mesmo puder ser determinado com fiabilidade (por
exemplo, se existirem cotações divulgadas
publicamente).
O ativo é mensurado ao JUSTO VALOR com as variações
a serem imputadas a resultados do período em que
ocorram.
CUSTO: O ativo é mensurado ao CUSTO – PERDAS POR
IMPARIDADE
(o método do custo também aplicável a investimentos em
associadas, subsidiárias e ECC sempre que não seja
possível aplicar o MEP – casos excecionais)
Auditoria II 10

42 – Propriedades de Investimento (NCRF 11)
Obrigatoriedade de contabilizar todas as propriedades de
acordo com o mesmo critério
Necessidade de testar a propriedade (certidão predial / portal
das finanças)
Valorização poderá ser:
• Ao custo deduzida de depreciações acumuladas e perdas por
imparidade, ou
De notar que mesmo neste caso o modelo do Anexo obriga à
divulgação do justo valor (ponto 13.6 alínea d)
• Ao justo valor
Variações do justo valor contabilizadas em resultados do
período
Problemática do justo valor: Obtenção de avaliações efetuadas
por entidades especializadas todos os anos.
Auditoria II 11

Risco inerente
Controlo interno
Auditoria II 12
Os objetivos de auditoria estão orientados
Objetivos de para a obtenção de prova suficiente e
auditoria apropriada sobre cada asserção
subjacente às demonstrações financeiras
Relativamente aos investimentos financeiros:

A valorização e classificação dos IF é efetuada de acordo com a
normalização em vigor
Auditor deverá ter provas diretas da titularidade dos IF e se estes

representam investimentos reais noutras empresas.
Os ativos estão adequadamente salvaguardados
Os rendimentos e gastos são reais e estão devidamente

contabilizados
O controlo interno é adequado e está em funcionamento
Auditoria II 13

Os objetivos de auditoria estão orientados
Objetivos de para a obtenção de prova suficiente e
auditoria apropriada sobre cada asserção
subjacente às demonstrações financeiras
Relativamente às propriedades de investimento:

Verificar se a empresa tem implementado um sistema de controlo
interno, se é adequado e se está em funcionamento
As PI estão devidamente protegidas por seguros adequados
A valorização foi adequadamente efetuada de acordo com os
normativos em vigor
As avaliações estão adequadamente suportadas
Foram tidas em consideração as depreciações do exercício,
estabelecidas em função da vida útil do bem, bem como
eventuais perdas por imparidade
As PI são propriedade da empresa. A empresa possui
documentos que atestam essa propriedade, e eventuais
restrições do uso ou direitos estão adequadamente divulgadas
no Anexo
As PI não são destinadas a uso na produção ou para finalidades
administrativas ou para vendo no curso ordinário do negócio.
Auditoria II 14

Risco inerente
Controlo interno
Auditoria II 15

Suscetibilidade de que uma asserção/afirmação
Risco Inerente possa estar materialmente distorcida,
individualmente ou quando agregada com
outras distorções, antes de se tomar em
consideração quaisquer controlos relacionados
Os maiores problemas nos IF que podemos apontar são os

seguintes:
Valorização dos investimentos (dificuldade em alguns
casos)
Dificuldade de obtenção das contas, erros nas contas
das participadas
Investimentos reconhecidos pelo custo quando deveria
ser pelo MEP (ou não estarem registadas todas
alterações de valor decorrentes do MEP)
Importância crescente dos grupos económicos exige
especial atenção do auditor às transações intra-grupo
IF não admitidos à negociação: auditor deverá obter
demonstrações financeiras das empresas participadas.
Auditoria II 16
Suscetibilidade de que uma asserção/afirmação
Risco Inerente possa estar materialmente distorcida,
individualmente ou quando agregada com
outras distorções, antes de se tomar em
consideração quaisquer controlos relacionados
Os maiores problemas nas PI que podemos apontar são os

seguintes:
Perdas por imparidade não registadas
Avaliações efetuadas por pessoas sem competência

para tal
Não aplicação uniforme dos critérios de valorização
Ativos incorretamente registados como PI ou AFT e

Inventários que deveriam ser registados como PI
Auditoria II 17

Risco inerente
Controlo interno
Auditoria II 18
Medidas de Controlo Interno

Decisões relacionadas com este ciclo são normalmente
tomadas pela administração ou departamento financeiro.
Residualmente algumas podem ser tomadas pela tesouraria

(nomeadamente as de curto prazo)
Necessidade da existência de um adequado sistema de

documentação que permita extrair informações sobre os
rendimentos gerados pelos investimentos.
Autorização para efetuar investimentos deverá ser emanada

pelos responsáveis hierárquicos previstos para o efeito
Auditoria II 19
Medidas de Controlo Interno

Necessária segregação de funções entre quem tem a
custódia dos títulos e quem é responsável pelo seu registo
contabilístico
O facto dos títulos estarem depositados em entidades

financeiras, garante à partida a segregação de funções.
Em relação às PI aplicam-se, com os devidos ajustamentos,

as medidas dos AFT.
Auditoria II 20

Risco inerente
Controlo interno
Auditoria II 21

Procedimentos analíticos
O auditor procurará identificar variações relativas e absolutas
comparando o ano corrente com os anteriores (rácios e
análises de tendências).
Comparação dos rendimentos auferidos / gastos imputados

com o exercício anterior
Verificar se a empresa contabiliza os seus investimentos

financeiros em função da % de detenção no capital próprio.
Verificar alterações na % de participação comparativamente

com o ano anterior.
Auditoria II 22
Testes substantivos de detalhe de saldos e transações
Em relação a estes testes poderemos elencar os seguintes:
Analisar aquisições / alienações de IF

No caso de aquisições realizar todos os cálculos para
validar o custo de aquisição contabilizado: preço de
compra, gastos associados
No caso de serem alienações, verificar o valor de
venda e testar as mais valias/menos valias
contabilísticas registadas pela empresa. No caso de
não ser alienada a totalidade da participação verificar
se com a alienação é alterado o método de
valorização da participação.
Auditoria II 23

Obter prova da titularidade das partes de capital

Seja através da verificação física dos títulos,
Através de respostas das Instituições Financeiras,
Da Certidão de Registo Comercial da participada, no
caso de ser uma sociedade por quotas
ou, no caso da Participação ser em sociedade
anónima, através da lista de presenças da AG e do
Anexo às contas.
Auditoria II 24
Obter as demonstrações financeiras e, se for o caso, as

respetivas certificações legais das contas, referidas a 31/12/
n de todas as empresas onde a Empresa detém partes de
capital
Analisar todos os documentos representativos dos

investimentos financeiros, verificando se não existem
restrições de direitos, ações judiciais, penhoras, garantias
ou compromissos de contraprestações que limitem, total ou
parcialmente, a livre disposição dos ativos
Auditoria II 25

Verificar se os saldos representativos das partes de capital

estão valorizados de acordo com os métodos previstos nas
normas do sistema de normalização contabilística (Método
da Equivalência Patrimonial; Justo Valor ou Custo), bem
como a sua consistência.
Auditoria II 26
No caso de aplicação do MEP:

Verificar se o cálculo do goodwill positivo ou negativo foi
corretamente mensurado e contabilizado.
Verificar se os resultados relacionados com as partes de
capital foram apropriadamente contabilizados
Verificar se as variações nos capitais próprios das
participadas que não resultantes do resultado do exercício
foram corretamente contabilizados.
Verificar se os resultados não realizados entre a empresa e
as empresas participadas estão devidamente mensurados e
contabilizados (56/57)
Auditoria II 27

No caso de aplicação do MEP:

No caso das perdas por aplicação do MEP serem
superiores ao montante do valor do investimento, verificar
se o valor do investimento se encontra com valor nulo.
Relativamente aos Empréstimos de Financiamento, proceder à
confirmação direta dos respetivos saldos / verificar adequada
classificação CP / MLP e eventual existência de juros / verificar
realização
Analisar aspetos fiscais (por exemplo não aceitação do MEP para
efeitos fiscais)
No que diz respeito às PI aplicam-se (com as devidas adaptações)
os procedimentos referidos para os AFT
Auditoria II 28

Risco inerente
Controlo interno
Auditoria II 29
Exemplos de modificações na opinião

Investimentos financeiros
À semelhança do exercício anterior, as partes de capital em
empresas subsidiárias, encontram-se contabilizadas ao custo, não
tendo sido aplicado o método de equivalência patrimonial tal como
previsto na Norma Contabilística e de Relato Financeiro nº14.
Desta forma, encontram-se sobreavaliados o ativo e os resultados
do exercício em 200.000€.
Existem investimentos financeiros em outras empresas,

contabilizados ao custo pelo montante de 100.000€, relativamente
aos quais não é possível aferir da sua propriedade e realização.
Em virtude de não se encontrarem disponíveis as contas de uma

subsidiária, não foi aplicado o método de equivalência patrimonial
em N, pelo que não nos podemos pronunciar relativamente a
eventuais ajustamentos ao valor dessa participação, que ascende
em 31 de Dezembro de N a 500.000€
Auditoria II 30
Exemplos de modificações na opinião

Investimentos financeiros
Em virtude das contas das empresas participadas não serem
auditadas, não nos é possível formar opinião relativamente aos
saldos das rubricas participações financeiras constantes do
balanço, relativamente aos ganhos imputados de subsidiárias e
associadas, constantes da demonstração de resultados, assim
como quanto à recuperabilidade dos empréstimos de
financiamento e dos saldos de contas a receber destas entidades,
evidenciados nas notas X e Y do Anexo
Propriedades de investimento
A empresa não divulgou no anexo às contas o justo valor das
propriedades de investimento que constam no ativo da empresa e
que foram mensurados pelo custo, conforme o disposto modelo
do Anexo (ponto 13.6 alínea d)
Auditoria II 31
Auditoria II
2. Aplicação do processo de auditoria
aos ciclos de transações
2.5 Ciclo: Investimento e financiamento
2.5.2 Investimentos financeiros
e propriedades de investimento
2º Semestre
2018/2019
DAVIDE RIBEIRO
davideribeiro@ua.pt

2.5.2 Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Загружено:

Сведения о документе

Авторское право

Доступные форматы

Поделиться этим документом

Поделиться или встроить документ

Параметры публикации

Этот документ был вам полезен?

Это неприемлемый материал?

Авторское право:

Доступные форматы

2.5.2 Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Загружено:

Авторское право:

Доступные форматы

Auditoria II

2. Aplicação do processo de auditoria

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Aspetos de natureza contabilística

Aspetos de natureza contabilística

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Aspetos de natureza contabilística

Aspetos de natureza contabilística

Participações Nas contas individuais Nas contas

Em subsidiárias Por regra método da Método da consolidação

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Aspetos de natureza contabilística

Aspetos de natureza contabilística

Outras Variações positivas no 41X1 – 5713 – Capital Próprio

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Aspetos de natureza contabilística

Aspetos de natureza contabilística

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Aspetos de natureza contabilística

Aspetos de natureza contabilística

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Aspetos de natureza contabilística

Relativamente aos investimentos financeiros:

Auditor deverá ter provas diretas da titularidade dos IF e se estes

Os ativos estão adequadamente salvaguardados

Os rendimentos e gastos são reais e estão devidamente

O controlo interno é adequado e está em funcionamento

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Relativamente às propriedades de investimento:

Aspetos de natureza contabilística

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Os maiores problemas nos IF que podemos apontar são os

Os maiores problemas nas PI que podemos apontar são os

Avaliações efetuadas por pessoas sem competência

Não aplicação uniforme dos critérios de valorização

Ativos incorretamente registados como PI ou AFT e

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Aspetos de natureza contabilística

Medidas de Controlo Interno

Residualmente algumas podem ser tomadas pela tesouraria

Necessidade da existência de um adequado sistema de

Autorização para efetuar investimentos deverá ser emanada

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Medidas de Controlo Interno

O facto dos títulos estarem depositados em entidades

Em relação às PI aplicam-se, com os devidos ajustamentos,

Aspetos de natureza contabilística

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Comparação dos rendimentos auferidos / gastos imputados

Verificar se a empresa contabiliza os seus investimentos

Verificar alterações na % de participação comparativamente

Testes substantivos de detalhe de saldos e transações

Em relação a estes testes poderemos elencar os seguintes:

Analisar aquisições / alienações de IF

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Testes substantivos de detalhe de saldos e transações

Em relação a estes testes poderemos elencar os seguintes:

Obter prova da titularidade das partes de capital

Testes substantivos de detalhe de saldos e transações

Em relação a estes testes poderemos elencar os seguintes:

Obter as demonstrações financeiras e, se for o caso, as

Analisar todos os documentos representativos dos

Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento

Testes substantivos de detalhe de saldos e transações