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Capítulo

Números: a linguagem do universo


1
Um pouco de história Por outro lado, o homem criou, ao lon-

MATEMÁTICA • GRUPO 1 •
UNIVERSO
go da história, linguagens que são ditas
Introdução universais.
Convidamos você a fazer uma incrível Se você toca algum instrumento mu-
viagem. Na verdade, você irá continuar uma sical, certamente já viu uma partitura, e
viagem, pelo mundo da matemática, que talvez saiba que ela é compreendida por
começou há alguns anos. qualquer músico do mundo.
Mas antes, pare para pensar.
A leitura que realizou até agora neste
texto só foi possível pelo fato de você co-

STOCKBYTE / THINKSTOCK
nhecer uma língua que lhe é muito fami-
liar, a língua portuguesa. Se você enviasse
este texto para um garoto da China ou de
outras partes do mundo, que não utilizam
a língua portuguesa, ele provavelmente
não teria a mesma facilidade de leitura,
assim como o inverso seria verdadeiro.

Além disso, existe uma outra lingua-


gem universal, o número!

ISTOCKPHOTO / THINKSTOCK
S TOCKBYTE / THINKSTOCK

Professor(a), neste grupo o aluno deverá desenvolver as seguintes competências e habilidades:


– reconhecer a importância dos números no cotidiano: quais são, onde são usados, dados históricos sobre
eles, como são escritos e lidos em alguns sistemas de numeração;
– reconhecer a aplicação dos números naturais e suas diferentes formas de utilização;
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– analisar, interpretar, formular e resolver situações-problema;


– reconhecer que diferentes situações-problema podem ser resolvidas por uma única operação e que,
eventualmente, diferentes operações podem resolver um mesmo problema;
– reconhecer e aplicar as propriedades (comutativa, associativa, distributiva, elemento neutro) das opera-
ções como facilitadores na construção das técnicas operatórias no exercício da estimativa, do cálculo mental
e, também, do cálculo exato, resolvendo operações com números naturais.
60 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

Experimente acessar na Internet sites Para que servem exatamente os núme-


que sejam de outros países. Verá que lá ros? Como surgiu essa ideia? Essas e mui-
estão eles, os números. Mesmo que tenha tas outras perguntas serão respondidas
acesso a textos que não utilizem nosso al- em nossa viagem.
fabeto, observará que os números estão O número, como o conhecemos hoje,
lá. Mas qual a importância disso? percorreu um longo caminho e conviveu
entre diversos povos e entre uma diversi-
dade de línguas.
Durante muito tempo na história da
humanidade, os povos viveram isolados.
Mesmo atualmente, as pessoas não se en-
contram com tanta facilidade nessa imen-
sidão que é nosso planeta.
Assim, cada povo desenvolveu seu
modo de falar, escrever, vestir-se, morar e,
é claro, contar. Porém, contar é uma coisa,
e registrar uma quantidade é outra.
F USE / THINKSTOCK

Para contar, em termos matemáticos,


podemos fazer como os homens primiti-
vos e utilizar pedras. Mas, no momento
em que queremos registrar uma quantida-
de, podemos utilizar várias maneiras.

Professor(a), reparar
que um dos registros é
feito com o algarismo 5,
sendo esta forma reco-
nhecida mundialmente
devido ao sistema de nu-
meração indo-arábico,
do qual falaremos em
breve, ser amplamente
difundido. Ressaltar, po-
rém, que existem outras
formas de representar
uma quantidade.

Assim, contar é um ato bem mais simples que registrar. Sabia que até mesmo alguns
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animais, como um cachorro, podem “contar”? Na verdade, alguns animais têm uma no-
ção de pequenas quantidades, o que chamamos de senso numérico.
Matemática \ Universo 61

Se você observar uma cadela com suas

RENE VAN DEN BERG / DREAMSTIME.COM


crias, verá que ela tem uma boa noção da
quantidade de filhotes, tanto que se reti-
rar um sem que ela veja, ela provavelmen-
te perceberá a falta.

ADRIANO MACHADO / AFP


PIKSEL / DREAMSTIME.
Campeonato brasileiro
I STOCKPHOTO / THINKSTOCK

Rodada 1
19h20 Botafogo 3 X 2 Grêmio
21h00 Vasco 1 X 2 Corinthians
COM

21h50 Avaí 2 X 2 Flamengo


HEMERA / THINKSTOCK

Rodada 2
19h20 Fluminense 1 X 1 Vasco
21h00 Grêmio 3 X 4 Flamengo
Mas não se engane, senso numérico 21h50 Corinthians 3 X 1 Botafogo
é uma coisa e contagem é outra. Aliás, a
habilidade de contar é própria de nós, hu-
manos.
Falando em habilidade de contagem e Sistema de numeração
registro de quantidades, vamos pensar um
pouco sobre a real necessidade que temos No exercício 5 da Atividade 1, você
de registrar números. O tempo de duração precisou criar uma forma de representar
de uma aula é medido em minutos, e para a quantidade de alunos de sua classe. As-
isso utilizamos números. sim, você criou um número, ou melhor, um
Para telefonar a um amigo, você utiliza sistema de numeração. Talvez tenha sen-
uma sequência de números. Nas placas, tido a necessidade de criar um (ou mais)
sejam de carros ou de trânsito, temos le- símbolo, bem como uma regra para essa
tras e números. Para localizar uma casa em representação numérica.
uma rua, fazemos uso de números. Para Repare que é parecido com uma men-
comprar um lanche, você precisa utilizar sagem enviada para um amigo na forma de
uma quantia de dinheiro, que é indicada um código que apenas vocês conhecem,
por números. A posição que seu time de ou seja, devem existir símbolos e um con-
futebol preferido ocupa em uma tabela de junto de regras para a utilização deles, seja
campeonato é indicada por um número. na ordem da escrita dos símbolos, seja na-
Veja, então, que os números são utili- repetição etc.
zados para representar quantidades, códi- Da mesma forma, para a escrita de
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gos, medidas, ordem ou posição. números precisamos de um conjunto de


62 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

regras e, é claro, símbolos. Assim, conclu- É fácil supor que muitos sistemas eram
ímos que: formados contando-se de 5 em 5 ou de 10
em 10, pois essa é a quantidade de dedos
Um sistema de numeração é um de nossas mãos. Da mesma forma, temos
conjunto de símbolos e regras existen- outros sistemas que contavam de 12 em
tes para a escrita de números. 12, pois é o número de falanges nos dedos
de uma mão, exceto o dedão, que era uti-
lizado para contar. Foi daí que se originou
Agora, imagine quanto tempo se pas- o uso da dúzia (12 unidades) em algumas
sou e quantas foram as tentativas para situações de nosso cotidiano.
se encontrar um sistema eficiente. Essa
história começa desde os primórdios, na
época dos homens das cavernas, que se
utilizavam de riscos em ossos, galhos ou
na parede de cavernas para representar
os números. Com o passar do tempo, o
homem precisou representar outros nú-
meros, para contar as ovelhas de um reba-
nho, montar um calendário, medir terras,
cobrar impostos e muitas outras finalida-
des. Com isso, começou a criar símbolos e
regras que nem sempre eram eficientes,
sobretudo no momento de se operar com
esses números. Você já deve ter visto nú-
meros representados com letras (sistema
romano) e outros símbolos.
Logo abaixo temos uma tabela que re- Na sequência de nossa viagem, ire-
presenta algumas tentativas de sistema de mos estudar dois sistemas, o egípcio e o
numeração ao longo da história. romano.

Egípcios Babilônios Romanos Árabes Maias


Zero 0
Um I I 1
Dois II II 2
Três III III 3
Quatro IIII IV 4
Cinco IIIII V 5
Seis IIIIII VI 6
Sete IIIIIII VII 7
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Oito IIIIIIII VIII 8


Nove IIIIIIIII IX 9
Dez X 10
Matemática \ Universo 63

Sistema de numeração egípcio

GORAN BOGICEVIC / SHUTTERSTOCK


Mar Mediterrâneo
NIA
Cairo DÂ
JOR
HEMERA /THINKSTOCK

EGITO

Ma
r Ve
rme
l
ho
N

Um dos sistemas que vamos estudar é o sistema de numeração egípcio. A civiliza-


ção egípcia teve importância muito grande para a humanidade, sendo uma das mais
antigas. Temos como herança dessa civilização as majestosas pirâmides e muitas es-
culturas, desenhos e registros. Aliás, alguns desses registros dizem respeito ao siste-
ma de numeração utilizado na época. No quadro abaixo, temos os símbolos que eram
utilizados:
Flor de Dedo
Bastão Calcanhar Corda Girino Homem
lótus dobrado

Símbolo

Valor
1 10 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000
correspondente
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Além desses 7 símbolos, temos, é claro, um conjunto de regras para a escrita de nú-
meros. Assim:
64 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

– cada símbolo podia ser repetido até nove vezes em um mesmo numeral;
– não há registro de símbolo para o zero;
– não existe uma posição para a escrita dos símbolos, sendo os valores destes apenas
adicionados. Com isso, dizemos que é um sistema não posicional e aditivo. Como exem-
plo, temos:

a. 23 = c. 12.004 =

b. 405 = d. 1.020.300 =

Repare que o símbolo de maior valor é um homem ajoelhado com os braços levanta-
dos para o céu. Provavelmente significava um homem agradecendo aos deuses um nú-
mero tão alto. Afinal, eles não precisavam contar quantidades muito além dos milhões.

Sistema de numeração romano


Veremos, agora, o sistema de numeração romano. Esse sistema foi utilizado por mui-
tos séculos, num período de amplo e crescente domínio dos romanos na região da Euro-
pa, norte da África e Oriente Médio.
O Império Romano

Conquistas até 44 a.C. (morte de César)


Mar do Conquistas até o fim do século III (máxima extensão do império)
ico
Bált

HIBÉRNIA Norte
BRITÂNIA Anglos Mar
Saxões
OCEANO Godos
Lombardos
ATLÂNTICO Suevos Vândalos
BÉLGICA GERMÂNIA

O P A
CITAS

E U R RÉCIA DO G
ÓSF
ORO
GÁLIA REIN
O ALANOS
HELVÉCIA PANÔNIA DÁCIA Mar Cáspio
AQUITÂNIA GÁLIA
IBÉRIA
Mar Negro
ILÍ

CISALPINA
NIA

DALMÁCIA
A

HISPÂNIA Ma
TÂNI

I rA MÉSIA ARMÊNIA
Córsega T dri
LUSI

Á TRÁCIA PONTO
Baleares L áti
I
A
co MACEDÔNIA ÁSIA
Sardenha Mar PITÍNIA GALÍCIA
ESP

FRIGIA CAPADÓCIA
Mar Tirreno
IRO

A MES
Sicília Mar LÍDIA ÍCI OPO IMPÉRIO PARTO
LÍCIA CIL TÂM
IA
MAURITÂNIA Jônio SÍRIA
Rodes BABILÔNIA
Mediterrâneo Chipre
Creta
ÁFRICA ARÁBIA
EF6P-14-11

TRIP CIRENAICA
OLIT
ÂNIA
N
EGITO
Mar Vermelho
Matemática \ Universo 65

Domínios romanos
Confira como evoluiu o território do mais importante império da Antiguidade.

Conquistas
1a metade do século IV a.C. Invasões
Mar do

ico
Jutos bárbaras

Bált
HIBÉRNIA Norte Divisão de 2a metade do século IV a.C.
Anglos M ar Teodósio Século III a.C.
BRITÂNIA
Godos (395 d.C.)
OCEANO Saxões Suevos Até 44 a.C. (morte de César)
ATLÂNTICO Lombardos Burgúndios Até o fim do século III (máxima expansão)
BÉLGICA
GERMÂNIA Vândalos
Alamanos Visigodos Ostrogodos Hunos
ORO
RÉCIA OG ÓSF
GÁLIA REINO D
HELVÉCIA
PANÔNIA
DÁCIA Mar Cáspio
AQUITÂNIA GÁLIA
MÉSIA Mar Negro
ILÍ
CISALPINA
NIA
ARMÊNIA
A

HISPÂNIA Ma
TÂNI

Córsega I
T rA DALMÁCIA TRÁCIA
dri
LUSI

Baleares Roma Á L áti


co MACEDÔNIA Constantinopla MÉDIA
I
A
Sardenha Mar GALÁCIA
ESP

CAPADÓCIA
Mar Tirreno
IRO

IA MES
Sicília Mar LÍDIA
CIL
ÍC OPO
TÂM
MAURITÂNIA Cartago Jônio LÍCIA SÍRIA
I A

NUMÍDIA Rodes BABILÔNIA


Mediterrâneo Chipre
Creta
JUDEIA
Alexandria ARÁBIA
TRIP CIRENAICA
OLIT
ÂNIA
N EGITO

Império Romano do Ocidente Império Romano do Oriente Mar Vermelho

Ainda hoje temos forte herança deste sistema, sendo facilmente encontrado nos
mostradores de relógios, designação de séculos, capítulos de livros, ordem e nomeação
de papas e reis, numeração de leis etc.

I STOCKPHOTO / THINKSTOCK
I S T OCKPHOTO / THINKSTOCK

Porém, veja que é um sistema utilizado basicamente para se representarem quanti-


dades, da mesma forma como era feito no auge de sua utilização. Para se efetuarem cál-
culos, era comum o uso de ábacos e outros instrumentos. A representação dos símbolos
é feita com letras do alfabeto latino:
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Símbolo I V X L C D M
Valor 1 5 10 50 100 500 1.000
66 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

O conjunto de regras utilizado para se sentido, em um período datado entre os sé-


escreverem os números sofreu significati- culos IV e VII d.C., na região do vale do rio
vas mudanças ao longo de seus séculos de Indo, um novo sistema foi criado e, aos pou-
existência. Porém, hoje em dia são consi- cos, aperfeiçoado. Alguns viajantes árabes,
deradas as seguintes regras: curiosos com o novo sistema, começaram a
levar essa ideia para o ocidente. Um desses
– Símbolos que podem ser repetidos viajantes, o matemático persa Mohammed
até 3 vezes seguidas em um mesmo nume- Ibn al-Khowarizmi, escreveu, por volta de
ral: I, X, C e M. 825 d.C., textos que explicavam o funciona-
mento e a eficiência do inovador sistema.
– Símbolos que não são repetidos em Esse sistema foi chamado de Sistema
um mesmo numeral: V, L e D. Indo-arábico, fazendo-se referência aos
seus criadores (hindus) e propagadores
– Os símbolos escritos à direita de ou- (árabes). Aliás, os termos algoritmo e al-
tros de maior valor são adicionados. garismo são derivações do nome Al-Kho-
warizmi, por ter sido este um dos maiores
– Os símbolos escritos à esquerda de entusiastas do novo sistema.
outros de maior valor são subtraídos, con-
siderando apenas que:

I deve estar antes do V ou X;

DORLING KINDERSLEY RF / THINKSTOCK


X deve estar antes do L ou C;
C deve estar antes do D ou M.

– Para números maiores que 3.000, uti-


liza-se um traço sobre o símbolo que deve
ser multiplicado por 1.000. A cada traço
colocado sobre o símbolo, multiplica-se
novamente por 1.000.

Como exemplo, temos:


a. VIII = 8
b. XXIV = 24
c. MMDCCL = 2.750
d. XLIX = 49 Ilustração do globo com uma área
e. VCCXLIII = 5.243 habitada por civilização do vale do
rio Indo, na região da Índia

O nosso sistema de Certamente você, que já está no 6º


numeração: o indo-arábico ano, conhece esse sistema. Vamos, porém,
relembrar seus principais aspectos.
Vimos, anteriormente, dois sistemas de É um sistema que possui 10 símbolos,
numeração: o egípcio e o romano. Cada chamados algarismos. Além disso, como
qual tem as suas particularidades e caracte- ocorre no sistema egípcio, as trocas ocor-
rísticas. Porém, é fácil notar que não são tão rem de 10 em 10. Por essas razões é cha-
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eficientes para a escrita de números muito mado de sistema decimal. Eis os 10 alga-
grandes ou, principalmente, são muito pou- rismos:
co práticos quando queremos efetuar algum
cálculo. Assim, no decorrer da história, fo- 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
ram realizadas outras tantas tentativas de se
criar um sistema realmente eficiente. Nesse
Matemática \ Universo 67

Com esses dez símbolos podemos representar qualquer numero e de qualquer tama-
nho.
Como ocorre no sistema romano, este também é um sistema posicional, pois a posi-
ção em que o símbolo (algarismo) é escrito indica o seu real valor. Exemplo:
_ _ _ 1 = valor de 1 (uma unidade)

_ _ 1 _ = valor de uma dezena (dez unidades)

Repare que, para isso, temos a existência do 0 (zero), pois ele serve basicamente para
indicar a "ausência" de alguma posição.
_ _ 1 0 = valor de 10 (dez unidades)

Outra curiosidade é o fato de se poder escrever um algarismo tantas vezes quanto for
necessário em um mesmo numeral, ao contrário dos outros dois sistemas estudados aqui.
Conforme já foi dito, sendo este um sistema posicional, podemos escrever os núme-
ros separando-os em classes (conjunto de 3 algarismos) e ordens (ordem ou posição em
que os algarismos se encontram). Veja o quadro que representa o número 85.021.404:

3ª classe – Milhões 2ª classe – Milhares 1ª classe – Unidades



9ª ordem 8ª ordem 6ª ordem 5ª ordem 4ª ordem 3ª ordem 2ª ordem 1ª ordem
ordem
Centena Dezena Unidade Centena Dezena Unidade
de de de de de de Centena Dezena Unidade
milhão milhão milhão milhar milhar milhar
8 5 0 2 1 4 0 4

Repare também que, assim como no sistema egípcio, o nosso é aditivo, ou seja, os
valores dos símbolos no numeral são adicionados. Exemplo:
523 = 500 + 20 + 3

Conjunto dos O conjunto dos números naturais é for-


mado por uma sequência de números que
números naturais aumentam de 1 em 1 unidade partindo do
Desde os tempos mais remotos até os 0 (zero), ou seja,
dias atuais, a contagem de elementos da  = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11;
natureza nos traz a ideia de partes “in- 12; 13; ...}
teiras”, como 4 cachorros, 3 árvores, 200 Se excluirmos o zero desse conjunto,
pessoas etc. Experimente contar o nú- passamos a representar o conjunto dos
mero de jacarés que está em sua sala de números naturais não nulos como:
aula. Provavelmente você usará o número * = {1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11; 12;
0 para indicar este total. Assim, quando 13; ...}
precisamos fazer uma simples contagem, O sinal asterisco (*) indica ausência do zero.
utilizamos um conjunto de números conhe-
EF6P-14-11

cido como conjunto dos números naturais. Observe que, apesar de o zero represen-
Aliás, chamamos de conjunto de números tar o menor número natural, não temos um
ou conjunto numérico um conjunto no qual “maior” número natural, pois o conjunto é
seus elementos são números. infinito. Da mesma forma, podemos obser-
var a existência de dois conceitos: o de su-
cessor e o antecessor de um número.
68 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

Sucessor: sempre que adicionamos De maneira geral, se chamamos um


uma unidade a um número natural, encon- número natural não nulo de n (uma letra
tramos o sucessor deste número. que represente um número qualquer), o
Exemplos seu antecessor será n – 1.
5 é sucessor do 4, pois 4 + 1 = 5
10.000 é sucessor do 9.999, pois Observações
9.999 + 1 = 10.000 – Não temos, no conjunto dos naturais,
um antecessor do zero.
De maneira geral, se chamamos um – Quando dizemos sucessivo ou con-
número natural de n (uma letra que repre- secutivo, estamos nos referindo à ideia de
sente um número qualquer), o seu suces- sucessor.
sor será n + 1. – Quando dizemos antecedente ou
precedente, estamos nos referindo à ideia
Antecessor: sempre que subtraímos uma de antecessor.
unidade de um número natural não nulo, en-
contramos o antecessor deste número. Exemplo
Exemplos São exemplos de números consecuti-
5 é antecessor do 6, pois 6 – 1 = 5 vos: 3, 4, 5, 6 ou 101, 102, 103.
989 é antecessor do 990, pois
990 – 1 = 989

Representação geométrica dos números naturais


Em muitas situações, precisamos comparar números naturais. Imagine-se indo a um
teatro que possui cadeiras numeradas. Com base no número observado no início de uma
fileira, você é capaz de encontrar com certa facilidade seu assento.
Para observar com mais facilidade uma sequência numérica, é comum representá-la
em uma reta numerada. Para isso, podemos seguir o seguinte procedimento:

I. Traçaremos uma reta com auxílio de uma régua e marcaremos um ponto O qual-
quer, que chamaremos de origem.

II. À direita do ponto O, marcaremos pontos equidistantes (mesma distância) entre


si. Usaremos, por exemplo, a medida de 1 centímetro para marcar os pontos.
O A B C D E F G H...

III. A cada ponto da reta, corresponderemos um número natural, começando pelo


zero.
O A B C D E F G H...
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0 1 2 3 4 5 6 7 8...
Matemática \ Universo 69

Dessa forma, teremos os números naturais representados em ordem crescente em


uma reta.
0 1 2 3 4 5 6 7 8...

Para compararmos os números, utiliza-


mos os símbolos > (maior que) e < (menor
que), que são relações de desigualdade.

Exemplos

GEMENACOM / SHUTTERSTOCK
Observando a reta acima, podemos
concluir que:
7 > 5 (7 é maior que 5, pois está à direi-
ta de 5).
3 < 8 (3 é menor que 8, pois está à es-
querda de 8).

Repare que a representação dos núme-


ros por meio de uma reta, também chama-
da representação geométrica, permite- Para escrever as diversas possibilidades
-nos uma outra forma de comparação dos de números naturais que indicam o nú-
números. mero de passageiros que um ônibus pode
transportar, podemos utilizar a forma de
conjunto:
Determinando partes Considerando 42 lugares, temos:
do conjunto dos {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11; 12; 13;
14; 15; 16; 17; 18; 19; 20; 21; 22; 23; 24;
números naturais 25; 26; 27; 28; 29; 30; 31; 32; 33; 34; 35;
36; 37; 38; 39; 40; 41; 42}
Você já viu uma situação que apresen-
ta mais de uma solução? Por exemplo, o Veja que é um tanto quanto trabalhoso
número de alunos matriculados em sua escrever todas as possibilidades. Porém,
classe é indicado por um único número. há uma maneira abreviada e universal de
Por outro lado, considere um ônibus que se representarem partes de um conjunto
possui 42 assentos para passageiros. numérico (ou subconjunto). Para o mesmo
Se alguém lhe perguntar quantas pes- exemplo do ônibus, teremos:
soas este ônibus está transportando sem {x ∈│x < 43}
que você veja o interior do ônibus, você Lê-se: “x pertence ao conjunto dos nú-
poderá dizer que o ônibus pode estar vazio, meros naturais tal que x é menor que 43”.
ou com apenas 1 passageiro, ou apenas 2 O símbolo ∈ é uma letra do alfabeto grego
passageiros, e assim por diante. Dessa for- usada para indicar a ideia de pertencer.
ma, se quiser indicar quantos passageiros
sentados este ônibus está transportando, Repare que, quando dizemos “menor
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poderá ter várias possibilidades. que 43”, não estamos incluindo o 43.
70 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

Essa forma de representar partes de um conjunto também é chamada de subcon-


junto.
Veja outros exemplos:
• {x ∈│ x > 12}
Nesse caso, estamos considerando números naturais maiores que 12. Assim, é
equivalente a {13; 14; 15; ...}.

• {x ∈│8< x < 20}


Nesse caso, estamos considerando números naturais maiores que 8 e menores
que 20, isto é, entre 8 e 20. (O termo “entre” exclui os extremos, nesse caso, o 8 e o 20.)
Então, temos { 9; 10; ... ; 18 ; 19}.

• {x ∈│200 < x < 399}


Nesse caso, estamos considerando números naturais maiores que 200 e meno-
res que 399, isto é, entre 200 e 399. Consequentemente, {201; 202; 203; ...; 397; 398}.

Além dos símbolos < e >, temos também os símbolos ≤ (menor ou igual) e ≥ (maior
ou igual). Exemplos:

• {x ∈│ x ≥ 12}
Nesse caso, estamos considerando números naturais maiores que 12 ou igual a
12. Logo, {12; 13; 14 ...}.

• {x ∈│8 ≤ x ≤ 20}
Nesse caso, estamos considerando números naturais que variam de 8 até o 20.
Nesse caso, o 8 e o 20 estão incluídos no conjunto. Assim, {8; 9; 10; ...; 18; 19 ; 20}.

Observação
Assim como na língua portuguesa, temos várias maneiras de mostrar uma mesma
ideia. Para o conjunto de números {3; 4; 5; 6; 7; 8; 9}, podemos escrever:
{x ∈│3 ≤ x ≤ 9} = {x ∈│2 < x ≤ 9} =
= {x ∈│3 ≤ x < 10} ={x ∈│2 < x < 10}

Sequências formadas por números naturais


Desde pequeno, você provavelmente cia que aumenta de 2 em 2 unidades a par-
deve jogar “par ou ímpar” para ver quem, tir do 1. Com isso, o conjunto dos números
por exemplo, inicia um jogo. Dessa forma, naturais forma uma sequência que alterna
você já deve saber que os números natu- entre par e ímpar.
rais são divididos em duas sequências nu- Da mesma forma, ainda considerando
méricas: o conjunto dos números naturais, pode-
– números pares: (0, 2, 4, 6, 8, 10, ...) mos formar outras sequências numéricas.
– números ímpares: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ...) Veja exemplos:
Repare que, no conjunto dos números I. (0, 10, 20, 30, 40, ...)
EF6P-14-11

naturais, os números pares formam uma Começa em zero e aumenta de 10


sequência numérica que se inicia no zero em 10 unidades.
e aumenta de 2 em 2 unidades. Da mesma II. (25, 20, 15, 10, 5, 0)
forma, para o mesmo conjunto numérico, Começa em 25 e diminui de 5 em
os números ímpares formam uma sequên- 5 unidades.
Matemática \ Universo 71

III. (2, 4, 8, 16, 32, ...)


Começa em 2 e cada elemento é formado pelo dobro do elemento anterior.
Repare que uma sequência pode ser infinita (como nas sequências I e III) ou finita,
como na sequência II (como estamos trabalhando com números naturais, o limite é o zero).

Além de números, há outras formas de sequências, como, por exemplo:


Letras: (a, b, c, d, e, ...)
Figuras: ( ...)
Palavras: (bom, estudo, bom, estudo, bom, estudo, bom, ...)

Descubra o
próximo elemento
da sequência 2, 10,
12, 16, 17,18,
19, ....

Não sei.

É o duzentos! São números


cujos nomes começam com a letra D.
EF6P-14-11
Capítulo

1 Números: a linguagem do universo

Atividade 1 • Um pouco de história


MATEMÁTICA • GRUPO 1 •
UNIVERSO

Exercícios de Aplicação
01) No universo em que você está, a sala 02) Quando uma pessoa viaja para ou-
de aula, temos vários exemplos de utiliza- tro país, ela se depara com a dificuldade
ção dos números para representar quan- de se comunicar devido à diversidade de
tidade, medida, código e ordem. Dê um línguas. Da mesma forma, o dinheiro utili-
exemplo de cada um. zado em cada país, com algumas exceções,
é diferente, bem como o seu valor. Assim,
Resposta pessoal
Professor(a), após discussão com os alu-
são necessárias conversões de moedas. No
nos, poderemos ter o número de alunos da entanto, os números foram, no decorrer
classe como exemplo de quantidade, o tem- da história, sendo padronizados no mundo
po de duração de uma aula como medida inteiro. Escreva as vantagens de se ter uma
(tempo), o código do aluno na escola como linguagem universal como os números.
um código e sua posição na lista de chama-
das como ordem. R.: É por meio de uma linguagem única,
universal, que podemos nos comunicar com
mais rapidez e facilidade, sem a necessidade
de traduções ou conversões, como ocorre
com a linguagem falada ou escrita e algu-
mas unidades de medida.

Professor(a), discutir
com os alunos a necessi-
dade que o homem teve
ao longo da história de
padronizar a escrita dos
números. Reforçar que
muitas foram as tentati-
vas de se encontrar uma Exercícios Propostos
escrita numérica que fos-
se eficiente, sobretudo 03) Cite 3 exemplos de situações nas quais 05) Represente a quantidade de alunos
para os cálculos escritos. os números são utilizados como um código. de sua classe sem utilizar-se dos números
Talvez por isso a nume-
ração indo-arábica foi que você já conhece.
Exemplos: carteira de identidade, CEP e
difundida no mundo, ou código de barras. Resposta pessoal. Professor(a), sugerir
seja, é um instrumento que seus alunos expliquem para a classe a
eficaz para se escreve- maneira como “criaram” uma representa-
rem números e operar ção numérica. Esse exercício possibilitará
com eles. Nas próximas uma boa discussão para a próxima ativida-
atividades, “sistemas de de: sistemas de numeração.
numeração”, essa discus-
são será aprofundada. 04) Cite 3 exemplos de situações nas quais
os números são utilizados como medida.
EF6P-14-12

Exemplos: área de um apartamento, mas-


sa de um pacote de arroz e capacidade de
uma garrafa de suco.
Matemática \ Universo 73

Atividade 2 • Sistema de numeração


Exercícios de Aplicação
01) No texto, quando falamos na definição de sistema de numeração, vimos que existem
duas condições necessárias para sua existência. Escreva quais são essas duas condições.
R.: Conjunto de símbolos e conjunto de regras.

02) A figura abaixo apresenta certa quantidade de bolas:

Observe o quadro a seguir:

Egípcios Babilônios Romanos Árabes Maias


Zero 0
Um I I 1
Dois II II 2
Três III III 3
Quatro IIII IV 4
Cinco IIIII V 5
Seis IIIIII VI 6
Sete IIIIIII VII 7
Oito IIIIIIII VIII 8
Nove IIIIIIIII IX 9
Dez X 10

O quadro está mostrando a escrita de alguns números em diferentes sistemas. Repre-


sente o total de bolas de cinco maneiras diferentes fazendo uso do quadro.
R.: Resposta de acordo com o quadro do texto – Símbolos da linha referente ao número 7.

Egípcios Babilônios Romanos Árabes Maias


IIIIIII VII 7
EF6P-14-12
74 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

Exercícios Propostos
03) Pesquise qual é o nome do sistema de 04) Você acredita que o sistema de nu-
numeração utilizado hoje em dia em nosso meração que utilizamos atualmente pode
país. ser modificado? Escreva, em poucas pala-
vras, sua opinião.
R.: Sistema de numeração indo-arábico.
R.: Resposta pessoal, apenas para reflexão
por parte do aluno. Se julgar necessário,
proporcionar um momento para uma rápida
discussão sobre o tema.

Atividade 3 • Sistema de numeração egípcio


Exercícios de Aplicação
01) Uma das características mais marcantes 03) Em uma expedição, um historiador en-
do sistema de numeração egípcio é o fato de controu um registro que indicava, possivel-
ser um sistema no qual a posição dos símbo- mente, a população de certa região egípcia.
los não altera o valor representado. Escreva No escrito, aparecia o número abaixo.
uma outra característica desse sistema.
R.: Exemplo: cada símbolo pode ser re-
petido até nove vezes no mesmo numeral,
pois na décima repetição temos um novo
símbolo.
Escreva, por extenso, o número que
possivelmente indicava essa população.
02) Considerando apenas o símbolo re-
presentado por um “girino”, qual é o maior R.: Vinte e três mil quatrocentos e vinte
(23.420). Basta adicionar os valores de cada
número que podiam escrever utilizando- símbolo de acordo com a tabela do texto.
-se apenas desse símbolo?
R.: 900.000 (9 x 100.000)

Exercícios Propostos
04) Escreva cada número abaixo na forma de numeração egípcia.
a. 243 b. 4.010 c. 1.100.020 d. 230.000

a. b.
EF6P-14-12

c. d.
Matemática \ Universo 75

05) Escreva cada número abaixo na forma 06) Um professor aplicou prova em duas
de numeração indo-arábica. salas. Na primeira sala havia alunos
e, na segunda, . Em seguida, o pro-
a. fessor corrigiu todas as provas. Podemos
afirmar que ele corrigiu, no total:
a. 14 provas.
b. b. 24 provas.
c. 34 provas.
d. 43 provas.
c. e. 54 provas.

R.: Alternativa C
Ao todo, temos: 3 calcanhares = 3 · 10 = 30
d. + 4 bastões = 4 · 1 = 4
Logo, 30 + 4 = 34

a) 283
b) 1.112
c) 100.022
d) 1.060.000

Atividade 4 • Sistema de numeração romano


Exercícios de Aplicação
01) Pense em uma razão pela qual símbolos como V, L e D não eram repetidos.
R.: Se usarmos duas vezes o símbolo “V”, teremos VV = 5 + 5 = 10. Porém, já existe um símbolo para
o 10 (X = 10). Da mesma forma ocorre com o L e o D.

02) Conforme vimos no texto, o sistema de numeração romano mais atual não utiliza
repetição de um mesmo símbolo mais de 3 vezes seguidas num mesmo numeral. An-
tigamente, alguns relógios registravam o 4 como IIII. Porém, podemos ter um símbolo
repetido mais de 3 vezes num mesmo numeral, desde que não sejam consecutivas. Dê
um exemplo de um número com esta característica.
R.: Por exemplo, 39 = X X X I X, no qual temos 4 letras “X”, porém intercaladas com outro símbolo.
EF6P-14-12

03) Quantas letras de nosso alfabeto representam números no sistema de numeração


romano?
R.: 7 letras (I, V, X, L, C, D e M)
76 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

Exercícios Propostos
04) Escreva os números abaixo no siste- 06) Considere a sequência a seguir:
ma de numeração romano. (I, III, V, VII, ?)
a. 3.057 d. 87 O número que completa corretamente
b. 682 e. 12.013 essa sequência é:
c. 402 a. L
b. IX
a) MMMLVII d) LXXXVII c. X
b) DCLXXXII e) XII XIII d. XI
c) CDII e. XX
R.: B, pois (I, III, V, VII, ?) = (1, 3, 5, 7, 9) –
números ímpares. Portanto: ? = IX

05) Represente cada número abaixo no


sistema de numeração indo-arábico.
a. XXXVIII c. MCXI
b. DCCXLIV d. LXXVI

a) 38 c) 1.111
b) 744 d) 76

Atividade 5 • O nosso sistema de numeração: o indo-arábico


Exercícios de Aplicação
01) Escreva duas semelhanças entre o siste- 03) Compare o sistema de numeração
ma de numeração indo-arábico e o egípcio. romano com o sistema indo-arábico escre-
Professor(a), é co- vendo uma semelhança e uma diferença.
mum os alunos dizerem R.: São sistemas ditos decimais, pois tro-
que o sistema de nume- cas ocorrem de 10 em 10. R.: Exemplo:
ração romano usa le- São sistemas aditivos, uma vez que os Semelhança: os dois sistemas são po-
tras, enquanto o nosso, valores dos símbolos são adicionados no sicionais.
símbolos”. Lembrá-los numeral. Diferença: quantidade de símbolos. O
de que as letras tam- indo-arábico tem 10 e o romano, 7.
bém são, antes de qual-
quer coisa, símbolos.

02) Agora, escreva duas diferenças entre


o sistema indo-arábico e o egípcio. 04) Em cada número abaixo, indique o va-
lor do algarismo 4.
R.: O sistema indo-arábico é posicional, ao
contrário do egípcio.
a. 4 c. 12.043.789
No indo-arábico, os símbolos podem ser b. 402 d. 40.073.000
EF6P-14-12

repetidos muitas vezes, no egípcio, somente


até nove vezes. a) 4 unidades
b) 4 centenas = 400
c) 4 dezenas de milhar = 40.000
d) 4 dezenas de milhão = 40.000.000
Matemática \ Universo 77

Exercícios Propostos
05) Com relação ao número 08) Em um sistema de numeração há 4
120.321.564.684, indique: símbolos, os quais podem ser repetidos
a. o total de classes; até 3 vezes.
R.: São 4 classes: 120.321.564.684 ∗=1  = 16
 =4  = 64
Como você escreveria o número 100
b. o total de ordens. nesse sistema?
R.: São 12 ordens representadas cada qual a. ∗
por um algarismo. b.  d. ∗∗
c. ∗ e. ∗

06) Decomponha cada número abaixo se- R.: B. Basta adicionar os respectivos valo-
guindo o exemplo dado: res dos símbolos em cada alternativa.
437 = 400 + 30 +7
a. 1.235 c. 426.517
b. 10.205
R.: a) 1.000 + 200 + 30 + 5 09) Um número é escrito com 11 algaris-
b) 10.000 + 200 + 5 mos no sistema de numeração indo-arábico.
c) 400.000 + 20.000 + 6.000 + 500 + 10 + 7 Podemos afirmar que o nome da classe
mais elevada desse número é:
a. classe dos milhões.
b. classe dos bilhões.
07) Indique o valor posicional que o alga- c. classe dos trilhões.
rismo 3 tem em cada número abaixo. d. classe dos milhares.
a. 20.301 e. classe das unidades simples.
b. 305.521
c. 102.030 R.: B. O número será ab cde fgh ijk, em
que cada letra representa um algarismo do
R.: a) 3 centenas = 300
total de 11. A 4ª classe (algarismos ab) diz
b) 3 centenas de milhar = 300.000
respeito à classe dos bilhões.
c) 3 dezenas = 30

Atividade 6 • Conjunto dos números naturais


Exercícios de Aplicação
01) É comum algumas pessoas confudirem números naturais com algarismos indo-ará-
bicos. Como já vimos, os 10 algarismos indo-arábicos formam um conjunto finito (que
tem fim). Por outro lado, estes mesmos algarismos formam os 10 primeiros números
naturais além, é claro, de todos os outros números naturais. Para evitar essa confusão,
escreva os 15 primeiros números naturais.
EF6P-14-12

R.: 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11; 12; 13; 14. Professor(a), certificar-se de que tenham incluído o
zero na contagem. Alguns alunos podem escrever até o número 15 esquecendo-se de contar o zero.
78 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

02) De todos os infinitos números naturais, existe um que não tem antecessor. Qual é?
Dê uma razão para isso.
R.: É o número zero. Ele não tem antecessor no conjunto dos naturais, pois é o primeiro número da
sequência, não existindo nenhum número anterior a ele no conjunto dos números naturais.

03) Se um número natural for represen- 04) Observe a sequência de 5 termos:


tado pela expressão n + 4, qual expressão (x – 1), x, (x + 1), (x + 2), (x + 3).
indicará o seu antecessor? E seu sucessor? Se x = 3, qual seria o 6º termo dessa se-
R.: Antecessor: n + 3 (n + 4 – 1) quência?
Sucessor: n + 5 (n + 4 + 1) a. 3 c. 7 e. 5
b. 10 d. 6

R.: 7. Basta trocar x por 3 na sequência dada.

Exercícios Propostos
05) Quais são os três maiores números 07) Qual é o antecessor do sucessor de 21?
naturais consecutivos de 2 algarismos?
R.: O próprio número 21.
R.: 97, 98, 99. Verificar qual é o maior (99) É uma questão que convém ser respondi-
e registrar os dois antecessores a ele. da do final para o começo. (sucessor de 21 é
22. Antecessor de 22 é 21.)

Professor(a), dar aten-


ção maior à última linha 06) Complete a tabela abaixo com os ante-
da tabela. É comum cessores e sucessores dos números dados. 08) Qual é o sucessor do sucessor de 299?
alguns alunos confundi-
R.: O número 301.
rem a escrita do ante- Antecessor Número Sucessor É uma questão que convém ser respondida
cessor.
do final para o começo. (sucessor de 299 é
9 10 11 300. Sucessor de 300 é 301).
240 241 242
1.098 1.099 1.100
100.108 100.109 100.110
299.999.999 300.000.000 300.000.001

Atividade 7 • Representação geométrica dos números naturais


Exercícios de Aplicação
01) Construa uma representação geométrica dos 15 primeiros números naturais. Para
EF6P-14-12

isso, considere uma distância de 1 cm entre cada número da reta.


R.:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14...
Matemática \ Universo 79

02) Considere uma reta numerada. Se tiu do ponto em que uma placa indicava
estivermos no ponto referente ao número 32 km e parou no ponto em que outra pla-
8 e avançarmos 5 unidades para a direita, ca indicava 47 km, quantos quilômetros
em qual número chegaremos? essa pessoa percorreu?
R.: 13. Basta efetuar uma simples adição
(8 + 5 = 13).
Professor(a), mostrar esse “deslocamen-
to” na reta numerada.
km
32
03) Você talvez já tenha reparado que
muitas estradas apresentam pequenas
placas que indicam quantos quilômetros R.: 15 km. Basta efetuar uma simples sub-
foram percorridos da estrada até aque- tração (47 – 32 = 15).
le ponto, partindo do início da estrada. Professor(a), mostrar esse “deslocamen-
to” na reta numerada.
Imagine, então, um longo trecho de uma
estrada em linha reta. Se uma pessoa par-

Exercícios Propostos
04) Complete com os sinais < (menor que) ou > (maior que).
a. 12 < 16
b. 105 < 116
c. 47 > 23
d. 101.000 > 100.102
e. 2.015 < 2.105

05) Considere a seguinte reta numérica:


O S P T Q
0

Considerando que a distância entre dois pontos consecutivos é de uma unidade, es-
creva qual é o número correspondente a cada ponto dado.
R.: S = 2; P = 5; T = 7; Q = 8
EF6P-14-12
80 Capítulo 1 – Números: a linguagem do universo \ Grupo 1

Atividade 8 • Determinando partes do


conjunto dos números naturais
Exercícios de Aplicação
01) Utilizando-se dos sinais < ou >, escre- 03) Relacione todos os números perten-
va um subconjunto que indique os núme- centes a cada subconjunto abaixo:
ros naturais menores que 13. a. {x ∈│8 ≤ x ≤ 13 }
R.: {x ∈│x < 13} R.: { 8; 9; 10; 11; 12; 13 }

b. {x ∈│ 32 ≤ x < 39}


02) Utilizando-se dos sinais ≤ ou ≥, escre-
R.: { 32; 33; 34; 35; 36; 37; 38 }
va um subconjunto que indique os núme-
ros naturais maiores que 201.
c. {x ∈│21 < x ≤ 25 }
R.: {x ∈│ x ≥ 202}
R.: { 22; 23; 24; 25 }

d. {x∈│ 2.000 < x < 2.005}


R.: { 2.001; 2.002; 2.003; 2.004 }

Exercícios Propostos
04) Escreva um subconjunto dos números 05) Dentre todos os elementos do sub-
naturais formado por números pares me- conjunto {x ∈|2 ≤ x < 19}, quantos são
nores que 14. ímpares?
R.: São, ao todo, 8 números ímpares dentro do
R.: {0; 2; 4; 6; 8; 10; 12} subconjunto dado: {3; 5; 7; 9; 11; 13; 15; 17}

Atividade 9 • Sequências formadas por números naturais


Exercícios de Aplicação
01) Descobrir qual é a lei de formação de uma sequência pode ser uma divertida brinca-
deira. É como se você tivesse de encontrar um “código” criado por alguém. Nesse exercí-
cio, descubra o próximo elemento de cada sequência e escreva a lei de formação.
a. (7, 9, 11, 13, _____) c. (4, 7, 9, 12, 14, 17, 19, ____)
b. (1, 5, 25, 125, _____) d. (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, _____)
a. 15. Basta adicionar 2 para obter o termo seguinte.
b. 625. Basta multiplicar por 5 para obter o termo seguinte.
EF6P-14-12

c. 22. A sequência alterna entre adicionar 3 e adicionar 2.


d. 21. Cada elemento, partindo do terceiro, é obtido pela soma dos dois termos anteriores.

Professor(a), essa sequência (d) é um pouco mais abstrata e geralmente torna-se um desafio para
os alunos. Motivá-los a não desistir logo de início. Essa é a famosa “Sequência de Fibonacci”, utilizada
no estudo algébrico ou geométrico em séries posteriores.
Matemática \ Universo 81

02) Se o número n + 3 é um número natu- 03) Utilizando-se apenas dos algarismos


ral ímpar, qual é o próximo número ímpar 3, 5 e 6, escreva uma sequência numérica
na sequência dos números naturais? crescente de números formados por estes
a. n 3 algarismos distintos.
b. n + 1
R.: 356, 365, 536, 563, 635, 653. Obser-
c. n + 2 var que os primeiros (menores) devem ter o
d. n + 4 menor algarismo (3) na maior ordem (cen-
e. n + 5 tena), procedendo da mesma forma com a
dezena e a unidade. Raciocínio semelhante
R.: E. (n + 3) + 2 = n + 5 é aplicado aos demais números.

Exercícios Propostos
04) Uma determinada sequência numéri- 05) A sequência de letras de nosso alfa-
ca tem o número 3 como primeiro termo. beto é finita ou infinita?
Depois, cada termo é formado pelo triplo
R.: Finita, afinal não temos infinitas letras.
do antecessor. Nesse sentido, qual deverá
ser o 6º termo dessa sequência?
R.: Será o número 729. Como cada termo
é correspondente ao triplo do antecessor, e
o primeiro é 3, teremos a sequência (3, 9, 06) Crie uma sequência numérica e apre-
27, 81, 243, 729...). sente a um colega de classe para que ele
tente descobrir qual é o próximo elemento.

Resposta pessoal. Aqui, o objetivo é de-


senvolver a criatividade por parte do aluno.
Ele deve apresentar também qual é a lei de
formação da sequência criada por ele.
EF6P-14-12
Capítulo Operações fundamentais
2 com números naturais
A adição de números • Propriedade comutativa
MATEMÁTICA • GRUPO 1 •
UNIVERSO

Em uma adição, a ordem das parcelas


naturais e suas não altera a soma.
propriedades Exemplo: 7 + 9 = 16
O universo em que vivemos começou a 9 + 7 = 16
ser mais bem compreendido com o avanço
das várias ciências, dentre elas, a matemá- • Propriedade associativa
tica. No capítulo anterior, vimos que foram A propriedade associativa diz que, em
várias as tentativas de representação de uma adição, podemos associar as parce-
números até chegarmos ao sistema indo- las em qualquer ordem, pois a soma não
arábico. Uma das explicações para tantas se altera.
mudanças se deve ao fato de que o ho- Exemplo: (6 + 4) + 5 = 10 + 5 = 15
mem precisou não apenas registrar quan- 6 + (4 + 5) = 6 + 9 = 15
tidades, mas fazer operações com elas, Repare que essa propriedade é muito
como adicionar quantidades ou verificar útil quando temos parcelas que se adicio-
diferenças entre elas. Assim, o sistema de nam mais facilmente, como no exemplo
numeração indo-arábico mostrou-se mui- anterior.
to eficiente, de tal forma que, tanto tempo • Elemento neutro
depois de sua criação, mantém-se vivo até Responda rápido, qual é o número
os dias atuais. que, adicionado a 579, resulta justamente
Você, que já está no 6º ano, terá a em 579? Se pensou no zero, acertou! Afi-
Professor(a), lembrar
os alunos de que essa
oportunidade de revisar as quatro opera- nal, em uma adição, quando colocamos a
propriedade é muito ções elementares: adição, subtração, mul- parcela zero (0), na verdade não estamos
usada no cálculo men- tiplicação e divisão, bem como suas prin- adicionando coisa alguma, nenhuma uni-
tal, pois, quando chega- cipais propriedades. Começaremos nossa dade. Com isso, o zero é conhecido como
mos em parcelas como viagem pelo universo da adição. elemento neutro da adição.
10, o cálculo é mais fácil. A adição, como você já sabe, é uma Exemplo: 5 + 0 = 5
Neste momento, fa-
remos uma revisão das
operação matemática que tem por fina- 0 + 18 = 18
quatro operações ele- lidade juntar, reunir partes, que, no nos-
mentares. so caso, são representadas por números. • Propriedade de fechamento
Aproveite para reto- Como exemplo, temos:
mar os principais algorit- Talvez você já tenha reparado que a
mos usados e, principal- adição de dois números naturais será sem-
mente, seus significados. 12 + 13 = 25 Soma
Comentar com os alunos
pre um número natural. Essa característica
sobre o termo “algorit- é conhecida como propriedade de fecha-
Parcelas mento da adição.
mo”, que apareceu no
capítulo anterior, quando
falamos sobre o matemá- Atente-se para o uso correto dos ter-
tico persa Al-Khowarizmi,
donde vem os termos al-
mos. Os números 12 e 13, que estão sendo A subtração de
garismo e algoritmo.
adicionados, são as parcelas. O resultado,
25, é a soma.
números naturais e
Lembrá-los de que já
conhecem as operações Algumas propriedades são muito im- suas propriedades
e que iremos retomar portantes e muito utilizadas nessa ope- Podemos dizer que, de certa maneira,
EF6P-14-11

importantes conceitos, ração. Aliás, lembre-se de que o termo a operação de subtração surge como uma
bem como aprofundar a “propriedade” está relacionado com “ca- consequência de uma operação de adição.
discussão.
racterística” ou “qualidade própria de Por exemplo, considere que Nestor tinha
algo”. Vamos relembrar: certa quantia em dinheiro no seu bolso.
Depois, colocou mais 12 reais. Ao retirar
Matemática \ Universo 83

todo o dinheiro que estava no bolso, veri- Professor(a), outro


detalhe importante a

G OODSHOT / THINKSTOCK
ficou que estava com 65 reais. Se chamar- se considerar é o uso
mos a quantia inicial desconhecida de x, correto de termos uti-
poderemos montar a seguinte sentença: lizados nas operações,
x + 12 = 65 como soma, parcela,
Repare que, para chegarmos ao valor produto, fator etc. O
que Nestor tinha inicialmente, devemos bom entendimento e
o frequente uso desses
verificar quanto falta no 12 para chegar termos tornam mais
em 65, ou, em outras palavras, devemos claros os conteúdos
verificar a diferença entre 65 e 12: posteriores, como, por
x = 65 –12 = 53 exemplo, “produtos”
notáveis, no 8º ano.
Logo, Nestor tinha 53 reais inicialmente.
Reforçar a ideia de que
Observamos, então, que nem sempre a o zero é elemento neutro
subtração é vista como algo que se está re- apenas da adição.
tirando ou subtraindo, mas sim como um 172 – 165 = 7
complemento ou comparação. A diferença é de 7 cm.
Da mesma forma que na adição, de- • Completar
vemos estar atentos para os termos que Cláudio tem 12 reais. Para comprar um
devem ser corretamente empregados na DVD que custa 35 reais, quantos reais pre-
operação: cisará acrescentar aos 12 reais?
78 – 65 = 13 Resto ou
diferença

L O SEVSKY PHOTO AND VIDEO / SHUTTERSTO C K


Minuendo Subtraendo

Veja que cada termo tem seu próprio


nome, ao contrário do que vimos na adi-
ção (os dois termos iniciais eram chama-
dos de “parcelas”). Isso se deve ao fato de
que na subtração não temos a proprieda-
de de fechamento, ou seja, nem sempre a
diferença entre dois números naturais será
um número natural. Assim, a ordem em 35 – 12 = 23
que o minuendo ou o subtraendo aparece Precisará de mais 23 reais.
na operação muda o resultado. • Tirar ou subtrair
Exemplo De um pote de 30 biscoitos, Ana comeu
15 – 12 = 3 18. Quantos sobraram?
12 – 15 = não é número natural.

Dessa forma, na subtração, não te-


mos propriedades como comutativa (vide
exemplo anterior), associativa ou elemen-
HEMERA / THINKSTOCK

to neutro.
De forma resumida, a operação de sub-
EF6P-14-11

tração pode ser empregada para:


• Comparar
Júlio tem 172 cm de altura e Clara tem
165 cm de altura. Qual a diferença de altu-
ra entre os dois? 30 – 18 = 12
Sobraram 12 biscoitos.
84 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

Professor(a), neste mo-


mento, faremos uma bre- Resolver problemas uma personagem da história. Assim, em um
exercício que diz sobre um garoto compran-
ve reflexão sobre os pro-
pósitos de se resolver os
não é problema do algo cuja pergunta final será sobre o valor
chamados “problemas” Sempre que ouvimos ou vemos a palavra do troco, tente imaginar-se dentro de uma
matemáticos. Assim, nos- “problema”, logo temos duas sensações: loja fazendo a compra.
so objetivo não é fazer 01. Negativa: Puxa, a minha vida já é Tenha em mente que resolver proble-
uma profunda reflexão fi-
losófica sobre o tema, mas cheia de problemas! mas não é problema, mas sim uma boa
sim dar condições para ou oportunidade para desenvolver seu racio-
que o aluno faça uma re- cínio, dentre outras habilidades que o aju-
flexão sobre a importância 02. Positiva: Oba, um desafio para que darão em seu crescimento.
de se resolver problemas, eu possa resolver! Outra experiência muito interessante
encarando-os como de- é você criar um problema. Isso mesmo!
safios necessários para a
consolidação de seu racio- Caso você tenha a primeira sensação, Você pode criar um problema matemáti-
cínio, segurança e autono- não se desanime. Na vida, teremos sem- co totalmente novo ou, tendo um cálculo,
mia ao longo da vida. Os pre “problemas” para resolver e isso é tentar criar uma história de um problema
exercícios propostos e de um ponto muito positivo. Se não tivés- cuja solução seja o cálculo apresentado.
aplicação têm um objetivo semos “problemas”, nunca pensaríamos Por exemplo:
maior de reflexão. Sendo em “soluções” e, assim, não estaríamos
assim, respostas pessoais
devem ser consideradas evoluindo. Considere o cálculo: 23 + 47 = 70
e, se possível, discutidas Os problemas matemáticos na verda-
em sala. de são situações que copiam ações de Esse cálculo pode ser a tradução de
Neste momento, nosso dia a dia ou são situações que têm inúmeras situações, como, por exemplo:
falaremos sobre ex- como objetivo treinar nosso raciocínio
pressões numéricas
formadas apenas por
lógico para estarmos sempre preparados Beto possuía 23 figurinhas em seu ál-
adições e subtrações. para encarar os verdadeiros problemas e bum da Copa do Mundo de Futebol. No
Expressões numéricas desafios que a vida nos prepara. seu aniversário, ganhou de um grande
completas, formadas Então, para as diversas situações-proble- amigo 47 figurinhas que ainda não possuía
também por multi- ma que encontrar nos livros didáticos (mes- e, o que é melhor, todas diferentes entre
plicações e divisões, mo de outras disciplinas), procure se colocar si. Agora, quantas figurinhas tem o álbum
serão vistas após o es-
tudo da multiplicação
“dentro” do problema, imaginando-se como de Beto?
e divisão. Utilizaremos
um exemplo de um ga-
roto que organiza seus
recebimentos e gastos
A linguagem matemática e
em uma tabela. Assim, as expressões numéricas
é um bom momento
para promover uma
Já vimos que os números formados pelo sistema de
rápida discussão sobre numeração indo-arábico são uma forma universal de
educação financeira escrita. Também vimos que as operações de adição e
no sentido de orientar subtração têm suas propriedades e formas de resolu-
os alunos sobre a im- ção. Porém, há situações nas quais devemos efetuar
portância de se organi- mais de uma operação, como adições e subtrações.
zar e poupar, evitando
gastar mais do que se
Para isso, devemos escrever essas operações em uma
ganha, inclusive por- outra linguagem universal, chamada expressão numéri-
que, neste momento, ca. Veja, por exemplo, a seguinte situação:
ainda não falamos so- Paulo tem o hábito de organizar o dinheiro que rece-
EF6P-14-11

bre números negati- be, e que gasta, em uma tabela. No último mês, ele regis-
vos, conteúdo próprio trou a movimentação de seu dinheiro na tabela mostrada
do 7º ano.
abaixo:
Matemática \ Universo 85

Data Movimentação Valor (R$)


5/3 Recebi a mesada 80,00
12/3 Comprei um livro 12,00
15/3 Comprei um DVD 32,00
20/3 Recebi de presente da vovó 25,00

Dessa forma, para saber com quantos isto é, da mesma forma que lemos uma
reais Paulo ficou no final do mês, podemos frase. Caso tenha o sinal de parênteses,
montar a seguinte expressão: colchetes e/ou chaves, devemos primeiro
resolver a operação que está “entre pa-
rênteses”, depois as operações que estão
80 – 12 – 32 + 25 “entre colchetes” e, se existir, resolvemos
por último as que estão “entre chaves”.
Com isso, Paulo efetua as operações Veja o exemplo:
na sequência em que foram ocorrendo
(ganho – gasto – gasto + ganho). 43 – {25 – [10 – (4 – 3)]} =
Porém, temos também uma outra
= 43 – {25 – [10 – 1]} = Professor(a), lembrar
maneira de escrever a expressão que os alunos de que, em-
fornece o saldo final de Paulo no refe- = 43 – {25 – 9} = bora a propriedade co-
rido mês. Para isso, podemos adicionar = 43 – 16 = mutativa seja válida, as
os ganhos (80 + 25), adicionar os gastos operações 7 x 8 e 8 x 7
(12 + 32) e efetuar a diferença entre eles. = 27 representam situações
Veja: diferentes. Na primeira,
temos 7 vezes a parcela
A multiplicação de números 8, enquanto na segun-
(80 + 25) – (12 + 32) naturais e suas propriedades da, temos 8 vezes a par-
cela 7.
Veja que nesta última expressão utiliza- Existe forma mais simples de se fazer
mos o sinal de parênteses. Será que é ne- uma adição? Em alguns casos, sim. Vamos
cessário? Que diferença existe entre esta imaginar a seguinte situação: Professor(a), lembrar
os alunos de que essa
expressão e a anterior? A diretora de um colégio está organizan- propriedade é muito
do uma palestra para pais e alunos. A pales- usada no cálculo men-
Com parênteses Sem parênteses tra será realizada no pátio do colégio e, para tal, pois, quando chega-
80 + 25 – 12 + 32 =
tanto, cadeiras foram colocadas no pátio co- mos em fatores como
(80 + 25) – (12 + 32) = brindo uma área retangular, ou seja, as ca- 10, o cálculo é mais fácil.
= 105 – 12 + 32 =
= 105 – 44 = deiras foram dispostas em colunas e fileiras.
= 93 + 32 =
= 61 = 125 Professor(a), reforçar
a ideia de que o 1 é ele-
Os sinais utilizados em expressões nu- mento neutro apenas
méricas são: da multiplicação. Da
ISTOCKPHOTO / THINKSTOCK

Parênteses: ( ) mesma forma, certifi-


Colchetes: [ ] que-se de que apren-
deram a diferença entre
Chaves: { } elemento neutro (1) e
EF6P-14-11

Eles podem ser chamados de “sinais de elemento nulo (0).


associação”, pois associam as operações
que devemos efetuar primeiro.
Nas expressões que não aparecem o
sinal de parênteses, devemos resolver na
ordem em que as operações aparecem,
86 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

Para certificar-se de quantas cadeiras • Elemento neutro


foram colocadas, um funcionário contou Se você multiplicar um determinado
12 cadeiras em uma fileira e reparou que número por 1, na verdade estará consi-
havia, ao todo, 13 fileiras como esta. Para derando apenas uma vez aquele número
saber o total, ele pensou em realizar a se- (fator). Assim, o 1 é conhecido como ele-
guinte operação: mento neutro da multiplicação.
Exemplos: 6 x 1 = 6
12 + 12 + 12 + 12 + 12 + 12 + 12 + 12 + 1 x 21 = 21
+ 12 + 12 + 12 + 12 + 12 Observação: o zero é chamado de ele-
mento nulo da multiplicação, pois qual-
Por outro lado, lembrou-se de que po- quer número multiplicado por zero resulta
deria efetuar uma única operação, a mul- em zero:
tiplicação. Exemplos: 7 x 0 = 0
0 x 115 = 0
13 vezes a parcela 12 = 13 x 12 ou 13 · 12
• Propriedade de fechamento
Como sabe, a multiplicação trabalha Da mesma forma que na adição, na
com uma adição de parcelas iguais e, para multiplicação também temos a proprie-
facilitar este novo cálculo, você precisa co- dade de fechamento, afinal, o produto
nhecer algumas tabuadas básicas. de dois números naturais também é um
Da mesma forma que na adição e na número natural.
subtração, a multiplicação também apre- A multiplicação também é utilizada
senta uma nomenclatura própria para seus para o cálculo de possibilidades. Imagi-
termos: ne, por exemplo, que um garoto foi até
uma sorveteria e está em dúvida sobre a
escolha de 3 sabores de sorvete (creme,
12 × 13 = 156 Produto
morango ou uva) e dois tipos de cober-
tura (caramelo e chocolate). Ele só pode
Fatores escolher um sabor de sorvete e um tipo
de cobertura. Quantas são as possibili-
Vejamos algumas importantes proprie- dades de escolha?
dades da multiplicação: Para responder a essa pergunta, pode-
mos construir a seguinte tabela:
• Propriedade comutativa
Em uma multiplicação, a ordem dos fa- Chocolate Caramelo
tores não altera o produto.
(creme, (creme,
Exemplos: 7 x 8 = 56 Creme chocolate) caramelo)
8 x 7 = 56
(morango, (morango,
• Propriedade associativa Morango chocolate) caramelo)
A propriedade associativa diz que, em
uma multiplicação, podemos associar os Uva (uva, chocolate) (uva, Caramelo)
fatores em qualquer ordem, pois o produ-
to não se altera.
Exemplos: (9 x 2) x 5 = 18 x 5 = 90 Mas, e se tivermos mais possibili-
EF6P-14-11

9 x (2 x 5) = 9 x 10 = 90 dades? A construção da tabela poderá


Assim como na adição, repare que tornar-se não muito prática. Por outro
essa propriedade também é muito útil lado, podemos utilizar a ideia da multi-
quando temos fatores que se multiplicam plicação.
mais facilmente, como no segundo exem-
plo anterior.
Matemática \ Universo 87

São 3 sabores, sendo que cada um 2º modo: Duplicar o que cada aluno
pode ser combinado com 1 dos 2 tipos de tem e, depois, adicionar.
cobertura. Assim, temos: 2x3+2x4=
=6+8=
3 (sabores) x 2 (coberturas) = 6 possi- = 14 =
bilidades
Repare que, como era de se esperar, os
dois modos levam ao mesmo resultado.
A propriedade distributiva Assim, veja que as duas expressões são
como instrumento equivalentes (mesmo valor).
O termo “distributiva” deve-se ao fato
do cálculo mental de que estamos “distribuindo” o fator (2)
Além das propriedades da multiplica- pelos termos da adição (3 e 4). O mesmo
ção vistas anteriormente, temos outra tão ocorre na subtração.
importante quanto e muito interessante, Mas em que medida essa propriedade
sobretudo para o cálculo mental, que é a pode ser útil?
chamada propriedade distributiva da mul- Vejamos um exemplo partindo de uma
tiplicação em relação à adição e à subtra- simples operação:
ção. Mas o que diz exatamente essa pro- 4 x 115
priedade? Veja o seguinte exemplo:
Marta pediu para dois alunos dizerem Decompondo 115,
o número de lápis que tinham em seus es- 115 = 100 + 10 + 5, temos:
tojos. Fábio tinha 3 e Laura tinha 4. Então, 4 x (100 + 10 + 5) =
Marta disse: = 4 x 100 + 4 x 10 + 4 x 5 =
— Olha, que coincidência, eu tenho em = 400 + 40 + 20 =
minha gaveta o dobro de lápis que vocês = 460
dois têm juntos.
Quando decompomos um número em
unidades, dezenas e centenas, temos, na
multiplicação, produtos que se adicionam
mais facilmente. Logo, a propriedade distri-
butiva é muito útil para o cálculo mental.

Interpretação geométrica
da propriedade distributiva
Podemos interpretar geometricamente
a propriedade distributiva quando quere-
mos determinar o total de quadradinhos
em um retângulo. Veja:
Determine o total de quadradinhos
no retângulo abaixo de dois modos di-
Para determinar o total de lápis que ferentes:
Marta tem, podemos pensar de dois mo-
16
dos diferentes:
EF6P-14-11

1º modo: Adicionar o total de lápis que 4 4


os dois alunos têm e, depois, duplicar.
2 x (3 + 4) =
=2x7= 10 6
=14
88 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

1º modo: 4 x (10 + 6) = • A propriedade de fechamento não


= 4 x 16 = se aplica à divisão.
= 64 Nem sempre uma divisão de dois núme-
ros naturais resulta em outro número natural.
2º modo: 4 x 10 + 4 x 6 = Exemplo: 19 ÷ 3 não resulta em um nú-
= 40 + 24 = mero natural.
= 64
• A divisão de um número natural
A divisão de números por 1 resulta no próprio número
natural.
naturais Exemplo: 28 ÷ 1 = 28
Sabemos que a matemática apresenta 4
operações chamadas de operações elemen- Atenção! O contrário não é verdadeiro:
tares. Já vimos a adição, a subtração, a multi- 1 ÷ 28 ≠ 28.
plicação e, agora, falaremos sobre a divisão. Assim, não temos a propriedade comu-
A divisão tem por finalidade determi- tativa, nem elemento neutro na divisão.
nar quantas vezes um valor “cabe” em
outro, como também tem o objetivo de • A divisão de um número natural,
determinar o valor resultante da divisão não nulo, por ele próprio resulta
de um número em partes iguais. em 1.
Para estudo da divisão, é importante Exemplo: 357 ÷ 357 = 1
lembrarmos primeiramente o nome atri-
buído a cada um de seus termos: • A divisão de zero por um número
não nulo resulta sempre em zero.
Dividendo Exemplo: 0 ÷ 45 = 0
203 25 Divisor
– 200 8 Quociente • Não existe divisão por zero.
3 Resto
Não é possível dividir um número por
zero pelo fato de que qualquer número mul-
Observando o algoritmo utilizado para tiplicado por zero resulta sempre em zero.
resolução da divisão acima, chegamos à
conclusão sobre uma propriedade funda- Com relação a divisão de modo geral.
mental da divisão: Veja o exemplo abaixo:
Paula está preparando saquinhos de
Dividendo = divisor x quociente + resto guloseimas para os convidados de seu ani-
versário. Ela tem uma caixa com 72 balas
Em uma divisão chamada de divisão e quer colocar 6 balas em cada saquinho.
exata, o resto é zero, ou seja: Quantos saquinhos ela poderá encher com
essas balas?
Dividendo = divisor x quociente Nesse caso, devemos verificar quantas
vezes um valor (6) cabe em outro (72). Efe-
Para uma divisão não exata, considera- tuando a operação de divisão, teremos:
mos sempre o resto menor que o divisor. 72 6
Assim, o maior resto possível será o ante- –6 12
cessor do divisor.
– 12
EF6P-14-11

Além disso, temos outras considera- 12


ções importantes: 0

Com isso, concluímos que Paula poderá


encher 12 saquinhos com 6 balas em cada
saquinho.
Matemática \ Universo 89

Quando os divisores Finalmente, adicionamos as 14 deze-


nas (140) restantes com as 6 unidades do
têm mais algarismos dividendo e procedemos a divisão de 146
Como se sabe, a divisão entre dois nú- (140 + 6) por 17:
meros naturais pode ser feita com qualquer
2.356 17
número no divisor, inclusive números com – 17 13 8
mais de 1 algarismo. Vamos lembrar que 065 c d u
todas as considerações feitas para a divisão – 51
com divisores naturais menores que 10 (1 146
– 136
algarismo) são válidas também para outros
números naturais maiores que 9. 10
A questão é que algumas pessoas ten-
dem a se acomodar no momento de efe- Acrescentamos as 8 unidades no quo-
tuar esse tipo de divisão por acreditar que ciente e chegamos ao resto 10 menor que
seja mais “difícil”. Na verdade, ela só cos- o divisor (10 < 17).
tuma ser um pouco mais extensa, porém Um exemplo prático desse tipo de divi-
o grau de dificuldade que se encontra é são (divisor maior que 9) está na seguinte
o mesmo para uma divisão mais simples. situação:
Vejamos como exemplo a seguinte divisão: Um funcionário de uma granja tem 180
ovos para embalar em cartelas com 1 dú-
2.356 : 17 zia (12 unidades) cada. Com isso, quantas
cartelas ele precisará separar para emba-
Vamos relembrar uma forma de reso- lar os ovos?
lução considerando o valor posicional de Nesse caso, devemos verificar quantas
cada algarismo. vezes um valor (12) cabe em outro (180).
Nesta divisão, temos 2 milhares para di- Efetuando a operação de divisão, teremos:
vidir por 17. Certamente o resultado será
menor que 1 milhar. Sendo assim, transfor- 180 12
mamos os 2 milhares em 20 centenas e adi- – 12 15
cionamos com as 3 centenas do dividendo, – 060
totalizando 23 centenas, que são divisíveis 60
por 17, dando 1 centena cada parte: 00

2.356 17 Com isso, podemos concluir que o fun-


– 17 1 cionário deverá separar 15 cartelas.
6 cdu

Agora, transformamos as 6 centenas As expressões numéricas


restantes em 60 dezenas e adicionamos
com as 5 dezenas do dividendo, donde po-
que envolvem as
deremos dividir 65 (60 + 5) por 17 acres- quatro operações
centando 3 dezenas ao quociente: Já vimos que existem expressões nu-
méricas formadas por adições e subtra-
2.356 17 ções. Por outro lado, podemos ter expres-
– 17 13 sões que sejam formadas pelas quatro
EF6P-14-11

– 065 c du operações elementares. Veja como exem-


51 plo uma situação do cotidiano que pode
14 ser traduzida por meio de uma expressão
numérica:
90 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

Álvaro começou a preencher um álbum samos primeiro efetuar a multiplicação e


de figurinhas. No primeiro dia, ganhou de a divisão. Só depois faremos as adições e
seu avô 8 figurinhas. Depois, ganhou de a subtração.
cada um de seus 3 tios 5 figurinhas. No dia 8 + 3 × 5 + 18 : 2 – 7 =
seguinte, um amigo seu que tinha 18 figu-
rinhas resolveu dar-lhe a metade. Final- = 8 + 15 + 9 – 7 =
mente, após ganhar tantas figurinhas, deu = 32 – 7 =
7 para seu irmão mais novo. Com isso, com = 25
quantas figurinhas Álvaro ficou?

Conclusão: Álvaro ficou com 25 figurinhas.

Para a resolução de uma expressão


numérica formada pelas 4 operações ele-
mentares, devemos seguir o seguinte cri-
tério:

01. Resolver as multiplicações e divi-


sões, na ordem em que aparecem.
02. Resolver as adições e subtrações,
na ordem em que aparecem.

Podemos traduzir a situação anterior Caso haja os sinais de associação, deve-


por meio de uma expressão numérica: mos seguir o mesmo critério já estudado
8 + 3 x 5 + 18 : 2 – 7 anteriormente:

Para sua resolução, devemos ter em 01. os sinais de parênteses: ( )


mente que precisamos primeiro determi- 02. os sinais de colchetes: [ ]
nar quantas figurinhas Álvaro ganhou de 03. os sinais de chaves: { }
seus tios e de seu amigo. Com isso, preci-

EF6P-14-11
Operações fundamentais Capítulo

com números naturais 2


Atividade 10 • A adição de números

MATEMÁTICA • GRUPO 1 •
UNIVERSO
naturais e suas propriedades
Exercícios de Aplicação
01) Em uma turnê pelo Brasil, uma famo- 03) Um pequeno desafio. Considere a se-
sa banda de rock fez 3 apresentações na guinte adição: x + y + z = 15.
cidade de São Paulo. No primeiro dia, fo- Não temos como descobrir o valor da
ram 65.523 espectadores, no segundo dia, letra x, nem de y e muito menos de z. Po-
58.301 e, no terceiro dia, 72.021 pessoas. rém, usando a igualdade anterior, determi-
Considerando os três dias, qual foi o públi- ne o valor da soma:
co total da banda? x+8+z+2+y
R.: Aplicando as propriedades comuta-
tiva e associativa, montamos a expressão:
R.: 65.523 x + y + z + 8 + 2 = (x + y + z) + (8 + 2) = 15 + 10 = 25
58.301 +
72.021
195.845
O público total foi de 195.845 pessoas.

04) Sabendo que A e B são algarismos de


zero a nove, descubra os valores de A e B
de modo que:
+ 1A
B1
1A1
02) Considere a seguinte adição:
A alternativa que apresenta o valor da Professor(a), este é
6+3+2+7+4 soma A + B é: um exercício que envol-
Use as propriedades comutativa e asso- a. 7 d. 10 ve tentativas, porém é
ciativa para efetuar essa adição de forma b. 8 e. 11 possível fazer uso da ló-
mais rápida. c. 9 gica para ver que a úni-
ca possibilidade para A
R.: Devemos identificar parcelas que se R.: Alternativa C é 0, uma vez que temos
adicionam mais facilmente, como 6 e 4, 7 e + 1A a soma A + 1 = 1. Da
3. Assim, comutando-se as parcelas: B1 mesma forma, a soma
6+4+7+3+2 1A1 1 + B (dezenas) = 1A, isto
Depois, associando parcelas duas a duas: é, um número maior ou
(6 + 4) + (7 + 3) + 2 A= 0 e B = 9 igual a 10. Logo, B = 9.
Finalmente, adicionamos:
(6 + 4) + (7 + 3) + 2 = 10 + 10 + 2 = 22 + 10
91
101
EF6P-13-12
92 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

Exercícios Propostos
05) Calcule cada soma abaixo. Não se es- 06) Qual é o número natural considerado
queça de armar as contas. elemento neutro da adição?
a. 1.025 + 2.305
R.: É o número zero.
b. 5.481 + 3.021
c. 12.052 + 8.552
d. 90.001 + 56.201
a. 1.025 c. 12.052
2.305 + 8.552 + 07) Observe a adição abaixo:
3.330 20.604 12 + 18 + 6 + 4 + 11 + 9 + 14 + 16
Use a propriedade associativa para adi-
b. 5.481 d. 90.001 cionar os números mais facilmente:
3.021+ 56.201+
8.502 146.202 R.: (12 + 18) + (6 + 4) + (11 + 9) + (14 + 16) =
= 30 + 10 + 20 + 30 = 90

Atividade 11 • A subtração de números


naturais e suas propriedades
Exercícios de Aplicação
01) Tente aplicar a propriedade associa- 03) Clóvis comprou uma revista na banca
tiva na expressão abaixo e verifique se é por R$ 9,00. Quando chegou em casa, ve-
válida ou não. rificou que havia sobrado R$ 13,00 em sua
18 – 10 – 5 carteira. Para saber quantos reais tinha
antes de comprar a revista, qual operação
R.: (18 – 10) – 5 = 8 – 5 = 3
18 – (10 – 5) = 18 – 5 = 13
matemática deve efetuar? Efetuada a ope-
Não é válida. ração, quantos reais Clóvis tinha antes da
compra da revista?
R.: Para alguns alunos pode parecer ser
um exercício de subtração, porém deve-se
efetuar uma adição, pois o minuendo é des-
conhecido. Assim:
02) O minuendo de uma subtração é 23. 13 (sobrou) + 9 (gastou) = 22 (valor inicial)
Se a diferença for 15, qual será o subtra- Portanto, deve efetuar uma adição
endo? (13 + 9) donde chegamos em 22 reais antes
da compra.
R.: De acordo com o enunciado, podemos
usar uma letra para representar o subtraen-
do, por exemplo S = subtraendo. Assim, a
expressão fica:
23 – S = 15 4) Complete adequadamente a frase
Com base na expressão acima, fica fácil abaixo:
EF6P-14-12

perceber que devemos verificar qual a dife- Uma caixa continha 256 bolinhas. Se
rença entre o minuendo (23) e o resultado 193
(15): 23 – 15 = 8. Assim, o subtraendo será
retirarmos 63, a caixa ficará com _____
8. bolinhas. Para verificarmos se o cálculo
está correto, devemos efetuar a operação
inversa (adição):_____
193 + 63 = 256.
Matemática \ Universo 93

Exercícios Propostos
04) Calcule cada subtração abaixo. Não se 05) Se você pagar uma compra com uma
esqueça de armar as contas. nota de 50 reais e receber 23 reais de tro-
a. 2.991 – 2.736 co, quanto terá custado sua compra?
b. 4.562 – 863
R.: O valor da compra será a diferença en-
c. 45.620 – 1.050 tre o total entregue ao caixa e o troco dado.
d. 21.306 – 19.562 Assim, 50 – 23 = 27. Portanto, R$ 27,00.
a. 2.991 c. 45.620
–2.736 –1.050
255 44.570

b. 4.562 d. 21.306
–863 –19.562
3.699 1.744

Atividade 12 • Resolver problemas não é problema


Exercícios de Aplicação
01) Observe os dois cálculos abaixo: 02) É possível existir um problema no qual,
45 – 23 = 22 para aumentarmos algum valor, devemos
e efetuar uma subtração? Dê um exemplo.
22 + 15 = 37
Crie um problema que apresente em Professor(a), em exer-
R.: Sim, por exemplo: Fátima tem 5 laran- cícios no qual aparecem
sua resolução os dois cálculos anteriores. jas para fazer um suco. No entanto, para a termos como “aumen-
quantidade de suco que deseja fazer, ela tar” ou “mais”, alguns
deve aumentar o número de frutas para 12 alunos tendem a efe-
R.: Resposta pessoal. Uma sugestão: Paula
laranjas. Assim, quantas laranjas ela deve tuar uma operação de
tinha 45 reais e gastou 23 reais comprando
utilizar a mais? adição. Reforçar que,
flores para sua mãe. Depois, ganhou 15 re-
12 – 5 = 7. para a solução do pro-
ais de presente de seu avô. Após a compra
Deve utilizar 7 laranjas a mais. blema proposto, nem
das flores e o presente de seu avô, Paula fi-
sempre essa ideia é ver-
cou com quantos reais?
dadeira

Exercícios Propostos
03) Crie um problema que tenha em sua solução uma operação de adição e, depois,
uma de subtração.
R.: Resposta pessoal. Sugestão: A diretora de uma escola resolveu montar uma equipe de alunos
responsáveis por organizar uma gincana. Ela convidou 12 alunos do 6º ano e 8 alunos do 7º ano.
EF6P-14-12

Após uma semana, 4 alunos do 6º ano resolveram deixar a equipe. Com isso, quantos alunos dessas
duas séries ficaram na equipe?
12 + 8 = 20 e 20 – 4 = 16
94 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

04) Crie um problema no qual apareça a palavra “mais”, mas que possamos utilizar duas
Professor(a), esse
exemplo tem outras so-
operações de subtração para sua solução.
luções que não fazem R.: Resposta pessoal. Sugestão: Elvira saiu de casa com 50 reais. Gastou 15 reais na padaria e mais
uso necessariamente 12 reais no açougue. Após esses dois gastos, Elvira ficou com quantos reais?
de duas subtrações, 50 – 15= 35 e 35 – 12 = 23
como, por exemplo, Portanto, Elvira ficou com 23 reais.
“adicionar” os dois gas-
tos (15 + 12) e subtrair
do total (50). Porém, re-
force com os alunos que
o enunciado do exercí-
cio diz que “possamos
resolver” e não que é a
“única” maneira de se
resolver.

Atividade 13 • A linguagem matemática


e as expressões numéricas
Exercícios de Aplicação
01) Volte ao texto da teoria e determine 03) Resolva as expressões numéricas se-
o saldo final de Paulo. Para isso, resolva a guintes:
primeira expressão apresentada. A solução a. 48 – 12 + 23 – 14
é igual à expressão que utiliza parênteses? b. (35 + 32 – 18) – (25 + 13)
c. 18 – [(22 + 3) – (9 + 11)]
R.: 80 – 12 – 32 + 25 = d. 100 – {80 – [20 – (15 + 3)]}
= 68 – 32 + 25 =
= 36 + 25 =
= 61 a) 48 – 12 + 23 – 14 =
Sim, o resultado é o mesmo, ou seja, 61 = 36 + 23 – 14 =
= 59 – 14 =
reais.
= 45

b) (35 + 32 – 18) – (25 + 13) =


= (67 – 18) – 38 =
02) Na teoria, vimos a seguinte expressão: = 49 – 38 =
(80 + 25) – (12 + 32) = 11
Volte ao início da teoria, releia a histó-
ria sobre a tabela elaborada por Paulo e c) 18 – [(22 + 3) – (9 + 11)] =
= 18 – [ 25 – 20 ] =
explique por que devemos utilizar parên- = 18 – 5 =
teses nesse caso. = 13

R.: Devemos, inicialmente, efetuar duas d) 100 – {80 – [20 – (15 + 3)]} =
adições: a que indica o total (soma) dos ga- = 100 – {80 – [20 – 18]} =
nhos e a que indica o total (soma) dos gas- = 100 – {80 – 2} =
tos. Só depois deveremos efetuar a subtra-
EF6P-14-12

= 100 – 78 =
ção entre as duas somas para determinar a = 22
diferença entre elas.
Matemática \ Universo 95

Exercícios Propostos
04) Coloque um sinal de parênteses na 05) Resolva as expressões numéricas
expressão abaixo de tal forma que seu re- abaixo:
sultado seja 5. a. 110 – 43 + 25 – 12 – 10
35 + 22 – 32 + 20 b. (50 + 15) – (32 + 4) + 12
c. 100 – (51 + 12) – [(20 + 3) – (7 + 2)]
R.: 35 + 22 – (32 + 20) = 57 – 52 = 5. d. 200 – {170 + [30 – (23 + 5)]}
O aluno pode fazer tentativas dentre al-
a) 110 – 43 + 25 – 12 – 10 =
gumas associações possíveis. Porém, é pos-
= 67 + 25 – 12 – 10 =
sível observar atentamente a expressão e
= 92 – 12 – 10 =
verificar que não é possível associar 22 – 32,
= 80 – 10 =
pois o resultado não é natural (lembrá-los
= 70
de que estamos, neste momento, estudan-
do os naturais).
b) (50 + 15) – (32 + 4) + 12 =
= 65 – 36 + 12 =
= 29 + 12 =
= 41

c) 100 – (51 + 12) – [(20 + 3) – (7 + 2)] =


= 100 – 63 – [ 23 – 9 ] =
= 100 – 63 – 14 =
= 37 – 14 =
= 23

d) 200 – {170 + [30 – (23 + 5)]} =


= 200 – {170 + [30 – 28]} =
= 200 – {170 + 2} =
= 200 – 172 =
= 28

Atividade 14 • A multiplicação de números


naturais e suas propriedades
Exercícios de Aplicação
01) Rafael trabalha no depósito de uma loja de sapatos e precisa verificar quantas caixas
Professor(a), este é
de sapatos havia em uma pilha. Ele viu que eram 5 camadas de caixas, sendo que em um ótimo momento
cada camada havia 5 fileiras com 5 caixas cada. Assim, utilizando a ideia da multiplicação, para fazer analogia com
determine o total de caixas na pilha. a ideia de volume. Mos-
trar que as caixas ocu-
pam um espaço (tridi-
mensional) e que, para
R.: 5 x 5 x 5 = 125. São 125 caixas na pilha. determinarmos o total
de caixas, multiplica-
mos o número de caixas
em cada uma das “di-
EF6P-14-12

mensões” da pilha. Um
aprofundamento me-
lhor sobre o tema será
feito em capítulos (III e
XXIII) específicos sobre
geometria e volume.
96 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

02) Observe a multiplicação abaixo: Após cada lançamento, anota-se, como


27 x 2 x 50 resultado, o número da face superior do
dado e da face da moeda que ficou volta-
Professor(a), se neces- Uma das propriedades da multiplicação da para cima.
sário, fazer um diagrama torna este cálculo mais rápido e fácil. Diga O número de resultados possíveis (uma
das possibilidades. qual é esta propriedade e efetue o cálculo. face do dado de 1 a 6 e uma face da moeda
entre cara ou coroa) no lançamento simul-
R.: É a propriedade associativa: tâneo desses dois objetos é:
27 x (2 x 50) = 27 x 100 = 2.700 a. 8
b. 12
c. 15
d. 27
e. 36
03) Efetue a operação indicada no item a
e, depois, utilizando propriedades da mul- R.: Alternativa B, 12 possibilidades. Bas-
tiplicação e sem efetuar cálculos trabalho- ta verificar o número de possibilidades do
sos, resolva os demais itens. dado (6) e multiplicar pelo número de possi-
bilidades da moeda (2): 6 x 2 = 12.
a. Efetue: 231 x 112
b. Agora, dê o valor de 112 x 231.
Qual propriedade utilizou?
c. Qual é o resultado de 231 x 112 x 1?
Qual propriedade utilizou?
d. Finalmente, qual é o resultado de
231 x (112 x 10)? Qual foi a pro-
priedade utilizada?

05) O esquema abaixo mostra que a cida-


a) 231 x 112 = 25.872
b) 112 x 231 = 25.872.
de A é ligada à cidade B por três rodovias,
Propriedade comutativa. a cidade B é ligada à cidade C por duas ro-
c) 231 x 112 x 1 = 25.872. Elemento neu- dovias e a cidade C liga-se à cidade D por
tro. três rodovias.
d) 231 x (112 x 10) = (231 x 112) x 10 =
= 25.872 x 10 = 258.720.
Propriedade associativa. A B C D

O número de percursos diferentes que


um ônibus pode fazer, partindo de A, pas-
04) Júnior está participando de um deter- sando por B e C e chegando até D, é:
minado jogo que consiste em lançamento a. 8
simultâneo de um dado comum de 6 faces b. 12
e de uma moeda. c. 18
d. 27
e. 81
HEMERA / THINKSTOCK

EF6P-14-12
IMAGE SOURCE /

R.: Alternativa C, 18 possibilidades.


3 x 2 x 3 = 18
THINKSTOCK
Matemática \ Universo 97

Exercícios Propostos
06) Faça uso da multiplicação e determi- 07) Efetue cada multiplicação abaixo.
ne o total de quadradinhos pequenos em Lembre-se de fazer uso das propriedades,
cada retângulo abaixo: caso seja possível, em cada operação.
a. 270 x 25
b. 32 x 50 x 2
a. c. 2 x 50 x 4 x 25
d. 37 x 52 x 0 x 14

a) 270 x 25 = 6.750
b) Interessante utilizar a propriedade as-
b. sociativa: 32 x (50 x 2) = 32 x 100 = 3.200
c) Interessante utilizar a propriedade as-
sociativa: (2 x 50) x (4 x 25) = 100 x 100 =
= 10.000 Professor(a), comen-
d) Elemento nulo (zero): 37 x 52 x 0 x 14 = 0 tar que por meio de um
único exemplo estamos
R.: a) 4 x 8 ou 8 x 4 = 32. São 32 quadra- apenas verificando a
dinhos. validade da proprieda-
b) 16 x 6 ou 6 x 16 = 96. de. Demonstrar uma
São 96 quadradinhos. propriedade envolven-
do outros raciocínios
(como o algébrico), os
Atividade 15 • A propriedade distributiva quais terão oportunida-
como instrumento do cálculo mental de de estudar em séries
posteriores. Neste mo-
mento, uma interpreta-
Exercícios de Aplicação ção geométrica, como a
que foi feita no texto, já
é suficiente.
01) Vimos na teoria a propriedade dis- 02) Utilize a propriedade distributiva e
tributiva da multiplicação em relação à procure resolver a expressão abaixo de
adição. Neste exercício, verifique a vali- uma forma mais fácil e rápida.
dade da propriedade distributiva da mul- 6 x 17 + 4 x 17
tiplicação em relação à subtração, resol-
vendo a expressão abaixo de dois modos
R.: Verificamos que existe um fator que é
diferentes. comum, o 17. Assim, se fizermos o caminho Professor(a), neste
12 x (20 – 3) inverso da distributiva, podemos escrever a exercício, o objetivo
expressão: não é apresentar a
R.: 1º modo: 12 x (20 – 3) = 12 x 17 = 204
17 x (6 + 4) fatoração de maneira
2º modo: 12 x (20 – 3) =
Donde chegamos em: formal, mas sim levar
= 12 x 20 – 12 x 3 = 240 – 36 = 204
17 x 10 = o aluno a pensar de
Os valores são iguais, verificando a
= 170 maneira inversa à dis-
propriedade distributiva em relação à sub-
tração. tributiva.
EF6P-14-12
98 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

03) Determine o total de quadradinhos no retângulo abaixo. Para isso, utilize dois mo-
dos diferentes.
8 6
R.: 1º modo: 6 x (8 + 6) =
= 6 x 14 =
= 84
6 2º modo: 6 x 8 + 6 x 6 =
= 48 + 36 =
= 84

Exercícios Propostos
04) Faça uso da propriedade distributiva 05) Resolva mentalmente as operações
e resolva cada expressão abaixo. abaixo. Para isso, faça uso da propriedade
a. 5 x (6 + 2) distributiva.
b. 9 x (8 – 4) a. 8 x 15
c. (10 – 5) x 4 b. 9 x 107
d. (10 + 4) x 7 c. 49 x 2
e. 50 x (30 + 20) d. 32 x 7
R.: Raciocínios que devem ser feitos men-
a) 5 x 6 + 5 x 2 = 30 + 10 = 40 talmente:
b) 9 x 8 – 9 x 4 = 72 – 36 = 36 a) 8 x (10 + 5) = 8 x 10 + 8 x 5 = 80 + 40 =
c) 4 x 10 – 4 x 5 = 40 – 20 = 20 = 120
d) 7x 10 + 7 x 4 = 70 + 28 = 98 b) 9 x (100 + 7) = 9 x 100 + 9 x 7 = 900 +
e) 50 x 30 + 50 x 20 = 1.500 + 1.000 = 2.500 + 63 = 963
c) (50 – 1) x 2 = 2 x 50 – 2 x 1 = 100 – 2 = 98
d) (30 + 2) x 7 = 7 x 30 + 7 x 2 = 210 + 14 =
= 224

Atividade 16 • A divisão de números naturais


Exercícios de Aplicação
01) Efetue a divisão de 402 por 7, identificando o dividendo, o divisor, o quociente e o
resto.
Dividendo: 402
R.: – 4027
Divisor: 7
EF6P-14-12

35 57
52 Quociente: 57
– Resto: 3
49
03
Matemática \ Universo 99

02) O gerente de uma loja decidiu pro- 04) Qual é o número que, ao ser dividido
mover uma gincana entre os funcionários. por 17, resulta 30 e apresenta o maior res-
Todos os 356 funcionários seriam dividi- to possível?
dos em 7 equipes. No entanto, ao fazer a a. 510
divisão, ele verificou que não seria possí- b. 516
vel formar equipes com o mesmo número c. 540
de pessoas. Assim, convidou alguns fun- d. 556
cionários para fazerem parte da comissão e. 526
organizadora e julgadora do evento de tal
R.: Por se tratar de um teste, o aluno
forma que o número de funcionários res- pode testar os valores de cada alternativa.
tante pôde ser dividido igualmente nas 7 No entanto, é importante que ele saiba re-
equipes, tendo cada qual o maior número solver sem que sejam fornecidas possíveis
de funcionários possível. Com isso, res- soluções. Assim, devemos considerar ini-
ponda ao que se pede. cialmente qual é o maior resto possível, que
a. Qual é o número de funcionários neste caso é o 16 (antecessor do divisor 17).
Aplicando a propriedade fundamental da
por equipe? divisão:
b. Quantos funcionários fazem parte Dividendo = 17 x 30 + 16 = 510 + 16 = 526.
da comissão organizadora e julga- Portanto, alternativa E.
Professor(a), certi-
dora do evento? ficar-se se os alunos
R.: a) 50 pessoas por equipe. indicaram o zero do nú-
b) 6 funcionários fazem parte da equi- mero 50 no quociente.
pe organizadora e julgadora do evento. É comum alguns alunos
Devemos, inicialmente, efetuar uma divi- esquecerem-se do 0
são: para indicar que o 5 cor-
responde a 5 dezenas.
356 7
– 350 50
6
Assim, concluímos que o quociente (50) 05) Quantos reais Maria possuía se ela di-
indica o número de pessoas por equipe e vidiu essa quantia entre 15 pessoas e cada
o resto (6), o número de pessoas que deve uma dessas pessoas recebeu 8 reais e so-
compor a comissão organizadora e julgado-
ra do evento. braram 5 reais?
a. 105 reais
b. 120 reais
c. 125 reais
03) Identifique o dividendo, o divisor, o d. 90 reais
quociente e o resto da divisão 2.456 ÷ 9. e. 95 reais

R.: De acordo com a divisão abaixo: R.: Pelo enunciado, constatamos que o di-
visor =15, quociente = 8 e resto = 5. Assim,
2.456 9
– 18 aplicando a propriedade fundamental da
272
divisão, temos:
– 065 Dividendo = 15 x 8 + 5 = 120 + 5 = 125.
63
Portanto, alternativa C.
– 026
18
8
EF6P-14-12

Dividendo: 2.456; divisor: 9; quociente:


272; resto: 8
100 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

Exercícios Propostos
06) Efetue as seguintes divisões indicando 07) Complete corretamente a tabela de
o dividendo, o divisor, o quociente e o resto. divisão abaixo:
a. 753 ÷ 2
b. 84 ÷ 9 Dividendo Divisor Quociente Resto
c. 1.045 ÷ 6
9 12 6
d. 12.326 ÷ 4
e. 309 ÷ 3 8 23 7
4 201 0
a) Dividendo: 753 Divisor: 2 5 100 4
Quociente: 376 Resto: 1
b) Dividendo: 84 Divisor: 9
Quociente: 9 Resto: 3 R.: Devemos aplicar, em cada caso, a pro-
c) Dividendo: 1.045 Divisor: 6 priedade fundamental da divisão.
Quociente: 174 Resto: 1 a) Dividendo = 9 x 12 + 6 = 108 + 6 = 114
d) Dividendo: 12.326 Divisor: 4 b) Dividendo = 8 x 23 + 7 = 184 + 7 = 191
Quociente: 3.081 Resto: 2 c) Dividendo = 4 x 201 + 0 = 804 + 0 = 804
e) Dividendo: 309 Divisor: 3 d) Dividendo = 5 x 100 + 4 = 500 + 4 = 504
Quociente:103 Resto: 0

Atividade 17 • Quando os divisores têm mais algarismos


Exercícios de Aplicação
01) Claudia locou um filme e verificou 02) Verifique se é possível aplicar a pro-
que seu tempo de duração é de 232 minu- priedade associativa na expressão abaixo:
tos. Porém, assim como nós, ela não tem o 96 : 48 : 2
hábito de trabalhar medida de tempo com
Professor(a), este é
um momento para re-
tempo maior que 60 minutos, uma vez que R.: Vamos analisar duas possibilidades:
tomar o conceito de 1 hora = 60 minutos. Assim, o tempo de (96 : 48) : 2 =
duração desse filme será de quantas horas =2:2=
propriedade associati-
=1=
va, válida para a adição e minutos? 96 : (48 : 2) =
e para a multiplicação.
= 96 : 24
Reforçar com os alunos R.: Devemos efetuar uma divisão de 232 por 60 =4
que, neste caso, deve- (1h = 60 min)
mos resolver a expres-
232 60 Conclusão: Não podemos aplicar a pro-
são na sequência em
que aparecem os cálcu- – 180 3 priedade associativa neste caso. A forma
EF6P-14-12

52 correta de resolução é a primeira, isto é, da


los, assim, no exercício
2, a primeira resolução esquerda para a direita.
Assim, o filme tem uma duração total de 3 horas
é a correta. e 52 minutos.
Matemática \ Universo 101

03) Identifique o dividendo, o divisor, o 05) Considere que em uma divisão exata o
quociente e o resto da divisão 8.025 ÷ 42. quociente é 23 e o divisor é 81. Qual deverá
ser o resto dessa divisão? E o dividendo?
R.: De acordo com a divisão abaixo:
8.025 42 R.: Uma vez que a divisão é exata, o res-
– 42 191 to é zero. Depois, aplicamos a propriedade
fundamental da divisão:
– 382
378 Dividendo = 23 x 81 + 0 = 1.863
–45 Conclusão: resto = 0 e dividendo = 1.863
42
3
Dividendo: 8.025; divisor: 42; quociente:
191; resto: 3

04) Natália comprou 100 balas. Deu 14


para cada um de seus filhos, ficando com
uma bala para ela e outra para seu marido
Danilo. O número de filhos de Natália é:
a. 2 c. 5 e. 9
b. 3 d. 7
R.: Trata-se de um clássico problema de
divisão, no qual o resto é 2 (bala da Natá- Professor(a), outra al-
lia + de seu marido), o dividendo é 100 e o ternativa de resolução
quociente (número de balas de cada parte) é considerar a divisão
é 14. Assim, aplicando a propriedade funda- das 100 balas por 14. O
mental da divisão, temos: quociente 7 indicará o
100 = divisor x 14 + 2 total de filhos.
Aplicando operações inversas (sem falar-
mos formalmente sobre equações), temos:
divisor x 14 = 100 – 2
divisor x 14 = 98
divisor = 98 : 14 = 7
Portanto, alternativa D.

Exercícios Propostos
06) Efetue as seguintes divisões indicando o dividendo, o divisor, o quociente e o resto.
Professor(a), dê aten-
a. 2.053 ÷ 18 c. 42.021 ÷ 103 e. 6.405 ÷ 21 ção maior aos itens C e
b. 92 ÷ 32 d. 8.946 ÷ 2.013 E, que apresentam no
seu quociente o algaris-
a) Dividendo: 2.053 Divisor: 18
mo 0 na dezena. Alguns
Quociente: 114 Resto: 1
alunos tendem a se es-
b) Dividendo: 92 Divisor: 32 quecer desse algarismo
Quociente: 2 Resto: 28 que tem o intuito de
c) Dividendo: 42.021 Divisor: 103 indicar que a posição da
Quociente: 407 Resto: 100 dezena ficará “vazia”.
d) Dividendo: 8.946 Divisor: 2.013
Quociente: 4 Resto: 894
EF6P-14-12

e) Dividendo: 6.405 Divisor: 21


Quociente: 305 Resto: 0
102 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

07) Complete corretamente a tabela de divisão abaixo:


Dividendo Divisor Quociente Resto
25 101 3
21.543 452
71 308 0
1.669 37

R.: Devemos aplicar, em cada caso, a proprie- c) Dividendo = 71 x 308 + 0 = 21.868 + 0 =


dade fundamental da divisão ou a própria divi- = 21.868
são.
a) Dividendo = 25 x 101 + 3 = 2.525 + 3 = 2.528 d) 1.669 37
– 148 45
b) 21.543 42
– 1808 47 – 189
185
– 03463 4
3164
0299 Quociente = 45 e resto = 4

Quociente = 47 e resto = 299

Atividade 18 • As expressões numéricas


que envolvem as quatro operações
Exercícios de Aplicação
01) Veja a expressão abaixo: 02) Utilize parênteses na expressão abai-
8+3x5 xo de tal forma que a igualdade seja ver-
dadeira:
Como você sabe, devemos efetuar pri- 18 + 12 x 2 + 5 = 65
meiro a multiplicação e, depois, a adição.
Mas existe uma lógica para essa sequên- R.: Se resolvermos a expressão sem uti-
cia que foi apresentada no texto por meio lizar o parênteses, o resultado será 47. No
de um exemplo. Tente explicar o porquê entanto, foi solicitado que se inclua um sinal
dessa ordem de resolução. de parênteses de tal forma que a igualda-
de se torne verdadeira. Para isso, devemos
R.: Na expressão, a operação 3 x 5 escon- colocar alguma adição entre parênteses. Por
de, na verdade, outra operação, a adição tentativa, temos:
(3 x 5 = 5 + 5 + 5). Assim, se adicionarmos (18 + 12) x 2 + 5 = 65
primeiro 8 com 3, estaremos adicionando 30 x 2 + 5 = 65
8 unidades com o fator 3 de uma multipli- 60 + 5 = 65
cação, o que não faz sentido lógico. Então, 65 = 65
determinamos primeiro o resultado da
multiplicação (que é uma adição de parce-
las iguais) e, depois, adicionamos a parcela
EF6P-14-12

restante, 8.
Matemática \ Universo 103

03) Dada a expressão: 04) Nas expressões abaixo, cada símbolo


8 + 72 : [(9 – 1) · (7 + 2)], seu valor representa um número:
numérico é igual a: × 3 = 27
a. 0 22 – = 0
b. 5
5 × (7 – ) = 10
c. 9
d. 72 Assim, o valor de × ( – ) é:
e. 89
a. 88
R.: Alternativa C
8 + 72 : [(9 – 1) · (7 + 2)] =
b. 95
= 8 + 72 : [ 8 · 9 ] = c. 102
= 8 + 72 : 72 = d. 110
=8+1= e. 193
=9
R.: Aplicando operações inversas, temos:
× 3 = 27 =9
22 – = 0 = 22
5 × (7 – ) = 10 =5

×( – )
22 × (9 – 5) = 88
Alternativa A

Exercícios Propostos
05) O valor da expressão
29 – {19 – 4 · [30 – (9 + 3) · 2] : 3} é:
a. 11
b. 12
c. 15
d. 18
e. 29

R.: Alternativa D
29 – {19 – 4 · [ 30 – (9 + 3) · 2] : 3} =
=29 – {19 – 4 · [ 30 – 12 · 2] : 3} =
=29 – {19 – 4 · [ 30 – 24] : 3} =
=29 – {19 – 4 · 6 : 3} =
=29 – {19 – 24 : 3} =
=29 – {19 – 8} =
EF6P-14-12

=29 – 11 =
=18
104 Capítulo 2 – Operações fundamentais com números naturais \ Grupo 1

06) Resolva as seguintes expressões numéricas:


a. 24 · [50 – (12 + 5) · 2]
b. (32 – 21) – (9 + 3) · 2 : 6
c. 10 · { 32 + 2 · [15 – 3 · (2 + 3)] : 7}
d. {18 – 3 · [27 – (12 + 14)]} · 5
e. 32 + {51 – 2 · [3 · (32 – 27) – (2 + 3) · 2]}
R.: c) 10 · {32 + 2 · [15 – 3 · (2 + 3)] : 7} =
a) 24 · [50 – (12 + 5) · 2] = = 10 · {32 + 2 · [15 – 3 · 5] : 7} =
= 24 · [50 – 17 · 2] = = 10 · {32 + 2 · [15 – 15] : 7} =
= 24 · [50 – 34] = = 10 · {32 + 2 · 0 : 7} =
= 24 · 16 = = 10 · {32 + 0 : 7} =
= 384 = 10 · {32 + 0} =
= 10 · 32 =
b) (32 – 21) – (9 + 3) · 2 : 6 = = 320
= 11 – 12 · 2 : 6 =
= 11 – 24 : 6 = d) {18 – 3 · [27 – (12 + 14)]} · 5 =
= 11 – 4 = = {18 – 3 · [27 – 26]} · 5 =
=7 = {18 – 3 · 1} · 5 =
= {18 – 3} · 5 =
= 15 · 5 =
= 75

e) 32 + {51 – 2 · [3 · (32 – 27) – (2 + 3) · 2]} =


= 32 + {51 – 2 · [3 · 5 – 5 · 2]} =
= 32 + {51 – 2 · [15 – 10]} =
= 32 + {51 – 2 · 5} =
= 32 + {51 – 10} =
= 32 + 41 =
= 73

EF6P-14-12

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