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1 INTRODUÇÃO

Este artigo nos mostrará uma visão da contribuição da musicalização no


desenvolvimento e na educação da criança, sendo um importante canal de resgate
no processo ensino aprendizagem.
A musicalização está em nosso meio desde a criação do mundo com sons
de cachoeiras, canto dos pássaros e o vento, e que até hoje nos auxiliam nos
transmitindo paz e tranquilidade. A música tem um papel fundamental em nossas
vidas, pois no momento que nos faz sermos mais criativos, nos ajuda a desenvolver
nossa autodisciplina.
Mesmo antes de falar a criança já e capaz de entoar melodias. Através da
música, ela assimila conceitos e ideias do mundo concreto e abstrato, desenvolve e
reforça novos fonemas, a acuidade e o sentido rítmico.
Várias pesquisas reconheceram a música como uma modalidade que
desenvolve a mente humana, proporciona o bem estar, promove o equilíbrio, onde
auxilia no desenvolvimento da concentração e desenvolve o raciocínio.
O contato da criança com a música já era valorizado a tempos, Platão afirmava que
a música e é um instrumento educacional, mais potente de que qualquer outro.
A musicalização deve ser incluída no processo ensino aprendizagem, pois a música
treina o cérebro para formas relevantes de raciocínio.
A música além de fazer um grande bem à saúde, ela auxilia no
desenvolvimento da sensibilidade da criança, aumenta a capacidade de
concentração desenvolve o raciocínio lógico e desenvolve a memória, além de ser
peça fundamental para desencadear emoções.
Trabalhar a música através de um grupo, faz com que a criança tenha
uma noção maior da importância da disciplina, da organização, da ordem, do
respeito ao próximo e a si mesmo.
Deixar a criança se envolver com a música é maravilhoso e agradável
para a mesma, pois de uma forma prazerosa ela aprende novos conceitos,
desenvolve diferentes habilidades, desenvolve a criatividade, a coordenação,
melhora a comunicação e a memória.
A música não pode estar fora do processo ensino aprendizagem, pois
com a música o ambiente fica mais tranquilo, harmonioso e o aprendizado flui de
forma que as crianças nem notam.
2 DESENVOLVIMENTO

A música é reconhecida por muitos pesquisadores como uma espécie de


modalidade que desenvolve a mente humana, promove o equilíbrio, proporcionando
um estado agradável de bem-estar, facilitando a concentração e o desenvolvimento
do raciocínio, em especial em questões reflexivas voltadas para o pensamento
filosófico.
A musicalização pode possibilitar no imaginário da criança a passagem
para um mundo desconhecido, sabe-se que, é da própria natureza da música nos
encantarmos com grandes fantasias e imaginações, ou seja, tudo isso pode ocorrer
com o simples fato de ouvi-la. Ela surge por meio dos sons e está inserida no
cotidiano das pessoas, ou seja, na fala, nos objetos que se utiliza no dia a dia, no
movimento, entre outros exemplos.
O intuito deste trabalho é destacar a importância da música na infância, e
nesse contexto, a autora Nereide Rosa ressalta que:

A linguagem musical deve estar presente nas atividades [...] de expressão


física, através de exercícios ginásticos, rítmicos, jogos, brinquedos e roda
cantadas, em que se desenvolve na criança a linguagem corporal, numa
organização temporal, espacial e energética. A criança comunica-se
principalmente através do corpo e, cantando, ela é ela mesma, ela é seu
próprio instrumento (ROSA, 1990, pp.22-23).

Sendo uma atividade indispensável no processo de desenvolvimento da


criança, a música pode auxiliar no seu desenvolvimento cognitivo e, por isso, deve
ser valorizada no âmbito escolar a fim de potencializar a imaginação, a linguagem, a
atenção, a memória e outras habilidades, além de contribuir de forma eficaz no
processo de ensino-aprendizagem.
Faria (2001), define que a música é um importante fator na aprendizagem,
pois a criança desde pequena já ouve música, a qual muitas vezes é cantada pela
mãe ao dormir, conhecida como ‘cantiga de ninar. Na aprendizagem a música é
muito importante, pois o aluno convive com ela desde muito pequeno.
A música quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, criatividade e
outros dons e aptidões, por isso, deve-se aproveitar esta tão rica atividade
educacional dentro das salas de aula.
A expressão musical desempenha importante papel na vida recreativa de
toda criança, ao mesmo tempo em que desenvolve sua criatividade, promove a
autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética.
A música também cria um terreno favorável para a imaginação quando
desperta as faculdades criadoras de cada um. A educação pela música proporciona
uma educação profunda e total.
Portanto, a música pode proporcionar contatos com outras culturas e
momentos alegres e prazerosos, nos quais transforma o espaço escolar em um
ambiente adequado à aprendizagem, além de estimular nos alunos o ritmo e a
coordenação motora, favorecendo sua autonomia e interação com o
grupo.Brito(2003) discorre acerca disso:

O envolvimento das crianças com o universo sonoro começa ainda antes do


nascimento, pois na fase intrauterina os bebês já convivem com um
ambiente de sons provocados pelo corpo da mãe, como sangue que flui nas
veias, a respiração e a movimentação dos intestinos. A voz materna também
constitui material sonoro especial e referência afetiva para eles (BRITO
2003, p.35).

Segundo a autora se a criança já tem este contato com a música desde o


útero da mãe, percebe-se que a música também é um fator importante para o
desenvolvimento cognitivo da mesma.

a voz da mãe, com suas melodias e seus toques, é pura música, ou é aquilo
que depois continuaremos para sempre a ouvir na música: uma linguagem
onde se percebe o horizonte de um sentido que, no entanto não se
discrimina em signos isolados, mas que só se intui como uma globalidade
em perpétuo recuo não verbal, intraduzível, mas, à sua maneira,
transparente (WISNIK,1998,p.27).

Conforme Jeandot(1997):

O conceito da música varia de cultura para cultura. Embora a linguagem


verbal seja um meio de comunicação e de relacionamento entre os povos,
constatamos que ela não é universal, pois cada povo tem sua própria
maneira de expressão através da palavra, motivo pelo qual há milhares de
línguas espalhadas pelo globo terrestre (JEANDOT, 1997, p.12).

Por isso a música tem sua própria linguagem, o que diferencia é o modo
como será tocada, se o músico seguirá uma partitura ou se ele irá mudar a melodia
ou o ritmo, assim desenvolverá um som diferente do que foi proposto a ele, o que é
denominado improviso.
Na vida infantil o ensino da música vem como forma de compreensão de
mundo. Ao nascer, a criança vai se desenvolvendo, com a ação de falar, cantarolar,
explorando assim esse universo sonoro com sons que podem ser produzidos por ela
própria. Esses são os primeiros passos da criança em relação à música, por meio
dos sons e movimentos que são produzidos por ela mesma, pois ela é um ser que
vive em constante interação com o corpo.

A criança não é um ser estático, ela interage o tempo todo com o meio e a
música, tem esse caráter de provocar interação, pois, ela traz em si
ideologias, emoções, histórias, que muitas vezes se identificam com as de
quem ouvem (GONÇALVES et al.,2009, p.2):

Dessa maneira, a música não precisa ser usada apenas relacionada aos
conteúdos, pois ela fala por si mesma e é de fundamental importância na formação
do ser humano. Mas, mesmo sendo uma forma autônoma de se promover é
necessário que exista uma mediação e cabe ao professor estimular, orientar, para
que haja mudanças nos movimentos das crianças a partir do som e do ritmo.

O ritmo tem um papel fundamental na formação e equilíbrio do sistema


nervoso, isso porque toda expressão musical ativa age sobre a mente
favorecendo a descarga emocional, a relação motora e aliviando as tensões
(CONSONI, 2009, p.3).

Quanto maior o número de atividades como: cantar, dançar, fazer gestos,


bater palmas, movimentos com o corpo, pés e mãos, mais favorecido será o senso
rítmico e a sua coordenação motora, o que para os anos iniciais do ensino
fundamental é importantíssimo, pois auxilia também na alfabetização. Estímulos
colocam a inteligência em prática, pois:

O estímulo sonoro aumenta as conexões entre os neurônios e, de acordo


com cientistas de todo o mundo, quanto maior a conexão entre os
neurônios, mais brilhante será o ser humano. (BRITTO apud CONSONI,
2009, p.3).

Através de estudos pôde-se perceber que o desenvolvimento musical,


envolvendo a reação do ser humano ao ouvir músicas, mostra as várias etapas que
o sujeito percorre, como alegria, tristeza, euforia, relaxamento, e isso pode ser
percebido nas crianças através das suas reações, pois cada uma reage a sua
maneira, umas batem palmas, outras mexem as pernas, outras a cabeça etc.
A musicalização contribui, entre outros fatores, segundo Ilari (2003), para
uma maior afetividade e um melhor relacionamento entre a criança e seus pais ou
responsáveis. Os pais assumem um papel importante no desenvolvimento musical
de seus filhos participando das aulas, cantando, dançando, tocando músicas, enfim,
proporcionando um ambiente adequado para este desenvolvimento.
A musicalização é um processo de construção do conhecimento,
favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade, do senso rítmico,
do prazer de ouvir música, da imaginação, da memória, da concentração, da
atenção, do respeito ao próximo, da socialização e da afetividade, também
contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação. Na
educação infantil está relacionada a uma motivação diferente do ensinar, em que é
possível favorecer a autoestima, a socialização e o desenvolvimento do gosto e do
senso musical das crianças dessa fase. Cantando ou dançando, a música de boa
qualidade proporciona diversos benefícios para as crianças e é uma grande aliada
no desenvolvimento saudável da criançada.
Muitas brincadeiras e jogos musicais podem oferecer momentos de
prazer. Tais brincadeiras e jogos se baseiam na exploração dos sons do corpo, de
objetos, na realização de esquemas rítmicos, na execução de instrumentos, na
apreciação, no canto e nas danças como destaca ILARI(2003) a seguir.

Os jogos musicais, quando utilizados de forma lúdica, participativos e não


competitiva podem constituir uma fonte rica de aprendizado, motivação e
neurodesenvolvimento. Em geral, os jogos acontecem em aulas coletivas o
que obviamente visa a estimulação dos sistemas de orientação espacial e
do pensamento social. Jogos de memória de timbres, notas e instrumentos,
dominós de células rítmicas e brincadeiras de solfejo podem ativar os
sistemas de controle de atenção, da memória, da linguagem, de ordenação
sequencial e do pensamento superior. Já os jogos que utilizam o corpo, tais
como mímica de sons imaginários, brincadeira de cadeira, cantigas de roda,
encenações musicais e pequenas danças podem incentivar o sistema da
memória, de orientação espacial, motor e do pensamento social, entre
outras. Além de prazerosos, os jogos musicais de participação ativa podem
constituir exemplos típicos do aprendizado divertido (ILARI 2003, p. 9).

Vygotsky vê os jogos e as brincadeiras como de extrema importância para


a promoção do desenvolvimento, pois o objeto que a criança usa nas suas
brincadeiras serve como uma representação da realidade ausente e ajuda a criança
a separar objeto e significado constituindo, assim, um passo importante no percurso
que a levará a ser capaz de, como no pensamento adulto, desvincular-se totalmente
das situações concretas (DECKERT; REGO, 2008).
A musicalização pode beneficiar a alfabetização em virtude de ela
melhorar a atenção, o ritmo, a organização espaço-temporal, a discriminação
auditiva, reduzir a ansiedade. Assim quando o educador desenvolver trabalhos em
sala ele deve levar o aluno a expressar-se criativamente através dos elementos
sonoros, pois o domínio dos esquemas de expressão é fundamental para se tornar
um ser ativo, crítico e criativo, recriando a própria música (PENNA, 990).
No RCNEI (1998) ressalta-se que o trabalho com música na educação
infantil, requer que o professor tenha uma atitude em questão a essa linguagem
musical, como já dito anteriormente, mesmo que esse professor não tenha uma
formação específica em música, deve estar determinado a trabalhar e conhecer a
música na qual irá focar deixando as crianças se apresentarem de acordo com seus
conhecimentos musicais, disponibilizando somente materiais para ampliar o
repertório musical de cada um.
A música é algo constante na vida da humanidade, pode-se comprovar
isto, em todos os registros da trajetória da história.

As crianças sabem que se dança música, isto é, que a dança está


associada à música, e geralmente sentem grande prazer em dançar. Se os
professores levarem isso em conta e considerarem como ponto de partida o
repertorio atual de sua classe (os das crianças e o próprio) e puderem
expandir este repertório comum com o repertório do seu grupo cultural e de
outros grupos, criando situações em que as crianças possam dançar,
certamente estarão contribuindo significativamente para a formação das
crianças. (ESTEVÃO, 2002, p. 33),

Ela é tão importante como real e concreta, por ser um elemento que
auxilia no bem-estar das pessoas. No contexto escolar a música tem a finalidade de
ampliar e facilitar a aprendizagem do educando, pois ensina o indivíduo a ouvir e a
escutar de maneira ativa e refletida.
A música afeta de duas maneiras distintas no o corpo do indivíduo:
diretamente, com o efeito do som sobre as células e os órgãos, e indiretamente,
agindo sobre as emoções, que influenciam numerosos processos corporais
provocando a ocorrência de tensões e relaxações em várias partes do corpo. Para
Gainza (1988), a música é um elemento de fundamental importância, pois
movimenta, mobiliza e por isso contribui para a transformação e o desenvolvimento,
mas ela não substitui o restante da educação, ela tem como função atingir o ser
humano em sua totalidade.
A educação tem como meta desenvolver em cada indivíduo toda a
perfeição de que é capaz. Porém, sem a utilização da música não é possível atingir
a esta meta, pois nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a agir. A
música atinge a motricidade e a sensorialidade por meio do ritmo e do som, e por
meio da melodia, atinge a afetividade.
A aprendizagem se desenvolve em um processo individual de construção
por meio das diferentes formas de interagir com o ambiente. (PIAGET, 1977) Piaget
(1977). Através da proposta de trazer a música e desenvolver atividades escolares
com o ritmo, precisa-se compreender como a metodologia por meio da expressão
musical pode influenciar no ensino-aprendizagem, pois, “A observação da natureza
fornece-nos a primeira prova evidente da presença de ritmo no universo”, Kàrolyi
(1990, p. 25), pelo que acrescenta Brèscia (2003, p.67):

Conhecemos a música desde o início de nossas vidas. Com um pulsar de


célula se dividindo dentro do corpo de nossa mãe, já somos apresentados
ao aspecto mais fundamental e universal da música: o ritmo.

O desenvolvimento de atividades com o auxílio da música desenvolve a


percepção auditiva, autoexpressão, senso rítmico, e propicia condições para o
desenvolvimento integral do aluno, além de promover o gosto estético.
Para Bréscia (2003) ao utilizar a musica, desenvolve-se o processo de
construção do conhecimento, que desperta e desenvolve não somente o gosto
musical, como ainda favorece o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade,
senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração,
atenção, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva
consciência corporal e de movimentação.
As atividades com a música permitem o indivíduo, tanto criança quanto
adulto, conhecer a si mesmo, desenvolvendo a noção de esquema corporal,
localização espacial, lateralidade, desenvolve a concentração, a criatividade, nesse
sentido, favorece o trânsito interdisciplinar e facilita, estimula o processo ensino
aprendizagem e contribui para deixar a escola mais alegre e receptiva,
proporcionando um ambiente acolhedor e receptivo, reduzindo a tensão em
momentos de atividades e de avaliação.
Em relação às atividades com a música Hernandez- La Cruz apud Brèscia
(2003), que se fosse desenvolvido exercícios musicais com os alunos não só
diminuiria as desistências, como também despertaria mais a sensibilidade humana,
aumentando a autoestima e auto eficácia, contribuindo à vida social.
Porém, necessita de recursos para ser instrumento à aprendizagem
cognitiva, utilizando-se de meios não distantes do aluno, entre as quais encontram-
se a música, não apenas enquanto sentimentos do homem em forma de sons, mas
na “tentativa de interligar os diversos fenômenos musicais com as informações
disponíveis sobre as realidades socioculturais”.
Ou seja, utilizando como base a própria realidade do aluno, chegasse ao
que Ausubel chama de aprendizagem significativa, fazendo ponte com informações
trazidas não só pelo professor, mas também de desperta as habilidades que os
alunos já têm, mas que precisam ser desenvolvidas por intermédio da música, do
ritmo, ficará perceptível o quanto esta manifestação está presente na vida, até
mesmo nas necessidades biológicas como ritmo de falar, andar, respirar, dançar.
Acrescenta que a linguagem, principalmente textual, pode ser
potencializada por meio da utilização da linguagem musical, que serve ao processo
de ensino aprendizagem e também como método alternativo para se aplicar à
educação.
Conforme se observa no Referencial Curricular Nacional Para a Educação
Infantil, RCNEI (1998), a música é entendida como linguagem musical com
capacidade de comunicar sensações e sentimentos por meio do som e do silêncio e
está presente em todas as culturas, sendo que na Grécia antiga já era considerada
fundamental na formação dos futuros cidadãos, ao lado da Matemática e da
Filosofia.
A educação musical na escola deveria objetivar despertar a sensibilidade
musical, o desenvolvimento cognitivo, o afetivo e as relações interpessoais, tendo
em vista que seu caráter cultural diversificado propicia o respeito pelas diferentes
culturas e pode contribuir para o desenvolvimento da criança, dando a ela
oportunidade de conhecimento e valorização da vida e, por apresentar caráter
interdisciplinar, é favorável sua inserção no currículo escolar.
A música como disciplina escolar, deve ser considerada como uma
melhoria no currículo escolar brasileiro e, mesmo em meio a tantos percalços, ainda
se configura como oportunidade de levar um pouco de música com qualidade,
contradizendo assim as influências negativas veiculadas pela mídia, que contribuem
para degradação dos valores humanos.
Ensinar música na escola não significa necessariamente o ensinar a tocar
um instrumento específico, mas, sim, apresentá-la como área do conhecimento e
suas especificidades, com intuito de possibilitar usar práticas musicais coletivas e
conteúdos que ajudem na formação do aluno.

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