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a voz da mãe, com suas melodias e seus toques, é pura música, ou é aquilo
que depois continuaremos para sempre a ouvir na música: uma linguagem
onde se percebe o horizonte de um sentido que, no entanto não se
discrimina em signos isolados, mas que só se intui como uma globalidade
em perpétuo recuo não verbal, intraduzível, mas, à sua maneira,
transparente (WISNIK,1998,p.27).
Conforme Jeandot(1997):
Por isso a música tem sua própria linguagem, o que diferencia é o modo
como será tocada, se o músico seguirá uma partitura ou se ele irá mudar a melodia
ou o ritmo, assim desenvolverá um som diferente do que foi proposto a ele, o que é
denominado improviso.
Na vida infantil o ensino da música vem como forma de compreensão de
mundo. Ao nascer, a criança vai se desenvolvendo, com a ação de falar, cantarolar,
explorando assim esse universo sonoro com sons que podem ser produzidos por ela
própria. Esses são os primeiros passos da criança em relação à música, por meio
dos sons e movimentos que são produzidos por ela mesma, pois ela é um ser que
vive em constante interação com o corpo.
A criança não é um ser estático, ela interage o tempo todo com o meio e a
música, tem esse caráter de provocar interação, pois, ela traz em si
ideologias, emoções, histórias, que muitas vezes se identificam com as de
quem ouvem (GONÇALVES et al.,2009, p.2):
Dessa maneira, a música não precisa ser usada apenas relacionada aos
conteúdos, pois ela fala por si mesma e é de fundamental importância na formação
do ser humano. Mas, mesmo sendo uma forma autônoma de se promover é
necessário que exista uma mediação e cabe ao professor estimular, orientar, para
que haja mudanças nos movimentos das crianças a partir do som e do ritmo.
Ela é tão importante como real e concreta, por ser um elemento que
auxilia no bem-estar das pessoas. No contexto escolar a música tem a finalidade de
ampliar e facilitar a aprendizagem do educando, pois ensina o indivíduo a ouvir e a
escutar de maneira ativa e refletida.
A música afeta de duas maneiras distintas no o corpo do indivíduo:
diretamente, com o efeito do som sobre as células e os órgãos, e indiretamente,
agindo sobre as emoções, que influenciam numerosos processos corporais
provocando a ocorrência de tensões e relaxações em várias partes do corpo. Para
Gainza (1988), a música é um elemento de fundamental importância, pois
movimenta, mobiliza e por isso contribui para a transformação e o desenvolvimento,
mas ela não substitui o restante da educação, ela tem como função atingir o ser
humano em sua totalidade.
A educação tem como meta desenvolver em cada indivíduo toda a
perfeição de que é capaz. Porém, sem a utilização da música não é possível atingir
a esta meta, pois nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a agir. A
música atinge a motricidade e a sensorialidade por meio do ritmo e do som, e por
meio da melodia, atinge a afetividade.
A aprendizagem se desenvolve em um processo individual de construção
por meio das diferentes formas de interagir com o ambiente. (PIAGET, 1977) Piaget
(1977). Através da proposta de trazer a música e desenvolver atividades escolares
com o ritmo, precisa-se compreender como a metodologia por meio da expressão
musical pode influenciar no ensino-aprendizagem, pois, “A observação da natureza
fornece-nos a primeira prova evidente da presença de ritmo no universo”, Kàrolyi
(1990, p. 25), pelo que acrescenta Brèscia (2003, p.67):