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PETIÇÃO INICIAL
A primeira peça processual intentada pelo autor, é a Petição inicial, regulada nos artigos
467.º ss CPC.
De acordo com o disposto neste artigo o autor deve:
a. Indicar o tribunal competente; identificar as partes, com o nome, domicílio ou
sede, e sempre que possível, os números de BI e NIF, profissões e locais de
trabalho;
b. Indicar o domicílio profissional do mandatário judicial;
c. Indicar a forma de processo;
d. Expor os factos e as razões de direito que servem de fundamento à acção;
e. Formular o pedido;
f. Declarar o valor da causa;
g. Juntar o documento comprovativo do prévio pagamento de taxa de justiça
inicial ou da concessão do benefício de apoio judiciário na modalidade de
dispensa total ou parcial do mesmo. Não tendo sido junto, a petição inicial
deve ser recusada pela secretaria, nos termos do artigo 474/f.
h. Procuração com podes forenses, gerais ou especiais, conforme regulado nos
artigos 32.º ss.
i. Documentos que faz referência no conteúdo da PI;
j. Duplicados legais.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Após ser intentada PI, o tribunal profere despacho que ordene a citação do réu, dando-
lhe a conhecer que contra ele foi intentada uma acção, remetendo para o efeito, uma
cópia da PI e de toda a documentação que a acompanha (cópia legal).
CONTESTAÇÃO
DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR
Findo a fase dos articulados, o juiz profere, se for caso disso, o despacho pré-saneador,
nos termos do artigo 508.º destinado a providenciar pelo suprimento de excepções
dilatórias, ou a convidar as partes a aperfeiçoamento dos articulados.
Não sendo necessário proceder a nenhuma reparação, o juiz profere despacho a
convocar a audiência preliminar, artigo 508.º-A.
Com a convocação da audiência preliminar, deve o juiz indicar, para que efeito ela se
destina, nos termos do n.º 3 do artigo 508.º-A.
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Da audiência preliminar, há-de ser redigida uma acta, donde constará, via regra, o
despacho saneador, cujo conteúdo consiste na selecção da matéria de facto assente e
a que constitui base instrutória da causa.
Porém, quando a complexidade das questões a resolver o exija, o juiz poderá
excepcionalmente proferi-lo por escrito, no prazo de 20 dias, suspendendo-se a
audiência, nos termos do artigo 510.º n.º 2.
Pode ainda ser indicado na audiência preliminar, nos termos do n.º 2 do artigo 508.º-A:
1. Os meios de prova, sem prejuízo de alguma das partes, com fundadas razões,
requerer a sua indicação ulterior, sendo de imediato fixado um prazo.
2. Designação de data para a audiência de discussão e julgamento, nos termos
do artigo 155.º (sendo notificados na audiência preliminar para a audiência
de discussão e julgamento da causa, começa a correr o prazo de 10 dias
para o pagamento de taxa de justiça subsequente).
A audiência preliminar não é obrigatória, pode ser dispensada nos termos do artigo 508.º-
B.
Nestes casos, a secretaria notifica as partes do despacho saneador, proferido nos termos
do artigo 510.º, donde constará
a. Excepções dilatórias, nulidades processuais que possam existir e que sejam do
conhecimento oficioso;
b. Conhecer do mérito da causa, sempre que o estado do processo o permitir.
c. Selecção da matéria de facto assente e da que constitui base instrutória;
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DO RECURSO
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Uma vez notificados da sentença, a parte vencida, tem dez dias, para interpor
requerimento de admissibilidade de recurso, no tribunal onde foi proferida decisão,
indicado a espécie de recurso, os efeitos e o modo de subida.
Sendo notificados da admissibilidade do mesmo, o recorrente tem trinta dias, para redigir
as alegações de recurso, enviando juntamente com estas, o comprovativo de
pagamento de taxa de justiça inicial.
Nos casos, em que se pretenda ver também apreciada matéria de facto, ao prazo de
trinta dias, acresce uma dilação de dez dias.
Nos casos em que, algumas das partes faleça, durante a duração do processo judicial, é
necessária proceder a uma habilitação de herdeiros, suspendendo-se para o efeito a
instância.
Qualquer uma das partes pode requerer o incidente de habilitação de herdeiros, que
correrá por apenso ao processo principal.
HABILITAÇÃO ESPONTÂNEA
Aula n.º 2
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Nos termos do artigo 17.º da LOFTJ, a organização judiciária é feita segundo diversos
critérios:
1. Matéria;
2. Hierarquia;
3. Valor e da forma de processo aplicável;
4. Território;
Competência Genérica
De acordo com o disposto no artigo 18.º LOFTJ e 66.º CPC, são da competência dos
tribunais judiciais, as causas que não sejam atribuídas a outra ordem jurisdicional.
Trata-se assim de uma competência genérica e residual, na medida, em que lhe cabe
conhecer de todas as causas não específicas que não caibam a outras ordens
jurisdicionais, delimitando-se, assim, a sua competência, pela negativa.
Competência Especializada
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f. Marítimos;
g. De execução de penas
Nos termos do artigo 19.º LOFTJ os tribunais judiciais encontram-se hierarquizados para
efeitos de recurso das suas decisões. Assim o STJ conhece recurso, apenas causas cujo
valor, exceda a alçada do tribunal da Relação, apreciando apenas matéria de direito.
As Relações apreciam recurso, quer de matéria de facto quer de direito, das causas cujo
valor exceda a alçada dos tribunais judicias de 1.ª instância.
Atendendo ao valor da acção e à forma de processo aplicável, podem ser criados, nos
termos do artigo 69.º CPC e 64.º n.º 2, 2.ª parte da LOFTJ, tribunais de competência
específica.
A competência dos tribunais de competência específica, é assim delimitada por dois
critérios diferenciados: pelo valor da acção e pela forma de processo aplicável.
Varas cíveis
Valor: acções declarativas cíveis de valor superior à alçada do tribunal da
relação, artigo 97/1/a LOFTJ;
Tipo de acção: processo ordinário, artigo 462.º CPC
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Juízos cíveis
Valor: acções declarativas cíveis inferiores à alçada do tribunal da
relação, mas superiores à alçada dos tribunais de comarca.
Acções declarativas de valor inferior à alçada dos tribunais de comarca, sempre que a
acção não se destine ao cumprimento de obrigações pecuniárias, a indemnizações por
dano, e à entrega de coisas móveis, pois nesse caso, a forma de processo já é a
sumaríssima, sendo competente os juízos de pequena instância cível, nos moldes expostos
seguidamente.
Tipo de acção: sumária, artigo 462.º CPC
De acordo com o disposto no artigo 15.º LOFTJ, o território nacional divide-se da seguinte
forma:
a. Distritos Judiciais: Porto, Coimbra, Lisboa, Évora, correspondendo a
cada um destes distritos, um Tribunal de 2.ª instâncias, com excepção
do círculo judicial do Porto, onde existem dois tribunais da Relação, um
no Porto outro em Guimarães. No distrito judicial de Évora, existem
formalmente dois tribunais da Relação, pois o de Faro, apesar de já ter
sido criado, ainda não foi instalado.
b. Círculos Judiciais: são circunscrições territoriais mais pequenas dentro
dos distritos judiciais, cujo o agrupamento se destina, à existência de um
tribunal colectivo.
c. Comarcas: circuncisões territoriais mais pequenas, com funcionamento
dos tribunais de 1.ª instância com competência directa para aquele
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JULGADOS DE PAZ
De acordo com o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), tanto os julgados de paz como os
tribunais judiciais têm competência para julgar casos relativos à responsabilidade civil
contratual e extracontratual.
Ou seja, os julgados de paz têm um carácter facultativo, uma vez que a lei não lhes
confere competências exclusivas, o que significa que, nos casos que sejam da sua
competência, os interessados também podem recorrer aos tribunais judiciais que
também sejam competentes.
De acordo com este tribunal, os julgados de paz actuais são um meio alternativo à via
judicial para a resolução dos pequenos diferendos da vida quotidiana, com
procedimentos simplificados e informais, em quadro de justiça de proximidade,
economicamente acessível e de disponibilização de instrumentos de mediação.
Não são tribunais judiciais, uma vez que se encontram fora do patamar da organização
judiciária portuguesa tal como ela resulta da Constituição e da Lei de Organização e
Funcionamento dos Tribunais Judiciais.
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O caso
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O cidadão tinha interposto contra a seguradora uma acção pedindo que esta fosse
condenada a pagar-lhe uma quantia com fundamento em danos patrimoniais
decorrentes de estragos no seu veículo automóvel.
Referências
Acórdão nº 11/2007, do Supremo Tribunal de Justiça, de 25 de Julho
Lei nº 78/2001, de 13 de Julho
Casos práticos
José, residente em Braga, vê o seu automóvel ser embatido pelo automóvel de Luís da
cidade do Porto. A seguradora de Luís tem sede em Lisboa e não aceita a
responsabilidade de Luís no embate.
Qual o tribunal competente?
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No caso dos danos no veiculo, ascenderem a € 30.000, sendo por isso, superiores à
alçada do tribunal da relação, será competente em função do valor e da forma do
processo, as varas cíveis do Porto, artigo 97/1/a LOFTJ, seguindo a acção a forma de
processo ordinário.
Na eventualidade dos danos ascenderem apenas a € 1.000, e portanto não excederem
a alçada do tribunal de comarca, será competente para apreciar o pedido, os juízos de
pequena instância cível, artigo 101.º conjugado com o disposto no artigo 462.º in fine,
sendo neste caso, sumaríssimo a forma de processo.
Se os danos fossem de € 6.000, seria competente os juízos cíveis, artigo 99.º LOFTJ, sendo
aplicável o processo sumário, artigo 462 a contrario sensu.
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demandado um particular fora do seu domicilio, tal deve ser de conhecimento oficioso,
ao passo que se for uma pessoa colectiva, tal já não se verifica).
O juiz deve obrigatoriamente conhecer da incompetência relativa, até ao despacho
saneador, artigo 110/3/1.ª parte, o que se compreende, uma vez que é neste despacho
que o tribunal avalia a existência de eventuais excepções dilatórias que possa inquinar o
processo, entre as quais a competência do tribunal.
Por esse motivo é que o despacho saneador em regra, começa por reconhecer a
personalidade judiciária, a legitimidade as partes, a sua capacidade, reconhecendo a
inexistência de nulidades e pronunciando-se quanto à competência do tribunal.
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Não se coloca aqui em causa a possibilidade de intentar a acção nos julgados de paz,
uma vez que este não tem competência para conhecer acções destinadas a efectivar o
cumprimento de obrigações que tenham por objecto prestações pecuniária cujo credor
seja pessoa colectiva, nos termos do artigo 9/1/a da lei 78/2001 de 13 Julho.
Caso a acção tivesse sido intentada no tribunal judicial da comarca de Bragança, por
exemplo, estávamos perante um incompetência relativa em razão do território, artigo
108.º CPC, que, no caso, não é de conhecimento oficioso, nos termos do artigo 110/1/a,
porque estamos perante o campo de aplicação do artigo 74.º n.º 1 2.ª parte. ( a lei
entende que sendo demandado uma pessoa colectiva fora do seu domicilio, tal não
deve ser de conhecimento oficioso, ao passo que se for uma pessoa singular, o
conhecimento já é oficioso).
Paulo xxxxxx, réu, em acção ordinária, nos autos à margem referenciados, em que autor
a Sociedade yyyy, vem respeitosamente CONTESTAR, nos termos e com os seguinte
fundamentos:
A) Excepção de incompetência
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Um juiz diligente deveria notificar o autor, para que este pudesse optar pelo tribunal
onde pretende ver a acção instaurada. Caso contrário remete os autos para um dos dois
tribunais competentes.
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O código de processo civil, está estruturado, tendo por base, o princípio de conflito de
interesses, uma vez que, o interesse em agir, um pressuposto processual, condição
necessária para que uma acção possa ser intentada, visa exactamente filtrar, as causas,
em que existe um conflito, duas partes com interesses opostos.
Ao lado destes processos típicos, existem os processos de jurisdição voluntária, onde não
existe um verdadeiro conflito, previstos nos artigos 1409.º e seguinte CPC.
Estamos perante processos que respeitam a determinados interesses, cuja regulação,
atendendo aos interesses em causa, deve ser feita em tribunal, não obstante de não
respeitarem a verdadeiros conflitos.
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Exemplo
1.º
Os requerentes contraíram matrimónio civil, sem convenção antenupcial, no dia
___________. (junta cópia de certidão de casamento).
2.º
Desse casamento nasceram dois filhos, Luís Filipe, nascido a __________________, e
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3.º
Com o intuito de ver decretado o divorcio.
Nota: havendo filhos menores tem que se regular o poder paternal ou propõe-se, por
acordo homologado pelo Tribunal de Família.
Tenha-se em atenção que nunca se pode prescindir do dever de alimentos do
cônjuge que não fique com os filhos em caso de filhos menores.
4.º
Que para o efeito se junta acordo relativo à regulação do poder paternal dos filhos
menores, à casa de morada de família e quanto ao dever de alimentos.
Assinatura
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Se o MP introduz alterações que não são aceites pelos cônjuges, o acordo tem de
ser submetido ao juiz.
Se o MP introduz alterações os cônjuges aceitam as mesmas, o acordo fica
assente.
Quando ao regime de visitas, se estivermos perante um casal com bom senso deve
decretar-se o regime livre. No entanto, quando à más relações entre os cônjuges isto não
é a melhor solução.
No regime de visitas que não seja livre tem que se decidir tudo, como por exemplo:
quem vai buscar o menor á escola.
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- Pedido de alimentos para filhos maiores: se, por exemplo, os filhos já têm 18 anos e
estão a estudar. Aqui, são os próprios filhos que intentam uma acção contra o pai
para que este lhes custei os estudos.
Das decisões do conservador civil cabe recurso para a 1ª Instancia a ser interpostos
no prazo de 10 dias. No entanto, como há consentimento, a regra é não haver recurso.
A decisão do juiz tem que ser proferida no prazo de 30 dias.
O processo civil é uma sequência de actos que devem ser praticados segundo
uma determinada sequência prevista na lei, sob pena de estarmos perante nulidades
processuais, previstas nos artigos artigo 201.º “ Fora dos casos previstos nos artigos
anteriores, a prática de um acto que a lei não admita, bem como a omissão de um acto
ou de uma formalidade que a lei prescreva, só produzem nulidade quando a lei o
declare ou quando a irregularidade cometida possa influir no exame ou na decisão da
causa.”
O processo civil, tem uma sequência e uma finalidade, por isso é importante que
todas as suas formalidades sejam cumpridas, pelo que faltando uma delas, todos os
actos praticados subsequentemente serão igualmente nulos.
A violação da tramitação processual apenas é relevante, nos casos em que a
mesma não influa sobre a finalidade do processo.
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De acordo com o disposto no artigo 143.º n.º 2, os actos processuais que devam
ser recebidos pela secretaria judiciais, devem ser entregues durante a hora de
expediente dos serviços.
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De acordo com o artigo 150.º, que vem regular a apresentação a juízo dos actos
processuais das partes, estabelecendo que para este efeito, vale a data em que o
mesmo foi entregue na secretaria.
Por isso, terminando o prazo no dia 5, se a parte entender entrega-lo
directamente na secretaria, o articulado deve ser entregue nesse dia, ate ao fim da hora
de expediente.
2 Nos casos em que as peças processuais seja enviadas por e-mail, devem ser-lhe apostas
CTT. Depois, do envio por fax, o original, acompanhado dos respectivos documentos,
devem ser entregues no prazo máximo de 7 dias.
4 Sem prejuízo do juiz requerer a junção dos documentos originais, nos termos do n.º 8 do
artigo 150
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3. Sendo o acto enviado por telecópia, valerá como data da prática, a da sua
expedição.
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Prazo supletivo geral - art. 153º: Quando o prazo não é fixado pela lei ou pelo juiz
entende-se que é 10 dias.
Como vimos os prazos peremptórios, impedem que determinado acto processual seja
praticado uma vez decorrido o seu termo.
Mas a lei admite alguns desvios.
1. Artigo 147.º prorrogabilidade dos prazos: a lei admite que um prazo processual
seja prorrogável quando:
a. A lei assim, o preveja, isto é, nos casos do artigo 486/5, sempre que a
complexidade da causa o exija, pode o mandatário do réu, requerer
que o prazo para apresentação de contestação seja prorrogado por
mais 30 dias. Não há contraditório. Neste caso não se suspende o prazo
em curso e o juiz tem que se pronunciar num prazo máximo de 24 horas
– nº6
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b. Por acordo das partes, por uma única vez, e por iguais períodos, artigo
147.º n.º2.
2. Artigo 145.º n.º 4 e 146.º: a lei permite, apesar de decorrido o prazo, que o acto
processual possa ser praticado fora do prazo, em caso de justo impedimento,
não imputável nem à parte nem aos mandatários.
3. Artigo 145.º n.º 5: Nos casos em que não haja justo impedimento, a acto
poderá ainda ser praticado nos três primeiros dias úteis subsequentes ao termo
do prazo, desde que até ao primeiro dia útil posterior ao da prática do
mesmo, seja pago de montante igual a ¼ da taxa de justiça inicial por cada
dia de atraso, não podendo a multa exceder 3 UC.
Neste caso, se o prazo terminar numa quinta-feira, o prazo pode ser praticado na sexta,
segunda ou na terça.
Se entregar a peça na sexta, tem de pagar até segunda-feira, ¼ da taxa de
justiça inicial.
Se entregar na segunda, tem de pagar até terça ½ da taxa de justiça inicial.
Se entregar na terça, tem de pagar até quarta, ¾ da taxa de justiça inicial
O juiz pode determinar, nos termos do artigo 145.º n.º 7 a redução ou dispensa da
multa nos casos de manifesta carência económica ou quando o respectivo montante se
revele manifestamente desproporcionado.
Caso de exame:
Suponhamos num caso concreto ocorreu a PI, seguida de Contestação e houve
Replica. Quid iuris se entendermos que a réplica é nula porque não havia razão de existir?
- Devíamos requerer a nulidade da réplica e o seu desentranhamento processual
do prazo supletivo de 10 dias.
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Mas tenha-se sempre a consciência que caso não tenhamos recebido a carta no
terceiro dia posterior ao registo, podemos sempre ilidir a presunção.
Veja-se que o nº1 do art. 254º já não contem nenhuma presunção, pelo que o prazo
começa a correr no dia seguinte.
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Sendo assim, temos sempre que juntar aos autos o documento comprovativo da
notificação ao mandatário das outras partes.
- Ora, este nº4 vem alterar as regras gerais, pois a regra geral era que o primeiro dia
do prazo era sábado, dia 21. Todavia, entre mandatários a intenção do legislador
era evitar que um advogado fosse notificado, por exemplo, sexta-feira à noite
para o seu escritório e, se não fosse trabalhar no fim-de-semana encontra a
notificação apenas passado 2 dias de prazo corrido.
Assim, neste caso, suponhamos que dia 4 de Janeiro era um domingo. Será que o
prazo começava a contar dia 4 ou dia 5?
- O que parece lógico é que, como sexta-feira não é um dia anterior a férias, mas
um dia anterior a sábado (as férias só se iniciam domingo), devemos ir para o
primeiro dia útil – dia 5. Mas repare-se que se o mandatário tivesse sido notificado
sábado, dia 21, como já era um dia anterior às férias, o prazo terminaria dia 4,
domingo.
Ou seja: o ridículo é que uma notificação feita depois começa a contar mais
cedo!
Note-se na previsão do artigo (...)”ou” (...) “ou”.
A citação foi feita em férias judiciais. Logo o prazo para contestar de 30 dias não corre,
ou se já se tiver iniciado, suspende-se.
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O prazo começa a correr, 1 de Setembro, que é sábado. Mas não tem importância,
ainda que fosse domingo, o prazo começa a correr no dia 1 Setembro.
O prazo para contestar termina dia 30 de Setembro, domingo, pelo que passa para o dia
útil seguinte, segunda-feira dia 1 de Outubro.
O acto pode ainda ser praticado até dia 4 de Outubro, quinta-feira, desde que se
proceda ao pagamento de multa. Para tal é necessário pedir as guias na secretaria. Até
ao dia 5 no máximo o pagamento tem de ser feito.
Como estamos no âmbito de uma acção sumária, o Autor tem 10 dias para replicar,
artigo 785. Se a data do registo é dia 3, o autor considera-se notificado 3 dias depois ou
seja, dia 6, o prazo começa a contar dia 7, termina dia 16, que é domingo, logo o prazo
termina apenas no dia útil seguinte, dia 17.
L, autor nos autos à margem melhor identificados, de acção sumária, em que é réu, G,
respeitosamente, vem invocar justo impedimento, nos termos e com os seguintes
seguimentos:
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1.º
O Autor, encontra-se hospitalizado desde o dia 30/04/2007.
2.º
Desde essa data, que o mesmo se encontra impossibilitado de comunicar com o seu
advogado.
3.º
Face ao teor da contestação, mostra-se necessário que o mandatário, conferencie com
o autor.
4.º
O que não foi possível, dado o acidente que o mesmo sofreu, ficando hospitalizado e
impossibilitado de falar com quem quer que seja.
P.E.D.
A Advogada
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O juiz, recebido o pedido de justo impedimento, tem de decidir, com respeito pelo
princípio do contraditório.
Nota: O justo impedimento, do artigo 146, que se aplica apenas ao casos de total
impossibilidade, distingue-se do artigo 485, que apenas se aplica nos casos de
dificuldade.
A parte poderá responder ao justo impedimento, no prazo supletivo de 10 dias.
G, réu nos autos à margem melhor identificados, de acção sumária, em que é autor, L,
respeitosamente, vem, responder ao justo impedimento, invocado pelo Autor, nos termos
e com os seguintes seguimentos:
1.º
Não se verifica justo impedimento nos termos invocados pelo autor.
2.º
Na verdade, o autor não esteve impedido de responder à contestação, pois o incidente
que alega ter sofrido, aconteceu no ano de 2005, e não no ano de 2006.
Termos em que se deve julgar não verificado o justo impedimento, não se devendo
admitir a resposta do Autor à contestação.
P.E.D.
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A advogada
Nos termos do artigo 167.º do CPC, o processo civil é público, salvas as restrições
previstas na lei. Nos termos do n.º 2, a publicidade do processo implica:
O direito de exame, consulta dos autos na secretaria e obtenção de cópia ou
certidões de quaisquer peças nele incorporadas, pelas partes, pelos mandatários, por
qualquer pessoa com capacidade para exercer o mandato judicial ou por quem tiver
um interesse atendível.
É obrigação da secretaria judicial, nos termos do n.º 3, prestar informação precisa
às partes, aos seus representantes ou mandatários judiciais, ou aos funcionários destes,
devidamente credenciados, acerca do estado dos processos pendentes em que sejam
interessados.
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Nos termos do artigo 168.º o acesso aos autos é limitado, nos casos em que a
divulgação do seu conteúdo possa causar dano à dignidade das pessoas, à sua
intimidade da vida privada ou familiar, à moral pública ou sempre que se ponha em
causa a eficácia da decisão a proferir.
Pode ser limitados a publicidade do processo, designadamente nos seguintes
casos:
a) Os processos de anulação de casamento, divórcio, separação de pessoas e bens e os
que respeitem ao estabelecimento ou impugnação de paternidade, a que apenas
podem ter acesso as partes e os seus mandatários; assim apenas os mandatários com
procuração no processo podem ter acesso aos autos.
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Por exemplo, estando a correr prazo para replicar, advogado do autor, pode ter
acesso ao processo apenas durante os 5 dias. O mesmo se passa com os casos em que
corra prazo para produção de prova, as partes apenas podem consultar o processo
durante 5 dias no máximo.
Havendo vários réus, por exemplo, a correndo prazo para todos, a secretaria deve
ter em atenção que todos tenham prazo para a consulta do mesmo.
Há dois casos específicos em que a consulta do processo está prevista:
Nos casos do artigo 657.º para que as partes possam fazer alegações de direito.
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DISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO
As causas que por lei ou por despacho devam considerar-se dependentes de outras são
apensadas àquelas de que dependam.
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As mesmas são enviadas pela secretaria, artigo 181.º n.º 1, e assinadas pelo juiz ou
relator, e apenas contêm o que seja estritamente necessário para a realização da
diligência, artigo 178.º n.º 1.
A expedição da carta não obsta a que se prossiga nos mais termos que não
dependem da diligência requerida, embora a discussão e julgamento da causa não
podem ter lugar senão depois de apresentada a carta ou depois de ter finalizado o
prazo do seu cumprimento, artigo 183.
As cartas devem ser cumpridas pelo tribunal deprecado, no prazo máximo de dois
meses, a contar da expedição, que será notificada às partes, quando tenha por objecto
a produção de prova, artigo 181.º n.º 1.
Nos termos do artigo 1.º do código das custas, todos os processos judiciais, estão
sujeitos a custas.
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TAXA DE JUSTIÇA :
De acordo com o artigo 305.º CC, a toda a causa, deve ser atribuído um valor certo. É a
este valor que se atenderá para determinar a competência do tribunal, a forma do
processo a relação da causa com a alçada do tribunal e o valor das custas, como
consta do artigo 13/1 “Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, a taxa de justiça é,
para cada parte, a constante da tabela do anexo I, sendo calculada sobre o valor das
acções, incidentes com a estrutura de acções, procedimentos cautelares ou recursos.”
“A taxa de justiça do processo corresponde ao somatório das taxas de justiça inicial e
subsequente de cada parte”
O valor da causa inclui não só capital, mas também os juros.
No caso em que haja durante o desenrolar do processo, redução do pedido, tal facto,
não conta para efeitos de custas.
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Em sede de recurso, deve ser indicado com valor da sucumbência, (valor que o
réu foi condenado a pagar) para efeitos de determinação da taxa de justiça.
As custas são pagas através da taxa de justiça, pelo autor e pelo réu, de forma
progressiva, quer na primeira instância quer na Relação e no Supremo.
A taxa de justiça inicial é paga no momento em que dá corpo à acção,
devendo o autor pagar a mesma aquando da entrada da PI em tribunal, devendo o réu
pagar a mesma, aquando da apresentação da contestação. Em sede de recuso a taxa
de justiça inicial é paga aquando da entrega das alegações. Artigo 22 “A taxa de justiça
é paga gradualmente pelo autor, requerente, recorrente, exequente, réu, requerido ou
executado que deduza oposição e recorrido que alegue, nos termos dos artigos 23.º a
29.º”
Artigo 23.º
Taxa de justiça inicial
- Para promoção de acções e recursos, bem como nas situações previstas no artigo 14.º,
é devido o pagamento da taxa de justiça inicial autoliquidada nos termos da tabela do
anexo I.
2 - Para promoção de execuções é devido o pagamento de uma taxa de justiça
correspondente a 1/4 UC ou 1/2 UC, consoante a execução tenha valor igual ou inferior
ao da alçada do tribunal da relação ou superior ao mesmo, aplicando-se, com as
devidas adaptações, o regime da taxa de justiça inicial.
Artigo 24.º
Pagamento prévio da taxa de justiça inicial
1 - O documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça referida no artigo
anterior é entregue ou remetido ao tribunal com a apresentação:
a) Da petição ou requerimento do autor, exequente ou requerente;
b) Da oposição do réu ou requerido;
c) Das alegações e contra-alegações de recurso e, nos casos de subida diferida, das
alegações no recurso que motivou a subida ou da declaração no interesse da subida.
2 - O documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça inicial perde a sua
validade no prazo de 90 dias a contar da data da respectiva emissão se não tiver sido,
entretanto, apresentado em juízo.
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Pode acontecer que: A interpôs a acção e paga a taxa de justiça inicial. Apesar
das tentativas, o réu não foi notificado, sendo julgado à revelia. Quando o
processo findar, na conta de custas, o réu vai ter de pagar a taxa que lhe cabe.
Artigo 25.º
Taxa de justiça subsequente
1 - O montante da taxa de justiça subsequente é igual ao da taxa de justiça inicial, sendo
autoliquidada nos termos da tabela do anexo I.
2 - Quando haja mais de um autor, requerente ou recorrente, ou mais de um réu,
requerido ou recorrido e o montante da taxa de justiça inicial paga se revelar suficiente
para assegurar o pagamento da taxa de justiça devida pela respectiva parte, são
aqueles dispensados do pagamento da taxa de justiça subsequente.
3 - As notificações referidas no artigo seguinte devem mencionar expressamente a
dispensa do pagamento da taxa de justiça subsequente, sem prejuízo de a mesma poder
ser invocada pelas partes.
Artigo 26.º
Prazo de pagamento da taxa de justiça subsequente
1 - O documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça subsequente referida
no artigo anterior é entregue ou remetido ao tribunal no prazo de 10 dias a contar:
a) Da notificação para a audiência final;
b) Nos recursos, da notificação do despacho que mande inscrever o processo em tabela.
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Artigo 27.º
Limite da taxa de justiça inicial e subsequente
1 - Nas causas de valor superior a € 250000 não é considerado o excesso para efeito do
cálculo do montante da taxa de justiça inicial e subsequente.
2 - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, o remanescente é considerado na
conta a final.
3 - Se a especificidade da situação o justificar, pode o juiz, de forma fundamentada e
atendendo, designadamente, à complexidade da causa e à conduta processual das
partes, dispensar o pagamento do remanescente.
4 - Quando o processo termine antes de concluída a fase de discussão e
julgamento da causa não há lugar ao pagamento do remanescente
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ENCARGOS PROCESSUAIS
Artigo 32.º
Encargos
1 - As custas compreendem os seguintes encargos:
a) Os reembolsos ao Cofre Geral dos Tribunais por despesas adiantadas, incluindo, entre
outras, as relativas à transcrição das provas produzidas oralmente;
b) Os pagamentos devidos ou adiantados a quaisquer entidades, nomeadamente
documentos, pareceres, plantas, outros elementos de informação ou de prova e serviços
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CONTAS DE CUSTAS
De acordo com o artigo 446.º CPC, a decisão que julgue a acção ou algum dos
seus incidentes ou recursos, condenará em custas a parte que a elas houver dado causa,
ou havendo vencimento da acção, quem do processo tirou proveito.
Artigo 33.º
Custas de parte
1 - As custas de parte compreendem o que a parte haja despendido com o processo a
que se refere a condenação e de que tenha direito a ser compensada em virtude da
mesma, designadamente:
a) As custas adiantadas;
b) As taxas de justiça pagas;
c) A procuradoria;
d) Os preparos para despesas e gastos;
e) As remunerações pagas ao solicitador de execução, as despesas por ele efectuadas e
os demais encargos da execução.
2 - As quantias referidas no número anterior, bem como o restante dispêndio de que a
parte tenha direito a ser compensada, são objecto de nota discriminativa e justificativa.
3 - Nas execuções em que seja designado solicitador de execução, as remunerações
pagas ao solicitador de execução, as despesas por ele efectuadas e os demais encargos
da execução, o produto da execução, os pagamentos efectuados ao exequente e o
respectivo saldo são objecto de nota discriminativa e justificativa autónoma elaborada e
remetida por aquele ao tribunal, no prazo estabelecido no n.º 1 do artigo seguinte.
4 - As notas discriminativas referidas nos números anteriores devem identificar,
inequivocamente, a fase processual, incidente ou apenso a que se reportam as
despesas.
5 - A sentença constitui título executivo, designadamente no que respeita às custas de
parte.
Artigo 33.º-A
Pagamento das custas de parte
1 - Sem prejuízo da sua cobrança em execução de sentença, no prazo de 60 dias a
contar do trânsito em julgado da mesma, a parte que tenha direito a ser compensada
das custas de parte remete à parte responsável a respectiva nota discriminativa e
justificativa, para que esta proceda ao seu pagamento.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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2 - Nos casos em que o pagamento deva ser efectuado por quantias depositadas à
ordem do processo, a nota discriminativa e justificativa referida no número anterior é
igualmente remetida ao tribunal, o qual, observado o disposto nos números seguintes,
procede ao respectivo pagamento.
3 - À nota discriminativa e justificativa referida nos números anteriores, aplica-se, com as
necessárias adaptações, o disposto nos artigos 60.º a 62.º, 64.º e 66.º
4 - A admissão da reclamação e do recurso dependem do depósito prévio do montante
constante da nota discriminativa e justificativa, a efectuar nos termos do n.º 3 do artigo
124.º
5 - A reclamação dá lugar ao pagamento de uma taxa de justiça, fixada nos termos do
artigo 16.º
6 - Em caso de falta de pagamento da nota discriminativa e justificativa, e quando a
parte interessada não requeira, por qualquer outro motivo, a execução da sentença,
pode a mesma requerer ao Ministério Público que instaure execução por custas, nos
termos do n.º 3 do artigo 116.º
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A parte vencedora terá que provar todos os montantes que quiser reaver. Não
tendo documento, que comprove as despesas com procuradoria, nos termos do artigo
41/2 CCustas, considera-se que a mesma é de 1/10 da taxa de justiça devida, sem
prejuízo do disposto no artigo 33.º.
O processo só é contado, quando a decisão transitar em julgado.
Sendo apresentada conta de custas para pagamento, a mesma deve ser paga
no prazo de 10 dias, havendo uma dilação de cinco dias no caso em o processo corra
das ilhas.
ISENÇÃO DE CUSTAS
A lei prevê, no artigo 2.º e 3.º, a possibilidade de isenção subjectiva ou objectiva
das custas.
A isenção subjectiva de custas, relaciona-se com a entidade em causa, que
poderá pela sua natureza ficar isenta.
A isenção objectiva está determinada para certos processos.
REDUÇÃO DE CUSTAS
A possibilidade de redução de custas, está prevista no artigo 14.º onde se
estabelece os casos em que a taxa de justiça pode ser reduzida para metade, não
sendo devida taxa de justiça subsequente
Artigo 14.º
Redução a metade da taxa de justiça
1 - A taxa de justiça é reduzida a metade, não sendo devida taxa de justiça subsequente
nos seguintes casos:
a) Acções que não comportem citação do réu, oposição ou audiência de julgamento;
b) Acções que terminem antes de oferecida a oposição ou em que, devido à sua falta,
seja proferida sentença, ainda que precedida de alegações;
c) Acções que terminem antes da designação da audiência final;
d) Processos emergentes de acidente de trabalho ou de doença profissional terminados
na fase contenciosa por decisão condenatória imediata ao exame médico;
e) Inventários em que não haja operações de partilha ou que terminem antes da fase da
conferência de interessados;
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Artigo 15.º
Redução especial da taxa de justiça
1 - A taxa de justiça inicial e subsequente devida pelas partes cujos mandatários optem
pelo envio de todos os articulados, alegações, contra-alegações e requerimentos de
prova através de correio electrónico ou de outro meio de transmissão electrónica de
dados é reduzida em um décimo.
2 - A taxa de justiça da parte que opte pelo envio nos termos do número anterior e a taxa
de justiça do processo são reduzidas em conformidade com o disposto no mesmo.
3 - A opção prevista no n.º 1 deve ser expressamente efectuada no primeiro acto
processual praticado por escrito pela parte, o qual deve ser apresentado a juízo através
de um desses meios, produzindo efeitos até ao termo do processo.
4 - Quando ocorra, em momento posterior à opção pelo envio nos termos do n.º 1, a
apresentação em juízo através de qualquer outro meio legalmente admissível dos actos
processuais em causa, fica sujeita à aplicação das cominações previstas para a omissão
do pagamento das taxas de justiça inicial ou subsequente, consoante os casos.
5 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o montante da multa devida não pode,
em caso algum, ser inferior ao quádruplo do montante da redução da taxa de justiça de
que a parte tenha beneficiado nos termos do n.º 1.
6 - O disposto no presente artigo não se aplica às execuções e aos processos de natureza
penal.
CASOS ANÓMALOS
No que se refere a casos anómalos, a taxa de justiça será fixada pelo juiz, nos
termos do artigo 16.º por exemplo, se o autor ou o réu fizerem um requerimento
autónomo antes dois dias do julgamento, para a substituição de testemunha, e a outra
parte vem arguir nulidade, sem fundamento, há pagamento de taxa de justiça ao abrigo
do artigo 16.
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Artigo 16.º
Taxa de justiça noutras questões incidentais
1 - Nas ocorrências estranhas ao desenvolvimento normal da lide que devam ser
tributadas segundo os princípios que regem a condenação em custas e na
incompetência relativa, nos impedimentos, nas suspeições, na habilitação, na falsidade,
na produção antecipada de prova, no desentranhamento de documentos, bem como
noutras questões incidentais não referidas no artigo 14.º, a taxa de justiça é fixada pelo
juiz em função da sua complexidade, do valor da causa, do processado a que deu
causa ou da sua natureza manifestamente dilatória, entre 1 UC e 20 UC.
2 - Nos casos previstos no número anterior, se a especificidade da situação o justificar,
pode o juiz, de forma fundamentada, dispensar do pagamento de taxa de justiça.
3 - Sem prejuízo do disposto relativamente à litigância de má fé, se, até à elaboração da
conta, o juiz não fixar o valor da taxa de justiça ou não dispensar do seu pagamento, o
montante daquela será automaticamente fixado em metade do valor da taxa de justiça
do processo, não podendo, no entanto, exceder o valor de 2 UC.
Artigo 13.º
Base de cálculo da taxa de justiça
1 - Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, a taxa de justiça é, para cada parte, a
constante da tabela do anexo I, sendo calculada sobre o valor das acções, incidentes
com a estrutura de acções, procedimentos cautelares ou recursos.
2 - A taxa de justiça do processo corresponde ao somatório das taxas de justiça inicial e
subsequente de cada parte.
3 - Em caso de pluralidade activa ou passiva de sujeitos processuais, cada conjunto
composto por mais de um autor, requerente ou recorrente ou mais de um réu, requerido
ou recorrido, é considerado, mesmo quando lhes correspondam petições, oposições ou
articulados distintos, como uma única parte para efeitos do disposto nos números
anteriores.
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Artigo 33.º-A
Pagamento das custas de parte
1 - Sem prejuízo da sua cobrança em execução de sentença, no prazo de 60 dias a
contar do trânsito em julgado da mesma, a parte que tenha direito a ser compensada
das custas de parte remete à parte responsável a respectiva nota discriminativa e
justificativa, para que esta proceda ao seu pagamento.
2 - Nos casos em que o pagamento deva ser efectuado por quantias depositadas à
ordem do processo, a nota discriminativa e justificativa referida no número anterior é
igualmente remetida ao tribunal, o qual, observado o disposto nos números seguintes,
procede ao respectivo pagamento.
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NORMAS DO CPC
O código de processo civil, tem normas importante no que se refere às custas.
O artigo 446.º estabelece que, a decisão que julgue a acção ou algum dos seus
incidentes ou recursos, condenará em custas a parte que a elas houver dado causa, ou,
não havendo vencimento da acção, quem do processo tirou proveito.
Para este efeito, entende-se que dá causa às custas do processo, a parte
vencida, na proporção em que o for.
Tendo ficado vendidos vários autores ou vários réus, respondem pelas partes
iguais, salvo se houver diferença sensível, quanto à participação de cada um deles na
acção, porque nesse caso, as custas serão distribuídas segundo a medida da sua
participação; no caso de condenação por obrigação solidária, a solidariedade estende-
se às custas.
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Caso prático
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MULTAS E LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
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CONTEÚDO DA INDEMNIZAÇÃO
De acordo com o disposto no artigo 457.º a indemnização, pode consistir:
1. No reembolso das despesas a que a má fé do litigante tenha obrigado a
parte contrária, incluindo honorários dos mandatários ou técnicos;
2. No reembolso dessas despesas e na satisfação dos restantes prejuízos
sofridos pela parte contrária como consequência directa ou indirecta da
má fé.
Ex: o autor propõe uma acção contra réu para efeitos de pagamento de dívida antiga e
intenta simultaneamente providencia cautelar de arresto sobre um prédio.
Se se provar que o réu já tinha pago o montante reclamado com a acção, pode o
mesmo requerer a condenação em litigância de má fé por parte do autor, podendo
inclusive, pedir uma indemnização pelos danos causados, com o arresto do prédio, que
não pode ser vendido, por causa do mesmo.
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1. A todos é assegurado o acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos seus direitos e
interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça ser denegada por insuficiência
de meios económicos.
2. Todos têm direito, nos termos da lei, à informação e consulta jurídicas, ao patrocínio
judiciário e a fazer-se acompanhar por advogado perante qualquer autoridade.
4. Todos têm direito a que uma causa em que intervenham seja objecto de decisão em
prazo razoável e mediante processo equitativo.
5. Para defesa dos direitos, liberdades e garantias pessoais, a lei assegura aos cidadãos
procedimentos judiciais caracterizados pela celeridade e prioridade, de modo a obter
tutela efectiva e em tempo útil contra ameaças ou violações desses direitos.
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Para dar cumprimento ao disposto na CRP, a lei 34/2004 alterada pela lei 47/2007,
estabelece de modo claro os direitos dos cidadãos no acesso à justiça, garantindo, o
sistema de acesso ao direito e aos tribunais, assegurando que ninguém seja dificultado ou
impedido, em razão da sua condição social ou cultural, de aceder ao direito e à justiça,
sendo assim garantido o princípio da igualdade5.
A INFORMAÇÃO JURÍDICA
De acordo com o artigo 4.º incumbe ao estado, realizar de modo permanente e
planeado, acções tendentes a tornar conhecido o direito e o ordenamento legal,
através da publicação e outras formas de comunicação, com vista a proporcionar um
melhor exercício dos direitos e o cumprimento dos deveres legalmente estabelecidos.
A PROTECÇÃO JURÍDICA
De acordo com o artigo 6 a protecção jurídica reveste a modalidade de consulta
jurídica e de apoio judiciário.
A protecção jurídica (abrange então a consulta jurídica e o apoio judiciário) é
concedida para questões ou causas judiciais concretas ou susceptíveis de concretização
em que o utente tem interesse próprio e que versem sobre direitos directamente lesados
ou ameaçados de lesão.
ÂMBITO PESSOAL
Nos termos do artigo 7.º tem direito a protecção jurídica, os cidadãos nacionais e da
UE, os estrangeiros e apátridas com título de residência válido num estado da UE, que
demonstrem insuficiência económica.
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INSUFICIÊNCIA ECONÓMICA
De acordo com o artigo 8, encontra-se em insuficiência económica, aquele que,
tendo em conta o rendimento, o património e a despesa permanente do seu agregado
familiar, não tem condições objectivas para suportar pontualmente os custos de um
processo. A insuficiência económica é apreciada segundo os critérios do artigo 8.º- A. No
caso em que o litígio ocorra entre o mesmo agregado familiar, para efeitos de apoio
judiciário, é tido em conta o rendimento de cada um.
Esta insuficiente pode manifestar-se de duas formas:
1. Na impossibilidade objectiva de suportar qualquer custo relacionado com o
processo, devendo beneficiar de consulta jurídica gratuita e de agente de
execução;
2. Na possibilidade objectiva de suportar os custos com consulta jurídica sujeita ao
pagamento prévio de taxa, mas sem condições objectivas para suportar
pontualmente os custos de um processo, beneficiando por isso, de apoio judiciário
das modalidades de pagamento faseado e atribuição de agente de execução.
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pelo dirigente máximo do serviço de Segurança Social que aprecie o pedido que o
requerente autorize, por escrito, o acesso a informações e documentos bancários e que
estes sejam exibidos perante estes serviços.
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CONSULTA JURÍDICA
De acordo com o disposto artigo 14.º a consulta jurídica consiste no esclarecimento
técnico sobre o direito aplicável, a questões ou a casos concretos nos quais avultem
interesses pessoais legítimos ou direitos próprios lesados ou ameaçados da lesão.
No âmbito da consulta jurídica cabem ainda a realização de outras diligências
extrajudiciais que decorram directamente do conselho jurídico prestado que se mostrem
necessárias ao esclarecimento da questão colocada.
A consulta jurídica pode ser prestada em gabinetes de consulta jurídica ou em
escritórios de advogados, que aderiram ao sistema de acesso ao direito.
A consulta pode ser prestada por entidade privadas sem fins lucrativos.
APOIO JUDICIÁRIO
Nos termos do artigo 16.º, o apoio judiciário compreende as seguintes modalidades:
a. Dispensa de taxa de justiça e demais encargos do processo;
b. Pagamento faseado de taxa de justiça e demais encargos do processo;
c. Nomeação e isenção de pagamento de compensação ao patrono;
d. Pagamento faseado de honorários ao patrono
e. Isenção da compensação do defensor oficioso;
f. Pagamento faseado da compensação ao defensor oficioso;
g. Atribuição de agente de execução, que será em regra, oficial de justiça.
Nos casos em que exista pagamento faseado, cumpre referir que as prestações não
serão mais exigíveis após o decurso de quatro anos do trânsito em julgado da decisão.
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ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O regime do apoio judiciário, aplica-se, em conformidade com o artigo 17.º, a todos
os tribunais, qualquer que seja a forma de processo, nos julgados de paz, noutras
estruturas alternativas de resolução de litígios, nas contra-ordenações e nos processos
que corram nas conservatórias.
MOMENTO EM QUE DEVE SER REQUERIDO
Em processo crime e no que se refere ao arguido, este pode requerer o apoio judiciário
antes do termo do prazo para intentar recurso da decisão do tribunal de primeira
instância.
O pedido de apoio mantém-se para efeitos de recurso, qualquer que seja a decisão
sobre a causa, e é extensivo a todos os processos que sigam por apenso àquele em que
essa concessão se verificar, sendo-o também no processo principal quando concedido
para qualquer apenso. O mesmo mantém-se ainda para as execuções fundadas em
sentença proferida em processo em que essa concessão se tenha verificado.
O Requerimento para apoio judiciário, pode ser requerido, nos termos do artigo 19.º
a. Pelo Interessado na sua concessão.
b. Pelo MP em representação do interessado.
c. Por advogado, advogado estagiário, solicitador em representação do interessado,
bastando para comprovar essa representação as assinaturas conjuntas do interessado e
patrono.
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Nos casos em que o processo já esteja acorrer, e uma das partes tenha ficado com
insuficiência económica no decorrer do processo, e seja necessário pagar por exemplo,
a taxa de justiça subsequente, deve requerer-se a suspensão do prazo para o seu
pagamento, até decisão da segurança social. Nos casos em que a decisão seja
negativa, a parte terá que pagar, sem prejuízo do seu reembolso posterior.
7Este tipo de acções são comuns quando está correr prazo para prescrição. Como
sabemos a mesma só se interrompe no termo de 5 dias a contar da citação do réu, daí
que o autor tenha urgência na acção e não possa esperar pelos 30 dias da decisão da
segurança social. O mesmo se passa com o prazo de caducidade, que se interrompe
com a simples propositura da acção.
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terá relevância sobretudo por causa dos prazos de prescrição que eventualmente
possam estar a correr.
O requerente pode pedir, em qualquer altura do processo, à OA a substituição de
patrono, fundamentando o seu pedido, artigo 32.
Da mesma forma, nos termos do artigo 34.º o patrono nomeado pode pedir escusa,
mediante requerimento dirigido à OA, alegando os respectivos motivos. Tal pedido
suspende os prazos que estejam possivelmente em curso.
Em sede de processo penal, se o arguido requerer a substituição de patrono, ela é
feita pelo tribunal, com base nas listas enviadas pela OA.
No caso em que o pedido de apoio judiciário seja apresentado por residentes noutro
estado membro da UE, em que sejam competentes os tribunais portugueses, a apoio
judiciário abrange:
1. Serviços prestados por intérprete;
2. Traduções de documentos exigidos pelo tribunal ou outras entidades necessárias
para a resolução dos litígios;
3. Despesas de deslocação a suportar pelo requerente, na medida em que a lei ou
o tribunal exijam a presença física, em audiência, das pessoas a ouvir e o tribunal
decida que estas não possam ser ouvidas satisfatoriamente por quaisquer outros
meios.
A CITAÇÃO
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Depois do autor intentar acção contra o réu, o mesmo tem de ser citado para o
processo, para que tenha conhecimento que contra ele corre uma acção. Assim
estabelece o artigo 228/1 que a citação é o acto pelo qual se dá conhecimento ao réu
de que foi proposta contra ele determinada acção e se chama ao processo para se
defender. A citação emprega-se ainda, para chamar pela primeira vez, ao processo
alguma pessoa interessada na causa.
A NOTIFICAÇÃO
Diferente da citação é a notificação, que serve, nos termos do artigo 228/2 para, em
quaisquer actos, chamar alguém a juízo, ou dar conhecimento de um facto.
MODALIDADES DE CITAÇÃO
A citação pode ser pessoal ou pode ser edital. Artigo 233.
A citação pessoal é feita:
1. Mediante transmissão electrónica de dados, nos termos definidos e previstos no artigo
138.º-A;
2. Por entrega ao citando, de carta registada com aviso de recepção, seu depósito nos
termos do artigo 237.º-A n.º 5, ou certificação de recusa de recebimento, nos termos do
n.º 3 do mesmo artigo.
3. Por contacto pessoal com o solicitador de execução ou do funcionário judicial, nos
termos do artigo 239.
4. Por mandatário judicial, nos termos dos artigos 245.º e 246.
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A citação edital não é automática, como decorre do artigo 244, trata-se antes da última
tentativa de citar o réu. “Quando seja impossível a realização da citação, por o citando
estar ausente em parte incerta, a secretaria diligencia obter informação sobre o último
paradeiro ou residência conhecida junto de quaisquer entidades ou serviços,
designadamente, mediante prévio despacho judicial, nas bases de dados dos serviços
de identificação civil, da segurança social, da Direcção-Geral dos Impostos e da
Direcção-Geral de Viação e, quando o juiz o considere absolutamente indispensável
para decidir da realização da citação edital, junto das autoridades policiais.”
Assim, primeiro é necessário que seja enviado ao réu, carta registada com aviso de
recepção. A mesma tem de ser devolvida, para se passar à citação através de
solicitador, para que este possa apurar sobre o paradeiro da pessoa. Só depois destes
procedimentos falharem é que se passa para a citação edital.
A regra segundo o disposto no artigo 234.º é que incumbe à secretaria oficiosamente e
sem necessidade de despacho prévio, efectuar todas as diligências que se mostrem
adequadas à efectivação da regular citação do réu. Mas na prática isto não acontece
assim, porque se se frustrara citação por via postal, a secretaria notifica logo o autor para
que este promova a citação, artigo 234/2.
Se o autor optar por citação edital ela é feita nos termos dos artigos 248.º ss:
Nos casos em que a citação seja determinada pela incerteza do lugar em que o
citando se encontra, a mesma é feita pela afixação de editais e pela publicação de
anuncias. Afixar-se-ão três editais, um na porta do tribunal, outro na porta da casa da
última residência que o citando teve no país e outro na porta da seda da respectiva
junta de freguesia. Para além disso, são ainda publicados os anúncios, em dois números
seguidos de um dos jornais de âmbito regional ou nacional, mais lidos na localidade em
que esteja a casa da última residência do citando.
Nos editais, e nos termos do artigo 249.º individualizar-se-á a acção, para a qual o
ausente é citado, indicando-se quem a propôs, e qual o pedido do autor. Designa-se
ainda o tribunal em que o processo corre, a vara juízo, a secção e a dilação, o prazo
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para defesa e a cominação, explicando-se que o prazo para defesa só começa a correr
depois de finda a dilação e que esta se contra da publicação do último anúncio ou, não
havendo lugar a anúncios, de data da afixação dos editais que destes constará então.
A citação considera-se feita no dia em que se publique o último anúncio ou,
não havendo anúncios, no dia em que sejam afixados os editais, artigo 250. A partir da
data da citação conta-se o prazo da dilação; finda esta, começa a correr o prazo para
o oferecimento da defesa.
Nos casos em que a citação edital seja determinada pela incerteza das pessoas e
a citar, nos termos do artigo 251º a citação é feita nos termos referidos nos termos
anteriores, com as seguintes especificações:
Afixar-se-á apenas um único edital na porta do tribunal, salvo se os incertos
forem citados como herdeiros ou representastes de pessoa falecida, porque neste caso
também são afixados editais na porta da casa da ultima residência do falecido e na
porta da seda da respectiva junta de freguesia, se forem conhecidas e no país. Os
anúncios são publicados num dos jornais de âmbito regional ou nacional mais lido na
sede da comarca.
CITAÇÃO PESSOAL
A citação pessoal, é feita de modo oficioso pela secretaria, esta é a regra, artigo
234.º n.º 1, ou seja, assim que uma PI chegue a tribunal a secretaria não a submete a juiz,
antes cita de imediato o réu, oficiosamente.
Há porém, casos excepcionais, em que a citação depende de prévio despacho
judicial, artigo 234.º n.º 4:
1. Nos casos expressamente previstos na lei;
2. Nos procedimentos cautelares e em todos os casos em que incumbe ao juiz
decidir da prévia audiência do requerido;
3. Nos casos em que a propositura da acção deva ser anunciada, nos termos da
lei;
4. Quando se trate de citação de terceiros, chamados a intervir na causa
pendente;
5. No processo executivo, nos termos do artigo 812/1 e do 812-A/2.
6. Quando se trate de citação urgente.
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CITAÇÃO POR VIA POSTAL, NOS CASOS EM QUE NÃO HÁ DOMICÍLIO CONVENCIONADO. ARTIGO 236.º
A citação por via postal faz-se por meio de carta registada com aviso de
recepção, de modelo oficialmente aprovado, dirigida ao citando e endereçada para a
sua residência ou local de trabalho ou, tratando-se de pessoa colectiva ou sociedade,
para a respectiva sede ou para o local onde funciona normalmente a administração,
incluindo todos os elementos supra referidos, e ainda a advertência, dirigida ao terceiro
que a receba, de que a não entrega ao citando, logo que possível, o fará incorrer em
responsabilidade, em termos equiparados aos da litigância de má fé.
No caso de citação de pessoa singular, a carta pode ser entregue, após
assinatura do aviso de recepção, ao citando ou a qualquer pessoa que se encontre na
sua residência ou local de trabalho e que declare encontrar-se em condições de a
entregar prontamente ao citando.
Antes da assinatura do aviso de recepção, o distribuidor do serviço postal
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CITAÇÃO POR VIA POSTAL, NOS CASOS EM QUE HÁ DOMICÍLIO CONVENCIONADO. ARTIGO 237- A
Nas acções para cumprimento de obrigações pecuniárias emergentes de
contrato reduzido a escrito em que as partes tenham convencionado o local onde se
têm por domiciliadas para o efeito da citação em caso de litígio, a citação por via
postal, efectua-se no domicílio convencionado, desde que o valor da acção não
exceda a alçada do tribunal da relação ou, excedendo, a obrigação respeite a
fornecimento continuado de bens ou serviços.
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Sendo o expediente devolvido por o destinatário não ter procedido, no prazo legal,
ao levantamento da carta no estabelecimento postal ou por ter sido recusada a
assinatura do aviso de recepção ou o recebimento da carta por pessoa diversa do
citando, é repetida a citação, enviando-se nova carta registada com aviso de recepção
ao citando, com toda a documentação que lhe deve ser entregue, e advertindo-o da
cominação que a citação se considera feita no dia em que o distribuidor do serviço
postal ou, no caso de se ter deixado aviso,, no 8 dia posterior a essa data, presumindo-se
que o destinatário teve oportuno conhecimento dos elementos que lhe foram deixados.
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A citação é feita por funcionário judicial, nos termos dos números anteriores,
devidamente adaptados, quando o autor declare, na petição inicial, que assim
pretende, pagando para o efeito a taxa fixada no Código das Custas, bem como
quando não haja solicitador de execução inscrito em comarca do círculo judicial a que
o tribunal pertence.
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Não podendo efectuar-se a citação por via postal registada na sede da pessoa
colectiva ou sociedade, (regra) ou no local onde funciona normalmente a
administração, por aí não se encontrar nem o legal representante, nem qualquer
empregado ao seu serviço, procede-se à citação do representante, mediante carta
registada com aviso de recepção, remetida para a sua residência ou local de trabalho,
nos termos do disposto no artigo 236.º
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Nota: sempre que a citação seja efectuada em pessoa diversa do citando nos termos do
artigo 236/2, 240/2 e 3, será ainda enviada carta registada pela secretaria, ao citando,
no prazo de dois dias úteis, comunicando-lhe a data e o modo por que o acto se
considera realizado, o prazo para o oferecimento da defesa e as comunicações
aplicáveis à falta desta, o destino do duplicado e a identidade da pessoa em quem a
citação foi realizada, artigo 241.
Quando a carta para citação haja sido enviada para o domicílio convencionado,
a prova da falta de conhecimento do acto deve ser acompanhada da prova da
mudança de domicílio em data posterior àquela em que o destinatário alegue terem-se
8 Foi publicado no jornal oficial em 10/12/2007 entrando em vigor 20 dias após a sua
publicação, mas a sua aplicação prática só se fará sentir a partir de Novembro de 2008.
9 Se eventualmente existir diferendo conjugal, um dos cônjuges pode invocar que não se
considera citado, porque esta separado e não fala com o cônjuge. O regime falta de
citação não é aplicável à citação edital
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De acordo, com o artigo 254.º os mandatários são notificados por carta registada,
dirigida para o seu escritório ou para o domicílio escolhido, podendo ser também
notificados pessoalmente pelo funcionário quando se encontrem no edifício do tribunal.
Podem ainda os mandatários optarem por serem notificados por forma electrónica,
nos termos do artigo 138.º – A.
A notificação não deixa de produzir efeito pelo facto de o expediente ser devolvido,
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desde que a remessa tenha sido feita para o escritório do mandatário ou para o
domicílio por ele escolhido; nesse caso, ou no de a carta não ter sido entregue por
ausência do destinatário, juntar-se-á ao processo o sobrescrito, presumindo-se a
notificação feita no dia a que se refere o número anterior.
As decisões finais são sempre notificadas, desde que a residência ou sede da parte
seja conhecida no processo.
Sendo certo para este efeito, que valem como notificações, as convocatórias e
comunicações feitas aos interessados presentes em cato processual, por determinação
da entidade que a ele preside desde que documentadas no respectivo auto ou acta,
artigo 260.
As notificações judiciais avulsas, são feitas, com vista a comunicar determinado acto
jurídico, como a resolução de um contrato, a revogação de um mandato, ou com vista
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Por vezes as notificações judiciais avulsas são exigidas para certos actos, por
exemplo, nos termos do artigo 323.º n.º 1 CC, para que se interrompa a prescrição, assim
se está a correr um prazo de prescrição de três anos, se faltando meio ano para o seu
fim, foi enviada notificação judicial avulsa, a mesma interrompe o prazo, voltando
novamente ao início o prazo de 3 anos.
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O juiz fixa o prazo dentro do qual deve ser suprida a falta ou corrigido o vício e
ratificado o processado. Findo este prazo sem que esteja regularizada a situação, fica
sem efeito tudo o que tiver sido praticado pelo mandatário, devendo este ser
condenado nas custas respectivas e, se tiver agido culposamente, na indemnização dos
prejuízos a que tenha dado causa.
Porém, se a parte não ratificar a gestão dentro do prazo assinado pelo juiz, o
gestor será condenado nas custas que provocou e na indemnização do dano causado à
parte contrária ou à parte cuja gestão assumiu.
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Em relação às questões para que tenha sido designado, o técnico tem os mesmos
direitos e deveres que o advogado, mas deve prestar o seu concurso sob a direcção
deste e não pode produzir alegações orais.
A nomeação será feita sem demora e notificada ao nomeado, que pode alegar
escusa dentro de cinco dias. Na falta de escusa ou quando esta não seja julgada
legítima por quem fez a nomeação, deve o advogado exercer o patrocínio, sob pena de
procedimento disciplinar.
a) Nas causas de competência de tribunais com alçada, em que seja admissível recurso
ordinário; isto é, em todas as acções ordinárias.
c) Nos recursos e nas causas propostas nos tribunais superiores. Por exemplo, pode
acontecer que uma causa não careca de advogado, pelo valor da causa ser muito
baixo. Mas se houver nessa causa despacho liminar de indeferimento admite-se recurso,
até à relação desse despacho, e apesar de para a causa principal não ser necessário
constituição de advogado, para o recurso vai ser necessário.
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Quando não haja advogado na comarca, o patrocínio pode ser exercido por
solicitador. Sempre que os solicitadores intervenham numa causa, a única coisa que os
tribunais não permitem que façam são as alegações orais, que estas restritas a
advogados ou estagiários.
Para além dos actos praticados judicialmente, o advogado pode ter que praticar
outros actos, como por exemplo negociar resoluções de contratos, onde, à cautela,
também deve ser pedida a procuração para que seja possível demonstrar
inequivocamente que foi mandatado para determinada actuação.
Procuração forense:
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Assinatura do cliente
Por último, diga-se que o código postal também é bastante desnecessário, sendo
apenas importante para efeitos de correio.
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→ Também pode haver procurações com poderes especiais. Esta tem os mesmos
moldes que a procuração normal e apenas se identifica o número do processo. Esta é
muito mais vantajosa para os clientes que optam por não ir ao Tribunal.
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Nos termos do art. 300º CPC, a transacção pode ser feita por documento público
ou particular. Se é feita em Tribunal é ditada para a acta. E caso seja feita fora daquele
requer-se, de acordo com o colega, a transacção.
Procuração forense:
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Assinatura do cliente
Substabelecimento
Nos casos em que mandato seja efectuado com reserva, o primitivo mandatário
contínua com poderes para representar o cliente, sem prejuízo de ter sido substituindo em
determinado acto.
Substabelecimento
Assinatura do mandatário
Regra: o mandatário não responde pelos actos praticados pela pessoa em relação à
qual substabeleceu, nos casos em que o mesmo tenha sido autorizado pelo cliente.
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A notificação deve igualmente ser notificada à contraparte, para que possa ter
conhecimento das regras que se seguem nestes casos.
Se o réu tiver deduzido reconvenção, esta fica sem efeito, quando for dele a falta
a que se refere o nº 3; sendo a falta do autor, seguirá só o pedido reconvencional,
decorridos que sejam dez dias sobre a suspensão da acção.
Modificação subjectiva pela intervenção de novas partes, artigo 269: o artigo faz
referência à intervenção principal provocada, como forma de sanar eventuais
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Outras modificações subjectivas, artigo 270: a instância pode ainda modificar-se como
consequência, da substituição de alguma das partes, quer por sucessão, quer por acto
inter vivos, na relação substantiva em litígio, ou ainda em virtude dos incidentes de
intervenção de terceiros. Este artigo tem de ser lido em conjugação com o artigo 275,
onde se estabelece que no caso de transmissão, por acto inter vivos, da coisa ou direito
litigioso, o transmitente continua a ter legitimidade para a causa, enquanto o adquirente
não for, por meio de habilitação admitido a substitui-lo. A substituição é admitida quando
a parte contrária esteja de acordo, sendo que na falta dele, só deve recusar-se a
substituição quanto se entenda que a transmissão foi efectuada para tornar mais difícil,
no processo, a posição da parte contrária. A sentença produz efeitos em relação ao
adquirente, ainda que este não intervenha no processo, excepto no caso de a acção
estar sujeita a registo e o adquirente registar a transmissão antes de feito o registo da
acção. Ex: se A deve € 5.000 a B, e durante a pendência da acção, cede o crédito a C,
A continua com legitimidade para continuar na acção, apesar de já não ser credor.
Alterações objectivas da instância, artigo 272: a lei permite ainda que havendo acordo
das partes, o pedido e a causa de pedir possam ser alterados ou ampliados, em
qualquer altura, em primeira ou segunda instância, nunca no STJ dada a sua
incompetência para apreciar matéria de facto, salvo nos casos me que a alteração ou
ampliação possa perturbar a instrução, discussão e julgamento da causa. A lei admite
ainda a modificação simultânea do pedido e da causa de pedir, desde que tal não
implique a convolação para relação jurídica diversa da controvertida.
Alteração em sede reconvenção, artigo 274: o réu pode ainda em reconvenção, deduzir
pedidos contra o autor, o que alterará a instância. Nota: em acção sumária não há
reconvenção.
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a) Quando o pedido do réu emerge do facto jurídico que serve de fundamento à acção
ou à defesa; ex: A celebra um contrato de empreitada com B, e instaura-lhe uma acção
para o pagamento de €10.000. B defende-se dizendo que não paga, porque A não lhe
entregou a obra no tempo devido e isso lhe causou enormes prejuízos, porque até à data
esteve a viver num hotel.
c) Quando o pedido do réu tende a conseguir, em seu benefício, o mesmo efeito jurídico
que o autor se propõe obter. Ex: se A pede a B a entrega de um prédio alegando a sua
propriedade, e se B alega que não, que a propriedade é dele.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Para além destes, pode haver outros incidentes, como inquisição de testemunha,
pedido de escusa, incidente de impugnação, que seguem as disposições dos artigos
302.º
Regras gerais
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A parte que se opuser ao incidente, no prazo máximo de 10 dias, tem igualmente que
efectuar requerimento, oferecer rol de testemunhas e requerer meios de prova.
A falta de oposição no prazo legal determina, quanto à matéria do incidente, a
produção do efeito cominatório que vigore na causa em que o incidente se insere.
O incidente pode não ser deduzido em requerimento autónomo, mas por exemplo em
sede de contestação, e as regras são as mesmas.
Assim pode acontecer, que em sede de contestação, seja logo necessário indicar provas
e rol de testemunhas, sempre que estejamos em sede de incidentes de instância.
1. Intervenção principal
a. Intervenção espontânea
b. Intervenção provocada
2. Intervenção acessória
a. Intervenção provocada
b. Intervenção do M.P.
c. Assistência
3. Oposição
a. Oposição espontânea
b. Oposição provocada
c. Embargos de terceiros
INTERVENÇÃO PRINCIPAL
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Nos termos do artigo 320.º podem intervir a título principal, ao lado do autor ou do réu,
quem possa ocupar posições similares, mediante litisconsórcio ou coligação.
INTERVENÇÃO ACESSÓRIA
Nos termos do artigo 330, o réu que tenha acção de regresso contra terceiro para ser
indemnizado do prejuízo que lhe cause a perda da demanda pode chamá-lo a intervir
como auxiliar na defesa, sempre que o terceiro careça de legitimidade para intervir
como parte principal.
A intervenção do chamado circunscreve-se à discussão das questões que tenham
repercussão na acção de regresso invocada como fundamento do chamamento.
A intervenção acessória destina-se ao réu.
Só pode ser chamado entidade que carece de legitimidade para intervir como parte
principal.
Sempre que o réu tenha direito de regresso contra terceiro.
A discussão cinge-se apenas a questões relacionadas com a acção de regresso.
ASSISTÊNCIA
De acordo com o disposto no artigo 334.º estando pendente uma causa entre duas ou
mais pessoas, pode intervir nela como assistente, para auxiliar qualquer das partes, quem
tiver interesse jurídico em que a decisão do pleito seja favorável a essa parte.
A assistência pode assim verificar-se quer do lado do réu, quer do lado do autor, sempre
que a terceira entidade tenha interesse jurídico na causa, sendo por isso mais geral, mais
vasta.
OPOSIÇÃO
A oposição tem como objectivo permitir que um terceiro, venha reclamar, um direito
próprio, total ou parcialmente incompatível com a pretensão deduzida pelo autor ou
pelo reconvinte, neste caso a oposição diz-se espontânea.
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A oposição já será provocada, sempre que o réu, querendo satisfazer a pretensão, tenha
conhecimento que um terceiro se arroja da mesma pretensão que o autor.
EMBARGOS DE TERCEIROS
CASOS PRÁTICOS
2091.º CC, todos os herdeiros têm de intervir, caso de litisconsórcio necessário passivo.
Incidente de intervenção principal provocada, para chamar o terceiro herdeiro. O
herdeiro pode se quiser intervir espontaneamente.
2091.º CC, todos os herdeiros têm de intervir, caso de litisconsórcio necessário activo.
Incidente de intervenção principal provocada, para chamar o terceiro herdeiro. O
herdeiro pode se quiser intervir espontaneamente.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Artigo 1405/2 CC. Não é um caso de litisconsórcio necessário, mas pode ser voluntário. A
e B podem intervir voluntariamente no processo mediante intervenção principal.
Pode chamar o devedor principal através de intervenção principal, não estamos perante
uma intervenção acessória, porque o devedor principal tem legitimidade para actuar
como parte principal.
Nota: nos termos do artigo 269.º o chamamento ao processo pode ser feito até ao
trânsito em julgado.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Neste caso, é porque a decisão que absolve uma das partes não põe fim ao processo,
porque por exemplo, a acção continua contra outros réus.
Mas nos casos em que a decisão que julgue ilegítima alguma das partes, puser fim ao
processo, o chamamento pode ser feito até 30 dias
depois do trânsito em julgado.
A B e C são comproprietários.
A instaura acção de reivindicação sozinho contra E.
Se B e C forem chamados ao processo depois da contestação de E, podem apresentar o
seu próprio articulado, isto é, nova PI, como podem se assim entenderem, aderir à PI do
autor inicial.
Neste caso estamos perante um listisconsórcio, e a intervenção é admitida, nos termos do
artigo 322 al. a) a todo o tempo, enquanto não estiver definitivamente julgada a causa.
A intervenção pode dar-se até ao saneador, ou na sua falta, até designado dia para a
audiência de discussão e julgamento da causa, ou até ser proferida sentença em 1.ª
instância. artigo 323.
Mas por exemplo, nos casos em que estejamos perante coligação, a intervenção só é
admissível enquanto o interveniente possa deduzir a sua pretensão em articulado próprio.
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Assim por exemplo se A, antes de intentar a acção de condenação contra B, sabe que
este faleceu, deve intentar a acção contra os herdeiros, alegando na PI que o
falecimento do de cuius. Se pelo contrário A não sabe do falecimento do mesmo, tendo
intentado a acção contra o de cuius, sendo confrontado com a sua morte, pode depois
deduzir um incidente de habilitação de herdeiros.
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O incidente de habilitação de herdeiros deve ser deduzido, nos termos do artigo 371.º
tanto por qualquer das partes que sobreviverem como por qualquer dos sucessores.
O mesmo deve ser promovido contra as partes sobrevivas e contra os sucessores do
falecido que não forem requerentes.
Nota: De acordo com o artigo 372/3, a improcedência da habilitação não obsta a que o
requerente deduza outra, com fundamento em factos diferentes ou em provas diversas
relativas ao mesmo facto. A nova habilitação, quando fundada nos mesmos factos,
pode ser deduzida no processo da primeira, pelo simples oferecimento de outras provas,
mas as custas da primeira habilitação não serão atendidas na acção respectiva.
Nos termos do artigo 374/3, se for parte na causa uma pessoa colectiva ou
sociedade que se extinga, a habilitação dos sucessores faz-se em conformidade do
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Exemplo:
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Proc. N.º
Senhor Juiz de Direito:
A, autor na acção ordinária em que é Réu C, vem deduzir incidente de habilitação dos
herdeiros do falecido B, contra:
Nos termos dos artigos 317.º e seguintes do CPC e com os seguintes fundamentos:
1.º
Como resulta de fls…. dos autos principais, em 25.06.2007, faleceu o co-autor B, razão
pela qual foi suspensa a instância.
2.º
B é viúvo, faleceu sem deixar testamento, nem outra disposição de última vontade.
3.º
Sucedem-lhe como únicas e universais herdeiras D e E, ambas solteiras. Doc 1.
Termos em que a presente a habilitação deve ser julgada provada e procedente e, para
que com eles, a acção prossiga nos seus ulteriores termos, na posição processual que
era a dela.
PARA TANTO
Requer que A, por apenso, se digne a ordenar a citação das requeridas, para
contestarem, querendo, a presente habilitação, no prazo e sob cominação legal,
seguindo-se os demais termos.
Testemunhas:
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A Advogada,
A instância inicia-se com PI e estabiliza-se quando o réu é citado para a acção, sendo
que apenas se estabiliza nos casos previstos no artigo 276.º:
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As partes podem, por sua iniciativa, e sem qualquer fundamento, suspender a instância,
a qualquer momento, mesmo que já esteja marcada audiência.
O juiz limita-se a homologar.
5. Quando a lei determinar especificamente a sua suspensão.
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EXTINÇÃO DA INSTÂNCIA,
Nos termos do n.º 1 do artigo 264.º é às partes que cabe alegar os factos que integram a
causa de pedir, bem como aqueles em que se baseiam as excepções. Por isso, e porque
o processo é das partes, o juiz apenas pode fundar a decisão nos factos alegados pelas
partes.
Porém, actualmente, em sede de processo civil, o juiz tem mais podes e autonomia, por
isso, se estabelece no artigo 265.º, que tem como epigrafe “poder de direcção do
processo e princípio do inquisitório” que cumpre ao juiz, uma vez iniciada a instância e
sem prejuízo do ónus de impulso das partes, providenciar pelo andamento regular e
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Apesar deste artigo, temos sempre que ter em atenção que, no processo civil o processo
é inteiramente das partes, e que isso assume importância grande nomeadamente ao
nível dos factos.
Em suma o juiz não pode de deixar de seleccionar os factos principais invocados pelas
partes, mas no que se refere aos instrumentais, o juiz pode abster-se de os seleccionar, ou
optar por soluciona-los.
Este é um poder arbitrário do juiz, e não deve a pare reclamar dele.
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Casos
Fase à defesa por excepção peremptória por parte da ré, que consubstancia a
invocação de um facto extintivo da pretensão do autor, o interesse do advogado do
autor, seria, alterar o pedido, e em vez que pedir o automóvel, requerer o pagamento de
uma indemnização pelo seu valor.
Isto consubstancia uma alteração do pedido.
A alteração do pedido apenas pode ser feita na réplica e, como tal, apenas nos casos
em que esta exista.
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Estamos no caso, face ao valor da causa, perante uma acção sumária, artigo 146 e 462
CPC e 14 LOFTJ.
Nas acções sumárias, apensar de se admitir a resposta à excepção, isso não
consubstancia réplica, logo não pode haver alteração do pedido.
Neste caso, não estamos perante uma alteração do pedido, mas um mero
desenvolvimento do pedido primitivo.
O desenvolvimento do pedido primitivo é admitido em qualquer forma do processo,
artigo 273/2.
A questão a saber é, se o juiz, pode, sem que a parte interessada o requeira, considerar
que a injúria já foi feita mais do que uma vez.
O facto alegado pela testemunha é um facto principal, porque o mesmo integra a causa
de pedir reforçando-a.
Contudo, o juiz oficiosamente não pode dar como provado que a injúria foi feita mais do
que uma vez, a não ser que a parte interessa o requeira e afirme especificadamente, nos
termos do artigo 264/3 in fine.
Deve por isso, o advogado, que se aperceba de factos relevantes, ditar requerimento
para acta para que o mesmo possa ser tido em conta na decisão final.
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A carta apresentada por uma testemunha é um facto instrumental porque não integra
nem fundamenta a causa de pedir, mas antes permite provar os factos principais
invocadas pelo autor.
Como o facto é instrumental, pode ser tomado em consideração pelo juiz, oficiosamente,
sem que tal seja requerido pela parte interessada, artigo 264/2/in fine.
Caso o juiz não seleccione para a base instrutória os factos instrumentais, tal facto é
irrecorrível, porque a decisão está no livre arbítrio do juiz.
O procedimento diz respeito a todo o processo ao passo que a providência diz respeito
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Exemplo:
- “A” foi expropriada, sendo-lhe atribuído alguns lotes com capacidade construtiva
que funcionou como indemnização. Todavia, como a CM nunca mais
desbloqueava os terrenos “A” ficou quezilenta com aquela.
Perante isto, quando foi marcado o festival da TMN de 24 horas, “A” resolveu
intentar uma providência cautelar contra a CM para parar o espectáculo porque
como a sociedade protectora dos animais era ali perto e o barulho iria prejudicá-
los.
Perante esta pretensão de proteger os animais o juiz indeferiu liminarmente o
procedimento por falta de fundamento porque estavam em causa animais e não
pessoas.
Assim, tem que haver uma razão para se intentar um procedimento cautelar, pois
o fundamento que se pretende tem que ser alvo de tutela jurídica.
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Então, no caso de o procedimento cautelar ser anterior à acção principal dá-se uma
citação do requerido. Mas se o procedimento for posterior à acção o requerido já não é
citado mas notificado (isto é importante para as regras das contagens dos prazos).
Nos termos do n.º3, quando haja lugar a dilações nos termos do art. 252º A, esta
nunca pode exceder a duração de 10 dias.
Ora, é vulgar nos exames aparecer alguém, num procedimento cautelar, que tenha
que ser citado ou notificado no estrangeiro que tem uma dilação de 30 dias. Assim,
temos sempre que ter em atenção este n.º3 que reza que a dilação, num procedimento
cautelar, nunca pode ser superior a 10 dias. Então se a dilação fosse de 5 dias não varia
qualquer problema, mas se fosse de 15 dias reduzia-se para 10 dias.
Nos termos do art. 304º, que se aplica aqui, o limite máximo de testemunhas é 3 para
cada facto com o máximo de 8.
Nos casos em que o requerido não seja previamente ouvido os depoimentos são
gravados para que depois possa exercer oposição.
Normalmente, à excepção do arresto, o tribunal houve o requerido a não ser que a
audição prejudique a providencia. Mas, o juiz, nos procedimentos cautelares normais
pode entender razoáveis as alegações do autor para não ouvir previamente a parte
contrária e decretar a providência sem ouvir o requerido, tendo, posteriormente,
possibilidade de oposição.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
b) Se, proposta a acção, o processo estiver parado mais de 30 dias por negligencia
do requerente: Por exemplo: morre o requerente e não se requer a habilitação de
herdeiros.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
Exemplo:
- Suponhamos que há um dano, intenta-se um procedimento cautelar com base
nisso mas não se argumenta que o dano se vai agravar. Se, por exemplo, o dano
era a construção de uma garagem no terreno de A.
Ora, neste caso, não há agravamento do dano. Assim, se o dano já está
consumado não faz sentido intentar uma providência cautelar. Nestes casos,
apenas se intenta a acção principal.
Exemplo:
- Suponhamos que uma acida do vizinho B está a estragar a plantação de batatas
de A. Mas, se esta água ácida se deve á construção de um prédio de muitos
milhares de contos, é possível que o juiz não decreta a providência cautelar.
Assim, apesar de haver dano irreparável o juiz tem a possibilidade de, segundo um
juízo de razoabilidade pessoal, não decretar a providência cautelar.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Por exemplo:
- A embargou uma obra e depois não intentou a acção principal. Neste caso,
poderia ser responsabilizado pelos danos que causou ao dono da obra com a sua
paralisação, pois entende-se que abusou.
Por outro lado, há ainda que dizer que podemos intentar um procedimento cautelar
especificado, não sendo o juiz obrigado a aceitar a nossa especificação, podendo
alterá-la.
Numa providência cautelar é perfeitamente possível haver coligação pois se, mais
tarde, vai haver coligação na acção principal faz todo o sentido que assim seja.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
“Em que casos tem lugar a restituição provisória da posse” – art. 393º:
Antes de mais, tem que haver um esbulho violento podendo o possuidor requerer que
lhe seja restituída a sua posse. Assim temos que alegar factos relativos:
a) Ao esbulho;
b) À violência;
c) À posse.
Nos casos em que não existam violência, podemos requerer um procedimento cautelar
comum
Caso:
“A” tem um jardim na sua casa sem vedações. Um ano vai de férias durante 15 dias
e quando volta encontra o vizinho B no seu jardim, tendo montado nele um parque
infantil para os seus netos. Podemos aqui intentar uma restituição provisória da posse?
Aqui temos:
a) Dano;
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
Caso:
Suponhamos agora que A tinha um muro que funcionava como vedação e B tinha-o
deitado abaixo para ocupar o seu terreno. Neste caso tínhamos um procedimento
comum ou uma restituição provisória da posse?
Agora já há esbulho violento pois foi danificado algo para se ter acesso ao terreno.
Assim, intentava-se, neste caso, uma restituição provisória da posse. A vantagem desta
em relação à comum é a possibilidade de se ordenar a restituição da posse sem
audiência prévia do esbulhador – art. 394º “in fine”.
Mas se não houvesse esbulho mas apenas a perturbação da posse já íamos para um
procedimento comum.
Caso:
A, trabalhador, tem como regalia laboral um carro para utilizar nas horas de trabalho.
Sucede que, conheceu uma namorada e foi passar 15 dias de férias com ela, levando o
carro.
Entretanto, o trabalhador foi visto na posse do carro durante os dias em que faltava ao
trabalho.
Perante isto, o patrão da empresa pode intentar um procedimento cautelar?
Ora, como a posse ficou no trabalhador e não do proprietário podia. Mas neste caso,
como ele tinha acesso às chaves não há violência, pelo que apenas podíamos intentar
um procedimento cautelar comum.
Tribunal ….
Processo n.º.......
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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1.º
O requerido é trabalhador do requerente.
2.º
Para a execução dos seus deveres laborais o requerido tinha acesso a uma viatura de
marca X, com a matrícula X, propriedade da requerente, conforme documento 1 que se
junta.
3.º
A viatura referida tem o valor comercial de X.
4.º
A utilização da viatura ocorria apenas durante o período e dentro do horário de trabalho,
conforme documento 2 que se junta.
5.º
Sucede que o trabalhador tem faltado ao seu posto de trabalho desde dia X.
6.º
E, além disso, não entregou a viatura ao requerente, tendo sido avistado na sua posse no
dia X na rua X.
7.º
Razão pela qual o requerente tem receio que o requerido se aproprie ilegitimamente da
referida viatura.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
8.º
Lesando, daquela forma, o seu direito de propriedade.
9.º
Pelo que deve o requerido ser judicialmente obrigado a restituir, de imediato e sem
audição prévia, a posse da viatura.
10.º
Ademais, o requerente teve conhecimento que o requerido se vai ausentar para o
estrangeiro.
11.º
Havendo receio de que se for ouvido entre em fuga com a viatura.
Termos pelos quais e nos demais de direito aplicáveis deve ser julgado procedente, por
provados os factos, a presente providencia cautelar, sem audição prévia do requerido,
e, consequentemente, ordenada a restituição do veiculo ao requerente.
Valor:_______________
JUNTA:
- Cópias;
- Procuração forense;
- Documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça;
- 2 Documentos.
Prova:
- Testemunhal:
A.,......
B,.....
C,....
A advogada
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
Nota: No caso do arresto e do esbulho é que o requerente apenas tem que referir
sem audiência prévia. Já num caso em que a regra seja a audiência prévia temos que
alegar factos que justificam a não audiência, pelo que só a devemos requerer se
tivermos razões para isso.
Caso:
Suponhamos que é decretada a providência sem a outra parte ser ouvida, tendo
a policia apreendido a referida viatura. Naquele momento é citado o requerido. Que
meios tem à sua disposição?
Agora ou recorre ou deduz oposição.
Se tiver factos novos o mais lógico é deduzir oposição e, como isto é um processo
urgente, o requerido em pouco tempo pode obter uma nova decisão.
Caso:
Numa acção já transitada em julgado ficou decidido que o muro de A que
entrava no terreno de B seria demolido e construído um novo.
Porém, outro vizinho, X, embargou porque estava a ser construído em propriedade
sua um alpendre com uma altura não permitida por lei. Perante isto, foi decretada a
providência cautelar de embargo de obra nova e B deduziu oposição e outro juiz
decretou o seu levantamento.
Neste caso, quando o requerido tem que propor a acção num prazo máximo de
10 dias a contar da notificação a dizer que o requerido foi citado.
Depois temos que requerer a apensação do procedimento cautelar ao processo
principal.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
Por exemplo:
- Numa determinada associação um associado intenta uma acção especial do
CPC para destituição dos órgãos sociais. Na sequência dessa acção, um sócio foi
mesmo destituído.
Suponhamos que os estatutos previam que quem perdesse o mandato seja de
que modo for, não podia ser eleito durante X anos.
Entretanto, na véspera de eleições, convoca-se uma assembleia geral cujo um
dos pontos era deliberar acerca da permissão de o sócio destituído se poder
candidatar, sendo tal candidatura aprovada.
Perante isto, um associado, como não tem tempo de lançar mão de uma acção
principal uma vez que as eleições estão “à porta”, tem sempre a possibilidade de
lançar mão de um procedimento cautelar nos termos do art. 396º com base em
violação dos estatutos.
No caso de uma sociedade, após a deliberação ser suspensa é necessário o registo que
é feito através de uma certidão. Assim, a suspensão tem que ser registada.
A partir da citação não é lícito à sociedade executar a deliberação – art. 397º n.º3.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Nos termos do n.º2 do art. 397º, ainda que a deliberação seja contrária à lei, aos estatutos
ou ao contrato, o juiz pode deixar de suspende-la desde que o prejuízo resultante da
suspensão seja superior ao que pode derivar da execução.
Ora, isto parece um pouco incongruente. Em todo o caso, o juiz tem sempre este poder.
A doutrina é mais ou menos unânime no sentido de admitir, que juntamente com esta
providência se possa requerer, por exemplo a suspensão de gerente.
Este direito também dá lugar a uma acção principal, mas como a pessoa que está a
passar fome está numa situação de desespero, torna-se necessário acautelar isto através
deste procedimento.
Os alimentos são devidos desde a data da propositura da acção. Assim, quando houver
condenação tem que se pagar as prestações desde a data em que a acção entrou –
n.º1 do art. 401º.
A contestação é apresentada na própria audiência – n.º2. Neste sentido, temos aqui uma
situação um pouco híbrida pois a regra geral é que a audiência seja marcada depois da
contestação.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
Tal como nos processo dos menores, também aqui há sempre uma tentativa de consenso
ou acordo homologado por sentença. Se houver acordo não vai haver processo
principal mas se, pelo contrário, não houver acordo, o processo segue para julgamento.
Nota: O procedimento pode ser instaurado contra quem está obrigado a alimentos nos
termos dos arts.2009º e 2020º CC.
Isto implica que alguém tenha uma lesão corporal e tenha direito a uma indemnização.
Serve para os casos em que a pessoa que sofreu a lesão carece de um aditamento por
conta da indemnização.
Por exemplo:
- “A” tem um acidente de viação e está sem trabalhar. Perante isto, tem que
demonstrar que não tem dinheiro e que muito provavelmente irá ter êxito na
acção principal. Só assim, poderá pedir uma retribuição mensal até à sentença
definitiva que decreta a indemnização.
Neste providencia, se por acaso vier a caducar a providencia, por exemplo, se não se
promove o andamento do processo principal, o requerente tem que restituir tudo o que
recebeu – art. 405º.
Caso:
“A” ia de mota e ao chegar a um cruzamento um carro que não respeitou um STOP bateu
contra ele. Na sequência disto, A ficou internado no hospital uns meses e partiu a perna.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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“A” é estudante no Porto e os pais não têm capacidade para o sustentar. “A” sustentava-
se através de um part-time.
Pedida a indemnização a companhia de seguros está a contestar a indemnização.
Como redigíamos o respectivo procedimento cautelar?
A, solteiro, estudante, residente na Rua _________, vem intentar como preliminar de uma
acção declarativa, providencia cautelar de arbitramento de reparação provisória nos
termos do artigo 403º e ss do CPC,
contra,
1.º
No dia 7 de Janeiro de 2007 pelas 10 horas, o requerente circulava na Rua X, pela sua
mão, um veiculo motorizado.
2.º
E circulava no sentido norte-sul.
3.º
Ao aproximar-se do cruzamento X, vê surgir o veiculo Y conduzido por W.
4.º
Que veio embater na motorizada do requerente provocando a sua queda, conforme
desenho feito pela policia que se junta em documento 1.
5.º
Tal acidente deveu-se ao facto de o veiculo automóvel não ter respeitado o sinal STOP,
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
6.º
Na sequência da queda o requerente embateu com a cabeça no passeio tendo ficado
em coma 2 dias e fracturou a perna direita, conforme relatório médico que se junta em
documento 2.
7.º
E, por causa dessas lesões, esteve internado 2 meses, conforme documento 3 que se
junta.
8.º
O requerente é estudante.
9.º
Mora na Rua __________, pela qual paga uma renda mensal de 400 euros.
10.º
Para além disso, tem ainda despejas de água e luz no valor de X.
11.º
Trabalhava em part-time na empresa X onde auferia de um rendimento mensal de 1.500
euros.
12.º
Dado que está impossibilitado de trabalhar necessita de 600 euros para pagar as suas
despesas pessoais.
Nestes termos e nos demais de direito aplicáveis requer a Vossa Excelência digne a
decretar a providencia cautelar condenado o requerido a pagar ao requerente uma
retribuição mensal no valor de 600 euros.
VALOR: 7.200 euros (600 X 12 – isto nos termos do art. 313º n.º1 a))
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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JUNTA:
- cópias;
- documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça inicial;
- procuração forense;
- documentos.
PROVA:
- TESTEMUNHAL:
. F,_____________
. E,________________
A advogada
Nota: Na acção principal obviamente que vamos pedir os 1.500 euros/ mês pois vai pedir
o prejuízo que teve. No entanto, em sede cautelar, apenas vai ter direito ao mínimo
necessário para a sua subsistência. Daí que apenas peça 600 euros. Assim, é obrigatório a
alegação dos factos inerentes à necessidade dos 600 euros.
A decisão é imediatamente passível de execução.
Fundamentos:
- Justo receio de perder a garantia patrimonial do seu crédito.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Para que se possa alegá-lo tem de surgir um facto que crie dúvidas que o devedor vai ter
bens suficientes para pagar a divida.
Por exemplo:
- O devedor só tem 50.000 euros e tem pendentes três casas que valem 100.00
euros cada. Ora, se vender uma, já há justo receio.
O arresto é uma apreensão judicial, pelo que há sempre um fiel depositário que fica com
o bem – art. 406º nº2.
Exemplo:
- A promete comprar a B um imóvel. Se B não celebra a escritura, A não pode
recorrer ao arresto para lhe apreender o bem, que se encontra em poder do promitente-
comprador, porque o arresto, apenas é decretado nos casos em que esteja em causa a
perda de garantia patrimonial.
Sempre que tal não se verifica, no máximo pode lançar-se mão de um procedimento
cautelar de natureza não especificada.
No entanto, o arrendatário nunca poderá ser privado dos bens essenciais aos seus
alimentos e da sua família – art. 408º n.º3.
Esta circunstância só sucede depois do arresto, pois o arrestado pode opor-se ao arresto
e o juiz pode levanta-lo.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Note-se que é possível fazer um arresto contra bens que já tinham sido vendidos, contra o
adquirente, apenas tendo que se demonstrar que, provavelmente, a impugnação do
negócio vai proceder (estamos a falar da impugnação pauliana).
Não faz sentido que uma pessoa não possa dispor do seu bem se o arrestante não é
diligente e não promove a execução no prazo de 2 meses.
É obvio que se a obra se iniciou há menos de 30 dias isto já não tem que ser
alegado ou provado.
A obra vai ser suspendida até ao final da acção principal.
O embargo pode ser feito com ou sem audiência prévia, se se demonstrar que o
prévio conhecimento pode provocar prejuízos nos direitos do embargante.
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O art. 414º diz quais as obras que não podem ser embargadas.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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O requerido, quando vê contra si ser intentado procedimento cautelar, pode nos termos
do artigo 388.º
1. Recorrer, sempre que entenda que, face à prova produzida, a
providência não devia ter sido tomada;
2. Opor-se à mesma, sempre que entenda que a decisão seria diferente se
tivesse sido ouvido antes do seu decretamento14.
Exemplo:
- “A” era proprietário de uns quadros e a certa altura empresta-os a um dono de
um estabelecimento comercial, tendo-se quedando lá por muito tempo.
A certa altura, a filha de “A” convence o pai a reclamar os quadros, pois teve
conhecimento que, entretanto, tinha havido um trepasse do estabelecimento.
Na altura da reclamação, o novo dono do estabelecimento veio defender-se
dizendo que os quadros faziam parte do recheio do estabelecimento.
Perante isto, intenta-se uma acção principal acompanhada de uma providência
de arrolamento.
Note-se que o arrolamento tem que vir junto a uma acção principal. Naquele caso, a
acção seria de reconhecimento do direito da propriedade dos quadros.
14O tribunal decide sem ouvir o requerido; este opõe-se; o tribunal volta a tomar nova
decisão. Esta segunda decisão, integra-se na primeira, sendo desta segunda decisão que
é possível recorrer, artigo 388/2.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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O Nrau estabelece como direito do locador, o exame da coisa locada. No caso como o
locatário não permite que tal aconteça, podemos lançar mão de um procedimento
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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cautelar de natureza comum, alegando-se para tal que há fundado receio de lesão do
direito de propriedade sobre o bem, e que se tal não for feito de imediato, quando for
decretado muito provavelmente as obras já estarão terminadas.
Requeremos que o tribunal ordene a notificação do locatário para que o mesmo, mostre
a exame o prédio, ou que a notificação ao requerido seja feita pessoalmente, sendo
permitido ao locador acompanhar o agente de execução acompanhado de força
pública, caso tal seja necessário.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Alimentos provisórios. O valor em princípio seria mais baixo do que os 600 euros.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Há porém quem seja mais literal, dizendo que, nestes casos, se deve aplicar o
processo sumário, porque a letra do artigo 462.º apenas refere que a prevalência se faz
só quanto ao processo sumaríssimo e não face ao sumário.
Na prática, os tribunais têm aceitado as duas orientações, de maneira que o
autor deve escolher aquilo que mais lhe interessa.
Em regra, terá mais interesse na acção sumária, porque terá possibilidade de
resposta escrita à contestação apresentada pelo réu.
A vantagem da acção especial é que esta permite a injunção, que pode ser
efectuada, sem limite de valor, nos casos em que estejamos perante transacções
comerciais.
Esta acção especial, tem algumas especificidades:
1. Possibilidade de existência de domicilio convencionado;
2. Inexistência de obrigatoriedade da PI e contestação serem redigidas de
modo articulado;
3. Não é necessário indicar provas, as mesmas são oferecidas em audiência.
4. Possibilidades de depoimento escrito das testemunhas que tenham tido
conhecimento do facto, em virtude do exercício das suas funções.
5. Nas dívidas de valor inferior à alçada do tribunal de comarca, o prazo para a
contestação são 15 dias; não se aplica o artigo 155.º máximo de 3
testemunhas;
6. Nas dívidas de valor superior à alçada do tribunal de comarca o prazo para a
contestação é de 20 dias; aplica-se o artigo 155.º; máximo de 6 testemunhas;
7. Só existem estes dois articulados;
8. Não há em princípio saneamento do processo, já que findo os articulados
marca-se de imediato audiência de discussão e julgamento da causa.
9. Nos casos em que o réu não conteste a acção, o juiz confere força executiva
à PI, transformando-a em título executivo
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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15O artigo 795.º diz que findo os articulados o juiz pode logo decidir do mérito da causa.
Não é admissível reconvenção. Mas tendo em conta o disposto no artigo ¾ CPC, há
quem entenda que pode haver. Em regra, na prática os tribunais não admitem
reconvenção. Parte doutrina entende que o será admissível, porque o autor poderá
pronunciar-se quanto ao seu conteúdo no início do julgamento, nos termos do artigo ¾.
Outra parte sustenta que sim, porque as normas do processo sumário se aplicam
subsidiariamente ao sumaríssimo.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
______________________________________________________________________
Este regime veio permitir, que, quanto a acção não tenha por objecto direitos
indisponíveis, as partes possam iniciar a instância com a apresentação de uma petição
inicial comum conjunta.
Nessa PI conjunta, é indicado as respectivas pretensões, os factos relativamente
aos quais há acordo e os factos controvertidos. As provas são indicadas bem como a
posição que as partes tenham em relação a questões de direito.
Este regime não tem sido muito aplicado na prática, apesar da simplicidade do
seu regime, previsto na íntegra do diploma supra referido.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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O regime processual civil experimental é obrigatório nos juízos cíveis do Porto, nos
tribunais de pequena instância cível do Porto, no tribunal judicial de Almada e do Seixal.
O princípio da adequação formal previsto no artigo 265-A CPC está previsto ainda
com mais força no artigo 2 do diploma, onde se estabelece que o juiz tem um dever de
gestão processual.
Neste regime existem apenas dois articulados: a PI e a contestação. A menos que
o réu, deduza reconvenção ou estejamos perante acção de simples apreciação
negativa, em que se admite resposta do autor.
Se a acção couber na alçada dos tribunais de comarca, a redacção dos
articulados não tem de ser feita por artigos, o que já é obrigatório, nos casos, em que a
mesma ultrapasse esse valor.
Juntamente com os articulados as partes devem requerer a gravação da
audiência final ou a intervenção do colectivo, apresentar rol de testemunhas e requerer
outras provas, indicando, de forma discriminada, os factos sobre os quais recaem a
inquirição de cada uma das testemunhas e a restante produção de prova.
A parte a quem é aposto último articulado, pode alterar, nos 10 dias
subsequentes à respectiva notificação o requerimento provatório anteriormente
apresentado.
Este regime prevê ainda, a possibilidade das partes poderem apresentar uma PI
conjunta, feita de acordo com os trâmites previstos no n.º 9 do referido diploma.
Findo os articulados, o juiz profere despacho saneador, que conhece de imediato
o mérito da causa, sempre que isso for possível.
A regra, é que neste tipo de processos, não há audiência preliminar, esta apenas
será convocada para selecção da matéria de facto ou no caso em que a mesma seja
necessária para o exercício do direito do contraditório.
A oposição dos mandatários à data marcada para a audiência, apenas pode
ocorrer, nos casos em que se verifique diligência judicial já marcada.
O máximo de testemunhas admitidas são 10, sendo que no caso em que seja
deduzida reconvenção, a prova desta pode ser feita com a apresentação de mais 10
testemunhas. Sobre cada facto, a parte só pode apresentar 3 testemunhas no máximo.
O depoimento das testemunhas pode ser apresentado por escrito, desde que
datado e assinado pelo seu autor, com a indicação da acção a que respeita e do qual
conste a relação discriminada dos factos a que assistiu ou que verificou pessoalmente e
das razoes de ciência invocadas.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Nos casos em que o autor tenha pressa em intentar a acção, por exemplo, sempre que
esteja em perigo a possibilidade de caducar um determinado direito, deve requerer-se a
citação urgente, artigo 478.º e basta que seja apresentado apenas documento
comprovativo do pedido de apoio judiciário, artigo 467/5.
Este último artigo fala apenas da caducidade, embora a doutrina seja unânime que o
mesmo procedimento seja de aplicar quando estamos perante um caso de prescrição.
Nos casos em que secretaria recuse a Pi, cabe reclamação para o Juiz, e se este
confirmar, recurso até à relação, artigo 475.
Contudo, em caso de recusa, o artigo 467 permite que o autor apresente, nos dez
dias seguintes à recusa, outra PI, considerando-se a acção proposta na data em que a
primeira PI foi apresentada em juízo.
Como vimos a secretaria apenas pode recusar a entrada da PI nos casos previstos
taxativamente na lei, relacionados com formalidades externas da mesma.
Contudo, depois de estar concluído a fase dos articulados o processo é concluso
ao juiz, para que se proceda ao saneamento do processo.
É aqui que o juiz vai analisar os articulados, conforme decorre do artigo 508.º n.º 1
al. b).
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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A PI termina com um pedido ao juiz, “Termos em que se requer, a V. Exa. que o réu seja
condenado a..”
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Juntamente com PI, deve o autor juntar, nos termos do artigo 152, duplicados
legais. Da letra do artigo não se retira necessariamente a obrigatoriedade de envio das
cópias dos documentos, embora a regra seja o seu envio.
1. Revelia absoluta: artigo 483, sempre que o réu não deduza oposição nem
constitua mandatário, encontra-se em revelia absoluta, tendo o tribunal que
verificar se a citação foi bem feita. Nestes casos o réu será, apenas no fim,
notificado da sentença. O facto de se encontrar em revelia não retira ao réu
quaisquer direitos processuais, pode por exemplo, tal ser estratégico, aparecendo
por exemplo apenas no julgamento.
2. Revelia relativa: o réu encontra-se em revelia relativa, sempre que, considerando-
se regularmente citado ou tendo junto procuração aos autos, não contesta os
factos alegados pelo autor.
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Como já vimos, não existe para a contestação nenhuma norma que preveja
especificamente o seu conteúdo, apenas o artigo 488.º que estabelece de modo
genérico que na contestação deve o réu individualizar a acção e expor as razoes de
facto e de direito por que se opõe à pretensão do autor, especificando separadamente
excepções que deduza.
No que se refere ao pagamento da taxa de justiça, o artigo 486-A manda aplicar,
com as necessárias adaptações, o disposto no 467/3, embora se permita, quanto ao réu,
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que junte apenas documento comprovativo do pedido de apoio judiciário, não sendo
necessário esperar pela decisão, “podendo o réu, se estiver a aguardar decisão sobre a
concessão do benefício de apoio judiciário na modalidade de dispensa total ou parcial
do prévio pagamento da taxa de justiça inicial, juntar apenas o documento
comprovativo da apresentação do respectivo requerimento.
Neste caso, o réu deve juntar ao processo o documento comprovativo do prévio
pagamento da taxa de justiça inicial no prazo de 10 dias a contar da notificação da
decisão que indefira o pedido de apoio judiciário.
Se findo a fase dos articulados, o juiz constatar que não foi paga taxa de justiça
inicial bem como a multa por parte do réu, o juiz profere despacho nos termos da alínea
b) do n.º 1 do artigo 508.º, convidando novamente o réu a proceder, no prazo de 10 dias,
ao pagamento da taxa de justiça e da multa em falta, acrescida de multa de valor igual
ao da taxa de justiça inicial, com o limite mínimo de 10 UC.
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I
Da impugnação
a. Impugnação directa
b. Impugnação Indirecta
II
Das excepções
a. Dilatórias
I. Da incompetência relativa
II. Da ilegitimidade
b. Peremptórias
I. Da excepção do não cumprimento
II. Da …
III
Do pedido reconvencional
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Admissibilidade da reconveção
16Se B réu não invocou excepção dilatória a seu favor, isso não significa que o juiz não
possa reconhecer tal facto, pode e deve, sempre que as excepções sejam de
conhecimento oficioso. Por exemplo, o abuso de direito é uma excepção peremptória
de conhecimento oficioso, podendo ser reconhecido pelo juiz, a todo tempo, inclusive,
em sede se recurso, mesmo que tal não tenha sido invocado pela parte. Há contudo,
doutrina que defende que o abuso de direito apenas é de conhecimento ofícios,
quando estamos perante direitos indisponíveis, não o sendo nos casos de direitos
disponíveis.
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1. A tréplica apenas é admitida para responder à réplica nos casos em que esta
tenha modificado o pedido ou a causa de pedir, ou para responder à
reconveção nos casos em que tenha havido dedução de excepção por
parte do autor.
2. A tréplica pode ser deduzida no prazo de 15 dias a partir da data da
notificação ao réu.
A tréplica é o último articulado, pelo que se pergunta, se o réu, pode aqui alterar o
pedido ou a causa de pedir? Há doutrina que entende que sim, porque, em último
recurso o autor poderia responder a ela nos termos do artigo ¾ realizando assim o
contraditório.
Há quem entenda que não, porque este artigo não está pensado para responder a
alterações de pedido nem causas de pedir, mas para questões menos importantes.
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a) Na audiência preliminar, se houver lugar a esta, quando os factos que dele são
objecto hajam ocorrido ou sido conhecidos até ao respectivo encerramento; assim, se o
facto for conhecido depois da tréplica, para se dar conhecimento dele ao tribunal, é
necessário esperar pela audiência preliminar.
2. Quando for manifesto que os factos não interessam à boa decisão da causa;
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Depois da fase dos articulados, o processo vai ser concluso ao juiz, nos termos do
artigo 508 e 265.º, para que este profira despacho pré-saneador, destinado a:
a) Providenciar pelo suprimento de excepções dilatórias, nos termos do nº 2 do artigo
265.º, onde se estabelece que o juiz providenciará mesmo oficiosamente, pelo
suprimento da falta de pressupostos processuais susceptíveis de sanação, determinando
a realização dos actos necessários à regularização da instância ou, quando estiver em
causa alguma modificação subjectiva da instância, convidando as partes a praticá-los.
N.º 3: Pode ainda o juiz convidar qualquer das partes a suprir as insuficiências ou
imprecisões na exposição ou concretização da matéria de facto alegada, fixando prazo
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conciliação das partes, mas normalmente isso não acontece, a descrição é muito
sumária.
Sempre que o juiz decida do mérito da causa temos de ter em conta o disposto
no artigo 508/b/1/B.
c) Discutir as posições das partes, com vista à delimitação dos termos do litígio, e
suprir as insuficiências ou imprecisões na exposição da matéria de facto que ainda
subsistam ou se tornem patentes na sequência do debate; o objectivo é clarificar a
posição das partes, quando isso não decorra directamente dos articulados.
d) Proferir despacho saneador, nos termos do artigo 510.º que é ditado para a
acta, podendo ser proferido mais tarde nos casos de especial complexidade.
E na audiência que o juiz selecciona a matéria de facto assente e os factos que vão ser
levados à base instrutória, isto é, aqueles que carecem de prova. Caso não se concorde
com a selecção feita na audiência, tem de se reclamar na hora, para que depois se
possa recorrer.
Esta selecção não constitui caso julgado formal e pode o juiz acrescentar novos
factos na audiência de discussão e julgamento da causa.
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Quer haja ou não haja audiência preliminar o juiz tem sempre de emitir um
despacho, ou que marque a audiência e indique as suas finalidades, ou então que, a
dispense de modo fundamentado.
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Artigo 512.º
N.º 1” Quando o processo houver de prosseguir e se não tiver realizado a
audiência preliminar, a secretaria notifica as partes do despacho saneador e para, em
15 dias, apresentarem o rol de testemunhas, requererem outras provas ou alterarem os
requerimentos probatórios que hajam feito nos articulados e requererem a gravação da
audiência final ou a intervenção do colectivo.”
N.º 2 Findo o prazo a que alude o número anterior sem que haja reclamações
contra a selecção da matéria de facto, ou decididas estas, o juiz designa logo dia para a
audiência final, ponderada a duração provável das diligências de instrução a realizar
antes dela.
Assim sucede porque nos termos do artigo 508-B n.º 2 não havendo lugar à realização de
audiência preliminar, se a acção tiver sido contestada e houver de prosseguir, o juiz, no
despacho saneador, selecciona a matéria de facto, mesmo por remissão para os
articulados; as reclamações das partes são, após contraditório, logo decididas.
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Não cabe recurso da decisão do juiz que, por falta de elementos, relegue para
final a decisão de matéria que lhe cumpra conhecer.
Isto não implica, por exemplo, que em sede de julgamento o juiz possa acrescentar novos
elementos à base instrutória, artigo 650/f. Mesmo a relação pode anular as decisões da
primeira instância e apreciar outras questões de facto que não foram tidas em conta,
artigo 712.º A.
Na fixação da matéria de facto o juiz deve apenas fixar factos e não direito, sendo que
essa selecção deve ser feita de modo abstracto, deve o juiz não ter em conta a sua
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posição e a sua apreciação de direito, mas antes seleccionar tendo em aberto todas as
possibilidades.
O direito probatório está sujeito ao princípio da tipicidade e pode ser entendido de duas
formas:
Função das provas, artigo 341.º: As provas têm como função a demonstração da
realidade dos factos.
Ónus da prova, artigo 342.º: Àquele que invocar um direito cabe fazer prova dos
factos constitutivos do direito alegado Regra
Mas a prova dos factos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito invocado
compete àquele contra quem a invocação é feita.
Havendo dúvida sobre os factos, os mesmos devem ser considerados constitutivos
do direito.
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Sempre que esteja em causa por parte do autor um direito sujeito a condição
suspensiva ou a termo inicial, cabe-lhe a prova de que a condição se verificou ou o
termo se venceu
Sempre que esteja em causa por parte do autor um direito sujeito a condição
resolutiva ou a termo final, cabe ao réu a prova da verificação da condição ou o
vencimento do prazo.
As regras do ónus da prova constantes dos artigos 342 e 343 invertem-se sempre
que haja presunção legal, dispensa ou liberação do ónus da prova, ou convenção
válida nesse sentido, e, de um modo geral, sempre que a lei determine.
Há igualmente inversão do ónus da prova, quando a parte contrária tiver
culposamente tornado impossível a prova ao onerado, sem prejuízo das sanções que a
lei de processo mande especialmente aplicar à desobediência ou às falsas declarações.
À prova que for produzida pela parte sobre quem recaia ónus probatório pode a
parte contrária opor contraprova a respeito dos mesmos factos, destinados a torná-los
duvidosos; se o conseguir, é a questão decidida contra a parte onerada com a prova.
A contraprova funciona nestes moldes para todo o tipo de prova, o que significa
que, se a parte contrária tornar duvidoso a prova apresentada pela parte onerada com
o ónus, a decisão é a favor da segunda.
A única excepção prende-se com a prova legal plena, nos termos do artigo 347.º,
pois esta só pode ser contrariada por meio de prova que mostre não ser verdadeiro o
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facto que dela for objecto, sem prejuízo de outras restrições especialmente determinadas
na lei.
Isto significa que se uma parte quer provar xxxx mas com o facto invocado prova
yyyy e isso beneficia a outra parte, o tribunal deve ter isso em consideração.
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Salvo disposição em contrário, as provas não serão admitidas nem produzidas sem
audiência contraditória da parte a quem hajam de ser opostas. Assim, por exemplo se o
autor em requerimento, pede ao tribunal o depoimento de parte do réu, este será ouvido
antes do tribunal se pronunciar sobre a sua admissibilidade.
Quanto a estas, a parte será notificada, quando não for revel, para todos os actos
de preparação e produção da prova, e será admitida a intervir nesses actos nos termos
da lei; ou seja no caso de audição de uma testemunha a contraparte é ouvida para
poder interrogar etc.
Todas as pessoas, mesmo que não sejam partes na causa, têm o dever de prestar
a sua colaboração para a descoberta da verdade, respondendo ao que lhes for
perguntado, submetendo-se às inspecções necessárias, facultando o que for requisitado
e praticando os actos que forem determinados.
Aqueles que recusem a colaboração devida (caso não sejam parte) serão
condenados em multa, sem prejuízo dos meios coercitivos que forem possíveis;
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Para que isto se possa observar é necessário, que exista justo receio de vir a tornar-
se impossível ou muito difícil o depoimento de certas pessoas, como acontecerá no caso
de uma pessoa estar com doença fatal, etc.
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A confissão só é eficaz quanto feita por pessoa com capacidade e poder para
dispor do direito a que o facto confessado se refira.
a. Se for declarada insuficiente por lei ou recair sobre facto cujo reconhecimento
ou investigação a lei proíba.
A confissão feita num processo, só vale como jurisdicional nesse processo e feita em
qualquer procedimento preliminar ou incidental só vale como confissão judicial na acção
correspondente.
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A confissão judicial para que seja plena deve ser escrita, por isso, é que por exemplo o
depoimento de parte tem de ser reduzido a escrito, ainda que a audiência seja gravada,
artigo 563.º
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O erro, desde que seja essencial, não tem de satisfazer aos requisitos exigidos para
a anulação dos negócios jurídicos.
Quando o depoimento seja requerido por alguma das partes, devem indicar-se
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Cada uma das partes pode requerer não só o depoimento da parte contrária,
mas também o dos seus compartes.
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A confissão é irretractável.
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A força probatória dos documentos autênticos só pode ser ilidida com base na
sua falsidade.
Nota: sempre que um documento seja apresentado por uma das partes e o
mesmo não seja impugnado pela outra parte, o mesmo faz prova plena dos factos a que
respeita, ou seja, a não pronuncia sobre o mesmo equivale a confissão.
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interessado requererá que ela seja notificada para apresentar o documento dentro do
prazo que for designado; no requerimento a parte identificará quanto possível o
documento e especificará os factos que com ele quer provar.
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Se, porém, respeitarem a documento junto com articulado que não seja o último,
devem ser feitas no articulado seguinte e, se se referirem a documento junto com a
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A prova pericial tem por fim a percepção ou apreciação de factos por meios de peritos,
quando sejam necessários conhecimentos especiais que os julgadores não possuem, ou
quando os factos, relativos a pessoas, não devam ser objecto de inspecção judicial.
A força probatória das respostas dos peritos é fixada livremente pelo tribunal.
A parte que requereu a perícia não pode desistir dela sem anuência da parte
contrária, artigo 576. Nestes casos, estabelece o artigo 577.º que ao requerer a perícia, a
parte indicará logo, sob pena de rejeição, o respectivo objecto, enunciando as questões
de facto que pretende ver esclarecidas através da diligência. A perícia pode reportar-se,
quer aos factos articulados pelo requerente, quer aos alegados pela parte contrária. Isto
significa que a perícia pode ser favorável ou desfavorável a quem a pediu, faz
simultaneamente prova e contraprova.
A perícia é paga pela parte que a requere. Contudo, a lei permite que a
contraparte peça a ampliação do objecto da perícia, e nestes casos, é a parte que a
requere que a paga, não é a dividir pelas partes.
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Se entender que a diligência não é impertinente nem dilatória, o juiz ouve a parte
contrária sobre o objecto proposto, facultando-lhe aderir a este ou propor a sua
ampliação ou restrição.
Quando por razões técnicas ou de serviço a perícia não puder ser realizada no
prazo determinado pelo juiz, por si ou nos termos do n.º 4 do artigo 568.º, deve tal facto
ser de imediato comunicado ao tribunal, para que este possa determinar a eventual
designação de novo perito, nos termos do n.º 1 do artigo 568.
Do relatório cabe reclamação escrita nos termos do artigo, 587, podendo estas
requerer segunda perícia.
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De acordo com o artigo 390.º CC a prova por inspecção destina-se a por fim a
percepção directa de factos pelo tribunal.
De acordo com o artigo 612.º CPC, a prova por inspecção pode ser requerida
pelo tribunal, sempre que o julgue conveniente, ou pode ser feita a requerimento das
partes. Com ressalva da intimidade da vida privada e familiar e da dignidade humana,
podem ser inspeccionadas coisas ou pessoas, a fim de se esclarecer sobre qualquer
facto que interesse à decisão da causa, podendo o tribunal deslocar-se ao local da
questão ou mandar proceder à reconstituição dos factos, quando a entender
necessária.
As partes são notificadas do dia e hora da inspecção e podem, por si ou por seus
advogados, prestar ao tribunal os esclarecimentos de que ele carecer, assim como
chamar a sua atenção para os factos que reputem de interesse para a resolução da
causa, artigo 613.º CPC.
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Assim, por exemplo, se o devedor paga, por qualquer meio, a dívida que tinha,
deve exigir uma declaração de quitação.
O credor não pode depois provar que o devedor não pagou o montante em
dívida, mediante a apresentação de testemunhas.
Parece que sim, pelo menos foi esse o entendimento do tribunal da Relação do
Porto no seguinte caso:
Sucede que o bem em causa foi vendido por um preço manifestamente inferior
ao inicialmente combinado, pelo que ambos acordaram, verbalmente, que a comissão
do mediador seria apenas de 1,5%.
1. Têm capacidade para depor como testemunhas todos aqueles que, não
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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estando interditos por anomalia psíquica, tiverem aptidão física e mental para depor
sobre os factos que constituam objecto da prova.
Isto significa que um menor pode depor ou mesmo um interdito, desde que não o
seja por anomalia psíquica.
Estão impedidos de depor como testemunhas os que na causa possam depor como
partes.
1. Podem recusar-se a depor como testemunhas, salvo nas acções que tenham
como objecto verificar o nascimento ou o óbito dos filhos:
c) Qualquer dos cônjuges, ou ex-cônjuges, nas causas em que seja parte o outro
cônjuge ou ex-cônjuge;
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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A ratio deste artigo é evitar que pessoas próximas possam com o seu depoimento,
possam lesar interesses de parentes próximos, já que os mesmos, sendo testemunhas
estão obrigados à verdade, procedendo a juramento.
(ao contrário da prova pericial, onde a parte apenas pode desistir da mesma com o
consentimento da outra parte).
a) Inquirição antecipada, nos termos do artigo 520.º sempre que haja justo receio
de tornar impossível ou muito difícil o depoimento de certas pessoas ou a verificação de
certos factos por meio de arbitramento ou inspecção.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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e) Inquirição reduzida a escrito, nos termos do artigo 638.º-A; sempre que por
acordo das partes, a testemunha seja inquirida em escritório de advogados,.
f) Depoimento prestado por escrito, nos termos do artigo 639.º; este depoimento
apenas é possível nos casos em que se verifique impossibilidade ou grave dificuldade de
comparência on tribunal.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Caso não seja indicado na peça processual, que as testemunhas vão ser
apresentadas e residindo as mesmas fora do circula judicial, são ouvidas por
teleconferência na própria audiência e a partir do tribunal da comarca da área da sua
residência ou, caso nesta não existam ainda os meios necessários para tanto, a partir do
tribunal da sede do círculo judicial da sua residência.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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substituição deve ser requerida logo que a parte tenha conhecimento do facto que a
determina.
c) Se faltar sem motivo justificado e não for encontrada para vir depor nos termos
do número seguinte, pode ser substituída.
O juiz ordenará que a testemunha que sem justificação tenha faltado compareça
sob custódia, sem prejuízo da multa aplicável, que é logo fixada em acta.
Salvo acordo das partes, não pode haver segundo adiamento da inquirição de
testemunha faltosa.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Os autores não podem oferecer no total mais de 20 testemunhas, para prova dos
fundamentos da acção; igual limitação se aplica aos réus que apresentem a mesma
contestação.
No caso de reconvenção, cada uma das partes pode oferecer também até 20
testemunhas, para prova dela e da respectiva defesa.
Número de testemunhas que podem ser inquiridas sobre cada facto, artigo 633
Sobre cada um dos factos que se propõe provar, não pode a parte produzir mais
de cinco testemunhas, não se contando as que tenham declarado nada saber. ( não se
contam as testemunhas que digam nada saber, mas apenas aquelas que possuem
conhecimento sobre os factos).
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Quando verifique pelas respostas que o declarante é inábil para ser testemunha
ou que não é a pessoa que fora oferecida, o juiz não a admitirá a depor.
Incidente de impugnação
Contradita
Acareação
A parte contra a qual for produzida a testemunha pode impugnar a sua admissão
com os mesmos fundamentos por que o juiz deve obstar ao depoimento.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Nota: O juiz pode considerar como provado um determinado facto com base
num depoimento de um testemunha que nem sequer depor concretamente quanto a
esse facto, desde que do seu depoimento isso se possa concluir.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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A testemunha que haja sido notificada para comparecer, resida ou não na sede
do tribunal e tenha ou não prestado o depoimento, pode requerer, até ao encerramento
da audiência, o pagamento das despesas de deslocação e a fixação de uma
indemnização equitativa.
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Quando a parte pretenda utilizar, como meio de prova, uma coisa móvel que
possa, sem inconveniente, ser posta à disposição do tribunal, entregá-la-á na secretaria
dentro do prazo fixado para a apresentação de documentos; a parte contrária pode
examinar a coisa na secretaria e colher a fotografia dela.
Se a parte pretender utilizar imóveis, ou móveis que não possam ser depositados
na secretaria, fará notificar a parte contrária para exercer as faculdades a que se refere
o número anterior, devendo a notificação ser requerida dentro do prazo em que pode
ser oferecido o rol de testemunhas.
A prova por apresentação das coisas não afecta a possibilidade de prova pericial
ou por inspecção em relação a elas.
A e B propuseram uma acção declarativa soba forma ordinária contra uma companhia
de seguros, pedindo, cada um deles, uma indemnização, decorrente de um acidente de
viação que alegaram ter ficado a dever-se a culpa de um dos segurados da ré. Esta
defendeu-se por impugnação e só foram seleccionados para a base instrutória, os factos
alegados pelos autores que descreveram a trajectória das viaturas, a velocidade, o
embatem a incúria do segurado da Ré, o tempo que se fazia sentir, os danos sofridos
pela viatura de A (que era o condutor) e lesões sofridas por B (passageiro) no tórax e
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numa perna.
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Porém é ainda admitida a junção de documentos, cuja apresentação não tenha sido
possível, depois do encerramento da discussão, em caso de recurso.
Porém é ainda admitida a junção de documentos, cuja apresentação não tenha sido
possível, depois do encerramento da discussão, em caso de recurso.
Como estamos perante um documento particular o mesmo faz, nos termos do artigo
376.º prova plena que as declarações foram feitas por aqueles médicos, se a sua
assinatura não for impugnada. Mas já não fazem prova quanto à veracidade dos factos.
A seguradora referiu que não conhece as assinaturas, não sabe se as mesmas são ou não
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b. Uma carta dirigida por B à companhia de seguros em que este reconheceu ter
já lesões na perna anteriores ao acidente, embora afirmando que este as agravou. Sobre
esta carta B, notificado do requerimento de prova, nada disse. Poderá equacionar-se
aqui a existência de uma confissão extra judicial nos termos do artigo 352.º CC, uma fez
que uma das partes confessa, aqui através de carta, um facto que lhe é desfavorável.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Note-se que nos termos do artigo 358/2 a confissão extra judicial, em documentos
autêntico ou particular, considera-se provada nos termos aplicáveis a estes documentos
e, se for feita à parte contrária ou a quem a represente, tem força probatória plena. Ou
seja, se o autor da carta não impugnar a assinatura o documento adquire força
probatória plena.
Fase de julgamento
Não havendo lugar à audiência preliminar o juiz notificará as partes para a marcação
da mesma, sempre com respeito pelo disposto no artigo 155.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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c) Nas acções em que alguma das partes haja requerido, nos termos do artigo
522.º-B, a gravação da audiência final. (situação mais frequente).
Se as questões de facto forem julgadas pelo juiz singular quando o devam ser pelo
tribunal colectivo, é aplicável o disposto no nº 4 do artigo 110.º.
Têm-se por não escritas as respostas do tribunal colectivo sobre questões de direito
e bem assim as dadas sobre factos que só possam ser provados por documentos ou que
estejam plenamente provados, quer por documentos, quer por acordo ou confissão das
partes.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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contudo em conta a prova pericial ainda não produzida, mas como esta apenas será
necessária para avaliar os danos, será apreciada em execução de sentença.
Ao técnico podem ser opostos os impedimentos e recusas que é possível opor aos
peritos. A designação será feita, em regra, no despacho que marcar o dia para a
audiência. Ao técnico são pagas adiantadamente as despesas de deslocação.
1. O presidente do tribunal goza de todos os poderes necessários para tornar útil e breve
a discussão e para assegurar a justa decisão da causa.
a) Dirigir os trabalhos;
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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A base instrutória elaborada pelo juiz, onde são determinados os factos relativamente aos
quais é necessário fazer prova, não constitui caso julgado. Daqui decorre que, o juiz
pode, oficiosamente ou a requerimento e, neste último caso, desde que ouvida a outra
parte, a qualquer momento, aditar novos factos, nos termos do artigo 264. Até ao fim da
produção de prova, será sempre admissível o alargamento da base instrutória. Em regra
o juiz aditará novos factos que, por lapso, não tenha incluído da base instrutória mas que
já constavam dos articulados. Mas pode ainda o juiz, nos termos do artigo 264 selecionar
factos instrumentais (que servem para provar os factos essenciais) que embora não
sendo obrigados a constar da base instrutória, podem ser incluídos na mesma.
b) Se for oferecido documento que não tenha sido oferecido anteriormente e que
a parte contrária não possa examinar no próprio acto, mesmo com suspensão dos
trabalhos por algum tempo, e o tribunal entenda que há grave inconveniente em que a
audiência prossiga sem resposta sobre o documento oferecido; os documentos devem
ser apresentados com os articulados, sob pena de pagamento de multa pela parte que
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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os apresentar. Caso o julgamento seja junto no dia da audiência final a parte contrária,
pode analisar o documento se a audiência prossegue ou se não prescindir dos 10 dias
supletivos que a lei lhe dá para o analisar, a audiência é suspensa. Caso não se tenha
interesse em adiar a audiência deve apresentar-se apenas no fim da mesma,
c) Se o juiz não tiver providenciado pela marcação mediante acordo prévio com
os mandatários judiciais, nos termos do artigo 155.º, e faltar algum dos advogados; Muito
embora a marcação da audiência final deva respeitar as notificações previstas no artigo
155.º , se tal não for verificado e algum advogado não comparecer deve a mesma ser
suspensa.
Não é admissível o acordo das partes, nem pode adiar-se a audiência por mais
do que uma vez, excepto no caso previsto na alínea a) do número 1. Como alternativa
podem as partes requerer a suspensão da instância.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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Ou seja, a audiência final inicia-se com uma tentativa de conciliação (artigo 652),
e o facto da parte não comparecer não é motivo de adiamento da mesma, mesmo que
a procuração do advogado não contenha poderes especiais para transigir.
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ORDEM DOS ADVOGADOS – CONSELHO DISTRITAL DO PORTO
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e) Debates sobre a matéria de facto, nos quais cada advogado pode replicar
uma vez.
O advogado pode ser interrompido por qualquer dos juízes ou pelo advogado da parte
contrária, mas neste caso só com o seu consentimento e o do presidente, devendo a
interrupção ter sempre por fim o esclarecimento ou rectificação de qualquer afirmação.
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Relativamente aos factos que o juiz considera não provados, podemos dizer que
os mesmos, pelo facto de não estarem provados, não existem para o processo, é como
se nunca tivessem estado no mesmo.
Quanto aos factos provados o tribunal pode dar dois tipos de respostas: ou uma
resposta restritiva, dando como provado “apenas que….” Ou uma resposta explicativa,
quando o tribunal além de dar como provado, acrescenta qualquer coisa. O tribunal
pode ainda emitir uma resposta restritiva explicativa, quanto considera apenas como
provado determinado facto, mas acrescenta ao mesmo qualquer coisa.
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As partes podem reclamar da matéria de facto com base nos seguintes fundamentos:
Alegar deficiências sobre a decisão, nomeadamente porque não foram decididos todos
os pontos da base instrutória.
A reclamação deve ser feita logo de imediato quando as partes são notificadas da
matéria de facto, não tendo reclamado na audiência, a reclamação posterior
consubstanciará uma nulidade processual.
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O mesmo se passa com os factos que não foram impugnados pelas partes e
como tal se devem considerar aceites por acordo. No caso em que os mesmos sejam
incluídos na base instrutória, devem considerar-se igualmente como não escritos.
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estiver em causa a falta de fundamentação, “Se a decisão proferida sobre algum facto
essencial para o julgamento da causa não estiver devidamente fundamentada, pode a
Relação, a requerimento da parte, determinar que o tribunal de lª instância a
fundamente, tendo em conta os depoimentos gravados ou registados ou repetindo a
produção da prova, quando necessário; sendo impossível obter a fundamentação com
os mesmos juízes ou repetir a produção da prova, o juiz da causa limitar-se-á a justificar a
razão da impossibilidade”
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B réu, arrola duas testemunhas a seu favor, mas como se apercebe que o autor
não tem provas, prescinde das testemunhas e não se fazendo prova, o réu é absolvido
do pedido.
No recurso para a Relação, à luz dos documentos mostrados por A, pode esta
entender que os memos são suficientes para julgar procedente a acção.
Mas por exemplo, se já tivesse sido ouvida uma testemunha, não tendo sido gravado o
seu depoimento, a Relação já não pode alterar a matéria de facto.
Quando haja lugar a registo áudio ou vídeo, deve ser assinalado na acta o início
e o termo da gravação de cada depoimento, informação ou esclarecimento.
Isto é relevante, para efeitos de recurso, nos termos do artigo 685-B sobre a
matéria de facto. Neste caso, sempre que se pretenda recorrer sobre matéria de facto,
deve indicar-se por exemplo, com base em que depoimento, e onde ele se encontra
gravado, em que cassete e em que volta.
A sentença
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Se tiver sido oral a discussão do aspecto jurídico da causa, a sentença pode ser
logo lavrada por escrito ou ditada para a acta.
2. Fundamento: que são de facto ou de direito. o juiz tem de dizer quais os factos
dados como provados e com base em que provas, (confissão, documento,
testemunhas). E tem de efectuar a qualificação jurídica dos mesmos.
N.B. o julgador está sempre limitado pelas questões formuladas pelas partes e apenas
pode condenar no sentido pedido pelo autor ou reconvindo do réu.
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absolver, porque a ratio legis das excepções dilatórias e salvaguardar a parte mais fraca,
e se esta vai vencer não carece de protecção.
O juiz deve resolver todas as questões que as partes tenham submetido à sua
apreciação, exceptuadas aquelas cuja decisão esteja prejudicada pela solução dada a
outras. Não pode ocupar-se senão das questões suscitadas pelas partes, salvo se a lei lhe
permitir ou impuser o conhecimento oficioso de outras. (exemplo invocação de abuso de
direito, sempre que esteja em causa direitos indisponíveis). O juiz não pode condenar em
mais do que tenha sido pedido, limitação essa que já não existe no âmbito do direito do
trabalho.
E nos casos em que o autor faz um pedido de determinado valor líquido, mas
depois não os consegue provar? Será que se pode condenar genericamente? A
jurisprudência não é pacífica, há quem entenda que nestes casos o tribunal deve aplicar
na mesma o disposto no artigo 661/2 há jurisprudência que entende que não.
Sempre que o autor não consiga determinar os danos causados, poderá efectuar,
nos termos do artigo 471.º pedido genérico, em montante a liquidar em execução de
sentença.
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A regra é assim a que consta do artigo 666/1, ou seja, que uma vez emitida
sentença, o juiz não pode alterar a sentença proferida.
Suprir nulidades
Reformar a sentença
Esta questão aplica-se, até onde seja possível, aos próprios despachos
Se a sentença omitir o nome das partes, for omissa quanto a custas, ou contiver
erros de escrita ou de cálculo ou quaisquer inexactidões devidas a outra omissão ou
lapso manifesto, pode ser corrigida por simples despacho, a requerimento de qualquer
das partes ou por iniciativa do juiz.
Em caso de recurso, a rectificação só pode ter lugar antes de ele subir, podendo
as partes alegar perante o tribunal superior o que entendam de seu direito no tocante à
rectificação. Caberá neste caso ao juiz da relação rectificar os erros materiais.
Se nenhuma das partes recorrer, a rectificação pode ter lugar a todo o tempo,
cabendo agravo do despacho que a fizer.
É nula a sentença:
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Se a causa admitir recurso, este pode ter como fundamento qualquer dessas
nulidades. A nulidade prevista na alínea a) do mesmo número pode ser sempre arguida
no tribunal que proferiu a sentença.
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do artigo 668.º.
Havendo recurso, com base em nulidade, é importante ter em conta que, apesar
do recurso ser dirigido aos juízes desembargadores, quem vai apreciar a nulidade é o juiz
de primeira instância, no despacho que admite recurso. Sendo certo que, se as nulidades
não forem conhecidas por este, o juiz da relação mandará baixar os autos para que o
primeiro as conheça.
Por exemplo, nos casos em que o juiz de primeira instância dê razão à nulidade
invocada por uma das partes, a autora, ficará com certeza, desagradada, deve por isso,
admitir-se agora a sua possibilidade de recurso, nos termos do artigo 670/3.
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Artigo 672.º, estabelece a diferença entre caso julgado material, que incide sobre o
fundo da questão, e o caso julgado formal, que incide apenas sobre a relação
processual.
Note-se a este respeito que o caso julgado material, abrange apenas a parte decisória e
já não a parte argumentativa e de fundamentação.
O artigo 674-A tem relevo sobretudo nos acidentes de viação, sempre que esteja em
causa homicídio por negligência. Pode extrair-se sentença para depois ser usada como
presunção ilidível.
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1. Ana instaurou contra Bernardo uma acção, nas Varas cíveis do Porto, pedindo
a sua condenação na entrega de um imóvel avaliado em € 50.00,00. Bernardo
pessoalmente citado, não contestou a acção. Na sentença, depois da
identificação das partes lê-se apenas: “o réu regularmente citado, não contestou,
pelo que, aderindo aos fundamentos apresentados pelo autor, condeno-o no
pedido.” Falta nos termos do artigo 659.º a fundamentação da sentença, a
sentença em causa apenas tem a primeira e a última parte, faltando a parte
essencial da fundamentação.
2. Entretanto, Ana instaurou outra acção, nos Juízos Cíveis do Porto, pedindo
a condenação de Bernardo no pagamento de € 10.000,00. Também aqui Bernardo,
pessoalmente citado, não contestou a acção, e de novo, na sentença se podia ler “o
réu regularmente citado, não contestou, pelo que, aderindo aos fundamentos
apresentados pelo autor, condeno-o no pedido.” Aqui como o valor da acção e
menor e a competência é dos juízos cíveis do Porto, estamos perante o regime
processual experimental. Aqui a sentença não sofre de qualquer vício, pois nos
termos do artigo 15 da lei, o juiz pode, nestes casos, remeter para os fundamentos
invocados pelo autor, bastando-se a sentença com isso.
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maioritário vai no sentido que o juiz, até ao trânsito em julgado da decisão ainda
pode homologar a transacção. Embora exista um entendimento minoritário que
entende que não.
6. Cláudi a, advogada, contestou uma acção instaurada por Joana, que pedia a
condenação de Humberto no pagamento de um mútuo de € 60.000,00. Cláudia
juntou com a contestação 5 recibos correspondentes a pagamentos parciais
efectuados por Humberto, que perfazem € 24.000,00. Contudo, por lapso, apenas alegou
o pagamento de € 22.000,00. É possível efectuar um requerimento, nos termos do artigo
249 para correcção de lapso ou erro de escrita.
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Nos termos do artigo 676.º as decisões judiciais podem ser impugnadas, mediante
recurso judicial.
Não ter a decisão transitado em julgado, nos termos previstos nos artigos, artigo 677 a
contrario sensu.
A causa tenha valor superior à laçada do tribunal a que se recorre e que a decisão seja
desfavorável ao recorrente (sucumbência), em valor superior à alçada desse tribunal,
artigo 678.º n.º 1.
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Se ambas as partes ficarem vencidas, cada uma delas pode recorrer na parte
que lhe seja desfavorável, podendo o recurso, nesse caso, ser independente ou
subordinado.
O prazo de interposição do recurso subordinado conta -se a partir da notificação
da interposição do recurso da parte contrária
Se o primeiro recorrente desistir do recurso ou este ficar sem efeito ou o tribunal
não tomar conhecimento dele, caduca o recurso subordinado, sendo todas as custas da
responsabilidade do recorrente principal.
O recurso interposto por uma das partes aproveita aos seus compartes no caso
de litisconsórcio necessário.
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Sendo vários os vencedores, todos eles devem ser notificados do despacho que
admite o recurso; mas é lícito ao recorrente, salvo no caso de litisconsórcio necessário,
excluir do recurso, no requerimento de interposição, algum ou alguns dos vencedores.
Os efeitos do julgado, na parte não recorrida, não podem ser prejudicados pela
decisão do recurso nem pela anulação do processo.
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Exemplo
5.ª Secção
Tribunal da Relação do Porto
N.º Proc. ……/07-05 (4)
Recurso de revista
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P.E.D
O advogado
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porque o recurso sobre a matéria de facto, será em princípio mais trabalhoso, decorrente
da necessidade de ouvir cassetes etc.
Sendo requerida pelo recorrido a ampliação do objecto do recurso, nos termos
do artigo 684.º -A, pode o recorrente responder à matéria da ampliação, nos 15 dias
posteriores à notificação do requerimento.
Estamos aqui perante a seguinte situação: o Autor ganha a acção, mas o réu
recorre da mesma. O autor, apensar de ter ganho a mesma, pode em sede de recurso,
requerer que o tribunal amplie o seu objecto, pois apesar de ter ganho, pode o tribunal
não ter reconhecido determinados factos que o autor alegou.
Ora, nestes casos o réu tem direito a responder nos 15 dias posteriores à
notificação do requerimento de pedido de ampliação do objecto de recurso.
Havendo vários recorrentes ou vários recorridos, ainda que representados por
advogados diferentes, o prazo das respectivas alegações é único, incumbindo à
secretaria providenciar para que todos possam proceder
ao exame do processo durante o prazo de que beneficiam.
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convidar o recorrente a completá -las, esclarecê –las ou sintetizá -las, no prazo de cinco
dias, sob pena de se não conhecer do recurso, na parte afectada.
O recorrido pode responder ao aditamento ou esclarecimento no prazo de cinco
dias.
O disposto nos números anteriores não é aplicável aos recursos interpostos pelo
Ministério Público, quando recorra por imposição da lei.
Ónus a cargo do recorrente que impugne a decisão relativa à matéria de facto, artigo
685.º-B
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Depois de subir para o tribunal que vai julgar o recurso, em regra a relação, o
processo será distribuído a um relator, que fica com o processo a ser cargo, e com as
funções previstas no artigo 700.
O relator elabora um projecto de acórdão, cuja notificação é feita aos outros dois
juízes auxiliares para que estes se pronunciem, sendo depois o processo inscrito em
tabela, artigo 709.
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O recurso de revista
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O n.º 3 do artigo 721.º é uma novidade da reforma de 2007 e tem especial relevo,
pois estabelece uma limitação ao direito de recurso, não o admitindo revista do acórdão
da relação que confirme, sem voto de vencido e ainda que por diferente fundamento, a
decisão proferida em 1.ª instância.
Note-se que, ainda que não haja voto de vencido, haverá sempre a possibilidade
de recorrer, nos termos da revista excepcional. Sendo certo que o caso mais relevante
será o previsto na al. c) do n.º 1 do artigo 721-A, se o acórdão da relação estiver em
contradição com outro, já transitado em julgado, proferido por qualquer relação ou STJ,
no domínio da mesma legislação e sobre a mesma questão fundamental de direito.
Sempre que se elabore um recurso de revista excepcional é necessário que nas
alegações se justifique a verificação dos seus requisitos.
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de lei que exija certa espécie de prova para a existência do facto ou que fixe a força de
determinado meio de prova.
Por exemplo se a relação considerou provado que entre o autor e o réu foi
celebrado um contrato de compra e venda por documento particular, o STJ pode
apreciar esta questão, porque a lei exige, para essa prova, documento particular.
Termos em que STJ julga a revista:
Modo de subida
De acordo com o artigo 722.º-A sobem nos próprios autos as revistas interpostas
nos termos do artigo 721.º n.º1, isto é, das decisões que ponham termo à causa e dos
despachos saneadores que reconheçam do mérito da causa.
Efeitos do recurso
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O recurso per saltum para o STJ permite que, excepcionalmente, de uma decisão
de um tribunal de primeira instância, se recorra não para a relação, como seria regra,
mas directamente para o STJ.
Requisitos
Tanto pode ser pedido pelo requerido como pelo requerente, sendo processado como
revista, salvo no que se refere aos efeitos.
O processo chega ao STJ e é distribuído a um relator, que vai decidir se os
requisitos do recurso per saltum estão ou não preenchidos.
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Se no decurso de um processo, for necessário, que o caso seja julgado pelo pleno
das secções, para se respeitar jurisprudência fixada pelo tribunal de justiça, deve o
presidente do STJ tal ordenar, até à prolação do acórdão.
Esta possibilidade também pode ser requerida por qualquer uma das partes.
O artigo 732.º-B contém as especialidades deste tipo de recurso, destacando-se o
facto do mesmo ter de possuir parecer do MP.
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Injunção, Dl 268/98
17 Transacções comerciais são definidas para este efeito, nos termos do DL 32/2003.
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