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118 Curso de Organizacio Judicidric é sempre admisstvel recurso para o tribunal da Relagio (arts. 40.9, n.° 1, 79 e 186.°-P do C.P Trabalho) &, Nas questées de natureza criminal, em virtude de ndo haver algada (art. 44.9, 0.9 2, da LOSJ), 0 regime dos recursos € 0 consagrado nos arts. 399. ¢ segs. do C.PPenal, constituindo prinefpio geral nesta matéria 0 de que « permitido recorrer dos acérdos, das sentengas ¢ dos despachos cuja irrecorti bilidade nao estiver prevista na lei» (art. 399.9). As decisdes que néo admitem recurso sio (além de outras previstas na lei) as mencionadas nas alineas a) a f) do n° 1 do art. 400.9 do C.PPenal &. No topo da hierarquia desta ordem de tribunais encontra-se 0 Suprema Tribunal de Justica, que, como jé referimos, é 0 «érgéo superior da hierarquia dos tribunais judiciais» (art. 210.9, n.° 1, da C.Rep. e art. 31.9, n° 1, da LOS)):: Em regta, em matéria civel, apenas intecvém em via de recurso, nas causas de valor superior & algada dos tribunais da Relacio (act. 42.9, n.° 2, 1.2 parte, da LOSJ), que vale por dizer, quando o valor da causa seja superior, ainda que em apenas | céntimo, a € 30.000 (art. 44.9, n° 1, da LOSJ ¢ art, 629.4, ne 1, do C.2Civil) % — contanto que nao se trate de alguma das hipéteses em que o recurso é sempre admissivel, independentemente do valor da causa, ¢ pela Lei n.° 63/2013, de 27 de agosto, A redacgao actual do art. 79.° foi introduzida pelo citado Decreto-Lei n. 295/2009 (art. 1.9); 0 art. 186.%-P foi aditado pela referida Lei n° 63/2013 (art. 5.2). 84) A respeito das decisdes que, nos termos desses artigos do C.PTrabalho, admitem sempre recurso para o tribunal da Relagio, vide, infia, n.° 24.4.1, ¢ nota, S40 elas: os «despachos de mero expediente» (al. 4)); as «decisbes que ordenem actos dependentes da livre resolugao do tribunals (al. 6)); os «acérdaos proferidos, em recurso, pelas relagdes que néo conhecam, a final, do objecto do processo» (al. ¢)); os «acérdaos abso= lutdtios proferidos, em recurso, pelas relagées, exceto no caso de decisio condenatéria em. 1. inseincia em pena de prisio superior a 5 anos» (al. d)), na redacgao que lhe foi dada pela Lei n.° 20/2013, de 20 de feverciro); os «acérdaos proferidos, em recurso, pelas relagées que. apliquem pena nao privativa de liberdade ou pena de prisdo nao superior a 5 anosy (al. d), na versio introduzida pela citada Lei n.° 20/2013); € os cacérdaos condenatérios proferides, em recurso, pelas relacées, que confirmem decisdo de 1. instancia ¢ apliquem pena de prisio nic superior a8 anos» (al. ). 8) Normalmente, 0 Supremo ‘Tribunal de Justiga conhece dos recursos das decisées proferidas pelos tribunais da Relago. No entanto, a lei admite 0 recurso «per saltumin' de decis6es proferidas por tibunais de 1.* instdncia, verificados os pressupostos estabelecidos no art. 678.°, n° 1, do C.2Civil, que sfo os indicados infia, nota **. Coimbra Editora® Cap. I — Tribunus Judiciais ug como sucede, designadamente, quando se trate de «decisdes proferidas, no domi- nio da mesma legislagao sobre a mesma questo fundamental de direito, contra urisprudéncia uniformizada do Supremo ‘Tribunal de Justigay (art. 629.9, n.° 2, al. d, do C.PCivil) °; mas também funciona como tribunal de instincia ©"), ‘Em matéria penal ha recurso para o Supremo Tribunal de Justica das deci- ses ou acérdaos refetidos no art. 432.° do C.PPenal (além de outros casos especialmente previstos na lei (art. 433.° C.PPenal); ¢ também no caso previsto no att. 446.2 do C.PPenal. Seguem-se os tribunais da Relagio, que, em regra, sio tribunais de 2.4 ins- tancia (art. 210.9, n.° 4, da C.Rep. ¢ arts 29.°, n.° 2, ¢ 67.9, n.° 1, da LOS)). Em matéria cfvel, compete-lhes conhecer dos recursos interpostos das causas cujo valor exceda a algada dos tribunais de 1.4 instancia (art. 42.°, n.° 2, 2.4 parte, da LOSJ), isto é quando o valor da causa exceda, em pelo menos | céntimo, € 5.000 (art. 44.°, n.° 1, 2.* parte, da LOSJ), ¢ dos que sejam sempre admis- siveis, independentemente do valor da causa“, Em matéria penal, cabe-lhes conhecer dos recursos das decisées proferidas por tribunal de 1.* instancia de que no haja recurso directo para 0 Supremo Tribunal de Justia (art. 427.° do C.PPenal) Os tribunais que ocupam a posigio hierérquica inferior so, como sabemos, 08 iribunais de 1.# instancia, em regra os de comarca (arts. 210.9, n.° 3, € 211.%, no 2, da C.Rep. ¢ arts. 29.9, n.° 3, € 79.9 da LOSJ). Salvo o disposto no art. 629.9, n. 2 ¢ 3, do C.PCivil € nos arts. 40.9, n.° 1, 79. ¢ 186.°-P do C.PTiabalho, as decisées proferidas pelos tribunais de 1.2 inst&ncia em causas de valor igual ow inferior a € 5.000 nao admitem recurso ordindrio; nessas causas nao hé, pois, duplo grau de jurisdigg0, mas a Constituigio nao obriga 4 existéncia de varios graus de jurisdiggo “*, 8 Chr infia, 0.9 23.4.1. 00) fr, infla, n.° 23.4.2, Chk. supra, neste mimero, e inffa, n.© 24.4.1. ©) Qu seja, dos recursos das decis6es que ndo constituam «acdrdaos finais proferidos pelo tribunal do jari ou pelo tribunal catectivo que apliquem pena de priséo superior a 5 anos», dos quais hd recurso para 0 Supremo Tribunal de Justica, desde que apenas se pretenda 0 creexame de matétia de direito» (art, 432.9, n.° 1, al. ch, do C.PPenal). 48 Cfr, J. J. GOMES CANOTILHO, Direito Constitucional, cit., pag. 667. Coimbra Editora® 120 Curso de Organizasao Judicidria 22.5. A competéncia dos tribunais em razio do territério. Os ele- mentos de conexio territorial Finalmente, 0 territério € 0 critério que permite tepartir 0 poder jurisdi- cional entre os diferentes tribunais judiciais de cada um dos niveis hierérquicos. em que existam varios tribunais, ou seja, entre os tribunais da Relagio — actualmente, o Tribunal da Relagdo de Guimaraes, o Tribunal da Relacao do Porto, o Tribunal da Relagdo de Coimbra, o Tribunal da Relagio de Lisboa o Tribunal da Relagio de Evora ° — e entre os diversos tribunais de 1.7 ins- tancia; mas ¢ igualmente esse critério que possibilita a repartigao de tal poder entre as secgdes da instancia central de cada um dos tribunais de comarca que tenham a mesma especializagéo (quando nao haja apenas uma) ¢ entre as. diferentes seccdes de competéncia genérica das suas instancias locais. : A competéncia territorial (concreta) de cada tribunal, assim como a das. referidas secgdes dos wibunais de comarca, € determinada pela circunscrigdo ter- ritorial que the esté adstrita (o conjunto de comarcas —- quando nao haja cit cunscrigao territorial nominada em que os tribunais da Relacao possuam com=__ peténcia, como sucedia com o distrito judicial —, a comarca, o territério nacional, ou qualquer outra) e, quando no se trate de tribunal competente em. todo o territério nacional, pelo elemento de conexdo territorial relevante, nos: termos da «lei processual», para que remete, quanto & indicagdo dos «fatores que determinam, em cada caso, o tribunal territorialmente competente», 0 art. 43.9, n° 2, da LOS]. Embora esta norma, redigida de forma deficiente, nao aluda & aplicagdo desse elemento de conexdo com vista 4 definigéo da competéncia ter. ritorial das secgdes dos tribunais de comarca acima referidas ©, cremos qué também para esse fim se deve atender ao que resulta da lei processual. Territo= tialmente competente é, assim, o tribunal ou a secgao do tribunal com que o litigio mantém conexio, através do elemento considerado decisivo pela lei. Estes elementos de conexio, em matéria civel, sio os previstos, noméa~ damente, nos arts. 70.° a 90.° do C.P.Civil, nos arts. 13.9 a 19.9 do 2 Chi. infia, n.8 24.1, : % Contrariamente ao que sucedia na LOFTJ de 2008, que remetia para a lei proces sual 2 indicagao do elemento de conexio a ter em conta para a determinagio do «tribunal ou jufzo competentes (art. 23.2, n° 3). Coimbra Editorae

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