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Escola Tomista – Apenas para uso dos alunos Página | 1

Escola Tomista
Professor Carlos Nougué
Aula 20
Bem-Vindos à vigésima aula da Escola Tomista. A introdução à Lógica X. Não
nos percamos.

Pois bem, hoje vou tratar a segunda das mais importantes e mais evidentes
propriedades da Lógica, ou seja, sua verdade. Ou seja, se aquele problema que
nos vem acompanhando desde o início, como que à espreita: se a Lógica é
especulativa ou teórica (o que quer dizer o mesmo) ou prática; se é teórica ou
prática, se é especulativa ou prática. Antes, porém, de entrarmos na aula
propriamente dita, gostaria de insistir um pouco massantemente em algumas
coisas. Antes de tudo, o que vocês estão fazendo é mergulhar na complexidade
do real; isto, que nas últimas aulas se acentuou, de ver algo por diversos
aspectos -- combinando-os, separando-os, mesclando-os, apartando-os -- é um
mergulho na própria ciência. Porque a ciência humana, pela debilidade de nosso
intelecto, implica certa circularidade e certa partição do real, que, por exemplo,
não se dá no conhecimento que os anjos têm da realidade. Esta complexidade
existe na realidade. Mas a complexidade, do modo como a vemos, -- como
vemos esta complexidade real – se deve antes à debilidade de nosso débil,
inferior intelecto; que não quer dizer, atenção (!), que não conheçamos a
realidade, tão somente quer dizer que a conhecemos de um modo inferior,
digamos, ao dos anjos. Mas não deixa de ter, em nossa escala humana, beleza
este mostrar a complexidade do real tal qual vimos fazendo ao longo dessas
aulas, em particular, da introdução à Lógica.

Pois bem, isto já implica o modo como os alunos devem acompanhar estas
aulas. Insisto, ainda que com risco de ser monótono, que não creiam que, depois
de assistir uma aula como a de hoje, vocês amanhã a repetirão. Tão pouco
creiam que entenderão perfeitamente tudo quanto se diga aqui, conquanto tudo
quanto se diga aqui se complemente, de modo muito bom, na transcrição das
aulas. Mas, sobretudo, entreguem-se à audição do que digo; aos poucos vocês
vão acostumando-se ao nosso modo próprio, científico de conhecer a
complexidade do real, ou seja, segundo seus vários aspectos complementares
e etc. Então, não cobrem de vocês aquilo que é impossível. Se eu, ao começar
a estudar Santo Tomás, me tivesse cobrado o entendimento perfeito de cada
palavra, de cada linha, de cada parágrafo de seus livros, eu jamais teria chegado
ao lugar onde cheguei. Jamais. Eu teria empacado em certa frase, em certo
período, em certo parágrafo, e não teria prosseguido. Mas é este mesmo
prosseguimento o que permitirá que o que se lê, como que sedimentando-se no
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fundo, acabe por ir formando a mente de vocês segundo este mesmo modo
científico de conhecer a complexidade do real.

Pois bem, podemos começar a aula. Há duas operações que resultam de nosso
intelecto. A primeira é a operação que nos leva a conhecer a verdade, e a outra
operação é a que nos leva à ação. A primeira dessas operações, a que nos leva
a conhecer a verdade, é o que se chama especulativo. É o especulativo, o
teórico. Não conduz à ação, mas tão somente à consideração da verdade. O
prático não é que não tenha algo especulativo; mas o prático quer dizer que se
ordena o especulativo à ação. Portanto, o especulativo e o prático diferem quanto
ao fim (leiam, os que o quiserem, o livro III do De Anima, de Aristóteles), ou seja,
dependem do seu fim e recebem o nome de seu fim. O especulativo porque seu
fim é especular, é conhecer a verdade tão somente. E a outra, o prático ou
operativo, decorre da palavrinha latina ‘opus’, que quer dizer ‘obra’. Então, os
mesmos nomes, especulativo e prático, decorrem do fim que cada uma dessas
operações têm; o fim a que cada uma delas se ordena.

Pois bem, o princípio ou potência que se ordena ao conhecimento da verdade é


o intelecto. Lembrem-se que intelecto, inteligência, mente, espírito,
entendimento, razão é o intelecto em sua função especulativa; é o mesmo que
eu disse antes, só que estou desdobrando o que disse antes. E assim farei ao
longo desta aula: desdobrar pouco a pouco aquilo que se vai dizer. Pois bem, a
potência ou princípio que se ordena ao conhecimento da verdade, da realidade
pura e simples é o intelecto justamente em sua função especulativa ou teórica,
que tem por objeto próprio o conhecimento da verdade. O nosso intelecto,
enquanto especulativo, tem por objeto próprio o conhecimento da verdade. Mas
a potência motriz, a potência que nos leva a mover-nos também é o intelecto,
mas é o intelecto chamado prático, é o mesmo intelecto com outra face.
Diferentemente do intelecto especulativo, o intelecto prático não é o intelecto
puro e simples; ele é o intelecto em certa conjunção com a potência apetitiva ou
vontade. O intelecto prático, na verdade, é a própria vontade pensada ou
deliberada, implica deliberação.

Pois bem, se o objeto próprio do intelecto especulativo ou teórico é o


conhecimento da verdade, o objeto próprio desta outra face do intelecto, que é
o prático – ou seja, o mesmo intelecto mas com certa conjunção com a vontade
-- , é o bem. Mas, vejam, o bem pode ser tão somente estudado teórica ou
especulativamente. Quando se diz aqui que o objeto próprio do intelecto prático
é o bem, não é este bem quanto considerado intelectualmente, mas enquanto é
fim. Então, o intelecto especulativo, digamos assim, diz à vontade que algo é um
bem, e a vontade o apetece, o quer, o deseja. Este bem -- o bem do intelecto
prático -- tem razão de fim. Quando digo “tem razão de fim” quer dizer, pouco
mais ou menos, que a noção de bem é aqui a mesma noção de fim. Quando
estudo apenas o bem especulativamente, o faço de maneira universal e
necessária, porque o intelecto especulativo é universal e necessário. O intelecto
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prático, por sua vez, é sempre particular e contingente; ele não existe
necessariamente, ele é contingente, é particular ou singular, ele não é o bem em
universal tal qual se conhece pelo intelecto especulativo. O bem do intelecto
prático só se pode dizer necessário hipoteticamente: “é necessário para mim,
porque o quero”. Isso é uma hipótese. E se é tão somente hipotético é porque
ele, na verdade, é contingente e é particular. Porque as ações que praticamos
se dão na existência concreta, não na existência especulativa. Por isso é que
enquanto a razão ou intelecto delibera o que fazer em universal, ainda não se
move a ação (já darei exemplos que elucidarão tudo isto). Para que haja a ação
é preciso uma determinação em particular, em singular, para que de fato haja o
movimento efetivo.

Tudo isso que acabo de dizer se entenderá por estes poucos exemplos que
darei. A razão especulativa não move, ela fica em repouso. A razão especulativa,
o mero conhecimento da verdade, não manda procurar ou evitar. Mas, a razão
prática é dupla. Se a razão em geral é dupla (especulativa e prática), agora, a
mesma razão prática também é dupla; ela é universal e particular. Por exemplo,
em universal sabemos que devemos honrar pai e mãe, mas isto ainda não move
a ação, isso é uma consideração geral. Todos os filhos devem honrar pai e mãe.
Mas quando, então, a razão prática deixa de ser geral? Quando este filho que
sou eu devo honrar estes pais concretos que são meus pais. Agora, sim, eu sou
movido à ação quanto a algo singular, particular, enquanto, se digo, ‘todos os
filhos devem honrar pais e mães’ ainda estou no âmbito universal, conquanto
ordenado à prática. Insista-se, a razão especulativa é parada, quieta, repousa
em si mesma e não move a ação. O intelecto prático, por sua vez, é duplo; por
um lado ele também é universal -- enquanto considera o que se deve fazer em
universal. Mas a outra face do intelecto prático move efetivamente a ação em
singular, em particular, em concreto: este filho que sou eu devo honrar que este
pai e esta mãe que são concretamente meu pai e minha mãe. Logo, o que move
é a razão prática particular, não a razão prática universal. Pode dizer-se que a
primeira move como causa primeira e parada; enquanto a outra move como
causa próxima e aplicada ao movimento. Podemos até antecipar uma analogia.
Deus é a causa primeira e imóvel; analogamente o intelecto especulativo
universal é uma causa primeira, mas parada, quieta, como que imóvel; enquanto
a outra, que leva efetivamente à ação é a razão ou intelecto prático particular.
Este é que se aplica ao movimento, à ação. Os movimentos, as operações só se
dão em particular, em concreto, em singular. Logo, como tem duas faces o
intelecto prático, pode dizer-se que a opinião universal se aplica à opinião
particular, com o que se dá o movimento, a ação, a obra.

Pois bem, há dois práticos ainda por outro ângulo: o moral e o artificial. O moral
é do agere (agir) e o artificial é do facere (fazer). Esta linguagem não é de
Aristóteles, é de São Tomás de Aquino. No primeiro caso, ou seja, do agir moral,
trata-se de ações imanentes, porque permanecem no próprio agente, no próprio
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agente que pratica a ação. Enquanto no caso do artificial trata-se de ações


transeuntes, ou seja, a minha ação vai transitar para uma obra que eu farei. São
as artes. Já falei disso também, não é uma novidade. Se se trata do agere, do
agir moral, as ações são imanentes, permanecem no próprio agente. Ao passo
que se se trata do facere, do artificial, as ações são transeuntes, ou seja,
transitam e terminam numa obra feita.

Pois bem, essas considerações gerais nos ajudarão a solucionar o problema que
nos põe a Lógica. A Lógica é, de certa maneira, como a Ética. A Ética é
especulativa quanto ao modo; ela especula como qualquer ciência especulativa.
A ciência da Ética considera as ações humanas em universal, ‘todos os filhos
devem honrar pai e mãe’. Mas, exatamente porque seu fim é prático, ela se diz
ciência prática quanto a este fim; serve para ordenar o agir, o agere, em
universal. A Ética é, portanto, uma ciência prática. Aliás, diga-se que, ao final –
vocês já têm o documento da aula que tem o esquema geral de tudo isso que
estou dizendo – o explicarei detidamente, e, este esquema servirá para fixação
do essencial do que disse e direi hoje nesta aula. Repita-se, a Ética é
especulativa quanto ao modo -- ela estuda o agir em universal --, mas é prática
quanto ao fim porque, com efeito, de algum modo se ordena a normatizar o agir.
A Lógica é o inverso; ela é especulativa quanto ao fim. Por que digo que é
especulativa quanto ao fim? Porque ela serve para ordenar o conhecimento da
verdade, e isso é o próprio do especulativo. Mas ela é prática, também de alguma
maneira, quanto ao modo, porque ela regula as operações do intelecto tomando-
as como se fora sua matéria; e ordenar certa matéria é próprio das artes, que é,
como se verá, parte do prático.

Muito bem. Vou apresentar aqui problemas ao modo de objeções. É preciso


lançar certas objeções, ainda que resumidamente, porque precisamos soltar a
atadura. É preciso conhecer a atadura para poder soltá-la e alcançar a solução
do problema. O fato é que o fim mesmo da Lógica não parece ser só
especulativo. Acabei de dizer que quanto ao fim a Lógica é especulativa, quanto
ao modo ela é prática. Ao inverso do que se dá com a Ética, que quanto ao modo
é especulativa e quanto ao fim é prática. Mas, o fato é que o fim mesmo da
Lógica não parece só especulativo. A Lógica, com efeito, dá as regras do
silogismo, como veremos ao estudar os Analíticos Anteriores; dá essas regras
em geral. Para quê dá essas regras? Para as mesmas ciências especulativas,
mas também para as ciências práticas, por exemplo, para a Ética e até para as
absolutamente práticas, ou seja, as artes.

E, com efeito, há um silogismo prático. Como veremos ao estudar os Analíticos,


há um silogismo especulativo, demonstrativo e outro prático, voltado para a
prática. Como se dá um silogismo prático? Antecipe-se. Ele dá um primeiro
princípio, um princípio universal como premissa maior, depois põe algo singular
ou particular como premissa menor para uma conclusão também particular ou
singular. Porque, com efeito, se é um silogismo prático, ele tem de conduzir
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aquilo que é próprio do prático, ou seja, uma ação, uma obra particular ou
singular. Ao contrário dos silogismos demonstrativos, que são perfeitamente
necessários, nada contingentes; são universais, necessários e partem de
princípios absolutamente evidentes. Pois bem, posta esta seta e posto certo
problema, pode dizer-se que a Lógica é especulativa em certo sentido e, em
certo sentido, é prática. Veja, ainda estamos na atadura, ainda estamos na
dificuldade, ainda estamos no nó. Ela é, em certo sentido, especulativa e, em
certo sentido, prática. Mas é pura e simplesmente o quê? Este ‘pura e
simplesmente’ diz-se em latim ‘simpliciter’. E por que pergunto se ela é simpliciter
prática ou especulativa? Porque, com efeito, na época de João de Santo Tomás
discutia-se nestes termos: se ela é simpliciter, pura e simplesmente prática ou
especulativa, e se é secundum quid (por certo aspecto). Ou seja, a discussão
girava em torno disso: se a Lógica é simpliciter --- pura e simplesmente algo --
prática ou especulativa, e, segundo certo aspecto, especulativa ou prática.

E como refere o mesmo João de Santo Tomás, havia três posições. A primeira
dizia que a Lógica é simpliciter prática. Esta era a posição de Pedro da Fonseca,
dos conimbricenses, ou seja, os jesuítas que desenvolveram muito a escolástica
em Portugal. Então, para Pedro da Fonseca – e para outros conimbricenses – a
Lógica é simpliciter prática. E o que diziam os tomistas? De uma maneira geral,
diziam que a Lógica é simpliciter especulativa, porque considera seu sujeito –
entes de razão – enquanto cognoscível, enquanto conhecível. Esta era a posição
dos tomistas em geral. Mas, havia uma terceira posição, a de alguns jesuítas
espanhóis, como Vázquez, Martínez, e outros. Essa terceira posição dizia que a
Lógica seria prática e especulativa ao mesmo tempo. Mas de que modo o
diziam? Por diferenças acidentais; segundo eles, essas diferenças seriam, no
caso, acidentais. Ou, então, se trataria de um duplo hábito parcial, ou seja, a
Lógica é parcialmente um hábito especulativa e parcialmente um hábito prático.
Vázquez, Martínez e outros o diziam.

Pois bem, todos têm alguma razão, mas põe sua solução de uma maneira não
precisa. Destas três posições se pode tirar algo para a solução do problema de
‘se a Lógica é antes especulativa ou prática, ou se é antes ciência, ou se é antes
arte’. Mas a que pôr nos devidos termos tudo o que diziam estas três correntes;
elas exageram para um lado ou para o outro, ou são imprecisas, como no caso
da terceira posição (a dos jesuítas espanhóis). E quem dá esta solução? Uma
vez mais, é o nosso padre Álvaro Calderón. Veja-se que Santo Tomás,
provavelmente, assinaria a solução dada pelo padre Calderón; mas, ele não a
põe senão entrelinhas, porque, com efeito, ora diz Santo Tomás que a Lógica é
ciência, ora diz que é arte, ora diz que é ciência e arte. Mas não sistematiza a
coisa de modo tão preciso como o faz o nosso padre Álvaro Calderón. Sucede,
porém, que as páginas de seus ‘Umbrales de la Filosofía’—onde ele resolve essa
questão, ou seja, onde não só desentranha o que quis dizer Santo Tomás senão
que o põe em modo magnífico --, no entanto, são as algumas das páginas mais
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obscuras de seus ‘Umbrales’. Tentarei aqui repetir o dito pelo nosso padre, mas
de modo mais simples e mais esquemático, tentando escapar da letra de Santo
Tomás. Porque Santo Tomás tratava estas coisas um pouco en passant, e o
padre Calderón busca combinar a letra com o espírito de Santo Tomás, que, no
entanto, sem sempre é tão clara como o próprio Calderón nos permite ser. Repito
que, ao final desta aula, lerei junto com vocês o esquema que está no documento
único desta aula, ali se fixará o que de essencial é necessário fixar aqui.

Pois bem, eis a solução para a questão de ‘se a Lógica é ciência ou arte’: Antes
de tudo, há que dizer que a ciência e a arte não se distinguem como espécies
contrárias dentro de um gênero comum, mas como espécies de subgêneros
contrários dentro de um gênero máximo comum. Isso parece grego para muitos
de vocês, provavelmente, mas, pelo documento que têm em mãos, verão que
assim não é. Não se trata de que a arte e a ciência se contraponham como coisas
opostas dentro de um gênero comum -- assim com o negro e o brando, por
exemplo --, mas como espécie de subgêneros contrários dentro desse gênero
comum. O que é gênero máximo comum, o que é subgênero, o que são espécies
já o vimos na primeira parte de nosso curso, ao dividir do gênero máximo, que é
a substância, até chegar ao homem. É mais ou menos o mesmo o que digo aqui
quanto à ciência e à arte.

Pois bem, este gênero máximo comum a que me refiro é o gênero das disciplinas
intelectuais. Muitos de vocês já devem ter assistido um curso gratuito que dou –
está em meu canal de YouTube – “A Ordem das Disciplinas”. As disciplinas
intelectuais é que constitui o gênero máximo comum. E por que se dizem
disciplinas? Disciplina implica ordem, onde há disciplina há ordem. E, com efeito,
dizem-se disciplinas intelectuais porque supõe certo ordenamento. Estas
disciplinas, ou seja, disciplinas intelectuais, dizem-se tais porque consideradas
em si mesmas supõe certa ordem, certo ordenamento. Também se chamam
virtudes ou hábitos virtuosos, mas isso enquanto consideradas no intelecto. Este
assunto ainda é demasiado prematuro, porém os que quiserem já vê-lo, vejam a
Suma Teológica (de Santo Tomás), parte 1-2 (primeira parte da segunda parte),
questão 57.

Então, as disciplinas intelectuais, que constituem esse gênero máximo comum -


- assim como temos um gênero máximo comum na substância-- se dizem
disciplinas porque consideradas em si mesmas implicam certo ordenamento.
Mas, enquanto consideradas em nosso intelecto, podem dizer-se virtudes ou
hábitos virtuosos. Pois bem, as disciplinas intelectuais são sempre do
necessário, e dizer ‘necessário’ quer dizer universal, já que o particular é sempre
contingente. Pois bem, quando na ciência e na arte só nos importa que tratem o
necessário, arte e ciência são equivalentes; por isso eu disse que não se trata
de contrários dentro do gênero máximo comum, porque dentro do gênero
máximo comum, ou seja, disciplinas intelectuais, arte e ciência são o mesmo. Ou
seja, enquanto não só à ciência, mas também à arte, só interessa o universal ou
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necessário e aí, repita-se, equivalente são a arte e a ciência. Esse gênero


máximo comum se opõe aos hábitos da experiência. As disciplinas intelectuais
distinguem-se do hábito da experiência, que é sempre do contingente. É o que
diz Aristóteles em sua Metafísica -- Livro I, Capítulo I – ao distinguir isto que eu
chamo ‘gênero máximo comum’ dos hábitos da experiência. Mas, não nos
importa isso. Partamos como de um primeiro absoluto desse gênero máximo
comum, que são as disciplinas intelectuais; mas, enquanto tais, a ciência e a arte
se equivalem, porque não lhes interessa senão o universal, o necessário e não
o contingente, o singular, o particular.

Abaixo desse gênero máximo comum estão as disciplinas intelectuais, que é um


subgênero, dividindo-se em especulativas e práticas. Gênero máximo comum,
disciplinas intelectuais, que se dividem duplamente: as disciplinas teóricas ou
especulativas e as disciplinas práticas. Agora começa a haver a distinção entre
ciência e arte; mas agora se trata de um subgênero, já não do gênero máximo
comum. Pois bem, as disciplinas especulativas são do universal; enquanto as
práticas aplicam o universal a coisas singulares. Repita-se. Nesta divisão do
subgênero, as disciplinas especulativas tratam do universal; enquanto as
disciplinas práticas aplicam o universal a algo singular. Considerando, pois,
propriamente (importa muito a palavra “propriamente”), as ciências são
especulativas; enquanto as artes são práticas. Agora sim são contrários. O que
é ciência não é arte, o que é arte não é ciência. São agora contrários assim como
o que é negro não é branco, e o que é branco não é negro. São contrários, mas
trata-se de subgênero.

Por sua vez, as disciplinas especulativas ou teóricas se subdividem também.


Lembrem-se da arvorezinha com que chegamos a homem. As disciplinas
especulativas, por sua vez, se subdividem. Em quê? Em intelecto (ou hábito do
intelecto) -- do evidente por si mesmo -- e em ciência, ou seja, do evidente por
algo ou meio, ou seja, por demonstração a partir de certos princípios. Então, as
disciplinas especulativas se subdividem em duas: hábito do intelecto e em
ciência. O que é hábito do intelecto? Aliás, não se confunda este hábito, que
também se chama pura e simplesmente intelecto, com o intelecto que é sinônimo
de mente, espírito, entendimento. Este intelecto agora, este chamado hábito do
intelecto, é o hábito dos primeiros princípios evidentes por si mesmo, por
exemplo, o princípio da contradição, que é o primeiro dos primeiros princípios
(voltarei detidamente a isto). Qual é o princípio da contradição ou da não
contradição? É aquele que reza que o ente não pode deixar de ser este ente, ao
mesmo tempo e pelo mesmo aspecto. O branco não pode ser negro ao mesmo
tempo e pelo mesmo aspecto – conquanto o branco possa tornar-se negro em
outro tempo. Algo pode ser seu contrário por outro aspecto, mas não pelo mesmo
aspecto. Esse é o princípio dos princípios. Outro princípio mais fácil: o todo é
maior que a parte. Obviamente, se pego uma folha de papel e a parto em partes,
cada uma dessas partes será menor que o todo que constitui a folha de papel.
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Um pedaço da folha de papel é menor que a folha de papel. Isto é um princípio


evidente, e é captado pelo hábito chamado intelecto, que não se confunde com
o intelecto que é sinônimo de mente, espírito, entendimento, razão. Mas, por um
lado, se temos o hábito do intelecto, por outro, temos a ciência em sentido geral.
Ela também é um hábito do evidente, mas por demonstração. Trataremos disso
detidamente no Tratado da Demonstração ou Segundos Analíticos. Quando eu
demonstro, faço-o mediante certo meio e a partir de princípios evidentes. Que
princípios evidentes são esses? Aqueles mesmos princípios do hábito do
intelecto.

Pois bem, não nos percamos. As disciplinas especulativas se dividem em hábito


do intelecto e hábito da ciência. Esta ciência -- os hábitos demonstrativos -- por
sua vez, se dividem em: sabedoria e ciência em sentido estritíssimo. Não é
preciso entendê-lo agora, entendê-lo-emos bem adiante. Isso está dito ainda na
Suma Teológica, primeira parte da segunda parte, questão 57, artigo 2. Então,
as disciplinas especulativas se dividem em hábitos do intelecto e ciência em
geral; enquanto ‘ciência em geral’ se subdivide em sabedoria e ciência em
sentido estrito. Por outro lado, as disciplinas práticas se dividem em artes (aquela
que implica atos transeuntes) e em prudência (ou seja, implica a imanência da
ação no próprio agente).

Pois bem, o fato mesmo de que ciência e arte não se contraponham pelo mais
próprio específico (ou seja, dentro do gênero máximo), mas apenas dentro de
um subgênero, dentro de um gênero intermediário, é o que permite que, por
certos aspectos e a partir de certos dados, o pertencente ao gênero especulativo
se diga arte; e o pertencente ao gênero prático se diga, por vezes, ciência. Se
se tratasse de duas coisas que se contrapusessem no gênero máximo comum,
isto não seria possível; como, no entanto, se trata de contraposição dentro de
um subgênero, tal é possível, ou seja, que o especulativo, por certos aspectos,
se diga prático, e o prático, por certos aspectos, se diga especulativo. Assim, a
arte pode dizer-se ciência por certo aspectos; e a ciência pode dizer-se arte por
certo aspecto.

Como já vimos, a arte ‘ut docens’ (a arte enquanto docente) pode dizer-se
ciência; mas não propriamente. Atenção. É muito importante isto. Não
propriamente. A arte pode, enquanto docente (ut docens), dizer-se ciência; mas
não propriamente. Enquanto a Matemática pode dizer-se arte na medida em que
constrói artifícios para resolver cálculos; mas, também aqui, se diz arte
impropriamente. Daí o problema do sistema das Artes Liberais. Confundem-se
ali disciplinas ditas ‘artes’ propriamente, com disciplinas ditas ‘artes’
impropriamente. Então, repita-se que o fato de que arte e ciência não se
contraponham pelo mais específico num gênero máximo comum -- mas apenas
como divisões de um subgênero --, faz com que se possa dizer, por certo
aspecto, que certas artes são ciências e que certas ciências são artes. Mas
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sempre impropriamente assim como a arte ut docens se diz ciência, ainda que
impropriamente, e a Matemática se diz arte liberal, ainda que impropriamente.

Pois bem, a Lógica é especialíssima. Ao contrário do que diziam aquelas


opiniões referidas por João de Santo Tomás, a Lógica é ciência e arte ao mesmo,
mas só em sentido lato, em sentido amplo. Não confundir sentido amplo ou lato
com impróprio, ou sentido estrito com próprio. Não se trata disso. Ela é arte
porque é diretiva do ato da razão; e isto é próprio e específico das artes, e não
impróprio. Veja agora a distinção entre próprio e mais próprio. Já o veremos. Ela
é arte em sentido lato; mas propriamente, porque, enquanto é diretiva do ato da
razão, é arte. Mas não é arte em sentido estrito. Por quê? Porque sua matéria
não resulta de uma ação transeunte, é uma matéria que é a própria mente, as
próprias operações do intelecto. A sua matéria não é exterior ao intelecto, e por
isso não é uma disciplina prática.

Mas, a Lógica também se pode dizer ciência em sentido próprio; ela trata
sempre do universal, nunca se aplica ao particular ou contingente e procede
sempre por demonstração. Essas são as propriedades da ciência. Sempre a
partir daqueles primeiros princípios evidentes por si mesmos. Mas, não é ciência
em sentido estrito; ele é em sentido próprio, mas não estrito. Por quê? Ele não
considera, como o faz a Metafísica, puramente a ordem de algo em si mesmo,
senão que propõe regras artificiais para dirigir as operações do intelecto. Então,
resumamos. A Lógica é arte propriamente dita e é ciência propriamente dita,
conquanto sempre em sentido lato. Ora, se é em sentido lato, ela é propriamente
dita ciência e propriamente dita arte, mas não em sentido mais próprio. Em
sentido mais próprio, arte são as artes servis, e ciência é a Metafísica, por
exemplo. Então, a Lógica tanto arte como ciência, mas em sentido lato, não em
sentido estrito; mas, ainda é em sentido próprio, ainda que não em sentido mais
próprio. Ela se assemelha, com efeito, ao que a arte e a ciência têm de mais
específico, diferenciado-se porém de ambas pelo que têm de genérico.

Mas agora, eis a conclusão admirável do padre Álvaro Calderón: A Lógica reduz-
se mais ao científico, ao especulativo, que ao artificial. Esse termo tomista
‘reduz-se’ é um termo técnico. Reduz-se propriamente, mas não o mais
propriamente; reduz-se em sentido lato, não em sentido estrito. Mas, reduz-se
mais ao científico que ao artificial. Ela é ciência, sim, por certa redução (não
imprópria), ainda que não de modo mais próprio. Ela é mais ciência que arte.
Como se vê isso? Pode mostrar-se isso, por exemplo, considerando que são os
cientistas em sentido estrito, ou seja, o físico, o matemático e, sobretudo, o
metafísico o que deve conhecer mais perfeitamente a Lógica. Enquanto o artista
deve conhecer a Lógica, mas não precisa ter o conhecimento da Lógica que tem
o cientista em sentido estrito. Isso mostra que -- conquanto em sentido próprio a
Lógica se reduz tanto à ciência como à arte, tanto ao especulativo como ao
artificial – não o faz em sentido estrito, ou seja, em sentido mais próprio; o faz
propriamente, mas não em sentido mais próprio. Mas ainda reduz-se antes à
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ciência que à arte, o que se mostra pelo fato que quem mais precisa conhecer a
Lógica é o cientista em sentido estrito (o físico, o matemático, o metafísico, o
teólogo sagrado). Enquanto o artista -- conquanto também necessite conhecer a
Lógica -- necessita fazê-lo menos, às vezes bem menos que o físico, o
matemático, o metafísico e o teólogo sagrado.

Pois bem, com isso termina este ponto chamado ‘a verdade da Lógica’. Pois
bem, agora peço-lhes que vejam o documento número 1 e único da aula 20.
Vejam o gênero máximo comum. Qual é? É o gênero das disciplinas intelectuais,
ou seja, este gênero em que as disciplinas são do necessário. E neste gênero
máximo comum, repitamo-lo, arte e ciência se equivalem; porque neste gênero
máximo comum só lhes importa o universal e o necessário. Tanto as artes como
as ciências são aqui do universal e necessário. Mas este gênero máximo comum
se divide em subgêneros: as disciplinas especulativas e as disciplinas práticas.
Entre as disciplinas práticas nós temos o hábito do intelecto (que não se deve
confundir com intelecto que é sinônimo de mente, espírito, etc.) e a ciência em
sentido geral, que, por sua vez, se divide em Lógica de maneira própria mas não
tão própria, em ciência em sentido estrito e sabedoria. Por isso eu pus Lógica
entre parêntesis, porque ciência e sabedoria são ciência em sentido mais
próprio; enquanto Lógica o é em sentido menos próprio. Entre as disciplinas
práticas temos a arte e a prudência. A prudência, já o vimos, se divide em:
prudência individual, prudência familiar e prudência política. E a arte? Como
vemos aí, em servil e liberal.

Vejam que entre o gênero ‘disciplinas especulativas e práticas’ eu pus algo


intermediário, ou seja, a ciência prática -- exatamente a Ética. Lembrem-se que
a ciência prática da Ética, da Política, etc. são a prudência ut docens (como
docente); enquanto a prudência é a Ética ut utens (como prática). Então, a
ciência prática é antes de tudo ciência, mas tem um fim prático. A arte, por sua
vez, se divide em servil e liberal. Não tratarei aqui a servil, mas, sim, a liberal.
Aqui já entramos em algo que não é de Santo Tomás, nem do padre Calderón,
senão que é meu, e é uma antecipação do que se dirá na Escola Tomista -- ao
tratarmos a Poética -- e em meu livro “Das Artes do Belo”. Atente-se em que as
artes liberais já não são artes mais propriamente ditas; ainda são artes em
sentido próprio, mas não propriamente ditas como o são as artes servis.

Pois bem, as Artes Liberais se dividem em: Lógica, Dialética, Retórica e Artes
Significativas. A Lógica é a arte que rege o próprio ato da razão, de modo a que
alcance a ciência com facilidade, com ordem e sem erro. A Dialética é a arte de
alcançar a opinião mais provável. A Retórica é a arte de, mediante a suspeita da
verdade, fazer propender à opinião mais provável. A Retórica, como diz
Aristóteles, é a contraparte da Dialética. Aliás, como anunciarei dentro de pouco
tempo, publicarei até o fim de 2019 dois novos livros; um é uma suma dialética,
o outro é uma suma retórica. Pois bem, as liberais são a Lógica, a Dialética, a
Retórica e as artes Significativas. As artes Significativas por sua vez se
Escola Tomista – Apenas para uso dos alunos Página | 11

subdividem em Convencionais e Poéticas. Vejam que, assim como havia algo


intermediário entre a ciência e prudência, há também algo intermediário -- e mais
complexo -- entre a ciência e as artes Significativas Poéticas. É o que trato
justamente em “Das Artes do Belo”. Pois bem, as artes Significativas
Convencionais são a Linguagem e Gramática. A Linguagem é a arte da fala,
enquanto a Gramática é a arte da escrita. As Poéticas podem dividir-se em artes
Temporais e artes Instantâneas. Que quero dizer com isso? As artes Temporais
são aquelas que imitam ações temporalmente, no tempo. É o caso da Literatura,
da Música, da Dança, do Teatro, do Cinema. E há as artes Instantâneas, que
imitam ações também, mas imitam ações congeladas num instante. É o caso da
Pintura e da Escultura. Temos assim um quadro geral da solução dada ao
problema de ‘se a Lógica é ciência ou arte’, segundo a solução do padre Álvaro
Calderón, fundado em Santo Tomás de Aquino e em Aristóteles. Mas dado de
modo claro, ex professo, ou seja, tratando-o de modo cabal e mais perfeito, mas
julguei facilitar o assunto para vocês, alunos da Escola Tomista. E aproveitei o
ensejo, fiz um esquema mais completo, referindo à divisão das artes Liberais
nestas que vocês podem ver e, em particular, nas artes Significativas; insistindo
em algo que é propriamente meu, conquanto fundado na Poética de Aristóteles:
o reconhecimento do que chamo aqui ‘Ciência Poética’. Tudo isso peço-lhes a
paciência de esperar o ponto da Poética na Escola Tomista e em particular meu
livro “Das Artes do Belo”.

Pois bem, duas observações importantes ao final para concluir este esquema. A
primeira observação é que todas as disciplinas deste esquema são ditas tais ou
quais em sentido próprio, nunca em sentido impróprio. Vejam que eu não pus
aqui a Matemática entre as artes, nem as artes ut docens no lado das ciências.
É possível, já o disse, considerar certas artes ciências e certas ciências artes,
mas de modo impróprio. Esta é a grande contribuição do padre Calderón. Então,
repita-se, todas as disciplinas do esquema são ditas tais ou quais em sentido
próprio ou propriíssimo, nunca em sentido impróprio. A observação dois é que
há outras artes Significativas além das Convencionais e Poéticas. Exemplos
dessas outras artes Significativas: a arte Ilustrativa, a arte de desenhar para
lâminas de livros de zoologia (vocês já viram aqueles belos desenhos de
pássaros, de animais ou então de plantas, de vegetais para livros
especializados? Não deixam de ser uma arte), e é uma arte Significativa ao modo
da ilustração. Pode ser que um artista do desenho poético também execute esse
tipo de arte, mas não necessariamente, ou seja, pode que o artista ilustrador de
livros não consiga fazer o desenho poético. Há também as artes memorativa-
documentais, por exemplo, a História; ela serve para rememorar, para
documentar. A arte de fazer documentários para o cinema é outra arte
memorativa-documental. São várias.

Pois bem, vou repetir, por maçante que seja, este esquema. Temos então um
gênero máximo comum, que é o das disciplinas intelectuais (as disciplinas do
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necessário). Neste gênero, artes e ciências são o mesmo. Mas, este gênero
máximo se divide em subgêneros, que são o das disciplinas especulativas e o
das disciplinas práticas. O das disciplinas especulativas se divide, por sua vez,
em hábito do intelecto e em ciência; e as disciplinas práticas, em arte e
prudência. Temos uma ciência prática -- que é a ciência da Ética -- que está
entre a ciência e a prudência, e é, para a prudência, como a prudência docens;
enquanto a prudência é a Ética ut utens. Pois bem, a ciência por sua vez se
divide em Lógica menos propriamente, em ciência e em sabedoria. As artes se
dividem em servis e liberais. Deixando de lado as servis, temos que as liberais
se dividem em: Lógica, Dialética, Retórica e artes Significativas. As Significativas
se dividem em Convencionais e Poéticas. Lembremos que há também,
analogamente à ciência da Ética, a ciência Poética. Pois bem, as Convencionais
se dividem Linguagem e Gramática. Por que se dizem ‘convencionais’? Porque
os signos da Linguagem e da Gramática, os signos da arte da fala e da arte da
escrita, são convencionais; enquanto o signo das artes poéticas são
significantes, não convencionais. Isso não o posso explicar aqui. Mas as artes
significativas poéticas dividem-se em artes Temporais e Instantâneas. Entre as
Temporais temos a Literatura, a Música, a Dança, etc. Nas Instantâneas temos
a Pintura e a Escultura, ou seja, artes que imitam ações, mas congelando-as no
instante.

Pois bem, repita-se a observação 1. Todas as disciplinas deste esquema são


ditas tais ou quais em sentido próprio, nunca em sentido impróprio. Observação
2. Há outras artes significativas, como a ilustrativa, como a arte de desenhar para
lâminas de livros de zoologia, a arte memorativa-documental, como são a
História, a arte do documentário cinematográfico, etc.

Creio que posso dar por terminada esta aula. Apenas insisto em duas coisas:
primeira: esta foi uma aula um pouco mais difícil que as anteriores, mas basta
que vocês tenham entendido de algum modo, sobretudo, este esquema que lhes
dei, para que já possam dar os próximos passos. Não se detenham
demasiadamente em certa dúvida, vão até seu limite com certo bom senso; ao
passo que, com o suceder-se das aulas, vocês compreenderão circular ou
helicoidalmente isto tudo que acabo de dizer hoje. Segundo: o próximo passo
em nossa introdução à Lógica é estudar a propriedade bondade da Lógica, ou
seja, sua necessidade. Terminado isso, entraremos na Gramática. Não que eu
vá dar aqui as regras gramaticais (isso é impossível num curso como a Escola
Tomista), mas dar-se-á a Gramática ut docens, enquanto considera tudo da
Gramática em universal, ou seja, de certo modo necessário. Até a vigésima
primeira aula e muito obrigado pela atenção.

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