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Agrupamento de Escolas do Bom Sucesso

Escola Básica dos 1º, 2º e 3º Ciclos do Bom Sucesso

CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS – NÍVEL SECUNDÁRIO

CULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO

ANO LECTIVO 2010/2011

Nome do Formando:__________________________________________ Data:____________________

O Novo Acordo Ortográfico

Leia com atenção o seguinte texto informativo:

O Acordo Ortográfico começa a ser aplicado em Portugal em 2010, mas o coro de críticas não
pára. A introdução está a gerar muitas dúvidas e o próprio acordo é, dizem os críticos, ambíguo.
São precisas regras claras antes de o começar a usar, caso contrário o risco de confusão é grande.
Os críticos defendem que ainda se vai a tempo de travar a aplicação do Acordo Ortográfico e os
defensores respondem que ele já está em vigor. A nova ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas,
parece partilhar as convicções do antecessor, José António Pinto Ribeiro, e diz que quanto mais
depressa o aplicarmos, melhor será para afirmar a língua portuguesa no mundo. A ministra da
Educação, Isabel Alçada, pede tempo para a introdução das novas regras nas escolas. Em que
ficamos?
«O processo ainda pode ser parado», diz o escritor Vasco Graça Moura, um dos mais activos
críticos. «Não pode avançar sem haver ratificação por todos os países. Se o objectivo é a unidade
da grafia, basta que um não avance para que não faça sentido.» Tal como o Governo recuou no
caso da localização do novo aeroporto, também deve recuar no Acordo Ortográfico, defende.
«Quem não está a aceitar isto são umas baratas tontas na CPLP [Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa] que têm que arranjar um pretexto para terem alguma actividade.»
«Não há nenhuma possibilidade de recuo, o acordo está em vigor», contrapõe José Mário Costa,
fundador e coordenador do site Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Favorável ao acordo (uma
posição pessoal), justifica: «O português arrisca-se a ter não duas ortografias oficiais, mas oito e
isso não pode acontecer numa língua que pretenda ser universal.»
O linguista António Emiliano, outro crítico, considera que a decisão do Ministério da Educação
de não avançar com o acordo já em 2010 é «do mais elementar bom senso». «Desafio qualquer

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pessoa a aplicar o Acordo Ortográfico. As ambiguidades são tão grandes, que há casos em que não
sabemos o que fazer.» Neste momento «ninguém sabe aplicar o acordo».
Malaca Casteleiro, também linguista e um dos responsáveis pela elaboração do acordo, lamenta
a forma «desorganizada» como se está a avançar para a aplicação (depois de o Ministério da
Cultura ter dito que começaria a ser aplicado em Janeiro de 2010, a ministra esclareceu que seria
apenas a agência Lusa a fazê-lo), e reconhece que, como em tudo, «há sempre coisas que podem
ser melhoradas». Mas «fazer uma revisão agora seria muito complicado» num acordo que envolve
oito países e que «foi aprovado há quase 20 anos».
Um dos pontos mais polémicos é o das consoantes mudas (acção/ação, óptimo/ótimo,
baptismo/batismo, tecto/teto) que Portugal vai abandonar, aproximando-se da forma usada no
Brasil. Graça Moura e Emiliano argumentam que as consoantes mudas cumprem a função de abrir
a vogal que as precede e que a sua perda altera a pronúncia. «Não se pode correr o risco de
começar a pronunciar com vogais fechadas palavras como espectáculo/espetáculo ou
excepção/exceção. No Brasil isso não é um problema porque eles abrem as vogais, mas nós
fechamo-las», diz Graça Moura.
Malaca Casteleiro discorda totalmente. «A oralidade precede a escrita. A palavra tem uma
imagem acústica e uma imagem gráfica. É a gráfica que alteramos. A acústica mantém-se igual. E
há palavras em que a consoante muda não abre a vogal: é o caso de "actual".» Além disso, a
questão da perda (em Portugal) das consoantes mudas era fundamental para se chegar a acordo
com o Brasil. «Se não o fizéssemos, como é que íamos unificar a ortografia? Exigíamos aos
brasileiros que reintroduzissem as consoantes mudas?»
Para Emiliano o problema está precisamente na suposta necessidade de um acordo. «O
português europeu [a norma seguida também nos PALOP] e o do Brasil estão em processo tão
acelerado de divergência que é um disparate achar que um acordo vai resolver algum problema.»
Este tem sido um dos principais argumentos dos opositores: a unificação da ortografia não vai
ultrapassar o facto de o português de Portugal e o do Brasil serem já muito diferentes.
Para o linguista, porém, o mais grave, sobretudo para o ensino, é o facto de «o acordo falar
repetidamente de facultatividade». Um exemplo: «Posso passar a escrever o meu nome como
António ou Antônio, as duas formas passam a ser oficiais. Posso até escrever António numa linha
e Antônio na seguinte e ninguém pode dizer que está errado.»
Alexandra Padro Coelho Público, 30 de Dezembro de 2009

1- Trancreva do texto os argumentos dos vários especialistas em relação ao acordo ortográfico da


Língua Portuguesa:
a) A favor:

2
b) Contra

2- Registe a sua opinião em relação ao assunto do texto.

3- Discuta com os seus colegas e formadores as vantagens e desvantagens do Acordo Ortográfico


da Língua Portuguesa. Registe as Conclusões

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