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FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
IMPORTÂNCIA:
o O sistema respiratório é o mais importante porque ele pode ficar menos tempo sem funcionar.
o Espirometria: espiro = alma (a respiração está relacionada com a alma do corpo)
CONSTITUIÇÃO:
o Espaço morto anatômico: fossas nasais até bronquíolo terminal (conduz o ar; sem trocas
gasosas, pois não há alveolos)
Aquece (temperatura), filtra (pressão de vapor de água, que ocupa espaço) e umidifica
o ar (pressão de vapor de agua)
∙ = ∙ ∙
• Portanto, o volume de ar que vai entrar nos pulmões depende da pressão e
temperatura.
o Quanto maior a pressão de vapor de agua, menos oxigênio chega nos
alvéolos (já que os gases ocupam espaço)
• Variação de pressão e variação de temperatura vai variar o volume
• Por isso que em dias muito secos ou muito úmidos é difícil de respirar.
∙ ã
ã =
ç
ã = Á
o Unidade funcional do pulmão: após bronquíolo respiratório (responsável por trocas gasosas)
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO:
o Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado; com muitas células caliciformes.
Produção de muito muco
• Função fisiológica do muco: barreira de proteção contra partículas pequenas e
umidificar o ar.
o Cílios, além do muco, são capazes de carregar qualquer partícula estranha em direção ao
estômago.
o DOENÇA DOS CÍLIOS IMÓVEIS: toda secreção produzida vai para o pulmão, ocorrendo infecções
de repetição – bronquiectasia; com sobrevida de 20 anos e não tem cura, pois é devido à falta
de uma enzima (passado pela mãe, já que se um homem tem essa doença, o flagelo do
esperma não bate também)
FUMAÇA DO CIGARRO:
o Destrói as fibras elásticas. Com isso, toda área de sustentação que tem pouca cartilagem fica
destruída.
É uma alteração mecânica.
o Perde os septos alveolares
Os septos mantem a estabilidade dos alvéolos, pois o septo mantem a
interdependência entre os alvéolos (mecânica)
• Portanto, o surfactantes + interdependência entre os septos garantem uma
flexibilidade/ complacência normal desse alvéolo.
• Se isso é perdido, o alvéolo fica grande e perde área de troca gasosa. E uma vez
destruído, não tem volta.
PULMÃO:
o Pulmão direito com 3 lobos
o Pulmão esquerdo com 2 lobos
o Vive-se bem com 1/3 do pulmão
ALVEOLOS:
o Intimamente ligados com os vasos sanguíneos
o Produz surfactante pulmonar que diminui a tensão superficial, já que o pulmão sofre
alterações de pressão.
Tensão superficial é a força que as moléculas de agua se unem numa interfase
ar/líquido (as moléculas de agua tendem a se unir nessa interfase, com isso o alvéolo,
que é redondo, tende a fechar/ colabar, já que o pulmão é um tecido elástico).
O surfactante quebra a ligação das moléculas de agua, diminuindo a tensão superficial.
(fica mais fácil do alvéolo se distender e fechar)
Surfactante é produzido pelos pneumócitos do tipo II
• Pneumócito tipo II fica pronto por volta da 34ª semana de vida uterina na
criança do sexo masculino. Já no sexo feminino, por volta da 32ª semana,
devido ao hormônio feminino que estimula a produção do surfactante
antecipadamente.
• Maior constituição do surfactante é de fosfolipídios: dipalmitoilfosfatidilcolina
+ proteínas (para o fosfolipídio funcionar) e íons.
o Sem esse fosfolipídeo
o Pneumócitos tipo II tem corpos lamelares, onde fica os surfactantes armazenados. Toda vez
que você inspira, o surfactante pulmonar é jogado para a luz do alvéolo, onde quebra a ligação
da agua, diminuindo a tensão superficial, e posteriormente é reabsorvido para o pneumocito
tipo II. Para a reabsorção ser feita é mediante o reconhecimento de proteínas específicas e
depois ele é resintetizado.
Importância: falta de produção de surfactante pelo pneumócito tipo II imaturo
(Síndrome da Angústia Respiratória do Recém-Nascido). Para isso há possibilidade de
utilizar surfactante sintético ou natural (na tentativa de diminuir a tensão superficial),
porém na industrialização do surfactante há perda de proteínas, pois o produto é
aquecido e as proteínas se quebram (efetividade do produto é baixa)
Lidiane Pires 3
Fisiologia do Sistema Respiratório – Morfo IV
• Outra solução é fazer a criança crescer rapidamente (ficar maior), pois assim,
haverá produção e sobra do substrato dipalmitoilfosfatidilcolina.
RESPIRAÇÃO:
o 1- Ventilação pulmonar, que é a renovação cíclica do gás alveolar pelo ar atmosférico
o 2- Difusão do oxigênio e do dióxido de carbono, entre os alvéolos e o sangue
o 3- O transporte
o 4- Regulação da ventilação
SISTEMA RESPIRATÓRIO:
o Sistema fechado envolto por caixa torácica que também tem tecido elástico.
o Nesse sistema a pressão pleural se torna uma pressão subatmosférica.
A expansão é causada pela pressão pleural negativa
A pressão pleural é negativa, pois os dois tecidos elásticos (pulmão e caixa torácica)
são diferentes e estão em estado de repouso diferentes (estado de repouso do pulmão
é recolhido e o estado de repouso da caixa torácica é expandido) com forças desiguais
(para direções opostas). Com isso, a pressão pleural vai ficar em torno de -5mmHg.
• Se por acaso, o individuo levar uma facada, entrar ar na pleura, o pulmão
colaba e a caixa torácica expande e a pressão pleural será igual a pressão
atmosférica (não consegue respirar)
o Quando a pessoa não está respiração, a pressão do alvéolo é igual a pressão atmosférica (o ar
não entra e nem sai)
1- VENTILAÇÃO:
o É o processo pelo qual os gases são trocados entre a atmosfera e os alvéolos do pulmão.
o Função: levar oxigênio e retirar o gas carbônico.
o Haverá:
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Fisiologia do Sistema Respiratório – Morfo IV
ESPIROMETRIA:
o VEF1 = depende de musculo
o FEF 25-75 = depende da força elástica dos pulmões (independe do esforço)
Único que é reversível
o FEV 1 = evidencia broncoconstrição / aumento de 20% com broncodilatador (resposta positiva)
o Capacidade vital forçada se aumentada em 12% com brocodilatador (resposta positiva)
MECANISMOS RESPIRATÓRIOS:
o Complacência: quanto o pulmão é capaz de distender.
Complacência aumentada: o ar entra e não consegue sair
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Fisiologia do Sistema Respiratório – Morfo IV
ESPAÇO MORTO ANATÔMICO: é o volume das vias aéreas condutoras. Nariz e ou boca, traqueia,
brônquios e bronquíolos, exceto alvéolos. 150ml para o VC de 500ml
ESPAÇO MORTO FISIOLÓGICO: é o volume de gas nos pulmões que não participa das trocas gasosas
o Espaço morto anatômico + espaço morto alveolar (volume de gas não perfundido)
ESPAÇO MORTO ALVEOLAR: pode deixar de ser espaço morto, na posição deitada ou em exercício
físico.
o É a zona 1.
AR AMBIENTE:
o Concentração fracionada: (constantes)
N2: 79% da Pb (pressão barométrica)
O2: 21% da pressão barométrica
• Em local alto, a pressão barométrica que se altera, não a concentração do ar.
CO2: 0% (sem na atmosfera)
Gás ocupa espaço, e na atmosfera também tem vapor de agua, que também ocupa
espaço.
PaO2 = 150
(x = 21%)
EXPLICANDO A EQUAÇÃO COM O ESQUEMA:
A pressão de O2 na atmosfera é aprox.
150mmHg. Porém só chega 100 no pulmão,
pois há pressão do vapor de agua (que ocupa
espaço). – por isso “Pb – PH2O”. E “vezes” a
quantidade de ar que é inspirado (“FIO2”).
Além disso, dentro do alvéolo tem CO2 que
também ocupa o espaço do O2 (o gás se
PaO2 = 100
PaCO2 = 40 difunde até as pressões se igualarem) – por
Perdeu para a PH2O
isso o “- PaCO2”.
Quem determina a pressão de CO2 no alvéolo
é o metabolismo celular (onde produz o CO2).
PaCO2 (venoso) = 46 – o “R” é o coeficiente respiratório (quanto
PaO2 = 100
consome de oxigênio par quanto produz de
gás carbônico).
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Fisiologia do Sistema Respiratório – Morfo IV
DIFUSÃO PULMONAR:
o Função: reabastecer o suprimento de oxigênio no sangue que foi depletado pela produção
energética oxidativa
o É a passagem de gás do local mais concentrado para o menos concentrado até as pressões se
igualarem.
o A difusão é de acordo a Lei de Fick: “a velocidade de difusão de um gás é diretamente
proporcional a área de troca, ao coeficiente de difusão, a diferença de pressão, e inversamente
proporcional a espessura”:
× ×( )
ã á = ; sendo A = área de troca; d =
coeficiente de difusão; (P1-P2) = diferença de pressão do gás; T = espessura
Venoso Arterial
TRANSPORTE DO O2:
o Função do sangue em relação ao gás: levar suprimento da célula e retirar o CO2.
No pulmão, o sangue ganhou O2 e vai para a circulação sistêmica.
Na circulação sistêmica, o sangue ganha CO2 e perde O2.
O O2 chega no tecido, dissolvido no plasma ou ligado a hemoglobina* (forma mais
eficiente de transporte e oxigenação dos tecidos).
• Cada hemoglobina pode carregar até quatro moléculas de oxigênio.
Como o O2 se desliga da hemoglobina?
• O aumento do metabolismo celular: aumenta o consumo de O2 e produção de
CO2 (aumento) que passa para o sangue. No sangue, o CO2 + H2O e anidrase
carbônica → H+ + HCO3- (diminuiu o pH). Além de aumentar a temperatura.
Outra coisa é quando a célula começa produzir glicólise anaeróbica, liberando
2,3 DPG
o Isso tudo muda o ambiente ao redor da célula. Com isso, aquela ligação
do O2 com a Hb muda a conformidade e sai em direção ao tecido.
• Se precisa de mais O2 no tecido, precisa desligar mais O2 da Hb, então tem que
diminuir a afinidade da Hb pelo O2 (FATORES):
o Aumento de CO2, diminuição de pH, aumento de temperatura e
aumento de 2,3 DPG desviam a curva para direita
TRANSPORTE DO CO2:
o 1- Dissolvido no plasma
o 2- Ligado à hemoglobina (carbaminoemoglobina)
o 3- *Na forma de bicarbonato (HCO3-)/ mais eficiente – No pulmão, a equação volta pra direita
e libera CO2 (por ter mais anidrase carbônica e devido a maior concentração de CO2)
Circulação sistêmica:
• Média da pressão na circulação sistêmica é 100mmgh
• Na falta de circulação no tecido, haveria vasodilatação.
VENTILAÇÃO/ PERFUSÃO:
o O alvéolo pode ser ventilado e perfundido
o Quando o alvéolo é ventilado e perfundido a relação é de 1 para 1 (V/Q) = situação ideial
O sangue venoso que passa por esse alvéolo, sai arterial
o Existem alvéolos ventilados e não perfundidos. Relação V/Q = 100/0 = infinito
O sangue venoso que passar por esse alvéolo, sai venoso
o “Shunt” = alvéolos perfundidos, mas não ventilados. Relação V/Q = 0/100 = 0
O sangue não passa.
o A nossa ventilação vai variar de zero até o infinito e o ideal é quando ela é igual a 1.
o Da base para o ápice do pulmão (de baixo para cima), a relação V/Q aumenta.
A base é sempre ventilada e sempre perfundida (V/Q = 1)
No ápice o alvéolo é ventilado mas não é perfundido (V/Q = infinito)
No caso:
o O CO2 está baixo (30mmHg) = pois está respirando mais rápido (o CO2 é mais lipossolúvel)
o pH alto pois, com menos CO2, há menos hidrogênio e aumenta o pH
o Hematócrito aumentado = aumentou glóbulos vermelhos, pois produziu mais eritropoietina
(produzida quando falta O2)
Lidiane Pires 12
Fisiologia do Sistema Respiratório – Morfo IV
CONTROLE DA VENTILAÇÃO
o Único processo que se consegue controlar.
o É um processo voluntário, feito por músculos estriados esqueléticos
o Controlado por:
Sensores: quimiorreceptores, mecanorreceptores
• Respondem à variação de PO2, PCO2 e pH
o Quimiorreceptores periféricos:
Nos arcos aórticos e carotídeos
São os mais potentes.
Respondem principalmente à diminuição de PO2 (quando cair a baixo de 60mmHg os
quimiorreceptores são ativados → via nervo vago ou glossofaríngeo essa informação é
levada para os neurônios no CRB (centro respiratório bulbar) → via nervo frênico que
vai mudar o padrão ventilatório).
Caiu a quantidade de O2, mudou o potencial de ação, chegou no CRB e excita os
neurônios inspiratórios e expiratórios
Na respiração normal, os neurônios ficam quiescentes. Ao mudar o potencial de ação,
esses neurônios inspiratórios começam a trabalhar, o nervo frênico descola o
diafragma e haverá inspiração. Na expiração, os neurônios expiratórios estão
quiescentes.
• Ao necessitar mudar o padrão ventilatório, haverá excitação de neurônios
inspiratórios e expiratórios → ventila mais na tentativa de colocar mais O2 no
alvéolo.
Também respondem a aumento de PCO2 ou diminuição de pH.
o Quimiorreceptores centrais:
Estão no cérebro, próximo ao CRB
Respondem à variação de PO2 e de PCO2 no sangue.
Respondem principalmente à variação de PCO2
Resposta não é tão boa quanto a quimiorreceptores periféricos, porém, são mais
rápidas.
Variam com o pH no líquor: o hidrogênio é impermeável na barreira hemato-encefalica.
Quem passa é o CO2 (altamente permeável na barreira hemato-encefálica). O aumento
de CO2 se junta com H2O e anidrase carbônica, diminuindo o pH, que estimula os
quimiorreceptores centrais, fazendo com que os neurônios quiescentes comecem a
trabalhar, aumentando a frequência respiratória (para diminuir a PCO2 no sangue)
o Receptor irritante (no pulmão)
Principal função: broncoconstrição para impedir que substâncias irritantes entrem no
pulmão (pára de respirar)/ função protetora – é o que acontece na asma.
Resposta: tosse e espirro.
o Alterações no padrão respiratório: tosse, espirro, soluço.
o Receptor de distensão: acredita-se que sejam ramificações do nervo vago ou glossofaríngeo.
Uma vez que o pulmão distende, essas ramificações são estimuladas, mudando o padrão
respiratório.
o Receptor justacapilar: agem semelhantes aos de distensão.
o Mecanorreceptores: ficam principalmente em músculos. Antes de mudar o PO2 ou PCO2,
começa alterar o padrão respiratório quando se faz exercícios físicos.
Lidiane Pires 13
Fisiologia do Sistema Respiratório – Morfo IV
o Efetores: músculos
Principalmente o diafragma
NO CASO
o Mudou padrão respiratória (aumentou frequência respiratória):
Pois os quimiorreceptores periféricos foram estimulados (o estimulo do periférico é
mais potente que o estimulo central)
o Está com menos PCO2, pois está respirando mais rápido, como consequência, aumenta-se o pH.