1 Introdução 2a ordem pois a coordenada dimensional de
posição x está presente com derivadas de até a segunda ordem. Denição 1.1 (Graus de liberdade). Número de variáveis necessárias para se de- Vamos reescrever esta equação em duas terminar completamente a posição ou orien- equações diferencias de primeira ordem. tação de um sistema. Para isto, será necessário denir duas novas variáveis: x1 e x2 .
2 Representação no Espaço Faz-se, primeiramente, a seguinte
atribuição: de Estados x1 = x (derivando) → ẋ1 = x2 x2 = ẋ Idéia: Passagem de uma representação de Substituindo as variáveis: x1 e x2 na segunda ordem (ou ordem n) para uma rep- equação de movimento, tem-se resentação de ordem 1. Por quê? Observação 2.1. A maneira de implemen- mẋ2 + cx2 + kx1 = F (t) tar um sistema dinâmico em um ambiente onde ẋ2 = ẍ. Resolvendo para ẋ2 , segue que computacional é através de um sistema de c k F (t) primeira ordem. Os métodos numéricos ẋ2 = − x2 − x1 + m m m disponíveis são para a integração e, por- Logo, as duas equações de primeira ordem tanto, solução das equações diferenciais que procuradas são: modelam um sistema dinâmico de primeira ordem. No MATLAB, integração numérica ẋ1 = x2 é feita pelas funções ode e trapz . c k F (t) ẋ2 = − x2 − x1 + m m m Estas duas equações são utilizadas na inte- 2.1 Exemplo: Sistema Massa- gração numérica no MATLAB, obtendo-se, Mola-Amortecedor Forçado assim, a solução da equação de movimento original do sistema mass-mola-amortecedor. Considere o sistema massa-mola- amortecedor cujo modelo é apresentado abaixo: 2.2 Denições mẍ + cẋ + kx = F (t) Estado é o conjunto de grandezas físicas onde F (t) representa uma força arbitrária. que, se especicadas, caracterizam comple- Note que esta é uma equação diferencial de tamente a evolução do sistema. 2.3 Generalização para sistemas de ordem n 2 Denição 2.1 (Variáveis de Estado). Var- diferenciais de primeira ordem iáveis utilizadas para caracterizar o estado. ẋ1 (t) = x2 (t) ẋ2 (t) = x3 (t) Para sistemas mecânicos em geral, o ẋ (t) = x (t) 3 4 número de variáveis de estado é duas vezes ẋ4 (t) = −a3 x4 (t) − a2 x3 (t) − a1 x2 (t) − a0 x1 (t) + bu(t) o número de graus de liberdade do mesmo. Estas são as equações diferenciais de 1a or- dem que são utilizadas para integrar (ou re- 2.3 Generalização para sistemas solver) a equação diferencial de 4a ordem de ordem n original.
Pode-se denir um vetor x, denominado
Considere o sistema linear de ordem 4 a vetor de estados, contendo as variáveis de es- seguir: tado xi , (4 ≥ i ≥ 1): d4 x(t) d3 x(t) d2 x(t) + a + a + · · · x1 3 2 dt4 dt3 dt2 x2 dx(t) x= x3 , (x ∈ R4 ) a1 + a0 x(t) = bu(t) dt x4 x(4) (t) + a3 x(3) (t) + a2 x(2) (t) + · · · O mesmo poderia ser feito para denir um a1 x(1) (t) + a0 x(t) = bu(t) vetor de entradas u caso houvesse mais var- iáveis de entrada. Pode-se escrever, por- onde u(t) é uma variável dita entrada, pois tanto, a equação de movimento de um sis- representa um estímulo exterior à dinâmica tema em geral, incluindo dinâmicas não- denida pela equação (como se fosse a força lineares, pela seguinte expressão: F do exemplo anterior). Deseja-se reescrevê- lo como um conjunto de 4 equações diferen- ẋ(t) = f (x, u), ciais (lineares) de primeira ordem. Dene-se o vetor de estados como: onde f é um vetor de funções do estado x e da entrada u. x1 = x x2 = x(1) = ẋ1 Utiliza-se o mesmo raciocínio para um sis- tema de ordem n. Neste caso, será necessário x3 = x(2) = ẋ2 criar n variáveis de estado. Logo, um sis- x4 = x(3) = ẋ3 tema de ordem n pode ser reescrito como n equações de primeira ordem. Logo, a equação original acima pode ser ree- scrita como