Aspectos de Modelagem e Análise de Redes de

Distribuição para Fluxo de Carga Harmônico

Hugo Rodrigues de Brito
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Elétrica
Universidade Federal do Pará
hugodbrito93@gmail.com
Maria Emília de Lima Tostes
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Elétrica
Universidade Federal do Pará
tostes@ufpa.br
Ubiratan Holanda Bezerra
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Elétrica
Universidade Federal do Pará
bira@ufpa.br

Resumo  Este trabalho tem por objetivo discutir aspectos da
análise matemática e computacional de redes de distribuição
típicas (topologia radial) para o estudo de qualidade via fluxo de
carga harmônico de um alimentador trifásico desbalanceado.
Modelos teóricos de carga comumente utilizados são
apresentados no intuito de traçar um comparativo em termos de
acurácia nas estimativas de distorção harmônica total. Os
métodos de varredura backward-forward são introduzidos e
aplicados no alimentador real através do programa DIgSILENT
Power Factory, pelo qual foi possível verificar o desempenho do
algoritmo. A partir das análises, foi ressaltada a importância da
modelagem e simulação adequadas dos componentes no
diagnóstico da qualidade de energia a nível de distribuição.
Palavras-chave  Modelos teóricos de carga, varredura
backward-forward, distorção harmônica total.
I. INTRODUÇÃO
A crescente participação de dispositivos oriundos da
eletrônica de potência em diversos contextos de demanda,
desde eletroeletrônicos em ambientes residenciais e
comerciais até grandes máquinas industriais, tem exacerbado
a deformação da forma de onda senoidal advinda da rede de
transmissão, gerando um elevado conteúdo harmônico no
sistema elétrico [1].
Este distúrbio de regime permanente na qualidade da energia
entregue às unidades consumidoras (UCs) é frequentemente
descrito através da distorção harmônica total de tensão ou de
corrente (DHTV,I ). Certas cargas apresentam mais de 100% de
DHTI, mas sua demanda de potência ativa não é tão
significativa quando comparada a outras fontes de
harmônicos, de modo que tal indicador não pode servir como
ferramenta absoluta de diagnóstico de qualidade [2]. O
impacto total, todavia, depende ainda do número de
equipamentos, da potência nominal e da densidade espectral
de cada um deles.
Entre os problemas decorrentes das tensões e correntes
distorcidas, pode-se citar: sobrecarga das linhas, sobretensões,
fadiga mecânica, interferências eletromagnéticas, operação
indevida de sistemas de proteção e redução da vida útil de
equipamentos. Todas as UCs alimentadas pelo mesmo ponto
de acoplamento comum (PAC) são amplamente afetadas.
Diante deste cenário, evidencia-se a importância de modelos
capazes de representar com certo nível de confiabilidade a
extensão da influência dos harmônicos, especialmente em
situações de introdução de novas cargas na rede ou operação
simultânea de múltiplos equipamentos com conteúdo
espectral similar [3]. Os maiores entraves relacionados à
simulação computacional aplicada ao planejamento e ao
diagnóstico sempre foram o tempo despendido no
desenvolvimento e na validação de qualquer modelo de
sistema bem como a ausência de diversidade nos modelos de
carga empregados. Como consequência, a maioria das análises
envolve um único circuito representativo e os resultados são
extrapolados para circuitos similares naquele nível de tensão.
Além disso, diferentemente da transmissão, a topologia mais
comum a nível de distribuição é a radial, o que torna os
métodos tradicionais de análise via fluxo de carga (Newton-
Raphson e seu variante Desacoplado Rápido) ineficientes e de
difícil convergência devido ao tamanho e à esparsidade da
matriz de admitâncias equivalente [4]. Este e outros fatores
como a elevada razão R/X dos alimentadores, a presença de
recursos energéticos distribuídos (REDs) e o desequilíbrio das
cargas trifásicas tornam as redes de distribuição mal-
condicionadas do ponto de vista matemático, necessitando de
algoritmos específicos de simulação. O método de varredura
backward-forward é uma técnica frequentemente utilizada em
estudos desta natureza.
A análise harmônica de cargas residenciais e comerciais é
investigada em [2] e [5], respectivamente. Em [6], a influência
do contexto de utilização da carga é estudada para diferentes
cenários operativos. Referência [4] compara o desempenho de
métodos de análise de redes de distribuição, ressaltando as
vantagens da técnica backward-forward. Referência [7]
emprega este método para determinar a DHTV,I de cargas
compostas maioritariamente por lâmpadas fluorescentes
compactas (LFCs) e LEDs.
Este trabalho pretende abordar alguns dos principais
aspectos relativos à análise harmônica de redes de
distribuição, apresentando os modelos matemáticos de carga
tipicamente encontrados na literatura bem como uma visão
geral dos métodos de varredura backward-forward por soma
de corrente e de potência. Ao final, é apresentado um estudo
de caso no programa DIgSILENT Power Factory que verifica
a eficiência e a precisão dos aspectos discutidos numa rede
residencial com fontes de diferentes conteúdos harmônicos.
 II. MODELAGEM MATEMÁTICA DA CARGA
As impedâncias harmônicas vistas por barramentos do
sistema de transmissão primário são fortemente afetadas pela
representação do sistema de distribuição e das cargas
radialmente alimentadas [8]. A modelagem trifásica da rede
provê maior precisão uma vez que considera as distintas
configurações dos transformadores (que podem levar a
cancelamento de harmônicos), desbalanceamento de cargas e
correntes residuais.
Entretanto, para a maioria dos componentes, existem regras
gerais comumente seguidas em estudos de fluxo de potência
harmônico, entre as quais:
• Modelagem de linhas e cabos de distribuição pelo
equivalente π. A resistência destas sempre deve ser
considerada devido à elevada razão R/X;
• Representação de transformadores por um elemento
equivalente dependente da relação de espiras (ignora-
se na maioria dos casos o ramo de magnetização);
• Modelagem das capacitâncias para correção do fator
de potência como Y ou ∆, conforme a necessidade;
• Demais elementos, tais como filtros e geradores,
devem ser representados conforme sua composição
real, se necessário;
• O nível de detalhe deve ser maior próximo aos pontos
de interesse. Equivalentes simplificados idealmente
só devem ser utilizados em pontos remotos [8]-[9].
Já para as cargas, modelos ZIP estáticos e dinâmicos
clássicos são capazes de reter informação das demandas de
potência ativa e reativa, porém as injeções harmônicas
inerentes são completamente desprezadas. De fato, modelos
harmônicos para a carga são notoriamente difíceis de se obter
com um bom grau de confiabilidade, já que são muito
sensíveis até a pequenas variações [10].
Assim, não há equivalentes de carga universalmente aceitos
na análise harmônica [9]. Companhias de distribuição
costumam manter uma base de dados de suas regiões de
operação a fim de prover informações precisas para o
desenvolvimento de equivalentes. Já para simulações de
propósito geral, as seguintes configurações são usuais:
A. Carga passiva em paralelo
A Fig. 1 mostra a configuração paralela desconsiderando a
variação harmônica da parte resistiva da carga.
Fig 1. Carga passiva em paralelo.
Em que h é a ordem harmônica. A relação entre resistência
(R) e reatância (X) com as potências ativa (P) e reativa (Q)
consumidas é dada por (1) e (2), respectivamente:
𝑉2
𝑅= (1)
𝑃
𝑉2
𝑋= (2)
𝑄
Sendo uma tentativa pioneira de incluir os efeitos dos
harmônicos na análise, é uma abordagem simplificadora
muito utilizada quando a carga é composta de múltiplos
equipamentos harmonicamente similares [10].
B. Carga passiva em paralelo com efeito pelicular
A Fig. 2 apresenta uma variação da Fig. 1 considerando o
efeito pelicular (skin effect), revés comum das distorções.
Fig 2. Carga passiva em paralelo com efeito pelicular.
Neste caso, ambas as componentes da impedância são
funções inversamente proporcionais à ordem harmônica,
explicitadas em (3) e (4):
𝑉2
𝑅(ℎ) = (3)
(0.1ℎ + 0.9)𝑃
𝑉2
𝑋(ℎ) = (4)
(0.1ℎ + 0.9)𝑄
O efeito pelicular pode ser entendido como uma redução da
área efetivamente condutora à medida que a frequência se
eleva, resultando em perdas por aquecimento sobretudo em
alimentadores longos [1]. Este modelo, portanto, é mais
adequado a redes rurais, nas quais há distâncias maiores.
C. Carga passiva e motora (modelo CIGRÉ)
Através de experimentos práticos envolvendo medições em
média tensão usando geradores de audiofrequência [11], o
Working Group 36-05 do Council on Large Electric Systems
(CIGRÉ) desenvolveu o modelo empírico mostrado na Fig. 3.
Fig 3. Carga passiva e motora pelo modelo CIGRÉ.
Com parâmetros independentes de h e dados por (5)-(7):
𝑉2
𝑅2 = (5)
(1 − 𝐾)𝑃
𝑋2 = 0.073𝑅2 (6)
 𝑉2 A conjugação destas varreduras de direções opostas numa
𝑋1 = (7) única iteração é a base do método de varredura backward-
𝐾(6.7𝑄 − 0.74𝑃)
forward, amplamente utilizado na análise de redes fracamente
Em que K é a fração da carga correspondente ao motor. Esta malhadas. Sua principal vantagem é a independência da matriz
configuração oferece bons resultados na predominância de jacobiana, revés característico do método Newton-Raphson
harmônicos de ordens 5 até 17, aproximadamente, sendo a [13]. Entre as diversas variações de tal método, concebidas
mais recorrente em simulações via fluxo de carga. com base na quantidade elétrica calculada durante as
iterações, destacam-se o método da soma de correntes e o
D. Modelo CIGRÉ modificado método da soma de potências.
O método da soma de correntes pode ser dividido em três
A Fig. 4 apresenta uma modificação do modelo CIGRÉ, no etapas:
intuito de incluir o transformador da carga e o efeito do 1. Cálculo das correntes através das impedâncias de
amortecimento do motor. carga com tensão flat start (magnitude de 1 pu e
ângulo de 0 rad);
2. Varredura backward para obtenção das correntes de
linha por meio da soma das correntes de carga à
jusante de cada linha;
3. Varredura forward para obtenção das quedas de
tensão nodais utilizando as correntes de linha [12].
Já o método da soma de potências requer apenas duas etapas,
dispensando os cálculos preliminares:
Fig 4. Modelo CIGRÉ modificado.
1. Varredura backward para obtenção dos fluxos de
carga injetados pela rede por meio da soma das
Mantendo (5) e (7) como as expressões de R2 e X1 , potências de carga à jusante de cada nó;
respectivamente, estipulou-se por testes o novo valor de X2 e 2. Varredura forward para obtenção das quedas de
o valor do parâmetro R1 , dados por (8) e (9): tensão nodais utilizando os fluxos de carga [12].
Para ambos, a convergência das tensões é o critério de parada
𝑋2 = 0.1𝑅2 (8) e a subestação é tida como referência angular. Como consiste
em etapas similares, a técnica pode ser generalizada através do
𝑋1
𝑅1 = (9) fluxograma da Fig. 5.
𝐹

Em que F é o fator de qualidade efetivo do circuito motor

(cerca de 8 para grandes máquinas) [6]. Esta alternativa é o
modelo de propósito geral mais exato em termos de
impedância harmônica de cargas híbridas, porém, como o
amortecimento dos motores na distribuição dificilmente é
significativo, é menos utilizado que o modelo anterior.

III. MÉTODOS DE VARREDURA

Um dos primeiros métodos desenvolvidos para lidar com a

esparsidade das interconexões a nível de distribuição se
baseou na técnica iterativa em degraus ou ladder para redes
lineares. Esta técnica simplista despreza as perdas do sistema
e toma como dados de entrada as impedâncias de carga e linha,
bem como a tensão da subestação, fornecendo aproximações
das correntes e tensões de barra após uma varredura iniciada
no ponto mais distante da referência. Novas iterações se
iniciam se um critério de convergência ε não for atendido [12].
Entretanto, a rede de distribuição é não-linear e Fig 5. Fluxograma dos métodos de varredura backward-forward.
desbalanceada. A técnica ladder de varredura única –
denominada varredura inversa ou backward por partir dos Os métodos de varredura são simples e eficientes, porém
pontos eletricamente mais fracos – não fornecerá a solução sensíveis a desequilíbrio e desbalanceamento do sistema. Sua
correta sem modificações [4]. A mais usual é a aplicação de robustez em comparação ao Newton-Raphson fica evidente
uma segunda varredura da subestação às cargas, denominada em alimentadores com muitas barras, fortemente radiais. A
varredura direta ou forward, para cálculos de queda de tensão Tabela I demonstra esta diferença de desempenho com base
a partir dos dados de saída da varredura anterior. no número de iterações que cada método executa para
convergir (se convergir) em redes com um número crescente
de barras [14]. A tolerância considerada foi de ε = 0.0001.
 TABELA I. COMPARAÇÃO DE DESEMPENHO DOS MÉTODOS DE ANÁLISE.
Rede IEEE IEEE IEEE IEEE
Método 5 Bus 14 Bus 30 Bus 118 Bus
Newton-
4 10 19 -div-
Raphson
Varredura 3 4 7 10

IV. METODOLOGIA

No caso estudado, uma rede de distribuição residencial
trifásica dotada de uma multiplicidade de fontes de
harmônicos foi modelada no programa DIgSILENT Power
Factory. A simulação via fluxo de carga harmônico teve como
algoritmo de análise a varredura backward-forward na versão
de soma de correntes, já implementada no software. A Fig. 6
mostra o esquema da malha modelada.
Fig 8. Curvas de corrente vs. Tempo da rede.
Grandes distorções nas correntes de fase podem ser
observadas em ordens ímpares, sobretudo na terceira e na
quinta. A fase C apresenta os maiores índices para todos os
níveis harmônicos considerados. Graças ao desbalanceamento
entre as fases, uma vasta corrente foi produzida no condutor
neutro [15].
A Fig. 9 demonstra o perfil de distorção de tensão resultante
na subestação. As tensões individuais se mostraram maiores
na fase C, não só na terceira como também nas ordens
superiores 15 e 17.

Fig 6. Esquema da rede de distribuição residencial trifásica.

Nas primeiras simulações, as cargas foram modeladas de

acordo com o método CIGRÉ, recomendado para análises de
propósito geral [11]. O objetivo inicial consistiu em traçar o
perfil harmônico do sistema e verificar a eficácia da técnica de
varredura na simulação de uma rede pequena e radial. Em
seguida, empregou-se os demais modelos de carga estudados Fig 9. Tensões harmônicas na subestação.
com o intuito de comparar o desempenho de cada um na
As análises de fluxo de carga harmônico pela técnica
verificação do DHTV do sistema.
considerada convergiram com um pequeno número de
iterações, ou seja, baixo esforço computacional mesmo em
V. RESULTADOS
modelagem trifásica. Não houve situações de divergência.
Alternando o modelo das cargas do sistema entre os quatro
O conteúdo harmônico (em termos de percentual da
tipos estudados, foi possível traçar um comparativo entre estes
fundamental) e as curvas de corrente do sistema são mostrados
em termos de DHTV para o barramento residencial e para a
nas Figs. 7 e 8, respectivamente.
subestação. Os resultados para cada fase estão sumarizados,
respectivamente, nas Tabelas II e III.

TABELA II. DHTV PARA MODELOS DE CARGA DISTINTOS (RESIDÊNCIA).

DHTV [%] DHTV,A DHTV,B DHTV,C
Modelo [%] [%] [%]
Passiva em Paralelo 2.05 2.68 4.69
Efeito Pelicular 2.56 3.92 6.02
CIGRÉ 4.17 6.07 8.08

Fig 7. Conteúdo harmônico do modelo (escala logarítmica).

CIGRÉ Modificado 4.05 5.88 7.94
 TABELA III. DHTV PARA MODELOS DE CARGA DISTINTOS (SUBESTAÇÃO).
DHTV [%] DHTV,A DHTV,B DHTV,C
Modelo [%] [%] [%]
Passiva em Paralelo 2.08 2.74 4.73
Efeito Pelicular 2.62 3.99 6.10
CIGRÉ 4.21 6.11 8.14
CIGRÉ Modificado 4.17 6.03 8.05
Os cenários descritos para ambos os barramentos indicam
uma estimativa otimista de distorção total pelo modelo
simplificado da carga passiva em paralelo, ao passo em que o
modelo recomendado pelo CIGRÉ fornece a estimativa mais
pessimista. De acordo com a norma IEEE 519/2014, o limite
superior de DHTV para redes de baixa tensão (inferior a 69kV)
não deve superar 5% por fase [16], o que é violado
notadamente nas fases B e C dos dois últimos modelos, apenas
na fase C no modelo que considera o efeito pelicular e é
atendido para todas as fases do modelo mais simples. Deve-
se, portanto, atentar à exatidão e à adequação ao sistema dos
modelos de carga empregados numa análise harmônica, de
maneira a evitar imprecisões e estimativas errôneas dos
indicadores de violação da distorção regulamentada.
Nota-se ainda que os modelos CIGRÉ e CIGRÉ modificado
apresentam valores próximos em todas as situações estudadas,
o que justifica a preferência pelo primeiro, menos elaborado,
em simulações de propósito geral sem grande perda de
acurácia nos resultados.
VI. OBSERVAÇÕES FINAIS
A topologia das redes de distribuição as difere das redes de
transmissão em diversos aspectos, necessitando de estudos
específicos e métodos de análise próprios conforme vão
desempenhando um papel mais influente no sistema elétrico
como um todo, com a maior penetração de REDs e o
desenvolvimento do conceito de smart grids.
Neste sentido, este trabalho buscou ressaltar a importância
da correta modelagem matemática e computacional dos
componentes destas redes, em especial as cargas, no
diagnóstico de qualidade de energia das harmônicas em
regime permanente. Além disso, aspectos operacionais
relativos ao método de simulação específico empregado, a
varredura backward-forward, foram abordados e comparados
ao método iterativo mais clássico, o Newton-Raphson.
Através do estudo de caso de uma rede residencial trifásica
com eletroeletrônicos diversos, foi possível comprovar o
desempenho da varredura por soma de correntes em relação à
rapidez da convergência e à robustez. Verificou-se também a
precisão dos quatro modelos de carga apresentados na
detecção de distorção harmônica total de tensão, justificando
a aplicabilidade do modelo empírico do CIGRÉ pela acurácia
das estimativas e indicação correta de violações nas fases
sobrecarregadas.
Análises de adequação dos modelos aos estudos propostos
puderam, portanto, prover resultados mais confiáveis para um
dos mais importantes indicadores de qualidade de energia
elétrica.
VII. REFERÊNCIAS
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ll Fluorescentes Compactas e de LED na Rede de Distribuição”, XII
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[11] Personen, J. A. “Harmonics, Characteristic Parameters, Methods of
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[12] Kersting, W. H. “Distribution System Modeling and Analysis”, Crc
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[13] Arrilaga, J.; Arnold, C. P. “Computer Analysis of Power Systems”, John
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[14] Srinivas, M. S. “Distribution Load Flows: A Review”, IEEE Trans. on
l Power Delivery, 2000.
[15] Sharma, H.; Rylander, M.; Dorr, D. “Grid Impacts Due to Increased
l Penetration of Newer Harmonic Sources”, IEEE Transactions on Power
l Delivery, USA, 2013.
[16] IEEE Std 519/2014. “Recommended Practice and Requirements for
l Harmonic Control in Electric Power Systems”, 2014.