Salvador já nasceu, em 1549, como metrópole, ou seja, a metrópole
fundada pelos portugueses que iria administrar toda a colônia, o Brasil. “De Salvador, pode-se dizer, de certo modo, que nasceu predestinada ao papel de metrópole”. Essa posição de capital vai durar até 1763 quando ocorre a transferência para o Rio de Janeiro, em função do deslocamento do eixo da economia colonial cada vez mais voltada para a mineração (Minas Gerais). As funções portuária, política, administrativa e financeira eram fundamentais e a base econômica, desde a colônia, era o açúcar e o fumo no Recôncavo, a região que contorna a Baía de Todos-os-Santos, complementada em meados do século XIX pelo cacau, no litoral sul, e pelo sisal e alguns outros produtos, no início do século 20, em várias partes do estado. A pecuária possibilitou a progressiva ocupação do interior. A indústria era limitada e concentrada em Salvador, sobretudo na península de Itapagipe. Só nos anos 2000 começa um novo tipo de metropolização, a de natureza turística no Litoral Norte da Bahia e na Baía de Todos- os-Santos. As raízes são, evidentemente, anteriores (Club Med na ilha de Itaparica, desde 1976, Estrada do Coco até Guarajuba, em 1975, Linha Verde, em 1993), mas é na primeira década deste século que este processo vai ganhar uma grande intensidade. O marco inicial é, significativamente, a inauguração do Resort Costa do Sauípe, no ano 2000.
1.1) Salvador e seus limites territoriais.
PORQUE SALVADOR CRESCE?
A gestão pública em Salvador é em grande parte típica de sua função
tradicional como capital de estado, isto é, com instituições que abrangem apenas a totalidade do território estadual. Assim, importantes órgãos federais para o Nordeste têm sede em Salvador. A Região Metropolitana de Salvador ocupa uma posição de destaque no cenário metropolitano nacional: é a 8ª região metropolitana brasileira em população.
A maior penetração nacional passa a ocorrer na área cultural é no
turismo, este bastante associado às belezas cênicas, à história e à cultura popular baiana. O Carnaval de Salvador é o grande destaque pela sua importante repercussão nacional e internacional. Em termos nacionais, a Bahia possui o maior número de grandes resorts do Brasil, a maioria pertencente a grupos estrangeiros (Espanha e Portugal) e localizados no Litoral Norte, sob a influência direta do município.
Como foi demonstrado, Salvador é uma metrópole regional e, com sua
região metropolitana, tem uma inserção destacada no contexto brasileiro, em termos demográficos e econômicos, sendo a mais importante das regiões Nordeste e Norte, mas com indicadores bem abaixo das metrópoles e regiões metropolitanas do Sul e Sudeste. Sua posição reflete, a exemplo das demais metrópoles regionais brasileiras, a elevada concentração econômica no Sudeste, particularmente em São Paulo e em sua região metropolitana. Em termos demográficos e econômicos, é muito expressiva a macrocefalia de Salvador na sua região metropolitana e, da mesma forma no Estado da Bahi.
Destacam-se na região metropolitana algumas organizações e
instalações econômico-industriais. A Refinaria Landulpho Alves (RLAM), da Petrobras, em São Francisco do Conde continua a ser a única refinaria no Nordeste brasileiro, já que a refinaria pernambucana ainda está em construção. A Organização Odebrecht, sediada na capital baiana, é um conglomerado multinacional com Região A Região Metropolitana de Salvador concentra um produto interno bruto de 116 309 729 000 reais, constituindo o nono maior polo de riqueza nacional (em 2012), além de um PIB per capita de 29 189,93 reais, segundo dados do IBGE em 2016.[4] Tais números estão concentrados Metropolitana de Feira de Santana e daí às rodovias federais BR-101 e BR-116).atuação na América, África e Ásia. A Rede Bahia iniciou-se também na construção civil com a Santa Helena Construtora e hoje concentra-se na comunicação e entretenimento com as principais mídias baianas.
No planejamento estadual do turismo, os municípios encontram-se em
duas zonas turísticas: a Zona turística da Baía de Todos os Santos e a Zona turística da Costa dos Coqueiros. Ainda na atividade econômica do turismo, destacam-se os equipamentos dos complexos de hotéis da Costa do Sauipe e Praia do Forte, além de outros destinos também localizados ao longo da Estrada do Coco (trecho da BA-099 sob concessão).
Resolução da Presidência do IBGE de n.° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
2.0) Quais influências/implicações dos municípios que fazem
limite com Salvador?
A Região Metropolitana de Salvador concentra um produto interno
bruto de 116 309 729 000 reais, constituindo o nono maior polo de riqueza nacional (em 2012), além de um PIB per capita de 29 189,93 reais, segundo dados do IBGE em 2016.[Tais números estão concentrados nas atividades industriais do Polo Petroquímico de Camaçari (PIC), em Camaçari, e do Centro Industrial de Aratu (CIA), entre Simões Filho e Candeias, e nas atividades relacionadas ao turismo e ao comércio. Para o escoamento da produção industrial há o Aeroporto Internacional de Salvador, dois portos (de Salvador e de Aratu, este próximo ao CIA) e duas rodovias principais (BR-324 e BA- 099, a primeira liga à Região Metropolitana de Feira de Santana e daí às rodovias federais BR-101 e BR-116).
eólicos, celulose e produtos acrílicos), Candeias (química e metalurgia), Dias d´Ávila (bebidas, metalurgia de cobre, mecânica), Pojuca (produção de ferro-ligas e ferro-cromo, petróleo) e São Francisco do Conde (refinaria). Municípios predominantemente de serviços: Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Salvador, São Sebastião do Passé (com forte participação da indústria, como petróleo e mecânica), Simões Filho (com forte participação da indústria, como a siderúrgica) e Vera Cruz. Em Mata de São João, no setor de serviço destaca-se a participação do turismo no seu litoral, com a presença de resorts internacionais e da vila turística de Praia do Forte.
2.1) TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE
Com o objetivo de identificar prioridades temáticas definidas a partir
da realidade local, possibilitando o desenvolvimento equilibrado e sustentável entre as regiões, o Governo da Bahia passou a reconhecer a existência de 27 Territórios de Identidade, constituídos a partir da especificidade de cada região. Sua metodologia foi desenvolvida com base no sentimento de pertencimento, onde as comunidades, através de suas representações, foram convidadas a opinar.
Definição: O território é conceituado como um espaço físico,
geograficamente definido, geralmente contínuo, caracterizado por critérios multidimensionais, tais como o ambiente, a economia, a sociedade, a cultura, a política e as instituições, e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que se relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais elementos que indicam identidade, coesão social, cultural e territorial.
2.2) Qual território de Identidade Salvador pertence?
R: Metropolitano de Salvador
Camaçari - Candeias - Dias D'Ávila - Itaparica - Lauro de Freitas -
Madre de Deus - Mata de São João - Pojuca - Salvador - São Francisco do Conde - São Sebastião do Passé - Simões Filho - Vera Cruz.
3.0) Como está a população de Salvador?
Salvador continua sendo a quarta capital mais populosa do país,
segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2019. As marcas da falta de planejamento urbano são visíveis para qualquer pessoa que caminhe com um olhar mais atento pelas ruas da cidade. A capital baiana, como todas as grandes cidades dos países subdesenvolvidos, possui contradições físicas, sociais e econômicas. Salvador sempre conviveu com essa dicotomia entre áreas modernas e outras com pouco desenvolvimento. Com o crescimento da cidade, mesmo nos locais com boa infra-estrutura é possível encontrar espaços degradados. Em uma pesquisa feita pelo Jornal A TARDE, detectou-se que o munícipio cresce a uma proporção de 1,2% ao ano esse percentual já chegou a mais de 3% - isso significa que, para cada um milhão de habitantes, a capital baiana aumenta mais 120 mil todo ano. Ao mesmo tempo que a cidade cresce, muitas vezes de maneira desordenada, a população em situação de rua também cresce no Municipio de Salvador .
3.1) RETRATOS DA POPULAÇÃO SOTEROPOLITANA.
A renda per capita média de Salvador cresceu 70,51% nas últimas
duas décadas, passando de R$ 570,63, em 1991, para R$ 685,87, em 2000, e para R$ 973,00, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 2,85%. A taxa média anual de crescimento foi de 2,06%, entre 1991 e 2000, e 3,56%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 32,15%, em 1991, para 24,29%, em 2000, e para 11,35%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini, que passou de 0,65, em 1991, para 0,64, em 2000, e para 0,63, em 2010.
O resultado preliminar do censo realizado em 2010, divulgado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a população de Salvador cresceu 9,52% em dez anos. A capital baiana continua sendo a terceira maior cidade do País, com 2.675.656, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Cidades próximas a Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari tiveram um grande crescimento, de 43,95% e 50,23%, contando agora com uma população de 163.449 e 242.970 respectivamente, apontando para o crescimento e migração de parte da população soteropolitana para estes municípios.