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Univiçosa – Engenharia Civil – 4º Período – Física Elétrica (ENG113)

Prof.: Marciano Matias Ângelo

CIRCUITOS SIMPLES

Será feita a análise aplicada inicialmente a circuitos nos quais as cargas se movem sempre no
mesmo sentido, conhecidos como circuitos de corrente contínua ou circuitos de CC.

"Bombeamento" de Cargas:
Para produzir uma corrente estável precisamos de uma "bomba" de cargas, um dispositivo que,
realizando trabalho sobre os portadores dc carga, mantenha uma diferença de potencial entre dois
terminais. Um dispositivo desse tipo é chamado de fonte de tensão ou simplesmente fonte.
Dizemos que uma fonte de tensão produz uma força eletromotriz. O que significa que submete
os portadores de carga a uma diferença de potencial.
Uma fonte de tensão fornece a energia necessária para o movimento através do trabalho que
realiza sobre os portadores.
Uma fonte muito útil é a bateria, usada para alimentar uma grande variedade de máquinas, de
relógios de pulso a submarinos. A fonte mais importante na vida diária, porém, é o gerador de
eletricidade; que, através de ligações elétricas (fios) a partir de uma usina de energia elétrica,
cria uma diferença de potencial nas residências, escritórios, etc. As células solares, presentes nos
painéis em forma de asa das sondas espaciais, também são usadas para gerar energia em
localidades remotas do nosso planeta. Nem todas as fontes são artificiais: organismos vivos,
como enguias elétricas e até seres humanos e plantas são capazes de gerar eletricidade.
Embora os dispositivos mencionados apresentem diferenças significativas quanto ao modo de
operação, todos realizam as mesmas funções básicas: realizar trabalho sobre portadores de carga
e manter uma diferença de potencial entre dois terminais.

Trabalho, Energia e Força Eletromotriz

A Figura a seguir mostra um circuito formado por uma fonte (uma bateria, por exemplo) e uma
única resistência R. A fonte mantém um dos terminais (o terminal positivo, ou terminal +) a um
potencial elétrico maior que o outro (o terminal negativo, ou terminal -). Podemos representar a
força eletromotriz da fonte como uma seta apontando do terminal negativo para o terminal
positivo. Um pequeno círculo na origem da seta que representa a força eletromotriz serve para
distingui-la das setas que indicam a direção da corrente.
Deve haver uma energia no interior da fonte realizando um trabalho sobre as cargas e forçando
as cargas a se moverem dessa forma. A energia pode ser química, como nas baterias e nas células
de combustível, ou mecânica, como nos geradores.
Também pode resultar de diferenças de temperatura, como nas termopilhas, ou ser fornecida pelo
sol, como nas células solares.

Vamos agora analisar o circuito da figura anterior do ponto de vista do trabalho e da energia. Em
um intervalo de tempo dt uma carga dq passa por todas as seções retas do circuito, como aa', A
mesma carga entra no terminal de baixo potencial da fonte de tensão e sai do terminal de alto
potencial. Para que a carga dq se mova dessa forma a fonte deve realizar sobre ela um trabalho
dW. Definimos a força eletromotriz (ɛ) da fonte através desse trabalho:

A força eletromotriz de uma fonte é o trabalho por unidade de carga que a fonte realiza para
transferir cargas do terminal de baixo potencial para o terminal de alto potencial. A unidade de
força eletromotriz no SI é o joule por coulomb; que foi definida como o volt.
Uma fonte de tensão ideal, por definição, é aquela que não apresenta nenhuma resistência ao
movimento das cargas de um terminal para o outro. A diferença de potencial entre os terminais
de uma fonte ideal é igual à força eletromotriz da fonte.
Assim, por exemplo, uma bateria ideal com uma força eletromotriz de 12,0 V mantém
uma diferença de 12,0 V entre os terminais.
Uma fonte de tensão real possui uma resistência interna que se opõe ao movimento das cargas.
Quando uma fonte real não está ligada a um circuito e, portanto, não conduz uma corrente
elétrica a diferença de potencial entre os terminais é igual à força eletromotriz. Quando a fonte
conduz uma corrente, porém, a diferença de potencial é menor que a força eletromotriz.

Cálculo da Corrente em um Circuito de uma Malha

Seguem dois métodos diferentes para calcular a corrente no circuito simples de uma malha da
figura abaixo.

Um dos métodos se baseia na lei de conservação da energia e o outro no conceito de potencial. O


circuito que vamos analisar é formado por uma fonte ideal B com uma força eletromotriz “ɛ” um
resistor de resistência R e dois fios de ligação. (A menos que seja afirmado explicitamente o
contrário, vamos supor que os fios dos circuitos possuem resistência desprezível. A função dos
fios, portanto, é apenas permitir a passagem dos portadores de corrente de um dispositivo para
outro.)
Método da Energia: De acordo com a equação de potência (P = i²R ), em um intervalo de
tempo dt uma energia dada por i²Rdt é transformada em energia térmica no resistor. Como
foi observado anteriormente, podemos dizer que essa energia é dissipada. (Já que estamos
supondo que a resistência dos fios é desprezível eles não dissipam energia).
Durante o mesmo intervalo uma carga dq = idr atravessa a fonte B e o trabalho realizado
pela fonte sobre essa carga é dado por:

De acordo com a lei de conservação da energia, o trabalho realizado pela fonte ideal é igual a
energia térmica dissipada no resistor:

isso nos dá:

A força eletromotriz ɛ é a energia por unidade de carga transferida da fonte para as cargas que se
movem no circuito. A grandeza iR é a energia por unidade de carga transferida das cargas
móveis para o resistor e convertida em calor. Assim, esta equação mostra que a energia por
unidade de carga transferida para as cargas em movimento é igual à energia por unidade de carga
transferida pelas cargas em movimento.
Explicitando i, obtemos:

Método do Potencial: Suponha que começamos em um ponto qualquer do circuito e nos


deslocamos mentalmente ao longo do circuito em um sentido arbitrário, somando algebricamente
as diferenças de potencial que encontramos no caminho. Ao voltarmos ao ponto de partida
teremos voltado também ao potencial inicial.
Isso vale não só para circuitos com uma malha mas também para qualquer malha fechada em um
circuito com várias malhas.

REGRA DAS MALHAS: A soma algébrica das variações de potencial encontradas ao


percorrer uma malha fechada é sempre zero.

Esta regra também é conhecida como lei das malhas de Kirchhoff (ou lei das tensões de
Kirchhoff), em homenagem ao físico alemão Gustav Robert Kirchhoff. Na figura a seguir
vamos começar no ponto a, cujo potencial é V e nos deslocar mentalmente no sentido horário até
estarmos de volta ao ponto a, anotando as mudanças de potencial que ocorrem no percurso.
Nosso ponto de partida é o terminal negativo da fonte. Como a fonte é ideal, a diferença de
potencial entre seus terminais é ɛ. Assim, quando atravessamos a fonte, passando do terminal
negativo para o terminal positivo, a variação de potencial é + ɛ. Quando passamos do terminal
positivo da fonte para o terminal superior do resistor não há variação de potencial já que a
resistência do fio é desprezível. Quando atravessamos o resistor o potencial varia de acordo com
a equação V = iR. O potencial deve diminuir, já que estamos passando do lado de potencial mais
alto do resistor para o lado de potencial mais baixo. Assim, a variação de potencial é -iR.
Voltamos ao ponto a através do fio que liga o terminal inferior do resistor ao terminal negativo
da fonte. Como a resistência do fio é desprezível, não há variação de potencial nesse trecho do
circuito. No ponto a o potencial é novamente Va. Como percorremos todo o circuito, o potencial
inicial, depois de modificado pelas variações de potencial ocorridas ao longo do caminho, deve
ser igual ao potencial final, ou seja:

Subtraindo Va de ambos os membros da equação, obtemos:

Explicitando i nesta equação, obtemos o mesmo resultado, i = ɛ/R. do método da energia.

REGRA DAS RESISTÊNCIAS: Quando atravessamos uma resistência no sentido da


corrente a variação do potencial é - iR; quando atravessamos uma resistência no sentido
oposto, a variação é + iR .

REGRA DAS FONTES: Quando atravessamos uma fonte ideal do terminal negativo
para o positivo, a variação do potencial é + ɛ ; quando atravessamos uma fonte no sentido
oposto, a variação é -ɛ.

Resistência Interna: A figura a seguir mostra uma fonte real, de resistência interna r, ligada a
um resistor externo de resistência R.

A resistência interna da fonte é a resistência elétrica dos materiais condutores que existem no
interior da fonte e, portanto, é parte integrante da fonte. Na figura anterior, porém, a fonte foi
desenhada como se pudesse ser separada em uma fonte ideal de força eletromotriz ɛ um resistor
de resistência r. A ordem em que os dois dispositivos são introduzidos no circuito é irrelevante.
Aplicando a regra das malhas no sentido horário, a partir do ponto b, as variações do potencial
nos dão:
Explicitando a corrente, obtemos:

A figura a seguir mostra graficamente as variações de potencial elétrico ao longo do circuito.


Observe que percorrer o circuito é como passear em uma montanha e voltar ao ponto de partida:
na chegada, você se encontra na mesma altitude em que estava quando partiu.

Resistências em Série: A figura a seguir mostra três resistências ligadas em série a uma fonte
ideal de força eletromotriz ɛ:

A expressão "em série" significa apenas que as resistências são ligadas uma após a outra e que
uma diferença de potencial V é aplicada às extremidades da ligação.

Quando uma diferença de potencial V é aplicada a resistências ligadas em


série a corrente i é a mesma em todas as resistências, e a somadas diferenças
de potencial das resistências é igual à diferença de potencial aplicada V.

Resistências ligadas em série podem ser substituídas por uma resistência


equivalente Req percorrida pela mesma corrente i e com a mesma diferença de
potencial total V que as resistências originais.
A figura a seguir mostra a resistência equivalente Req das três resistências da figura anterior:

A extensão para n resistores é imediata e nos dá:

Diferença de Potencial de uma Fonte Real: A DDP real oferecida a um circuito por uma fonte
é dada pela Força Eletromotriz (ɛ) total oferecida pela fonte menos as perdas internas na própria
fonte.

V = ɛ - iR
Potência, Potencial e Força Eletromotriz: Quando uma bateria ou outro tipo de fonte realiza
trabalho sobre portadores de carga para estabelecer uma corrente i o dispositivo transfere energia
de sua fonte interna de energia (energia química, no caso de uma bateria) para os portadores de
carga. Como toda fonte real possui uma resistência interna r, a fonte também dissipa uma parte
da energia na forma de calor.

A potência Pr dissipada no interior da fonte pode ser dada pela relação:

A potência nominal (total) oferecida pela fonte pode ser calculada pela relação:
Circuitos com Mais de uma Malha

A Figura a seguir mostra um circuito com mais de uma malha:

Considere o nó d. As cargas entram nesse nó através das correntes i1 e i3 e deixam o nó através


da corrente i2. Como a carga total não pode mudar. a corrente total que chega tem que ser igual à
corrente total que sai:
i1 + i3 = i2

REGRA DOS NÓS: A soma das corrente que entram em um nó é igual à soma das
correntes que saem do nó.
Esta regra também é conhecida como lei dos nós de Kirchhoff (ou lei das correntes de
Kirchhoff). Trata-se simplesmente de outra forma de enunciar a lei de conservação das cargas:
cargas não podem ser criadas nem destruídas em um nó.

Resistências em Paralelo

A Figura a seguir mostra três resistências ligadas em paralelo a uma fonte ideal de força
eletromotriz.

O termo "em paralelo" significa que um dos terminais de todas as resistências é ligado a um
certo ponto. O outro terminal de todas as resistências é ligado a um segundo ponto e uma
diferença de potencial V é aplicada entre esses pontos. Assim, a mesma diferença da potencial é
aplicada a todas as resistências.
 Quando uma diferença de potencial V é aplicada a resistências ligadas
em paralelo todas as resistências são submetidas à mesma diferença de
potencial V.
 Resistências ligadas em paralelo podem ser substituídas por uma
resistência equivalente Req com a mesma diferença de potencial V e a
mesma corrente total i que as resistências originais.

Para determinar o valor da resistência Req da Figura anterior, escrevemos as correntes nas
resistências na forma:

onde V é a diferença de potencial entre a e b. Aplicando a regra dos nós ao ponto a e


substituindo as correntes por seus valores. temos:

Substituindo as resistências em paralelo pela resistência equivalente Req, temos:

Assim:

Generalizando:

Circuitos RC

Começaremos a tratar de correntes que variam com o tempo.

O capacitor de capacitância C da figura a seguir está inicialmente descarregado. Para carregá-lo


colocamos a chave S na posição a. Isso completa um circuito RC série formado por um
capacitor, uma fonte ideal de força eletromotriz ɛ e uma resistência R.
No momento em que o circuito é completado cargas começam a se mover (surgem correntes) no
circuito. Essas correntes acumulam uma carga q cada vez maior nas placas do capacitar e
estabelecem uma diferença de potencial Vc entre as placas do capacitor. Quando essa diferença
de potencial é igual à diferença de potencial entre os terminais da fonte (que é igual, por sua vez.
à força eletromotriz ɛ) a corrente deixa de circular. A carga de equilíbrio (carga final) do
capacitor é igual a Cɛ.

A equação a seguir descreve a variação com o tempo da carga q no capacitor:

A constante e que aparece na equação acima é a base dos logaritmos neperianos (2,718 ...)
e não a carga elementar.
Observe que essa equação satisfaz a condição inicial. Já que, para t =0, o termo e –t/RC é igual a 1
e, portanto, q = 0. Observe também que quando t tende ao infinito (ou seja. após um longo
período de tempo),o termo e -t/RC tende a zero. Isso significa que a equação também prevê
corretamente o valor final da carga do capacitar, q = Cɛ.

A Figura a seguir mostra o gráfico de q(t) em função de t durante o processo de carregamento


do capacitor. A Figura b) mostra o gráfico de i(t) em função de t durante o processo de
carregamento do capacitor
Observe que o valor inicial da corrente é ɛ/R e que a corrente tende a zero quando t tende ao
infinito e a carga do capacitar tende para o valor final.

A Equação a seguir mostra que a diferença de potencial VC(t) entre as placas do capacitar
durante o processo de carregamento é dada por:
A Constante de Tempo:

O produto RC tem dimensão de tempo. Esse produto RC é chamado de constante de tempo


capacitiva do circuito e representado pela letra grega Ƭ:

Exercícios:
1 - Uma bateria de automóvel com uma força eletromotriz de 12 V e uma resistência interna de
0.040 Ω está produzindo uma corrente de 50 A. Determine:
(a) A potência Pr dissipada no interior da bateria.

(b) A potência nominal Pfem fornecida pela bateria.

2-

R:
3 – Calcular a f.e.m. de um gerador de resistência 0,5Ω sabendo que ele fornece corrente de 2 A
para um circuito de resistência 5Ω.
R:

4 - Um gerador de f.e.m. 10 Ve resistência interna 0,5Ω é ligado a um circuito de resistência 2 Ω.


Calcular: a) a intensidade da corrente; b) a diferença de potencial entre os extremos do circuito
externo; c) a potência total que o gerador fornece; d) a potência absorvida pelo circuito externo.

R:
a)

b)

c)

d)
5 - Um gerador de resistência interna 0,25Ω e f.e.m. 9 V é ligado a um circuito constituído por
três resistências ligadas em paralelo de valores 2 Ω, 5 Ω e 10 Ω . Calcular: a) a resistência
externa; b) a intensidade da corrente total; c) a intensidade da corrente que circula por cada
resistência; d) a energia fornecida pelo gerador durante meia hora; e) a energia absorvida pelo
circuito externo durante meia hora.

R: a)

b)
c)

d)

e)

7 - Um fio com uma resistência de 5,0 Ω é ligado a uma bateria, cuja força eletromotriz ɛ é 2,0V
e cuja resistência interna é 1,0 Ω. Em 2,0 min, qual é (a) a energia química (U) consumida pela
bateria; (b) a energia dissipada (U’) pelo fio; (c) a energia dissipada pela bateria?
R:
a)
b)

c) U – U’ = 13 J

8 - Na Figura a seguir,

(a) qual deve ser o valor de R para que a corrente no circuito seja 1,0 mA? Sabe-se que ɛ1= 2,0
V, ɛ2 = 3,0V; rl = r2 = 3,0 Ω.

(b) Qual é a potência dissipada em R?


9 - Qual a resistência equivalente da associação a seguir?

R:

Ou

10 - Dois resistores são associados em série conforme o esquema a seguir:


Determine:
a) a resistência equivalente da associação;

b) a intensidade da corrente elétrica em cada resistor;

c) a intensidade da corrente elétrica total.

11 - Calcule a resistência equivalente entre os pontos A e B.

R:
Resistência equivalente:

13 - Na Figura a seguir, R1 = R2 = 4.00 Ω e R3 = 2,50 Ω. Determine a resistência equivalente


entre os pontos D e E.
R: R1 = R2 em paralelo:

14 - Quatro resistores de 18,0 Ω são ligados em paralelo a uma fonte ideal de 25,0 V. Qual é a
corrente na fonte?
R: Resistência equivalente:

Corrente:

15 - A Figura a seguir mostra cinco resistores de 5,00 Ω. Determine resistência equivalente:


(a) entre os pontos F e H; (b) entre os pontos F e G.

a)

b)

Onde R=

Logo:
16 - Nove fios de cobre de comprimento l e diâmetro d são ligados em paralelo para formar um
cabo de resistência R. Qual deve ser o diâmetro D (em relação a d) de um fio de cobre de
comprimento l para que sua resistência seja a mesma do cabo?
R:
Considerando r como a resistência de cada fio menor. Como estão em paralelo a resistência da
composição de fios será:

ou

Assim temos:

e , onde ρ é a resistividade do Cobre.


Como as resistências devem ser iguais, tem-se:

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