DIMENSIONAMENTO

DO PAVIMENTO
FLEXÍVEL
Prof. Heber Oliveira
Módulo: Dimensionamento do Pavimento Flexível

Sumário
1. Introdução
2. Tráfego
3. Materiais
4. Dimensionamento
- Pavimentos novos (DNIT)
- Reforço e restauração (DNIT)

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 INTRODUÇÃO

1. Introdução

Qual a função de um
pavimento?

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 1. Introdução
- Segundo o Usuário:
- Conforto e segurança (condições de rolamento).

- Segundo o Engenheiro:
- Estrutura;
- Múltiplas camadas;
- Diversos materiais;
- Resistência aos esforços (clima e tráfego);
- Capacidade de suportar cargas;
- Durabilidade;
- Custos e benefícios.

1. Introdução
- Segundo Pinto e Preussler (2010):
O pavimento é a estrutura que se executa após a
terraplenagem e que deve possuir as seguintes características:
- ter resistência para suportar, sem desgastes excessivos, os
esforços verticais oriundos do tráfego para os quais foi
projetado e distribuí-los ao terreno em que se assenta;
- melhorar as condições de rolamento, permitindo uma
circulação fácil, cômoda e segura;
- permitir que se realizem operações de reforço ou
recapeamento compatíveis com o crescimento do tráfego;
- conservar suas qualidades sob a ação de agentes
intempéricos.

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 1. Introdução
- Quais fatores influenciam o conforto, a segurança e a
durabilidade dos pavimentos?
- Materiais;
- Espessuras das camadas;
- Tráfego (número de repetições de carga);
- Condições climáticas;
- Período de projeto;
- Confiabilidade.

1. Introdução
- Tipos de pavimentos:

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 1. Introdução
- Estrutura do pavimento:
- Sistema em camadas;
- Subleito é a fundação da estrutura;
- Cada camada tem um comportamento particular:
- revestimento asfáltico (viscoelástico)
- camadas granulares (elasto-plástico/elasto-visco-
plástico)

DIMENSIONAMENTO

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2. Dimensionamento

Em que consiste o
dimensionamento?

2. Dimensionamento

Dimensionamento...

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 2. Dimensionamento
- Determinar as camadas (reforço de subleito, sub-base, base
e revestimento), de forma a resistir, transmitir e distribuir as
pressões do tráfego, sem sofrer rupturas, deformações ou
desgastes excessivos (Senço, 1997).

2. Dimensionamento
- Determinar espessuras de camadas e os tipos de materiais
de modo a conceber uma estrutura capaz de suportar um
volume de tráfego pré-estabelecido, nas condições climáticas
locais.

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 2. Dimensionamento
- Limitar as tensões e deformações na estrutura do
pavimento, por meio da combinação de materiais e
espessuras das camadas constituintes. (Bernucci et al., 2006)

2. Dimensionamento
- Critério geral de dimensionamento: (Senço, 1997)

- Carga repetida provocada pelo tráfego: q.

- Capacidade suporte mínima do semiespaço infinito: σz.
- Espessura total necessária e das camadas de pavimento,
considerando a qualidade dos materiais representadas
pelo ângulo α.

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 2. Dimensionamento
- Critério geral de dimensionamento: (Senço, 1997)
- Considerações importantes:
- Carga de roda considerada circular;
- Distribuição de pressão de contato da roda adotada
como uniforme;
- Pressão decresce com a profundidade;
- Observar as especificações dos materiais e
procedimentos;
- Considerar as condições climáticas regionais
(pluviometria e temperatura);
- Drenagem adequada;
- Manutenção no período de operação.

2. Dimensionamento

Tráfego Materiais

Dimensionamento

Desempenho

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 2. Dimensionamento
- O dimensionamento adequado é de grande importância...

Pavimento Ruptura Maior custo de

Subdimensionado prematura conservação

Pavimento Maior custo

Desperdício
Superdimensionado inicial

2. Dimensionamento

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 2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Abordagens:
- Empírica:
baseados da observação da evolução do estado de
condição dos pavimentos (desempenho), sendo os
parâmetros medidos em campo periodicamente e
associados a grandezas como a repetição de cargas e
resistências dos materiais.
- Teórico Experimental ou Mecanístico-Empírico:
procuram avaliar, de forma coerente e analítica, o
comportamento estrutural das camadas, sendo, contudo,
a parametrização dos materiais realizada por meio do
conhecimento empírico, laboratorial ou de pista, em
termos de características mecânicas dos materiais.

2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Abordagens:
- Empírica:
- Não empregam ensaios de resistência:
- Método do Índice de Grupo (IG);
- Método do Transportation Research Board (TRB).
- Empregam ensaios de resistência:
- Método da AASHTO;
- Método da Prefeitura Municipal de São Paulo;
- Método do DNER (DNIT).

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 2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Método da AASHTO:
- Derivado dos resultados das pistas experimentais
AASHO (American Association of State Highway Officials,
atual AASHTO - American Association of State Highway
and Transportation Officials) construídas em Ottawa,
Illinois, Estados Unidos, no fim da década de 50.
- Experimento em verdadeira grandeza; construídas
seções de pavimentos com várias espessuras e materiais
com o objetivo de definir uma relação entre a repetição
da carga e a perda da capacidade de serviço, para
diversas estruturas.

2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Método do DNIT:
- O método do DNIT é uma adaptação efetuada pelo Eng.
Murillo Lopes de Sousa, em 1966, do método
desenvolvido pelo USACE (United States Army Corps of
Engineers) que utiliza algumas conclusões da pista
experimental AASHTO (1958 a 1960);
- O critério básico utilizado é o de camadas granulares
sobre o subleito natural de maneira a protegê-lo de
ruptura por cisalhamento;
- Esse método foi baseado em correlações empíricas,
entretanto, ainda em nossos dias é bastante difundido.

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 2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Método do DNIT:
- O CBR – California Bearing Ratio é a relação de
resistência à penetração de um pistão de 2” entre o solo
propriamente dito e um corpo-de-prova de brita
graduada, esse com valor correspondente a 100%.
- Observe-se que a brita graduada tomada com
referência era o tipo de material utilizado em camadas
de pavimentos que apresentavam um bom desempenho
nos pavimentos da Califórnia.

2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento:
- Pavimento Flexível:
- Item 4.3.2.1:
- Método do DNER.
- Item 4.3.2.2:
- Análise Mecanística.

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 2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Abordagens:
- Teórico Experimental ou Mecanístico-Empírico:
- Análise de Tensão, Deformação e Deslocamento;
- Características de Deformabilidade de Solos e
Materiais de Pavimentação.

2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Abordagens:
- Teórico Experimental ou Mecanístico-Empírico:
- Em virtude da apresentação de uma prematura
deterioração da malha rodoviária, e das limitações
dos métodos empíricos, foi introduzido no país o estudo
da resiliência dos materiais de pavimentação,
permitindo analisar o comportamento estrutural até
então não explicável pelos métodos empíricos clássicos
de dimensionamento.
- Os métodos mecanísticos englobam além dos ensaios
mecânicos dos materiais, os métodos de cálculo de
tensões e deformações nas diversas camadas, fatores
ambientais, tráfego e desempenho.

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 2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Abordagens:
- Teórico Experimental ou Mecanístico-Empírico:
- Caracterização mecânica através de ensaios dos
materiais:
- Misturas asfálticas:
- Módulo de resiliência (MR);
- Módulo dinâmico;
- Resistência à tração (RT);
- Vida de fadiga;
- Fluência.
- Materiais granulares:
- Módulo de resiliência (MR): ensaio triaxial
dinâmico.

2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Abordagens:
- Teórico Experimental ou Mecanístico-Empírico:
- Módulo de resiliência (MR).

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 2. Dimensionamento
- Dimensionamento do Pavimento – Abordagens:
- Teórico Experimental ou Mecanístico-Empírico:

TRÁFEGO

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 3. Tráfego
- Tráfego (= carga mecânica):
- As cargas mecânicas atuantes nos pavimentos são
provenientes do tráfego de veículos, em especial os
veículos comerciais de médio e grande porte.

3. Tráfego
- Tráfego (= carga mecânica):
- Do ponto de vista estrutural, a carga mecânica é
definida por:
- carga total aplicada (peso do veículo);
- número de pneus;
- eixos individuais ou conjunto de eixos;
- área de contato pneu/pavimento;
- número total de veículos (número de aplicações de
carga).

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 3. Tráfego
- Tráfego (= carga mecânica):
- Devido à grande variabilidade dos tipos e pesos dos
veículos, a consideração de todos os tipos de veículos é
impraticável, do ponto de vista de dimensionamento;
- Portanto, precisa-se de uma metodologia para converter
cada tipo de veículo em um veículo-padrão de projeto.

MATERIAIS

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 4. Materiais
- Materiais:
- Reforço do subleito:
- material granular (solo).
- Sub-base:
- material granular (solo,
brita), estabilizado ou não.
- Base:
- material granular (solo,
brita), estabilizado ou não.
- Camada de ligação:
- material asfáltico.
- Camada de rolamento:
- material asfáltico.

4. Materiais
- Materiais – DNIT:

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 4. Materiais
- Materiais – DNIT:

4. Materiais
- Materiais – Critérios de Seleção:
- Distância de transporte
- Disponibilidade;
- Condições climáticas;
- Características técnicas e propriedades mecânicas
definidas por especificações;
- Volume de tráfego (maior volume exige propriedades
melhores);
- Método de dimensionamento;
- Custo.

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 4. Materiais
- Materiais – Condições climáticas:
- Os materiais comumente usados em pavimentação são
extremamente susceptíveis à variações climáticas de
temperatura, umidade e radiação solar.
- Uma das principais funções da camada de rolamento é
proteger as subcamadas granulares das intempéries.
- Porém a camada asfáltica também é muito susceptível à
temperatura (mais), umidade (menos) e radiação solar
(envelhecimento).

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DO PAVIMENTO
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Prof. Heber Oliveira
Módulo: Dimensionamento do Pavimento Flexível

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