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PM Ferreirinha, suspeito de

obstruir investigação sobre


Marielle, é preso em operação
contra milícia
Outras sete pessoas foram presas por
suspeita de integrar a milícia que já foi
comandada por Orlando Curicica.
Por Felipe Freire, Leslie Leitão e Marco Antônio Martins, G1
Rio
31/05/2019 10h54 Atualizado há 2 horas
PM Ferreirinha chega à Delegacia de Homicídios após ser preso —
Foto: Reprodução/TV Globo

Uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro e da


Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (31) oito pessoas
suspeitas de integrar a milícia que era comandada por Orlando
Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica.
Dos oito presos, quatro são PMs. Um deles é o policial militar
Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, detido em Pedra de
Guaratiba.
Ferreirinha foi apontado pela Polícia Federal como o
responsável por atrapalhar a investigação da morte da
vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha — Foto:


Reprodução
A Operação Entourage tenta cumprir 30 mandados de prisão e
não tem relação com o atentado. Curicica está detido em um
presídio federal e, segundo as investigações, não tem mais
controle sobre seu antigo grupo paramilitar.
Plano de vingança
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de
Janeiro, Ferreirinha foi segurança e motorista de Orlando
Curicica, mas se voltou contra o patrão.
Durante meses, Ferreirinha foi considerado a principal
testemunha do Caso Marielle. Seu depoimento à Delegacia de
Homicídios sobre o Caso Marielle já foi, segundo policiais, uma
tentativa de tomar pontos dominados por Curicica.
À época, o PM afirmou que seu antigo chefe e o vereador
Marcello Siciliano tramaram a morte da vereadora. Ambos
sempre negaram.
Em março, a TV Globo mostrou com exclusividade o depoimento
da advogada de Ferreirinha à PF. Camila Nogueira disse
que desconfiava da versão apresentada pelo cliente e que se
sentiu usada.
A advogada esclareceu que "essa criação de Rodrigo Ferreira e
a manipulação com os policiais civis que fez com ela foi mais
um dos fatos que levaram a declarante a ter medo de ficar
nessa situação".
"Também exerceu a função ligada à gestão financeira da malta,
como recolhedor dos valores cobrados a títulos das taxas
cobradas nos locais de domínio", informa a denúncia do MP
apresentada à Justiça.
Histórico de crimes na Zona Oeste
O nome de Orlando Curicica, na época um dos suspeitos de ser
o mandante do atentado, é apontado como responsável por
vários crimes praticados por milicianos na Zona Oeste, de
acordo com investigação da Delegacia de Homicídios e do
Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), do MPRJ.
A quadrilha de Orlando é suspeita de dominar sete comunidades
na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio:
1. Boiúna

2. Curicica

3. Jordão

4. Lote 1000
5. Santa Maria

6. Teixeiras

7. Terreirão
As investigações da Delegacia de Homicídios da Capital
revelaram que o grupo explora ilegalmente serviços como
transporte, lazer, alimentação e segurança dessas comunidades
através da cobrança de taxas. A quadrilha explora ainda a
grilagem de terras nessas regiões.
As associações de moradores também seriam dominadas por
esses grupos, segundo os policiais.
A investigação mostra ainda que a milícia atua com violência, o
que inclui a execução de testemunhas e tentativas de homicídio
de autoridades responsáveis pelas investigações.
Os membros dessa quadrilha fazem imperar a “lei do silêncio”
entre os moradores das localidades onde exercem o controle
criminoso.
O MPRJ informa que a expansão do grupo na região ocorreu
entre 2015 até o final de 2017, na área de Jacarepaguá e Recreio
dos Bandeirantes.

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