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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

BRENNDA DE KASSIA ALVES DA SILVA


LAURA OLIVEIRA LOPES

ANÁLISE DA COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS DE UM


EDIFÍCIO MULTIFAMILIAR UTILIZANDO A METODOLOGIA
BIM

MACEIÓ-ALAGOAS
2018/1
BRENNDA DE KASSIA ALVES DA SILVA
LAURA OLIVEIRA LOPES

ANÁLISE DA COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS DE UM


EDIFÍCIO MULTIFAMILIAR UTILIZANDO A METODOLOGIA
BIM

Trabalho de conclusão de curso apresentado como


requisito final, para conclusão do curso de engenharia
civil do centro universitário cesmac, sob a orientação
do professor mestre Daniel Almeida Tenório e
coorientação do professor mestre Rafael Araújo Gillou.

MACEIÓ-ALAGOAS
2018/1
REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC

S586a Silva, Brennda de Kassia Alves da


Análise da compatibilização de projetos de um edifício
multifamiliar utilizando a metodologia BIM / Brennda de Kassia Alves
da Silva . -- Maceió: 2018

83 f.: il.

TCC (Graduação em Engenharia civil) - Centro Universitário


CESMAC, Maceió - AL, 2018.
Orientador: Daniel Almeida Tenório
Coorientador: Rafael Araújo Gillou

1. BIM. 2. Projetos. 3. Navisworks.


I. Tenório, Daniel Almeida. II. Gillou, Rafael Araújo. III. Título.

CDU: 624

Evandro Santos Cavalcante


Bibliotecário CRB-4/1700
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus, que sempre nos conduziu com amor,


fraternidade e compaixão.
Ao companheirismo da dupla que foi adquirido desde o início da faculdade até
aqui, por toda paciência, amizade e dedicação.
Aos nossos pais que sempre estiveram presente e nos apoiaram desde o início,
nos dando força e suporte a cada novo desafio.
Aos nossos irmãos e avós, por todo cuidado e carinho.
Ao nosso orientador Prof.Msc. Daniel Tenório, pela compreensão, instrução e
dedicação.
Aos nossos namorados Melquiades e Heitor, pelo companheirismo e incentivo
nessa jornada.
Ao Eduardo Rodrigues, da R&A engenharia por o apoio e disponibilidade que
nos ofereceu, sendo de grande ajuda.
A todos nosso amigos e familiares por nos encorajar e torcer por a gente.
ANALISE DA COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS DE UM EDIFÍCIO
MULTIFAMILIAR UTILIZANDO A METODOLOGIA BIM
ANALYSIS OF THE COMPATIBILIZATION OF PROJECTS OF A
MULTIFAMILIARY BUILDING USING THE BIM METHODOLOGY

Brennda de Kassia Alves da Silva


Graduanda do curso de Engenharia Civil no CESMAC
brenndaalves.ba@gmail.com
Laura Oliveira Lopes
Graduanda do curso de Engenharia Civil no CESMAC
oliveiralopes.laura@gmail.com
Daniel Almeida Tenório
Mestre em Engenharia Civil pela Universidade de Alagoas
daniel@zetaestrutural.com.br
Rafael Araújo Gillou
Mestre em Engenharia Civil pela Universidade de Alagoas
rafael@zetaestrutural.com.br

RESUMO

A construção civil vem crescendo cada vez mais, devido a isso é importante a utilização de novas
tecnologias, melhorias no sistema de planejamento e controle na produção para que sejam feitas obras
com mais eficiências e sem erros que geram atrasos na hora da execução. Surge então a metodologia
Building Information Modelling (BIM), com conceitos e ferramentas que permitem uma melhor
visualização e um grande aumento de informações geradas pelo modelo, com inúmeras vantagens em
toda construção do empreendimento, prometendo revolucionar a maneira de projetar de toda a
edificação. Este trabalho tem como objetivo mostrar os benefícios que é possível obter com o uso dessa
plataforma, para isso foi feita a elaboração dos projetos arquitetônico, estrutural e hidrosanitario de uma
residência multifamiliar em Revit, compatibilizando-os no software Navisworks a fim de mostrar um
relatório dos conflitos que existem entre projetos, de modo que os projetistas possam encontrar a
melhor alternativa antes da sua execução. Com esta ferramenta é possível ter uma redução de tempo
e custo, melhor idealização da obra e uma automatização dos processos.

PALAVRAS-CHAVES: BIM. Projetos. Navisworks.

ABSTRACT

Civil construction has been growined more and more, due to this it is important to use new technologies,
improvements in the planning and control system in production so that works are done with more
efficiencies and without errors that generate delays at the time of execution. The Building Information
Modeling (BIM) methodology emerges, with concepts and tools that allow a better visualization and a
great increase of information generated by the model, with severals advantages in all construction of
the enterprise, with promise to revolutionize the way of designing of the whole building. This work aims
to show the benefits that can be obtained with the use of this platform, for it was done the elaboration
of the architectural, structural and hydrosanitary projects of a multifamily residence in Revit,
compatibilizing them in the software Navisworks in order to show a report of the conflicts existing
between projects, so that the designers can find the best alternative before their execution. With this
tool it is possible to have a time reduction and cost, better idealization of the work and an automation of
processes.

KEYWORDS: BIM. Projects. Navisworks.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Comparação de um modelo em 2D e 3D ................................................. 14


Figura 2 - Interporabilidade do modelo Bim .............................................................. 16
Figura 3 - Dimensões Bim ........................................................................................ 16
Figura 4 - Janela do Navisworks .............................................................................. 20
Figura 5 - Onde a é o vão menor e b o vão maior .................................................... 23
Figura 6 - Armadura em cruz .................................................................................... 23
Figura 7 - Modulo M ................................................................................................. 34
Figura 8 - Amarração em T....................................................................................... 34
Figura 9 - Amarração em L ....................................................................................... 34
Figura 10 - Ações do vento....................................................................................... 37
Figura 11 - Planta baixa ........................................................................................... 55
Figura 12 - Corte da planta baixa, apartamentos de 01 a 04 ................................... 56
Figura 13 - Corte planta baixa, apartamentos de 05 a 08 ........................................ 56
Figura 14 - Projeto arquitetônico na modelagem Revit 3D ....................................... 57
Figura 15 - Ilustração de 1 pavimento em 3D ........................................................... 58
Figura 16 - Projeto de alvenaria estrutural feito no revit em 3D................................ 58
Figura 17 - Projeto de um pavimento em alvenaria estrutural feito no Revit ............ 59
Figura 18 - Planta em 2D com sistema de água fria ................................................. 59
Figura 19 - Planta em 2D com sistema de esgoto .................................................... 60
Figura 20 - Projeto de água fria no Revit Mep .......................................................... 60
Figura 21 - Corte ilustrando tubulação de água fria .................................................. 61
Figura 22 - Projeto de esgoto no Revit Mep ............................................................. 61
Figura 23 - Corte ilustrando tubulação de esgoto ..................................................... 62
Figura 24 - Compatibilização dos projetos no Navisworks ....................................... 63
Figura 25 - Lista de interferências no navisworks ..................................................... 63
Figura 26 - Interferências de paredes no Revit......................................................... 64
Figura 27 - Parede não existente no arquitetônico ................................................... 65
Figura 28 - Interferência entre projetos .................................................................... 65
Figura 29 - Janela projeto arquitetônico ................................................................... 66
Figura 30 - Janela projeto estrutural ......................................................................... 66
Figura 31 - Interferências de paredes no Navisworks .............................................. 67
Figura 32 - Tubulação fora da parede ...................................................................... 67
Figura 33 - Tubulação de água fria cruzando a de esgoto ....................................... 68
Figura 34 - Tubulação de água fria cruzando a de esgoto ....................................... 68
Figura 35 - Tubulação de água fria cruzando tubo de queda ................................... 69
Figura 36 - Proximidade entre diferentes tubulações ............................................... 69
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Classe de Agressividade Ambiental ....................................................... 26


Quadro 2 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento
nominal para c= 10 mm........................................................................................... 26
Quadro 3 - Valores de eficiência parede-bloco......................................................... 40
Quadro 4 - Altura dos pontos.................................................................................... 44
Quadro 5 - Tabela de pesos da norma ..................................................................... 44
Quadro 6 – Diâmetro calculado ................................................................................ 45
Quadro 7 - Perda de carga em conexões para tubo rugoso ..................................... 47
Quadro 8 - Perda de carga em conexões para tubo liso .......................................... 47
Quadro 9 - UHC em aparelhos sanitários ................................................................. 50
Quadro 10 - Dimensionamento de tubos de queda .................................................. 51
Quadro 11 - Dimensionamento de subcoletores e coletores prediais ...................... 51
Quadro 12 - Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação ...................... 52
Quadro 13 - Dimensionamento de tubos de queda .................................................. 52
LISTA DE SIGLAS

BIM – Building Information Modeling


AEC – Arquitetura, Engenharia e Construção
PMI – Project Management Institute
BDS – Building Description System
BPM – Building Product Model
PIM – Product Information Model
IFC – Industry Foundation Classes
XML – Extended Markup Language
MEP – Mecânico, elétrico e hidráulico
CGP – Caixa de Gordura Pequena
CGS – Caixa de Gordura Simples
UHC – Unidade Hunter de Construção
ELU – Estado de Limite Único
ELS – Estado de Limite do Serviço
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.2 Objetivos ............................................................................................................ 12
1.2.1 Objetivos Gerais ............................................................................................... 12
1.2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 12
2 REFERENCIAL TEORICO .................................................................................... 13
2.1 Bim ..................................................................................................................... 13
2.1.1 História e Origem ............................................................................................. 13
2.1.2 BIM ................................................................................................................... 14
2.1.3 Interoperabilidade ............................................................................................. 15
2.1.4 Dimensões ....................................................................................................... 16
2.2 Revit.................................................................................................................... 17
2.3 Compatibilização ............................................................................................... 19
2.3.1 Navisworks ....................................................................................................... 19
2.4 Projetos .............................................................................................................. 20
2.4.1 Projeto Arquitetônico ........................................................................................ 20
2.4.2 Projeto Estrutural .............................................................................................. 21
2.4.3 Projeto Hidrossanitário ..................................................................................... 40
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 54
3.1 Tipo de estudo ................................................................................................... 54
3.2 Execução............................................................................................................ 54
3.3 Local de estudo ................................................................................................. 54
3.4 Caso estudado ................................................................................................... 55
4 RESULTADOS....................................................................................................... 57
4.1 Análise de projetos ........................................................................................... 57
4.1.1 Projeto arquitetônico......................................................................................... 57
4.1.2 Projeto de alvenaria estrutural .......................................................................... 58
4.1.3 Projeto hidrossanitário ...................................................................................... 59
4.1.4 Navisworks ....................................................................................................... 62
5 DISCURSSÃO ....................................................................................................... 64
5.1 Compatibilização ............................................................................................... 64
5.1.1 Projeto Arquitetônico e Alvenaria estrutural ..................................................... 64
5.1.2 Projeto Arquitetônico e Hidrossanitário ............................................................ 67
5.1.3 Projeto Água fria e esgoto ................................................................................ 68
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 70
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 72
APÊNDICE ................................................................................................................ 76
APÊNDICE A - MEMORIAL DE CÁLCULO ÁGUA FRIA .......................................... 76
APÊNDICE B - MEMORIAL DE CÁLCULO ESGOTO .............................................. 79
APÊNDICE C – QUANTITATIVOS ........................................................................... 80
10

1 INTRODUÇÃO
A construção civil é uma das áreas que mais crescem no mundo e ao longo dos
anos vem sofrendo diversas transformações e grandes avanços tecnológicos. A
medida que a atividade da construção evolui, as dificuldades de projeto aumentam e
em consequência a execução também. Esses projetos quando não desenvolvidos em
ambiente multidisciplinar tendem a apresentar diversos erros, capazes de tornarem-
se um grande problema no futuro.
BIM, ou modelagem da informação da construção (Building Information
Modeling) é um conceito definido sob diferentes formas. Segundo Crotty (2012), a
modelagem BIM oportuna aos projetistas um mundo virtual antes que ele seja
concebido, gerando elementos inteligentes e totalmente compatíveis com o mundo
real. O BIM é uma excelente ferramenta tecnológica que permite a indústria da
arquitetura, engenharia e construção (AEC), o entendimento geral do projeto, gerando
um modelo virtual da edificação. Além de ser um processo menos passível a erro na
construção, resulta num englobamento de todos os projetistas e gera assim, uma
redução no tempo, economia dos custos, uma maior velocidade na entrega, com uma
maior produtividade utilizando um único modelo digital (CAMPBELL, 2007).
A construção civil enfrenta diversas dificuldades em todo o seu processo, desde
a fase de projetos, até a concretização da sua estrutura. De acordo com o Project
Management Institute (2004) todas as etapas da obra devem ser fundamentadas e
acessíveis, sejam elas a arquitetura, estrutura, elétrica, hidráulica e incêndio. Como
todos esses processos são feitos separadamente, ocorre uma grande dificuldade de
compatibilização, que pode ser resolvida com o avante dessa tecnologia, colocando
todos os projetos em uma mesma plataforma e observando as interferências
causadas de um projeto sobre o outro. Como consequência, há uma diminuição do
alto índice de retrabalho, que é um fator comum na construção civil. Além disso, nos
softwares BIM existem outras inúmeras vantagens, como por exemplo, a informação
dos tipos de blocos constituintes das paredes, as dimensões, o tipo de revestimento
que será utilizado e o fabricante, tudo em conjunto em um banco de dados, que por
sua vez, gera a legenda do desenho (FARIA, 2007).
Segundo Münch (2017), os níveis de BIM podem ser subdivididos em: BIM 3D:
Modelo virtual (protótipo); BIM 4D: Modelo virtual + planejamento físico da obra
(tempo); BIM 5D: Modelo Virtual + orçamento / Modelo Virtual + orçamento +
11

planejamento físico da obra; BIM 6D: Sustentabilidade; BIM 7D: Facilities


Management (COBie).
Há diversos softwares que fazem uso dessa modelagem, cada um com suas
particularidades e funcionalidades. O ArchiCad® desenvolvido pela Graphisoft é a
mais antiga ferramenta BIM de projeto e continua no mercado. Ele possui uma
interface intuitiva, além de ser o único disponível para Macs. Encontra como
desvantagem não suportar regras de atualização e por ser um dispositivo baseado em
memória, ele reparte o projeto em grandes módulos para gerenciá-los (Eastman et al.,
2014).
Outro software é o Tekla Structures, oferecido pela Tekla Corp e é mais voltado
para a estrutura do edifício. Ele incorpora todos os tipos de materiais estruturais e
detalhamento, porém exige profissionais qualificados por possuir uma funcionalidade
bastante complexa (TEKLA, 2015).
De acordo com Eastman et al., (2014) o software mais conhecido e utilizado no
mercado é o Revit®. Ele foi introduzido pela Autodesk e consiste em uma família que
inclui o Revit Architecture, Revit Structure e o Revit MEP, além da possibilidade de
importar modelos do Sketch UP. Ele apresenta diversas vantagens, é de fácil
aprendizagem, uma excelente biblioteca e uma ótima interface por possuir posição
privilegiada no mercado, porém ainda há limitações como no ArchiCad®, ele também
é baseado em memória e não suporta superfícies complexas de curvas.
Ainda falando em softwares, um muito conhecido é o TQS®, que surgiu em
1986 e em 2008 estabeleceu uma parceria com a Autodesk®, onde todas as
informações do modelo estrutural podem ser transferidas para o Revit®, e em 2014
criou-se um plug-in possibilitando um aumento da quantidade e qualidade dos itens
exportados (LIMA, 2014).
Tendo como base todos esses anos de averiguação, ainda se encontra uma
grande resistência para a implantação do BIM, além do fato de haver dificuldades em
relação ao alto custo dos softwares, pois as empresas possuem a necessidade de
profissionais que saibam manuseá-lo e suscitar uma mudança de cultura. Entretanto,
pesquisas mostram que em lugares como Estados Unidos e Europa, mais de 50% dos
escritórios já utilizam da plataforma, e vale ressaltar que os projetos governamentais
são obrigados a entregarem no modelo tridimensional BIM. Essa tendência já está
sendo utilizada em alguns países como Austrália e China (TAMAKI, 2011).
12

Este trabalho visa beneficiar a sociedade de uma forma geral, garantindo


edificações mais eficientes e reduzindo os custos, ao mesmo tempo em que ocorre
de uma maneira mais rápida e precisa.

1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivos Gerais
Modelar uma estrutura de uma edificação utilizando o software Revit ® e após
compatibiliza-la no software Navisworks®, com o intuito de mostrar as diversas
possibilidades e benefícios através do uso da tecnologia BIM.

1.2.2 Objetivos específicos


Desenvolver os projetos arquitetônico, estrutural e hidrossanitário.
Estudar os softwares Revit® e Navisworks®.
Criar uma edificação a partir de uma maquete eletrônica, utilizando software
Revit ®.
Compatibilizar a edificação através do software Navisworks®
13

2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 Bim
2.1.1 História e Origem
As primeiras teorias sobre o conceito BIM (Building Information Modeling -
Modelagem da Informação da Construção) foram desenvolvidas no final da década
de 70 pelo professor Charles M. Eastman do Instituto de Tecnologia da Georgia junto
com uma equipe de estudantes, onde foi publicado um artigo sobre BDS (Building
Description System – Sistema de Descrição da Construção). Conforme Eastman et al.
(2014):
O sistema BDS foi iniciado para mostrar que uma descrição baseada em
computador de um edifício poderia replicar ou melhorar todos os pontos fortes
de desenhos como um meio para a elaboração de projeto, construção e
operação, bem como eliminar a maioria de suas fraquezas.

Ao longo dos anos o conceito e nomenclatura foram ganhando novas formas e


apenas no início da década de 80 alguns softwares passaram a ser comercializados
para profissionais nos Estados Unidos, conhecido como BPM (Building Product Model
– Modelagem de Produto da Construção) e na Europa como PIM (Product Information
Model – Modelo de Informação de Produto). Na evolução da nomenclatura BPM E
PIM foram mesclados dando origem ao BIM.
A primeira utilização documentada do termo building modeling foi no ano de
1986 como título de um artigo de Robert Aish, que hoje compõe a equipe Autodesk®.
Em seu artigo, Aish especificou todos os argumentos conhecidos como BIM e toda a
tecnologia envolvida para implanta-lo, incluindo a modelagem tridimensional, a
geração automática de desenhos, os componentes paramétricos, os bancos de dados
relacionados e a descrição temporal das fases do processo construtivo (AISH, 1986).
Do termo “modelo de construção” tornou-se “modelo de informação de
construção” e sua utilização em inglês somente foi documentada a primeira vez em
dezembro de 1992, em um artigo escrito por G. A. Van Nederveen e F. Tolman
chamado “Automation in Construction”. No entanto, o termo BIM foi popularizado por
Jerry Laiderin como uma ferramenta que faria a representação digital do processo de
construção, facilitando a interoperabilidade de informação. A primeira aplicação do
BIM estava sob o conceito de Edifício Virtual do ArchiCAD® Graphisoft, estreando em
1987.
14

2.1.2 BIM
O modelo 3D vem para substituir o tradicional 2D, o projeto em 3D economiza
tempo, custos e matérias, mostrando em tempo real qualquer objeto da edificação
permitindo uma melhor forma de verificar se há interferências entre as peças. A
modelagem 3D reúne todos os projetistas em um mesmo espaço, diminuindo os
desvios (TOTALCAD, 2017).
Uma grande parte de trabalho e tempo podem ser agilizados com a utilização
do BIM. Plantas, detalhes, elevações e especificações podem ser extraídas em
poucos cliques. Todo o planejamento da construção deve ser sincronizado para sua
visualização em tempo real.
Na figura 1 mostra uma comparação de um desenho 2D e um modelo 3D,
ilustrando como é mais fácil a visualização de objetos utilizando a modelagem 3D.

Figura 1 - Comparação de um modelo em 2D e 3D


Fonte: GBCad, 2017.

Cada autor define BIM de uma forma diferente, o Caderno BIM da Secretaria
de Planejamento do Estado de Santa Catarina (2013) define BIM de modo que como
um método que “permite a gestão da informação, por todo o ciclo de vida da
edificação, através de modelos digitais, tridimensionais e semanticamente ricos, que
formam a espinha dorsal do processo”.
Para Coelho e Novaes (2008), BIM é uma evolução dos sistemas CAD, visto
que propicia a coordenação da informação do ciclo de vida de uma edificação, a partir
de um banco de dados de um projeto, ajustando a um paradigma em três dimensões.
Com a tecnologia BIM, é possível criar digitalmente um ou mais modelos
virtuais precisos de uma construção, permitindo a visualização com detalhamento do
15

projeto em estudo em um modelo 3D, que pode ser usado durante todo o ciclo de vida
do edifício. Este modelo tem como ideia central o armazenamento e compartilhamento
de todos os dados do projeto em um único modelo, que pode ser acessado e
modificado a qualquer momento por qualquer integrante da criação e execução do
projeto, mantendo ele sempre atualizado para todos. Uma funcionalidade dessa,
permite observar um modelo muito parecido com o produto final. Além do que o uso
da plataforma BIM contribui para uma construção mais sustentável, pois ajuda na
redução de desperdícios e na otimização do uso de materiais.
Segundo Crotty (2012), os objetivos do BIM era previsibilidade e lucratividade,
pois independentemente de haver outras perspectivas como a sustentabilidade e
segurança, eles cessam de forma periférica. “Não são fundamentais para a
sobrevivência de uma empresa no ramo da construção; já previsibilidade e
lucratividade são”.

2.1.3 Interoperabilidade
Entende-se que interoperabilidade é a capacidade de transferir e manusear
informações de uma mesma forma e de modo transparente (SINFIC, 2006).
Cada profissional tende a desenvolver seu próprio modelo, neste caso a
interoperabilidade faz com que todos esses modelos específicos sejam unidos em um
único modelo integrado, cada um desses modelos deve ser programado para seguir
uma padronização, permitindo assim a integração de todos eles.
A plataforma BIM integra engenheiros, arquitetos e construtores na elaboração
de um único modelo virtual com elevada precisão, permitindo que os envolvidos nesse
processo possam visualizar o modelo de diferentes perspectivas, podendo modificar
em tempo real e comparar se entra em conflito com alguma outra estrutura.
Para isso, existe uma linguagem padrão internacional para que todos esses
softwares possam permitir a troca de modelos (permitirem a interoperabilidade) entre
si, chamada Industry Foundation Classes (IFC). Os arquivos IFC utilizam a linguagem
XML (Extended Markup Language) que tem como objetivo a descrição de dados,
sendo de extrema importância para recuperação, armazenamento e transmissão de
informação de dados, permitindo a troca de documentos de programas distintos
usando sintaxe e estrutura comum (JACOSKI, 2002).
Na figura 2 podemos ver que a interoperabilidade garante que as informações
sejam compartilhadas entre os diferentes colaboradores do projeto.
16

Figura 2 - Interoperabilidade do modelo Bim


Fonte: Lima (2014)

2.1.4 Dimensões
BIM possui diversas dimensões (Figura 3), um modelo pode ser 3D, 4D, 5D,
6D, 7D e os modelos BIM mais ousados dizem-se “nD”, a dimensão a qual ele será
programado, dará o tipo de informação que vai ser tirada dele.

Figura 3 - Dimensões Bim


Fonte: Hamed, 2015.
Segundo a análise Münch (2017) podemos classificar os principais modelos de
dimensão como:
3D Modelo – É elaborado um protótipo visual, onde pode visualizar os objetos
dinamicamente, podendo ser analisado as possibilidades e testados os possíveis
17

cenários, tendo maior informação e resultados. Dele é possível extrair informações


sobre a compatibilização do projeto.
4D Planejamento – É inserida a dimensão tempo ao modelo 3D, dele é feito um
cronograma da obra, onde pode visualizar o tempo de início e término de cada
atividade, de forma a gerar uma animação em vídeo com todo o andamento de
execução da obra, mas seu principal ponto é analise dos diversos cenários e o
consequente impacto da obra, de forma a evitar atrasos e aumento de custos.
5D Orçamento – Determina quanto cada parte da obra irá custar, podendo
produzir os quantitativos da obra através de um software de orçamento que é
vinculado diretamente ao software BIM, assim, fica garantida com precisão os
quantitativos. Vale ressaltar que qualquer mudança no modelo poderá ser atualizada
automaticamente no orçamento.
6D Sustentabilidade – É feita a análise da eficiência energética, contribuindo
para a sustentabilidade. No Revit®, por meio do aplicativo “Green Building Studio”,
nas “nuvens”, é possível fazer uma simulação da eficiência energética no modelo BIM
3D. Está análise pode ser feita diversas vezes, pois o resultado da primeira análise
pode não ser adequado.
7D Gestão de instalações – Nele é colocado todos os aspectos do projeto de
gestão de informações de ciclo de vida. Segundo Munch (2017)
Nessa fase do ciclo de vida da edificação, onde ocorre à gestão da
manutenção, pode-se acessar e controlar a garantia dos equipamentos,
planos de manutenção, informações referentes a fabricantes e fornecedores,
dentre outros.

2.2 Revit
Originado no final de 1977, pelos os engenheiros Leonid Raiz e Irwin Jungreis,
foram sucumbidos os primeiros esboços na empresa Charles River Software,
localizada na cidade de Newton, Massachussets, EUA. O Revit foi planeado para ser
um software de modelagem, de modo que pudesse integrar a arquitetura e todos os
objetos que irão compor o projeto, transformando todo o processo da vida do edifício.
No ano 2000 a Charles River Software foi renomeada para Revit Technology
Corporation, lançando a primeira versão comercial para poucos convidados e em 2002
foi vendido para a Autodesk® pelo montante de 133 milhões de dólares (DRC, 2017).
Revit®, Revise Instantly revise instantaneamente, tem como objetivo a
modelagem consistente, coordenada e completa. Por ser um modelo virtual é possível
18

empregar dados reais, obtendo facilidades na construção, reduzindo tempo e material.


Ao ser projetado em 3D, vários elementos começam a ser especificados como lajes,
vigas, paredes, esquadrias, exibindo o desempenho em união com os outros
componentes construtivos.
Os objetos do Revit® serão estabelecidos a partir de elementos, que por sua
vez constituem uma família. As famílias unem os elementos do mesmo tipo
organizando-os para que possam ser criadas e modificadas sem a necessidade de
informações adicionais. Com isto se tem uma biblioteca ampla e vasta que atenda a
todas as necessidades dos escritórios e usuários em geral.
O AutoCad® da Autodesk, inovou a maneira de desenhar com a utilização do
computador, projetando em 2D e 3D, entretanto o Revit® é uma nova ferramenta em
que os arquitetos já não utilizam o 2D e fazem vistas projetadas virtualmente trazendo
uma série de vantagens, dentre elas, a capacidade de examinar um edifício em
qualquer lugar desejado, quantificar, verificar, simular a construção da obra, e gerar
uma documentação que seja fiel ao modelo (REIS, 2017).
Utilizado atualmente como principal programa para a tecnologia BIM, ele
subdivide-se em três disciplinas, Revit Architecture, Revit Structure, Revit MEP
(mecânico, elétrico e hidráulico). No Revit Architecture é possível desenvolver todos
os detalhes da engenharia de projeto, como também possibilita o cálculo dos
orçamentos. Essa versão favorece a compatibilização revelando as interferências,
criando e otimizando uma proposta tridimensional com opções de importação e
exportação. No Revit Structure as ideias arquitetônicas ganham forma incorporando
um modelo físico a um modelo analítico independente, oportunizando análises e
projetos mais eficientes. Aos engenheiros calculistas é proporcionado a possibilidade
da importação de arquivos do AutoCad® criando um padrão para verificação estrutural
e documentação. O Revit® MEP oferece ferramentas para projetos de instalações de
sistemas Mecânicos, Elétricos e Hidráulicos, do inglês: Mechanical, Electrical,
Plumbing. Possuindo recursos como colaboração total entre as disciplinas,
ferramentas de análise de desempenho das construções, suporte para projetos
sustentáveis, entre outros (AUTODESK, 2018).
O elevado nível de versatilidade do software é um grande benefício viabilizando
vários usuários utilizarem ao mesmo tempo. Ele inclui interfaces gbXML para
simulação de energias e análises de cargas, também interfaces com ROBOT e o RISA
para análises estruturais e a capacidade de importar modelos do SketchUP e outros
19

sistemas que exportam DXF. As interfaces incluem DGN, DWG, DWF, DXF, IFC, SAT,
SKV, AVI, ODBC, gbXML, BMP, JPG, TGA e TIF. (EASTMAN et al., 2014)
O conceito de Modelagem da Informação da Construção, tem como princípio
reunir a ideia de se construir um edifício virtual antes de construí-lo efetivamente.
Todas as informações necessárias para construir o edifício estão no modelo digital
criado ao se projetar com esse conceito. O modelo eletrônico torna-se um banco de
dados que permite a simulação real de um protótipo da construção verdadeira (LIMA,
2014).

2.3 Compatibilização
Um procedimento crítico para qualquer construtor é a sistematização dos
projetos. Atualmente grande parte da percepção de interferências é feita manualmente
por meio da sobreposição de desenhos, utilizando ferramentas do AutoCAD® para
justapor os elementos e visualmente detectar as intervenções. Esse panorama é lento,
depende sempre de projetos atualizados, além de ser suscetível a grandes erros. Para
abater esse problema se faz uso de aplicativos personalizados para a detecção
automática das interferências em diferentes camadas. (EASTMAN et. al, 2014)
Conforme o MakeBim (2016) existe dois tipos de tecnologia mais usadas para
essas detecções no mercado, são Solibri Model Checker e o Navisworks®. O Solibri
apresentou como dificuldade não ter licença livre para estudante e o mesmo só libera
uma versão gratuita por apenas 30 dias, já o navisworks® além de possuir uma licença
livre parcial para estudantes, é um software criado pela Autodesk®, mesma empresa
desenvolvedora do Revit®, desta forma a melhor escolha para criação deste projeto
foi o Navisworks®. Essas ferramentas fornecem uma alta capacidade de
detalhamento dos erros de forma prática e sofisticada. Porém apresentam como
dificuldade que as interferências não podem ser solucionadas imediatamente, já que
o modelo inserido está diretamente ligado ao programa ao qual foi estabelecido, ou
seja, todas as alterações devem ser feitas no modelo original.

2.3.1 Navisworks®
O Navisworks® permite que todos os profissionais envolvidos na construção
possam ter um modelo de simulação integrado em tempo real de como ficará a sua
edificação, mostrando toda a riqueza de detalhes que existir no projeto, onde todos
possam ter acesso aos dados fornecido por cada profissional (OLIVEIRA, 2015).
20

No Autodesk há 3 versões disponíveis para baixar esse software, sendo elas


Autodesk Navisworks® Simulate, Autodesk Navisworks® Manage e Autodesk
Navisworks® Freedom, onde todos possuem ferramentas para a simulação do projeto
em 3D, como na Figura 4. Para este projeto foi usado no Navisworks® Manage, por
ele ter versão gratuita para estudante e ser o único que fornece uma lista com as
interferências existentes.

Figura 4 - Janela do Navisworks®


Fonte: Grapho Software, 2018.

2.4 Projetos
2.4.1 Projeto Arquitetônico
É a partir do projeto arquitetônico que é estudado a melhor maneira para
atender as necessidades do cliente e dos futuros usuários daquele empreendimento,
o projeto tende a garantir que a obra seja executada como planejado prevendo
possíveis problemas futuros (SOUZA et. al., 2018).
21

De acordo com o IAB (Instituto dos arquitetos brasileiros), o projeto


arquitetônico se subdivide em:
 Levantamento de dados / visita ao local – Nesta primeira etapa é feito
um levantamento junto ao cliente, onde ele informará todas as suas necessidades e o
objetivo daquele projeto, é visto também sobre os custos da obra e se é viável fazer
tudo o que o cliente deseja ou se deverá ocorrer modificação, após isto é feito uma
visita ao local da obra para ser analisado o terreno e dá início ao estudo do projeto, é
visto também as questões legais da edificação.
 Estudo preliminar – São desenvolvidos os primeiros estudos, onde é
analisado o local como vento, vistas, orientação solar e entre outros. São geradas as
primeiras plantas para aprovação do cliente, com isto a equipe junto ao cliente poderá
ver os pontos negativos e positivos, podendo haver novas propostas até que chegue
ao resultado final.
 Anteprojeto – Nesta etapa, será elaborado as plantas baixas mais
detalhadas do projeto considerando todas as exigências do estudo preliminar
aprovado pelo cliente. Com a criação da planta baixa de cada pavimento, contendo
todas as informações de cada ambiente, onde deve receber a aprovação final do
cliente e logo após é feita a compatibilização junto com os projetos complementares
feito pelas equipes responsáveis.
 Projeto Legal – Nesta etapa, é feito um desenho do projeto já definido, o
projeto deve estar de acordo com o padrão dos órgãos fiscalizadores para aprovação
da prefeitura e a obra ser autorizada para execução.
 Projeto Executivo – A obra só pode iniciar depois que todos os projetos
estiverem concluídos e com a equipe responsável pela execução da obra, por isso
todas plantas detalhadas do projeto devem sempre ficar no canteiro de obra sob
responsabilidade do responsável técnico pela execução e do mestre de obras.

2.4.2 Projeto Estrutural


O projeto estrutural é obtido através da análise do projeto arquitetônico e do
estudo das características do solo para que seja decidido qual o tipo de sistema
estrutural é mais adequado, além disso é levado em consideração material e mão de
obra disponível na região. Esse projeto é dividido em etapas que vai desde a primeira
visita à obra para conhecimento do terreno, passando por concepção, análise e
22

síntese estrutural ao detalhamento dos elementos e a formação dos desenhos


(DALDEGAN, 2016).

2.4.2.1 Lajes
Segundo Bastos (2015) lajes são classificadas como planos bidirecionais, onde
as dimensões comprimento e largura, são da mesma ordem de grandeza e bem
maiores que a terceira dimensão, a espessura. Lajes também são conhecidas como
placas ou elementos de superfície.
Elas começaram a aparecer na década de 20 conforme citado por NAPPI
(1993):
Os pavimentos superiores já começam a apresentar lajes maciças de
concreto, em substituição aos assoalhos de madeira (...) Nos edifícios de
médio porte e nas poucas edificações com mais de cinco pavimentos são
predominantes as estruturas de aço (...) que vão cedendo lugar às de
concreto armado, nos dois casos utilizando-se lajes de concreto armado e
vedações de alvenaria de tijolos.

Lajes são destinadas a receber as cargas verticais, sejam elas seu peso
próprio, contrapiso, revestimentos, pessoas entre outros, tudo isso sendo transmitidos
para os seus respectivos apoios. Para efeito de cálculo, deve ser considerado que
todas as cargas devem ser uniformemente distribuídas.
Existem vários tipos de lajes que são empregadas de um modo geral, elas se
dividem de acordo com sua composição, forma, tipo de apoio e esquema de cálculo.
Conforme sua composição e forma elas podem ser consideradas mistas moldadas em
obra, mistas pré-moldadas, maciças ou nervuradas. Quanto aos tipos de apoio são
classificas como contínuas, isoladas, em balanço, cogumelo ou lisas. E em relação ao
seu esquema de cálculo podem ser armadas em uma ou em duas direções.
 Laje Maciça
Por definição lajes maciças são placas de espessura uniforme, apoiadas ao
longo do seu contorno. Esses apoios podem ser constituídos por vigas ou por
alvenarias, sendo este tipo de laje predominantemente em edifícios residenciais ou
vãos pequenos (ARAÚJO, 2003).
Segundo a NBR 61188/2014 esse tipo de laje pode ser de concreto armado ou
protendido. Tem espessura normalmente no intervalo de 7cm a 15 cm e pode ser
projetada nos mais variados tipos de construção, como em reservatórios, escolas,
hospitais, muros de arrimo, edifícios de múltiplos pavimentos a construções de
pequeno porte. Elas podem ser classificadas quanto à direção:
23

 Lajes armadas em uma direção


Nas lajes armadas em uma direção a relação entre os vãos é superior a 2, ou
seja, o vão maior (Ly) é superior ao dobro do vão menor (Lx), como mostrado na figura
5. Nesses casos, o momento fletor na direção do vão maior é pequeno e não necessita
ser calculado, bastando adotar uma armadura mínima segunda esta direção
(ARAÚJO ,2003).

Figura 5 - Onde a é o vão menor e b o vão maior


Fonte: Nolasco, 2014.

 Lajes armadas em duas direções


Também chamada de armadura em cruz, ocorre quando a relação entre as
duas dimensões principais (horizontais) é um número compreendido entre 0,5 e 2,0,
como é exibido na figura 6 (ADÃO; HEMERLY, 2002). Nesses casos os momentos
fletores devem ser calculados para que ocorra o dimensionamento e disponha as
armaduras correspondentes.

Figura 6 - Armadura em cruz


Fonte: Nolasco, 2014.

 Vinculação
Em princípio existem três tipos de apoio das lajes, são eles paredes de
alvenaria ou de concreto, vigas ou pilares de concreto. A vinculação das bordas pode
24

ser por apoios simples ou engastes perfeito e com a utilização de programas


computacionais pode ser obtido o engaste elástico também. A vinculação
simplesmente apoiada ocorre quando a borda da laje é continuamente suportada por
vigas, paredes de alvenaria de tijolos cerâmicos, de blocos de concreto ou de pedras
(FILHO, 2014).

 Ações que devem ser considerados


De acordo com a NBR 8681/2003, as ações podem ser classificadas em
permanentes, variáveis e excepcionais.
 Ações permanentes
São aquelas que sucedem com valores constantes durante quase toda a vida
da edificação, ou as que prolongam com o tempo inclinando-se a um valor limite
constante.
 Ações permanentes diretas
São constituídas pelo peso próprio da estrutura e pelos pesos dos elementos
construtivos fixos e permanentes (NBR 6118/2014).
 Ações permanentes indiretas
São estabelecidas por as deformações impostas por fluência do concreto,
estreitamento, transferência de apoio, deformidades geométricas e protensão (NBR
6118/2014).
 Ações variáveis diretas
São constituídas pelas cargas acidentais antecipadas para o uso da
estruturação, sejam elas ação do vento (NBR 6123/2013), ação da água (NBR
8681/2003).
 Ações variáveis indiretas
São elas variações estáveis da temperatura e instáveis de temperatura e as
ações dinâmicas.
 Ações excepcionais
Ocorre quando a estrutura apresenta circunstancias excepcionais de
carregamento, no qual as respostas não podem ser monitorados por outros meios
(NBR 6118/2014).
25

 Espessura mínima
Segundo a NBR 6118/2014 (item 13.2.4.1) fica estabelecido que a espessura
mínima para as lajes maciças deve respeitar:
a) 7 cm para lajes de cobertura não em balanço;
b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;
c) 10 cm para lajes em balanço;
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
f) 15 cm para lajes com protensão apoiada em vigas, com o mínimo de λ/42 para lajes
de piso biapoiadas e λ/50 para lajes de piso contínuas;
g) 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes cogumelo fora do capitel.

 Cobrimento Mínimo
Na NBR 6118/2014 (item 7.4.7.2) determina valores para cobrimento nominal
em armaduras de laje.
Para que o cobrimento mínimo seja garantido é necessário que o projeto e a
execução considerem que o cobrimento nominal (cnom) é igual o cobrimento mínimo
(cmín) mais a tolerância de execução (c). Nas obras correntes o valor de c deve
ser maior ou igual a 10mm.

cnom = c mín + c

O cobrimento de uma barra é fornecido pelo item 7.4.7.5 da ABNT NBR


6118/2014:
a) Cnom ≥ ᶲbarra
b) Cnom ≥ ᶲfeixe = ᶲn= ᶲ√n
c) Cnom ≥ 0,5 ᶲ bainha

A dimensão máxima do agregado graúdo não pode superar 20% a espessura


nominal do cobrimento, segundo o item 7.4.7.5 da NBR 6118/2014

Dmáx ≤ 1,2 Cnom


26

Nos projetos a agressividade ambiental é um fator de extrema relevância,


sendo obedecida pelo quadro 1.

Quadro 1 - Classe de Agressividade Ambiental


Classe de Classificação geral do tipo
Rico de deterioração
agressividade Agressividade de ambiente para efeito de
da estrutura
ambiental projeto

Rural
I Fraca Insignificante
Submersa

II Moderada Urbana 1)2) Pequeno

Marinha 1)
III Forte Grande
Industrial 1)2)
Industrial 1)3)
IV Muito Forte Elevado
Respingos de maré
1) pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima)
para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de
apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com
argamassa e pintura).
2) pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em obras em regiões
de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de
chuva em ambientes predominantes secos, ou regiões onde raramente chove.
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em
indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

Fonte: Tabela 6.1 da NBR 6118/2014.

Após conhecer o ambiente no qual sua estrutura será construída, cabe ao


projetista considerar a agressividade ambiental no quadro 2.

Quadro 2 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento


nominal para c= 10 mm
Classe de agressividade ambiental
I II III IV 3)
Componente ou
Tipo de estrutura
elemento
Cobrimento nominal (mm)

Laje 2) 20 25 35 45
Concreto armado
Vigas/Pilar 25 30 40 50
Concreto protendido 1) Todos 30 35 45 55
1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas
sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão
fragilizastes sob tensão.
2) para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com
revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento
27

tais como pisos elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as
exigências desta tabela podem ser substituídas por 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal ≥ 15
mm.
3) nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto,
condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente
agressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45mm.

Fonte: Tabela 7.2 NBR 6118/2014

 Altura útil
Diz respeito a distância entre o centro de gravidade da armadura tracionada e
a face comprimida da seção. A norma brasileira NBR 6118/2014 não diz nada a
respeito de pré-dimensionamento, no entanto lajes retangulares com bordas
engastadas ou apoiadas, a altura útil pode ser estimada por a equação:

d= (2,5-0,1n) λ
d= altura útil da laje
n=número de bordas engastadas
λ≤ λx
0,7λy

Após conhecer a altura útil, é possível determinar a altura da laje a partir das
expressões.
h= d+ϕλ/2+c
h= altura da laje
d= altura útil
ϕλ, como se não conhece tem recomendação de adotar uma bitola de 10mm.
c= cobrimento
λx= menor vão
λy= maior vão

 Momentos Fletores
Os momentos fletores são determinados conforme a laje é armada, em uma ou
duas direções.
28

 Cálculo das lajes armadas em uma direção


Nesse tipo de laje apenas o momento fletor na direção do maior vão necessita
ser calculado, o que permite ser feito de maneira simplificada e a favor da segurança.
O momento fletor nessa direção é obtido como para uma viga de largura unitária.
 Cálculo das lajes armadas em duas direções
Para as lajes armadas em cruz, o cálculo dos esforços deve ser feito
observando-se a flexão biaxial, que vai aumentar consideravelmente a estrutura do
problema (ARAÚJO, 2003).
Existem diversos métodos para esse cálculo, alguns deles são:
 Método de Marcus
É um método simples, muito utilizado em lajes de concreto armado, nele é
admitido um comportamento elástico linear. É um método bastante atrativo, tem uma
vasta disponibilidade de soluções analíticas, o que facilita sua implantação
computacional (ARAÚJO,2003).
 Teoria das linhas de ruptura
Foi introduzida por K.W. Johansen sendo uma alternativa para cálculo de
esforços e reações em lajes. Nesta teoria é admitido que o material possui um
comportamento rígido-plástico e é possível determinar métodos de ruína. Atualmente
não é muito utilizado por apresentar dificuldades computacionais (ARAÚJO, 2003).
 Teoria de flexão de placas
É a teoria mais exata dentro da teoria da elasticidade. É resolvido através de
equações diferenciais de quarta ordem, junto com condições de contorno. O material
apresenta um comportamento elástico linear.
 Método das diferenças finitas
É um método numérico que leva a uma solução aproximada da equação
diferencial, onde o material é elástico linear. Porém apresenta dificuldade de
generalização das condições de contorno e de carregamento.
 Método dos elementos finitos
É o método numérico mais utilizado ultimamente, sua formulação foi baseada
na teoria de Mindlin, sendo empregado o elemento isoparamétrico quadrático de oito
nós. Entretanto não é simples e tem um trabalho computacional extremamente
grande, o que faz dele não ser a melhor opção.
29

 Cálculo dos momentos atuantes


Para lajes armadas em duas direções utilizam-se tabelas de apoio encontradas
na NBR 6118/2014, encontrando seus momentos atuantes.
𝑝𝑙𝑥²
𝑚𝑥 = 𝜇𝑥. 100 Para momento positivo no eixo x;

𝑝𝑙𝑥²
𝑚𝑦 = 𝜇𝑦. 100 Para momento positivo no eixo y;

𝑝𝑙𝑥²
𝑋𝑋 = 𝜇′𝑥. 100 Para momento negativo no eixo x;

𝑝𝑙𝑥²
𝑋𝑦 = 𝜇′𝑦. 100 Para momento negativo no eixo y;

Para lajes armadas em uma direção os cálculos são feitos através das
equações:

𝑝𝑙𝑥²
𝑀= Para lajes apoiadas nos dois lados;
8

𝑝𝑙𝑥²
𝑀 = 14.22 Para lajes apoiada em um lado e engastado no outro;

𝑝𝑙𝑥²
𝑀𝑒 = − Momento no engaste;
8

𝑝𝑙𝑥²
𝑀= Para lajes engastadas nos dois lados;
24

𝑝𝑙𝑥²
𝑀𝑒 = − Momento no engaste;
12

𝑝𝑙𝑥²
𝑀𝑒 = − 2 Para lajes em balanço.
Lx = menor vão
P= carga uniforme

2.4.2.2 Alvenaria Estrutural


Tauil e Nese (2010) interpretam alvenaria como o conjunto de peças
justapostas cravadas em um campo de interação, por uma argamassa adequada
produzindo um componente vertical consistente.
A alvenaria estrutural trata-se de um processo construtivo onde as paredes têm
função estrutural, ou seja, são autoportantes. Elas transmitem as ações através de
tensões de compressão, diferente da alvenaria convencional que tem função de
vedação. Na alvenaria estrutural a resistência depende unicamente da alvenaria
argamassada. Seus principais componentes são:
30

 Bloco
É o componente básico da alvenaria (NBR 15961-1/2011). Tem como atividade
dispor de resistência à compressão, além de possuir competência de prender a
argamassa tornando a parede homogenia, e ter durabilidade frente a agentes
agressivos como temperatura e umidade.
São classificados de acordo com a porcentagem de vazios. O bloco maciço,
possui um índice de vazios de no máximo 25% da área total (RAMALHO; CORRÊA,
2008), e o bloco vazado é um item da alvenaria cuja a área líquida é igual ou inferior
a 75% (NBR 6136/2016). No tocante ao detalhe de vazios a tensão ao qual se refere
a área total da unidade, é denominada área bruta, já a tensão calculada retirando a
parte dos vazios é chamada tensão em relação a área líquida.
Os blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural, segundo a
NBR 6136:2016 devem atender a resistência característica do bloco a compressão,
sendo agrupados em classes.
O bloco para classe A aplica-se a em paredes externas sem revestimento com
resistência característica a compressão maior ou igual a 6MPa.
O bloco para classe B aplica-se a em paredes externas ou internas com
revestimento com resistência característica a compressão maior ou igual a 4,5MPa.
 Argamassa
Junta de argamassa: Elemento utilizado nas ligações dos blocos (NBR 15961-
1/2011). A argamassa de assentamento tem função de propagar e padronizar as
tensões da alvenaria, absorver pequenas deformações, precaver funcionamento da
água e do vento e decrescer as anomalias mensuram dos blocos.
Os materiais constituintes da argamassa são o cimento Portland, cal, areia e
água. E as propriedades que devem ser atendidas são trabalhabilidade, consistência,
retenção de água, tempo de endurecimento, aderência, resistência a compressão e
principalmente resistência a plasticidade.
As argamassas são classificadas de acordo com o tipo de função que irá
exercer.
 Argamassas mistas
Elas são constituídas por areia, cal hidratada e cimento. São divididas conforme
as normas americanas pelas as letras M, S, N e O. Segundo Kalil (2007) as do tipo M
são recomendadas para alvenarias com muito contato com o solo, por exemplo, muros
de arrimo, pois são muito resistentes a compressão e possui uma boa durabilidade.
31

As do tipo S são indicadas para alvenarias sujeitas ao esforço de flexão, apresentando


também boa resistência a compressão e tração nas interfaces. As do tipo N, são
sugeridas para uso geral, sem contato com o solo apontando uma média resistência
a compressão e uma durabilidade apropriada. Já as do tipo O são recomendadas para
alvenaria do tipo maciça, onde a tensão de compressão não exceda 0,7 MPa e não
esteja em um meio agressivo, portando de baixa resistência a compressão e utilizando
mais em ambientes internos (KALIL, 2007).
 Argamassas semi-prontas
É empregada argamassa usinada de cal e areia, onde na própria obra é feita a
adição de cimento. Neste tipo é utilizada cal virgem em pó e sua extinção é feita
através de reatores adicionando água e preparando uma pasta (KALIL, 2007)
 Argamassas industrializadas
Nesse conjunto podem ser classificadas em dois grupos, um pronto e um que
necessita de um acréscimo de água no final. As mais empregadas no Brasil são as
que necessitam de água no final e são comercializadas em sacos ou granel (KALIL,
2007)
 Graute
Item que tem como função ocupar as regiões vazias dos blocos, com o objetivo
de evoluir sua capacidade resistente (NBR 15961-1/2011).
O graute é uma mistura de materiais utilizada para o concreto convencional
com agregados de pequena dimensão e relativamente fluido, necessário para o
preenchimento dos vazios das unidades. Seu papel é assegurar o aumento da área
da secção transversal dos blocos, aumentando a capacidade da compressão ou
permitindo que as armaduras colocadas combatam as tensões de tração, sendo o
objetivo real aumentar a resistência da parede sem elevar a resistência do bloco
(FROLLINI, 2016).
Segundo a NBR 15961-2/2011, o graute deve ter sua resistência característica
maior ou igual a duas vezes a resistência da unidade, em razão da resistência
característica do bloco ser referida à área bruta.

 Materiais Usados
Os materiais constituintes são cimento, areia, pedrisco e água. Tratando-se do
cimento deve-se haver bastante cuidado para não utilizar cimento modificado por
32

pozolanas, estes por sua vez retêm muito líquido e pode interferir no fator
água/cimento.

 Armaduras
As armaduras aplicadas em construções de alvenarias são as mesmas usadas
no concreto armado, encontrando-se rodeada por graute.

 As alvenarias podem ser não armadas, armadas e protendidas:


 Alvenaria não armada
Aplicada em edificações de pequeno porte, como residências e edifícios
de até oito pavimentos, é um sistema do tipo que não recebe graute, utilizando apenas
armaduras de aspectos construtivos como vergas, contravergas e cintas, evitando
assim o aparecimento de patologia como trincas. Segundo Parsekian et al. (2013) a
alvenaria não armada é muito resistente a compressão e pouquíssimo a tração,
portanto as tensões de tração devem-se ser muito baixas e inferiores ao baixo limite
da resistência para evitar o aparecimento de fissuras.
 Alvenaria Armada
Pode ser adotada em construções de até mais de 20 pavimentos, é uma
alvenaria que recebe reforços de aço em determinadas regiões devido a exigências
estruturais. São utilizados fios, barras, e telas de aço dentro dos vazios dos blocos e
logo após vão ser grauteados e preenchidas todas as juntas verticais. Essas
armaduras são fundamentais para resistir as tensões de cisalhamento e tração,
melhorando sua ductibilidade (MAMEDIO, 2015).
 Alvenaria protendida
É um tipo de alvenaria reforçada por armadura ativa, na qual será
submetida a esforços de compressão. Nela são utilizadas barras de aço roscado e
aplicado a força de protensão com macaco hidráulico (NONATO, 2013).

 Modulação
Segundo Manzione (2004), coordenação modular é uma técnica que permite,
a partir de um módulo básico estabelecer as dimensões dos ambientes. É um
procedimento muito importante para que resulte em uma construção econômica e
racional.
33

A modulação está relacionada a estabilidade da edificação já que a sua


estrutura ser de sustentação e por estar relacionada a outros componentes, que no
futuro do projeto irão compor todo a edificação pronta para uso (TAUIL, 2010). Assim
pode-se afirmar que modular um arranjo arquitetônico expressa acertar suas
dimensões em planta, de maneira a não precisar ou reduzir cortes ou ajustes
necessários a efetivar as paredes.
 Blocos Utilizados
Existem diferentes blocos que podem ser usados em uma edificação. De
acordo com a NBR 6136/2016, que traz os blocos vazados de concreto para alvenaria
estrutural, as unidades estabelecem larguras padronizadas: largura de 15 cm,
identificados blocos M15, largura de 20 cm, M20. Segundo as normas os
comprimentos padronizados serão de 20 e 40 cm e alturas de 10 e 20 cm
respectivamente. É viável que o comprimento e a largura sejam múltiplos, facilitando
a amarração das paredes. Entretanto nem sempre essa condição pode ser atendida,
havendo necessidade de blocos com tamanhos especiais.
A coordenação modular assente através de um módulo básico, estabelecer as
extensões dos ambientes tanto no sentido horizontal, como no sentido vertical.
 Modulação horizontal
O módulo horizontal, ou o módulo em planta é definido pelo seu arranjo
arquitetônico, porém para essa definição o que realmente importa é a largura do bloco
a ser adotado.
Quando se adota um determinado módulo M, ele refere-se ao comprimento real
adicionando a espessura de uma junta J. Dessa forma o comprimento real de um
bloco inteiro será 2M-J, e meio bloco M-J, como mostra a Figura 7. Tendo em vista
que as juntas mais usuais são de 1cm, de acordo com a família do M15, teremos
comprimentos nominais (15,20,30,35 e 45 cm) retirando 1cm (14,19,29,34 e 44 cm)
(RAMALHO CORRÊA, 2008). Posteriormente a escolha do módulo lança-se a
primeira fiada dentro da malha, definindo as amarrações dos cantos, encontros de
paredes, passagens de instalações e esquadrias.
34

Figura 7 - Modulo M
Fonte: Ramalho; Corrêa, 2008.

Para cantos e amarrações, por serem pontos de transferências de cargas e


paredes e de concentrações de tensões, o tratamento requer mais atenção e soluções
especiais, como são exibidos nas Figuras 8 e 9.

Figura 8 - Amarração em T
Fonte: Ramalho; Corrêa, 2008.

Figura 9 - Amarração em L
Fonte: Ramalho; Corrêa, 2008.
35

 Modulação vertical
Existem duas formas principais de se realizar essa modulação, a primeira em
que a distância modular é apresentada do piso ao teto, dessa forma as paredes das
extremidades terminarão com um bloco J possuindo em uma das suas laterais com
uma altura maior que a convencional, de modo a acomodar a altura da laje e as
paredes internas terão blocos canaletas comuns. E a outra possibilidade é a aplicação
da distância modular de piso a piso, onde a última fiada das paredes externas serão
formadas por blocos J, com uma das suas laterais com altura menor que a
convencional, e a paredes internas em sua última fiada, blocos compensadores.
(RAMALHO; CORRÊA, 2008)

 Compressão simples
É a solicitação mais comum e mais simples a ser considerada, onde os
elementos comumente a compressão simples são os pilares e paredes, sendo
armados ou não (RAMALHO; CORRÊA, 2008).
Pilares, segundo NBR 15961-1/2011 é um elemento linear que resiste
principalmente a compressão e sua maior dimensão da seção transversal não
ultrapasse cinco vezes a menor dimensão.

 Flexão simples
A flexão simples pode ser considerada uma solicitação fundamental e bastante
comum em edificações de alvenaria. As vigas e vergas são os elementos lineares com
objetivo de suportar e transmitir ações verticais mediante um comportamento de
flexão. Segundo NBR 15961-1/2011, viga é um elemento linear que resiste a flexão e
seu vão maior é igual ou superior a três vezes a altura da sua seção transversal. Verga
é uma viga alojada sobre a abertura de uma porta ou janela com função de transmitir
cargas verticais para paredes adjacentes à abertura.

 Principais sistemas estruturais


Os sistemas estruturais podem ser classificados de acordo com a disposição
das paredes estruturais nos tópicos apresentados a seguir.
 Paredes transversais
São paredes não estruturais, ou seja, elas não são admitidas como
participantes da estrutura. (NBR 15961-1/2011). Utilizadas em edifícios de planta
36

retangular, com lajes armadas em única direção e apoiam-se nas paredes estruturais
perpendiculares ao eixo.
 Paredes celulares
Nesse sistema as lajes vão ser armadas nas duas direções, possui vantagem
em relação as paredes transversais pôr as ações verticais e horizontais se distribuírem
por um maior número de paredes, conferindo uma maior rigidez ao sistema, além de
proporcionar contraventamento para resistir as ações horizontais em qualquer
direção.
 Sistema complexo
É a combinação de ambos os sistemas anteriores, ou seja, como se comporta
em regiões diferentes da construção, é bastante utilizado em plantas mais complexas.

 Análise estrutural
Compreende todos os procedimentos para determinar os esforços para os
elementos lineares e tensões dos outros elementos da estrutura que irá ser
considerada.
“Os carregamentos atuantes e os esforços resultantes nas lajes, bem como as
reações destes carregamentos nas paredes são determinados da maneira usual
adotada para estruturas em concreto armado, conforme as normas específicas”.
(SILVA, 1996, p.11).

 Ações a serem consideradas


 Ações Verticais
Para as ações verticais atuantes, as principais a serem consideradas são as
ações das lajes e o peso próprio das paredes. Para determinação desses valores de
carregamento utiliza-se a NBR 6120/1980.
- Peso próprio das paredes
𝑃 = 𝛾𝑒ℎ
P: peso da alvenaria (por unidade de comprimento)
𝛾 : peso específico da alvenaria
e: espessura da parede
h: altura da parede
37

As paredes estruturais são apoios rígidos para as lajes, ao contrário de vigas


em uma estrutura de concreto armado, o que faz com que a rotação nos cantos das
lajes sobre os apoios rígidos seja maior para resistirem aos momentos envolventes.
 Ações horizontais
As principais ações que devem ser consideradas são as ações do vento, do
desaprumo e em áreas sujeitas a abalos sísmicos (NBR 6118/2014).
 Ação dos ventos
Para a determinação das ações dos ventos deve ser consultada a NBR
6123/2013, onde especifica que as pressões dos ventos são transformadas em forças
estáticas, atuando a superfície perpendicular à direção do vento.
Conforme Accetti, 1998 o vento vai atuar sobre as paredes, nas quais passam
a ação às lajes dos pavimentos. Assim as lajes distribuem parcelas da ação do vento
aos painéis de contraventamento, proporcionando rigidez de cada um. Considerando
um grupo para cada direção do vento uma vez que atuam nas duas direções,
conforme a Figura 10.

Figura 10 - Ações do vento


Fonte: Projeto de edifícios de alvenaria estrutural, 2008

Para a verificação das ações dos ventos utiliza-se da norma 6123/2013 para
efeito dos cálculos.
A força global (F) do vento sob uma edificação, chamada de força de arrasto é
obtida pela seguinte expressão:
𝐹 = 𝐶𝑎. 𝑞. 𝐴𝑒
Ca: coeficiente de arrasto
q: pressão de obstrução (N/m²)
38

Ae: área da superfície onde o vento atua (m²)

A pressão de obstrução q, é calculada através da seguinte equação:


𝑞 = 0,613. 𝑣𝑘²
vk: velocidade característica do vento

A velocidade do vento, é obtida por:


𝑣𝑘 = 𝑆1. 𝑆2. 𝑆3. 𝑉𝑜
S1: fator topográfico
S2: fator rugosidade e regime
S3: fator estatístico
Vo: velocidade básica do vento
 Desaprumo
Para o desaprumo é utilizado uma norma alemã DIN 1053/1974. O ângulo para
desaprumo do eixo da estrutura, em relação à altura da edificação, é representado
pela equação:
1
𝜑=
100√𝐻
𝜑 : ângulo em radianos
H: altura da edificação em metros
Após, é possível determinar a ação horizontal através da expressão:
𝐹𝑑 = ∆𝑃𝜑
Fd: força horizontal equivalente ao desaprumo
∆P: peso total do pavimento considerado
 Abalos sísmicos
Para as ações dos sismos devem ser consideradas normas especificas, que
sejam apropriadas para a o local no qual será construído a edificação.

 Segurança e estado limite


A segurança de uma estrutura pode ser entendida como a capacidade de
suportar as ações previstas ao longo de toda a vida útil, se caracteriza por hipóteses
no qual o comportamento estrutural pode vim ocorrer. Os estados de limite que devem
ser considerados são, ELU (Estado de Limite Único) e o ELS (Estado de Limite de
serviço) (BASTOS, 2015).
39

Segundo o item 7.3 da NBR 15961-1/2011, alguns aspectos devem ser


identificados em relação ao ELU:
a) ELU da perda do equilíbrio da estrutura, admitindo como corpo rígido;
b) ELU do esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte;
c) ELU do esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte,
considerando os efeitos de segunda ordem;
d) ELU provocado por solicitações dinâmicas;
e) ELU de colapso progressivo;
f) outros ELU que possam ocorrer em casos especiais
Segundo o item 7.4 da NBR 15961-1/2011, ELS estão relacionados a
durabilidade, aparência, conforto do usuário e funcionalidade da estrutura.
a) Danos que comprometam apenas o aspecto estético da construção ou durabilidade
da estrutura;
b) Deformações excessivas que afetem a utilização normal da construção ou seu
aspecto estético;
c) Vibração excessiva ou desconfortável.

 Resistência à compressão da alvenaria

A resistência da alvenaria a compressão depende das resistências da


argamassa e dos blocos. A relação entre a resistência das unidades e da alvenaria é
identificada como fator de eficiência, ensaios mostram que o fator de eficiência diminui
com o aumento da resistência das unidades e cresce com o aumento da relação
altura, da unidade pela espessura da junta (CAMACHO; 1986).
De acordo com a BS-5628/1992, a resistência à compressão característica da
alvenaria (fck) pode ser estabelecida através de ensaios efetuados em painéis de
paredes representativos. Para alvenarias com amarração e assentamento normais,
as resistências à compressão podem ser obtidas por tabelas, onde estas resistências
são referidas à área bruta das unidades.
De acordo com a NBR 10837/1989,” a resistência à compressão deve ser a
resistência média encontrada em ensaios de prisma fp ou de parede fpa,
desprezando-se também os efeitos da esbeltez”.
40

 Blocos
A eficiência é dada a partir da seguinte expressão (RAMALHO; CORRÊA,
2008.), na qual pode ser consultada no Quadro 3.
𝑓𝑝𝑎𝑟
𝑛=
𝑓𝑏
fpar: resistência da parede
fb: resistência no bloco

Quadro 3 - Valores de eficiência parede-bloco


Bloco Valor mínimo Valor máximo
Concreto 0,4 0,6
Cerâmica 0,2 0,5
Fonte: Ramalho; Corrêa, 2008.

 Argamassa
Quando se trata de argamassa, é importante frizar dois fatores em relação a
resistência à compressão das paredes: a espessura da junta horizontal e a resistência
à compressão da argamassa.
Segundo Gomes (1983), a argamassa de assentamento deve ter como
resistência um valor entre 70% e 100% da própria resistência do bloco, podendo-se
dizer que argamassas com resistências em torno de 50% da do bloco, dificilmente
ocorrerá uma queda significativa na resistência da parede.
 Graute
Segundo o item 6.1.3 da NBR 15961-1/2011, a influência do graute na
resistência da alvenaria deve ser verificada em laboratório nas condições de
utilização. Sua avaliação da influência deve ser feita observando o ensaio de
compressão de prismas, pequenas paredes ou paredes. E em componentes de
alvenaria armada, a resistência à compressão deve ser um valor mínimo de 15 MPa.

2.4.3 Projeto Hidrossanitário


Segundo a NBR 13531/1995, as instalações prediais têm embasamento no
Produto constituído por conjunto de componentes construtivos definidos em
conformidade com princípios e técnicas específicos da arquitetura e da
engenharia para, ao integrar a edificação, desempenhar, em níveis
adequados, determinadas funções (ou serviços) de condução de energia,
gases, líquidos e sólidos.
41

2.4.3.1 Água Fria


A instalação predial de água fria equivale em um grupo de tubulações,
equipamentos, reservatórios e dispositivos, com objetivo de abastecimento dos
aparelhos e pontos de utilização de água da edificação, em parcela considerável, com
propósito de preservar as particularidades da água fornecida pelo processo de
fornecimento (CARVALHO JUNIOR, 2013).
De acordo com a NBR 5626/1998 as instalações devem ser projetadas a fim
de que atendam alguns parâmetros:
- Conservar a potabilidade da água;
- Assegurar o abastecimento de água de forma ininterrupta em quantidade adequada
e com pressões e velocidades compatíveis;
- Viabilizar controle de água e de energia;
- Ocasionar manutenção fácil e econômica;
- Impedir níveis de ruído;

 Sistemas de abastecimento
Os sistemas de abastecimento da rede predial podem ser divididos em três
tipos: direto, indireto e misto. Cada um deles com suas particularidades, vantagens e
desvantagens.
 Sistema de abastecimento direto
Nesse grupo toda rede predial é abastecida propriamente da rede pública, onde
a organização é de forma ascendente e não se encontram reservatórios domiciliar. É
um recurso com pequeno custo de instalação e com água limpa. Porém apresenta um
problema depender exclusivamente da rede pública. (NBR 5626/1998).
 Sistema de abastecimento indireto
No sistema indireto a alimentação é feita por meio de reservatórios, ele se
divide em três grupos:
- Indireto sem bombeamento
A rede pública é necessária para alimentar o reservatório superior. O
reservatório alimenta os pontos por gravidade, tendo que estar a uma altura superior
a qualquer ponto de consumo (CARVALHO JÚNIOR, 2013).
- Indireto com bombeamento
42

Nesse método a pressão da rede pública não é suficiente para alimentar o


reservatório superior, necessitando fazer uso de um reservatório inferior no qual é
abastecido por um sistema de recalque (CARVALHO JÚNIOR, 2013)
- Indireto hidropneumático
É um sistema que necessita de um equipamento para pressurização da água
com suporte de um reservatório inferior. Exige particularidades adicionais e um custo
alto (CARVALHO JÚNIOR, 2013).
 Sistema de distribuição mista
Uma parte da distribuição é alimentada diretamente pela rede de distribuição e
outra parte indiretamente. Possui como principais vantagens água limpa e sem
interrupções, e a instalação da válvula de descarga.

 Consumo diário das edificações


Para estimar o consumo diário é necessário verificar a quantidade de pessoas
e a natureza do local, é calculado pela seguinte fórmula (NBR 5626/1998):
𝐶𝑑 = 𝑃𝑥𝑞
Cd= consumo diário (litros/dia)
P= população
q= consumo per capita (litros/dia)

 Capacidade dos reservatórios


Conforme a NBR 5626/1998, a capacidade mínima dos reservatórios devem
ser 500L, e o volume necessário deve atender 24 horas de consumo normal do
edifício, sem ser considerado o volume de água para combate de incêndio. O volume
da capacidade do reservatório é dado através da equação:
𝐶𝑅 = 2𝑥𝐶𝑑
CR= Capacidade total do reservatório (litros)
Cd= consumo diário (litros/dia)
Segundo Creder (1995) os reservatórios devem ter capacidade suficiente para
dois dias de consumo e que o reservatório inferior armazene 60% e o superior 40%
do consumo. Colocando a reserva de incêndio no reservatório superior.
43

 Rede de distribuição
A rede de distribuição de água fria é formada pelo conjunto de canalizações
que interligam os pontos, traçando de forma que a canalização do banheiro seja
diferente da canalização da área de serviço e cozinha (CARVALHO JUNIOR, 2013).
 Barrilete: De acordo com a NBR 5626/1998:
Tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam as colunas de
distribuição, quando o tipo de abastecimento é indireto. No caso de tipo de
abastecimento direto, pode ser considerado como a tubulação diretamente
ligada ao ramal predial ou diretamente ligada à fonte de abastecimento
particular.

 Colunas de distribuição: É a coluna derivada do barrilete com intenção


de alimentar os ramais (NBR 5626/1998).
 Ramais: Canalização derivada da coluna de distribuição, a fim de
distribuir aos sub-ramais (NBR 5626/1998).
 Sub-ramais: Tubulação que liga o ramal à sua utilização (NBR
5626/1998).

 Materiais
Para a escolha dos materiais é de fundamental importância utilização das
normas, para que parâmetros de segurança economia, conforto e higiene sejam
atendidos.
De acordo com a NBR 5626/1998, os tubos e conexões constituintes de uma
instalação predial de água fria podem ser de PVC rígido, aço galvanizado, cobre, ferro
fundido de tal modo que satisfaçam a condição de que a pressão de serviço não deva
ser superior a pressão estática. Esses utensílios devem ser próprios para a condução
de água potável e devem conter especificações para recebimento, relativo a cada um
deles, inclusive métodos de ensaio.
Os tubos e conexões mais utilizados são os de PVC, em relação aos outros
materiais possuem diversas vantagens como maior resistência mecânica e a
corrosão, leveza, baixo custo e menor perda de carga (CARVALHO JÚNIOR, 2013).

 Altura dos pontos


Os posicionamentos da altura dos pontos de água são pré-determinados nos
aparelhos, são elas especificadas no quadro 4.
44

Quadro 4 - Altura dos pontos


Bacia sanitária com válvula H= 33 cm
Bacia sanitária com caixa acoplada H= 20 cm
Ducha higiênica H= 50 cm
Bidê H= 20 cm
Banheira de hidromassagem H= 30 cm
Chuveiro ou ducha H= 220 cm
Lavatório H= 60 cm
Mictório H= 105 cm
Máquina de lavar roupa H= 90 cm
Máquina de lavar louça H= 60 cm
Pia H= 110 cm
Tanque H= 115 cm
Torneira de limpeza H= 60 cm
Torneira de jardim H= 60 cm
Registro de pressão H= 110 cm
Registro de gaveta H= 180 cm
Válvula de descarga H= 110 cm
Fonte: Carvalho Júnior (2013)

 Dimensionamento da tubulação de água fria


 Vazão
Empregando o método dos pesos relativos (Quadro 5) é possível determinar a
vazão a partir da fórmula (NBR 5626/1998):

𝑄 = 0,3√ΣP
Q= vazão (l/s)
ΣP= somatório dos pesos específicos

Quadro 5 - Tabela de pesos da norma


Vazão do projeto
Aparelho sanitário Peça de utilização Peso relativo
(L/s)
Caixa de descarga 0,15 0,3
Bacia sanitária Válvula de descarga 1,7 32
Banheira Misturador (água fria) 0,3 1
Bebedouro Registro de pressão 0,1 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,1 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,2 0,4
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,1 0,1
Lavadora de pratos
ou de roupas Misturador (água fria) 0,3 1
45

Torneira ou misturador (água


Lavatório fria) 0,15 0,3
Com
sifão
Mictório integrado Válvula de descarga 0,5 2,8
cerâmico Sem Caixa de descarga, registro
sifão de pressão ou válvula de
integrado descarga para mictório 0,15 0,3

Caixa de descarga ou 0,15 por metro de


Mictório tipo calha registro de pressão calha 0,3
Torneira ou misturador (água
fria) 0,25 0,7
Pia Torneira elétrica 0,1 0,1
Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de jardim
ou lavagem em Torneira
geral 0,2 0,4
Fonte: NBR 5626, 1998

 Diâmetro
O diâmetro pode ser calculado através da equação (NBR 5626/1998):

8,69.10^5. 𝑄^1,75
𝐷𝐼 = √
0,08

DI = diâmetro calculado
Q= vazão

Através do diâmetro calculado verifica-se o diâmetro nominal conforme o


quadro 6.

Quadro 6 – Diâmetro calculado

Fonte: SOUZA (2014)


46

 Velocidade
Segundo a NBR 5626/1998 as tubulações devem ser dimensionadas de modo
que a velocidade da água, em qualquer trecho não ultrapasse valores superiores a 3
m/s. Caso isso ocorra, haverá ruído desagradável na tubulação, devido a vibrações
das paredes ocasionada pela ação do escoamento da água. É dada por a equação:
4000𝑄
𝑉=
𝜋𝐷𝐼²
V= velocidade (m/s)
DI= Diâmetro calculado (mm)

 Perda de Carga
Quando um fluido escoa, encontra um movimento relativo entre suas partículas,
convertendo um atrito entre elas. Essa energia é dissipada em forma de calor, ou seja,
a perda de carga é a diferença entre a energia inicial e a final de um líquido, quando
ele flui de uma canalização para outra. Dois fatores são importantes para determinar
perda de carga, a viscosidade e a turbulência, pois quanto mais rugoso maior será o
atrito interno (CARVALHO JÚNIOR, 2003). Pode ser determinada por as equações,
com base nos quadros 7 e 8:
Para tubos rugosos:
𝐽 = 20,2. 106 . 𝑄1,88 . 𝑑 −4,88
J= perda de carga (m/m)
Q= vazão (L/s)
D= diâmetro (mm)

Para tubos lisos:


𝐽 = 8,69. 106 . 𝑄1,75 . 𝑑 −4,75
J= perda de carga (m/m)
Q= vazão (L/s)
D= diâmetro (mm)
47

Quadro 7 - Perda de carga em conexões para tubo rugoso


Tipo de conexão
Diâmetro
Tê Tê
nominal Cotovelo Curva
Cotovelo 90º Curva 45º passagem passagem
(DN) 45º 90º
direta lateral
15 0,5 0,2 0,3 0,2 0,1 0,7
20 0,7 0,3 0,5 0,3 0,1 1
25 0,9 0,4 0,7 0,4 0,2 14
32 1,2 0,5 0,8 0,5 0,2 1,7
40 1,4 0,6 1 0,6 0,2 2,1
50 1,9 0,9 1,4 0,8 0,3 2,7
65 2,4 1,1 1,7 1 0,4 3,4
80 2,8 1,3 2 1,2 0,5 4,1
100 3,8 1,7 2,7 ... 0,7 5,5
125 4,7 2,2 ... ... 0,8 6,9
150 5,6 2,6 4 ... 1 8,2
Fonte: Tabela A.2 da ABNT 5626/1998

Quadro 8 - Perda de carga em conexões para tubo liso


Tipo de conexão
Diâmetro
nominal Cotovelo Curva Curva Tê passagem Tê passagem
Cotovelo 90º
(DN) 45º 90º 45º direta lateral
15 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3
20 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4
25 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1
32 2 1 0,7 0,5 1 4,6
40 3,2 1 1,2 0,6 2,2 7,3
50 3,4 1,3 1,3 0,7 2,3 7,6
65 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8
80 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8
100 4,3 1,9 1,6 1 2,6 8,3
125 4,9 2,4 1,9 1,1 3,3 10
150 5,4 2,6 2,1 1,2 3,8 11,1
Fonte: Tabela A.2 da ABNT 5626/1998

 Pressão
Nas instalações são consideradas três tipos de pressão: a estática (quando não
existe escoamento), dinâmica (pressão com a água em movimento) e a pressão de
serviço (pressão máxima).
A NBR 5626/1998 determina que a pressão estática em qualquer ponto de
utilização da rede predial de distribuição seja inferior a 400kPa (40mca) para proteger
48

a tubulação contra a pressão. Acerca da pressão dinâmica (com escoamento), a NBR


5626/1998 estabelece que seja superior a 5kPa (0,5mca).

2.4.3.2 Esgoto
Conforme a norma brasileira NBR 9.648/1986, esgoto sanitário é o “despejo
líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a
contribuição pluvial parasitária”.
Segundo Von Sperling (1996), a composição dos esgotos domésticos é de
aproximadamente 99,9% de água e 0,1% de sólidos orgânicos e inorgânicos,
suspensos e dissolvidos, e micro-organismos, patogênicos ou não. Esta pequena
fração de 0,1% é que faz com que haja a necessidade de tratar todo o efluente.
As instalações prediais de esgotos sanitários tem como objetivo a coletar os
despejos dos aparelhos sanitários e dar-lhes um rumo apropriado, que pode ser a
rede pública ou uma rede privada (CARVALHO JÚNIOR, 2013)
De acordo com a NBR 8160/1999, o sistema de esgoto sanitário deve ser
projetado de modo a:
• Impossibilitar a degradação da água;
• Assentir o acelerado escoamento da água utilizada e os despejos
incorporados;
• Impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto
sanitário atinjam áreas de utilização;
• Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema;
• Permitir que seus componentes sejam facilmente inspecionáveis;
• Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação;
• Permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que
facilitem sua remoção para eventuais manutenções.

 Sistemas de esgoto
Os sistemas de esgoto podem ser divididos em sistema individual, no qual cada
prédio possui seu sistema de coleta, o sistema coletivo, onde as redes coletoras
encaminham o esgoto até o local indicado para tratamento e o sistema predial de
esgoto é composto por: aparelhos sanitários, desconectores ou sifões, ralos, caixas
sifonadas, ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda, coluna de ventilação,
49

subcoletor, dispositivos de inspeção, coletor predial e válvula de retenção NBR


8160/1999.
 Aparelhos Sanitários
Segundo NBR 8160/1999 é o aparelho a fim de designar o uso da água.
 Sifão
Desconector: Recebe os efluentes do esgoto. (NBR 8160/1999). É um fecho
hídrico com objetivo de vedar passagem de gases, ele pode ser caixa sifonada ou
ralo. De acordo com essa mesma norma todos os aparelhos sanitários devem ser
protegidos por desconectores.
 Ralo
Os ralos são divididos em dois tipos, secos e sifonados. O ralo seco, sem
proteção hídrica, e o ralo sifonado, com proteção hídrica, são recipientes dotados de
grelha na parte superior utilizados para receber águas de chuveiro, áreas externas e
lavagem de piso.
 Caixa sifonada
Tem por objetivo receber os efluentes. (NBR 8160/1999).
Fabricada de ferro fundido ou PVC, com diâmetros de 100 mm, 125 mm ou 150
mm. Possui de uma a sete entradas de esgoto com diâmetro de 40 mm e apenas uma
saída com diâmetros de 50 mm e 75 mm (CARVALHO JÚNIOR, 2013).
 Ramal de esgoto
Tubulação de ordem primária que recebe os efluentes do ramal de descarga.
(NBR 8160/1999).
 Tubo de queda
Tubulação vertical das edificações que recebe efluentes de subcoletores,
ramais de esgoto e ramais de descarga. Deve ser instalado com o menor número de
desvios possíveis e seu diâmetro deve ser o maior a qualquer tubulação a ele ligada
(NBR 8160/1999)
 Coluna de ventilação
Tubo ventilador rebece o escoamento de ar da atmosfera para o sistema de
esgoto e ao contrário. Obrigatoriamente devem ser verticais e colocados na mesma
prumada, com diâmetros uniformes (NBR 8160/1999).
50

 Subcoletor
Tubulação horizontal que recebe efluentes dos ramais de esgoto e tubos de
queda. Devem possuir diâmetro mínimo de 100 mm e uma declividade mínima de 1%
(NBR 8160/1999).
 Caixa de inspeção
Com objetivo de permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações
de esgoto. Pode ser de alvenaria ou lático, com forma prismática, e diâmetro mínimo
de 60 cm. Sua profundidade máxima não pode ultrapassar um metro e não podem ser
instaladas a menos de dois metros de distância do tubo de queda (NBR 8160/1999).
 Caixa de gordura
É uma caixa destinada a reter gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, que
devem ser removidas periodicamente, a fim de que seus componentes escoem
livremente pela rede de esgoto. Coletas de cozinha, pode ser empregada uma CGP
(caixa de gordura pequena) ou CGS (caixa de gordura simples). (NBR 8160/1999).

 Dimensionamento das tubulações


O dimensionamento da tubulação de esgoto é um método simples seguido por
a NBR 8160/1999. A Unidade Hunter de Contribuição (UHC) é um número que
representa a contribuição de esgotos dos aparelhos sanitários, com cada aparelho
possuindo um valor de UHC, como no Quadro 9. O dimensionamento é feito a partir
dos quadros 9 a 13.

Quadro 9 - UHC em aparelhos sanitários


Número de UHC Diâmetro nominal
Aparelho sanitário Hunter de mínimo do ramal
contribuição de descarga
Bacia sanitária 6 100
Banheira de residência 2 40
Bebedouro 0,5 40
Bidê 1 40
De residência 2 40
Chuveiro Coletivo 4 40
De residência 1 40
Lavatório De uso geral 2 40
Válvula de descarga 6 75
Mictório Caixa de descarga 5 50
51

Descarga
automática 2 40
De calha 2* 50
Pia de cozinha industrial 3 50
Pia de cozinha Preparação 3 50
industrial Lavagem (panelas) 4 50
Tanque de lavar roupas 3 40
Máquina de lavar louças 2 50**
Máquina de lavar roupas 3 50**

* Mictório (por metro de calha) - considerar como ramal de esgoto.


** Devem ser consideradas as recomendações dos fabricantes.
Fonte: NBR 8160/1999

Quadro 10 - Dimensionamento de tubos de queda


Número máximo de UHC
Diâmetro nominal do
Prédios com até 3 Prédio com mais de 3
tubo
pavimentos pavimentos
40 4 8
50 10 24
75 30 70
100 240 500
150 960 1900
200 2200 3600
250 3800 5600
300 6000 8400
Fonte: NBR 8160/1999

Quadro 11 - Dimensionamento de subcoletores e coletores prediais


Número máximo de UHC em função das declividades
Diâmetro nominal do tubo mínimas
0,5 1 2 4
100 - 180 216 250
150 - 700 840 1000
200 -2500 1600 1920 2300
250 2500 2900 3500 4200
300 3900 4600 5600 6700
400 7000 8300 10000 12000
Fonte: NBR 8160/1999
52

Quadro 12 - Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação


Diâmetro nominal
Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação
do tubo de queda
Número de UHC
ou ramal de 40 50 75 100 150 200 250 300
esgoto DN Comprimento permitido (m)
40 8 46
40 10 30
50 12 23 61
50 20 15 46
75 10 13 46 317
75 21 10 33 247
75 53 8 29 207
75 102 8 26 189
100 43 11 76 299
100 140 8 61 229
100 320 7 52 195
100 530 6 46 177
150 500 10 40 305
150 1100 7 31 238
150 2000 6 26 201
150 2900 23 183
200 1800 10 73 286
200 3400 7 57 219
200 5600 6 49 186
200 7600 5 43 171
250 4000 24 94 293
250 7200 18 73 225
250 11000 16 60 192
250 15000 14 55 174
300 7300 9 37 116 287
300 13000 7 29 90 219
300 20000 6 24 76 186
300 26000 5 22 70 152
Fonte: NBR 8160/1999

Quadro 13 - Dimensionamento de tubos de queda

Número máximo de UHC


Diâmetro nominal
do tubo
DN Prédio de até três pavimentos Prédio com mais três pavimentos
53

40 4 8
50 10 24
75 30 70
100 240 500
150 960 1900
200 2200 3600
250 3800 5600
300 6000 8400
Fonte: NBR 8160/1999
54

3 METODOLOGIA
Para o presente estudo foi realizado atividades, como ilustrado na Figura 11,
fazendo uso de pesquisa documentada como procedimento técnico devido à natureza
das fontes dos dados, pois apesar de ser muito semelhante a pesquisa bibliográfica
está utiliza da contribuição de vários autores empregando materiais que ainda não
receberam tratamento analítico.

Estudar e
desenvolver os
projetos:
estrutural,
arquitetônico e
hidrossanitário.
Modelar a
arquitetura
juntamente com os
outros projetos no
software Revit.

Compatibilizar e
verificar as
interferências
encontradas no
software
Navisworks,
buscando as
possíveis
soluções.
Figura 11 - Passo a passo das atividades que foram realizadas
Fonte: Autor, 2018.

3.1 Tipo de estudo


Foram estudados e posteriormente desenvolvidos os projetos arquitetônico,
hidrossanitário e alvenaria estrutural para uma edificação multifamiliar.

3.2 Execução
Os projetos de base foram desenvolvidos no AutoCAD® em 2D e
posteriormente lançados no Revit® para poder ser gerado um modelo 3D e com isso
os projetos estarão prontos para serem compatibilizados no Navisworks® onde será
fornecido uma lista com as interferências encontradas entre os mesmos, criando
assim um único modelo com todos os projetos integrados, aplicando a tecnologia BIM.
3.3 Local de estudo
55

Projeto de um condomínio residencial multifamiliar, localizado no bairro do


Tabuleiro dos Martins em Maceió-Alagoas.

3.4 Caso estudado


A arquitetura desenvolvida é um condomínio com 5 torres idênticas contendo 5
pavimentos iguais em cada, com uma área de aproximadamente 383,68m², cada
pavimento contém 8 apartamentos, os apartamentos com terminações 01, 02, 07 e 08
tem uma área aproximada de 42,02m² cada e os de terminação de 03 a 06 com uma
área aproximada de 42,40m² cada.
Na Figura 12 mostra a planta baixa de todo o pavimento, na figura 13 mostra
os apartamentos de 01 a 04 e na figura 14 mostra os apartamentos de 05 a 08.

Figura 12 - Planta baixa


Fonte: Projeto arquitetônico de um condomínio residencial multifamiliar. 2017.
56

Figura 13 - Corte da planta baixa, apartamentos de 01 a 04


Fonte: Projeto arquitetônico de um condomínio residencial multifamiliar, 2017

Figura 14 - Corte planta baixa, apartamentos de 05 a 08


Fonte: Projeto arquitetônico de um condomínio residencial multifamiliar, 2017
57

4 RESULTADOS
4.1 Análise de projetos
O projeto tem como principal função informar com clareza tudo aquilo que está
descrito, assumindo o papel de comunicação. Permitindo o levantamento de
quantitativos como ilustrado no apêndice C.

4.1.1 Projeto arquitetônico


O projeto arquitetônico é concebido por um grupo de desenhos que engloba
cortes, fachadas, perspectivas, planta baixa, planta de cobertura, que juntos buscam
definir detalhes como espessura das paredes, peitoril e serve como base para todos
os outros projetos.
Ao ser fornecido em AutoCAD®, permitiu o desenvolvimento desta monografia
como foi citado e mostrado na metodologia transformando as plantas em blocos a fim
de que fossem importadas para o Revit® Archicteture e a partir deste a busca por
famílias e templates, como ilustrado nas Figuras 15 e 16.

Figura 15 - Projeto arquitetônico na modelagem Revit 3D


Fonte: Autor, 2018.
58

Figura 16 - Ilustração de 1 pavimento em 3D


Fonte: Autor, 2018

4.1.2 Projeto de alvenaria estrutural


O presente projeto foi guarnecido em AutoCAD® 2D, e a partir dele foi
desenvolvido o mesmo em 3D no Revit®, como mostram as Figuras 17 e 18.

Figura 17 - Projeto de alvenaria estrutural feito no revit em 3D


Fonte: Autor, 2018.
59

Figura 18 - Projeto de um pavimento em alvenaria estrutural feito no Revit®


Fonte: Autor, 2018.

4.1.3 Projeto hidrossanitário


O projeto hidrossanitário foi composto por um conjunto de tubulações e
conexões que abrange água fria e esgoto, as quais foram desenvolvidas e
dimensionadas de acordo com as normas técnicas como mostrado no apêndice A e
B, com finalidade de fazer a distribuição de água em quantidade e pressão adequada
a todas as diferentes peças da edificação. Na Figura 19 é possível ver a planta em 2D
com o sistema traçado de água fria e na Figura 20 todo o traçado do sistema de esgoto
na planta 2D.

Figura 19 - Planta em 2D com sistema de água fria


Fonte: Autor, 2018.
60

Figura 20 - Planta em 2D com sistema de esgoto


Fonte: Autor, 2018.

Após dimensionar e transcrever para o AutoCAD® as pranchas foram


modeladas no Revit Mep como exposto nas figuras de 21 a 24, com o auxílio do
template TigreCad, configurando todos os diâmetros e deslocamentos das tubulações
e dispondo de todas as conexões, com a cor azul para água fria e verde para esgoto.

Figura 21 - Projeto de água fria no Revit Mep


Fonte: Autor, 2018.
61

Figura 22 - Corte ilustrando tubulação de água fria


Fonte: Autor, 2018

Figura 23 - Projeto de esgoto no Revit Mep


Fonte: Autor, 2018
62

Figura 24 - Corte ilustrando tubulação de esgoto


Fonte: Autor, 2018

4.1.4 Navisworks®
O Navisworks® é o software compatibilizador, que permite que todos os
projetos estejam na mesma interface e assim possibilita a visualização de todas as
interferências.
Após todas as plantas serem dimensionados e posteriormente modeladas em
3D no software Revit® foi compatibilizado apenas um pavimento no Navisworks® para
ser melhor estudado e visualizado, como mostra na Figura 25.
63

Figura 25 - Compatibilização dos projetos no Navisworks®


Fonte: Autor, 2018

Ao utilizar do software Navisworks® foi possível verificar uma lista extensa de


interferências em todos os projetos como na Figura 26.

Figura 26 - Lista de interferências no navisworks®


Fonte: Autor, 2018
64

5 DISCURSSÃO
5.1 Compatibilização
5.1.1 Projeto Arquitetônico e Alvenaria estrutural
Ao colocar o estrutural ilustrado pela cor marrom e o arquitetônico ilustrado pela
cor branca em uma mesma plataforma 3D podemos observar as primeiras
interferências, sendo elas:
Na Figura 27 ilustra algumas paredes que diferem a locação nos projetos. O
principal motivo disto ter acontecido se deve ao fato de que a alvenaria estrutural não
conseguiu seguir a arquitetura em razão da modulação. Assim várias paredes foram
relocadas e não houve comunicação da arquitetura informando que existia um projeto
atualizado.

Figura 27 - Interferências de paredes no Revit®


Fonte: Autor, 2018

O projeto estrutural mostra uma parede que não existe no arquitetônico, como
pode-se ver na Figura 28, no estrutural está parede ilustra ser o poço do elevador,
mas que devida a falta de interação entre os projetistas, tenha ocorrido uma alteração
na estrutura onde os demais não ficaram cientes.
65

Figura 28 - Parede não existente no arquitetônico


Fonte: Autor, 2018

No pavimento térreo da edificação no projeto arquitetônico mostra a porta de


entrada do edifício, enquanto no projeto estrutural mostra que no local existe apenas
uma janela, como mostra em 3D na Figura 29. Porém após uma revisão de projeto
notou-se a existência de uma observação onde constava que no pavimento térreo
seria uma porta no lugar da janela. Apesar de existir esse comentário, ele se
encontrava de forma muito reduzido, podendo passar despercebido pela equipe de
execução.

Figura 29 - Interferência entre projetos


Fonte: Autor, 2018

Foi analisado também que nas janelas dos projetos arquitetônico e estrutural
apresentam dimensões diferentes, como mostra nas Figuras 30 e 31. Enquanto a
janela do arquitetônico mede 0,5 m de largura, no estrutural a mesma apresenta uma
66

largura de 0,45m. O mesmo acontece com as janelas de 1,0 m e 0,8 m no


arquitetônico e possuem uma largura no estrutural de 1,05m e 0,75 m
respectivamente.

Figura 30 - Janela projeto arquitetônico


Fonte: Autor, 2018

Figura 31 - Janela projeto estrutural


Fonte: Autor, 2018

Na compatibilização feita no Navisworks® foram encontradas 4.002


interferências, devido ao reposicionamento das paredes, causando uma grande
quantidade de blocos cerâmicos fora da arquitetura. Na Figura 32 a parede do projeto
arquitetônico representada pela cor verde está posicionada diferente da parede
estrutural.
67

Figura 32 - Interferências de paredes no Navisworks®


Fonte: Autor, 2018

5.1.2 Projeto Arquitetônico e Hidrossanitário


A compatibilização esplanada apresenta a análise de interferências entre o
projeto arquitetônico, água fria e esgoto. Após a seleção das categorias a serem
coincididas foi colocado o programa para rodar gerando um total de 32 interposições.
Os erros encontrados nessa compatibilização foram de tubulações que se
encontravam fora da parede, como na Figura 33.

Figura 33 - Tubulação fora da parede


Fonte: Autor, 2018
68

5.1.3 Projeto Água fria e esgoto


Gerando um total de 42 interferências, foi possível verificar as tubulações que
diversas tubulações colidem, onde a canalização de água fria estar representada pela
cor rosa e a tubulação de esgoto pela cor verde.
Nas Figuras 34 e 35, o tubo de água fria cruza na prumada de ventilação de
esgoto.

Figura 34 - Tubulação de água fria cruzando a de esgoto


Fonte: Autor, 2018

Figura 35 - Tubulação de água fria cruzando a de esgoto


Fonte: Autor, 2018
69

Na Figura 36, expõe o isométrico de água fria que interpõe sob o tubo de queda
de esgoto.

Figura 36 - Tubulação de água fria cruzando tubo de queda


Fonte: Autor, 2018

Na Figura 37, exibe a precisão do Navisworks®. Percebe-se que não houve


choque das tubulações e ele já constatou uma interferência, apenas pela grande
proximidade entre elas.

Figura 37 - Proximidade entre diferentes tubulações


Fonte: Autor, 2018
70

6 CONCLUSÃO

A plataforma BIM reflete um avanço sem precedentes na construção civil, que


está carente de projetos que antecipem os erros e deem soluções técnicas,
diminuindo o índice de retrabalho, desperdício e falta de produtividade. Para evitar
essas interferências os projetos devem ser melhor estudados exigindo mais tempo de
planejamento e uma maior capacitação dos projetistas em suas ferramentas.
Esses imprevistos fazem com que as decisões que não deveriam existir, sejam
tomadas no canteiro de obras que além de causar atrasos no cronograma geram
custos adicionais até então não previstas no orçamento daquele empreendimento.
É objetivo deste estudo em questão mostrar as vantagens da metodologia BIM,
assim como suas dificuldades e a visualização de todos em problemas em 3D
buscando maneiras de resolver. Com a concepção de todos os projetos das mais
diferentes áreas em um ambiente virtual existe uma real compatibilização entre os
mesmos, evitando assim todos os tipos de perda.
Essa metodologia aplicada ao planejamento cria uma forma de gestão
totalmente diferente com inúmeras vantagens em relação aos métodos tradicionais,
além de haver um aumento de informações disponíveis para todos os envolvidos, já
que o objetivo da plataforma não é apenas detectar interferência como também um
aumento da comunicação de todos aqueles que fazem parte desse processo.
O estudo desse caso se deu a partir do software Revit® que se mostrou de uma
grande capacidade em modelar projetos, revelando uma riqueza enorme de detalhes,
expondo automaticamente cortes e fachadas que até então necessitavam ser
desenhadas em outros softwares 2D, além de apresentar tabelas com todos os
quantitativos, suspendendo a necessidade de inúmeros levantamentos vulneráveis a
erros. Porém também mostrou alguns desafios, exigindo capacitação para migração
do Cad para o Revit® com muitas horas de treinamento e o dever de criar ou buscar
famílias tal como templates que são necessários para ter uma maior facilidade na hora
de criar o projeto e muitas vezes são pagos.
Dessa forma apesar das barreiras encontradas para a implantação do sistema
e levando em consideração o constante crescimento desse setor, em pouco tempo o
uso do BIM se tornará indispensável. Propondo então a implantação dessa plataforma
em faculdades como disciplina obrigatória na graduação, a criação de workshops e o
71

incentivo aos profissionais para continuar o crescimento dessa metodologia que tem
tanto a oferecer ao mercado de trabalho.
72

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76

APÊNDICES
APÊNDICE A - MEMORIAL DE CÁLCULO ÁGUA FRIA
Tabela de Dimensionamento Terminação 01
Perda de
Peso Peso Vazão Veloc. Difer. de
Trecho DI (mm) carga
unit. acum. (l/s) D mim DN (mm) (m/s) cota
unit.
A-B - 2,9 0,51 23,65 32 27,80 0,842 0,019016 1,3
B - AF1 1,1 1,1 0,31 19,78 25 21,60 0,859 0,026302 -
B - AF2 1,8 1,8 0,40 21,66 32 27,80 0,663 0,012528 -
Comprimento Perda de carga Pressão
Pressão
Trecho disp.
disp. Real Equiv. Total Tubulação Local Total
jusante
A-B 2,7 4,843 1,80 6,64 - 0,03 0,126 2,573677
B - AF1 2,57 1,19 2,4 3,59 0,031299 0,063124 0,094423 2,475577
B - AF2 2,57 3,94 1,2 5,14 0,04936 0,015034 0,064394 2,505606
Fonte: Autor, 2018.

Tabela de Dimensionamento Terminação 02


Perda de
Peso Peso Vazão Veloc. Difer.
Trecho DI (mm) carga
unit. acum. (l/s) D mim DN (mm) (m/s) de cota
unit.
A-B - 2,9 0,51 23,65 32 27,80 0,842 0,019016 1,3
B - AF1 1,8 1,8 0,40 21,66 32 27,80 0,663 0,012528
B - AF2 1,1 1,1 0,31 19,78 25 21,60 0,859 0,026302
Pressão
Trecho Pressão Comprimento Perda de carga disp.
disp. Real Equiv. Total Tub. Local Total jusante
A-B 2,7 1,01 0,6 1,61 0,019206 0,01141 0,030616 2,57
B - AF1 2,57 0,14 2,4 2,54 0,001754 0,030067 0,031821 2,538179
B - AF2 2,57 4,71 1,2 5,91 0,123881 0,031562 0,155444 2,414556
Fonte: Autor, 2018.

Tabela de Dimensionamento Terminação 03


Perda de
Peso Peso Vazão Veloc. Difer.
Trecho DI (mm) carga
unit. acum. (l/s) D mim DN (mm) (m/s) de cota
unit.
A-B - 2,9 0,51 23,65 32 27,80 0,842 0,019016 1,3
B - AF1 1,8 1,8 0,40 21,66 32 27,80 0,663 0,012528
B - AF2 1,1 1,1 0,31 19,78 25 21,60 0,859 0,026302
Pressão
Trecho Pressão Comprimento Perda de carga disp.
disp. Real Equiv. Total Tub. Local Total jusante
A-B 2,7 1,01 0,6 1,61 0,019206 0,01141 0,030616 2,57
B - AF1 2,57 0,14 2,4 2,54 0,001754 0,030067 0,031821 2,538179
B - AF2 2,57 4,71 1,2 5,91 0,123881 0,031562 0,155444 2,414556
Fonte: Autor, 2018.
77

Tabela de Dimensionamento Terminação 04


Perda de
Peso Peso Vazão Veloc. Difer. de
Trecho DI (mm) carga
unit. acum. (l/s) D mim DN (mm) (m/s) cota
unit.
A-B - 2,9 0,51 23,65 32 27,80 0,842 0,019016 1,3
B - AF1 1,1 1,1 0,31 19,78 25 21,60 0,859 0,026302 -
B - AF2 1,8 1,8 0,40 21,66 32 27,80 0,663 0,012528 -
Comprimento Perda de carga Pressão
Trecho Pressão disp.
disp. Real Equiv. Total Tubulação Local Total jusante
A-B 2,7 4,843 1,80 6,64 - 0,03 0,126 2,573677
B - AF1 2,57 1,19 2,4 3,59 0,031299 0,063124 0,094423 2,475577
B - AF2 2,57 3,94 1,2 5,14 0,04936 0,015034 0,064394 2,505606
Fonte: Autor, 2018.

Tabela de Dimensionamento Terminação 05


Perda de
Peso Peso Vazão Veloc. Difer. de
Trecho DI (mm) carga
unit. acum. (l/s) D mim DN (mm) (m/s) cota
unit.
A-AF1 1,8 2,9 1,3
0,51 23,65 32 27,80 0,842 0,019016
AF1-
1,1 1,1
AF2 0,31 19,78 25 21,60
0,859 0,026302
Comprimento Pressão
Perda de carga
Pressão
Trecho disp.
disp.
Real Equiv. Total Tub. Local Total jusante
A-AF1 2,7 5,15 1,8 6,95 0,097932 0,034229 0,132161 2,57
AF1-
AF2 2,57 5,71 1,5 7,21 0,150183 0,039453 0,189636 2,380364
Fonte: Autor, 2018.

Tabela de Dimensionamento Terminação 06


Perda de
Peso Peso Vazão Veloc. Difer. de
Trecho DI (mm) carga
unit. acum. (l/s) D mim DN (mm) (m/s) cota
unit.
A-AF1 1,8 2,9 1,3
0,51 23,65 32 27,80 0,842 0,019016
AF1-
1,1 1,1
AF2 0,31 19,78 25 21,60 0,859 0,026302
Comprimento Perda de carga Pressão
Pressão
Trecho disp.
disp. Real
Equiv. Total Tub. Local Total jusante
A-AF1 2,7 3,4 1,50 4,90 0 0,03 0,093 2,570000
AF1-
AF2 2,57 4,51 1,8 6,31 0,118621 0,047343 0,165964 2,404036
Fonte: Autor, 2018.
78

Tabela de Dimensionamento Terminação 07


Perda de
Peso Peso Vazão Veloc. Difer. de
Trecho DI (mm) carga
unit. acum. (l/s) D mim DN (mm) (m/s) cota
unit.
A-AF1 1,8 2,9 1,3
0,51 23,65 32 27,80 0,842 0,019016
AF1-
1,1 1,1
AF2 0,31 19,78 25 21,60 0,859 0,026302
Comprimento Perda de carga Pressão
Pressão
Trecho disp.
disp. Real
Equiv. Total Tub. Local Total jusante
A-AF1 2,7 3,4 1,50 4,90 0 0,03 0,093 2,570000
AF1-
AF2 2,57 4,51 1,8 6,31 0,118621 0,047343 0,165964 2,404036
Fonte: Autor, 2018.

Tabela de Dimensionamento Terminação 08


Perda de
Peso Peso Vazão Veloc. Difer. de
Trecho DI (mm) carga
unit. acum. (l/s) D mim DN (mm) (m/s) cota
unit.
A-AF1 1,8 2,9 1,3
0,51 23,65 32 27,80 0,842 0,019016
AF1-
1,1 1,1
AF2 0,31 19,78 25 21,60
0,859 0,026302
Comprimento Perda de cargaPressão
Pressão
Trecho disp.
disp.
Real Equiv. Total Tub. Local Total jusante
A-AF1 2,7 5,15 1,8 6,95 0,097932 0,034229 0,132161 2,57
AF1-
AF2 2,57 5,71 1,5 7,21 0,150183 0,039453 0,189636 2,380364
Fonte: Autor, 2018.
79

APÊNDICE B - MEMORIAL DE CÁLCULO ESGOTO


Unidade hunter de contribuição
Número de unidades
Aparelho Hunter de Diâmetro nominal mínimo do
Sanitário Contribuição ramal de descarga DN
Bacia Sanitária 6 100
Bidê 1 40
Lavatório 1 40
Chuveiro 1 40
Fonte: NBR 8160/ 1999

Unidade hunter de contribuição


Número de unidades
Aparelho Hunter de Diâmetro nominal mínimo do
Sanitário Contribuição ramal de descarga DN
Pia de cozinha 3 50
Tanque 3 40
Máquina de
lavar 3 50
Fonte: NBR 8160/ 1999

Dimensionamento de Tubo de queda


Número maxímo de unidades Hunter de contribuição
Diâmetro Prédios até 3 Prédios com mais de 3
nominal DN pavimentos pavimentos
40 4 8
50 10 24
75 30 70
100 240 500
150 960 1900
200 2200 3600
250 3800 5600
300 6000 8400
Fonte: NBR 8160/ 1999

Dimensionamento de ramais de ventilação


Grupos de aparelhos sem bacias Grupos de aparelhos com bacias
sanitárias sanitárias
Número máximo Número máximo
Diâmetro Diâmetro nominal
de unidades de unidades
nominal do ramal do ramal de
Hunter de Hunter de
de ventilação ventilação
contribuição contribuição
Até 12 40 Até 17 50
13 a 18 50 18 a 60 75
19 a 36 75 - -
Fonte: NBR 8160/ 1999
80

APÊNDICE C – QUANTITATIVOS
Tubulação de água fria
Comp Diâmetro Tigre: Descrição
85,46 m 25 mm Tubo Soldável marrom
6,42 m 32 mm Tubo Soldável marrom
95,53 m 40 mm Tubo Soldável marrom
Fonte: Autor, 2018

Acessórios para tubulação de água fria


Quant. Tigre: Descrição Tigre: Material
Bucha de Redução
Bucha de Redução Soldável Curta 32x25mm,
1 PVC Marrom
PVC Marrom, Água Fria
Joelhos água fria
Joelho 90º Soldável 25mm, PVC Marrom, Água
114 PVC Marrom
Fria - TIGRE
Joelho 90º Soldável 32mm, PVC Marrom, Água
6 PVC Marrom
Fria - TIGRE
Joelho 90º Soldável 40mm, PVC Marrom, Água
71 PVC Marrom
Fria - TIGRE
Tê de Redução - Água fria
Tê de Redução Soldável 40x32mm, PVC Marrom,
1 PVC Marrom
Água Fria - TIGRE
Tê Soldável 25mm, PVC Marrom, Água Fria -
33 PVC Marrom
TIGRE
Tê Soldável 32mm, PVC Marrom, Água Fria -
1 PVC Marrom
TIGRE
Tê Soldável 40mm, PVC Marrom, Água Fria -
1 PVC Marrom
TIGRE
Tê Soldável 40mm, PVC Marrom, Água Fria -
1 PVC Marrom
TIGRE
Fonte: Autor, 2018

Tubulação de esgoto
Comp Diâmetro Tigre: Descrição
22,73 m 40 mm Tubo
57,50 m 50 mm Tubo
20,87 m 75 mm Tubo
95,02 m 100 mm Tubo
Fonte: Autor, 2018
81

Acessórios para tubulação de esgoto


Quant Tigre: Descrição Tigre: Material

Bucha de Redução
Bucha de Redução Longa 50x40mm,
6 PVC Branco
Esgoto Série Normal - TIGRE
Joelhos Esgoto
Joelho 45º 40mm, Esgoto Série
15 PVC Branco
Normal - TIGRE
Joelho 45º 50mm, Esgoto Série
52 PVC Branco
Normal - TIGRE
Joelho 45º 100mm, Esgoto Série
3 PVC Branco
Normal - TIGRE
Joelho 90º 40mm, Esgoto Série
52 PVC Branco
Normal - TIGRE
Joelho 90º 50mm, Esgoto Série
50 PVC Branco
Normal - TIGRE
Joelho 90º 100mm, Esgoto Série
42 PVC Branco
Normal - TIGRE
Junção Simples
Junção Simples 100 x 50mm, Esgoto
12 PVC Branco
Série Normal - TIGRE
Luva Simples
Luva Simples 50mm, Esgoto Série
116 PVC Branco
Normal - TIGRE
Luva Simples 75mm, Esgoto Série
1 PVC Branco
Normal - TIGRE
Luva Simples 100mm, Esgoto Série
81 PVC Branco
Normal - TIGRE
Redução Excêntrica
Redução Excêntrica 75x50mm,
1 PVC Branco
Esgoto Série Normal - TIGRE
Redução Excêntrica 100x50mm,
21 PVC Branco
Esgoto Série Normal - TIGRE
Tê tubulação esgoto
Tê 50 x 50mm, Esgoto Série Normal
4 PVC Branco
- TIGRE
Tê 100 x 50mm, Esgoto Série Normal
1 PVC Branco
- TIGRE
Fonte: Autor, 2018
82

Quantitativo blocos estruturais


Família e tipo Quantidade
Bloco Estrutural de 4cm: BE04 420
Bloco Estrutural de 15cm (L14): BE15 557
Bloco Estrutural de 30cm (L14): BE30 9739
Bloco Estrutural de 45cm (L14): BE45 357
Canaleta 30 2: C15 131
Canaleta 30 2: C30 1006
Canaleta (L14): C15 51
Canaleta (L14): C30 510
Canaleta (L14): C45 8
Total geral: 12779
Fonte: Autor, 2018

Volume Graute
Quant. Tipo Volume
1 Graute de vergas e contravergas 1,42 m³
1 Graute de vergas e contravergas 1,20 m³
1 Graute vigas de respaldo 0,54 m³
1 Graute vigas de respaldo 0,47 m³
1 Graute vigas de respaldo 0,51 m³
1 Graute vigas de respaldo 0,54 m³
Fonte: Autor, 2018

Quantitativo vergalhão
Diâmetro da Comprimento
Quant. Família e tipo
barra total da barra
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 12,89 m
4 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 6,58 m
6 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 10,57 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 3,59 m
6 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 11,47 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 16,31 m
4 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 8,24 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 17,32 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 4,38 m
6 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 13,27 m
4 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 8,98 m
4 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 9,26 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 4,68 m
22 Barra do vergalhão: 8 CA-50 8 mm 52,21 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 4,93 m
4 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 10,04 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 20,12 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 5,23 m
6 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 15,83 m
83

4 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 10,64 m


8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 22,31 m
4 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 11,24 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 5,92 m
12 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 38,58 m
24 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 80,76 m
16 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 54,21 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 27,29 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 7,03 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 7,08 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 29,32 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 29,51 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 31,72 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 33,10 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 34,12 m
6 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 25,73 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 8,61 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 9,47 m
6 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 28,43 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 41,32 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 11,23 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 11,23 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 48,71 m
8 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 51,11 m
4 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 33,66 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 17,23 m
2 Barra do vergalhão: 6.3 CA-50 6 mm 38,08 m
Total geral:
983,53 m
282
Fonte: Autor, 2018

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