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Matéria: Direito Administrativo
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Professor: Jonatas Albino do Nascimento ÜÜÜ°ˆVi˜ˆ°Vœ“É՘œVŽ°…Ì“
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas
Professor Jonatas Albino do Nascimento

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Olá, Pessoal!
Hoje trataremos de bens públicos. Não se esqueçam de recorrer ao
Fórum no caso de dúvidas!

BENS PÚBLICOS
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Sumário

1 – Bens públicos – Conceito........................................................................................ 3


2 – Classificação de bens públicos ............................................................................... 4
2.1 – Quanto à titularidade ............................................................................................................................................. 4
2.2 – Quanto à destinação .............................................................................................................................................. 6
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2.3 – Quanto à natureza patrimonial .............................................................................................................................. 7

3 – Afetação x desafetação .......................................................................................... 8


4 – Regime Jurídico ..................................................................................................... 9
4.1 – Inalienabilidade ...................................................................................................................................................... 9
4.2 – Impenhorabilidade ............................................................................................................................................... 11
4.3 – Imprescritibilidade................................................................................................................................................ 12
4.5 – Não onerabilidade ................................................................................................................................................ 12

5 – Uso de bens públicos ............................................................................................ 12


5.1 – Autorização de uso ............................................................................................................................................... 13
5.2 – Permissão de uso .................................................................................................................................................. 14
5.3 – Concessão de uso ................................................................................................................................................. 14
5.4 – Concessão de direito real de uso .......................................................................................................................... 15
5.5 – Cessão de uso ....................................................................................................................................................... 16
5.6 – Zoneamento ......................................................................................................................................................... 17
5.7 – Polícia edilícia ....................................................................................................................................................... 17

6 – Questões Comentadas .......................................................................................... 19


6.1 - CESPE..................................................................................................................................................................... 19
6.2 - FCC ........................................................................................................................................................................ 21
6.3 - ESAF....................................................................................................................................................................... 28

7 – Lista de exercícios................................................................................................ 33
7.1 - CESPE..................................................................................................................................................................... 33
7.2 - FCC ........................................................................................................................................................................ 34
7.3 - ESAF....................................................................................................................................................................... 37

8 – Gabarito ............................................................................................................... 41
9 – Referência Bibliográfica ....................................................................................... 42

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1 – Bens públicos – Conceito

Não há, na doutrina, consenso sobre a definição de bens públicos. O


Código Civil Brasileiro (CC) define que são públicos os bens do domínio
nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno.
Todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
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Bens pertencente às
Bens pessoas jurídicas
Código Civil
públicos de direito público
interno

Certa vertente da doutrina acrescenta à definição do Código Civil


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(bens das pessoas jurídicas de direito público) os bens que estão afetados
(destinados) à prestação de um serviço público. Aqui entrariam, por
exemplo, um ônibus de uma concessionária que presta serviço de transporte
público.
Uma terceira corrente define como bens públicos aqueles
pertencentes à Administração Pública direta ou indireta, independente
de como são empregados. Por essa definição, um posto de gasolina da
Petrobras é um bem público.

Bens públicos de acordo com a doutrina

Bens das pessoas de


Mesma definição do CC
direito público + bens Bens da Adm. Púb.
(Bens das pessoas de
afetados em atividades Direta e Indireta
direito público)
de interesse público

Outro conceito importante desse tópico é o de domínio público, que


abrange o domínio patrimonial e o domínio eminente. O Poder Público
possui um domínio patrimonial, que são os seus bens. Há também o
chamado domínio eminente, que é aquele poder que o Estado tem de
atuar sobre os bens que se encontram no seu território, restringindo
seu uso e até mesmo adquirindo sua propriedade, ainda que
compulsoriamente, independentemente da vontade de seus proprietários
originários. A justificativa para isso é o interesse público. Um exemplo disso
são as desapropriações de casas que estão no caminho de uma rodovia a ser
construída.

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Domínio
patrimonial

DOMÍNIO
PÚBLICO

Domínio
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eminente

2 – Classificação de bens públicos

São diversas as classificações de bens públicos. Estudaremos as três


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principais.

2.1 – Quanto à titularidade

Quanto à titularidade, os bens podem ser federais, estaduais,


municipais e distritais. A CF/88 definiu os bens da União e dos Estados.
Vejamos como foi a divisão estabelecida na Carta Maior.
São bens da União:
I. os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser
atribuídos;
II. as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III. os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de
seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de
limites com outros países, ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais;
IV. as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental
federal, e as referidas no art. 26, II da CF88:
V. os recursos naturais da plataforma continental e da zona
econômica exclusiva;
VI. o mar territorial;
VII. os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII. os potenciais de energia hidráulica;
IX. os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X. as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e
pré-históricos;

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XI. as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.


Você viu a extensa lista. Em caso de correria, se atenha ao esquema
abaixo - note que as maiores riquezas são de propriedade da União.

Bens da União
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Potenciais de Sítios
Recursos Recursos
energia arqueológicos e
naturais minerais
hidráulica pré-históricos
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Incluem-se entre os bens dos Estados:


I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio,
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Não foram definidos na CF/88 os bens dos Municípios. Assim, a


regra relativa aos bens estaduais se aplica aos bens do DF.

Define bens da
União

Bens dos entes DF -> se


Define políticos de
bens dos aplica regra
acordo com a dos Estados
Estados CF/88

Bens dos
Municípios
não são
definidos

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2.2 – Quanto à destinação

Esta talvez seja a mais importante classificação para nossa prova.


Quanto à destinação, os bens podem ser classificados em de uso comum, de
uso especial e dominicais.
Os bens de uso comum são aqueles que podem ser utilizados por
qualquer cidadão, independente de autorização do Poder Público.
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Apesar de, em regra, o uso ser livre, o Poder Público pode restringir seu uso.
Assim seu uso é gratuito, mas pode ser estabelecido um sistema de
remuneração, como ocorre com a cobrança de pedágio das rodovias. Segundo
o Código Civil (CC), são bens públicos os de uso comum do povo, tais como
rios, mares, estradas, ruas e praças.
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Os bens de uso especial são aqueles destinados à execução de


determinado serviço público, como o prédio de uma faculdade pública.
Segundo o CC, são bens públicos os de uso especial, tais como edifícios ou
terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias.
Por último temos os bens dominicais, que são aqueles que
pertencem ao patrimônio público, mas que não estão afetados a um
determinado serviço e nem destinados ao uso geral da coletividade.
Podemos citar um prédio que atualmente não é utilizado pela
Administração Pública (APU). Tais bens podem inclusive ser utilizados pela
APU para a obtenção de receitas, por meio de contrato de locação de um
prédio. Terras devolutas são um exemplo de bens dominicais. São terrenos
públicos, ou seja, propriedades públicas que nunca pertenceram a um
particular, mesmo estando ocupadas. Outros bens dominicais são os terrenos
de marinha, que são os terrenos banhados pelas águas do mar ou dos rios
navegáveis.

•Uso geralmente é livre para todo cidadão.


Bens de •Ex: Praça.
uso
comum

•Uso é definido para certa atividade, como ensino.


Bens de •Ex: Prédio de uma faculdade pública.
uso
especial

•Propriedade do Estado sem estar afetado para finalidades


Bens públicas.
dominicai •Ex: Prédio alugado utilizado por particulares.
s

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Classificação quanto ao uso do bem público


Outra classificação é a que define que o uso do bem público pode
ser comum, especial ou compartilhado.
O uso comum é aquele que não requer nenhuma autorização do
Poder Público.
Os bens de uso especial são aqueles que têm seu uso condicionado,
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como os bens que condicionam seu uso ao pagamento de tarifas.


Por último, os bens de uso compartilhado são aqueles onde pessoas
públicas ou privadas precisam compartilhar determinado espaço para
a prestação de serviço público, como as várias empresas de telefonia fixa,
que compartilham os dutos. Pode ser cobrada remuneração por esse uso.
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Uso comum Sem necessidade de autorização

Usuário tem que atender determinada


Uso especial
condição

Prestadoras de serviços públicos


Uso compartilhado precisam compartilhar determinado
espaço

2.3 – Quanto à natureza patrimonial

Quanto à natureza ou disponibilidade, os bens podem ser classificados


em bens indisponíveis por natureza, bens patrimoniais indisponíveis e
bens patrimoniais disponíveis.

Por natureza
Indisponíveis
Classificação
quanto à Patrimoniais
natureza
patrimonial
Disponíveis Patrimoniais

Bens indisponíveis por natureza são aqueles que dadas as suas


características (natureza) são indisponíveis. Podemos citar os bens de
uso comum do povo, como os mares e rios.
Os bens patrimoniais indisponíveis são aqueles que podem ser
avaliados (por isso são chamados de patrimoniais), mas que não podem

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ser alienados por estarem afetados em alguma destinação pública


específica. Aqui estão enquadrados os bens de uso comum do povo com
natureza patrimonial (como uma praça) e os bens de uso especial (como um
hospital público).
Por fim, temos os bens patrimoniais disponíveis, que são aqueles que
têm natureza patrimonial (podem ser avaliados) e podem ser alienados,
por não estarem afetados a nenhuma finalidade pública. Podemos citar
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os bens dominicais.
Sob o aspecto jurídico, os bens indisponíveis (patrimoniais e por
natureza) formam o chamado domínio público do Estado, enquanto os bens
disponíveis formam o domínio privado do Estado, sendo de forma geral
regulados pelo direito comum e suscetíveis de alienação. Os bens disponíveis
estão sujeitos às regras de direito público, como a licitação (regra).
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Aspecto jurídico

Bens Disponíveis Bens Indisponíveis

Domínio Privado Domínio Público

3 – Afetação x desafetação

Quando um bem está sendo utilizado para determinada finalidade


pública, dizemos que se encontra afetado ou consagrado. Os bens de
uso comum do povo e os bens de uso especial estão afetados. Já os
bens dominicais não estão afetados, pois não estão sendo empregados em
nenhuma finalidade pública.

Empregados em
finalidade pública?
Bens de uso comum
Afetados
Bens de uso
Bens especial
públicos
Desafetados Bens dominicais

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Tanto a afetação quanto a desafetação podem ser expressas ou


tácitas. Serão expressas quando um ato administrativo determinar, por
exemplo, que uma praça passe a ser aberta ao público. Será tácita caso o
prédio da APU deixe de ser utilizado e seja alugado para um particular. Assim
está consumada a desafetação, sem a necessidade de nenhum ato formal que
declare tal situação.
Para que um bem público seja alienado, é necessário que ele
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esteja desafetado – sem estar sendo empregado em finalidade pública. O


fluxo deve ser o seguinte:

Primeiramente, a APU pode


APU deseja
APU deve então
alienar bem
desafetar o bem alienar o
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público afetado
público bem público

Nem todos os bens podem ser desafetados. Já imaginou desafetar o


mar? É impossível já que, devido à sua própria natureza, o mar não pode
deixar de ser afetado – utilizado em finalidade pública.

4 – Regime Jurídico

Os bens públicos estão submetidos a regras próprias que compõem o


seu regime jurídico. As características básicas desses bens são:
 Inalienabilidade (ou alienabilidade condicionada);
 Impenhorabilidade;
 Imprescritibilidade;
 Não onerabilidade.
Vejamos como funciona cada uma dessas características:

Regime
Jurídico

Não
Inalienabilidade Impenhorabilidade Imprescritibilidade
onerabilidade

4.1 – Inalienabilidade

A inalienabilidade significa a impossibilidade de transferência de


propriedade de um bem público. Devemos salientar que essa característica
só se aplica aos bens afetados em utilidades públicas (bens de uso comum

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ou de uso especial). Já os desafetados (bens dominicais) podem ser alienados,


respeitado o previsto em lei. Por isso diz-se que a inalienabilidade é
condicionada ou relativa e não absoluta.
Porém, há situações em que o bem pode ser absolutamente
inalienável. Voltando ao exemplo já colocado, podemos citar o caso do mar,
que por sua natureza não pode ser penhorado.
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Segundo o Código Civil, os bens públicos de uso comum do povo e


os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar. Já os bens públicos
dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Os requisitos para alienação de bens públicos são tratados na Lei nº
8.666/93, que determina que a alienação de bens da Administração Pública,
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subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será


precedida de avaliação.
Quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos
da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para
todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e
de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos casos
previstos no artigo 17 da norma (referente ao estudo de licitações).
Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição seja
derivada de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento,
poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as
seguintes regras:
I. Avaliação dos bens alienáveis;
II. Comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III. Adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de
concorrência ou leilão.
Quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação (salvo
nos casos onde é dispensada), não sendo necessária a autorização legislativa.
Por fim, deve-se salientar que a inalienabilidade só existe para
transferência de bens da APU para particulares. Entre entidades estatais a
alienação pode ocorrer, mesmo que o bem público esteja afetado.

Alienação de bens públicos

Autorização
Avaliação prévia Licitação legislativa (se
imóveis)

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4.2 – Impenhorabilidade

A impenhorabilidade corresponde à impossibilidade de se penhorar


o bem público em casos de dívida ou demais situações. A penhora é uma
forma de garantia existente no Direito que possibilita que bens móveis sirvam
de garantia para empréstimos. Sua execução é realizada via ação judicial,
caso o devedor não pague conforme o estabelecido inicialmente.
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Diferente da inalienabilidade, a impenhorabilidade recai sobre


todos os bens púbicos, independente de estarem ou não afetados.
O pagamento das dívidas dos entes públicos obedece ao regime
de precatórios, previsto no artigo 100 da CF/88. Esse sistema foi criado
exatamente para viabilizar que o Estado, nas situações previstas em lei e
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julgadas pertinentes pelo Judiciário, seja obrigado a pagar suas dívidas, sem,
entretanto, prejudicar os serviços prestados à população (uma vez que os
bens públicos afetados são essenciais para o serviço público).
Os débitos de natureza alimentícia, que compreendem aqueles
decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por
invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial
transitada em julgado, serão pagos com preferência sobre todos os
demais débitos, exceto sobre cujos titulares tenham mais de sessenta
anos.
Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60
(sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou
sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos
com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente
ao triplo do fixado em lei como de pequeno valor, admitido o
fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem
cronológica de apresentação do precatório.
PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS

• Débitos de natureza aliementícia para maiores de 60 anos


1o

• Débitos cujos titulares sejam maiores de 60 anos


2o

• Débitos de natureza alimentícia


3o

• Demais débitos
4o

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4.3 – Imprescritibilidade

A imprescritibilidade é a impossibilidade do bem público ser


adquirido por usucapião. O usucapião é uma forma de aquisição de
propriedade por aquele que possua determinado bem por tempo certo em
determinadas condições, definidas em lei.
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Bens públicos não


Não há
Imprescritibilidade podem ser adquiridos
exceções
por usucapião
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4.5 – Não onerabilidade

Este atributo dos bens públicos representa a vedação de que um bem


público seja dado em garantia a um credor para assegurar o
pagamento de determinado valor ou outra forma de garantia.

Bem público não


Não
pode ser dado Não há exceções
onerabilidade
como garantia

Os bens públicos não podem ser objeto de penhora, hipoteca ou


anticrese (retenção de imóvel para recebimento dos frutos até a satisfação da
dívida). Não há exceções também nesse instituto.

5 – Uso de bens públicos

De acordo com o critério da conformidade à destinação principal


do bem, os bens públicos podem ser de uso normal ou anormal. É de uso
normal quando está sendo utilizado de acordo com sua destinação
prevista. Já os bens de uso anormal são aqueles que estão sendo
utilizados para finalidades diversas das previstas inicialmente.

Normal Uso atual = uso previsto


Critério de
conformidade à
destinação
principal
Anormal Uso atual ≠ uso previsto

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Uma rua que está aberta para o trânsito dos cidadãos é um exemplo de
bem de uso comum. Se, entretanto, a mesma rua for fechada para uma festa
junina, então teremos um bem de uso anormal.
Pelo critério da exclusividade, o uso do bem público pode ser
comum ou privativo. O uso comum ocorre quando todos podem utilizar
um bem público, sendo em regra gratuito. O uso privativo ocorre quando o
Poder Público concede, a determinada pessoa física ou jurídica, o uso
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privativo de bem público. Veremos nos próximos tópicos as principais


formas de uso privativo de bens públicos.

Comum Todos podem usar


Critério da
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exclusividade
Apenas determinada
Privativo
PF/PJ pode utilizar

5.1 – Autorização de uso

A autorização de uso corresponde ao ato administrativo unilateral,


discricionário e precário pelo qual a APU concede a um particular o
uso exclusivo de determinado bem público.
A autorização pode ser gratuita ou onerosa e não requer forma
especial nem licitação prévia. Em regra, é conferida por prazo
indeterminado (simples), sendo possível a autorização por prazo
determinado (qualificada). Em termos práticos, a diferença é que na
autorização por prazo determinado, caso a APU revogue a autorização antes
do previsto nascerá a obrigação de indenizar o particular.
Um traço marcante da autorização é que há o predomínio do
interesse privado, ou seja, quem tem interesse no uso é o particular e não a
APU. Assim, o particular pode decidir entre usar ou não o bem (uso
facultativo).

Discricionário

Precário
Autorização
de uso é o ato Uso exclusivo de bem público
administrativo
Predomina o interesse privado

Uso pelo particular é facultativo

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5.2 – Permissão de uso

De forma bastante semelhante à autorização, a permissão de uso de


bem público é o ato administrativo unilateral, discricionário e precário
em que a APU concede o uso exclusivo de determinado bem público,
por prazo certo ou indeterminado.
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Assim como a autorização, a permissão pode ser a título oneroso ou


gratuito. Em regra, não há necessidade de licitação, mas devemos salientar
que há autores que entendem que, havendo mais de um interessado,
deve haver licitação.
Enquanto na autorização predomina o interesse privado, na permissão
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os interesses públicos e privados andam juntos – os dois existem em


relativo equilíbrio. Por esse motivo a permissão é menos precária que a
autorização. Outro ponto importante é o de que o particular tem o dever de
exercer seu direito, sob pena de caducidade (perda) do mesmo.

Autorização de uso Permissão de uso

Faculdade Obrigação

Mais precária Menos precária

Interesse público e
Predomina interesse
privado caminham
privado
juntos

Outra diferença interessante é que a permissão costuma ser mais


duradoura que a autorização.

5.3 – Concessão de uso

A concessão de bem público é o contrato administrativo mediante o


qual a APU transfere o uso privativo/exclusivo de determinado bem ao
particular, por prazo certo e de acordo com finalidade pré-
estabelecida.
Por ser um contrato administrativo (ato biliteral) o particular pode ou
não assinar o contrato (facultativo) e não há precariedade. Em regra, deve
ser precedida de licitação (salvo nos casos de dispensa e inexigibilidade).
Pode ser gratuita ou onerosa.

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Contrato
administrativo

Tem que
ter Concessão Não é
licitação de uso precário
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Facultativo
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5.4 – Concessão de direito real de uso

É o contrato mediante o qual é instituída a concessão de uso de


terrenos públicos, remunerada ou gratuita, por tempo certo ou
indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de
regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização,
edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas,
preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou
outras modalidades de interesse social em áreas urbanas.
O importante aqui é perceber que a concessão de direito real de uso
deve obrigatoriamente atender a fins específicos. O não atendimento
de tais finalidades implica na nulidade da concessão, posto que não teria
atendido à sua finalidade específica, e, por conseguinte, configuraria o
denominado desvio de finalidade.
Devemos salientar que a morte do concessionário não é motivo para a
extinção da concessão, uma vez que esta é transmissível por sucessão.

CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO

Objeto: Terrenos públicos

Fim específico: Regularização fundiária

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5.5 – Cessão de uso

A cessão de uso de bem público corresponde ao ato pelo qual o Poder


Público consente que um órgão ou pessoa (física ou jurídica) use
determinado bem público. Aqui predomina o interesse público, ainda
que o cessionário seja um particular.
A cessão em regra é gratuita e realizada entre órgãos da mesma
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pessoa jurídica. É possível, entretanto, que a cessão seja realizada para


pessoa jurídica distinta e até mesmo para particulares. Essa é a posição
majoritária, mas não unânime sobre o tema, existindo quem entenda que não
seria possível a cessão de uso a particulares.
No caso de imóveis da União, a Lei Nº 9.636/98 determina que, a
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critério do Poder Executivo, poderão ser cedidos, gratuitamente ou em


condições especiais, imóveis da União a:
I - Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades sem fins lucrativos
das áreas de educação, cultura, assistência social ou saúde;
II - pessoas físicas ou jurídicas, em se tratando de interesse público ou
social ou de aproveitamento econômico de interesse nacional.
O espaço aéreo sobre bens públicos, o espaço físico em águas públicas,
as áreas de álveo de lagos (cobertas por água), rios e quaisquer correntes
d’água, de vazantes, da plataforma continental e de outros bens de domínio
da União, insusceptíveis de transferência de direitos reais a terceiros, poderão
ser objeto de cessão de uso, observadas as prescrições legais vigentes.
A cessão será autorizada em ato do Presidente da República e se
formalizará mediante termo ou contrato, do qual constarão
expressamente as condições estabelecidas, entre as quais a finalidade da
realização e o prazo para seu cumprimento, e tornar-se-á nula,
independentemente de ato especial, se ao imóvel, no todo ou em parte, vier
a ser dada aplicação diversa da prevista no ato autorizativo e
consequente termo ou contrato.
A competência para autorizar a cessão poderá ser delegada ao
Ministro de Estado da Fazenda, permitida a subdelegação.
A cessão, quando destinada à execução de empreendimento de fim
lucrativo, será onerosa e, sempre que houver condições de competitividade,
deverão ser observados os procedimentos licitatórios previstos em lei.

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Cessão de uso
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Geralmente Em âmbito
Predomínio do
realizada entre federal, a
interesse
órgãos da competência é
público
mesma PJ do Presidente
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5.6 – Zoneamento

O zoneamento é a definição do que se pode ou não pode fazer em


relação a propriedades imobiliárias em determinado município. Vejamos a
definição literal no professor Bandeira de Mello.
“Denomina-se zoneamento à disciplina condicionadora do uso da propriedade
imobiliária mediante demilitação de áreas categorizadas em vista das utilizações
urbanas nelas adminitidas”.

O zoneamento vai além da simples definição do que poderá ser feito e


onde, determinando também os coeficientes de edificação, taxas de ocupação,
recuos exigidos na construções, dimensões do lote, etc. Em suma, toda em
qualquer situação que esteja ligada direta ou indiretamente ao aproveitamento
da propriedade imobiliária.

5.7 – Polícia edilícia

Agora que ajá sabemos o que é zoneamento, poderemos entender o


que é polícia edilícia.
Você já sabe que o direito de construir na propriedade imóvel está
sujeito às regras de zoneamento do município. Também precisa saber que
esse direito deverá ser harmonizado com o direito de vizinhança, disposto nos
artigos 1.277 a 1.281 do Código Civil.
Mas por quem será feita a verificação da obediência aos preceitos acima
expostos? A competência será do município, usando seu poder de polícia,
neste caso, polícia edilícia. Vejamos os respaldos dados pela CF/88 para tal
atividade.
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os seguintes princípios:

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III - função social da propriedade;


Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus
habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades
com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de
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desenvolvimento e de expansão urbana.

§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências


fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa


indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
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incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do


solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;


III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os
juros legais.

Vamos agora aos exercícios!

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6 – Questões Comentadas

6.1 - CESPE
1. (CESPE/2014/Câmara dos Deputados/Consultor Legislativo)
Acerca do regime jurídico dos bens públicos, julgue o próximo item.
São públicos os bens pertencentes aos entes da administração direta e
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indireta.
Comentários.
A questão não deixa claro se está pedindo a definição da doutrina ou da lei.
Como resolver? Nesse caso, recomendamos que seja adotada a posição do
Código Civil, em que são definidos como públicos os bens do domínio nacional
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pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno. As pessoas


jurídicas de direito privado (parte da Administração Indireta) não estão
incluídas e por isso a questão está incorreta.
Gabarito 1. Errado.

2. (CESPE/2014/Câmara dos Deputados/Consultor Legislativo)


Acerca do regime jurídico dos bens públicos, julgue o próximo item.
Os rios pertencem aos estados; entretanto, quando banham mais de um
estado, servem de limites com outros países, ou se estendem a território
estrangeiro ou dele provêm, são bens da União.
Comentários.
Pertencem à União os rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu
domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros
países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham.
Gabarito 2. Certo.

3. (CESPE/2014/Câmara dos Deputados/Consultor Legislativo)

A respeito de bens públicos, concessões e permissões, bem como sanções


administrativas, julgue o item subsequente.

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União, mas não
são bens da União os aldeamentos extintos, ainda que ocupados por indígenas
em passado remoto.

Comentários.

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Perfeito o item de acordo com a Súmula 650 do STF: “Os incisos I e XI do art.
20 da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos,
ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.” Para entendimento
completo da Súmula citada e da questão que ora comentamos, é importante
reconhecer que esse entendimento do STF se deu como consequência da
discussão do Decreto nº 9.760/46. Ocorre que, com base nele, a União tentou
se colocar como interessada em ações de usucapião de terras de aldeamentos
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extintos, o que fora negado pelo STF, com base no argumento de que o citado
decreto não fora recepcionado pela Constituição de 1988.

Gabarito 3. Certo.
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4. (CESPE/2015/DPU/Defensor Público)

No que tange às limitações administrativas da propriedade e aos bens


públicos, julgue o item seguinte.

São bens públicos de uso comum do povo aqueles especialmente afetados aos
serviços públicos, como, por exemplo, aeroportos, escolas e hospitais públicos.

Comentários. Os bens citados são bens de uso especial, pois estão afetados
a atividade específica. Bens de uso especial são aqueles que não podem ser
utilizados por qualquer cidadão.

Gabarito 4. Errado.

5. (CESPE/2014/PGE-BA/Procurador do Estado)
Em relação aos bens públicos, julgue o item seguinte.
Para a utilização de espaço de prédio de autarquia para o funcionamento de
restaurante que atenda aos servidores públicos, é obrigatória a realização de
licitação e a autorização de uso de bem público.
Comentários.
Questão interessante. Por se tratar de uso para fins privados com foco
econômico, é provável que haja mais de um interessado. Além disso, há tanto
interesse público (ter um restaurante atendendo seus servidores) quanto
privado. Logo o instituto correto é a permissão, que deve ser precedida de
licitação, dada a grande possibilidade de existir mais de um interessado.
Gabarito 5. Errado.

6. (CESPE - Proc - PGE BA/2014)


Em relação aos bens públicos, julgue o item seguinte.

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Para a utilização de espaço de prédio de autarquia para o funcionamento de


restaurante que atenda aos servidores públicos, é obrigatória a realização de
licitação e a autorização de uso de bem público.
Comentários.
Afirmativa incorreta. Quando se tratar de autorização não haverá licitação
prévia.
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Gabarito 6. Errado.

6.2 - FCC

7. (FCC / Procurador do Estado / SEGEP-MA / 2016)

O Governo do Estado do Maranhão decidiu constituir uma parceria público-


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privada na modalidade concessão administrativa, com a finalidade de


contratar a construção de um estabelecimento prisional e a prestação de
serviços associados a esse estabelecimento. Para garantia do recebimento da
contraprestação pecuniária pelo parceiro privado, um imóvel onde funciona
uma escola pública estadual, de propriedade do Estado, foi transferido ao
Fundo Garantidor de Parcerias do Estado do Maranhão, após autorização da
Assembleia Legislativa. Uma vez construída a unidade prisional e iniciada a
prestação dos serviços a ela associados, o Estado passou a atrasar o
pagamento da contraprestação devida ao parceiro privado. Por conta da
inadimplência, o parceiro privado ajuizou ação de execução da dívida estatal,
pleiteando em juízo a penhora do imóvel em que está instalado o
estabelecimento escolar. Em vista de tal situação, é correto afirmar que

a) por se tratar de bem imóvel, deveria ser solicitada a hipoteca e não a


penhora, que é utilizada apenas para bens móveis e semoventes.

b) em razão da natureza autárquica do Fundo, é impossível a penhora de


bens de seu domínio.

c) a transferência do imóvel para o Fundo Garantidor é nula, visto que


deveria ter ocorrida a prévia desafetação do bem.

d) em face da transferência para o Fundo Garantidor, o imóvel tornou-se bem


de natureza particular, o que possibilita a sua constrição judicial para
satisfação da dívida.

e) quaisquer bens pertencentes ao Estado e às entidades por ele controladas


são impenhoráveis e, portanto, o pedido de penhora deve ser negado.

Comentários.

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A alternativa C é incorreta. Ela nos cobra o conhecimento da Lei nº 11.079/04,


abaixo transcrito.

Lei nº 11.079/04. Art. 16. Ficam a União, seus fundos especiais, suas
autarquias, suas fundações públicas e suas empresas estatais dependentes
autorizadas a participar, no limite global de R$ 6.000.000.000,00 (seis bilhões
de reais), em Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas - FGP que
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terá por finalidade prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias


assumidas pelos parceiros públicos federais, distritais, estaduais ou municipais
em virtude das parcerias de que trata esta Lei.

§ 7o O aporte de bens de uso especial ou de uso comum no FGP será


condicionado a sua desafetação de forma individualizada.
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Gabarito 7. C.

8. (FCC / Procurador do Estado / SEGEP-MA / 2016)

Em janeiro de 1993, Maurício Quevedo passou a residir em terreno urbano que


lhe fora vendido “de boca” por outro posseiro antigo, ali construindo sua
residência, um barraco de aproximadamente setenta metros quadrados,
ocupando dois terços do terreno assim adquirido. Em janeiro deste ano,
Maurício procurou aconselhar-se com advogado, que verificou a situação
dominial do terreno, constatando tratar-se de propriedade registrada em nome
do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Diante de tal situação, o
referido posseiro

a) deve solicitar à Secretaria do Patrimônio da União – SPU a declaração de


aforamento do imóvel, passando a recolher o foro anual.

b) faz jus à usucapião do terreno, visto que se trata de imóvel particular da


entidade autárquica.

c) não possui direito subjetivo de permanecer no imóvel, pois o princípio da


boa-fé não é oponível ao interesse público.

d) tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação


ao bem objeto da posse, desde que comprove não ser proprietário ou
concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.

e) deve requerer ao INCRA a abertura de processo de legitimação de posse,


visto tratar-se de ocupante de terra devoluta.

Comentários.

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A alternativa correta é a letra D. Ela aborda um caso específico, constante da


Medida Provisória nº 2.220/01, especificamente no seu artigo 1º.

Art. 1o Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco
anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros
quadrados de imóvel público situado em área com características e finalidade
urbanas, e que o utilize para sua moradia ou de sua família, tem o direito à
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concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem objeto da


posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de
outro imóvel urbano ou rural.
Gabarito 8. D.
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9. (FCC / Procurador do Estado / PGE-MT / 2016)

Acerca do regime jurídico dos bens públicos, é correto afirmar:

a) Os bens de uso especial, dada a sua condição de inalienabilidade, não


podem ser objeto de concessão de uso.

b) Chama-se desafetação o processo pelo qual um bem de uso comum do


povo é convertido em bem de uso especial.

c) A investidura é hipótese legal de alienação de bens imóveis em que é


dispensada a realização do procedimento licitatório.

d) Os bens pertencentes ao Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas


(Lei Federal no 11.079/2004), embora possam ser oferecidos em garantia dos
créditos do parceiro privado, mantém a qualidade de bens públicos.

e) Os bens pertencentes às empresas pública são públicos, diferentemente


dos bens pertencentes às sociedades de economia mista.

Comentários.

A alternativa correta é a letra C. Ela está conforme o parágrafo terceiro do


artigo 17 da Lei de Licitações.

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à


existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de
avaliação e obedecerá às seguintes normas:

§ 3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei:

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I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente


ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável
isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não
ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea "a" do
inciso II do art. 23 desta lei;

II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao


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Poder Público, de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos


urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis
na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens
reversíveis ao final da concessão.

A alternativa A está incorreta. Bens de uso especial podem ser objeto de


concessão, o que seria a troca do executante do serviço público em questão,
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não a sua descontinuidade.

A alternativa B é incorreta, a desafetação transforma o bem em dominical.

A alternativa D é incorreta, pois o Fundo Garantidor de Parcerias Público-


Privadas tem natureza privada e patrimônio próprio. O artigo 16 da lei citada
na alternativa tem comandos específicos em relação à situação dos bens que
serão integralizados. Abaixo os dispositivos mais importantes.

Art. 16. Ficam a União, seus fundos especiais, suas autarquias, suas
fundações públicas e suas empresas estatais dependentes autorizadas a
participar, no limite global de R$ 6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais), em
Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas - FGP que terá por
finalidade prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas
pelos parceiros públicos federais, distritais, estaduais ou municipais em virtude
das parcerias de que trata esta Lei.

§ 1o O FGP terá natureza privada e patrimônio próprio separado do


patrimônio dos cotistas, e será sujeito a direitos e obrigações próprios.

§ 2o O patrimônio do Fundo será formado pelo aporte de bens e direitos


realizado pelos cotistas, por meio da integralização de cotas e pelos
rendimentos obtidos com sua administração.

§ 4o A integralização das cotas poderá ser realizada em dinheiro, títulos da


dívida pública, bens imóveis dominicais, bens móveis, inclusive ações de
sociedade de economia mista federal excedentes ao necessário para
manutenção de seu controle pela União, ou outros direitos com valor
patrimonial.

§ 7o O aporte de bens de uso especial ou de uso comum no FGP será


condicionado a sua desafetação de forma individualizada.

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A alternativa E é incorreta. Os bens das empresas públicas e sociedade de


economia mista que estejam vinculados à prestação de serviço público serão
bens públicos.
Gabarito 9. C.
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10. (FCC / Técnico de Nível Superior / Prefeitura de Teresina /


2016)

A compra de um terreno por uma autarquia, para instalação de uma delegacia


de polícia,
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a) pode se dar por meio de dispensa de licitação, caso, dentre outros


requisitos, a Administração demonstre que o local atende as necessidades de
instalação e localização do equipamento público em razão da demanda de
segurança pública da região.

b) deve ser objeto de licitação, pois é necessário respeitar o menor valor para
aquisição de bens imóveis pelos entes públicos, pois se consubstancia em
investimento e se destina a integrar o ativo patrimonial do ente.

c) não se mostra adequada para a Administração, tendo em vista que por


meio da desapropriação é possível escolher fisicamente o local onde pretende
instalar o equipamento público, de modo que esse instituto deve ser utilizado.

d) deve ser feita por meio de dispensa de licitação, tendo em vista que se
trata de hipótese expressamente prevista na lei como licitação dispensada.

e) pode ser objeto de inexigibilidade de licitação, caso a autarquia consiga


demonstrar que o valor do terreno escolhido é o menor valor dentre os
elementos comparativos disponíveis no mercado.

Comentários.

A alternativa correta é a letra A, conforme inciso X do artigo 24 da Lei de


Licitações.

Art. 24. É dispensável a licitação:

X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das


finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação
e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível
com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
Gabarito 10. A.

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11. (FCC / Analista Ministerial / MPE-PB / 2015)

O Ministério Público do Estado da Paraíba ajuizou ação civil pública contra a


Prefeitura de Campina Grande, haja vista a desafetação irregular de bem
público. A propósito do tema, considere as seguintes assertivas:
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I. Na desafetação, o bem é subtraído à dominialidade pública para ser


incorporado ao domínio privado, do Estado ou do administrado.

II. Os bens dominicais são alienáveis, porém a alienabilidade não é absoluta,


já que podem perdê-la pelo instituto da afetação.
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III. Os bens de uso comum do povo não comportam desafetação, pois, por
sua própria natureza, são insuscetíveis de valoração patrimonial.

Está correto o que se afirma em

a) II e III, apenas.

b) I, apenas.

c) II, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

Comentários.

A alternativa correta é a letra D. Analisemos cada item.

Item I. Afirmativa correta. Aqui consta uma correta definição para


desafetação.

Item II. Também correto. Os bens dominicais são sujeitos à alienação.


Veja a definição do Código Civil.

Código Civil. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados,
observadas as exigências da lei.

Item III. Incorreto. Os bens afetados podem ser desafetados expressa ou


tacitamente.
Gabarito 11. D.

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12. (FCC / Analista Judiciário / TRE-CE / 2012)

O bem público de uso especial

a) pode ser utilizado pelos indivíduos, mas essa utilização deverá observar as
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condições previamente estabelecidas pela pessoa jurídica interessada.

b) é destinado a fins públicos, sendo essa destinação inerente à própria


natureza desse bem, como ocorre, por exemplo, com as estradas e praças.

c) possui regime jurídico de direito público, aplicando- se, a essa modalidade


de bem, institutos regidos pelo direito privado.
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d) possui regime jurídico de direito privado, portanto, passível de alienação.

e) está fora do comércio jurídico do direito privado, ainda que não mantenha
essa afetação.

Comentários.

A alternativa correta é a letra A. Vamos primeiramente rever o conceito de


bem público de uso especial, cobrado pela questão.

Código Civil. Art. 99. São bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço


ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou
municipal, inclusive os de suas autarquias;

A característica trazida pela alternativa A complementa o conceito apresentado


pelo Código Civil. Um exemplo seria uma escola pública. O uso é público, mas
há condições, estabelecidas pela pessoa jurídica interessada, que devem ser
preenchidas para que uma determinada pessoa possa fazer uso desse bem.

A alternativa B é incorreta, pois o exemplo foi impróprio. Não há condição


imposta para utilização de uma estrada ou praça.

As alternativas C e D são incorretas, pois os bens públicos serão submetidos a


regime jurídico de direito públicos, ficando afastados institutos do direito
privado.

A alternativa E está incorreta. Primeiramente o examinador usa uma


expressão estranha na alternativa, mas se refere a comércio/ alienação. Caso

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o bem não esteja afetado, pode haver alienação, obedecidos os ditames da Lei
de Licitações.
Gabarito 12. A.

6.3 - ESAF
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13. (ESAF - Ana Tec – SUSEP - Administração e Finanças/2010)


Sobre o tema "bens públicos", é correto afirmar:
a) bens dominicais precisam ser desafetados antes de serem alienados.
b) o uso comum dos bens públicos pode ser oneroso, caso assim determine lei
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da pessoa jurídica à qual o bem pertença.


c) prédios públicos abandonados que venham a ser ocupados por membros de
movimentos sociais estão sujeitos a usucapião.
d) em casos de reparação de dano causado por dolo de agente público, apenas
os bens de uso especial e dominicais podem ser penhorados.
e) bibliotecas são exemplos claros de bens de uso comum do povo.
Comentários.
Vamos avaliar cada item.
a) Falso. Os bens dominicais não estão afetados.
b) Verdadeiro. Os bens de uso comum são geralmente gratuitos, mas podem
vir a ter seu uso oneroso, se a lei assim o determinar
c) Falso. Bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião
d) Falso. Nenhum bem público pode se penhorado
e) Falso. Bibliotecas são exemplos de bens de uso especial.
Gabarito 13. B.

14. (ESAF - AnaTA - MF/2013)


Quanto aos Bens Públicos, é correto afirmar:
a) sob o aspecto jurídico, há duas modalidades de bens públicos: os do
domínio público do Estado e os do domínio privado do Estado.
b) da imprescritibilidade exsurge a impossibilidade de oneração dos bens
públicos.
c) no caso de uso privativo estável, como é o caso da permissão, a
precariedade do uso encontra-se já na origem do ato de outorga.

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d) na permissão de uso, a utilização do bem não é conferida com vistas à


utilidade pública, mas no interesse privado do utente.
e) no uso compartilhado, há a utilização de um bem público pelos membros da
coletividade sem que haja discriminação entre os usuários, nem
consentimento estatal específico para esse fim.
Comentários.
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Vejamos cada item.


a) Verdadeiro. Perfeito o item.
b) Falso. A imprescritibilidade é a impossibilidade do bem público ser
adquirido por usucapião.
c) Falso. Não há uso privativo estável pois o caráter precário da permissão é
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mantida mesmo depois da licitação.


d) Falso. Na permissão interesse público e privado caminham juntos
e) Falso. Como vimos o uso compartilhamento ocorre entre prestadoras de
serviço público que compartilham determinados espeços (bens) públicos.
Gabarito 14. A.

15. (ESAF - AnaTA MF/2013)


Considerando o uso de espaços integrantes de áreas da propriedade de
pessoas diversas com a finalidade de instalação de serviços de gás canalizado
por meio de dutos implantados no subsolo, assinale a opção correta.
a) Uso envolvendo pessoas particulares: resolve-se por meio de convênios,
motivo pelo qual o proprietário da área ajusta a cobrança de preços para
referida utilização.
b) Uso de área integrante do domínio público: o uso não depende de
autorização do ente público sob cujo domínio se encontra o bem, embora
enseje remuneração pelo uso em virtude da prevalência do interesse público.
c) Uso de área non aedificandi pertencente a particular: o prestador não pode
usá-la livremente e o proprietário tem direito à remuneração ou indenização
em caso de prejuízo advindo de dano à propriedade.
d) Uso de área privada, além da faixa non aedificandi, o uso é regulado pelo
direito público e por isso não depende de autorização do proprietário, embora
a empresa prestadora do serviço deva pagar remuneração pelo uso sendo
vedada a cessão gratuita.
e) Uso de área pública sujeita à operação por pessoa privada: o uso deve
resultar de contrato entre as partes sendo cabível a remuneração pelo uso do
solo ou do subsolo.
Comentários.

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A questão trata do uso compartilhado. Vamos avaliar cada item


a) Falso. O caso é de uso compartilhado e não de convênio
b) Falso. Sem autorização? Muito errado :).
c) Falso. O prestador pode sim usar a área livremente, o que torna afirmativa
errada. O que ele não pode é construir
d) Falso. Se a área é privada, então é regulada pelo direito privado.
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e) Verdadeiro. É assim que funciona o uso compartilhado.


Gabarito 15. E.

16. (ESAF - TSIET/Estradas/2013)


Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

Correlacione os bens constantes da Coluna I às nomenclaturas da Coluna II.


Ao final, assinale a sequência correta para a Coluna I.

Coluna I Coluna II

( ) Ruas e Praças. 1. Bens dominicais.

( ) Escolas e Hospitais Públicos. 2. Bens públicos de uso comum do povo.

( ) Terrenos de marinha. 3. Bens de uso especial.

( ) Terras devolutas.

( ) Veículos ofi ciais.

a) 2 / 3 / 2 / 2 / 1
b) 2 / 3 / 2 / 2 / 3
c) 2 / 2 / 1 / 1 / 3
d) 3 / 2 / 1 / 1 / 2
e) 2 / 3 / 1 / 1 / 3
Comentários.
Ruas a praças são bens de uso comum – todos podem usar. Escolas, hospitais
públicos e veículos são bens de uso especial. – destinados a uma finalidade
pública específica. Por fim terrenos de marinha e terras devolutas são bens
dominicais, pois apesar de públicos não estão afetados a nenhuma atividade
pública.
Gabarito 16. E.

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17. (ESAF - Arqt - MF/2013)


Em razão da destinação que lhes pode ser dada, os imóveis públicos federais
são classificados em três tipos de bens.
Assinale as assertivas com V para as Verdadeiras e com F para as Falsas e, a
seguir, indique a opção correta.
( ) Bens de uso comum do povo são aqueles tidos como necessários à
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coletividade, tais como rios, praças, ruas, praias etc.


( ) Bens de uso especial são afetos ao interesse do serviço público, como os
prédios das repartições públicas, os fortes etc.
( ) Bens dominiais são aqueles que não têm destinação definida, e cuja
propriedade vem sendo objeto de disputa judicial.
Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

a) V, F, V
b) F, V, F
c) V, V, F
d) F, F, V
e) F, V, V
Comentários.
Já falamos baste desse assunto. As duas primeiras assertivas estão corretas.
Já o último item está errado pois não tem nada de disputa judicial – são bens
que não estão sendo empregados em finalidade pública.
Gabarito 17. C.

18. (ESAF - AFC - STN/Contábil-Financeira/2008)


Quanto às características dos bens públicos, analise os itens abaixo e assinale
a opção correta.
I. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.
II. Os créditos de terceiros contra a Fazenda Pública, em virtude de sentença
judicial, são pagos por meio de precatórios, conforme disposto no art. 100 da
CF/88, uma vez que os bens públicos não se sujeitam ao regime de penhora.
III. Apenas os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
imprescritíveis, ou seja, insuscetíveis de aquisição por usucapião.
IV. A alienação dos bens públicos imóveis, em qualquer dos Poderes, depende
de autorização do chefe máximo do Poder a que está submetido o órgão
alienante.

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a) Nenhum item está correto.


b) Apenas estão corretos os itens I e II.
c) Apenas estão corretos os itens I e III.
d) Apenas estão corretos os itens II e IV.
e) Todos os itens estão corretos.
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Comentários.
Analisemos por item.
I - Verdadeiro – os bens de uso comum e de uso especial sõa inalienáveis. É
só pensar que os bens que estão empregados em atividade pública são
inalienáveis.
Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

II – Verdadeiro. Perfeito o item. A ideia dos precatórios é garantir que o Poder


Público pague suas dívidas sem prejudicar os serviços públicos.
III – Falso. Todos os bens públicos são imprescritíveis.
IV - Falso. Não há tal previsão legal.
Gabarito 18. B.

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7 – Lista de exercícios

7.1 - CESPE
1. (CESPE/2014/Câmara dos Deputados/Consultor Legislativo)
Acerca do regime jurídico dos bens públicos, julgue o próximo item.
São públicos os bens pertencentes aos entes da administração direta e
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indireta.

2. (CESPE/2014/Câmara dos Deputados/Consultor Legislativo)


Acerca do regime jurídico dos bens públicos, julgue o próximo item.
Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

Os rios pertencem aos estados; entretanto, quando banham mais de um


estado, servem de limites com outros países, ou se estendem a território
estrangeiro ou dele provêm, são bens da União.

3. (CESPE/2014/Câmara dos Deputados/Consultor Legislativo)

A respeito de bens públicos, concessões e permissões, bem como sanções


administrativas, julgue o item subsequente.

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União, mas não
são bens da União os aldeamentos extintos, ainda que ocupados por indígenas
em passado remoto.

4. (CESPE/2015/DPU/Defensor Público)

No que tange às limitações administrativas da propriedade e aos bens


públicos, julgue o item seguinte.

São bens públicos de uso comum do povo aqueles especialmente afetados aos
serviços públicos, como, por exemplo, aeroportos, escolas e hospitais públicos.

5. (CESPE/2014/PGE-BA/Procurador do Estado)
Em relação aos bens públicos, julgue o item seguinte.
Para a utilização de espaço de prédio de autarquia para o funcionamento de
restaurante que atenda aos servidores públicos, é obrigatória a realização de
licitação e a autorização de uso de bem público.

6. (CESPE - Proc - PGE BA/2014)

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Em relação aos bens públicos, julgue o item seguinte.


Para a utilização de espaço de prédio de autarquia para o funcionamento de
restaurante que atenda aos servidores públicos, é obrigatória a realização de
licitação e a autorização de uso de bem público.
7.2 - FCC
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7. (FCC / Procurador do Estado / SEGEP-MA / 2016)

O Governo do Estado do Maranhão decidiu constituir uma parceria público-


privada na modalidade concessão administrativa, com a finalidade de
contratar a construção de um estabelecimento prisional e a prestação de
serviços associados a esse estabelecimento. Para garantia do recebimento da
contraprestação pecuniária pelo parceiro privado, um imóvel onde funciona
Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

uma escola pública estadual, de propriedade do Estado, foi transferido ao


Fundo Garantidor de Parcerias do Estado do Maranhão, após autorização da
Assembleia Legislativa. Uma vez construída a unidade prisional e iniciada a
prestação dos serviços a ela associados, o Estado passou a atrasar o
pagamento da contraprestação devida ao parceiro privado. Por conta da
inadimplência, o parceiro privado ajuizou ação de execução da dívida estatal,
pleiteando em juízo a penhora do imóvel em que está instalado o
estabelecimento escolar. Em vista de tal situação, é correto afirmar que

a) por se tratar de bem imóvel, deveria ser solicitada a hipoteca e não a


penhora, que é utilizada apenas para bens móveis e semoventes.

b) em razão da natureza autárquica do Fundo, é impossível a penhora de


bens de seu domínio.

c) a transferência do imóvel para o Fundo Garantidor é nula, visto que


deveria ter ocorrida a prévia desafetação do bem.

d) em face da transferência para o Fundo Garantidor, o imóvel tornou-se bem


de natureza particular, o que possibilita a sua constrição judicial para
satisfação da dívida.

e) quaisquer bens pertencentes ao Estado e às entidades por ele controladas


são impenhoráveis e, portanto, o pedido de penhora deve ser negado.

8. (FCC / Procurador do Estado / SEGEP-MA / 2016)

Em janeiro de 1993, Maurício Quevedo passou a residir em terreno urbano que


lhe fora vendido “de boca” por outro posseiro antigo, ali construindo sua
residência, um barraco de aproximadamente setenta metros quadrados,

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ocupando dois terços do terreno assim adquirido. Em janeiro deste ano,


Maurício procurou aconselhar-se com advogado, que verificou a situação
dominial do terreno, constatando tratar-se de propriedade registrada em nome
do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Diante de tal situação, o
referido posseiro

a) deve solicitar à Secretaria do Patrimônio da União – SPU a declaração de


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aforamento do imóvel, passando a recolher o foro anual.

b) faz jus à usucapião do terreno, visto que se trata de imóvel particular da


entidade autárquica.

c) não possui direito subjetivo de permanecer no imóvel, pois o princípio da


boa-fé não é oponível ao interesse público.
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d) tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação


ao bem objeto da posse, desde que comprove não ser proprietário ou
concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.

e) deve requerer ao INCRA a abertura de processo de legitimação de posse,


visto tratar-se de ocupante de terra devoluta.

9. (FCC / Procurador do Estado / PGE-MT / 2016)

Acerca do regime jurídico dos bens públicos, é correto afirmar:

a) Os bens de uso especial, dada a sua condição de inalienabilidade, não


podem ser objeto de concessão de uso.

b) Chama-se desafetação o processo pelo qual um bem de uso comum do


povo é convertido em bem de uso especial.

c) A investidura é hipótese legal de alienação de bens imóveis em que é


dispensada a realização do procedimento licitatório.

d) Os bens pertencentes ao Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas


(Lei Federal no 11.079/2004), embora possam ser oferecidos em garantia dos
créditos do parceiro privado, mantém a qualidade de bens públicos.

e) Os bens pertencentes às empresas pública são públicos, diferentemente


dos bens pertencentes às sociedades de economia mista.

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10. (FCC / Técnico de Nível Superior / Prefeitura de Teresina /


2016)

A compra de um terreno por uma autarquia, para instalação de uma delegacia


de polícia,

a) pode se dar por meio de dispensa de licitação, caso, dentre outros


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requisitos, a Administração demonstre que o local atende as necessidades de


instalação e localização do equipamento público em razão da demanda de
segurança pública da região.

b) deve ser objeto de licitação, pois é necessário respeitar o menor valor para
aquisição de bens imóveis pelos entes públicos, pois se consubstancia em
investimento e se destina a integrar o ativo patrimonial do ente.
Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

c) não se mostra adequada para a Administração, tendo em vista que por


meio da desapropriação é possível escolher fisicamente o local onde pretende
instalar o equipamento público, de modo que esse instituto deve ser utilizado.

d) deve ser feita por meio de dispensa de licitação, tendo em vista que se
trata de hipótese expressamente prevista na lei como licitação dispensada.

e) pode ser objeto de inexigibilidade de licitação, caso a autarquia consiga


demonstrar que o valor do terreno escolhido é o menor valor dentre os
elementos comparativos disponíveis no mercado.

11. (FCC / Analista Ministerial / MPE-PB / 2015)

O Ministério Público do Estado da Paraíba ajuizou ação civil pública contra a


Prefeitura de Campina Grande, haja vista a desafetação irregular de bem
público. A propósito do tema, considere as seguintes assertivas:

I. Na desafetação, o bem é subtraído à dominialidade pública para ser


incorporado ao domínio privado, do Estado ou do administrado.

II. Os bens dominicais são alienáveis, porém a alienabilidade não é absoluta,


já que podem perdê-la pelo instituto da afetação.

III. Os bens de uso comum do povo não comportam desafetação, pois, por
sua própria natureza, são insuscetíveis de valoração patrimonial.

Está correto o que se afirma em

a) II e III, apenas.

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b) I, apenas.

c) II, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.
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12. (FCC / Analista Judiciário / TRE-CE / 2012)

O bem público de uso especial


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a) pode ser utilizado pelos indivíduos, mas essa utilização deverá observar as
condições previamente estabelecidas pela pessoa jurídica interessada.

b) é destinado a fins públicos, sendo essa destinação inerente à própria


natureza desse bem, como ocorre, por exemplo, com as estradas e praças.

c) possui regime jurídico de direito público, aplicando- se, a essa modalidade


de bem, institutos regidos pelo direito privado.

d) possui regime jurídico de direito privado, portanto, passível de alienação.

e) está fora do comércio jurídico do direito privado, ainda que não mantenha
essa afetação.

7.3 - ESAF
13. (ESAF - Ana Tec – SUSEP - Administração e Finanças/2010)
Sobre o tema "bens públicos", é correto afirmar:
a) bens dominicais precisam ser desafetados antes de serem alienados.
b) o uso comum dos bens públicos pode ser oneroso, caso assim determine lei
da pessoa jurídica à qual o bem pertença.
c) prédios públicos abandonados que venham a ser ocupados por membros de
movimentos sociais estão sujeitos a usucapião.
d) em casos de reparação de dano causado por dolo de agente público, apenas
os bens de uso especial e dominicais podem ser penhorados.
e) bibliotecas são exemplos claros de bens de uso comum do povo.

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14. (ESAF - AnaTA - MF/2013)


Quanto aos Bens Públicos, é correto afirmar:
a) sob o aspecto jurídico, há duas modalidades de bens públicos: os do
domínio público do Estado e os do domínio privado do Estado.
b) da imprescritibilidade exsurge a impossibilidade de oneração dos bens
públicos.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

c) no caso de uso privativo estável, como é o caso da permissão, a


precariedade do uso encontra-se já na origem do ato de outorga.
d) na permissão de uso, a utilização do bem não é conferida com vistas à
utilidade pública, mas no interesse privado do utente.
e) no uso compartilhado, há a utilização de um bem público pelos membros da
Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

coletividade sem que haja discriminação entre os usuários, nem


consentimento estatal específico para esse fim.

15. (ESAF - AnaTA MF/2013)


Considerando o uso de espaços integrantes de áreas da propriedade de
pessoas diversas com a finalidade de instalação de serviços de gás canalizado
por meio de dutos implantados no subsolo, assinale a opção correta.
a) Uso envolvendo pessoas particulares: resolve-se por meio de convênios,
motivo pelo qual o proprietário da área ajusta a cobrança de preços para
referida utilização.
b) Uso de área integrante do domínio público: o uso não depende de
autorização do ente público sob cujo domínio se encontra o bem, embora
enseje remuneração pelo uso em virtude da prevalência do interesse público.
c) Uso de área non aedificandi pertencente a particular: o prestador não pode
usá-la livremente e o proprietário tem direito à remuneração ou indenização
em caso de prejuízo advindo de dano à propriedade.
d) Uso de área privada, além da faixa non aedificandi, o uso é regulado pelo
direito público e por isso não depende de autorização do proprietário, embora
a empresa prestadora do serviço deva pagar remuneração pelo uso sendo
vedada a cessão gratuita.
e) Uso de área pública sujeita à operação por pessoa privada: o uso deve
resultar de contrato entre as partes sendo cabível a remuneração pelo uso do
solo ou do subsolo.

16. (ESAF - TSIET/Estradas/2013)


Correlacione os bens constantes da Coluna I às nomenclaturas da Coluna II.
Ao final, assinale a sequência correta para a Coluna I.

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Coluna I Coluna II

( ) Ruas e Praças. 1. Bens dominicais.

( ) Escolas e Hospitais Públicos. 2. Bens públicos de uso comum do povo.

( ) Terrenos de marinha. 3. Bens de uso especial.


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

( ) Terras devolutas.

( ) Veículos ofi ciais.

a) 2 / 3 / 2 / 2 / 1
b) 2 / 3 / 2 / 2 / 3
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c) 2 / 2 / 1 / 1 / 3
d) 3 / 2 / 1 / 1 / 2
e) 2 / 3 / 1 / 1 / 3

17. (ESAF - Arqt - MF/2013)


Em razão da destinação que lhes pode ser dada, os imóveis públicos federais
são classificados em três tipos de bens.
Assinale as assertivas com V para as Verdadeiras e com F para as Falsas e, a
seguir, indique a opção correta.
( ) Bens de uso comum do povo são aqueles tidos como necessários à
coletividade, tais como rios, praças, ruas, praias etc.
( ) Bens de uso especial são afetos ao interesse do serviço público, como os
prédios das repartições públicas, os fortes etc.
( ) Bens dominiais são aqueles que não têm destinação definida, e cuja
propriedade vem sendo objeto de disputa judicial.
a) V, F, V
b) F, V, F
c) V, V, F
d) F, F, V
e) F, V, V

18. (ESAF - AFC - STN/Contábil-Financeira/2008)


Quanto às características dos bens públicos, analise os itens abaixo e assinale
a opção correta.

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I. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são


inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.
II. Os créditos de terceiros contra a Fazenda Pública, em virtude de sentença
judicial, são pagos por meio de precatórios, conforme disposto no art. 100 da
CF/88, uma vez que os bens públicos não se sujeitam ao regime de penhora.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

III. Apenas os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
imprescritíveis, ou seja, insuscetíveis de aquisição por usucapião.
IV. A alienação dos bens públicos imóveis, em qualquer dos Poderes, depende
de autorização do chefe máximo do Poder a que está submetido o órgão
alienante.
a) Nenhum item está correto.
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b) Apenas estão corretos os itens I e II.


c) Apenas estão corretos os itens I e III.
d) Apenas estão corretos os itens II e IV.
e) Todos os itens estão corretos.

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8 – Gabarito

Gabarito 1. Errado.
Gabarito 2. Certo.
Gabarito 3. Certo.
Gabarito 4. Errado.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Gabarito 5. Errado.
Gabarito 6. Errado.
Gabarito 7. C.
Gabarito 8. D.
Gabarito 9. C.
Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

Gabarito 10. A.
Gabarito 11. D.
Gabarito 12. A.
Gabarito 13. B.
Gabarito 14. A.
Gabarito 15. E.
Gabarito 16. E.
Gabarito 17. C.
Gabarito 18. B.

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9 – Referência Bibliográfica

Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São


Paulo: Editora Método, 2014.
Bandeira de Melo, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2010.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas,


2009.
Alexandre, Ricardo. Deus, João de. Direito Administrativo Esquematizado. São
Paulo: Editora Método, 2014.
Meirelles, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22. Ed. São Paulo, RT,
1997.
Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF, Senado, 1998.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Natureza jurídica do zoneamento -
Efeitos. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 147, p. 23-38,
jan. 1982. ISSN 2238-5177. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/43481>. Acesso
em: 16 Set. 2017. doi:http://dx.doi.org/10.12660/rda.v147.1982.43481.

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