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Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 1

Índice

EDITORIAL 3
4
AGOSTO DE 2016

DIRETORIA (SIEEESP)
Presidente: Benjamin Ribeiro da Silva (Colégio Albert Einstein) NOVOS RUMOS
1º Vice-presidente: José Augusto de Mattos Lourenço (Colégio São João Gualberto)
2º Vice-presidente: Waldman Biolcati (Curso Cidade de Araçatuba)
1º Tesoureiro: José Antônio Figueiredo Antiório (Colégio Padre Anchieta)

6
2º Tesoureiro: Antônio Batista Grosso (Colégio Átomo)
1º Secretário: Itamar Heráclio Góes Silva (Educ Empreendimentos Educacionais)
2º Secretário: Antônio Francisco dos Santos (Colégio Novo Acadêmico) COMUNICADO CONJUNTO
DIRETORIA (FEEESP)
Presidente: José Antonio Figueiredo Antiório (Colégio Padre Anchieta - Osasco)
1º Vice-presidente: José Augusto de Mattos Lourenço (Colégio São João Gualberto)
2º Vice-presidente: Antonio Batista Grosso (Colégio Átomo)
Diretor Tesoureiro: Benjamin Ribeiro da Silva (Colégio Albert Einstein)
Secretário Geral: Itamar Heráclio Góes Silva (Escola Granja Viana)

Editor: Adhemar Oricchio - MTB 8.171


CONVENÇÃO COLETIVA
DE TRABALHO DOS PROFESSORES 8
Editor gráfico: Balduíno Ferreira Leite
Impressão: DuoGraf

imprensa@sieeesp.com.br CONVENÇÃO COLETIVA


www.sieeesp.org.br
Av. das Carinás, 525 - São Paulo - SP - CEP 04086-011 - (11) 5583-5500
DE TRABALHO DOS AUXILIARES DE
ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 22

2 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO

D epois de longas e grandes discussões, que iniciaram em no-


vembro do ano passado, finalmente celebramos as Conven-
ções Coletivas de Trabalho com as entidades sindicais profissionais,
As Escolas que não quiserem ou não puderem conceder a PLR
ou Abono Especial, deverão conceder o aumento de 8% a partir de
1º de março sobre a remuneração mensal devida em 1º de março
representadas pelas FEPESP, FEPAAE e FETEE. de 2015 e 12,50% a partir de 1º de setembro, sobre a remuneração
Em alguns momentos houve até mesmo preocupação em mensal devida em 1º de março de 2015.
razão da demora na celebração do acordo, porém, esta aconteceu Como fechamos as Convenções Coletivas por dois anos, o
em virtude das dificuldades políticas e econômicas do país e das reajuste para o ano de 2017 será a média do INPC (IBGE), IPC (FIPE)
dificuldades pelas quais as grandes, médias e pequenas Instituições e ICV (DIEESE), acrescido de 1% de aumento real.
Educacionais estão vivenciando. Em razão dos avanços tecnológicos, acordamos que o com-
É fato que houve reflexos para as categorias profissionais, que provante de pagamento poderá ser feito através da modalidade
pleitearam a manutenção dos direitos já conquistados outrora e, eletrônica.
também, novos benefícios. A bolsa de estudo poderá deixar de ser concedida durante o
Esse cenário de negociação acabou por colocar em suspense período de experiência, limitado a noventa dias e na contratação
as expectativas das categorias do que estaria por vir. para substituição temporária de um outro Professor, limitado a
Foram inúmeras reuniões onde se discutiu o reajuste salarial, cento e cinquenta dias.
o piso salarial e as cláusulas sociais. Atendendo solicitação das entidades sindicais profissionais
As pautas de reivindicações foram extensas e graças ao tra- quando houver oposição do empregado em face da contribuição
balho e esforço da Comissão de Tratativas Salariais foi possível devida ao seu sindicato, seu pedido deverá conter, além do seu
o acordo. nome, o seu CPF e o CNPJ da Instituição Educacional, para identi-
Em razão das dificuldades logo no começo deste ano, sugeri- ficação de ambos.
mos antecipação salarial de 7% a partir de março e agora com o Por fim, importante esclarecer que não poupamos esforços
acordo celebrado eventuais antecipações serão compensadas, na negociação, que sob nosso ponto de vista, foi a mais dura dos
obviamente. últimos anos, em virtude do cenário político e econômico brasileiro
Desta maneira, o reajuste negociado é 7% a partir e de 1º de que afetou sensivelmente o segmento educacional.
março sobre a remuneração mensal devida em 1º de março de 2015 Tivemos preocupação constante de celebrarmos uma Con-
e 11,50% a partir de 1º de setembro, sobre a remuneração mensal venção Coletiva de Trabalho que pudesse ser cumprida pelas
devida em 1º de março de 2015. grandes, médias e pequenas escolas. Temos a certeza que fizemos
As diferenças salariais poderão ser pagas no mês de junho, com o nosso trabalho dignamente e o reconhecimento aconteceu na
os salários do mês de maio. Assembleia da nossa categoria que aprovou, por unanimidade, a
Tentamos a todo custo eliminar a Participação nos Lucros e proposta por nós apresentada.
Resultados, mas conseguimos reduzi-la para a metade no ano de Colocamo-nos à disposição dos senhores Mantenedores,
2016, equivalente a 12% a ser paga no mês de outubro e 18% no mês bem como nosso Departamento Jurídico poderá ser consultado
de outubro de 2017. a qualquer momento.
Recusamos todas as cláusulas novas dos Sindicatos profis-
sionais e outras negociamos a partir de pedidos dos nossos
representados.
E nesse aspecto, observamos o quanto é importante a partici-
pação das Escolas, porque muitas vezes é a partir de experiências e
ações judiciais de cada uma, que levamos para discussão durante as
negociações, muitas vezes para aperfeiçoar a redação da cláusula
ou negociá-la.
Assim, nossas Convenções Coletivas de Trabalho praticamente
ficaram com as redações anteriores, com pequenas alterações.
Vejamos:
- PLR ou Abono Especial. Neste ano de 2016 temos uma novi-
dade: o Professor ou Auxiliar desligado até julho de 2016 receberá José Antônio Figueiredo Antiório
o PLR ou Abono Especial de 12% sobre o salário da rescisão e aquele Presidente da FEEESP e da
Professor ou Auxiliar que for admitido a partir de agosto de 2016 Comissão de Tratativas Salariais
não receberá o PLR ou Abono Especial. e Diretor do SIEEESP
Para o ano de 2017 haverá a proporcionalidade do PLR ou Abono
Especial, em cumprimento da Súmula 451 do TST.

Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 3


Novos Rumos

D iante do atual cenário político e econômico, bem como das


propostas de reformas do novo governo “de transição”,
diga-se de passagem, com certeza seremos surpreendidos com
Como se vê, o papel do mediador é de extrema importância,
pois, é através da técnica do restabelecimento do diálogo que
as partes retomam o seu poder de decisão nas questões que
reformas na legislação trabalhista e previdenciária. envolvem soluções duradouras, levando-se em consideração
E que venham, pois, já vêm tarde demais. as necessidades de cada uma dessas partes. Importante escla-
É fato que a legislação trabalhista, em especial, encontra-se recer que as decisões partirão diretamente dos envolvidos, não
totalmente em desacordo com a realidade atual, trazendo como transferindo para um terceiro esse poder.
consequência engessamento de situações que só dificultam as É certo que o acordo é o objetivo na mediação, mas não o
relações entre empregado e empregador. fim, pois, o mais importante na mediação é o restabelecimento
Não estamos falando e nem querendo suprimir direitos dos e/ou manutenção da relação entre as partes envolvidas.
trabalhadores, conquistados a duras penas e prestigiados na A mediação pode ocorrer em qualquer área, ou seja, cível,
Consolidação das Leis do Trabalho, porém, algumas situações trabalhista, empresarial ou penal.
precisam se adaptar aos tempos modernos. Isto porque, além Recentemente o TST editou o ATO Nº 168 de 04/04/2016
de ter sido publicada nos idos de 1943, os novos meios de co- que dispõe sobre os pedidos de mediação pré-processual de
municação e a dinâmica das condições de trabalho exigem uma conflitos.
adaptação razoável. Vê-se a preocupação dos membros do Judicário na solução
É fato que os nossos Tribunais mais julgam de acordo com a dos conflitos de maneira harmônica e, para a eficácia desses
jurisprudência e enunciados do que com o próprio direito posto. acordos, é importante a presença dos sindicatos das categorias
Além do que, temos o surgimento dos novos institutos da profissionais e econômicas na condução da negociação.
Mediação, Conciliação e Arbitragem, tão prestigiados e bem Diante desta situação é que vemos, também, com bons
vistos pelos operadores do direito, os quais põem fim a litígios olhos a importância da negociação salarial e das condições
que podem ser resolvidos pelas próprias partes, de maneira de trabalho estipuladas através das normas coletivas, pois,
simples, sem a propositura de ações perante o Poder Judiciário ninguém melhor que a partes envolvidas para saber das suas
as quais se arrastam por anos. reais necessidades.
É certo que uma decisão judicial nem sempre deixa ambas
as partes felizes, além do que diante da demora de algumas
decisões estas nem tem mais o efeito desejado.
Já na mediação a situação é outra. Nesse aspecto é im-
portante dizer acerca da importância dos acordos celebrados
através da mediação.
O termo Mediação deriva do latim “mediare” ou intervir de
maneira pacífica, imparcial na solução de conflitos.
No caso da mediação, esta pode ser definida como instru-
mento de pacificação pessoal e social, cujo objetivo principal é
induzir as partes ao diálogo nas lides existentes, através de um
facilitador, que irá mediar a situação, utilizando-se de técnicas
de comunicação e de forma imparcial.
A mediação, sendo um dos métodos de solução de confli-
tos, tem grande importância nos conflitos não adversariais,
cujo objetivo precípuo do facilitador é fazer com que as partes
cheguem a um acordo.

Josiane Siqueira Mendes


Advogada do SIEEESP

4 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 5
FEEESP – SIEEESP – SINEPs – FEPESP – FEPAAE – FETEESP
COMUNICADO CONJUNTO Nº 01/2016
REAJUSTES SALARIAIS PARA O ANO DE 2016 – CCT
FEPESP, FEPAAE, FETEESP, FEEESP, SIEEESP e SINEPs, repre- 6. DESLIGAMENTOS E ADMISSÕES:
sentando, respectivamente, os Sindicatos de Professores e Auxi- • PROFESSOR OU AUXILIAR DESLIGADO ATÉ JULHO/2016:
liares de Administração Escolar e os Estabelecimentos Privados recebe PLR ou abono especial de 12% sobre o salário de rescisão.
de Ensino no Estado de São Paulo, denominados como ESCOLAS, • PROFESSOR OU AUXILIAR ADMITIDO A PARTIR DE AGOS-
nos termos do que estabelecem as respectivas cláusulas das Con- TO/2016: Não receberá PLR ou abono especial.
venções Coletivas de Trabalho, comunicam:
7. PISO SALARIAL DOS PROFESSORES para o período com-
1. REAJUSTE SALARIAL EM 2016: No ano de 2016 as ESCOLAS preendido entre 1º/03/2016 a 28/02/2017:
deverão aplicar os seguintes índices de reajuste aos seus PROFES- a) R$1.132,00 neste valor já incluído o DSR, por jornada de 22
SORES e AUXILIARES: horas semanais, para professores que lecionam em escola que só
• 7% (sete por cento), a partir de 1º de março, sobre a remune- tenha cursos de educação infantil;
ração mensal devida em 1º de março de 2015. b) R$1.265,00, neste valor já incluído o DSR, por jornada de
• 11,50% (onze virgula cinquenta por cento) a partir de 1º de setem- 22 horas semanais, para professores de educação infantil e de
bro, sobre a remuneração mensal devida em 1º de março de 2015. ensino fundamental, até o 5º ano, que lecionam nas demais
escolas;
2. DIFERENÇAS SALARIAIS: As diferenças salariais relativas c) R$15,00 por hora-aula, para professores que lecionam no
aos meses de março e abril de 2016 deverão ser pagas até o 5º dia ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, ou no período noturno, nos
útil de junho, juntamente com o salário referente a maio/2016, já níveis fundamental e médio;
reajustado em 7% (sete por cento). d) R$16,65 por hora-aula, para professores que lecionam no
ensino médio;
3. BASE SALARIAL PARA 2017: A remuneração mensal de 1º de e) R$15,83 por hora-aula, para professores que lecionam em
setembro de 2016, reajustada pelo índice acima definido, ou seja cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores e em
11,50% (onze virgula cinquenta por cento), servirá como base de cursos de educação profissional técnica de nível médio;
cálculo para a data base de 1º de março de 2017. f) R$23,24 por hora-aula, para professores que lecionam em
cursos pré-vestibulares.
4. PLR ou ABONO ESPECIAL: As ESCOLAS deverão pagar a AOS VALORES ACIMA DEFINIDOS DEVERÁ SER ACRESCIDO O
seus PROFESSORES E AUXILIARES, a título de Participação nos PERCENTUAL DE 5% DE HORA-ATIVIDADE.
Lucros ou Resultados ou Abono Especial a parcela correspondente
a 12% (doze por cento) da remuneração salarial bruta, reajustada 8. PISO SALARIAL DOS AUXILIARES: R$1.100,00 para o período
pelo índice de 11,50%, até o dia 15 de outubro de 2016. compreendido entre 1º/03/2016 a 28/02/2017:

5. ESCOLAS QUE NÃO PAGARÃO PLR OU ABONO ESPECIAL: No 9. CARTÃO ALIMENTAÇÃO OU VALE-ALIMENTAÇÃO em substi-
ano de 2016, essas ESCOLAS deverão aplicar os seguintes índices tuição à cesta básica: Deverá ser reajustado, a partir de 1º/03/2016,
de reajuste aos seus PROFESSORES e AUXILIARES: em 11,08% (onze virgula oito por cento), não podendo ser inferior a
• 8% (oito por cento), a partir de 1º de março/2016, sobre a re- R$85,00 (oitenta e cinco reais). As diferenças em relação a este valor
muneração mensal devida em 1º de março de 2015; deverão ser creditadas no mês de junho/2016.
• 12,50% (doze virgula cinquenta por cento) a partir de 1º de
setembro/2016, sobre a remuneração mensal devida em 1º de
março de 2015. São Paulo, 24 de maio de 2016

Prof. José Antônio Figueiredo Antiório Prof. Oswaldo Augusto de Barros


DIRETOR TESOUREIRO DO SIEEESP, PRESIDENTE DA FEEESP, PRESIDENTE DA PRESIDENTE DA FEPAAE
COMISSÃO DE TRATATIVAS SALARIAIS

Prof. Celso Napolitano Profª. Mara Lúcia Bito Legatzki


PRESIDENTE DA FEPESP PRESIDENTE DA FETEESP

6 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 7
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO DOS PROFESSORES
educação infantil, ensino fundamental e médio, curso técnico e
profissionalizante e pré-vestibular
2016/2018
• Sindicato dos Professores de São Paulo – Sinpro/SP ainda, Indicação nº 4/99 do Conselho Estadual de Educação
• Sindicato dos Professores bases Interior e inorganizadas de São Paulo, de 03 de julho de 1999.
• Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
Ensino do Estado de São Paulo - Feteesp 2. Duração
• Federação dos Auxiliares de Administração Escolar no Esta Convenção Coletiva de Trabalho terá duração de dois
Estado de São Paulo – Fepaae-sp anos, com vigência de 1º de março de 2016 a 28 de fevereiro
• Federação dos Professores do Estado de São Paulo – de 2018.
Fepesp Parágrafo único - Em virtude do surgimento de normas
• Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de legais pertinentes aos assuntos constantes das cláusulas desta
São Paulo – Sieeesp Convenção, as mesmas poderão ser reexaminadas na próxima
• Sindicato dos Estabelec. Particulares de Ensino Básico data base, para as devidas adequações.
de Araçatuba e Região – Sinepe Araçatuba
• Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino 3. Reajuste salarial em 2016
Básico de Osasco e Região – Sinepe Osasco Em 1º de março de 2016, as ESCOLAS deverão aplicar os
• Sindicato dos Estab. Particulares de Ensino Básico de seguintes índices de reajuste sobre a remuneração mensal
Ribeirão Preto – Sinepe Ribeirão Preto e Região devida aos seus PROFESSORES em 1º de março de 2015:
• Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino • 7% em 1º de março de 2016 sobre os salários devidos em
Básico de Santos e Região - Sinepe Santos 1º de março de 2015.
• Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino • 11,5% em 1º de setembro de 2016 sobre os salários devidos
Básico de São José do Rio Preto e Região - Sinepe/São José em 1º de março de 2015.
do Rio Preto Parágrafo primeiro – As diferenças salariais resultantes da
• Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino não aplicação do reajuste acima referido nos meses de março
Básico de Sorocaba e Região - Sinepe Sorocaba e abril de 2016 poderão ser pagas até o 5º dia útil de junho,
• Federação dos Estabelecimentos de Ensino no Estado juntamente com os salários de maio de 2016.
de São Paulo – Feeesp Parágrafo segundo – As ESCOLAS que deixarem de
cumprir o disposto no item A da cláusula “Participação nos
Lucros ou Resultados” deverão aplicar os seguintes índices
Entre as partes, acima, entidades com bases territoriais e de reajuste aos seus PROFESSORES:
representatividades fixadas nas respectivas Cartas Sindicais • 8% (oito por cento), a partir de 1º de março/2016, sobre a
e no que estabelece o inciso I do artigo 8º da Constituição remuneração mensal devida em 1º de março de 2015;
Federal, autorizadas pelas respectivas Assembleias Gerais, as- • 12,50% (doze vírgula cinquenta por cento) a partir de 1º
sinam, por seus representantes legais arrolados ao final deste de setembro/2016, sobre a remuneração mensal devida em
instrumento, a presente Convenção Coletiva de Trabalho, nos 1º de março de 2015.
termos do artigo 611 e seguintes da Consolidação das leis do Parágrafo terceiro – Os salários de 1º de setembro de
Trabalho e do artigo 8º da Constituição Federal. 2016, reajustados de acordo com o que dispõe esta cláu-
sula, constituirão a base de cálculo para a data base de 1º
1. Abrangência de março de 2017.
Esta Convenção abrange a categoria econômica dos
estabelecimentos particulares de ensino no Estado de São 4. Reajuste salarial em 2017
Paulo, nos termos da representatividade atribuída em suas Em 1º de março de 2017, as ESCOLAS deverão aplicar sobre
cartas sindicais, aqui designados como Escola e a categoria os salários devidos em 1º de setembro de 2016 o percentual
profissional diferenciada dos Professores, devidamente definido pela média aritmética dos índices inflacionários do
representada pelos Sindicatos profissionais, aqui designados período compreendido entre 1º de março de 2016 e 28 de
simplesmente como Professor. fevereiro de 2017, apurados pelo IBGE (INPC), FIPE (IPC) e
Parágrafo primeiro - A categoria dos Professores abrange DIEESE (ICV), acrescido de 1,0% (um por cento), a título de
todos aqueles que exercem a atividade docente, indepen- aumento real.
dentemente da denominação sob a qual a função de ministrar Parágrafo primeiro - As ESCOLAS que deixarem de cumprir
aulas for exercida e em qualquer que seja a série, ano, nível o disposto no item B da cláusula “Participação nos Lucros ou
de ensino ou curso. Resultados” deverão acrescentar 1,5% ao reajuste definido
Parágrafo segundo - Os cursos de educação infantil inte- no caput.
gram a Educação Básica não sendo, portanto, considerados Parágrafo segundo – Os Sindicatos e as Federações
cursos livres, conforme artigos 21, 26, 29, 30 e 31 da Lei 9.394 comprometem-se a divulgar, em comunicado conjunto, até
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação), com a redação dada 20 de março de 2017, o percentual de reajuste calculado pela
pela lei 12.796/2013; Resoluções CNE/CEB 5/2009 e 20/2009 e fórmula definida no caput, bem como os valores dos pisos

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salariais que passarão a vigorar a partir do mês de competência (artigo 320, parágrafo 1º, da CLT). A hora-atividade correspon-
março de 2017. de a 5% do salário base. O DSR corresponde a 1/6 (um sexto)
Parágrafo terceiro – Os salários de 1º de março de 2017, do salário base, acrescido da hora-atividade e ainda, acrescido
reajustados de acordo com o que dispõe esta cláusula, consti- do total de horas extras, do adicional noturno, do adicional
tuirão a base de cálculo para a data base de 1º de março de 2018. por tempo de serviço e da gratificação de função (Lei 605/49).
Parágrafo único - No salário base do PROFESSOR men-
5. Compensações salariais salista que ministra aula em curso de educação infantil até
Na aplicação do reajuste definido em março de 2016 será o 5º ano do ensino fundamental já está incluído o descanso
permitida a compensação de eventuais antecipações salariais semanal remunerado (DSR).
concedidas entre 1º de março de 2015 e 29 de fevereiro de 2016,
desde que tenha havido manifestação expressa nesse sentido. 8. Prazo para pagamento da remuneração mensal
O mesmo princípio será observado no reajuste a ser aplicado O pagamento mensal deve ser efetuado, no máximo, até
em março de 2017, sendo permitida a compensação de even- o quinto dia útil do mês subsequente ao trabalhado.
tuais antecipações salariais concedidas entre 1º de março de Parágrafo primeiro – O não pagamento no prazo obriga
2016 e 28 de fevereiro de 2017, desde que haja manifestação a ESCOLA a pagar multa diária, em favor do PROFESSOR, no
expressa nesse sentido. valor de 0,3% (três décimos percentuais) de seu salário mensal.
Parágrafo segundo – As ESCOLAS que não efetuarem o
6. Piso salarial pagamento em moeda corrente deverão proporcionar aos
Fica estabelecido como piso salarial da categoria dos PRO- PROFESSORES tempo hábil para o recebimento no banco ou
FESSORES para o período compreendido entre 1º de março no posto bancário dentro da jornada de trabalho, quando
de 2016 e 28 de fevereiro de 2017: coincidente com o horário bancário, excluindo-se o horário
a) salario mensal de R$ 1.132,00, neste valor já incluído DSR, de refeição.
por jornada de 22 horas semanais, conforme cláusula “Jornada
do Professor Mensalista”, para PROFESSORES que lecionam 9. Comprovante de pagamento
em ESCOLA que só tenha cursos de Educação Infantil. A ESCOLA deverá fornecer ao PROFESSOR, mensalmente,
b) salário mensal de R$ 1.265,00, neste valor já incluído comprovante de pagamento, sendo permitida a modalidade
o DSR, por jornada de 22 horas semanais conforme cláusula eletrônica, devendo estar discriminados: a) a identificação da
“Jornada do Professor Mensalista”, para PROFESSORES de ESCOLA; b) a identificação do PROFESSOR; c) o valor da hora-
educação infantil e de ensino fundamental até o 5º ano que aula; d) a carga horária semanal; e) a hora-atividade; f) outros
lecionam nas demais ESCOLAS. eventuais adicionais; g) o descanso semanal remunerado; h)
c)salário hora-aula de R$ 15,00 para PROFESSORES que as horas extras realizadas; i) o valor do recolhimento do FGTS;
lecionam no ensino fundamental do 6º ao 9º ano ou no período j) o desconto previdenciário; k) outros descontos.
noturno, nos níveis fundamental e médio. Parágrafo único – A ESCOLA estará desobrigada de dis-
d)salário hora-aula de R$ 16,65 para PROFESSORES que criminar as alíneas c) e g) nos comprovantes de pagamento
lecionam no ensino médio. dos PROFESSORES mensalistas que ministram aula em cursos
e)salário hora-aula de R$ 15,83 para PROFESSORES que de educação infantil e de ensino fundamental até o 5º ano, em
lecionam em cursos de formação inicial e continuada de cujos salários já está incluído o DSR.
trabalhadores e em cursos de educação profissional técnica
de nível médio 10. Atividades extras
f)salário hora-aula de R$ 23,24 para PROFESSORES que Considera-se atividade extra todo trabalho desenvolvido
lecionam em cursos pré-vestibulares. em horário diferente daquele habitualmente realizado na
Parágrafo primeiro – Aos valores acima definidos deverá semana.
ser acrescido o percentual de hora-atividade conforme o que Parágrafo primeiro - Quando o PROFESSOR e a ESCOLA
estabelece a presente Convenção Coletiva. acordarem carga horária superior aos limites previstos no
Parágrafo segundo – A remuneração mensal do PROFES- artigo 318 da CLT, as aulas excedentes serão remuneradas
SOR enquadrado nas alíneas: c), d), e) e f) do caput deverá ser como aulas normais, desde que respeitada a cláusula “Jornada
composta conforme o que estabelece a cláusula “Composição do Professor Mensalista” da presente Convenção Coletiva.
da Remuneração Mensal do Professor” desta Convenção Parágrafo segundo - Aulas e demais atividades pedagógi-
Coletiva. cas extras, ainda que constem do calendário escolar como
Parágrafo terceiro – As ESCOLAS que remunerarem os atividade letiva, serão pagas com acréscimo de 50% (cinquenta
seus PROFESSORES pelo piso salarial também estão obrigadas por cento).
a conceder a Participação nos Lucros e Resultados ou o Abono Parágrafo terceiro - Não serão consideradas atividades
Especial, nos termos estabelecidos nesta Convenção Coletiva. extras, sendo remuneradas como aulas normais, acrescidas
Parágrafo quarto – A partir de 1º de março de 2017, serão de DSR, hora-atividade e outras vantagens pessoais:
aplicados aos pisos salariais os índices de reajuste salarial a) reuniões pedagógicas semanais ou quinzenais previs-
estabelecidos pela presente Convenção. tas no calendário escolar. Neste caso, estas atividades serão
remuneradas sendo realizadas ou não, incorporando-se aos
7. Composição da remuneração mensal salários para todos os fins;
A remuneração mensal do professor é composta, no b) aulas ministradas em caráter de substituição ao
mínimo, por três itens: o salário base, o descanso semanal re- PROFESSOR afastado por licença médica ou maternidade.
munerado (DSR) e a hora-atividade. O salário base é calculado Neste caso, a substituição deverá ser formalizada por meio
pela seguinte equação: número de aulas semanais multiplicado de documento assinado entre a ESCOLA e o PROFESSOR
por 4,5 semanas e multiplicado, ainda, pelo valor da hora-aula que aceitar a tarefa;

Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 9


c) cursos eventuais de curta duração. Neste caso, a ESCOLA mês de referência de março de 2016, uma cesta básica
e o PROFESSOR deverão definir e formalizar em documento de alimentos in natura de, no mínimo, 24 kg. As ESCOLAS
o período e a duração da atividade; cujo número de alunos matriculados seja inferior a 100
d) aulas de recuperação paralela previstas ou decorrentes (cem) poderão conceder uma cesta básica de alimentos
de complementação do conteúdo programático, desde que in natura de, no mínimo, 12 kg. Esse benefício deverá
realizadas no horário habitual de trabalho do PROFESSOR. ser entregue mensalmente, até o dia de pagamento dos
Parágrafo quarto – Em caso de impossibilidade de utiliza- salários.
ção do local de trabalho por motivo de força maior ou suspen- Parágrafo primeiro – A cesta básica poderá deixar de
são das atividades letivas por determinação de autoridade ser concedida:
competente, a eventual reposição de aulas para cumprimento a) aos PROFESSORES que lecionam em escolas cujas
dos 200 dias letivos será discutida na Comissão Permanente de atividades sejam restritas a cursos de educação infantil
Negociação prevista na presente Convenção, a ser convocada (escolas de educação infantil, centros de recreação infantil,
por qualquer uma das partes em caráter de urgência. pré-escolas etc.)
b) aos PROFESSORES que lecionam apenas em cursos
11. Adicional noturno de formação inicial e continuada de trabalhadores e/ou em
O adicional noturno deve ser pago nas atividades realiza- cursos de educação profissional técnica de nível médio ofere-
das após as 22 horas e corresponde a 20% (vinte por cento) do cidos de forma concomitante ou subsequente, nos termos
valor da hora-aula. de que dispõe os inciso II e III do parágrafo 1º do artigo 4º do
decreto-lei 5.154 de 23 de julho de 2004.
12. Hora-atividade Parágrafo segundo – No caso dos cursos de educação
Fica mantido o adicional de 5% (cinco por cento) de hora- profissional, obriga-se a ESCOLA a conceder cesta básica
atividade, destinado exclusivamente ao pagamento do tempo a todos os seus PROFESSORES que lecionam em cursos de
gasto pelo PROFESSOR, fora da ESCOLA, na preparação de educação profissional técnica de nível médio oferecidos
aulas, provas e exercícios, bem como na correção dos mesmos. de forma integrada, nos termos do inciso I do parágrafo
1º do artigo 4º do decreto-lei 5.154 de 23 de julho de 2004.
13. Adicional por atividades em outros municípios É igualmente obrigatória a entrega de cesta básica aos
Quando o PROFESSOR desenvolver suas atividades a PROFESSORES de ensino médio, articulados à educação
serviço da mesma organização, em município diferente profissional técnica de nível médio.
daquele onde foi contratado e onde ocorre a prestação Parágrafo terceiro – As cestas básicas deverão conter
habitual do trabalho, deverá receber um adicional de 25% preferencialmente os seguintes produtos não perecíveis: ar-
(vinte e cinco por cento) sobre o total de sua remuneração roz, óleo, macarrão, feijão, café, sal, farinha de trigo, açúcar,
no novo município. Quando o PROFESSOR voltar a prestar biscoito, farinha de mandioca, purê de tomate, tempero,
serviços no município de origem, cessará a obrigação do farinha de fubá, achocolatado, leite em pó.
pagamento deste adicional. Parágrafo quarto – Fica assegurada a concessão de
Parágrafo único – Fica assegurada a garantia de emprego cesta básica durante o recesso escolar, as férias, a licença
pelo período de seis meses ao PROFESSOR transferido de maternidade e a licença para tratamento de saúde.
município, contados a partir do início do trabalho e/ou da Parágrafo quinto – A ESCOLA poderá substituir a cesta
efetivação da transferência. básica por cartão alimentação ou v ale-alimentação, cujo
valor de face de, no mínimo, R$85,00 (oitenta e cinco), não
14. Participação nos lucros ou resultados ou abono es- poderá ser inferior ao da cesta básica substituída e deverá
pecial ser reajustado no mês de março de 2017, pelo percentual do
Será devido aos PROFESSORES o pagamento de Participação índice inflacionário apurado pelo INPC do IBGE, no período
nos Lucros ou Resultados, na forma da Lei 10.101 de 19/12/2000, compreendido entre 1º de março de 2016 e 28 de fevereiro de
com as modificações introduzidas pela Lei 12.832 de 20/06/2013 2017. Quando solicitado, o valor da cesta básica substituída
ou abono especial, nos valores e prazos abaixo definidos: deverá ser comprovado pela ESCOLA às entidades sindicais
A. até 15 de outubro de 2016, parcela correspondente a 12% econômica e profissional.
da sua remuneração mensal bruta; Parágrafo sexto – A ESCOLA também poderá substituir
B. até 15 de outubro de 2017, parcela correspondente a 18% a cesta básica por qualquer outro benefício ainda não conce-
da sua remuneração mensal bruta. dido e de valor unitário superior ao definido no parágrafo 5º
Parágrafo único – Com a concessão do abono especial desta cláusula, obedecendo ao mesmo critério de reajuste
ou da participação nos lucros ou resultados, nos termos da anual. A substituição da cesta básica por outro benefício
presente cláusula, dá-se por cumprida a Lei 10.101 de 19 de deverá ser formalizada em Acordo Coletivo firmado entre o
dezembro de 2000 e publicada no Diário Oficial da União de sindicato profissional e a ESCOLA, que poderá ser assistida
20 de dezembro de 2000. pela entidade sindical patronal.
Parágrafo sétimo – Nos anos de 2016 e de 2017, as ces-
15. Cesta básica (válida exclusivamente para os Sinpros tas básicas referentes a dezembro, que seriam entregues
ABC, Anhanguera, Bauru, Campinas, Guapira, Guarulhos, em janeiro do ano seguinte, poderão ser compostas por
Interior, Itatiba, Jaú, Jundiaí, Osasco, Santos, São João da produtos natalinos e entregues aos PROFESSORES até o
Boa Vista, São José dos Campos, São José do Rio Preto, último dia letivo do ano respectivo.
São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Vales, Valinhos e Vinhedo e Parágrafo oitavo – Na vigência da presente Convenção
Sinprae Bragança Paulista, Sintee Capivari) o PROFESSOR demitido sem justa causa terá direito à cesta
Na vigência da presente Convenção, a ESCOLA está básica referente ao período de aviso prévio, ainda que
obrigada a conceder a seus PROFESSORES, a partir do indenizado.

10 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


15. Cesta básica (válida exclusivamente para os Sinpros referência de março de 2016, uma cesta básica de alimentos
Anhanguera, Interior, Itatiba, São João da Boa Vista, São José in natura de, no mínimo, 24 kg. As ESCOLAS cujo número
dos Campos e Sinprae Bragança Paulista, Sintee Capivari) de alunos matriculados seja inferior a 100 (cem) poderão
Na vigência da presente Convenção, a ESCOLA está obri- conceder uma cesta básica de alimentos in natura de, no
gada a conceder a seus PROFESSORES, a partir do mês de mínimo, 12 kg.
referência de março de 2016, uma cesta básica de alimentos Parágrafo primeiro – O benefício tratado nesta cláusula
in natura de, no mínimo, 24 kg. As ESCOLAS cujo número deverá ser entregue mensalmente até o dia do pagamento
de alunos matriculados seja inferior a 100 (cem) poderão dos salários.
conceder uma cesta básica de alimentos in natura de, no Parágrafo segundo – As cestas básicas deverão conter,
mínimo, 12 kg. Esse benefício deverá ser entregue mensal- preferencialmente, os seguintes produtos não perecíveis:
mente, até o dia de pagamento dos salários. arroz, óleo, macarrão, feijão, café, sal, farinha de trigo,
Parágrafo primeiro – A cesta básica poderá deixar de açúcar, biscoito, farinha de mandioca, purê de tomate,
ser concedida: tempero, sardinha em lata, farinha de fubá, achocolatado,
c) aos PROFESSORES que lecionam em escolas cujas leite em pó.
atividades sejam restritas a cursos de educação infantil Parágrafo terceiro – Fica assegurada a concessão de
(escolas de educação infantil, centros de recreação infantil, cesta básica durante o recesso escolar, as férias, a licença
pré-escolas etc.) maternidade e a licença para tratamento de saúde.
d) aos PROFESSORES que lecionam exclusivamente Parágrafo quarto – A ESCOLA poderá substituir a
nas disciplinas técnicas dos cursos de formação inicial e cesta básica por cartão alimentação ou vale-alimenta-
continuada de trabalhadores e/ou em cursos de educação ção, cujo valor de face de, no mínimo, R$85,00 (oitenta
profissional técnica de nível médio oferecidos de forma e cinco), não poderá ser inferior ao da cesta básica
concomitante, subsequente ou integrada, nos termos de substituída e deverá ser reajustado no mês de março
que dispõem os incisos I, II e III do parágrafo 1º do artigo 4º de 2017, pelo percentual do índice inflacionário apurado
do Decreto-lei 5.154 de 23 de julho de 2004 pelo INPC do IBGE, no período compreendido entre 1º
Parágrafo segundo – As cestas básicas deverão conter de março de 2016 e 28 de fevereiro de 2017. Quando
preferencialmente os seguintes produtos não perecíveis: ar- solicitado, o valor da cesta básica substituída deverá
roz, óleo, macarrão, feijão, café, sal, farinha de trigo, açúcar, ser comprovado pela ESCOLA às entidades sindicais
biscoito, farinha de mandioca, purê de tomate, tempero, econômica e profissional.
farinha de fubá, achocolatado, leite em pó. Parágrafo quinto – A ESCOLA também poderá substituir
Parágrafo terceiro – Fica assegurada a concessão de a cesta básica por qualquer outro benefício ainda não conce-
cesta básica durante o recesso escolar, as férias, a licença dido e de valor unitário superior ao definido no parágrafo 5º
maternidade e a licença para tratamento de saúde. desta cláusula, obedecendo ao mesmo critério de reajuste
Parágrafo quarto – A ESCOLA poderá substituir a cesta anual. A substituição da cesta básica por outro benefício
básica por cartão alimentação ou vale-alimentação, cujo deverá ser formalizada em Acordo Coletivo firmado entre o
valor de face de, no mínimo, R$85,00 (oitenta e cinco reais), sindicato profissional e a ESCOLA, que poderá ser assistida
não poderá ser inferior ao da cesta básica substituída e pela entidade sindical patronal.
deverá ser reajustado no mês de março de 2017, pelo per- Parágrafo sexto – Nos anos de 2016 e de 2017, as cestas
centual do índice inflacionário apurado pelo INPC do IBGE, básicas referentes a dezembro, que seriam entregues em
no período compreendido entre 1º de março de 2016 e 28 janeiro do ano seguinte, poderão ser compostas por produ-
de fevereiro de 2017. Quando solicitado, o valor da cesta tos natalinos e entregues aos PROFESSORES até o último
básica substituída deverá ser comprovado pela ESCOLA às dia letivo do ano respectivo.
entidades sindicais econômica e profissional. Parágrafo sétimo – Na vigência da presente Conven-
Parágrafo quinto – A ESCOLA também poderá substituir ção o PROFESSOR demitido sem justa causa terá direito
a cesta básica por qualquer outro benefício ainda não conce- à cesta básica referente ao período de aviso prévio, ainda
dido e de valor unitário superior ao definido no parágrafo 5º que indenizado.
desta cláusula, obedecendo ao mesmo critério de reajuste
anual. A substituição da cesta básica por outro benefício 16. Bolsas de estudo integrais
deverá ser formalizada em Acordo Coletivo firmado entre o Todo PROFESSOR tem direito a bolsas de estudo integrais
sindicato profissional e a ESCOLA, que poderá ser assistida nas ESCOLAS onde leciona, incluindo matrícula, para si, seus
pela entidade sindical patronal. filhos ou dependentes legais que vivam sob a dependência
Parágrafo sexto – Nos anos de 2016 e de 2017, as cestas econômica do PROFESSOR. A utilização do benefício previsto
básicas referentes a dezembro, que seriam entregues em nesta cláusula é transitória e por isso não possui caráter re-
janeiro do ano seguinte, poderão ser compostas por produ- muneratório e nem se vincula, para nenhum efeito, ao salário
tos natalinos e entregues aos PROFESSORES até o último ou remuneração percebida pelo PROFESSOR, nos termos do
dia letivo do ano respectivo. artigo 458 da CLT, com a redação dada pela Lei 10.243, de 19
Parágrafo sétimo – Na vigência da presente Conven- de junho de 2001, e do artigo 214, parágrafo 9º, inciso XIX do
ção o PROFESSOR demitido sem justa causa terá direito Decreto 3.048 de 06 de maio de 1999. A concessão das bolsas
à cesta básica referente ao período de aviso prévio, ainda de estudo integrais será feita observando-se as seguintes
que indenizado. disposições:
Parágrafo primeiro - A ESCOLA está obrigada a conceder
15. Cesta básica até duas bolsas de estudo. Caso a ESCOLA possua até 100
Na vigência da presente Convenção, a ESCOLA está obri- (cem) alunos matriculados, poderá limitar a concessão desse
gada a conceder a seus PROFESSORES, a partir do mês de benefício a uma única bolsa.

Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 11


Parágrafo segundo - Em qualquer hipótese prevista no ou material didático, exceto quando integrados ao valor da
parágrafo 1º, considera-se adquirido o direito do PROFESSOR anuidade.
que já possua número de bolsas de estudo superior ao deter- Parágrafo quatorze - A bolsa de estudo poderá deixar de
minado nesta Convenção. ser concedida;
Parágrafo terceiro - Serão também garantidas as bolsas de a) durante o período de experiência, limitado a 90 (no-
estudo para o PROFESSOR que estiver licenciado para trata- venta) dias;
mento de saúde, ou em gozo de licença mediante anuência b) na contratação para substituição temporária de um
da ESCOLA e nos casos de licenciamento para cumprimento outro PROFESSOR, limitado a 150 (cento e cinquenta) dias.
de mandato sindical, nos termos do artigo 521, parágrafo
único da CLT, excetuado o disposto na cláusula “Licença sem 17. Complementação de benefício previdenciário
remuneração”. A cada ano de vigência desta Convenção, as ESCOLAS
Parágrafo quarto - No caso de falecimento do PROFES- concederão ao PROFESSOR afastado do serviço por motivo
SOR, os dependentes que já se encontram estudando na de saúde a complementação do benefício previdenciário,
ESCOLA continuarão a gozar das bolsas de estudo até o final inclusive para o aposentado, para que perceberia a mesma
do curso (cláusula “Professor Ingressante”, parágrafo 3º). remuneração que receberia em atividade, durante o prazo
Excetuam-se os casos em que o PROFESSOR tenha aderido de 90 (noventa) dias.
ao “Seguro de Custeio Educacional Sieeesp/Sinepes”, em Parágrafo primeiro – A complementação é devida a partir
qualquer instituição privada. da data em que o benefício previdenciário tiver início, junto
Parágrafo quinto – No caso de dispensa sem justa causa, com o pagamento dos salários dos demais funcionários.
ficarão garantidas aos dependentes do PROFESSOR, até o final Parágrafo segundo – Caso o professor lecione em duas
do ano letivo, as bolsas de estudo já existentes. ou mais ESCOLAS, a complementação será paga pelos dois
Parágrafo sexto - No caso de o PROFESSOR trabalhar em estabelecimentos na mesma proporção dos salários recebidos
um estabelecimento e residir comprovadamente próximo a em cada um deles.
outra unidade da mesma mantenedora, usufruirá das bolsas
de estudo no local de sua escolha. 18. Creches
Parágrafo sétimo – As bolsas de estudo para cursos ou É obrigatória a instalação de local destinado à guarda de
atividades extracurriculares somente poderão ser usufruídas crianças em idade de amamentação, quando a ESCOLA man-
pelo dependente do PROFESSOR que lecione nesses cursos tiver contratada, em jornada integral, pelo menos trinta mu-
ou atividades. lheres com idade superior a 16 anos. A manutenção da creche
Parágrafo oitavo – No caso de o dependente do PROFES- poderá ser substituída pelo pagamento do reembolso-creche,
SOR ser reprovado, a ESCOLA não estará obrigada a conceder nos termos da legislação em vigor (artigo 389, parágrafo 1º, da
bolsa de estudo no ano seguinte. O direito à bolsa de estudo CLT e Portarias MTb nº 3296, de 03/09/86 e nº 670, de 27/08/97),
será recuperado quando ocorrer a promoção para série sub- ou ainda, pela celebração de convênio com uma entidade
sequente. reconhecidamente idônea.
Parágrafo nono – Os dependentes do PROFESSOR deten-
tores de bolsas de estudo estão submetidos ao Regimento 19. Seguro de vida em grupo
Interno da ESCOLA, não podendo, no entanto, haver norma A família terá garantida pela ESCOLA uma indenização
regimental que limite o seu direito à bolsa de estudo. correspondente a 24 (vinte e quatro) salários do PROFESSOR
Parágrafo décimo – As ESCOLAS que mantêm cursos pré- que vier a falecer. A ESCOLA poderá filiar-se a uma apólice de
vestibulares ou outros cursos estão desobrigadas de conceder, seguro de vida em grupo, que poderá ser formalizada junto
nesses cursos, bolsas de estudos integrais em classes cujo à Entidade Sindical econômica, signatária, em seu nome,
número de alunos seja inferior a 11 (onze). perante companhia de seguro de sua escolha.
Parágrafo onze – Os PROFESSORES que lecionam ex-
clusivamente em cursos de formação inicial e continuada 20. Professor ingressante na escola
de trabalhadores e/ou em cursos de educação profissional A ESCOLA não poderá contratar nenhum PROFESSOR por
técnica de nível médio oferecida de forma concomitante, salário inferior ao limite salarial mínimo dos PROFESSORES
subsequente ou integrada, nos termos de que dispõem os mais antigos, ressalvado o curso em que leciona e eventuais
incisos I, II e III do parágrafo 1º do artigo 4º do Decreto-lei vantagens pessoais tais como plano de carreira, adicional por
5.154 de 23 de julho de 2004, somente terão direito a bolsas tempo de serviço e outras.
de estudos integrais, conforme definido nesta cláusula, se Parágrafo primeiro - Aos PROFESSORES admitidos após
ministrarem 20 (vinte) ou mais aulas semanais, observado, 1º de março de 2015 serão concedidos o mesmo percentual de
entretanto, o disposto no parágrafo 12. O PROFESSOR reajuste estabelecido em março de 2016 e a mesma parcela da
cujo número de aulas é inferior a 20 (vinte) terá direito remuneração, a título de Participação nos Lucros ou Resul-
ao desconto de 30% (trinta por cento) para si, seus filhos tados, ou abono especial, previstos na presente Convenção.
ou dependentes legais, observadas as demais condições Parágrafo segundo - Aos PROFESSORES admitidos após
definidas nesta cláusula e, em especial, o que dispõe o 1º de março de 2016, serão concedidos o mesmo percentual
parágrafo 12. de reajuste estabelecido em março de 2017 e a mesma parcela
Parágrafo doze – Em quaisquer hipóteses previstas nos da remuneração, a título de Participação nos Lucros ou Resul-
parágrafos 10 e 11 desta cláusula, considera-se adquirido, até tados ou abono especial, previstos na presente Convenção.
o final do curso, o direito do PROFESSOR que já possua bolsas Parágrafo terceiro – Entendem-se como curso, nas dis-
de estudos integrais, independente de sua carga horária. posições previstas nesta cláusula e na presente Convenção
Parágrafo treze - As bolsas de estudo referem-se apenas Coletiva, os seguintes níveis de ensino: a) educação infantil;
à anuidade do curso, não incluindo nenhuma outra atividade b) ensino fundamental de 1º ao 5º ano; c) ensino fundamental

12 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 13
de 6º ao 9º ano; d) ensino médio; e) ensino técnico ou profis- 25. Demissão por justa causa
sionalizante; f) curso pré-vestibular. Quando houver demissão por justa causa, a ESCOLA
está obrigada a determinar na carta-aviso o motivo que deu
21. Anotações na carteira de trabalho origem à dispensa. Caso contrário, ficará descaracterizada a
A ESCOLA está obrigada a promover, em 48 (quarenta e justa causa.
oito) horas, as anotações nas carteiras de trabalho de seus
PROFESSORES, ressalvados eventuais prazos mais amplos 26. Multa por atraso na homologação
permitidos por lei. A ESCOLA deverá pagar as verbas devidas na rescisão
contratual até dez dias após o desligamento, no caso do
22. Garantia semestral de salários PROFESSOR ser dispensado do cumprimento do aviso
Ao PROFESSOR demitido sem justa causa, a ESCOLA prévio, ou, não havendo dispensa, no dia seguinte ao
garantirá: desligamento.
a) no primeiro semestre, a partir de 1º de janeiro, os salários O atraso no pagamento das verbas rescisórias obrigará a
integrais até o dia 30 de junho; ESCOLA ao pagamento de multa, em favor do PROFESSOR,
b) no segundo semestre, os salários integrais até o dia 31 correspondente a um mês de sua remuneração, conforme o
de dezembro, ressalvado o parágrafo 3º. disposto no parágrafo 8º do artigo 477 da CLT.
Parágrafo primeiro – Para ter direito à Garantia Semestral Parágrafo primeiro – A partir do vigésimo dia de atraso
de Salários, o PROFESSOR deverá ter 22 (meses) de serviço da homologação da rescisão a contar da data estabelecida
prestado à ESCOLA na data da comunicação da dispensa. no caput para o pagamento das verbas rescisórias, a ESCOLA
Parágrafo segundo – Para não ficar obrigada a pagar ao estará obrigada, ainda, a pagar ao PROFESSOR multa de 0,3%
PROFESSOR os salários do semestre subsequente ao da de- (três décimos percentuais) da remuneração mensal, por dia
missão, a ESCOLA deverá formalizar a demissão no período de atraso. Não será devida a multa aqui estabelecida quando
compreendido entre 1 (um) e 30 (trinta) dias que antecede o o atraso da homologação vier a ocorrer, comprovadamente,
início das férias ou do recesso escolar. por motivos alheios à vontade da ESCOLA.
Parágrafo terceiro - Quando as demissões ocorrerem a Parágrafo segundo – O Sindicato fornecerá comprovante de
partir de 16 de outubro, a ESCOLA pagará, independente- comparecimento à ESCOLA que se apresentar para homologação
mente do tempo de serviço do PROFESSOR, valor correspon- da rescisão e comprovar a convocação do PROFESSOR.
dente à remuneração devida até o dia 20 de janeiro do ano
subsequente, inclusive, respeitado o pagamento mínimo de 26. Multa por atraso na homologação (válida exclusiva-
trinta dias do recesso escolar. mente para Sinpros Anhanguera, Interior, Itatiba, São João
Parágrafo quarto – Os PROFESSORES admitidos serão da Boa Vista, São José dos Campos, Sinprae Bragança Paulista
registrados a partir da data de início de suas atividades na ES- e Sintee Capivari)
COLA, incluindo o período de planejamento escolar, cabendo A ESCOLA deve pagar as verbas devidas na rescisão con-
à ESCOLA, sem prejuízo das previsões legais, o pagamento em tratual no dia seguinte ao término do aviso prévio, quando
dobro dos dias trabalhados sem registro durante o referido trabalhado, ou até dez dias após o desligamento, quando
planejamento. houver dispensa do cumprimento do aviso prévio.
Parágrafo quinto - Os salários complementares previstos O atraso no pagamento das verbas rescisórias obrigará a
nesta cláusula terão natureza indenizatória, não integrando o ESCOLA ao pagamento de multa, em favor do PROFESSOR,
tempo de serviço do PROFESSOR para nenhum efeito legal. correspondente a um mês de sua remuneração, conforme o
disposto no parágrafo 8º do artigo 477 da CLT.
23. Indenização adicional para professores com mais de Parágrafo primeiro – A partir do décimo sétimo dia de atra-
50 anos de idade so da homologação da rescisão a contar da data estabelecida
O PROFESSOR demitido sem justa causa que tenha, no no caput para o pagamento das verbas rescisórias, a ESCOLA
mínimo, 50 (cinquenta) anos de idade, terá direito à indeniza- estará obrigada, ainda, a pagar ao PROFESSOR multa de 0,3%
ção adicional de 15 (quinze) dias, além do aviso prévio previsto (três décimos percentuais) da remuneração mensal, por dia
em lei e da Garantia Semestral de Salários prevista nesta de atraso. Não será devida a multa aqui estabelecida quando
Convenção, quando devida. o atraso da homologação vier a ocorrer, comprovadamente,
Parágrafo primeiro - Para ter direito a essa indenização, o por motivos alheios à vontade da ESCOLA.
PROFESSOR deverá contar com pelo menos um ano de serviço Parágrafo segundo – O Sindicato fornecerá comprovan-
na ESCOLA na data da comunicação da dispensa. te de comparecimento à ESCOLA que se apresentar para
Parágrafo segundo – A indenização adicional prevista homologação da rescisão e comprovar a convocação do
nesta cláusula não integrará o tempo de serviço do PROFES- PROFESSOR.
SOR para nenhum efeito.
27. Atestados de afastamento e salários
24. Pedido de demissão em final de ano letivo Sempre que solicitada, a ESCOLA está obrigada a fornecer
O PROFESSOR que, no final do ano letivo, comunicar sua ao PROFESSOR atestado de afastamento e salários nas res-
demissão até o dia que antecede o início do recesso escolar e cisões contratuais.
cumprir as atividades docentes até o seu último dia de trabalho
na escola, será dispensado do cumprimento do aviso prévio e 28. Garantia de emprego à gestante
terá direito a receber, como indenização, a remuneração até É proibida a dispensa arbitrária ou sem justa causa da PRO-
o dia 20 de janeiro do ano subsequente, independentemente FESSORA gestante, desde o início da gravidez até sessenta dias
do tempo de serviço na ESCOLA, respeitado o pagamento após o término do afastamento legal. O aviso prévio começará
mínimo de trinta dias. a contar a partir do término do período de estabilidade.

14 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 15
29. Portadores de doenças graves e/ou infectocontagiosas 33. Irredutibilidade salarial
Fica assegurada, até alta médica ou eventual concessão É proibida a redução da remuneração mensal ou de carga
de aposentadoria por invalidez, estabilidade no emprego horária, ressalvada a ocorrência as hipóteses previstas nesta
aos PROFESSORES acometidos por doenças graves e/ou Convenção nas cláusulas “Prioridade na atribuição de aulas”
infectocontagiosas e incuráveis e aos PROFESSORES por- e “Demissão ou redução de aulas por supressão de turmas”
tadores do HIV (vírus da imunodeficiência adquirida) que ou quando ocorrer iniciativa expressa do PROFESSOR. Em
vierem a apresentar qualquer tipo de infecção ou doença qualquer hipótese, é obrigatória a concordância recíproca,
oportunista resultante da patologia de base. firmada por escrito.

30. Garantias ao professor em vias de aposentadoria 34. Prioridade na atribuição de aulas


O PROFESSOR com pelo menos 3 (três) anos de serviço na O PROFESSOR responsável por disciplina suprimida em
ESCOLA que, comprovadamente, estiver a 24 (vinte e quatro virtude de alteração na estrutura curricular prevista ou autor-
meses) ou menos da aposentadoria integral por tempo de izada por dispositivo regimental ou pela legislação vigente e
contribuição ou por idade terá garantia de emprego durante que possua habilitação legal para outra disciplina, terá priori-
o período que faltar para a aquisição do direito. dade para assumir turmas em que a referida disciplina esteja
Parágrafo primeiro – A comprovação à ESCOLA de- vaga. Em qualquer hipótese, todo o procedimento deverá
verá ser feita mediante a apresentação de documento ser formalmente acordado, mediante documento firmado
que ateste o tempo de serviço, emitido pela Previdência entre as partes.
Social ou por funcionário credenciado junto ao órgão
previdenciário. 35. Demissão ou redução de aulas por supressão de turmas
Parágrafo segundo – Caso o PROFESSOR dependa de No caso de ocorrer diminuição do número de alunos
documentação para realização da contagem, terá um prazo matriculados de um determinado curso (cláusula “Profes-
de 30 (trinta) dias para obtê-la, a contar da data prevista ou sor Ingressante”, parágrafo 3º), que venha a caracterizar a
marcada para homologação da rescisão contratual. Com- supressão de turmas, o PROFESSOR do curso em questão
provada a solicitação de tal documentação, os prazos serão deverá ser comunicado, por escrito, da redução parcial ou
prorrogados até que a mesma seja emitida, assegurando-se, total de sua carga horária no período compreendido entre
nessa situação, o pagamento dos salários pelo prazo máximo o primeiro dia de aulas e o final da segunda semana de aulas
de 120 (cento e vinte) dias. do ano letivo.
Parágrafo terceiro – No período de garantia de emprego Parágrafo primeiro - O PROFESSOR deverá manifestar,
previsto nesta cláusula, o contrato de trabalho do PROFES- também por escrito, a aceitação ou não da redução proposta
SOR só poderá ser rescindido por mútuo acordo ou pedido de carga horária no prazo máximo de cinco dias após a comuni-
de demissão. cação da ESCOLA. A ausência de manifestação do PROFESSOR
Parágrafo quarto – Durante o período de garantia de em- caracterizará a sua não aceitação.
prego previsto nesta cláusula, o PROFESSOR poderá exercer Parágrafo segundo - Caso o PROFESSOR aceite a redução
outra função inerente ao magistério, desde que haja acordo parcial de carga horária, deverá formalizar documento junto
formal entre ele e a ESCOLA. à ESCOLA e, em não aceitando, a ESCOLA deverá proceder
Parágrafo quinto – No caso de demissão sem justa causa, à rescisão do contrato de trabalho, por demissão sem justa
o aviso prévio integra o período de garantia de emprego causa.
previsto nesta cláusula. Parágrafo terceiro - Na hipótese de rescisão contratual,
por demissão sem justa causa, o aviso prévio será indenizado,
31. Jornada do professor mensalista estando a ESCOLA desobrigada do pagamento do disposto
Para efeito de cálculo de salário, a jornada base semanal do na cláusula “Garantia Semestral de Salários” da presente
PROFESSOR mensalista que ministra aula em cursos de educa- Convenção Coletiva.
ção infantil até o 5º ano do ensino fundamental será de 22 horas Parágrafo quarto – Não ocorrendo redução do número de
por turno. As horas semanais excedentes, até o máximo de 25 alunos matriculados no curso (cláusula “Professor Ingressante,
horas por turno, serão pagas como horas normais. § 3º), a Escola que reduzir turmas estará sujeita ao pagamento
Parágrafo único – A ESCOLA que mantém jornada de da Garantia Semestral de Salários ao professor demitido nas
20 horas semanais, mesmo remunerando por 22 horas, não condições previstas nesta cláusula.
pode compensar as duas horas excedentes com trabalhos
extraclasse, reuniões pedagógicas e outros realizados fora 36. Descontos de faltas
do turno normal de trabalho. Na ocorrência de faltas injustificadas, a ESCOLA poderá
descontar, no máximo, o número de horas-aula às quais o
32. Duração da hora-aula PROFESSOR faltou, o DSR (1/6) e a hora-atividade proporcio-
A duração máxima da hora aula será de: a) sessenta minu- nais a essas aulas.
tos para aulas ministradas em cursos de educação infantil e
de ensino fundamental, até o 5º ano; b) cinquenta minutos, 37. Abono de faltas por casamento ou luto
para aulas ministradas em cursos diurnos, exceto os citados Não serão descontadas, no curso de nove dias corridos, as
na alínea “a”; c) quarenta minutos, para aulas ministradas em faltas do PROFESSOR por motivo de gala ou luto, este em decor-
cursos noturnos. rência de falecimento de pai, mãe, filho, cônjuge, companheiro
Parágrafo único – Em caso de ampliação da hora-aula (a), assim juridicamente reconhecido (a), ou dependente.
vigente, respeitada a legislação educacional, a ESCOLA deverá
acrescer à hora-aula já paga valor proporcional ao tempo de 38. Congressos, simpósios e equivalentes
acréscimo do trabalho. Os abonos de falta para comparecimento a congressos,

16 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


simpósios e equivalentes serão concedidos mediante aceita- calendários escolares de 2016 e de 2017, que deverão conter,
ção por parte da ESCOLA, que deverá formalizar por escrito obrigatoriamente, entre outras informações, a agenda das
a dispensa do PROFESSOR. atividades extracurriculares e os períodos de férias coletivas
e de recesso escolar.
39. Janelas
Considera-se “janela” a aula vaga existente no horário do 42. Férias
PROFESSOR entre duas aulas ministradas no mesmo turno. O As férias dos PROFESSORES serão coletivas, com duração
pagamento das “janelas” será obrigatório, devendo o PRO- de trinta dias corridos, e gozadas preferencialmente nos me-
FESSOR permanecer à disposição da ESCOLA neste período. ses de julho de 2016 e julho de 2017. É admitida a compensação
Parágrafo primeiro – As “janelas” não serão pagas quando dos dias de férias concedidos antecipadamente.
o PROFESSOR e a ESCOLA formalizarem acordo de aceitação, Parágrafo primeiro – A ESCOLA está obrigada a pagar
antes do inicio do período letivo. o salário das férias e o abono constitucional de 1/3 do
Parágrafo segundo – Na hipótese do acordo referido no salário até 48 (quarenta e oito) horas antes do início das
parágrafo 1º desta cláusula e sendo o PROFESSOR solicitado férias (art. 145 da CLT e inciso XVII, art. 7º da Constituição
a ministrar aulas ou a desenvolver qualquer outra atividade Federal).
inerente ao magistério no horário das janelas, as aulas ou as Parágrafo segundo – As férias não poderão se iniciar
atividades serão remuneradas com adicional de 100% (cem aos domingos, feriados, dias de compensação do descanso
por cento). semanal remunerado e nem aos sábados, quando estes não
forem dias normais de aula.
40. Mudança de disciplina Parágrafo terceiro – O período de férias dos PROFESSO-
O PROFESSOR não poderá ser transferido de uma dis- RES de cursos pré-vestibulares poderá ser definido pelo Foro
ciplina para outra, nem de um curso (cláusula “Professor Conciliatório para Solução de Conflitos Coletivos previsto
Ingressante”, parágrafo 3º) para outro, salvo com seu con- nesta Convenção.
sentimento expresso e por escrito, sob pena de nulidade da Parágrafo quarto – Havendo coincidência entre as férias
referida transferência. coletivas e o período de afastamento legal da gestante, as
férias serão obrigatoriamente concedidas no término da
41. Calendário escolar licença maternidade.
As ESCOLAS estão obrigadas a entregar aos PROFESSO- Parágrafo quinto – Será garantido o pagamento de férias
RES, até o início da segunda quinzena de cada ano letivo, os proporcionais ao PROFESSOR que contar com menos de um

Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 17


ano de serviço na ESCOLA à época do desligamento, seja ele tológicos no prazo de 48 (quarenta e oito) horas a contar do
decorrente de pedido de demissão ou por iniciativa da ESCOLA. retorno do PROFESSOR ao trabalho.

43. Recesso escolar 51. Acompanhamento de dependentes (abono de falta


Os recessos escolares de 2016 e 2017 deverão ter duração para levar filho ao médico)
de trinta dias corridos cada um, durante os quais os PROFES- Assegura-se o direito à ausência remunerada de 1 (um)
SORES não poderão ser convocados para qualquer tipo de dia por semestre ao PROFESSOR para levar ao médico filho
trabalho. Os períodos definidos para os recessos deverão menor ou dependente previdenciário de até 6 (seis) anos de
constar dos calendários escolares anuais e não poderão coin- idade, mediante comprovação no prazo de 48 (quarenta e
cidir com as férias coletivas, previstas na presente Convenção. oito) horas a contar do retorno do PROFESSOR ao trabalho.
Parágrafo único – O período de recesso dos PROFESSO-
RES de cursos pré-vestibulares poderá ser definido pelo Foro 52. Medidas de prevenção ao agravo de voz (disfonia
Conciliatório para Solução de Conflitos Coletivos previsto ocupacional)
nesta Convenção. As ESCOLAS comprometem-se a implementar medidas de
prevenção ao agravo de voz aos seus PROFESSORES, sendo
44. Licença sem remuneração obrigatória a instalação de microfones em salas de aula com
O PROFESSOR com mais de cinco anos ininterruptos de número de alunos igual ou superior a 50 (cinquenta).
serviço na ESCOLA terá direito a licenciar-se, sem direito à re-
muneração, por um período máximo de dois anos, não sendo 53. Quadro de avisos
este período de afastamento computado para contagem de A ESCOLA deverá manter nas salas dos PROFESSORES es-
tempo de serviço ou para qualquer outro efeito, inclusive legal. paço reservado ao quadro de avisos do Sindicato para fixação
Parágrafo primeiro - A licença ou sua prorrogação deverá de comunicados de interesse da categoria, sendo proibida a
ser comunicada à ESCOLA com antecedência mínima de divulgação de material político-partidário ou ofensivo a quem
sessenta dias do período letivo, sendo especificadas as datas quer que seja.
de início e término do afastamento. A licença só terá início a
partir da data expressa no comunicado, mantendo-se, até aí, 54. Delegado representante
todas as vantagens contratuais. Nas unidades de ensino com mais de 30 (trinta) PROFESSO-
Parágrafo segundo - O término do afastamento deverá RES será assegurada a eleição de um Delegado Representante
coincidir com o início de período letivo. que terá direito à garantia de emprego ou de salário a partir da
Parágrafo terceiro - Ocorrendo a dispensa sem justa causa data de inscrição de seu nome como candidato até o término
ao término da licença, o PROFESSOR não terá direito à Garantia do semestre em que sua gestão se encerrar.
Semestral de Salários prevista na presente Convenção. Parágrafo primeiro - O mandato do Delegado Represen-
tante será de um ano.
45. Licença por adoção ou guarda Parágrafo segundo - A eleição do Delegado Representante
Nos termos da Lei 12.873, de 25 de outubro de 2013, será será realizada pelo Sindicato na unidade de ensino da ESCOLA,
assegurada licença de 120 dias à professora ou professor que por voto direto e secreto dos PROFESSORES.
vier a adotar ou obtiver guarda judicial de crianças e fizer jus Parágrafo terceiro - É exigido o quórum de 50% (cinquenta
ao salário maternidade pago pela Previdência Social. por cento) mais um do corpo docente.
Parágrafo único - Fica garantida a estabilidade no emprego Parágrafo quarto - O Sindicato comunicará formalmente
ao docente adotante, durante a licença e até sessenta dias à ESCOLA os nomes dos candidatos e a data da eleição, com
após o término do afastamento legal. O aviso prévio começará antecedência mínima de sete dias corridos. Nenhum candidato
a contar a partir do término do período de estabilidade. poderá ser demitido a partir da data da comunicação até o
término da apuração.
46. Licença paternidade Parágrafo quinto - É condição necessária que os candida-
A licença paternidade terá duração de cinco dias corridos. tos, à data da comunicação, tenham pelo menos um ano de
serviço na ESCOLA e sejam sindicalizados.
47. Refeitórios
A ESCOLA está obrigada a manter, em suas dependências, 55. Assembleias sindicais
local apropriado para refeições, com condições de conforto Todo PROFESSOR terá direito a abono de faltas para o
e higiene. comparecimento a assembleias da categoria.
Parágrafo primeiro – Os abonos estão limitados a:
48. Condições de trabalho / sala dos professores a) dois sábados e dois dias úteis no período compreendido
A ESCOLA está obrigada a manter sala para uso exclusivo entre 1º de março de 2016 e 28 de fevereiro de 2017. As duas
dos docentes, que deverá dispor de mobiliário adequado assembleias realizadas durante os dias úteis deverão ocorrer
para trabalho, descanso nos intervalos e guarda de material. em períodos distintos.
b) dois sábados e dois dias úteis no período compreendido
49. Uniformes entre 1º de março de 2017 e 28 de fevereiro de 2018. As duas
A ESCOLA deverá fornecer gratuitamente, no mínimo, dois assembleias realizadas durante os dias úteis deverão ocorrer
uniformes por ano, quando o seu uso for exigido. em períodos distintos.
Parágrafo segundo – As ESCOLAS ou as entidades sin-
50. Atestados médicos e abonos de faltas dicais patronais deverão ser informadas pelo Sindicato ou
A ESCOLA é obrigada a abonar as faltas dos PROFESSORES pela Federação, da data e do horário das assembleias, com
mediante a apresentação de atestados médicos ou odon- antecedência mínima de quinze dias corridos.

18 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 19
Parágrafo terceiro - Os dirigentes sindicais terão abono de Parágrafo único – Caso a ESCOLA tenha interesse, poderá
faltas para comparecimento a assembleias de sua categoria solicitar à entidade sindical patronal que participe e seja sig-
profissional, sem o limite previsto no parágrafo primeiro. A natária do referido Acordo.
ESCOLA deverá ser comunicada antecipadamente pelo Sin-
dicato ou pela Federação. 60. Legalidade das entidades sindicais signatárias
Parágrafo quarto - A ESCOLA deverá exigir dos PROFESSO- Fica estabelecida a legalidade das entidades sindicais sig-
RES e dos dirigentes sindicais, atestado emitido pelo Sindicato natárias para promover perante a Justiça do Trabalho e o Foro
ou pela Federação que comprove o seu comparecimento à Geral ações plúrimas em nome dos PROFESSORES, em nome
assembleia. próprio, ou como parte interessada, ou ainda, como substituto
processual nas ações coletivas, em caso de descumprimento
56. Congresso sindical de quaisquer cláusulas avençadas nesta Convenção.
Respectivamente, nos períodos compreendidos
entre 1º de março de 2016 e 28 de fevereiro de 2017 e 1º 61. Comissão permanente de negociação
de março de 2017 e 28 de fevereiro de 2018, o Sindicato Fica mantida a Comissão Permanente de Negociação
ou a Federação poderá realizar congresso, simpósio ou formada paritariamente por representantes das entidades
jornada pedagógica. A ESCOLA abonará as ausências sindicais profissionais e econômica, com o objetivo de: a)
de seus PROFESSORES que participarem do evento, nos fiscalizar o cumprimento das cláusulas vigentes; b) propor
seguintes limites: alternativas de entendimento para eventuais divergências
a) um PROFESSOR, quando a ESCOLA empregar até 50 de interpretação das cláusulas da presente Convenção; c)
PROFESSORES; discutir questões não contempladas na norma coletiva.
b) dois PROFESSORES, quando a ESCOLA empregar mais Parágrafo único – As entidades componentes da Comissão
de 50 PROFESSORES. Permanente de Negociação indicarão seus representantes
Parágrafo único - As ausências, limitadas em cada evento no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da assinatura da
a dois dias úteis além do sábado, serão abonadas mediante presente Convenção.
apresentação de atestado de comparecimento fornecido pelo
Sindicato ou pela Federação. 62. Foro conciliatório para solução de conflitos coletivos
Fica mantida a existência do Foro Conciliatório que tem
57. Relação nominal como objetivo procurar resolver as divergências trabalhistas
A cada período de um ano de vigência da presente Con- existentes entre a ESCOLA e seus PROFESSORES. É também
venção, em cumprimento aos precedentes normativos nº competência do Foro Conciliatório a celebração de acordos
41 e nº 111 do Egrégio Tribunal Superior Trabalho, e da Nota intersindicais de compensação de emendas de feriados.
Técnica/SRT/MTE nº 202/2009, a ESCOLA está obrigada a Parágrafo primeiro – O Foro será composto por membros
encaminhar ao Sindicato ou à Federação as guias de con- das entidades sindicais patronal e profissional. As reuniões
tribuição sindical pagas, acompanhadas da relação nominal deverão contar, também, com as partes em conflito que, se
dos PROFESSORES, com CPF, número de inscrição no Pro- assim o desejarem, poderão delegar representantes para
grama de Integração Social – PIS, valores do salário–aula, do substituí-las e/ou serem assistidas por advogados.
salário mensal, dos descontos previdenciários e legais e do Parágrafo segundo – As entidades sindicais patronal e
desconto da contribuição sindical. Nos dois anos de vigência profissional deverão indicar os seus representantes no Foro no
da presente Convenção, o prazo limite é 31 de maio de 2016 prazo de trinta dias a contar da assinatura desta Convenção.
e de 2017. A relação poderá ser enviada por meio magnético Parágrafo terceiro – Cada seção do Foro será realizada
ou pela internet, ou poderá ainda ser encaminhada cópia no prazo máximo de 15 dias a contar da convocação formal
da folha de pagamentos do mês relativo ao desconto da e obrigatória de qualquer uma das entidades sindicais que o
contribuição sindical. compõem. A data, o local e o horário serão decididos pelas
partes envolvidas. O não comparecimento de qualquer uma
58. Desconto em folha de pagamento – mensalidade das partes cessará as negociações, de imediato.
associativa Parágrafo quarto – Nenhuma das partes envolvidas ingres-
O desconto em folha de pagamento somente poderá sará com ação na Justiça do Trabalho durante as negociações
ser realizado, mediante autorização do PROFESSOR, nos de entendimento. Na ausência de solução do conflito ou
termos dos artigos 462 e 545 da CLT, quando os valores na hipótese de não comparecimento de qualquer uma das
forem destinados ao custeio de prêmios de seguro, planos partes, a comissão responsável pelo Foro fornecerá certidão
de saúde, mensalidade associativa sindical ou outras que atestando o encerramento da negociação.
constem da sua expressa autorização, desde que não haja Parágrafo quinto – Na hipótese de sucesso das negocia-
previsão expressa de desconto na presente Convenção ções, a critério do Foro, a ESCOLA poderá ficar desobrigada
Coletiva. Quando cobrada, a ESCOLA se obriga a repassar de arcar com a multa prevista na cláusula “Multa por Descum-
ao Sindicato, no prazo máximo de 10 (dez) dias após a data primento da Convenção”.
do pagamento mensal, os valores correspondentes ao Parágrafo sexto - As decisões do Foro terão eficácia legal
desconto das mensalidades associativas. entre as partes acordantes. O descumprimento das decisões
assumidas gerará multa a ser estabelecida no Foro, indepen-
59. Acordos coletivos dentemente daquelas já estabelecidas na presente Convenção.
Ficam asseguradas as cláusulas mais favoráveis à Con-
venção existentes em cada ESCOLA, quando decorrerem de 63. Multa por descumprimento da convenção
Acordos Coletivos de Trabalho celebrados entre o Sindicato O descumprimento desta Convenção obrigará a ESCOLA
profissional e a ESCOLA. ao pagamento de multa correspondente a 5% (cinco por cento)

20 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


do salário mensal bruto do PROFESSOR, para cada uma das multa de 10% (dez por cento), ressalvados, também, os casos
cláusulas não cumpridas, acrescida de juros e correção mo- de impedimento judicial.
netária, a cada PROFESSOR prejudicado.
Parágrafo primeiro - A ESCOLA está desobrigada de arcar 65. Contribuição assistencial profissional (cada sindicato
com o valor da multa prevista nesta cláusula, caso a cláusula profissional tem redação própria, devendo ser encaminhada
da presente Convenção já estabeleça uma multa específica a Escola a redação específica da CCT, bem como, a Ata da As-
pelo não cumprimento. sembleia que determinou os valores e datas de recolhimento).
Paragrafo segundo - Em relação ao descumprimento da
cláusula 57 “Relação Nominal”, a multa estabelecida no “ca- 66. Compensação de Emendas de Feriados (esta
put” desta cláusula será revertida ao Sindicato profissional. cláusula NÃO é válida para as bases dos SIMPROS ABC,
Araçatuba, Bauru, Campinas, Franca, Guapira, Guarulhos,
64. Contribuição assistencial patronal Jacareí, Jaú, Jundiaí, Lins, Osasco, Ourinhos, Presidente
Obriga-se a ESCOLA, associada ou não, a promover nos Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, São José
meses e valores que forem aprovados pela Assembleia do Rio Preto, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Unicidades,
Geral, o recolhimento das contribuições, na forma das ins- Vales, Valinhos e Vinhedo)
truções que forem, então, divulgadas, por meio de guias Fica acordado que a Escola poderá compensar as emendas
próprias acompanhadas das competentes relações nomi- de 4 feriados nacionais e mais 3 feriados municipais, de acordo
nais e valores devidos e declarações dos mantenedores, com o respectivo município, com 7 sábados, desde que sejam
consignando a exatidão do recolhimento em relação ao atividades inerentes ao magistério e que a compensação seja
valor bruto da folha de pagamento, em favor da entidade previamente avisada, conforme estabelecido na cláusula 41
sindical patronal. Essas importâncias correspondem à con- desta norma (calendário escolar).
tribuição assistencial, destinada à manutenção, ampliação
e criação dos diversos serviços assistenciais, na conformi- E por estarem de acordo, firmam a presente convenção
dade do deliberado pela Assembleia Geral Extraordinária. coletiva de trabalho, que deverá ser depositada no órgão
Parágrafo único - Quando a ESCOLA deixar de efetuar o encarregado do Ministério do Trabalho e Previdência Social,
recolhimento da contribuição assistencial estabelecida nesta através do “sistema mediador”, de modo a surtir os seus
cláusula, ressalvados os casos de impedimento judicial, dentro efeitos legais.
do prazo e condições determinadas, incorrerá na obrigato-
riedade do pagamento da referida contribuição acrescida de São Paulo, julho de 2016.

Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 21


CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO DOS AUXILIARES
DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
educação infantil, ensino fundamental e médio, curso técnico
e profissionalizante e pré-vestibular
2016/2018
• Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Coletiva, os seguinte s níveis de ensino: a) educação infantil;
São Paulo – Saaesp b) ensino fundamental de 1º ao 5º ano; c) ensino fundamental
• Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar bases de 6º ao 9º ano; d) ensino médio; e) ensino técnico ou profis-
Interior e inorganizadas sionalizante; f) curso pré-vestibular.
• Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Parágrafo terceiro - Os cursos de educação infantil inte-
Ensino do Estado de São Paulo - Feteesp gram a Educação Básica não sendo, portanto, considerados
• Federação dos Auxiliares de Administração Escolar no cursos livres, conforme artigos 21, 26, 29, 30 e 31 da Lei 9.394
Estado de São Paulo – Fepaae-sp (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), com a redação dada
• Federação dos Professores do Estado de São Paulo – pela lei 12.796/2013; Resoluções CNE/CEB 5/2009 e 20/2009 e
Fepesp ainda, Indicação nº 4/99 do Conselho Estadual de Educação
• Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de de São Paulo, de 03 de julho de 1999.
São Paulo – Sieeesp
• Sindicato dos Estabelec. Particulares de Ensino Básico 2. Duração
de Araçatuba e Região – Sinepe Araçatuba Esta Convenção Coletiva de Trabalho terá duração de dois
• Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino anos, com vigência de 1º de março de 2016 a 28 de fevereiro
Básico de Osasco e Região – Sinepe Osasco de 2018.
• Sindicato dos Estab. Particulares de Ensino Básico de Parágrafo único - Em virtude do surgimento de normas
Ribeirão Preto – Sinepe Ribeirão Preto e Região legais pertinentes aos assuntos constantes das cláusulas desta
• Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino Convenção, as mesmas poderão ser reexaminadas na próxima
Básico de Santos e Região - Sinepe Santos data base, para as devidas adequações.
• Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino
Básico de São José do Rio Preto e Região - Sinepe/São José 3. Reajuste salarial em 2016
do Rio Preto Em 1º de março de 2016, as ESCOLAS deverão aplicar os
• Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino seguintes índices de reajuste sobre a remuneração mensal
Básico de Sorocaba e Região - Sinepe Sorocaba devida aos seus auxiliares em 1º de março de 2015:
• Federação dos Estabelecimentos de Ensino no Estado • 7% em 1º de março de 2016 sobre os salários devidos em
de São Paulo – Feeesp 1º de março de 2015.
• 11,5% em 1º de setembro de 2016 sobre os salários devidos
em 1º de março de 2015.
Entre as partes, acima, entidades com bases territoriais e Parágrafo primeiro – As diferenças salariais resultantes da
representatividades fixadas nas respectivas Cartas Sindicais não aplicação do reajuste acima referido nos meses de março
e no que estabelece o inciso I do artigo 8º da Constituição e abril de 2016 poderão ser pagas até o 5º dia útil de junho,
Federal, autorizadas pelas respectivas Assembleias Gerais, as- juntamente com os salários de maio de 2016.
sinam, por seus representantes legais arrolados ao final deste Parágrafo segundo – As ESCOLAS que deixarem de
instrumento, a presente Convenção Coletiva de Trabalho, nos cumprir o disposto no item A da cláusula “Participação nos
termos do artigo 611 e seguintes da Consolidação das leis do Lucros ou Resultados” deverão aplicar os seguintes índices
Trabalho e do artigo 8º da Constituição Federal. de reajuste aos seus AUXILIARES:
• 8% (oito por cento), a partir de 1º de março/2016, sobre a
1. Abrangência remuneração mensal devida em 1º de março de 2015;
Esta Convenção abrange a categoria econômica dos • 12,50% (doze vírgula cinquenta por cento) a partir de 1º
estabelecimentos particulares de ensino no Estado de São de setembro/2016, sobre a remuneração mensal devida em
Paulo, nos termos da representatividade atribuída em suas 1º de março de 2015.
cartas sindicais, aqui designados como Escola e a categoria Parágrafo terceiro – Os salários de 1º de setembro de
profissional Auxiliares de Administração Escolar, devidamente 2016, reajustados de acordo com o que dispõe esta cláu-
representada pelos Sindicatos profissionais, aqui designados sula, constituirão a base de cálculo para a data base de 1º
simplesmente como Auxiliar. de março de 2017.
Parágrafo primeiro - A categoria dos Auxiliares de Admi-
nistração Escolar compreende todos aqueles que, sob qual- 4. Reajuste salarial em 2017
quer título ou denominação, exercem atividades não docentes Em 1º de março de 2017, as ESCOLAS deverão aplicar sobre
em Escola (estabelecimentos de ensino) de qualquer curso, os salários devidos em 1º de setembro de 2016 o percentual
nível, ramo ou grau. definido pela média aritmética dos índices inflacionários do
Parágrafo segundo - Entendem-se como curso, nas dis- período compreendido entre 1º de março de 2016 e 28 de
posições previstas nesta cláusula e na presente Convenção fevereiro de 2017, apurados pelo IBGE (INPC), FIPE (IPC) e

22 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


DIEESE (ICV), acrescido de 1,0% (um por cento), a título de 9. Horas extras
aumento real. As horas extraordinárias trabalhadas pelos AUXILIARES
Parágrafo primeiro - As ESCOLAS que deixarem de cumprir fora do horário habitual, inclusive reuniões, serão remunera-
o disposto no item B da cláusula “Participação nos Lucros ou das com o acréscimo salarial de 50% incidentes sobre o valor
Resultados” deverão acrescentar 1,5% ao reajuste definido da hora normal.
no caput.
Parágrafo segundo – Os Sindicatos e as Federações 10. Adicional noturno
comprometem-se a divulgar, em comunicado conjunto, até O adicional noturno deve ser pago nas atividades realiza-
20 de março de 2017, o percentual de reajuste calculado pela das após às 22 horas e corresponde a 20% (vinte por cento),
fórmula definida no caput, bem como os valores dos pisos incidente sobre o valor da hora normal.
salariais que passarão a vigorar a partir do mês de competência
março de 2017. 11. Adicional por atividades em outros municípios.
Parágrafo terceiro – Os salários de 1º de março de 2017, Quando o AUXILIAR desenvolver suas atividades a serviço
reajustados de acordo com o que dispõe esta cláusula, consti- da mesma organização, em município diferente daquele onde
tuirão a base de cálculo para a data base de 1º de março de 2018. foi contratado e onde ocorre a prestação habitual do trabalho,
deverá receber um adicional de 25% (vinte e cinco por cento)
5. Compensações salariais sobre o total de sua remuneração no novo município. Quando
Na aplicação do reajuste definido em março de 2016 será o AUXILIAR voltar a prestar serviços no município de origem,
permitida a compensação de eventuais antecipações salariais cessará a obrigação do pagamento deste adicional.
concedidas entre 1º de março de 2015 e 29 de fevereiro de 2016, Parágrafo único – Fica assegurada a garantia de em-
desde que tenha havido manifestação expressa nesse sentido. prego pelo período de seis meses ao AUXILIAR transferido
O mesmo princípio será observado no reajuste a ser aplicado de município, contados a partir do início do trabalho e/ou da
em março de 2017, sendo permitida a compensação de even- efetivação da transferência.
tuais antecipações salariais concedidas entre 1º de março de
2016 e 28 de fevereiro de 2017, desde que haja manifestação 12. Participação nos lucros ou resultados ou abono es-
expressa nesse sentido. pecial
Será devido aos AUXILIARES o pagamento de Participa-
6. Piso salarial ção nos Lucros ou Resultados (PLR), na forma da Lei 10.101 de
Nos termos do inciso V, artigo 7º da Constituição Federal, 19/12/2000, com as modificações introduzidas pela Lei 12.832
fica assegurado aos AUXILIARES piso salarial de R$ 1.100,00 de 20/06/2013 ou abono especial, de natureza indenizatória,
(hum mil e cem reais), por jornada de trabalho de 44 horas nos valores e prazos abaixo definidos:
semanais. A. até 15 de outubro de 2016, parcela correspondente a
Parágrafo primeiro - A partir de 1º de março de 2017, o piso 12% da sua remuneração mensal bruta;
salarial será reajustado pelos mesmos índices estabelecidos B. até 15 de outubro de 2017, parcela correspondente a 18%
na cláusula “Reajuste salarial em 2017” na presente Convenção. da sua remuneração mensal bruta.
Parágrafo segundo - Ao trabalhador que recebe o piso Parágrafo único – Com a concessão do abono especial
da categoria durante a vigência desta norma fica automatica- (ESCOLAS enquadradas no inciso 2 do parágrafo 3º, artigo 2º
mente assegurado o direito à participação nos lucros ou abono da Lei 10.101, de 19 de dezembro de 2000) ou da participação
especial, previstos nesta Convenção Coletiva. nos lucros ou resultados (ESCOLAS não enquadradas no inciso
2 do parágrafo 3º, artigo 2º da Lei 10.101, de 19 de dezembro de
7. Prazo para pagamento da remuneração mensal 2000), nos termos da presente cláusula, dá-se por cumprida
O pagamento mensal deve ser efetuado, no máximo, até a Lei 10.101, de 19 de dezembro de 2000 e publicada no Diário
o quinto dia útil do mês subsequente ao trabalhado. Oficial da União de 20 de dezembro de 2000.
Parágrafo primeiro – O não pagamento no prazo obri-
ga a ESCOLA a pagar multa diária, em favor do AUXILIAR, 13. Cesta básica (válida exclusivamente para o Município
no valor de 0,3% (três décimos percentuais) de seu salário de São Paulo – SAAESP)
mensal. AS ESCOLAS que, promoveram o retorno da cesta básica
Parágrafo segundo – As ESCOLAS que não efetuarem o de 24 Kg de alimentos, continuam obrigadas a prosseguir
pagamento em moeda corrente deverão proporcionar aos fornecendo, a partir de março de 2016, e nos meses subsequen-
AUXILIARES tempo hábil para o recebimento no banco ou tes, até a data de pagamento dos salários, uma cesta básica
no posto bancário dentro da jornada de trabalho, quando de alimentos “in natura”, garantida pelo “selo de qualidade”
coincidente com o horário bancário, excluindo-se o horário do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, de, no
de refeição. mínimo, 24 Kg.
AS ESCOLAS que até 28/02/2003, comprovadamente sub-
8. Comprovantes de pagamento stituíram a concessão da cesta básica pelo reajuste adicional
A ESCOLA deverá fornecer ao AUXILIAR, mensalmente, específico de 2,5% do salário de cada AUXILIAR, ou pela quantia
comprovante de pagamento, sendo permitida a modalidade fixa de R$ 37,50 – atendendo a previsão da cláusula n.º 03,
eletrônica, devendo estar discriminados: a) a identificação letras “d” e “e” da CCT 2002/2003 - poderão voltar a fornecer
da ESCOLA; b) a identificação do AUXILIAR; c) o valor do mensalmente, até a data de pagamento dos salários, uma
salário mensal; d) a carga horária mensal; e) outros eventuais cesta básica de alimentos “in natura”, garantida pelo “selo de
adicionais; f) o descanso semanal remunerado; g) as horas qualidade” do Ministério da Agricultura e do Abastecimento,
extras trabalhadas; h) o valor do recolhimento do FGTS; i) os de, no mínimo, 24 Kg, substituindo-a pelo valor do reajuste
descontos previdenciários; j) outros descontos. concedido, na época, exclusivamente pela troca então efe-

Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 23


tuada, segundo o disposto na cláusula n.º 03, letras “d” e “e” Parágrafo quinto – A ESCOLA também poderá substituir a
da CCT 2002/2003. cesta básica por qualquer outro benefício ainda não concedido
O retorno da concessão da cesta básica deverá ser e de valor unitário superior aos definidos no parágrafo 5º desta
expressamente autorizado pelos AUXILIARES, mediante a cláusula, obedecendo ao mesmo critério de reajuste anual. A
identificação e assinatura de cada um deles em lista contendo substituição da cesta básica por outro benefício deverá ser
o timbre da ESCOLA e informando tal situação, devendo tal formalizada em Acordo Coletivo firmado entre o Sindicato
lista ser remetida ao Sindicato Profissional. A desobediência profissional e a ESCOLA, que poderá ser assistida pela entidade
do procedimento acima descrito implicará na descaracte- sindical patronal.
rização da autorização para a substituição do reajuste pela Parágrafo sexto – Nos anos de 2016 e de 2017, as cestas
cesta básica. básicas referentes a dezembro, que seriam entregues em
Parágrafo primeiro – O benefício tratado nesta cláusula janeiro do ano seguinte, poderão ser compostas por produtos
deverá ser entregue mensalmente, até o dia do pagamento natalinos e entregues aos AUXILIARES até o último dia letivo
dos salários. do ano respectivo.
Parágrafo segundo – As cestas básicas deverão conter, Parágrafo sétimo – Na vigência da presente Convenção o
preferencialmente, os seguintes produtos não perecíveis: AUXILIAR demitido sem justa causa terá direito à cesta básica
arroz, óleo, macarrão, feijão, café, sal, farinha de trigo, referente ao período de aviso prévio, ainda que indenizado.
açúcar, biscoito, farinha de mandioca, purê de tomate,
tempero, sardinha em lata, farinha de fubá, achocolatado, 13. Cesta básica
leite em pó. Na vigência da presente Convenção, a ESCOLA está
Parágrafo terceiro – Fica assegurada a concessão de cesta obrigada a conceder a seus AUXILIARES, a partir do mês de
básica durante o recesso escolar, as férias, a licença materni- referência de março de 2016, uma cesta básica de alimentos
dade e a licença para tratamento de saúde. in natura de, no mínimo, 24 kg. As ESCOLAS cujo número
Parágrafo quarto – A ESCOLA poderá substituir a cesta de alunos matriculados for inferior a 100 (cem) poderão
básica por cartão alimentação ou vale-alimentação, cujo valor conceder uma cesta básica de alimentos in natura de, no
de face de, no mínimo R$85,00 (oitenta e cinco reais), não mínimo, 12 kg.
poderá ser inferior ao da cesta básica substituída e deverá Parágrafo primeiro – O benefício tratado nesta cláusula
ser reajustado no mês de março de 2017, pelo percentual do deverá ser entregue mensalmente, até o dia do pagamento
índice inflacionário apurado pelo INPC do IBGE, no período dos salários.
compreendido entre 1º de março de 2016 e 28 de fevereiro de Parágrafo segundo – As cestas básicas deverão conter,
2017. Quando solicitado, o valor da cesta básica substituída preferencialmente, os seguintes produtos não perecíveis:
deverá ser comprovado pela ESCOLA às entidades sindicais arroz, óleo, macarrão, feijão, café, sal, farinha de trigo,
econômica e profissional. açúcar, biscoito, farinha de mandioca, purê de tomate,

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Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 25
tempero, sardinha em lata, farinha de fubá, achocolatado, 14. Bolsas de estudo integrais
leite em pó. Todo AUXILIAR tem direito a bolsas de estudo integrais
Parágrafo terceiro – Fica assegurada a concessão de cesta nas ESCOLAS onde trabalha, incluindo matrícula, para si, seus
básica durante o recesso escolar, as férias, a licença materni- filhos ou dependentes legais que vivam sob a dependência
dade e a licença para tratamento de saúde. econômica do AUXILIAR. A utilização do benefício previsto
Parágrafo quarto – A ESCOLA poderá substituir a cesta nesta cláusula é transitória e por isso não possui caráter
básica por cartão alimentação ou vale-alimentação, cujo valor remuneratório e nem se vincula, para nenhum efeito, ao sa-
de face de, no mínimo R$85,00 (oitenta e cinco reais), não lário ou remuneração percebida pelo AUXILIAR, nos termos
poderá ser inferior ao da cesta básica substituída e deverá do artigo 458 da CLT, com a redação dada pela Lei 10.243,
ser reajustado no mês de março de 2017, pelo percentual do de 19 de junho de 2001, e do artigo 214, parágrafo 9º, inciso
índice inflacionário apurado pelo INPC do IBGE, no período XIX do Decreto 3.048 de 06 de maio de 1999. A concessão
compreendido entre 1º de março de 2016 e 28 de fevereiro de das bolsas de estudo integrais será feita observando-se as
2017. Quando solicitado, o valor da cesta básica substituída seguintes disposições:
deverá ser comprovado pela ESCOLA às entidades sindicais Parágrafo primeiro - A ESCOLA está obrigada a conceder
econômica e profissional. até duas bolsas de estudo. Caso a ESCOLA possua até 100
Parágrafo quinto – A ESCOLA também poderá substituir a (cem) alunos matriculados, poderá limitar a concessão desse
cesta básica por qualquer outro benefício ainda não concedido benefício a uma única bolsa.
e de valor unitário superior aos definidos no parágrafo 5º desta Parágrafo segundo - Em qualquer hipótese prevista no
cláusula, obedecendo ao mesmo critério de reajuste anual. A parágrafo primeiro, considera-se adquirido o direito do AUXI-
substituição da cesta básica por outro benefício deverá ser LIAR que já possua número de bolsas de estudo superior ao
formalizada em Acordo Coletivo firmado entre o Sindicato determinado nesta Convenção.
profissional e a ESCOLA, que poderá ser assistida pela entidade Parágrafo terceiro - Serão também garantidas as bolsas
sindical patronal. de estudo para o AUXILIAR que estiver licenciado para trata-
Parágrafo sexto – Nos anos de 2016 e de 2017, as cestas mento de saúde, ou em gozo de licença mediante anuência
básicas referentes a dezembro, que seriam entregues em da ESCOLA e nos casos de licenciamento para cumprimento
janeiro do ano seguinte, poderão ser compostas por produtos de mandato sindical, nos termos do artigo 521, parágrafo
natalinos e entregues aos AUXILIARES até o último dia letivo único, da CLT, excetuado o disposto na cláusula “Licença sem
do ano respectivo. remuneração”.
Parágrafo sétimo – Na vigência da presente Convenção o Parágrafo quarto - No caso de falecimento do AUXILIAR,
AUXILIAR demitido sem justa causa terá direito à cesta básica os dependentes que já se encontram estudando na ESCOLA
referente ao período de aviso prévio, ainda que indenizado. continuarão a gozar das bolsas de estudo até o final do curso.

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Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 27
Excetuam-se os casos em que o AUXILIAR tenha aderido ao Parágrafo primeiro - Aos AUXILIARES admitidos após 1º
“Seguro de Custeio Educacional Sieeesp/Sinepes”, em qual- de março de 2015 serão concedidos o mesmo percentual de
quer instituição privada. reajuste estabelecido em março de 2016 e a mesma parcela do
Parágrafo quinto – No caso de dispensa sem justa causa, salário, a título de Participação nos Lucros ou Resultados ou
ficarão garantidas aos dependentes do AUXILIAR, até o final abono especial previstos na presente Convenção.
do ano letivo, as bolsas de estudo já existentes. Parágrafo segundo - Aos AUXILIARES admitidos após 1º
Parágrafo sexto - No caso de o AUXILIAR trabalhar em de março de 2016, serão concedidos o mesmo percentual de
um estabelecimento e residir comprovadamente próximo a reajuste estabelecido em março de 2017 e a mesma parcela do
outra unidade da mesma mantenedora, usufruirá das bolsas salário, a título de Participação nos Lucros ou Resultados ou
de estudo no local de sua escolha. abono especial previstos na presente Convenção.
Parágrafo sétimo – No caso de a ESCOLA dispor de mais
de um curso, o dependente do AUXILIAR poderá usufruir da 18. Anotações na carteira de trabalho
bolsa de estudo em apenas um curso, da sua escolha. A ESCOLA está obrigada a promover, em 48 (quarenta e
Parágrafo oitavo – No caso de o dependente do AUXILIAR oito) horas, as anotações nas carteiras de trabalho de seus
ser reprovado, a ESCOLA não estará obrigada a conceder AUXILIARES, ressalvados eventuais prazos mais amplos per-
bolsa de estudo no ano seguinte. O direito à bolsa de estudo mitidos por lei. É obrigatória a anotação na carteira de trabalho
será recuperado quando ocorrer a promoção para série das mudanças provocadas por ascensão em plano de carreira
subsequente. ou alteração de função.
Parágrafo nono – Os dependentes do AUXILIAR deten-
tores de bolsas de estudo estão submetidos ao regimento 19. Indenização adicional para auxiliares com mais de 50
interno da ESCOLA, não podendo, no entanto, haver norma anos de idade
regimental que limite o seu direito à bolsa de estudo. O AUXILIAR demitido sem justa causa que tenha, no
Parágrafo décimo – As ESCOLAS que mantêm cursos pré- mínimo, 50 (cinquenta) anos de idade terá direito à indenização
vestibulares ou outros cursos estão desobrigadas de conceder, adicional de 15 (quinze) dias, além do aviso prévio previsto em
nesses cursos, bolsas de estudos integrais em classes cujo lei e de outras indenizações quando devidas.
número de alunos seja inferior a 11 (onze). Parágrafo primeiro - Para ter direito a essa indenização, o
Parágrafo onze – As bolsas de estudo referem-se apenas AUXILIAR deverá contar com pelo menos um ano de serviço
à anuidade do curso, não incluindo nenhuma outra atividade na ESCOLA na data da comunicação da dispensa.
ou material didático, exceto quando integrados ao valor da Parágrafo segundo – A indenização adicional prevista
anuidade. nesta cláusula não integrará o tempo de serviço do AUXILIAR
Parágrafo doze - A bolsa de estudo poderá deixar de ser para nenhum efeito.
concedida;
a) durante o período do contrato de experiência, limitado 20. Demissão por justa causa
a 90 (noventa) dias; Quando houver demissão por justa causa, a ESCOLA está
b) na contratação para substituição temporária de um obrigada a determinar na carta-aviso o motivo que deu origem à
outro AUXILIAR, limitado a 150 (cento e cinquenta) dias. dispensa. Caso contrário, ficará descaracterizada a justa causa.

15. Creches 21. Multa por atraso na homologação


É obrigatória a instalação de local destinado à guarda de A ESCOLA deverá pagar as verbas devidas na rescisão
crianças em idade de amamentação, quando a ESCOLA man- contratual até dez dias após o desligamento, no caso do
tiver contratada, em jornada integral, pelo menos trinta mu- AUXILIAR ser dispensado do cumprimento do aviso prévio,
lheres com idade superior a 16 anos. A manutenção da creche ou, não havendo dispensa, no dia seguinte ao desligamento.
poderá ser substituída pelo pagamento do reembolso-creche, O atraso no pagamento das verbas rescisórias obrigará
nos termos da legislação em vigor (artigo 389, parágrafo 1º, da a ESCOLA ao pagamento de multa, em favor do AUXILIAR,
CLT e Portarias MTb nº 3296, de 03/09/86 e nº 670, de 27/08/97), correspondente a um mês de sua remuneração, conforme o
ou ainda, pela celebração de convênio com uma entidade disposto no parágrafo 8º do artigo 477 da CLT.
reconhecidamente idônea. Parágrafo primeiro – A partir do vigésimo dia de atraso
da homologação da rescisão a contar da data estabelecida
16. Seguro de vida em grupo no caput para o pagamento das verbas rescisórias, a ESCOLA
A família terá garantida pela ESCOLA uma indenização estará obrigada, ainda, a pagar ao AUXILIAR multa de 0,3%
correspondente a 24 (vinte e quatro) salários mensais (três décimos percentuais) da remuneração mensal, por dia
brutos do AUXILIAR que vier a falecer. A ESCOLA poderá de atraso. Não será devida a multa aqui estabelecida quando
filiar-se a uma apólice de seguro de vida em grupo, que o atraso da homologação vier a ocorrer, comprovadamente,
poderá ser formalizada junto à entidade sindical econômi- por motivos alheios à vontade da ESCOLA.
ca signatária, em seu nome, perante companhia de seguro Parágrafo segundo – O Sindicato fornecerá comprovan-
de sua escolha. te de comparecimento à ESCOLA que se apresentar para
homologação da rescisão e comprovar a convocação do
17. Salário do auxiliar ingressante na escola AUXILIAR.
Ao AUXILIAR admitido em substituição a outro desligado,
qualquer que tenha sido o motivo do seu desligamento, será 21. Multa por atraso na homologação (válida exclusiva-
sempre garantido salário inicial igual ao menor salário na mente para o Município de São Paulo – SAAESP e os SAAEs
função pago pela ESCOLA, desconsideradas eventuais van- ABC, Bauru, Campinas, Guarulhos, Osasco, Piracicaba, Santos,
tagens pessoais. Sorocaba, Vale e Sinprae Bragança Paulista e Sintee Capivari)

28 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


A ESCOLA deve homologar a rescisão contratual até o 23. Mudança de cargo ou função
20º (vigésimo) dia após o término do aviso prévio, quando O AUXILIAR não poderá ser transferido de cargo ou fun-
trabalhado, ou até 30 (trinta) dias após o desligamento, ção, salvo com seu consentimento expresso e por escrito, sob
quando houver dispensa do cumprimento do aviso. O pena de nulidade da referida transferência.
atraso na homologação obrigará a ESCOLA ao pagamento
de multa, em favor do AUXILIAR, correspondente a um 24. Garantia de emprego à gestante
mês de sua remuneração. A partir do décimo sétimo dia É proibida a dispensa arbitrária ou sem justa causa da AUXI-
de atraso, haverá ainda multa diária de 0,3% (três décimos LIAR gestante, desde o início da gravidez até sessenta dias
percentuais) do salário. após o término do afastamento legal. O aviso prévio começará
Parágrafo primeiro - A ESCOLA estará desobrigada de a contar a partir do término do período de estabilidade.
pagar a multa quando o atraso vier a ocorrer, comprova-
damente, por motivos alheios à sua vontade. Neste caso, 25. Estabilidade provisória do alistando
a entidade sindical profissional está obrigada a fornecer É assegurada ao AUXILIAR em idade de prestação do
comprovante de comparecimento sempre que a ESCOLA serviço militar estabilidade provisória, desde o alistamento
se apresentar para homologação das rescisões contratuais até sessenta dias após a baixa.
e comprovar a convocação do AUXILIAR.
Parágrafo segundo – Durante o período de férias coletivas 26. Auxiliar afastado por doença
do sindicato encarregado da homologação, o prazo previsto Ao AUXILIAR afastado do serviço por doença devidamente
nesta cláusula fica suspenso, voltando a correr somente após comprovada pela Previdência Social ou por médico ou dentista
o término das férias. credenciado pela Escola será garantido o emprego ou o salário,
Parágrafo terceiro - A ESCOLA deverá agendar a homologa- a partir da alta e por igual período ao do afastamento, até o
ção no Sindicato profissional dentro do prazo de pagamento limite de sessenta dias, além do aviso prévio.
das verbas rescisórias, cabendo ao Sindicato profissional emitir
declaração da data e horário da homologação agendada. 27. Portadores de doenças graves e/ou infectocontagiosas
Fica assegurada, até alta médica ou eventual concessão
22. Atestados de afastamento e salários de aposentadoria por invalidez, estabilidade no emprego
Sempre que solicitada, a ESCOLA está obrigada a fornecer aos AUXILIARES acometidos por doenças graves e/ou in-
ao AUXILIAR atestado de afastamento e salários nas rescisões fectocontagiosas e incuráveis e aos AUXILIARES portadores
contratuais. do HIV (vírus da imunodeficiência adquirida) que vierem a

Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 29


apresentar qualquer tipo de infecção ou doença oportunista, 30. Compensação semanal da jornada de trabalho
resultante da patologia de base. Fica permitida a compensação semanal da jornada de
trabalho.
28. Garantias ao auxiliares em vias de aposentadoria Parágrafo primeiro – Mediante ciência expressa, através
O AUXILIAR com pelo menos 3 (três) anos de serviço na do calendário anual, a ser publicado pela ESCOLA no inicio
ESCOLA e que comprovadamente estiver a 24 (vinte e quatro do ano letivo, os AUXILIARES serão dispensados do cum-
meses) ou menos da aposentadoria integral por tempo de primento de sua jornada de trabalho em dias ali previstos,
contribuição ou por idade terá garantia de emprego durante compensando-se as horas não trabalhadas com horas de
o período que faltar para a aquisição do direito. trabalho complementares, acertadas previamente entre
Parágrafo primeiro – A comprovação à ESCOLA deverá ESCOLA e AUXILIAR.
ser feita mediante a apresentação de documento que ateste Parágrafo segundo – As horas de trabalho, objeto do acor-
o tempo de serviço, emitido pela Previdência Social ou por do de compensação anual, não se comunicam com aquelas
funcionário credenciado junto ao órgão previdenciário. integrantes do Banco de Horas, eventualmente celebrado
Parágrafo segundo – Caso o AUXILIAR dependa de docu- pela ESCOLA, sendo vedada sua transferência para o mesmo.
mentação para realização da contagem, terá um prazo de 30
(trinta) dias para obtê-la, a contar da data prevista ou marcada 31. Banco de horas
para homologação da rescisão contratual. Comprovada a so- Nos termos da Lei nº 9.601, de 21 de janeiro de 1998, fica
licitação de tal documentação, os prazos serão prorrogados autorizada a celebração de Banco de Horas entre os AUXILIA-
até que a mesma seja emitida, assegurando-se, nessa situação, RES e as ESCOLAS, desde que respeitado o disposto no artigo
o pagamento dos salários pelo prazo máximo de 120 (cento 8º, inciso VI, da CF/88.
e vinte) dias.
Parágrafo terceiro – No período de garantia de emprego 32. Descontos de faltas
previsto nesta cláusula o contrato de trabalho do AUXILIAR Na ocorrência de faltas não amparadas na legislação, a
só poderá ser rescindido por mútuo acordo ou pedido de ESCOLA poderá descontar, no máximo, o número de horas
demissão. em que o AUXILIAR esteve ausente e o DSR proporcional a
Parágrafo quarto – Durante o período de garantia de essas horas.
emprego previsto nesta cláusula, o AUXILIAR poderá exercer
outra função inerente, desde que haja acordo formal entre 33. Abono de faltas por casamento ou luto
ele e a ESCOLA. Não serão descontadas no curso de nove dias corridos, as
Parágrafo quinto – No caso de demissão sem justa causa, faltas do AUXILIAR por motivo de gala ou luto, este em decor-
o aviso prévio integra o período de garantia de emprego rência de falecimento de pai, mãe, filho, cônjuge, companheiro
previsto nesta cláusula. (a), assim juridicamente reconhecido (a), ou dependente.

29. Irredutibilidade salarial 34. Congressos, simpósios e equivalentes


É proibida a redução da remuneração mensal ou de carga Os abonos de falta para comparecimento a congressos,
horária, exceto quando ocorrer por iniciativa expressa do simpósios e equivalentes serão concedidos mediante aceita-
AUXILIAR. É obrigatória a concordância formal recíproca, ção por parte da ESCOLA, que deverá formalizar por escrito
por escrito. a dispensa do AUXILIAR.

30 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 31
35. Abono de ponto ao estudante após o término do afastamento legal. O aviso prévio começará
Fica assegurado o abono de faltas ao AUXILIAR estudante a contar a partir do término do período de estabilidade.
para prestação de exames escolares, condicionado à prévia
comunicação à Escola e posterior comprovação. 39. Licença paternidade
A licença paternidade terá duração de cinco dias corridos.
36. Férias
As férias dos AUXILIARES serão determinadas nos termos 40. Refeitórios
da legislação que rege a matéria, pela direção da ESCOLA, A ESCOLA está obrigada a manter em suas dependências
sendo admitida a compensação dos dias de férias concedidos local apropriado para refeições, com condições de conforto
antecipadamente, em período nunca inferior a dez dias e nem e higiene.
mais que duas vezes por ano.
Parágrafo primeiro - A ESCOLA está obrigada a pagar o 41. Uniformes
salário das férias e o abono constitucional de 1/3 do salário até A ESCOLA deverá fornecer gratuitamente, no mínimo, dois
48 (quarenta e oito) horas antes do início das férias (art. 145 da uniformes por ano, quando o seu uso for exigido.
CLT e inciso XVII, art. 7º da Constituição Federal).
Parágrafo segundo - As férias individuais ou coletivas não 42. Atestados médicos e abonos de faltas
poderão ter seu início coincidindo com domingos, feriados, A ESCOLA é obrigada a abonar as faltas dos AUXILIARES
dia de compensação do repouso semanal remunerado ou mediante a apresentação de atestados médicos ou odon-
sábados, quando estes últimos não forem dias normais de tológicos no prazo de 48 (quarenta e oito) horas a contar do
trabalho. retorno do AUXILIAR ao trabalho.

37. Licença sem remuneração. 43. Acompanhamento de dependentes (abono de falta


O AUXILIAR com mais de cinco anos ininterruptos de para levar filho ao médico)
serviço na ESCOLA terá direito a licenciar-se, sem direito à Assegura-se o direito à ausência remunerada de 1 (um) dia
remuneração, por um período máximo de dois anos, não por semestre ao AUXILIAR para levar ao médico filho menor
sendo este período de afastamento computado para con- ou dependente previdenciário de até 6 (seis) anos de idade,
tagem de tempo de serviço ou para qualquer outro efeito, mediante comprovação no prazo de 48 (quarenta e oito) horas
inclusive legal. a contar do retorno do AUXILIAR ao trabalho.
Parágrafo primeiro - A licença ou sua prorrogação deverá
ser comunicada à ESCOLA com antecedência mínima de 44. Prorrogação da Jornada do Estudante.
sessenta dias do período letivo, sendo especificadas as datas Fica permitida a prorrogação da jornada de trabalho ao
de início e término do afastamento. A licença só terá início a AUXILIAR estudante, ressalvadas as hipóteses de conflito com
partir da data expressa no comunicado, mantendo-se, até aí, horário de frequência às aulas.
todas as vantagens contratuais.
Parágrafo segundo - O término do afastamento deverá 45. Quadro de avisos
coincidir com o início de período letivo. A ESCOLA deverá manter espaço reservado ao quadro de
avisos do Sindicato, para fixação de comunicados de interesse
38. Licença por adoção ou guarda da categoria, sendo proibida a divulgação de material político-
Nos termos da Lei 12.873, de 25 de outubro de 2013, partidário ou ofensivo a quem quer que seja.
será assegurada licença de 120 dias ao AUXILIAR, homem
ou mulher, que vier a adotar ou obtiver guarda judicial de 46. Delegado representante
crianças e fizer jus ao salário maternidade pago pela Pre- Nas unidades de ensino com mais de 50 (cinquenta)
vidência Social. AUXILIARES será assegurada a eleição de um Delegado
Parágrafo único – Fica garantida a estabilidade no emprego Representante que terá direito à garantia de emprego ou
ao AUXILIAR adotante, durante a licença e até sessenta dias de salário a partir da data de inscrição de seu nome como

32 Edição Especial • Convenções Coletivas 2016/2018


candidato, até o término do semestre em que sua gestão o recolhimento das contribuições, na forma das instruções
se encerrar. que forem, então, divulgadas, por meio de guias próprias
Parágrafo primeiro - O mandato do Delegado Represen- acompanhadas das competentes relações nominais e valores
tante será de um ano. devidos e declarações dos mantenedores, consignando a
Parágrafo segundo - A eleição do Delegado Representante exatidão do recolhimento em relação ao valor bruto da folha
será realizada pelo Sindicato, na unidade de ensino da ESCOLA, de pagamento, em favor da entidade sindical patronal. Es-
por voto direto e secreto dos AUXILIARES. sas importâncias correspondem à contribuição assistencial,
Parágrafo terceiro - É exigido o quórum de 50% (cinquenta destinada à manutenção, ampliação e criação dos diversos
por cento) mais um do quadro dos AUXILIARES. serviços assistenciais, na conformidade do deliberado pela
Parágrafo quarto - O Sindicato comunicará formalmente Assembleia Geral Extraordinária.
à ESCOLA os nomes dos candidatos e a data da eleição, com Parágrafo único - Quando a ESCOLA deixar de efetuar o
antecedência mínima de sete dias corridos. Nenhum candidato recolhimento da contribuição assistencial estabelecida nesta
poderá ser demitido a partir da data da comunicação até o cláusula, ressalvados os casos de impedimento judicial, dentro
término da apuração. do prazo e condições determinadas, incorrerá na obrigato-
Parágrafo quinto - É condição necessária que os candida- riedade do pagamento da referida contribuição acrescida de
tos, à data da comunicação, tenham pelo menos um ano de multa de 10% (dez por cento), ressalvados, também, os casos
serviço na ESCOLA e sejam sindicalizados. de impedimento judicial.

47. Assembleias sindicais 50. Contribuição assistencial profissional (cada sindicato


Todo AUXILIAR terá direito a abono de faltas para o com- profissional tem redação própria, devendo ser encaminhada
parecimento a assembleias da categoria. a Escola a redação específica da CCT, bem como, a Ata da As-
Parágrafo primeiro – Os abonos estão limitados a: sembleia que determinou os valores e datas de recolhimento).
a) dois sábados e dois dias úteis no período compreendido
entre 1º de março de 2016 e 28 de fevereiro de 2017. As duas 51. Relação nominal
assembleias realizadas durante os dias úteis deverão ocorrer A cada período de um ano de vigência da presente Conven-
em períodos distintos. ção, em cumprimento aos precedentes normativos nº 41 e nº
b) dois sábados e dois dias úteis no período compreendido 111 do Egrégio Tribunal Superior Trabalho, e da Nota Técnica/
entre 1º de março de 2017 e 28 de fevereiro de 2018. As duas SRT/MTE nº 202/2009, a ESCOLA está obrigada a encaminhar
assembleias realizadas durante os dias úteis deverão ocorrer ao Sindicato ou à Federação relação nominal dos AUXILIARES
em períodos distintos. que integram os seus quadros de funcionários, com CPF e com
Parágrafo segundo – As ESCOLAS ou as entidades sin- o respectivo número de inscrição no Programa de Integra-
dicais patronais deverão ser informadas pelo Sindicato ou ção Social – PIS, acompanhada dos valores da remuneração
pela Federação da data e do horário das assembleias, com mensal, dos descontos previdenciários e legais, inclusive do
antecedência mínima de quinze dias corridos. desconto da contribuição sindical e das guias da contribuição
Parágrafo terceiro - Os dirigentes sindicais terão abono de sindical. Nos dois anos de vigência da presente Convenção, o
faltas para comparecimento a assembleias de sua categoria prazo limite é 31 de maio de 2016 e de 2017.
profissional, sem o limite previsto no parágrafo primeiro. A Parágrafo único - A relação poderá ser enviada por meio
ESCOLA deverá ser comunicada antecipadamente pelo Sin- magnético ou pela internet, ou poderá ainda ser encaminhada
dicato ou pela Federação. cópia da folha de pagamentos do mês relativo ao desconto da
Parágrafo quarto - A ESCOLA deverá exigir dos AUXILIA- contribuição sindical.
RES e dos dirigentes sindicais, atestado emitido pelo Sindicato
ou pela Federação que comprove o seu comparecimento à 52. Desconto em folha de pagamento – mensalidade
assembleia. associativa
O desconto em folha de pagamento somente poderá ser
48. Congresso sindical realizado, mediante autorização do AUXILIAR, nos termos
Respectivamente, nos períodos compreendidos entre 1º dos artigos 462 e 545 da CLT, quando os valores forem des-
de março 2016 e 28 de fevereiro de 2017 e 1º de março de 2017 tinados ao custeio de prêmios de seguro, planos de saúde,
e 28 de fevereiro de 2018, o Sindicato ou a Federação poderá mensalidade associativa sindical ou outras que constem da
realizar congresso, simpósio ou jornada pedagógica. A ESCOLA sua expressa autorização, desde que não haja previsão ex-
abonará as ausências de seus AUXILIARES que participarem pressa de desconto na presente Convenção Coletiva. Quando
do evento, nos seguintes limites: cobrada, a ESCOLA se obriga a repassar ao Sindicato, no prazo
a) um AUXILIAR, quando a ESCOLA empregar até 50 máximo de 10 (dez) dias após a data do pagamento mensal,
AUXILIARES; os valores correspondentes ao desconto das mensalidades
b) dois AUXILIARES, quando a ESCOLA empregar mais de associativas.
50 AUXILIARES.
Parágrafo único - As ausências, limitadas em cada evento 53. Acordos coletivos
a dois dias úteis além do sábado, serão abonadas mediante Ficam asseguradas as cláusulas mais favoráveis à Con-
apresentação de atestado de comparecimento fornecido pelo venção existentes em cada ESCOLA, quando decorrerem de
Sindicato ou pela Federação. Acordos Coletivos de Trabalho celebrados entre o Sindicato
profissional e a ESCOLA.
49. Contribuição assistencial patronal Parágrafo único – Caso a ESCOLA tenha interesse, poderá
Obriga-se a ESCOLA, associada ou não, a promover nos solicitar que o Sieeesp, o Sinepe ou a Feeesp participem e
meses e valores que forem aprovados pela Assembleia Geral, sejam signatários do referido acordo.

Convenções Coletivas 2016/2018 • Edição Especial 33


54. Legalidade das entidades sindicais signatárias Parágrafo terceiro – Cada seção do Foro será realizada
Fica reconhecida a legalidade das entidades sindicais sig- no prazo máximo de 15 dias a contar da convocação formal
natárias para promover perante a Justiça do Trabalho e o Foro e obrigatória de qualquer uma das entidades sindicais que o
Geral ações plúrimas em nome dos AUXILIARES, em nome compõem. A data, o local e o horário serão decididos pelas
próprio, ou como parte interessada, ou ainda, como substituto partes envolvidas. O não comparecimento de qualquer uma
processual nas ações coletivas, em caso de descumprimento das partes cessará as negociações, de imediato.
de quaisquer cláusulas avençadas nesta Convenção. Parágrafo quarto – Nenhuma das partes envolvidas
ingressará com ação na Justiça do Trabalho durante as nego-
55. Comissão permanente de negociação ciações de entendimento. Na ausência de solução do conflito
Fica mantida a Comissão Permanente de Negociação ou na hipótese de não comparecimento de qualquer uma das
formada paritariamente por representantes das entidades partes, a comissão responsável pelo Foro fornecerá certidão
sindicais profissional e econômica, com o objetivo de: a) atestando o encerramento da negociação.
fiscalizar o cumprimento das cláusulas vigentes; b) propor Parágrafo quinto – Na hipótese de sucesso das negocia-
alternativas de entendimento para eventuais divergências ções, a critério do Foro, a ESCOLA poderá ficar desobrigada
de interpretação das cláusulas da presente Convenção; c) de arcar com a multa prevista na cláusula “Multa por Descum-
discutir questões não contempladas na norma coletiva. primento da Convenção” da presente Convenção.
Parágrafo único – As entidades componentes da Comissão Parágrafo sexto - As decisões do Foro terão eficácia legal
Permanente de Negociação indicarão seus representantes, entre as partes acordantes. O descumprimento das decisões
no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da assinatura da assumidas gerará multa a ser estabelecida no Foro, indepen-
presente Convenção. dentemente daquelas já estabelecidas na presente Convenção.
Parágrafo segundo – A Comissão Permanente de Nego-
ciação se reunirá, obrigatoriamente, para tratar da questão 57. Multa por descumprimento da convenção
da cesta básica (substituída por quantia em dinheiro ou per- O descumprimento desta Convenção obrigará a ESCOLA
centual de aumento), tendo em vista que a vantagem obtida ao pagamento de multa correspondente a 5% (cinco por cento)
na ocasião da transação não existe mais. (§ exclusivo para o do salário mensal bruto do AUXILIAR, para cada uma das cláu-
Município de São Paulo SAAESP) sulas não cumpridas, acrescida de juros e correção monetária,
a cada AUXILIAR prejudicado.
56. Foro conciliatório para solução de conflitos coletivos Parágrafo primeiro - A ESCOLA está desobrigada de arcar
Fica mantida a existência do Foro Conciliatório que tem com o valor da multa prevista nesta cláusula, caso a cláusula
como objetivo procurar resolver as divergências trabalhistas da presente Convenção já estabeleça uma multa específica
existentes entre a ESCOLA e seus AUXILIARES. pelo não cumprimento.
É também competência do Foro Conciliatório a celebra- Parágrafo segundo: Em relação ao descumprimento da
ção de acordos intersindicais de compensação de emendas cláusula n.º 51 (“Relação Nominal”), a multa estabelecida no “ca-
de feriados. put” desta cláusula e será equivalente a 5% da folha salarial dos
Parágrafo primeiro – O Foro será composto por membros AUXILIARES, devendo ser revertida ao Sindicato profissional.
das entidades sindicais patronal e profissional. As reuniões
deverão contar, também, com as partes em conflito que, se E por estarem de acordo, firmam a presente convenção
assim o desejarem, poderão delegar representantes para coletiva de trabalho, que deverá ser depositada no órgão
substituí-las e/ou serem assistidas por advogados. encarregado do Ministério do Trabalho e Previdência Social,
Parágrafo segundo – As entidades sindicais patronal e pro- através do “sistema mediador”.
fissional deverão indicar os seus representantes no Foro num
prazo de trinta dias a contar da assinatura desta Convenção. São Paulo, julho de 2016.

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