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Sumário
ABERTURA ................................................................................................................................. 5
MÓDULO 01 – AS EMOÇÕES ................................................................................................ 7
AULA 01 - O QUE SÃO EMOÇÕES? ................................................................................. 7
AULA 02 - EMOÇÕES VS SENTIMENTOS? .................................................................... 8
AULA 03 - FUNÇÕES DAS EMOÇÕES ............................................................................. 9
Quais funções têm as emoções básicas? .................................................................... 11
Raiva............................................................................................................................... 11
Medo ............................................................................................................................... 11
Alegria ............................................................................................................................ 12
Tristeza........................................................................................................................... 12
MÓDULO 02 - POR QUE GERIR EMOÇÕES... ................................................................. 12
AULA 01 – NO ÂMBITO PROFISSIONAL? ..................................................................... 13
Encarar desafios ............................................................................................................... 13
Comunicação eficiente, eficaz e influenciadora........................................................... 14
Suportar e lidar melhor com estresse, pressão e situações difíceis ........................ 15
Aumentar foco, analisar e solucionar problemas com rapidez e eficácia................ 16
Empreender, mudar de carreira e superar a demissão .............................................. 17
Aumentar a flexibilidade .................................................................................................. 17
AULA 02 – NO ÂMBITO PESSOAL? ................................................................................ 17
Gerir emoções no âmbito pessoal com a família para: .................................................. 19
Eliminar culpas, traumas ou transtornos ...................................................................... 19
Melhorar convivência ....................................................................................................... 21
Inspirar segurança e colocar limites .............................................................................. 22
Influenciar positivamente na formação ......................................................................... 23
Lidar melhor com situações difíceis (fases da vida e suas particularidades) ......... 24
Aumentar a paciência, melhorar a comunicação e apoiar ......................................... 25
Gerir emoções no âmbito pessoal com os amores para ................................................ 26
Controlar os medos: de ter relacionamentos, de não ter relacionamentos, de
perder, de sofrer e tantos outros .................................................................................... 26
Comunicações mais produtivas e enriquecedoras, que tenham propósito ............. 27
Equilibrar relações e trocas: não amar demais e nem amar de menos .................. 28
Aumentar a capacidade de empatia e ouvir o outro ................................................... 28
Resolver questões de posse e ciúme ........................................................................... 29

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AULA 03 – NO ÂMBITO INTERIOR?................................................................................ 29
Gerir emoções no âmbito interior para: ............................................................................ 29
Melhorar autoestima, autoconfiança, auto sabotagem e ansiedades ...................... 30
Lidar com decepções, tristezas, perdas, acontecimentos negativos ....................... 30
Lidar com o que pensam de nós e o que pensamos sobre nós mesmos ............... 31
Capacidade de fazer boas escolhas ............................................................................. 31
Assumir responsabilidade sobre nossa vida e bem-estar ......................................... 32
MÓDULO 03 - ASSUMA O QUE É SEU .............................................................................. 33
AULA 01- O RESPONSÁVEL É VOCÊ ............................................................................ 33
Nós somos responsáveis por nós e nossas emoções ............................................... 33
Não somos responsáveis pelos outros ......................................................................... 33
AULA 02- QUANDO AS COISAS FICAM DIFÍCEIS ....................................................... 34
Sempre temos escolhas .................................................................................................. 34
Como fracassar. Não tem erro ....................................................................................... 34
Reclame muito .............................................................................................................. 34
Seja coitadinho ............................................................................................................. 35
Culpe o outro ................................................................................................................. 35
Sabote-se....................................................................................................................... 35
Desista ........................................................................................................................... 35
Para o alto e além, dos obstáculos................................................................................ 35
A Fórmula da Felicidade.................................................................................................. 36
AULA 03- TUDO TEM UM PROPÓSITO ......................................................................... 37
Qual o seu propósito? .......................................................................................................... 37
MÓDULO 04 – INTELIGÊNCIA EMOCINAL ........................................................................ 38
AULA 01- UMA BASE SOBRE O CÉREBRO .................................................................. 38
AULA 02 - INTELIGENTE EMOCIONALMENTE ............................................................ 42
Diferenças entre QI e QE .................................................................................................... 43
Habilidades de QE ............................................................................................................... 44
Autoconhecimento ............................................................................................................ 44
Gerenciamento de emoções ........................................................................................... 45
Motivação viva automotivação e resiliência ................................................................. 45
Empatia .............................................................................................................................. 47
Lidar com as emoções alheias ....................................................................................... 48
AULA 03 – FERRAMENTA: A RODA DA I.E ................................................................... 49
A roda ..................................................................................................................................... 49
Atitudes que desenvolvem a inteligência emocional ...................................................... 50

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MÓDULO 05 – PROCESSO DE GESTÃO EMOCIONAL ................................................. 51
AULA 01 – O PROCESSO – EMOÇÕES X REAÇÕES ................................................ 51
AULA 02 – ANALISAR CONSEQUÊNCIAS .................................................................... 53
AULA 03 – IDENTIFICAR COMPORTAMENTOS .......................................................... 57
AULA 04 – ENTENDER EMOÇÕES X NECESSIDADES X COMPORTAMENTO .. 58
AULA 05 – GERENCIAR E TRANSFORMAR ................................................................. 61
E AGORA? É ISSO? ....................................................................................................................... 65

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ABERTURA
Ouvimos muito e há muito tempo coisas como:

 É preciso buscar equilíbrio


 Você precisa se acalmar
 Esse seu comportamento não está adequado
 Gerencie suas emoções

Quantas vezes ouvimos coisas como essas depois de uma reação nossa
a alguma situação ou pessoa?

Gerenciar emoções não é uma discussão nova e, apesar disso, poucos


de nós sabe exatamente o que isso significa e para que serve.

Quantos conflitos foram causados por uma explosão, o famoso: fiz sem
pensar, falei sem querer?

Quantos relacionamentos acabaram ou ficaram abalados por impulsos


seus?

Quantas vezes seu filho, seus familiares, amigos ou amores, se


entristeceram ou assustaram por uma reação sua?

Você já perdeu alguma oportunidade profissional por conta de como se


sentia em relação a algo ou alguém?

Pois é, essas são algumas situações que acontecem por conta de


desequilíbrios entre emoção e razão, entre ação e reação.

O problema não está nas emoções em si, mas sim nas reações que elas
provocam. Somos seres emocionais, precisamos de todas as emoções, elas têm
cada uma, sua importância e função especifica em nossa existência, a questão
é gerenciar as ações decorrentes de cada uma.

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A ação certa, na intensidade certa, com o alvo certo e o propósito
adequado. Esse é o objetivo da gestão emocional. É isso que todos nós
devíamos aprender desde os primeiros anos de vida.

A falta de gestão emocional pode ter consequências muito graves em


todos os âmbitos de nossa vida:

Profissional: demissões, conflitos, inimizades, ansiedades e estresse,


baixa produtividade, desorganização, falta de foco, falta de criatividade,
dificuldades de tomar decisões e solucionar problemas, são algumas das
consequências negativa da falta de gestão emocional.

Pessoal: relacionamentos superficiais, brigas, desentendimentos,


dificuldades de comunicação, términos, perdas, ciúmes, insegurança, baixa
autoestima, violência, isolamento, baixa atividade social, dificuldade de
expressar e demonstrar sentimentos, pensamentos destrutivos, sofrimento
alheio provocado por nós.

Para si: problemas de saúde, insônia, ansiedade, depressão, auto


sabotagem, crenças limitantes, autodestruição, desanimo, frustração, apatia e
tantas outras situações de sofrimento e fracasso por conta da falta das
habilidades de usar as emoções de forma inteligente.

E para quem se destina esse curso?

Bem, não posso dizer que seja algo para especialistas na área, apesar
que o fato de serem especialistas não exime ninguém de ter os próprios conflitos,
mas o que quero dizer é que não se trata de um trabalho acadêmico e menos
ainda de autoajuda, mas uma forma de falar de algo muito importante para
obtenção de bem-estar e satisfação pessoal, que seja simples, objetivo e
contextualizado. Altamente aplicável se essa for a decisão de quem assistir.

Como coach, entendo que existem muitos fatores que precisam de


atenção nos processos de vida de todos nós, mas a gestão emocional é uma
parte primal, algo que envolve nossos instintos mais primitivos e que se reflete
em tudo que vivemos, somos e queremos ser e viver.

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Esse curso é para você que sente que pode mais, que quer mais, que é
inconformado, que sofre por conta de ações e sentimentos que podem ser
melhorados.

Minha missão de vida é popularizar conhecimentos e conceitos que


muitos não têm acesso ou nem sabiam que poderiam ser necessários para o seu
bem maior, é compartilhar o que tenho com o máximo de pessoas que eu puder,
dando oportunidade para quem quer crescer, evoluir e ser mais feliz. É dar
esperança e melhorar, mesmo que uma pequena parte, das vidas das pessoas.
Tudo isso, tendo a oportunidade de fazer bem a mim mesma, fazendo o que
gosto.

Tudo na vida é troca, tudo depende do que entregamos ao outro, é algo


bem simples. Se eu entrego o meu melhor a quem deseja o meu melhor,
receberei o melhor dos outros que cada um é capaz de entregar.

MÓDULO 01 – AS EMOÇÕES

AULA 01 - O QUE SÃO EMOÇÕES?

Falamos de emoção o tempo todo, mas, na maioria das vezes, temos uma
ideia intuitiva sobre o que é emoção.

Se te perguntarem, o que são emoções, o que você responderia?

Alguns diriam que são as sensações que temos sobre algo ou alguém,
outros que são os sentimentos e outros ainda exemplificariam com medo, raiva,
tristeza e alegria.

Todas as percepções estão corretas, mas como estamos falando aqui de


gerenciá-las e tirar proveito positivo delas, é preciso conhecer essa “ferramenta”
que vamos trabalhar.

Se buscarmos no dicionário o significado de emoção, vamos encontrar


que na verdade ela vai além de uma sensação, ela é uma ação.

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Ato de deslocar e movimentar. Podemos até brincar com a palavra
transformando EMOÇÃO em “EM AÇÃO”.

São as emoções que nos movimentam ou nos paralisam, elas provocam


uma ação de qualquer forma, portanto, podemos dizer que, gerenciar nossas
emoções está altamente ligado com gerenciar nossas ações. Como vimos na
aula de abertura, quanto mais controle tivermos sobre nossas emoções e por
consequência, sobre nossas ações, maior será nossa efetividade na vida, em
todos os âmbitos.

Para a psicologia e demais ciências, como neurobiologia, neurociência e


até para a filosofia, elas são reações provocadas por situações, pessoas, coisas,
pensamentos. Algum tipo de agente causa em nós uma movimentação
emocional que provoca reações físicas e nos faz agir de uma determinada forma,
dependendo de muitas variáveis.

Portanto, somos seres emocionais, as emoções regem nossas ações e


tomar consciência disso é princípio básico para gerir emoções.

AULA 02 - EMOÇÕES VS SENTIMENTOS?

É muito frequente haver uma confusão sobre o que são sentimentos e


emoções, pois são dois processos que estão relacionados, porém, são
diferentes entre si, e são usados de certa forma como se fosse o mesmo
conceito.

Como já vimos, emoções são ações, impulsos que nos provocam reações
diante de situações, pessoas ou coisas. Elas têm uma característica muito física,
são expressas pelas expressões faciais, por efeitos como tremores, palpitações,
riso, choro e muitos outros. São provocadas por gatilhos externos que disparam
determinadas emoções e, por consequência, uma reação.

Emoções são intensas, rápidas e não imutáveis, ou seja, elas mudam.


Algo que provoca uma determinada emoção em você agora, eventualmente,

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para de provocar a mesma reação com o tempo ou a partir de ações que você
utiliza para gerenciar e modificar.

Já os sentimentos ocorrem num nível mental, são sensações que não


necessariamente provocam ações ou efeitos físicos.

Emoções são ações com efeitos físicos, impulsos, e sentimentos são


sensações mentais.

Toda emoção provoca um sentimento, mas nem todo sentimento provoca


uma emoção.

AULA 03 - FUNÇÕES DAS EMOÇÕES

As emoções podem ser classificadas em emoções primárias e


secundárias.

As primárias são as consideradas mais primitivas e que têm maior


influência nas ações dos seres humanos, e a mistura e diferença de intensidade
e/ou contexto, geram as secundárias. Nosso foco é trabalhar com as emoções
básicas que são 04, segundo Antônio Damásio.

Conheça suas quatro emoções básicas

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O medo, a raiva, a alegria e a tristeza são as quatro emoções básicas do
ser humano. Todos nós as sentimos em qualquer época, idade e cultura. Mas,
você sabe como dominá-las? Você está sempre consciente delas?

Estas emoções não estão em nosso dia a dia por uma questão arbitrária
ou de capricho, mas sim porque desempenham o papel principal em nosso
desenvolvimento psicológico. Isto significa que elas servem para nos avisar e
guiar na conservação do nosso organismo e na socialização com os demais.

Talvez, isso seja um pouco difícil de compreender, já que parece tão


técnico ou tirado de uma enciclopédia. Mas o que é importante recordar aqui é
que todos temos medo, sentimos raiva, nos alegramos e nos entristecemos,
porque desta maneira a mente e o corpo se desenvolvem e nós podemos
transcender como seres humanos e nos socializarmos.

Temos aprendido (e o seguiremos fazendo) através de nossas emoções.


Portanto, se você teve uma linda fase em sua vida, onde tudo era felicidade, é
provável que isso tenha formado a sua personalidade, assim como se você
passou por um acontecimento que lhe entristeceu muito ou algo que causou
muita raiva ou temor.

Não importa a idade que temos, onde vivemos ou no que trabalhamos.


Sem exceção, sentiremos estas quatro emoções básicas em mais de uma
ocasião. Isto se deve ao fato das emoções serem informações muito úteis, elas
nos permitem saber como estamos aqui e agora, sendo um guia de
aprendizagem para a nossa vida, para que possamos nos compreender e para
sabermos como continuar, se nós prestamos atenção nelas.

Não existem emoções boas ou ruins, como costumamos pensar ou


categorizar o que sentimos. O que existe são emoções que podem ser mais ou
menos agradáveis. Cada uma delas tem uma função específica e todas são
necessárias.

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Quais funções têm as emoções básicas?
Estas quatro emoções básicas ou primárias do ser humano são uma
qualidade energética, já que elas nos permitem atuar de forma expansiva com
os demais (a raiva e a alegria) ou com nós mesmos (a tristeza e o medo).
Analisaremos as quatro emoções básicas separadamente, para que,
assim, possamos conhecer a função específica de cada uma delas em nossas
vidas.
Raiva
É a segunda emoção mais expansiva. Trata-se de um impulso, uma
maneira de tirar algo ou alguém de “cima”, mandar para fora o que nos aborrece,
o que acreditamos ser injusto ou o que está nos fazendo mal.

A raiva implica em uma sobrecarga de energia que, em ocasiões, nos


ajuda a cumprir a realização do que queremos ou nos assegura da necessidade
de ameaça. Por isso, não deve ser considerada sempre como negativa. O que
ocorre é que, às vezes, em vez de nos ajudar a resolver o que ocorre, se converte
em um problema a mais se levamos sua expressão ao extremo.

Seria uma espécie de limpador efetivo para tudo o que nos pesa. Mas
atenção: para isso, devemos reconhecer, aceitar e gerenciar corretamente a
raiva.

Uma vez que estivermos conscientes de nossas emoções e aprendermos


a viver com elas, será mais simples nos darmos conta de que são todas
importantes para a nossa vida.

Medo
É uma emoção conhecida pelos estudiosos como “reação de contração”.
Se encontra incluída no grupo das emoções reflexivas e sua função é nos
advertir sobre a presença de um perigo, seja de fazer ou de causar em nós algum
dano.

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O medo nos permite avaliar qual é a capacidade que possuímos para
enfrentar as situações que percebemos como ameaças. Se aprendemos a
conhecer primeiro e a gerenciar o medo depois, experimentamos a prudência e
afastamos o pânico, a fobia ou a temeridade.

Alegria
Também conhecida como “emoção de expansão”. Cumpre a função de
nos ajudar a criar vínculos com os demais, por isso se encontra entre as
emoções expansivas (juntamente com a raiva).

A alegria pode ser manifestada de diversas maneiras, sendo as mais


frequentes a ternura, a sensualidade e o erotismo. Se gerenciamos bem a
alegria, poderemos atingir a serenidade e a plenitude. Se não soubermos
manejá-la bem, ela nos conduzirá para a tristeza, a euforia ou a frustração.

Tristeza
Encontra-se no grupo de emoções de contração e é conhecida como a
mais reflexiva de todas. Evoca sempre algo que ocorreu no passado e sua
função é nos ajudar a estarmos conscientes de uma coisa, situação ou pessoa
que perdemos ou sentimos falta.

A tristeza também serve para soltarmos e deixarmos ir o que não nos


pertence ou nos faz mal. Por último, outra das funções da tristeza é a de permitir
aos demais que nos acompanhem, evitando que nos tornemos muito vulneráveis
ou dependentes.

MÓDULO 02 - POR QUE GERIR EMOÇÕES...

Vivemos 08 horas por dia, durante pelo menos 50 anos, dentro de


ambientes com pessoas que não conhecemos e muitas vezes não temos

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nenhuma afinidade, é natural que algo saia do controle, um conflito, ruídos de
comunicação, relações tensas. Sem falar das tarefas e metas que são atribuídas,
onde nem sempre estamos preparados ou falta a vontade de fazer, como o líder
ou os liderados têm expectativas em relação ao nosso desempenho.

Isto posto, a falta de gestão das situações descritas que, com certeza,
dispara emoções que vão gerar reações, pode ser frustrante, perigoso,
improdutivo e principalmente não vai trazer bem-estar a você, num lugar onde
você passa 50 anos inserido. Ou seja, infelicidade e coisas piores, durante uma
vida toda.

E por mais que você pense que, num dia terá o emprego dos sonhos, seu
comportamento dentro desses ambientes permanecerá o mesmo se você não
fizer algo para melhorar, mudar ou transformar suas reações mediante estímulos
externos.

AULA 01 – NO ÂMBITO PROFISSIONAL?


Gerir emoções no âmbito profissional para:

 Encarar desafios
 Comunicação eficiente, eficaz e influenciadora
 Suportar e lidar melhor com estresse, pressão e situações
difíceis
 Aumentar foco, analisar e solucionar problemas com rapidez
e eficácia
 Empreender, mudar de carreira e superar a demissão
 Aumentar a flexibilidade

Encarar desafios
Encarar desafios: entre os significados que encontramos da palavra
desafio no dicionário, um deles é “situação ou grande problema a ser vencido ou
superado”.

Por definição, desafios representam dificuldade, necessidade de mudar,


encarar situações desconhecidas, entre tantas outras alterações em uma

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determinada rotina. Imediatamente ao se deparar com coisas desse tipo, nosso
cérebro tende a reagir com estresse causado por insegurança, medo, e todo o
corpo recebe esses estímulos. As emoções são disparadas e, por consequência,
as reações.

Estar equilibrado é saber avaliar cada desafio e entender o quanto ele


será importante ou não, o quanto estamos capacitados para realizá-lo, se existe
insegurança, o que nos deixa inseguros, o que precisamos aprender. Se é o
momento certou ou se precisamos estar naquele lugar por mais um tempo.

O mais comum é tendermos a ficar na zona de conforto e já sabemos que


isso não é bom, porém sair dela não é uma tarefa fácil. É preciso conhecimento
de si mesmo, para entender quanto àquela zona de conforto e evitar desafios
que podem nos prejudicar, seja nos deixando estagnados ou pior, nos façam
retroceder em nossas carreiras.

De pequenos a imensos, os desafios, as situações novas, aparecem a


todo o momento. Ter o domínio sobre as emoções nos ajuda a aceitar e lidar da
melhor forma possível, aproveitando a oportunidade de aprendizado e
crescimento.

Comunicação eficiente, eficaz e influenciadora


Seja como líder, seja em uma reunião, seja para relacionar-se com
colegas de trabalho, a comunicação é algo inevitável, precisamos dela e quanto
melhor ela for, melhor a qualidade de nossos relacionamentos, resultados e
influência no ambiente de trabalho e também na vida pessoal.

Nossa comunicação está totalmente ligada às nossas emoções, ela é a


primeira reação de uma emoção ou ela se trava por conta de uma emoção, por
isso, gerir emoções é importante para a qualidade da comunicação.

Quando somos líderes, precisamos dar orientações, motivar, dar


feedbacks e, se nossas emoções estiverem desequilibradas e fora de controle,
pode ser desastroso. Um líder trata com pessoas diferentes, algumas são mais
rápidas, outras precisam de mais atenção, pessoas cometem erros que precisam
ser corrigidos e ainda precisam o tempo todo de um fator motivador. Agora,
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imagine fazer tudo isso sob a influência da raiva, do desprezo, da impaciência,
pensou no desastre?

Com certeza todos nós um dia fizemos isso ou presenciamos situações


difíceis de comunicação no trabalho por conta das reações emocionais.

Outra possibilidade com a qual nos deparamos no trabalho em relação à


comunicação, são as apresentações públicas, seja numa reunião, num
treinamento ou numa palestra. Muitas pessoas têm dificuldade em falar em
público, e na grande maioria das vezes, essa dificuldade é provocada por uma
emoção negativa que bloqueia sua capacidade de comunicação: insegurança,
medo, vergonha, falta de autoconfiança.

É preciso entender qual a emoção que provoca essas reações e gerenciá-


la. Saber se comunicar de forma tranquila transmite segurança aos ouvintes nos
dando maior credibilidade e poder de influência e convencimento. Imagine que
você teve uma ideia maravilhosa para um projeto, como vai convencer seus
superiores a lhe ouvirem e, melhor ainda, aderirem às suas ideias se não
conseguir convencê-los por conta da insegurança transmitida com sua
comunicação?

Suportar e lidar melhor com estresse, pressão e situações difíceis


Muitos sonham em trabalhar no que gostam e, nem sempre isso é
possível. E mesmo quando conseguem, não existe o trabalho perfeito que nunca
vai causar aborrecimento, estresse ou situações difíceis. Estamos
constantemente sendo expostos a pressão e situações para lidar. Isso ainda é
mais complicado quando não temos a oportunidade de ter o “emprego dos
sonhos”. Mas o que podemos fazer, todos trabalhamos para atender nossas
necessidades materiais, e se isso é verdade, teremos sempre que trabalhar,
gostando ou não. Mas é sempre possível fazer o melhor para evitar estresse e
lidar melhor com tudo que pode acontecer no ambiente de trabalho.

Pressão é algo comum no trabalho, prazos, metas, mudanças, tudo isso


faz parte da vida profissional. Mas nem todos nós nos saímos bem quando a
pressão acontece. Se não lidarmos bem com as emoções que surgem podemos

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ter reações inadequadas ou desmedidas. Travar, se irritar e reagir mal, ficar
doente, desistir, nos sentir desmotivados e prejudicar nosso desempenho. Já
que é algo comum é melhor enfrentar da melhor forma do que surtar e se
prejudicar.

Outro fator são os conflitos e situações difíceis. É preciso manter a calma


para poder lidar com isso. Quem não tem um colega pelo qual tem alguma
antipatia? Quem de nós nunca se viu num momento de conflitos e de iminente
discussão. Se agirmos por impulsos emocionais podemos apenas dificultar as
coisas. Só relembrando que sentir as emoções não tem nada de errado, elas
fazem parte de nossa natureza, mas o que precisamos é regular nossas reações
de acordo com as situações.

Temos a tendência de dar importância e teor maior às coisas do que


realmente elas têm.

Aumentar foco, analisar e solucionar problemas com rapidez e eficácia


Todos nós já passamos por momentos em que o nervosismo, o medo, a
insegurança ou qualquer outra emoção intensa nos tira o foco, até mesmo a
felicidade. Quando isso acontece, nossa capacidade de concentração, de
raciocínio e de reação, por vezes fica prejudicada.

Quando estamos irritados é muito mais difícil nos concentrarmos em uma


tarefa, se ela for difícil, ou nova, pior ainda. A probabilidade de emoções
negativas dispararem nossos alarmes de perigo é muito maior. Saber como
gerenciar a si e suas emoções nesse momento vai lhe dar mais foco para
aprender o que é novo, para pensar com mais lucidez.

Em alguns momentos estamos com problemas em casa, e o que dizem


sobre separar vida pessoal e profissional, é completamente utópico. Somos
seres inteiros e vamos inteiros para o trabalho. Não tem como colocar os
problemas pessoais em um cestinho na entrada da empresa para pegar na
saída. Por isso, é tão importe o equilíbrio das emoções. Não estamos aqui,
sugerindo que esqueça ou tente deixar de sentir o que lhe causa incômodo, mas
no trabalho o que pode ser feito de efetivo pelo problema que está em casa?

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Então, é melhor respirar fundo e esperar até chegar em casa, focando no seu
trabalho o dia passa mais rápido e assim mais rápido poderá então resolver o
que lhe incomoda.

Empreender, mudar de carreira e superar a demissão


Se o que pretende nesse momento é passar a trabalhar para si, ser seu
próprio chefe, empreendendo o próprio negócio, não subestime a gestão
emocional. São muitos desafios, pesquisas, cálculos, busca e ações focadas.
Emoções positivas ou negativas, desequilibradas podem botar tudo a perder.
Empolgação demais nos cega, medo demais nos trava, é preciso equilíbrio e
lucidez para agir.

O mesmo se pode dizer de uma situação de mudança de carreira e


demissão. Ambas são situações novas a serem enfrentadas, a diferença é que
uma é uma escolha e a outra uma circunstância da vida, mas ainda assim são
mudanças. Já falamos da dificuldade de sair de uma zona de conforto. É preciso
entender quais emoções estão movendo nossas ações e com qual intensão.

Aumentar a flexibilidade
Ser capaz de se adaptar mais facilmente, aceitar novas situações, novas
pessoas, novas tarefas e tudo mais que pode aparecer no ambiente profissional,
é uma das capacidades mais procuradas por gestores e empreendedores para
suas organizações. Vivemos em um lugar onde tudo muda o tempo todo, e
quanto mais multidisciplinares formos, mais oportunidades teremos. A gestão
emocional entra quando conseguimos aumentar nossa capacidade de aceitação
e desapego das coisas, nossa paciência e resiliência, fatores que nos tornam
pessoas de mais fácil trato e com capacidade de adaptação para fazer mudanças
sem sofrimento e/ou grandes dificuldades.

AULA 02 – NO ÂMBITO PESSOAL?

Relações entre seres humanos, por si só, é algo complexo, pois somos
seres únicos, com experiências pessoais vivenciadas de formas únicas, ainda
que sejam parecidas, com crenças diferentes em relação em coisas diferentes e

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por tantos outros motivos. Somos únicos, parecidos não iguais. O budismo diz:
não somos todos iguais, mas somos semelhantes, da mesma espécie. Somos
seres que necessitam relacionar-se, a ciência já comprovou que não fomos feitos
para vivermos só e isolados, pois indefinidamente, definhamos literalmente.

Podemos dizer que existem basicamente dois tipos de relações no sentido


de se estabelecerem, com algumas exceções:

 As que são escolhidas: amigos, amores, grupos


 As que não são escolhidas: colegas de trabalho e familiares

Claro que estamos falando isso de forma simplista para ser mais didático.

Nessa aula vamos falar das duas. Das relações familiares, não
escolhidas, focando principalmente nas relações entre pais e filhos. E das
relações escolhidas, amorosas. É importante fazer uma observação, alguns
podem entender que as relações amorosas não são escolhidas e sim
“acontecem”, mas se pensarmos bem quando um relacionamento começa ele é
circunstancial, vem de um primeiro olhar, um interesse inicial, isso não é
escolhido, mas se ela vai se manter e realmente se realizar é uma escolha
sempre, de ambas as partes. Mas vamos nos aprofundar nisso mais adiante.

Durante uma vida em comum dentro de uma família, independente do


formato que ela tenha, sempre existem riscos de algo sair errado ou não sair
como esperado, principalmente quando estamos falando dos papeis de pais e
dos papeis de filhos. Todos somos filhos, eventualmente todos seremos pais,
isso é maravilhoso por um lado, pois podemos experimentar aquela vivência de
duas formas, por outro lado, uma experiência pode influenciar diretamente a
outra.

Tendemos a ser os pais que nossos pais eram, e nossos filhos podem
não ser os filhos que nós fomos para nossos pais e então, os “desencaixes”
podem acontecer.

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Em outro caso, decidimos que, definitivamente, não seremos como
nossos pais, e nem sempre eliminar todas as características de nossa criação,
no momento de criar nossos filhos, é realmente a melhor coisa a fazer.

Sim, isso é bastante complexo, mas nada é impossível. A gestão


emocional ajuda de diversas formas, aliada claro, a outras ferramentas que
podemos citar como terapias e coaching para pais, mas nosso objetivo é a
ferramenta da gestão emocional.

Gerir emoções no âmbito pessoal com a família para:


 Eliminar culpas, traumas ou transtornos
 Melhorar convivência
 Inspirar segurança e colocar limites
 Influenciar positivamente na formação
 Lidar melhor com situações difíceis (adolescência, velhice,
amigos e perigos)
 Aumentar a paciência, melhorar a comunicação e apoiar

Eliminar culpas, traumas ou transtornos


Quando estamos capacitados de habilidades da gestão emocional
podemos:

Eliminar culpas: culpa é um sentimento muito comum nas relações entre


pais e filhos, e não só com os pais, como alguns podem pensar, filhos também
sentem culpa. A palavra culpa é algo muito pesado, pois remete a algo que será
punido de alguma forma terrível. A culpa é consequência de um ato deliberado
de prejudicar o outro, como um assassinato, o assassino é culpado de tirar uma
vida e por isso deve ser punido. Portanto, não é o caso aqui, então a primeira
coisa que devemos pensar é que não existe culpa, mas sim responsabilidade.
Somos responsáveis por nossas escolhas, por nossas ações e por suas
consequências. A responsabilidade é algo importante, mas não passível de
punição. Se errarmos, podemos consertar da melhor forma que pudermos.

Mas muitos pais se sentem culpados, podemos citar mais


especificamente as mães, por questões sociais, como mulheres que trabalham

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e ainda desejam ser mães, algumas podem sentir uma certa “culpa” em alguns
momentos, por acharem que são ausentes, por terem medo de seus filhos não
se sentirem amados e protegidos, com medo de falhar na criação e na sua
missão de amar e proteger o ser frágil que foi gerado por ela. Claro que as
mesmas sensações são sentidas pelos pais também, que também por uma
questão social, foram criados, em sua maioria, para serem fortes, uma figura
indestrutível, que deve representar o porto seguro dos filhos, o provedor, aquele
que educa de forma rígida, que deve ser o “frio” emocionalmente. Felizmente, os
padrões sociais, nesse assunto em especial, estão aos poucos, se modificando.
Mas ainda assim, muitos de nós sofremos com a “culpa” de alguma maneira e
ao aprendermos a entender e gerir nossas emoções poderemos entender que
elas são infundadas e que sofremos sem motivo real.

Prevenir traumas ou transtornos: como dissemos, temos nossas


responsabilidades, como pais e como filhos. Nossas ações influenciam
diretamente na relação e, mais ainda, no comportamento do outro. No caso dos
pais, que são totalmente responsáveis pela formação dos filhos em todos os
sentidos, ações impensadas e movidas por emoções podem causar problemas
para aquele ser humano que vai crescer e será o que aprendeu a ser com suas
experiências. Vivências que podem gerar crenças limitantes em relação a
alguma área da vida.

Por exemplo: quando os pais, sem pensar, brigam na frente dos filhos. A
cena, além de um tanto traumática para o filho, que não tem a visão clara dos
motivos de uma briga, pois não está envolvido diretamente nela, pode criar
crenças sobre relacionamentos, sobre como se comportar com um parceiro.
Pode sentir, de alguma forma, culpado pela briga dos pais, sentir medo. Todos
nós já tivemos esse tipo de experiência e cada um processa de uma forma. Pode
ser que seja simplesmente esquecido pelo filho, mas tem grandes chances de
causar transtornos e traumas. A gestão emocional, é capaz de equilibrar as
ações até o casal conseguir resolver suas dificuldades com boa comunicação,
no momento e lugar certo, sem que as crianças sejam envolvidas.

20
Melhorar convivência
Podemos ter nossas diferenças, mas já que temos que conviver (viver
junto), com outras pessoas da família. Alguns todos os dias, outros algumas
vezes por mês e outros ainda, apenas nas festas. Quantos de nós temos a
crença de que, quando está todo mundo junto, sempre tem uma confusão? E
muitas vezes é verdade. O quanto isso nos afeta?

A tendência é nos afastarmos desses momentos, evitando conviver com


as pessoas da família. Quando se trata de nossos pais, isso só é possível
quando deixamos de depender deles, até lá, estaremos todos juntos, seja qual
for a formação da família.

É difícil, pois algumas coisas do dia a dia nos irritam, outras nos tiram a
paciência, não conseguimos entender o comportamento dos nossos pais, filhos,
avós, tios e tias, tutores, e isso com o tempo nos isola. Queremos nos afastar de
tudo que nos causa emoções negativas e, quando conseguimos isso, temos a
falsa impressão de que resolvemos nossa situação, quando na verdade só
fugimos dela. E quando não conseguimos nos afastar, vêm as discussões, os
conflitos e a convivência fica ainda mais insuportável.

Imagine se pudesse identificar as emoções que sente, pudesse respirar


fundo e ver a situação de outra forma e então perceber que não é preciso reagir
com tanta intensidade. Como seria a convivência em família?

Deve estar imaginando que gerir emoções é aceitar tudo com


passividade, mas não é essa a questão e sim, ter bem-estar e equilíbrio.
Algumas vezes temos mesmo que reagir, vemos tantas situações extremas nos
dias de hoje, agressões, separações, tudo isso é muito ruim e sim, se estamos
numa situação como essas precisamos reagir. E até para isso precisamos estar
lúcidos e pensando direito, para tomarmos as decisões certas e não
simplesmente reagirmos baseados apenas na emoção.

Gerir emoções ajudam a conviver com aqueles que amamos.

21
Inspirar segurança e colocar limites
Inspirar confiança e colocar limites, é um conselho que vale para todos os
tipos de relações saudáveis, mas vamos manter nesse trabalho, o foco nas
relações entre pais e filhos.

Os pais são totalmente responsáveis por seus filhos como já falamos e


nos dias atuais, vemos muitos pais com grandes dificuldades na missão de
educar e desenvolver seus filhos. Falamos anteriormente sobre o sentimento de
culpa que pode incomodar os pais e as mães de muitas formas, e a
responsabilidade de fazer o melhor por um ser dependente de você é algo mais
complexo do que pode imaginar. Em processos de coaching para pais, o que
mais ouvimos é sobre a dificuldade de colocar limites. Filhos revoltados,
desobedientes, inconsequentes, “malcriados”. Os pais, com sentimento de
fracasso e impotência diante de tantas responsabilidades do dia a dia, tentando
viver um dia de cada vez e muitas vezes sem ver as consequências de suas
ações no futuro adulto que estão formando. Isso tudo realmente desequilibra
uma pessoa e suas reações podem não ser positivas, fora o mal-estar provocado
por conta de tantas emoções e sentimentos que vão se estabelecendo ao longo
dos anos.

A gestão emocional, traz para pais, ferramentas para lidar com situações
cotidianas e complexas. Mostrar ao filho que ele pode sempre contar com seus
tutores, que deve respeitá-los e respeitar regras e limites, é amor. Não é preciso
culpa ou impotência, é preciso equilíbrio. Não se desesperar, não se irritar em
demasia, agir da forma certa, para a coisa certa, no momento certo e na
intensidade certa. Esse é o benefício da gestão emocional.

Imagine a seguinte situação em que você busca seu filho na escola e a


professora que o acompanha até a porta lhe diz: “Precisamos que converse com
ele, está muito bagunceiro e briguento com as outras crianças”.

Você acaba de sair de um dia de trabalho, de uma rotina pesada que todos
nós temos e ainda tem que lidar com o mal comportamento do seu filho. Se nos

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deixarmos levar pelas ações das emoções, com certeza vamos tratar do assunto
de forma exagerada e, muitas vezes, desequilibrada, como por exemplo:

 Uns podem descontar na professora, dizendo que ela não


consegue controlar as crianças na sala.
 Outros vão gritar um sermão longo e de pouco valor para o
filho, dizendo de seu dia difícil, de tudo que faz por ele e que tudo que
gostaria é que ele entendesse e valorizasse isso.
 Ou ainda, pode simplesmente ignorar o fato, pois está
cansado (a) demais para essas “bobagens de crianças”

Mas será que essas formas vão inspirar confiança e colocar limites nos
seus filhos?

Com equilíbrio e discernimento emocional, temos como analisar a


situação, buscar os motivos, entender como nos sentimos em relação aquilo e,
só então, resolver com uma conversa equilibrada e adequada que vai realmente
promover as mudanças de comportamento que nossos filhos precisam.

Vamos aprender isso nos próximos módulos.

Influenciar positivamente na formação


Você já parou para pensar, que tipo de adulto gostaria que seu filho fosse.
Mas pensar com uma cabeça sem julgamento ou apegos, pensar em como ele
poderia ser quando você não estiver mais por perto. Já pensou?

Sabemos o quanto somos influenciados por nossos pais, por seus


exemplos e o mesmo acontece com nossos filhos. Você acha que é o adulto que
é, hoje, por influência de seus pais? Que influencias eram essas? O que você
carrega deles, com você, até hoje? São mais coisas positivas ou mais negativas?

Se nunca parou para pensar em como os seus pais lhe transformaram em


quem você é hoje, é provável que ainda não tenha pensado em como seu filho
será quando adulto, graças a você ou apesar de você. Mas isso é muito comum,
poucos de nós temos a sorte de um dia parar e pensar sobre isso e não existem
culpados, apenas a vida passando com tantas tarefas, problemas e rapidez tal,

23
que certas coisas passam despercebidas. Portanto, ainda bem que você é uma
das pessoas sortudas! Está aqui e agora realizando esse curso e tendo a grande
oportunidade que muitos de nós, talvez, jamais tenhamos.

Tenho certeza que tudo que um pai ou uma mãe deseja é sempre o
melhor para seu filho e, se possível, deixar um bom legado, algo que ele possa
usar para ser uma pessoa melhor, ter mais sucesso, ser mais feliz e se lembrar
com carinho que tudo isso é graças a você.

Pais emocionalmente equilibrados conseguem transmitir isso para os


filhos na forma como lidam com as coisas da vida, principalmente as negativas,
o quanto são capazes de se reerguer perante as dificuldades. Perceba que a
primeira mudança é em nós e isso vai diretamente influenciar nos adultos que
nossos filhos serão.

Lidar melhor com situações difíceis (fases da vida e suas particularidades)


Há quem goste de acreditar que estamos na vida para sermos felizes, eu
já prefiro entender que vivemos para aprender. Situações e problemas vão nos
assolar durante toda a nossa vida, desde as primeiras semanas de gestação até
o último suspiro de vida.

O que difere as pessoas é a forma como cada uma lida com a situação
adversa. Com equilíbrio emocional, somos capazes de analisar cada situação e,
então, agir de acordo.

Existem dois extremos diante de situações difíceis: as pessoas


“Pollyanna” e as pessoas “Hardy”. O ideal é sempre o equilíbrio.

Algumas pessoas usam de algo que parece muito com o otimismo, mas
quando está no extremo, é mais como uma fuga, preferir não ver, não enfrentar,
para não ter que tomar as próprias decisões ou evitar conflitos o tempo todo.
Minimizar, e quando possível, evitar conflitos desnecessários é ótimo, mas, em
alguns momentos, temos que nos posicionar, enfrentar e, algumas vezes, até
provocar alguns conflitos de forma adequada e se for para o bem maior.

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Quando a pessoa só consegue ver o lado ruim, entre tantas hipóteses
existentes, essa pessoa só consegue ver as hipóteses ruins, as maiores
desgraças mesmo em situações mais simples. Essa é a pessoa que vive
estressada, doente, brigando, reclamando. Quando na verdade, uma
determinada situação é muito simples e corriqueira.

O equilíbrio emocional é importante em todos os momentos, como dizem:


nem tanto ao céu, nem tanto a terra.

A adolescência é uma fase difícil, cheia de nuances emocionais


causadas por hormônios e emoções, tanto para os pais como para os filhos. A
preocupação com as mudanças e os perigos como amigos, as divergências de
opinião, conflitos, tentativas de impor limites e as recusas diante disso. Para lidar
com essas situações de forma efetiva é preciso uma grande capacidade e
habilidades de inteligência emocional para não chegar aos extremos.

Da mesma forma, nos tempos de velhice, onde os filhos têm que


enfrentar a realidade de que seus pais estão indo embora, ficam doentes,
perdem a sanidade, eventualmente. Quantas emoções e desesperos nos
acometem e até emoções como raiva, que acabam levando a reações
agressivas quando um pai ou uma mãe deixa de querer tomar os remédios, ou
parece que não quer melhorar.

Aumentar a paciência, melhorar a comunicação e apoiar


Com a pratica da gestão emocional nos tornamos mais pacientes e
compreensivos. Passamos a olhar para cada momento, pessoa e coisa de uma
forma mais analítica, sentindo e identificando as emoções para colocá-las em
ordem e calibrar nossas reações. Podemos dizer que nos tornamos pessoas
melhores para nós e também para os outros.

Ter paciência significa aceitar e desapegar. Tem coisas que não podemos
mudar, tem coisas que não dependem de nós, tem coisas que só nos resta
aceitar, e outras, desapegar. Isso é ter paciência

Uma comunicação melhor significa conseguir dizer o que precisa ser dito,
sem abalar relacionamentos, é como a regra para dar um feedback para alguém.
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É evitar o famoso “falei sem pensar”, que acontece nos momentos de intensa
emoção impensada, e aí está a vantagem da gestão emocional.

Saber dar apoio é mais do que ajudar, alguns de nós queremos tanto
ajudar quem amamos que, muitas vezes, acabamos na verdade atrapalhando.
Ter o desprendimento e o equilíbrio para entender que algumas pessoas
simplesmente não querem nossa ajuda nem sempre é fácil, mas podemos
sempre nos colocar à disposição para apoiar. Realmente aprendemos muito com
nossos erros, e impedir alguém de errar é impedir de aprender.

Gerir emoções no âmbito pessoal com os amores para:

 Controlar os medos: de ter relacionamentos, de não ter


relacionamentos, de perder, de sofrer e tantos outros
 Comunicações mais produtivas e enriquecedoras, que tenham
propósito
 Equilibrar relações e trocas: não amar demais e nem amar de
menos
 Aumentar a capacidade de empatia e ouvir o outro
 Resolver questões de posse e ciúme

Controlar os medos: de ter relacionamentos, de não ter relacionamentos,


de perder, de sofrer e tantos outros
A maioria de nós sente que quer ter alguém, além da família para
compartilhar a vida, mas nem sempre isso é fácil. Além da tarefa de encontrar
alguém, ainda temos que lidar com todas as nossas crenças.

Crenças que podem nos desequilibrar ao tentar encontrar e estabelecer


um relacionamento saudável. Muitas tentativas que deram errado, lembranças
do relacionamento dos pais e alguns medos incompreendidos. Existem pessoas
que, quando começam a se relacionar e percebem que o relacionamento está
se tornando “´sério”, ou seja, quando o envolvimento passa a ser mais intenso,
entram em pânico, e o interrompem o quanto antes.

26
Outras pessoas têm tanto medo de não manter um relacionamento que
se submetem a relacionamentos tóxicos, sem nem perceber e simplesmente
escolhem ser infelizes. Dizemos escolhem, pois sempre existe a chance de
mudar uma visão e um posicionamento se estivermos com as emoções
equilibradas e conscientes delas.

Temos ainda pessoas que estão em relacionamentos porque entendem


que é assim que tem que ser, tem medo de admitir que preferem ser
independentes de uma relação e viver sozinhos, o que não significa estar na
solidão. Preferem qualquer relacionamento do que nenhum, como para cumprir
“tabela”. O quanto isso é válido, como ficam as emoções? E a outra pessoa que
ocupa esse espaço? Ter emoções levadas para o racional, para equilibrar e
respeitar a si e ao outro, também é ter inteligência emocional e isso precisa ser
desenvolvido.

Comunicações mais produtivas e enriquecedoras, que tenham propósito


Apesar de a maioria de nós sabermos que a comunicação é fundamental
para o sucesso do relacionamento, quem disse que isso é fácil? Como comunicar
o que é preciso sem causar um conflito?

A forma como falamos em qualquer relação, é o que determina o resultado


da comunicação, ainda mais em relacionamentos amorosos, que são compostos
de dois seres humanos únicos com suas personalidades e valores, em alguns
casos, diferentes. Qual o tom, a forma e o momento de dizer algo? Uma coisa
podemos afirmar: nunca com as emoções em desequilíbrio. Reclamar o tempo
todo, ofender, agredir verbalmente o outro no calor das emoções, é de fato, a
receita perfeita para um relacionamento estressante e infeliz.

Comunicar o que se pensa e sente à pessoa que está ao seu lado, é


mesmo imprescindível, mas sempre com equilíbrio. Do contrário, o que deveria
servir de ferramenta para melhorar um relacionamento, enriquecer e aprimorar
a relação, acaba se tornando o grande mal do amor. Está aí, o motivo de
aprender gestão emocional em prol dos relacionamentos amorosos.

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Equilibrar relações e trocas: não amar demais e nem amar de menos
Qual a medida do amor? Quanto devemos nos dedicar? Abrir mão ou não
de algo em benefício do outro? Uns amam demais e se tornam pessoas
apegadas e outras amam de menos, achando que se protegem.

Um relacionamento saudável e valioso é quando os parceiros sabem


equilibrar o quanto se doam e o quanto exigem do outro.

Quando amamos demais nos tornamos pessoas apegadas e sempre com


sentimento de vazio e medo de perder, inseguras e normalmente ciumentas.
Algumas pessoas alcançam um estágio patológico de amor doentio. De fato, por
traz dessa intensidade de amor exagerada, existem desequilíbrios emocionais,
que precisam ser reconhecidos e trabalhados. As emoções ficam fora de
controle, causando reações incoerentes que resultam em desconfortos, términos
e mais sofrimento, pois reforçam os medos e as inseguranças, levando as
pessoas para um ciclo vicioso e muito difícil de sair.

E quando as pessoas amam de menos, o que isso significa? Temos a


impressão que o amor não está presente e, ao mesmo tempo, tentamos entender
porque tal pessoa mantém o relacionamento. Muitas questões podem estar
envolvidas nesse caso, incluindo as crenças e os medos, ou simplesmente, a
forma como cada um demonstra seu amor.

Aumentar a capacidade de empatia e ouvir o outro


Quanto você ouve seu parceiro ou parceira na essência?

Será que estamos prontos e disponíveis para ouvir, pensar, compreender


e aceitar como o outro se sente e age?

Tantos conflitos podem ser evitados quando nos esforçamos em entender


o outro, nos tornando disponíveis e receptivos a ouvir na essência, tendo o
equilíbrio para não julgar, para perceber o outro como ele é e aceitar.

Algumas vezes, nos irritamos com um jeito de ser ou agir do outro. Não
estamos dizendo que devemos gostar de tudo, mas compreender e aceitar o
outro como é, faz parte de um relacionamento saudável. Mas isso tudo depende

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de seu equilíbrio emocional para se colocar na posição de observador e não na
defensiva, apenas observar com a mente aberta e deixando de lado, por um
momento, suas próprias crenças e valores para entender como a outra pessoa
é.

Resolver questões de posse e ciúme


Quais emoções estão envolvidas nesse comportamento? Onde estão as
raízes? É possível gerenciar esse comportamento nocivo?

A notícia boa é que sim, é possível. Mas nada fácil.

Medo, raiva, tristeza e outras emoções podem estar enraizadas em


memórias emocionais de sofrimento, traição, problemas familiares, relação atual
ou anteriores, valores e comportamentos divergentes entre os parceiros.

Esse último é muito comum, quando um entende determinado


comportamento como normal e o outro entende como ameaçador à relação, o
que faz com que o ciúme se manifeste.

Há quem diga que um pouco de ciúme demonstra apreço pela relação e


amor pela pessoa, mas a partir do momento em que reagimos a isso de forma
incongruente, causando conflitos desnecessários, se torna algo que precisa ser
entendido e equilibrado, se o que se pretende é manter um relacionamento
amoroso que seja satisfatório e traga bem-estar.

AULA 03 – NO ÂMBITO INTERIOR?

Gerir emoções no âmbito interior para:


• Melhorar autoestima, autoconfiança, auto sabotagem e
ansiedades

• Lidar com decepções, tristezas, perdas, acontecimentos


negativos

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• Lidar com o que pensam de nós e o que pensamos sobre
nós mesmos

• Capacidade de fazer boas escolhas

• Equilibrar o racional e o emocional

• Assumir responsabilidade sobre nossa vida e bem-estar

Melhorar autoestima, autoconfiança, auto sabotagem e ansiedades


Esses estados emocionais são muito nocivos, independentemente do
nível em que se manifestam e são muito comuns. Apesar de acharmos que
só acontecem conosco, todos podemos entrar em um desses estados,
prejudicando nossa forma de reagir diante à vida, aos relacionamentos, ao
trabalho e até diante ao propósito de vida.

Quando nos sentimos deslocados, quando evitamos contato com


pessoas ou situações e desafios, temos sinais de que estamos em
desequilíbrio conosco. Os relacionamentos são prejudicados, nossos planos
perdem o sentido e há o risco de chegar a problemas mais sérios como
depressões e síndromes.

Passando pelo processo de gestão emocional, é possível reconhecer


os estados e, principalmente, os motivos dos desequilíbrios e resolvê-los.
Estar bem consigo é tão ou mais importante quanto estar bem com as outras
pessoas. Cuide de você primeiro, e então, o ambiente em que você vive
também será positivamente afetado.

Lidar com decepções, tristezas, perdas, acontecimentos negativos


Qualquer um de nós pode passar por momentos tristes, de perdas e
obstáculos e sermos afetados por emoções negativas, isso é perfeitamente
normal. A questão é, como lidamos com essas emoções para que não se
tornem paralisantes.

Instintivamente, quando somos assolados por sentimento de perda,


grandes problemas, tendemos a fugir ou a tentarmos ser fortes. É preciso
processar cada uma das emoções, transformar o que for possível em

30
aprendizado. Não vamos nos tornar zumbis sem emoção, mas assimilar,
entender e criar mecanismos que nos fortaleçam e façam com que
consigamos atravessar esses momentos com mais facilidade e menos
prejuízos emocionais futuros.

Lidar com o que pensam de nós e o que pensamos sobre nós mesmos
Nossa autoimagem está totalmente relacionada com a forma que
reagimos ao que pensam de nós. Algumas opiniões alheias interferem muito
em nosso equilíbrio emocional.

Normalmente, aquilo que nos incomoda em nós é exatamente o que


nos incomoda quando falam algo para nós. Uma sugestão pode soar como
uma ofensa ou um fator de conflito se o que for dito acerta exatamente em
nossos pontos fracos, aqueles que vemos em nós e ao invés de vermos como
algo motivador, para nos auxiliar a melhorar, nos deprimimos.

Em outras vezes, algo que pensam de nós nem é a realidade, mas o


que pensamos de nós distorce e transforma em algo incômodo. Gerir
emoções para aprender a nos ver como somos, o que temos de melhor,
encarar nossos pontos de melhoria como oportunidade e nos libertamos da
opinião alheia, traz a paz para nossas vidas, um bem-estar tremendo

Capacidade de fazer boas escolhas


Nunca teremos garantia de que uma decisão vai ser acertada todas as
vezes, mas isso piora quando tomamos decisões tomados de emoções
extremas ou em desequilíbrio. Faremos as melhores escolhas disponíveis,
mas com inteligência emocional elas serão com certeza, mais assertivas.

Tomar decisões nem sempre é fácil e cada um tem seu ponto de


conflito específico na hora de decidir coisas. Algumas pessoas têm
dificuldades de decidir quanto a relacionamentos, atitudes no trabalho, nos
cuidados com a saúde, das mais simples as mais complexas. Quando
sabemos como gerenciar nossas emoções, antes de escolher algo ou tomar
uma decisão, somos capazes de observar os pontos relevantes, o que
31
importa ou não, o que queremos ou não e o porquê, fazendo com que as
escolhas sejam mais consistentes e conscientes.

Assumir responsabilidade sobre nossa vida e bem-estar


A vida que você vive é responsabilidade sua. Tudo que acontece nela,
como você age, como você reage, é responsabilidade sua. Terceirizar o seu
bem-estar, é frustrante e provoca desequilíbrios.

Já vimos que não podemos mudar ou controlar as vidas alheias, mas


ao mesmo tempo nos esquecemos de assumir nossa total responsabilidade
sobre a nossa vida e bem-estar, saber o que queremos, como queremos e
como agiremos para tal é nossa responsabilidade.

Se você não está bem, procure conhecer a raiz desse mal-estar e


resolva, assuma o controle, as consequências. De nada adianta esperar o
momento certo para melhorar algo que nos faz mal. Não existe esse
“momento”, a hora certa é a hora em que está doendo, que está perturbando,
que está atrapalhando, é no “agora”.

Não é uma missão fácil, é preciso muito equilíbrio e autocontrole para


essas situações. Por exemplo, quando percebemos que uma pessoa que
gostamos muito está nos fazendo mal e não tem nada que possamos fazer
para que ela mude, quem tem que mudar somos nós, escolhendo se essa
pessoa fica ou não em nossa vida, se devemos ou não suportar mais tempo,
ou ignorar os fatos. E seja qual for nossa escolha, ela terá as consequências
apropriadas. As emoções podem controlar nossas vidas e de formas
negativas, inclusive, por isso, geri-las é tão importante.

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MÓDULO 03 - ASSUMA O QUE É SEU

AULA 01- O RESPONSÁVEL É VOCÊ

Nós somos responsáveis por nós e nossas emoções


Sabemos que as circunstâncias da vida nem sempre estão sob nosso
controle, mas a forma como reagimos a elas é totalmente nossa
responsabilidade. Não há quem culpar depois de uma reação da qual nos
arrependamos, depois, por mais que tentemos terceirizar essa responsabilidade,
isso não é possível. Portanto, assuma o comando e gerencie suas emoções.

As consequências serão somente suas se não fizer. Se algo sair do


controle ou der errado por conta de nossas reações desequilibradas vamos
prejudicar a nós mesmo e, muitas vezes, aos que amamos e estão a nossa volta.

Não adianta arrebentar a casa por estar desapontado com algo que seu
filho fez e, depois, tentar justificar que fez isso por conta do seu filho. O erro do
seu filho não perde a importância, mas a sua reação desmedida passa a ser o
foco do problema e não da solução.

Não somos responsáveis pelos outros


Quantas vezes ocupamos nosso tempo, nossas emoções, nossas noites
de sono pensando em como seria se um outro alguém pensasse, sentisse ou
fosse de outro modo. Mas não podemos controlar o que é do outro, não temos
poder sobre isso, por mais que isso nos afete, não podemos fazer nada a
respeito e desapegar é muito melhor, por mais difícil que pareça.

Se seu filho está num emprego ruim e você vê isso claramente, mas ele
não vê, não reage, não tenta procurar outra coisa melhor, por mais que isso lhe
doa, não é decisão sua, não vale a pena ficar se “pré-ocupando” com isso. Só
ele vai ver e perceber as coisas segundo as necessidades dele. Não significa
que não pode conversar com ele, tentar mostrar seu ponto de vista, mas sofrer
se por acaso ele decidir não te ouvir, só vai lhe fazer mal e não vai influenciá-lo
mais ou menos.

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Então, se disponha a ajudar no que precisar e desapegue. A mesma coisa
acontece quando tentamos ajudar pessoas que não pediram nossa ajuda, dar
opinião para quem não pediu opinião, não importa se temos certeza de algo. Por
estarmos de fora, termos uma percepção diferente, ao nos “metermos onde não
somos chamados”, somos vistos como intrusos e além de não ajudar, criaremos
uma imagem nossa desagradável à outra pessoa. O lema é: se disponha, mas,
afaste-se até que seja solicitado.

AULA 02- QUANDO AS COISAS FICAM DIFÍCEIS

Sempre temos escolhas


Quando algo dá errado, quando o caminho para o equilíbrio e a gestão
emocional, fica tortuoso, sempre temos escolhas.

 Aceitar o fracasso
 Levantar e seguir

E lembre-se, não existe certo ou errado. Nós tomamos a melhor decisão


que temos disponíveis, por isso, vamos considerar a duas para entendermos
melhor.

Como fracassar. Não tem erro


Às vezes não temos consciência de que estamos tendo atitudes e
comportamentos contrários ao sucesso, é preciso ter essa consciência, então
vamos entender melhor como fazer para fracassar.

Reclame muito
Que droga de dia! Como meu chefe é chato! Que cliente grosso! Que
chuva ruim! Que sol infernal!!! Blá blá blá!

Reclamar não é um comportamento que leva a lugar algum, é muito fácil


ser ranzinza e mal-humorado, difícil é ter atitudes e comportamentos produtivos.
Você não ganha nada em reclamar, só torna você uma pessoa inconveniente,
que não agrega nada.

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Seja coitadinho
Oh vida! Oh azar! Vejam como eu sofro. Todos as pessoas são grossas
comigo! Ninguém gosta de mim! Vai ver, não nasci para ser feliz...blá blá de
novo!

As pessoas não têm pena de nós por muito tempo. Elas enjoam dos
“coitadinhos” e os abandonam. Ficar se fazendo de vítima indefesa do mundo e
das pessoas, não vai ajudar você a vencer. É certeza que vai fracassar.

Culpe o outro
Dizer que a culpa é do cliente que não sabe nada, que o governo é o
responsável pela crise, que a empresa não dá isso ou aquilo, é fácil. E você?
Qual a sua parte? Está cumprindo?

Não vai ter sucesso enquanto tentar corrigir o que pode estar errado no
outro. Não temos influência no que é do outro, apenas no que é nosso. Faça a
sua parte o melhor possível, use os obstáculos para descobrir saídas inovadoras.
Ou com certeza vai fracassar.

Sabote-se
Você tem tudo que precisa para dar certo. No fundo sabe o que fazer para
ser mais feliz, conhece aquilo que te desequilibra, sabe de suas
responsabilidades. Não usar isso é auto sabotagem.

Desista
Mas se a meta é fracassar, nada melhor do que desistir. Desista de você,
dos seus sonhos, das suas necessidades. É isso que você quer? Parar de tentar
ser feliz, desistir de você? Pense nisso!

Para o alto e além, dos obstáculos


Você já ouviu falar de psicologia positiva? É uma vertente da psicologia
tradicional que tem um pouco mais de 10 anos, e o seu principal objetivo e
funcionar como uma prevenção aos males da mente e das emoções, como,
depressão, síndromes, ansiedade e, até mesmo, na prevenção de suicídios.

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Assim como existem exames e procedimentos para prever um problema
cardíaco (como fazer exercícios, ter uma alimentação saudável), a psicologia
positiva procurou estudar a parametrizar as emoções em desequilíbrio e criar
formas de prevenir que elas causem danos. Um dos focos das pesquisas era
compreender porque umas pessoas eram mais felizes que as outras, então
criaram a “Fórmula da Felicidade”.

A Fórmula da Felicidade
Parece estranho e meio improvável, mas a busca da felicidade e,
principalmente, da felicidade no trabalho é tão grande que cientistas resolveram
arrumar um lugar em suas agendas para pesquisar sobre mais esse “mistério” e
chegaram até a uma fórmula:

Segundo pesquisas, a felicidade é formada:

50% da nossa genética, mais 10% das circunstâncias da vida e 40% de


nossas atitudes. Vamos aos cálculos.

Temos 50% de chance de sermos felizes ou infelizes só por nascermos,


10% pode vir com os acontecimentos da vida (ganhar na loteria, casar, ter filhos,
arrumar um trabalho e por aí vai), mas 40% da nossa felicidade depende de
nossa atitude diante da vida e dos acontecimentos.

Se fura um pneu por exemplo, tem gente que simplesmente encosta o


carro, troca o pneu e nem expressa muita coisa. Outro desce do carro chutando,
xingando, troca o pneu que “nem o nariz” e sai acelerando com o carro, pronto:
estragou o dia dele e todos que cruzarem seu caminho. Será que um pneu furado
é para tanto?

E quanto às outras coisas como, nosso filho pedindo um pouquinho de


atenção, o passarinho cantando na janela, um bom sorvete no calor, pisar na
lama, ajudar alguém, aceitar a ajuda de alguém? O quanto ficamos felizes ou
infelizes por ter essas coisas?

Ter uma atitude para a felicidade significa sentir a coisa certa na


proporção certa, para a coisa certa, do jeito certo. Como fazer isso?

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Aí vão algumas dicas:

 Antes de dizer ou fazer qualquer coisa, pare e pense para ter a


certeza de que está certo. Certo de que não está prejudicando ninguém.
Certo de que é realmente preciso dizer ou fazer e, principalmente certo, de
que aguenta as consequências sejam quais forem;
 Não leve tão a sério: a si, aos outros e a vida. Gerenciar emoções
faz bem à saúde e aos relacionamentos;
 Diga não! Pelo menos de vez em quando, porque o mundo não
cabe no seu abraço;
 Feche sua boca e abra seus ouvidos. Você vai descobrir que a
verdade não te pertence e que as pessoas têm muito para te ensinar;
 Desapegue! Não amarre coisas, pessoas ou “bodes”. Tudo isso é
bagagem extra;
 Divirta-se com tudo! Descubra o que te diverte em casa, no
trabalho, na vida. Mas aproveite!

AULA 03- TUDO TEM UM PROPÓSITO

Podemos falar de grandes propósitos, mas nesse momento


precisamos entender quais são nossos motivos rotineiros para sermos e
agirmos como agimos e ainda mais, para saber o que queremos e como
faremos.

Refletir em cada momento, sobre qual o propósito do que fazemos,


nos faz enxergar os reais motivos de porquê devemos ou não fazer algo.

O famoso “o que eu ganho com isso”, e vale para qualquer propósito,


ele faz com que comecemos a nos movimentar.

Qual o seu propósito?


Existe um propósito para você estar de frente dessa tela de
computador, assistindo a esse curso nesse momento. Você sabe qual ou
quais os seus propósitos para isso?

37
O que, e em que momento você percebeu que, gerir e equilibrar as
emoções, era uma necessidade?

O que vai ganhar, melhorar e/ou mudar em sua vida, quando estiver
de posse das técnicas e as aplicando em todos os momentos de sua vida?

Responder essas questões é algo muito importante. As respostas são


os verdadeiros motivos e intenções que você tem para continuar.

Ouvimos muita gente reclamar o tempo todo de como as coisas estão


ruins, mas o que o elas estão realmente fazendo para que melhore ou, ao
menos, para que possam amenizar os efeitos negativos dos acontecimentos
da vida? Na grande maioria das vezes, só reclamam mesmo, como se isso
fosse resolver algo. Por isso, é preciso ter muito claro o seu propósito, aquilo
que vai transformar você de um agente passivo em sua vida, naquele que
comanda e cria sua própria realidade.

Sem um “porque”, não temos motivos para nos movimentarmos ou


para viver. Precisamos de um propósito para usar como foco e nos motivar.

MÓDULO 04 – INTELIGÊNCIA EMOCINAL

AULA 01- UMA BASE SOBRE O CÉREBRO

Há séculos atrás se dizia que as emoções moravam no fígado, com o


tempo passamos a utilizar o coração como símbolo para identificar de onde
vinham as emoções.

Mas afinal onde moram as emoções?

Atualmente, pesquisadores do cérebro (neurocientistas e


neurologistas), identificaram que existem em nosso cérebro circuitos distintos
e específicos relacionados às emoções. Já sabemos que elas não são uma
coisa totalmente desconectada do corpo físico, que são reais e provocam
reações e comportamentos reais.

38
Existem ações cerebrais relacionadas diretamente às emoções,
portanto, as emoções são geradas no seu cérebro, a partir de estímulos
internos ou externos. Portanto, assim como qualquer outra função do seu
corpo, elas são controladas pelo cérebro e, sendo ele a sua “cabine de
comando” para tudo, não seria diferente com suas emoções.

Claro, que existem funções autônomas exercidas pelo cérebro, ou


seja, aquelas que não precisamos pensar para realizar, pois o cérebro, como
qualquer máquina ultramoderna e potente, também possui um “piloto
automático”, que dá o comando quando o “piloto humano” não está presente
ou não está prestando atenção, e são nesses momentos que corremos o
risco de enfrentarmos uma “pane”.

Ações autônomas do cérebro estão ligadas aos instintos, que são


comportamentos pré-estabelecidos e que têm como principal função a
preservação da vida a qualquer custo. Para isso, precisam acontecer
rapidamente e sem permitir interferência cognitiva. Isso significa que eles não
nos dão tempo para pensar antes de fazer.

Conhecido como cérebro reptiliano, ele foi uma das primeiras


estruturas neurais estabelecidas em nossa evolução e é responsável pelas
sensações básicas, como fome, sono, entre outros, tudo que precisamos
para sobreviver minimamente nos mantermos vivos.

Durante nossa evolução, outras estruturas neurais foram se formando


em cima do cérebro reptiliano, criaram-se outras estruturas hoje conhecidas
como cérebro emocional, onde se encontra o sistema límbico. Esse sistema
tem como principal função a integração de informações captadas pelos cinco
sentidos com o estado psíquico interno, onde é atribuído um sentido afetivo
a esses estímulos; a informação é registrada e relacionada com as memórias
pré-existentes, o que leva à produção de uma resposta emocional relativa,
consciente ou não.

É neste lugar do cérebro que as emoções são sentidas e reações são


desencadeadas. É importante reforçar que tudo que sentimos através dos

39
cinco sentidos se conecta a informação pré-existente. Ou seja, a forma como
sentimos e reagimos as coisas, depende de como nós vivemos e quais foram
as nossas experiências anteriores. Reserve essa informação, ela será muito
importante mais adiante.

Ainda dentro do cérebro emocional nós encontramos uma parte muito


singular chamada de amígdala cerebral. Por acaso você já ouviu falar sobre
o sequestro da amígdala?

Imagine que a amígdala cerebral seja como um alarme de incêndio,


com sensores capazes de detectar fumaça ou algo parecido com isso.
Justamente por ser um alarme, ela tem que nos parar rapidamente, diante de
qualquer possibilidade de perigo que se aproxima; ela não tem tempo de
pensar, entender ou analisar a situação, para saber se realmente é uma
situação de perigo ou não. Quando ela dispara o alarme, aciona o sistema
conhecido como fuga ou luta. Não importa qual seja o perigo, ou se existe
mesmo um perigo, ela aciona funções em nosso corpo e dispara a produção
de adrenalina e outras enzimas e hormônios para ficarmos mais fortes para
lutar ou fugir.

A terceira e mais nova área do nosso cérebro, a última que se formou


acima do cérebro emocional, é conhecida como cérebro racional. É nele que
todas as operações cognitivas, de pensamento, aprendizagem, solução de
problemas, análise e observação racional se formam. É com o cérebro
racional que tomamos nossas decisões conscientes.

Agora é que está a questão, lembra-se da amígdala e da função que


ela tem? Pois bem, em muitos casos ela não sabe o que é um perigo real ou
não, se é algo que realmente pode nos causar mal físico ou colocar em risco
a nossa vida ou não.

Nós não vivemos mais na selva e não precisamos mais caçar, não
somos ameaçados por animais selvagens, claro que ainda existem perigos
em uma sociedade moderna, porém, nossa amígdala se aciona com qualquer
sensação de mal-estar e como ela não pensa e nem o nosso cérebro

40
emocional, nós simplesmente captamos o estímulo através dos nossos
sentidos e esses estímulos se conectam as nossas vivências anteriores,
provocando uma emoção que, se for negativa, vai acionar imediatamente a
amígdala, fazendo com que tenhamos uma reação imediata, um impulso, de
lutar ou fugir.

Agora imagine isso acontecendo em uma conversa com seu parceiro


ou ainda no trato com seus filhos ou colegas de trabalho, quanto isso pode
ser prejudicial para seus bons relacionamentos e para o seu bem-estar?

O problema é que, quando a amigdala entra em ação, ela impede o


restante do cérebro de funcionar, ou seja, ela “sequestra” o cérebro racional
para não podermos perder tempo pensando antes de agir, então agimos “sem
pensar” e nem sempre as ações são adequadas à situação.

A gestão emocional inclui ferramentas e formas para interromper esse


processo inconsciente e que, muitas vezes, causa estragos em nossas vidas.
Lembrando que toda emoção acontece quando estímulos externos ou
internos se ligam às experiências vividas.

Por exemplo, se alguma vez você sofreu com uma traição, o seu
cérebro usou essa experiência para aprender algumas coisas como: se a
pessoa não me responde rapidamente uma mensagem, significa que ela está
me traindo. Outro exemplo, se alguma vez você recebeu um feedback
inadequado por despreparo de um líder, o seu cérebro aprende coisas
também, como: quando um líder quer dar um feedback significa que ele quer
me agredir.

Esses aprendizados se conectam àquela emoção do momento e essa


informação é armazenada, portanto, sempre que alguém não te responder
imediatamente uma mensagem, você vai sentir aquela emoção da traição e
pode reagir de forma impensada, tirando conclusões que não
necessariamente estão certas ou fazem sentido, acabando por estragar um
relacionamento. Ou no caso do líder que deseja dar um feedback, mesmo
que ele seja positivo, seu cérebro vai ligar àquela memória e pode interpretar

41
um elogio como algo irônico, por exemplo, e você pode receber mal, podendo
reagir de forma inadequado ao feedback, prejudicando sua carreira.

Tenho certeza que, nesse momento, você se lembrou de algo do tipo,


seja nos relacionamentos amorosos, no seu trabalho, na sua família e com
você mesmo. Mas nada de pânico, vamos seguir nosso curso que tudo vai
ficar bem!

AULA 02 - INTELIGENTE EMOCIONALMENTE

Agora que já entendemos que as emoções estão no cérebro e que


existem estruturas neurais e processos neurais responsáveis por captar,
interpretar e reagir a estímulos de acordo com as emoções que esses
estímulos inspiram, podemos começar a pensar como a emoção sendo algo
que possa ser comandado ou gerenciado. Isso possibilita tomarmos o
comando do nosso cérebro, passando a reagir de forma consciente e
pensada, as nossas emoções, nos tornando assim inteligentes
emocionalmente.

O que significa ser inteligente nas emoções? É ter e agir com


inteligência emocional. Esse é um conceito que todos nós já ouvimos falar,
mas que nem todos nós sabemos exatamente o que é e, muito menos, como
colocar em prática. Especialistas em psicologia, cérebro e comportamento
humano, vêm estudando as emoções e suas relações há anos. Se você
pesquisar no Google hoje, Inteligência Emocional serão milhares de páginas
com textos, vídeos, pesquisas, trabalhos, uma gama quase infinita de
informações a respeito e, ainda sim, muitos de nós continuamos tendo vidas
difíceis com relacionamentos complicados, sentindo nos insatisfeitos,
frustrados, sofrendo de alguma coisa que envolve uma emoção e a reação
que temos em relação a ela.

Mas não importa se até hoje não sabia o que é inteligência emocional
e nem como utilizá-la em nosso benefício para nos desenvolvermos com
42
pessoa em todos os aspectos de nossa vida. O importante é que agora
tomamos essa decisão. O fato de você estar aí neste momento, lendo este
livro e participando de um curso que vai te ajudar a gerenciar as suas
emoções, já é, senão o mais importante, um dos mais importantes passos
que você está tomando em direção a uma vida muito mais plena e feliz.

Diferenças entre QI e QE
Agora vamos entender um pouco sobre o conceito da Inteligência
Emocional, caso você ainda não saiba. São muitas pesquisas e muitos
autores sobre o assunto e, entre tantos, o mais conhecido é o doutor
Goleman.

Daniel Goleman, define a inteligência emocional como a capacidade


de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos
motivarmos e de gerirmos bem as emoções dentro de nós e nos nossos
relacionamentos.

Mas em momento algum, ele nos diz que as emoções são ruins, ao
contrário, ser inteligente emocionalmente não é deixar de ter emoções, isso
seria terrível para a raça humana. Mas é preciso saber controlar as reações
desencadeadas pelas emoções, quando são inadequadas ou
desequilibradas, para que não sejamos prejudicados por elas, e sim
auxiliados.

Você já deve ter ouvido falar em QI (quociente de inteligência), mas


provavelmente ouviu menos sobre o QE (quociente emocional). Segundo
especialistas, apenas 20% do nosso sucesso na vida e na profissão são
responsabilidades do nosso QI. Tudo que sabemos, aprendemos,
raciocinamos, analisamos, todas as operações cognitivas do nosso cérebro.
Nosso nível de quociente de inteligência não muda ao longo da vida, a
capacidade de inteligência cognitiva é estável, podemos acrescentar
conhecimentos, mas não ficamos “mais inteligentes”. Já o QE, é responsável
por 80% dos fatores que formam o nosso sucesso profissional e pessoal, é a

43
nossa capacidade de agir com inteligência emocional e o importante é que
ela pode ser desenvolvida e aumentar durante a vida, ao desenvolvermos
habilidades específicas da inteligência emocional.

Habilidades de QE
Goleman e os demais pesquisadores identificaram cinco habilidades
que pessoas emocionalmente inteligentes possuem. São elas:

1. Autoconhecimento
2. Gerenciamentos de emoções
3. Motivação e automotivação
4. Empatia
5. Lidar com as sensações alheias - inteligência social

Autoconhecimento
A primeira habilidade que deve ser desenvolvida para ter uma
inteligência emocional adequada é autoconsciência, que é a capacidade de
dizer o que estamos sentindo em cada momento da vida, o que nem sempre
é fácil. Estamos sempre envolvidos com pensamentos do dia a dia e,
raramente, buscamos identificar nossas emoções. Normalmente, só nos
damos conta quando elas começam a provocar reações físicas. Elas
ultrapassam a nossa percepção e passamos a sentir fisicamente, como
quando nosso coração dispara, quando suamos frio, quando parece que
vemos tudo preto, entre outras.

Mas, mesmo antes que as emoções comecem a interferir com


reações físicas, estamos o tempo todo sentindo algo. Por isso é importante
desenvolver essa capacidade de perceber as emoções.

Também é importante ressaltar que autoconhecimento é a forma


como nos entendemos. Muitas linhas terapêuticas espiritualistas focam no
autoconhecimento como a base de toda a felicidade e sucesso.

44
Como parte de perceber as emoções, precisamos tomar consciência
dos nossos filtros e crenças que representam a forma como vemos o mundo
e as circunstâncias da vida. Cada um tem sua percepção de mundo, cada um
tem sua experiência individual em relação às coisas da vida e todas as
emoções estão diretamente ligadas a essas experiências, por isso, entender
quem somos e como nos tornamos assim, também é parte do
autoconhecimento

Gerenciamento de emoções
Estamos o tempo todo sentindo alguma emoção, algumas não temos nem
consciência, outras provocam ações que nos levam para caminhos agradáveis,
e outras nem tanto. Não é possível impedir as emoções de existirem, já vimos
que elas têm o seu propósito e necessitamos de cada uma delas. Gerenciar
emoções, não se trata de eliminá-las, mas sim de calibrar cada emoção à uma
situação e reação de forma mais adequada.

Gerenciar as emoções significa ter a reação certa, na hora certa, com o


alvo certo e na medida certa. Isso só é possível quando entendemos o que
sentimos e porque sentimos e então seremos capazes de avaliar uma reação
antes que ela ocorra. Bastam alguns segundos para identificarmos se uma
determinada reação será a mais adequada à situação ou não, se ela vai nos
proporcionar algo benéfico ou causar problemas em alguma área de nossa vida.

Esse é o alvo, saber lidar com as emoções a ponto de utilizá-las para o


seu bem maior, estando consciente delas, e não ser cegado por elas.

Motivação viva automotivação e resiliência


Primeiramente vamos entender a diferença entre motivação e
automotivação. Motivação são motivos para agir, coisas que fazem com que
nos movimentamos em direção a algo. Isso acontece através de estímulos
que, normalmente, nos levam a alguma recompensa e que podem ser
externos ou internos.

45
Por exemplo, quando nosso chefe diz que, se cumprimos uma
determinada tarefa receberemos um prêmio, neste caso o motivo para
agirmos em direção à realização desta tarefa é à premiação em dinheiro.

Outra situação é quando nosso parceiro ou parceira pede para que


melhoremos algo em nós para que o relacionamento funcione, essa também
é uma motivação externa.

Nos dois exemplos, recebemos uma recompensa que nos interessa,


para agirmos de uma determinada forma.

A questão com a motivação externa é que nem sempre ela representa


algo que queremos. Se no caso da motivação para cumprir a tarefa no
trabalho, o prêmio em dinheiro não for o que almejamos, mas sim, um
reconhecimento de nossas capacidades através de uma promoção, não nos
sentiremos motivados a realizar a tarefa sugerida. Então, a motivação externa
depende do que é oferecido e do nosso interesse em receber.

Já com a motivação interna ou automotivação, os motivos que nos


fazem agir são nossos, pessoais, são baseados em nosso propósito, em
nossos objetivos pessoais. E ela funciona muito melhor. Por isso, é
importante o autoconhecimento, só nós sabemos o que nos motiva, o que é
importante para nós.

E por fim, resiliência. Ao contrário do que se pensa, não significa


resistir as adversidades com o mínimo de danos, mas sim, a capacidade de
tentar novamente, tem a ver com o conceito de otimismo. Você pode escolher
se esconder quando algo der errado e pensar: tudo deu errado, não vale a
pena. Ou pode repensar o que deu errado, o que pode fazer diferente e
pensar: hora de começar de novo e de novo, de novo. Ser resiliente é resistir
a vontade de desistir.

46
Empatia
Estamos o tempo todo em contato com outras pessoas em diversos
níveis de relacionamentos, sejam eles profissionais, amorosos, familiares,
amizades ou simples convivência quando andamos pelas ruas. Somos parte
de um todo formado de milhares de seres, cada um com suas questões
pessoais, formas de pensar e agir. E não é possível ignorar a presença de
tantos seres, principalmente porque todos influenciam a todos de alguma
forma, direta ou indiretamente.

Ter empatia é algo inerente ao ser humano, porém, algumas pessoas


a têm em maior ou menor grau. Mas ela pode ser desenvolvida de forma
consciente. A empatia é a capacidade de identificarmos as emoções alheias,
entender porque uma determinada pessoa se comporta de uma determinada
forma mediante uma situação.

Mas porque pensar na emoção do outro quando o objetivo desse livro


é pensar e gerenciar as próprias emoções? Isso é facilmente explicado pela
nossa necessidade de estabelecer relacionamento. Ninguém vive sozinho,
mesmo se quisermos morar só e não ter conexões afetivas de nenhum grau,
estamos em contato com outros seres humanos o tempo todo, influenciando
e recebendo influência em nossas vidas e toda influência é importante para
nossa própria felicidade e plenitude na vida. Vamos ver alguns exemplos.

No trabalho, quando temos que conviver com pares, líderes e


subordinados, ser empático ajuda nos resultados. Se um par evita a
realização de uma tarefa, por exemplo, com certeza essa ação indica alguma
emoção que o paralisa. Quando conseguirmos desenvolver nossa empatia,
nesse caso, seremos capazes de diagnosticar que existe algo a ser
identificado e, ao conseguirmos identificar qual é a emoção, poderemos
entender a reação. Assim teremos a habilidade de lidar com isso. Se for uma
insegurança (medo), gerada por uma experiência anterior negativa, com a
tarefa em questão, podemos trabalhar diretamente nesse ponto, incentivando
esse par a arriscar, oferecendo suporte e tranquilizando que o trabalho é
importante e que, se precisar de ajuda, ele terá. Assim, você será o

47
responsável pelos bons resultados dessa pessoa que estão ligados aos seus,
seu relacionamento com esse par será de confiança e tranquilidade.

Outro exemplo é com um parceiro ou parceira, que se comporta com


ciúmes e controle. Se tivermos empatia, seremos capazes de identificar as
emoções por trás desse comportamento que podem vir de um trauma
anterior. Quando conseguimos ter empatia, somos capazes de lidar com esse
comportamento de forma mais pacífica, pois não levaremos para o lado
pessoal. Considerar que, na verdade, esse ciúme em questão não está
relacionado com nosso comportamento, mas sim com vivências anteriores
da pessoa com quem estamos nos relacionando, facilita nossa compreensão
e nos ajuda a tomar as melhores decisões de como lidar com a situação de
forma consciente e inteligente.

Ter empatia ajuda a nós mesmos a nos relacionarmos com o


ambiente, evitando reações exageradas por conta de uma interpretação
errada do outro. Ela é uma ferramenta poderosa para o sucesso em todos os
sentidos, tendo em vista que nosso sucesso, em grande parte, está ligado ao
modo como nos relacionamos.

Lidar com as emoções alheias


Perceber as emoções dos outros, mesmo que não seja dito ou
explicito, é algo que precisa ser praticado. Como saber como reagir a uma
situação ou pessoa sem entender os motivos ou o contexto emocional
correto? Saber interpretar e se colocar no lugar do outro, é uma das
habilidades mais complexas, porém, é algo inerente o ser humano. Somos
os únicos que temos um lugar no cérebro para realizar essa função, é o que
nos torna humano. Essa é a empatia. Mas lidar com as emoções alheias a
fim de gerenciar conflitos e estabelecer conexões com outas pessoas
depende de uma atitude consciente, um desejo real de fazê-lo.

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Podemos aprender a fazer isso e, com a prática, nos tornamos cada
vez melhores, mas o quanto desejamos fazer isso de forma consciente? Por
isso se trata de uma habilidade, precisa ser praticada por vontade própria.

AULA 03 – FERRAMENTA: A RODA DA I.E

A roda

Durante todo o curso falamos da importância de conhecer a si mesmo,


mas não basta saber coisa, muitas vezes é preciso admitir e aceitar coisa, isso
vai muito além de saber. É preciso agir sobre determinada situação, emoção e
comportamento.

Existem comportamentos difíceis de aceitar que praticamos. Muitas


vezes, é mais fácil reconhecê-los nos outros e quando é com a gente, preferimos
não ver ou fingir que não sabemos. Usando a analogia do quarto escuro com o
assassino, não adianta fingir que não sabe que o assassino está lá disposto a te
matar, não adianta não querer saber que ele está lá, ele quer te matar de

49
qualquer forma. O mesmo com nossas emoções menos “nobres” e com nossos
comportamentos autodestrutivos e auto sabotadores.

É preciso querer ver e reconhecer tudo que está em nós, tudo que nós
somos, e existem algumas maneiras para fazer isso. Vamos usar aqui a Roda
da Inteligência emocional, que é uma ferramenta que usamos para pensar e
observar a nós mesmos em relação às nossas emoções e comportamentos,
assim, traremos à tona e para o consciente como está o nosso nível de
inteligência emocional, analisando as habilidades e comportamentos.

Faça a sua roda, analisando com calma cada aspecto, é bem simples de
usar conforme vimos na aula. (Excel disponível no material extra).

Atitudes que desenvolvem a inteligência emocional


 Assumir o comando e a responsabilidade pela sua vida e o
que acontece com ela e não buscar quem são os "culpados"
 Aceitar que você sente tristeza e se dar permissão para
sentir e superar. Chore, não chorar é prejudicial.
 Conhecer a si, seus talentos e habilidades, seu limites e
pontos de melhoria
 Usar a raiva que possa sentir como energia propulsora para
superar coisas. Para agir é melhor a raiva do que a depressão.
 Reconhecer que tem medos e limites, para então utilizá-los
para encontrar novas soluções, mas nunca estagnar.
 Perdoe a si mesmo. Você errou e ainda vai errar muito, faz
parte de viver. Aprenda com seus erros e se aprimore.
 Ser grato e feliz por ter um papel no mundo e poder exercê-
lo da melhor maneira que estiver disponível.
 Expresse suas emoções positivas com palavras e atitudes.
Se sente, diga, demonstre, tire da cabeça o paradigma de que ser
emocional é sinal de fraqueza, ao contrário.

50
MÓDULO 05 – PROCESSO DE GESTÃO EMOCIONAL

AULA 01 – O PROCESSO – EMOÇÕES X REAÇÕES

Gerir emoções é um processo contínuo, sempre vamos precisar percorrer


todas as etapas desse processo para gerenciar situações indesejadas. É
importante perceber que estamos falando de comportamentos. As emoções são
úteis e funcionam como um direcionador para nos guiar e proteger, de forma
alguma a intenção é eliminá-las ou suprimi-las, mas sim entender de onde vêm
e por que, para calibrar os comportamentos e as reações que são
desencadeadas.
Se uma emoção determinada estiver em desequilíbrio, desalinhada,
baseada em experiências anteriores negativas, a reação e o comportamento
também estarão e podem prejudicar algum aspecto de nossas vidas. Então, o
foco no ato de gerenciar as emoções é, exatamente, calibrar comportamentos.
Como um processo contínuo, ele deve ser praticado com frequência e
constância, com o tempo transformando-se em um hábito.
Os hábitos possuem o mecanismo pelos quais são criados e
estabelecidos. Todo hábito tem um Loop, ou seja, uma sequência infinita que o
mantém em funcionamento. Assim deve ser o ato de gerir emoções, ele deve se
transformar em um hábito que passamos a fazer de forma inconsciente, sem
precisar pensar para acioná-lo. Criaremos o hábito de estarmos atentos aos
comportamentos nocivos, identificaremos qual a emoção responsável por este
comportamento e então, transformaremos esta emoção em algo diferente e mais
positivo.
Para entendermos como os hábitos se formam, precisamos entender o
loop do hábito, muito bem descrito no livro de Charles Duhigg, O poder do hábito.
Formado por deixa ou gatilho, rotina e recompensa, o hábito pode ser
desenvolvido de forma consciente. No caso da gestão de emoções, a deixa ou
gatilho pode ser uma situação, pessoa, coisa ou área de nossas vidas. A rotina
é o comportamento ou reação que sempre temos em relação a essa situação e
a recompensa ou consequência são os resultados desses comportamentos.
51
Se nos encontramos com alguém que gostamos, essa é a deixa; temos
vontade de abraçar, conversar, recepcionar bem a pessoa e outros
comportamentos ligados ao fato de gostarmos dessa pessoa. E a recompensa é
neste caso, obtermos a reciprocidade dá outra pessoa. Mas se nos encontramos
com alguém que não gostamos, o processo será o mesmo, a diferença está na
rotina ou no comportamento que temos em relação a isso e a consequência
provavelmente será negativa, pois, se não gostamos de alguém e não sabemos
gerenciar esta emoção, podemos nos comportar de forma desequilibrada ou
nociva e no mínimo obtemos o mesmo.
Em casos mais graves, como por exemplo, no momento em que
recebemos uma tarefa de um superior na empresa, pelo qual nutrimos um
sentimento de desprezo e, por rotina, discutimos, torcemos o nariz, falamos mal
dele pelas costas, entre tantos outros comportamentos desequilibrados, a
consequência pode ser muito séria. Você pode ganhar a implicância deste
superior que, se também não tiver habilidade de gerenciar suas emoções, com
certeza também agirá de forma descompensada com você, promovendo
perseguição, aborrecimentos e pode até mesmo demiti-lo na primeira
oportunidade que tiver. Neste caso a questão não é simplesmente ignorar o seu
desprezo por este superior, mas tentar entender de onde ele vem, como você
pode transformá-lo em outra emoção, gerando uma nova rotina ou
comportamento em relação a ele para obter melhor recompensa ou
consequência desses comportamentos.
Um esclarecimento importante:
Falaremos muito sobre aspectos positivos e negativos durante todo o
processo e, para entender isso melhor, é preciso um contexto. A raiva pode ser
muito positiva e a calma muito negativa, dependendo do contexto em que elas
surgem. Por exemplo, quando precisamos que as pessoas nos deem valor ou
quando queremos ser notados, provavelmente isso exigirá comportamentos
mais enérgicos e um pouco de raiva e coragem podem ser muito úteis. Ao
contrário, quando estamos sendo agredidos de alguma forma, nem sempre agir
da mesma forma resolve. Muitas vezes, precisamos nos comportar com
cordialidade para romper um ciclo de conflito. Portanto, quando ler as palavras

52
negativo e positivo, não as conecte respectivamente ao mal e ao bem, mas sim
ao resultado que precisa ser alterado, independente da emoção ligada a ele.
Neste módulo, vamos tomar ciência de como é o processo de Gestão de
Emoções passo a passo, com exercícios que, de início, parecerão complexos,
mas com a prática este processo se torna automático, como um hábito.

AULA 02 – ANALISAR CONSEQUÊNCIAS

Aqui começaremos o passo a passo de todo o processo de gestão


emocional. Como vimos antes, temos uma lógica a ser seguida e ela se baseia
tanto no processo de Daniel Goleman, como em processos de coaching e
Psicologia positiva. Durante as próximas aulas, vamos realizar todo o processo
utilizando experiências reais e pessoais, cada uma com sua individualidade para
que possamos entender e vivenciar o processo utilizando todas as ferramentas
e, principalmente o autoconhecimento e a auto-observação.

É importante entender que não existe uma pílula mágica que facilite as
coisas e que mude magicamente os nossos conflitos, nossas dificuldades,
frustrações e angústias. Exige sim, foco, concentração e trabalho. Mas também
como vimos antes, é algo que se tornará um hábito com a prática, transformando
as nossas vidas e nosso modo de ver e viver o mundo.

Neste modelo de gestão emocional vamos começar pelo fim, que são as
consequências e resultados que obtemos o nosso dia-a-dia, principalmente
aqueles que não nos agradam e que queremos transformar para algo mais
positivo. Como se diz, é a forma de buscar a raiz da coisa, começando pelos
sintomas dos frutos. São eles que nos alertam que há algo errado com a planta
e, a partir deles, podemos identificar o que está errado e, então, buscarmos a
cura. Nessa analogia os frutos são o estado em que ficamos após determinadas
situações, como por exemplo, ter desentendimentos constantes no trabalho,
magoar e se sentir magoado pelos outros, se sentir incompreendido, ter muita
ansiedade, não conseguir levar adiante, concluir planos de vida, sentir solidão,

53
entre outros tantos estados e consequências que vivenciamos em todas as áreas
de nossa vida.

Portanto, o primeiro passo é analisar as consequências, tomar


consciência dos resultados indesejáveis que queremos mudar.

Nessa e em todas as outras etapas do processo de gestão emocional, é


imprescindível que não julguemos, que sejamos honestos e, principalmente, que
tenhamos coragem de encarar que algo está errado e que sim, está em nosso
poder transmutar aquilo que nos pertence.

Todos os exercícios sugeridos nesta e nas próximas aulas podem ser


realizados da forma que mais lhe agradar, desde que os objetivos e resultados
não sejam modificados. Uma boa dica é criar um diário da gestão, que pode ser
um caderno físico, um documento de texto no computador ou, até mesmo, uma
planilha eletrônica. Faça da forma que achar que será mais confortável e mais
fácil de manter a rotina. Lembre-se, é um hábito, demora em média 21 dias para
ser criado desde que praticado com constância. Você terá as ferramentas que
precisa para gerenciar a sua emoção e, principalmente, modificar
comportamentos e transmutar os resultados. Mas isso é tudo até onde este
material pode influenciar, a partir daí tudo estará em suas mãos, é sua
responsabilidade de mudar a sua vida, de transformar o que não lhe agrada,
desde que esteja dentro de sua área de atuação. Só podemos mudar a nós
mesmos e é exatamente nisso que vamos trabalhar até mesmo em nossa forma
de lidar com os outros e melhorar os nossos resultados. Portanto, assuma agora
mesmo a sua responsabilidade pelo seu bem-estar, por sua vida e por sua
felicidade. Vamos conhecer o primeiro exercício ou a primeira etapa deste
processo.

Para analisar as consequências dos seus comportamentos ou situações


que tem vivido, a primeira coisa é escolher uma ou várias consequências, como
as descritas nos exemplos anteriores. Para analisar separe situações/resultados
que deseja modificar pelas áreas da vida.

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Para cada situação, dentro de cada área da sua vida, pense e responda
4 perguntas, sem julgar ou fingir que não vê ou sente algo importante. Reserve
um tempo razoável, no lugar tranquilo e que se sinta confortável para realizar
esse exercício, pois talvez entre em contato com emoções que sinta necessidade
de expressar e nada pode bloquear o seu raciocínio e sua autoanálise em
nenhum dos momentos do processo, pelo menos enquanto está aprendendo
como funciona. Depois, com o tempo, você fará o processo em questão de
segundos e de forma completamente autônoma, devido à prática e o hábito
adquirido.

Vejamos agora os detalhes do exercício.

Áreas da vida

No primeiro módulo, entendemos que, ao mesmo tempo em que nossa


vida é uma só, ela é dividida em diversos aspectos que estão totalmente
interligados e inter-relacionados. Isso justifica porque quando temos dificuldade
no trabalho é muito provável que nossas relações pessoais sejam afetadas. E
assim é com todos os outros aspectos de nossa vida. Mas neste momento,
vamos tratá-los em separado para ser mais didático e facilitar o aprendizado.

Relembrando, em nossa vida temos os aspectos profissional e de


carreira, relacionamentos amorosos, familiares e sociais e o aspecto interno, que
é como lidamos com nós mesmos. Escreva todos esses aspectos de forma
separada e, em seguida, pense e responda a primeira pergunta:

Quais consequências ou resultados ruins estou obtendo nesta área


da minha vida?

Você pode descrever quantas situações quiser, como por exemplo:

Relacionamento amoroso: ciúmes, impaciência, afastamento, e quantas


coisas mais entender que estão incomodando. Pode ser uma sensação, um
evento, qualquer coisa.

Determinada qual a consequência negativa deseja trabalhar, responda a


segunda pergunta: como isso me atinge? Aqui descreva com os maiores

55
detalhes possíveis sem se preocupar com a forma ou a lógica do que lhe vier à
cabeça. Podem ser frases, palavras, sentimentos, uma descrição completa de
suas sensações, onde a intenção é entender porque isso lhe incomoda.

A terceira pergunta é como isso atinge outras pessoas que são


importantes para mim? Um exemplo do relacionamento amoroso é, no caso de
o casal ter filhos, os desentendimentos poderem atingir diretamente as crianças.
Neste momento estamos buscando mais um fator que pode nos ajudar a ter força
e foco para mudar o que precisamos mudar nos próximos passos.

A quarta e última pergunta desta fase vai nos ajudar a vislumbrar o


horizonte positivo. O ganharemos quando esta situação cessar, ou quando o
resultado/consequência parar de acontecer. Pergunta: como e o que vai
melhorar quando eu conseguir melhorar isso?

Nessa pergunta é necessário um pouco de imaginação, de otimismo,


evitando julgamentos e preocupações com algo que possa parecer impossível a
princípio, já que, normalmente estamos tão acostumados com tais
consequências e resultados que nosso cérebro pode pensar que essa é a única
forma que as coisas devem ser. Podemos falar que é preciso fé, pode até ser,
no sentido religioso, se isso lhe agradar, mas principalmente no sentido literal da
palavra que é crer mesmo antes de acontecer, mesmo sem podermos ver ainda.

Por isso, foi importante entendermos um pouco de como o cérebro


funciona, porque não se trata de nenhum mistério do universo, mas sim de
funções e capacidades naturais do nosso cérebro, sabendo que ele é uma
máquina e que estamos no comando. Nós damos a ordem do que ele deve
pensar. Escolher os pensamentos que ficam e os que precisamos ignorar é uma
ação extremamente importante neste momento, pois você deve decidir ver as
melhoras que sua vida terá quando conseguir interromper o processo dos
resultados negativos da questão que está sendo trabalhada.

Para todas as situações, resultados, ou consequências que serão alvo do


nosso trabalho e que lhe incomodam.

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Voltando ao Loop do hábito essa etapa equivale a recompensa ou, o
nosso caso, as consequências.

AULA 03 – IDENTIFICAR COMPORTAMENTOS

Analisamos os resultados que temos obtido em nossas diversas áreas da


vida e agora é o momento de identificar que comportamentos nossos podem
estar causando ou contribuindo para essas consequências. Precisamos saber
onde poderemos atuar. Nada podemos fazer quanto ao comportamento dos
outros, mas Gandhi dizia “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Isso é
totalmente verdadeiro por alguns motivos, primeiro porque só podemos interferir
naquilo que nos pertence, segundo porque com as mudanças e melhorias que
formos capazes de realizar em nós mesmos, influenciaremos todo o meio em
que estamos inseridos.

Se identificou que sente solidão, que os amigos não procuram você,


pense qual comportamento seu pode estar contribuindo para isso. Será que você
se coloca disponível para que eles lhe procurem? E você, procura por seus
amigos? O que você pode estar fazendo, falando ou demonstrando que possa
estar afastando seus amigos?

É provável que neste momento surja um pensamento do tipo “porque eu


sou o responsável por meus amigos não me procurarem? ”. Isso é natural,
praticamente automático, segundo o que estamos acostumados a viver. A
questão é que você deve se concentrar no que você faz. Mesmo que seja difícil
no início, é necessário perceber e, principalmente, aceitar que sempre temos
nossa parcela de responsabilidade em tudo que nos acontece e é nessa parcela
que podemos trabalhar.

Para realizar essa próxima fase do processo de gestão emocional, vamos


utilizar o que conseguimos com a tarefa da fase anterior. Todas as
consequências/resultados que analisamos e apuramos serão a base para esse
novo passo.

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Para cada consequência identificada, você fara uma nova análise, mais
profunda, para buscar em você o comportamento que a provocou ou contribuiu
para que ela acontecesse. Faça a seguinte pergunta a si mesmo: O que eu
posso ter feito, dito ou expressado que provocou ou contribuiu tal
situação?

Novamente, mantenha sua mente livre de julgamento, só você saberá a


resposta, não existe certo ou errado. O que existe é o que somos e como
podemos melhorar o que não nos agrada. Portanto, foque na solução.

Usando mais uma vez o comparativo com o loop do hábito, esse é o


momento onde identificamos a rotina, aquilo que se repete e causa a
recompensa.

AULA 04 – ENTENDER EMOÇÕES X NECESSIDADES X


COMPORTAMENTO

De consciência dos comportamentos que deflagram os resultados, chega


a hora de identificar os gatilhos ou, como no loop do hábito, a deixa, aquilo que
dispara a ação. Se nos recordarmos dos módulos iniciais, emoção é o que nos
coloca em ação, mas a emoção funciona como um conector à alguma
necessidade humana importante. Quando uma necessidade não é atendida,
uma emoção negativa é ativada e, então, um comportamento que a representa,
dando sequência a um determinado resultado ou consequência igualmente
negativa. Nesta etapa, vamos começar do macro para o micro, ou seja, pela
emoção básica e vamos aprofundando até encontrar qual necessidade está
ativando essa emoção e toda a sequência de eventos.

O psicólogo humanista Maslow, elencou as necessidades humanas em


seis categorias básicas:

Segurança: sentir que estamos seguros não só fisicamente, mas também


material, moral e emocionalmente.

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Estímulo: receber estímulos que podem ser físicos, como um toque, uma
refeição preferida, um contato físico. Estímulos mentais como um livro, ter ideias,
obter conhecimentos novos.

Afetivas/sociais: necessidade de interagir com outros seres humanos em


diversos níveis, necessidade de amar e ser amado, ter amizades e sentir que faz
parte de algo.

Estima/reconhecimento: é importante nos sentirmos valorizados e


competentes e perceber que os demais percebem nosso valor e nos têm em
consideração.

Autonomia: sermos capazes de tomar decisões por e para nós mesmos,


que existe alguma liberdade de escolher segundo nossas necessidades.

Sentido/coerência: a vida precisa ter coerência e sentido para que nos


sintamos desgovernados ou vivendo algo que parece ser a vida de outra pessoa.
Isso está diretamente ligado aos nossos valores. Todos precisamos sentir que
viver faz sentido e vale a pena seguir.

É aqui que conquistamos a luz e as “armas” necessárias para nos


defendermos do assassino no quarto escuro. Entender porque sentimos o que
sentimos.

Seguindo a sequência do processo de gestão emocional, vamos nos


aprofundar agora em nossas emoções, a partir dos comportamentos
possivelmente nocivos que identificamos. Vamos conectá-los a uma emoção
básica e, então, aprofundar até entender o que realmente sentimos e o porquê,
através de uma “conversa interna”, elegendo qual a necessidade básica pode
estar sendo prejudicada.

Imagine que dentro de você existam duas pessoas que vão conversar,
uma respondendo e outra argumentando a resposta. Muitas pessoas têm essas
conversas internas naturalmente e o tempo topo, mas se esse não for o seu
caso, faça um esforço, esse é um exercício muito interessante e pode lhe
surpreender.

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Exemplo de uma conversa interna:

Comportamento: se recusar sempre a falar em público.

Pense e sinta, qual emoção básica está ligada a esse comportamento.


Vamos dizer que seja medo, agora deve continuar e tentar detalhar melhor
perguntando-se: medo de que?

Talvez seja medo de errar, então pergunte-se novamente, o que vou sentir
se eu errar?

Vergonha? Muito bem, vergonha de que? (Aqui pode ser que retorne ao
medo, respondendo vergonha de errar, mas deve tentar ser mais específico,
porque teria vergonha de errar? O que tem de vergonhoso em errar?).

É provável que nesse exemplo, as necessidades atingidas seriam


Segurança, Afetivas/sociais e Estima/reconhecimento.

Ótimo! Agora já sabe o que precisa.

Seguindo o exemplo, seriam necessárias ações para aumentar a


satisfação das necessidades.

Para segurança, maior preparo antes de falar em público. Para as


necessidades afetivas e sociais, pedir conselhos para pessoas de confiança de
como ser um bom orador e ainda para a estima e reconhecimento, solicitar
feedback para pessoas e saber como se saiu.

Vamos recapitular o que estamos fazendo até aqui.

Existe algo, em um ou mais aspectos de sua vida, que não está lhe
agradando e que gostaria de mudar, pois está te prejudicando não só nessa área
em específico, mas nas demais. Então, primeiro você toma consciência de
consequências ou resultados que vem obtendo, em seguida identifica quais os
possíveis comportamentos que vem repetindo e que contribuem com esses
resultados. Se questiona por que se comporta dessa forma, buscando qual
emoção provoca esse comportamento, e então, encontra a necessidade que
precisa ser atendida.

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É uma sequência de fatos que acabam por resultar em emoções
inconscientes, comportamentos automáticos e, algumas vezes, instintivos, que
podem nos causar dificuldades ao longo de nossas vidas. E só identificando e
trazendo ao consciente cada detalhe desse processo é que poderemos
gerenciar e transformar emoções, que transformarão comportamentos e, por
consequência, os resultados obtidos.

Mais uma vez, a importância da gestão emocional, do conhecimento


sobre como elas se processam em nossos cérebros e interferem em nossas
vidas.

AULA 05 – GERENCIAR E TRANSFORMAR

Tudo que fizemos até agora foi para entendermos porque estamos
obtendo um determinado resultado em uma determinada questão em nossas
vidas. Como vimos no início desse módulo, o processo de gestão emocional
serve para transformarmos os comportamentos que são provocados pelas
emoções e que trazem consequências que, nem sempre, são boas para nós.
Pode parecer que algo não faz sentido. Se estamos querendo mudar um
comportamento porque estamos falando de gestão das emoções?

As emoções são a deixa, o gatilho que dispara um comportamento e,


normalmente, ela simplesmente acontece, é parte de nossos instintos e não
adianta simplesmente pensar em deixar de sentir raiva que ela vai embora. Não
é algo matemático, até porque as emoções se formam no cérebro emocional,
não passam por nosso cérebro racional e ele não consegue processá-las. Já os
nossos comportamentos sim. O problema é que não estamos conscientes na
maioria do tempo sobre nossos comportamentos, pelo menos, não até que
tomamos a decisão de prestar atenção neles e assumirmos o controle.

Ao estarmos atentos aos nossos comportamentos nocivos e em que


situações eles são disparados, e ainda, ao sabermos que existem emoções e
necessidades humanas, teremos maior capacidade de modificar esses
comportamentos. Quando começamos a transformar um comportamento nocivo

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em algo mais útil, as emoções que estavam ligadas ao comportamento anterior
também serão substituídas por outras emoções que estarão mais alinhadas ao
novo comportamento e que, normalmente, são mais positivas.

Para modificar um comportamento precisamos:

Consciência: já estamos conscientes dos comportamentos que são a


causa do que queremos mudar. É importante aceitar que temos uma participação
nos resultados que obtemos na vida. Ter consciência de um comportamento é
saber o que acontece, quando, acontece e porquê.

Exemplo: eu me irrito quando não me entendem e acabo gritando, então


as pessoas brigam comigo e não consigo recuperar a atenção porque perco a
razão.

Aqui temos o “o que” – eu grito, temos o “quando” – não me entendem e


o “porque” – eu me irrito. O resultado a ser alterado é o de conquistar a atenção
das pessoas e tentar me expressão sem gritar para não causar mais conflitos.

Recompensa: Aqui precisamos encontrar uma recompensa para o novo


comportamento, o que ganhamos quando começarmos a nos comportar de
forma diferente. No exemplo que damos a recompensar pode ser não brigar e
ficar em harmonia com as pessoas e, então, ser ouvido e poder dar minhas
opiniões. A recompensa é importante, entender que teremos vantagens em
mudar um comportamento ajuda a nos motivar e modificar nosso estado
emocional de negativo para positivo, pois algo que consideramos bom vai
acontecer.

As recompensas dependem do que gostamos e queremos, por isso o


autoconhecimento é importante e tem que ser bom para nós diretamente, não
basta causar bem-estar por agradar o outro, isso pode fazer parte, mas não deve
ser o foco. Então a recompensa não pode ser deixar o outro feliz apenas, pode
até ser parte da recompensa, mas como você se sentirá? Qual a vantagem para
você mudar o comportamento?

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Rotina: a rotina é o novo comportamento em si, que deve ser criado de
forma consciente e baseado no comportamento que queremos alterar. Segundo
o exemplo que demos, se você grita ao tentar se explicar e perde a razão, isso
está lhe causando um resultado indesejado. Por isso, quando novamente estiver
na situação de expor uma opinião e que pode ter que encarar a rejeição de sua
ideia, o novo comportamento seria argumentar de forma consistente, sem gritar.

O que muda nesse comportamento é o fato de você gritar e perder o


controle durante um debate de ideias.

Existe uma curva de aprendizado para tudo que é novo, que chamamos
de fases do aprendizado.

A primeira fase é aquela em que não existe a consciência de que algo


novo precisa ser aprendido. Ainda não sabemos que algo é desconhecido
porque nunca nos foi solicitado. Se alguém lhe perguntar se você é fluente em
alemão, ou outra língua hoje e você não for, e essa habilidade não tiver a menor
relevância em sua vida, significa que até aquele momento você não sabia que
não sabia alemão. Neste caso você tem um INCOMPETÊNCIA
INCOSNCIENTE. A palavra incompetência vem do sentido de não ter a
competência referida.

Se por ventura, você receber uma proposta de trabalho irrecusável, com


ótimo salario, excelentes benefícios, muitas vantagens e ainda ter a
oportunidade de trabalhar no que sempre quis, é provável que você queira
aceitar imediatamente, mas existe apenas uma exigência, que seu alemão seja
fluente. É aqui que a segunda fase do aprendizado acontece, é a fase da
INCOMPETÊNCIA CONSCIENTE, agora você sabe que não sabe alemão e que
necessita saber. O aprendizado ganha uma relevância, um motivo. Só então o
aprendizado se inicia, a partir do momento em que você entende que falta uma
competência para você e, então, busca adquiri-la.

A terceira fase do aprendizado é a COMPETÊNCIA CONSCIENTE, aqui


você já começou as aulas de alemão, já formula algumas frases, mas ainda
precisa pensar em português e traduzir mentalmente para então expressar de

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forma escrita ou falada. Você já tem a competência de falar alemão, mas ainda
precisa pensar para isso. Ainda é um processo totalmente consciente, você está
prestando toda a atenção para realizar essa tarefa.

Com a prática constante e consistente do novo idioma, você começa a


falar mais naturalmente, mais rápido, e sem precisar parar para pensar e traduzir
cada termo. Você começa a falar alemão mais naturalmente, quando alguém lhe
faz uma pergunta, prontamente você responde sem dificuldades. Ou seja, agora
você tem uma COMPETÊNCIA INCONSCIENTE.

Prática: como vimos, é preciso que seja constante e consistente a prática


do novo comportamento que se deseja estabelecer. No início você deverá estar
muito alerta, prestando atenção se a situação que costuma levar você ao
comportamento indesejado está para acontecer novamente e, então, ficar de
prontidão para inserir o comportamento novo. Pode ser que nessa primeira fase
você esqueça, se deixe levar pelo impulso já estabelecido, mas não desista. A
prática do novo comportamento vai estabelecê-lo, até que ele seja uma
COMPETÊNCIA CONSCIENTE.

Lembre-se, essa mudança depende totalmente de você. Por isso,


trabalhamos tanto até aqui, para que você tomasse consciência e desejasse
mudar algo que lhe incomoda, para que nesse momento você tenha iniciativa,
coragem e se esforce por vontade própria e para obter sucesso, realizando a sua
tarefa de mudar comportamentos.

Validação: toda vitória deve ser celebrada, não importa o tamanho. Cada
pequeno passo em direção à sua felicidade e bem-estar deve ser valorizado.
Primeiramente, por você mesmo, registre, comemore, conte para alguém que
você queira, o importante é dar valor e destacar cada conquista.

Para isso é importante que você encontre uma forma de validar suas
ações e mensurar seus resultados. Primeiro, por você mesmo, com auto-
observação, analise de seu estado emocional e possíveis resultados que esteja
obtendo. Num segundo momento, pergunte para as pessoas se elas têm notado
alguma diferença em você, e se, por acaso, alguma ainda emitir alguma crítica,

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acolha, pondere e, se fizer sentido, prossiga melhorando nos pontos destacados
por essa pessoa. Se não fizer sentido, apenas ignore. Neste momento você
precisa de reforço positivo para suas ações, elementos que estimulem você a
prosseguir no seu processo de gestão emocional.

Auto avaliação

Faça registros escritos ou em áudio, como preferir, sempre que tiver a


oportunidade de aplicar os novos comportamentos, avaliando da seguinte forma:

 Consegui aplicar um novo comportamento?


 O que foi mais difícil?
 Se não consegui, o que me impediu?
 O que posso fazer diferente para conseguir da próxima vez?

Tem um filme muito interessante que exemplifica isso, o nome do filme é


“No limite do amanhã”, protagonizado por Tom Cruise. A personagem morre em
um determinado dia e, simplesmente, acorda no início do mesmo dia, voltando
no tempo e tendo a oportunidade de alterar algo para evitar os resultados
catastróficos. Tudo se repete várias vezes e, em todas elas, ele repensa cada
acontecimento, comportamento, situação e modifica algo na esperança que dê
certo. É uma boa dica para que você assista e entenda melhor.

E AGORA? É ISSO?

Chegamos ao fim do nosso curso, mas antes de partir, precisamos deixar


algo muito claro. Gestão emocional é um processo contínuo, quando uma
situação for vencida, outras podem surgir. Mas agora você está em vantagem
comparado à maioria das pessoas. Você tem consciência de como as coisas
acontecem, como os problemas e dificuldades surgem, qual sua contribuição
para esses resultados e, principalmente, agora você está munido das
ferramentas necessárias para transformar e até eliminar os resultados
indesejados.

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A única ferramenta que esse curso não pode lhe oferecer é sua decisão.
Ninguém obriga ninguém a nada, por isso, é importante que você decida ser feliz,
decida ter sucesso em todos os aspectos de sua vida e, então, decida assumir
o controle usando o conhecimento que você possui.

Conhecimento é poder, use seu poder e seja mais e mais feliz.

Referências bibliográficas

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Editora Objetiva.1995,

DUHIG, Charles. O Poder do Hábito. Editora Objetiva. 2012,

CHUNG, Tom. Qualidade Começa em Mim, Editora Novo Século. 2002,

BAR-ON, Reuven, PARKER, James. Manual de Inteligência Emocional.


Editora Artmed.2000,

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