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Mestrado Profissional em Produção

Jornalística e Mercado (MPPJM)

Disciplina: Algoritmos e Conteúdos para Redes Sociais-1


Professor Doutor Flavio M. Azevedo
Aluna: Eliane Dal Colleto
● Descrição do trabalho #3
Escolha uma determinada notícia de caráter duvidoso, e que tenha circulado
em redes sociais ou em algum site, seja nacional ou internacional. Em seguida,
utilizando a referência a seguir, procure comprovar por meio de fatos que a notícia
escolhida se trata ou não de uma Fake News, elaborando um texto com a análise e
considerações. https://cartilha.cert.br/fasciculos/boatos/fasciculo-boatos.pdf

● Objeto de análise
O objeto de análise é uma notícia veiculada pela Folha Política, Jornal Livre,
Eu Cósmico, Blastinews, Correio do Poder e Ilispe, compartilhada em redes sociais e
whatsapp, sobre o fracasso de um showmício em defesa de Lula em julho de 2017,
realizado em Fortaleza, CE. Numa busca pelo Google é possível identificar, por meio
de palavras-chave como ‘showmício, Lula, Fortaleza, apoio, fracasso’, algumas das
mídias citadas acima.
Resultado de busca no Google sobre o tema

Dentre as postagens encontradas, o vídeo produzido pelo Correio do Poder


poderia ser o elemento comprobatório do fracasso do showmício, ou seja, a
veracidade da notícia. Porém, o mesmo não oferece elementos que comprovem o
ocorrido, se analisado à luz de algumas das seguintes características constantes da
Cartilha da NicBr, capítulo sobre Boatos (como identificá-los). A saber:

Os boatos apresentam características em comum entre eles que podem servir


como indícios e ajudar a identificá-los. Geralmente um boato:
1. afirma não ser um boato;
2. *possui título bombástico, resumido e com destaques em maiúsculo;
3. possui tom alarmista e usa palavras como “Cuidado” e “Atenção”;
4. *omite a data e/ou o local;
5. não possui fonte ou cita fontes desconhecidas;
6. *não apresenta evidências e nem embasamento dos fatos noticiados;
7. *apresenta um fato exclusivo, ainda não encontrado em outros locais;
8. mostra dados superlativos (“o maior”, “o melhor”);
9. *explora assuntos que estão repercutindo no momento;
10. usa URL e identidade visual similares às de sites conhecidos;
11. apresenta erros gramaticais e de ortografia;
12. *usa imagens adulteradas ou fora de contexto;
13. sugere consequências trágicas, se determinada tarefa não for realizada;
14. promete ganhos financeiros mediante a realização de alguma ação;
15. pede para ser repassado para um grande número de pessoas;
16. possui grande quantidade de curtidas e compartilhamentos;
17. *vem de um perfil ou site já conhecido por divulgar boatos.
Relação de características de uma fakenews, segundo cartilha NicBr.
O vídeo do Correio do Poder encontra-se no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?list=PLnJLdL-he_KieHWBcfIn8hR-6Cura5YTz&v=bpSIt4xw0vI

Ao analisar o vídeo, cujo título é “Vexame de ‘showmício’ de apoio a Lula que esperava
milhares de pessoas se espalha pela web (*2), veja vídeo” percebe-se que ele não cita o
nome do local onde a filmagem é realizada (*4). Nota-se também que não é possível
identificar bandeiras do PT no local, apenas bandeiras vermelhas (*6). Tampouco pode-se ler
os enunciados das placas do palco ou dos arredores, ou ouvir as mensagens vindas do palco
que aparece no vídeo (*6). O evento citado não teve repercussão em veículos da grande
imprensa (*7), porém traz um assunto de grande repercussão no momento histórico que
teoricamente ocorreu (*9).
Além desses indícios citados acima, a checagem dessa notícia se deu com a consulta ao site
do PT, onde há uma agenda oficial atualizada. Nessa agenda, os eventos divulgados dividem-
se em: a) realizados pelo PT e b) realizados por outras entidades que dialogam com a linha
de pensamento e com as pautas do PT.
A pesquisa identificou os seguintes eventos no mês de julho de 2017, conforme prints abaixo:
a) Dia 13 de julho: ato em solidariedade a Lula, na sede da CUT;
b) Dia 16 de julho: ato pelas Diretas Já, no Parque do Cocó, não relacionado a algum
tipo de apoio a Lula, nem relacionado diretamente com o PT;
a) Dia 20 de julho de 2017: ato em apoio a Lula na Praça da Bandeira, Fortaleza.
Com base nas imagens de divulgação da agenda, acima, nota-se que os eventos que
remetem ao apoio a Lula são os dos dias 13 e 20 de julho, respectivamente realizados na
sede da CUT, no centro da cidade, e na Praça da Bandeira. O ato na sede da CUT foi evento
em lugar fechado, não ao ar livre. Logo, o vídeo citado anteriormente não se refere a esse
ato (*12).
Já o ato do dia 20 de julho, na Praça da Bandeira, também não confirma as imagens
divulgadas no vídeo, como comprova as imagens do Google Maps a seguir:

As imagens do vídeo mostram uma área verde ao redor do showmício, enquanto a


imagem da Praça da Bandeira demonstra que a mesma encontra-se no centro da cidade,
cercada de ruas e construções. Além do mais, não há uma arquibancada, como aparece no
vídeo.

Numa busca pelas áreas destinadas a shows em Fortaleza, depara-se com o Parque
do Cocó, nos arredores de Fortaleza, onde há vegetação ao redor, bem como a arquibancada
que aparece no vídeo. A foto a seguir ilustra as características citadas:
O único evento constante no site do PT relativo ao Parque do Cocó no mês de julho de
2017 é o citado na agenda, como sendo um ato suprapartidário (sem assinatura de qualquer
partido) relativo à defesa das Diretas Já. Tampouco o evento se intitula como ‘showmício’.
Comprova-se, com isso, que o vídeo, bem como as notícias divulgadas pelos sites Folha
Política, Jornal Livre, Eu Cósmico, Blastinews, Correio do Poder e Ilispe trata-se de uma
fakenews, como tem sido comum encontrar nesses veículos citados. Afirmo ser recorrente o
uso de fakenews por esses sites porque para além de minha atividade como mestranda e
profissional de Marketing e Comunicação, sou filiada ao Partido dos Trabalhadores, militante
da CUT, integrante do coletivo Jornalistas Livres, sócia colaboradora do Centro de Estudos
da Mídia Alternativa Barão de Itararé, voluntária do MST (Movimento dos Trabalhadores sem
Terra), Amiga da ENFF (Escola Nacional Florestan Fernandes), bem como de outros coletivos
pela democracia, como Flores pela Democracia, Linhas de Sampa, Resistência Democrática.
Por esse histórico de engajamento com a democracia, a verdade e a imprensa, considero
legítima a afirmação de que os sites citados anteriormente são contumazes geradores e
disseminadores de fakenews.

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