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MELIPONICULTURA
E APICULTURA
MARINGÁ, 2019
MELIPONICULTURA
INTRODUÇÃO
O Brasil conta com aproximadamente 250 espécies de abelhas pertencentes à tribo
Meliponini, chamadas popularmente de abelhas sem ferrão. Algumas destas
espécies são criadas para a produção de mel, que tem sido cada vez mais
valorizado para fins gastronômicos.
Além disso, elas cumprem um papel muito importante na polinização de plantas,
cultivadas ou não, permitindo a produção de sementes de várias espécies, muitas
das quais fundamentais para a alimentação humana. Sem a colaboração dessas
abelhas, muitas plantas deixam de produzir frutos e sementes, podendo inclusive
chegar à extinção.
As espécies mais conhecidas, como a jataí, mandaçaia, manduri, a mandaguari e a
uruçu, constroem geralmente seus ninhos em cavidades existentes em troncos de
árvores. Outras utilizam formigueiros e cupinzeiros abandonados ou constroem
ninhos aéreos presos a galhos ou paredes.
Historicamente, muitas dessas abelhas sofreram uma exploração predatória por
meleiros, com a retirada do mel sem o manejo correto e consequente destruição das
colônias, o que contribuiu para a diminuição das populações em algumas regiões.
No decorrer do tempo, a exploração predatória cedeu espaço para a
meliponicultura, que além de permitir a produção dos diversos tipos de mel, ainda
contribui para a conservação das diferentes espécies. No Nordeste brasileiro, em
especial nos estados do Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco, há
diversos polos bem sucedidos de meliponicultura que exploram espécies locais
como a tiúba, a jandaíra e a uruçu.
ABELHA JATAÍ
Abelhas Jataí são encontradas em todas as regiões do Brasil. Assim é considerada
a abelha sem ferrão mais popular do país. Abelhas Jataí são facilmente encontradas
em centros urbanos. Principalmente em troncos de árvores mais velhas, localizadas
em praças ou até mesmo em calçadas. Abelhas jataí são conhecidas por sua
robustez, assim vivem no frio do inverno do sul ao calor do centro e norte do país.
As abelhas jataí tem coloração amarelo dourado e possuem corbículas(aparelho
coletor de pólen) pretas. Esta abelha sem ferrão é muito mansa, portanto sua
criação é bastante simples. Então sua defesa contra ameaças são mordidas e/ou a
utilização de cerume para grudar em sua ameaça. Assim as abelhas jataí podem ser
criadas perto de pessoas e animais sem oferecer riscos para ninguém nem mesmo
a elas próprias. Assim como todos os apídeos, as jataís possuem uma sociedade
organizada dividida em: operárias, zangões e rainha. Portanto a colônia de Abelhas
Jataí possui uma média de 5.000 (5 mil) abelhas.
Operárias: São abelhas pequenas com comprimento de aproximadamente 5mm.
Possuem abdômen dourado, cabeça e tórax preto. Possuem mandíbulas que são
usadas como armas contra ameaças à colônia. As operárias exercem funções de
faxineiras, sentinelas e coletoras. As operárias voam até 1 quilometro para coletar
néctar, pólen e resina. Assim a quantidade de operárias em uma colônia varia de
algumas centenas e podem chegar até 5 mil abelhas por colmeia.
Zangões: São abelhas muito parecidas com as operárias, apenas possuem um
abdômen um pouco mais longo. Portanto sua função em uma colméia é fecundar a
rainha virgem, portanto existem pouquíssimos zangões em uma colméia.
Rainha: É uma abelha completamente diferente das demais, possui um abdômen
muito grande, assim faz com que a rainha não consiga voar. Possui
aproximadamente 10 mm de comprimento. Uma rainha chega a colocar 50 óvulos
por dia. A rainha virgem voa somente para ser fecundada e formar uma nova
colônia.
Ninho: O ninho construído pelas abelhas jataí são circulares. O ninho é utilizado
para proteger os discos de cria e é feito de batume que é uma mistura de cera e
resina. Portanto os discos de cria são totalmente envolvidos pelo batume, deixando
os discos de cria no centro deste invólucro. Os discos de cria são construídos no
sentido horizontal em camadas sobrepostas. O ciclo de reprodução geralmente se
da dos discos inferiores para os superiores, ou seja, quando nos discos superiores
tem ovos as células de cria inferiores estão com abelhas nascendo e prontas para
receber novos ovos. Assim gerando uma sequência de reprodução. A entrada do
ninho é construído um tubo de cera característico das abelhas jataí. Ao escurecer as
abelhas fecham esta entrada para a proteção do ninho. Este tubo tem pequenos
furinhos que servem para controlar a entrada de ar no ninho.
ABELHA MANDAÇAIA
As abelhas Mandaçaia são abelhas sem ferrão nativas brasileira da tribo Meliponini
e gênero Melipona. Esta espécie mede de 10mm a 12mm de comprimento e tem o
corpo preto com faixas amarelas no abdome. Na natureza ela constrói seus ninhos
em ocos de árvores.
Existem duas subespécies de abelhas Mandaçaia: Mandaçaia Melipona
Quadrifasciata Quadrifasciata (MQQ) que possui quatro listras amarelas em seu
abdome. É a maior abelha da subespécie e suporta climas mais frios e úmidos.
Mandaçaia Melipona Quadrifasciata Anthidioloides (MQA) que possui quatro
listras amarelas em seu abdome, porém as listras são interrompidas no centro do
abdome. É uma abelha um pouco menor e prefere regiões mais quentes.
As abelhas mandaçaia são encontradas ao longo da costa atlântica desde o Norte
até o Sul do país. A MQQ é uma abelha maior e mais robusta e possui um bom
controle de temperatura corporal, assim é mais resistente ao frio e a uma maior
umidade relativa. Portanto ela é encontrada nas regiões de São Paulo, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. A MQA é encontrada em regiões mais ao Norte. O
estado de São Paulo possui as duas subespécies de abelhas Mandaçaia.
3- Só se coloca quadros de cera nas colmeias quando se tem uma entrada regular
de alimento. Nunca fazê-lo durante a florada, pois as abelhas não darão tempo para
que a rainha bote nestas placas, enchendo-as de mel e provocando um bloqueio de
ninho.
4- Na preparação para safras, este manejo pode ser feito quase por inteiro durante
a alimentação dos enxames. Quando o enxame estiver com quatro quadros de crias
completos, ele aceita e tem condições de trabalhar uma placa de cera; quando
atingir seis completos, pode-se introduzir duas de cera.
Alimentação artificial
Tamanho da colmeia: Não se deve deixar uma colmeia ficar povoada demais para
depois ampliar seu espaço, já que ao começar a preparação para enxamear é muito
difícil deter o instinto das abelhas. Além disto, muitos apicultores perdem grande parte
de suas rainhas novas por ampliarem o espaço da colmeia muito tarde.
Melgueiras: Uma colmeia está pronta para receber uma melgueira quando esta tem
de 8 a 10 quadros cobertos por abelhas, com vários quadros de cria operaculados e
está realmente em franco desenvolvimento, ou seja, em crescimento. A colocação
de novas melgueiras deve ser feita no início de floradas.
Telas excluidora: O uso de telas excluidoras se torna necessário para que o apicultor
possa dentro da colheita obter um produto de qualidade, livre de crias e, com mais
segurança e tranquilidade, efetuar os trabalhos de colheita, sabendo que não estará
correndo nenhum risco de matar ou até mesmo levar uma rainha durante a colheita.
A tela deverá ser colocada em cima da primeira melgueira, para não limitar a postura
da rainha.
Manutenção das colmeias: Um dos principais desafios para o apicultor é garantir a
continuidade de suas colmeias nos períodos em que ocorre escassez de alimentos,
como ao final das floradas. Nessas ocasiões, a perda do enxame pode chegar a
40%. Oferecer uma alimentação artificial é uma forma de impedir que as abelhas
abandonem as colmeias. Aconselha-se a utilização de xarope com 50% de açúcar
ou mais, na falta de néctar, e com farinha de soja, para suprir a ausência de pólen.
Colocar rapadura nas colmeias não é recomendável. É um alimento muito seco e
duro, que demorará para ser consumido e que vai acabar atraindo inimigos naturais
como formigas. A união de colmeias também é uma medida interessante para que
fiquem mais populosas. Assim, diminui-se o número de colmeias, mas aumenta o
número de abelhas disponíveis para a coleta de alimentos. Normalmente, as
colmeias mais populosas são as mais produtivas e as que menos apresentam
problemas
Melhoramento genético: Atualmente existem diversas técnicas de melhoramento
genético das abelhas, mas a mais simples está na substituição periódica de rainhas
e no acompanhamento e seleção de material genético superior em produtividade.
Para identificar as colônias com melhor desempenho, é preciso usar métodos
padronizados e confiáveis. Na avaliação da produtividade do mel e do pólen, por
exemplo, um registro deve acompanhar a quantidade por colônia. Observam-se
também outras qualidades importantes, como a resistência a doenças. Para fazer a
inseminação, são necessários equipamentos especiais e profissionais treinados. No
entanto, mesmo diante do alto custo o melhoramento genético pode promover
avanços na produção, se aliado às técnicas de manejo adequadas.
Higienização de equipamentos e asseio pessoal
• Pré-lavagem de todos os materiais com água corrente;
• Lavagem com sabão neutro, esponja e enxágue com água tratada;
• Sanificação com água sanitária (2,5% de hipoclorito de sódio), na proporção
de 0,5% (250 mL de água sanitária para 50 L de água), e enxágue com água
tratada.
• Deve-se tomar banho (lavando inclusive a cabeça), preferencialmente com
sabão de coco;
• Não se deve usar desodorantes ou perfumes para evitar impregnação no
mel;
• Manter unhas aparadas e rigorosamente limpas.
• As roupas, além de limpas, devem ser claras. Preferencialmente de cor
branca;
• Não se deve abrir mão de usar touca e máscara, evitando contaminações;
• Em certos casos o uso de luvas não é obrigatório, sendo indispensável retirar
anéis, alianças e pulseiras.
REFERÊNCIAS
• https://abelha.org.br/meliponicultura-no-brasil/
• https://www.criarabelhas.com.br/abelhas-jatai/
• https://www.criarabelhas.com.br/abelhas-mandacaia/
• https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodeabelhas/artigos/o-correto-
manejo-da-colmeia-aumenta-os-lucros-do-apicultor
• https://www.infoescola.com/zootecnia/apicultura/