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FACULDADE DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO

MARIANA FERREIRA SABATINI


TAINÁ DANTAS VILELA BARBOSA

ASSÉDIO MORAL, ABUSO DE PODER E ARBITRARIEDADE.

Duque de Caxias – RJ
2018
MARIANA FERREIRA SABATINI
TAINÁ DANTAS VILELA BARBOSA
ASSÉDIO MORAL, ABUSO DE PODER E
ARBITRARIEDADE.

Trabalho para obtenção de nota na


disciplina: Português Instrumental da
Faculdade de Educação Tecnológica
do Estado do Rio de Janeiro.
Orientadora: Kátia Rodrigues

Duque de Caxias - RJ
04/2018
Assédio moral, ainda é um tema pouco discutido, mas que vem ganhando
espaço e notoriedade no assunto, mesmo sendo desconhecido por muitos possuí
um certo tom de familiaridade, afinal, sempre conhecemos alguém que já passou ou
passa por uma situação de assédio.

Hoje em dia, é comum as pessoas relacionarem assédio moral apenas com o


ambiente laboral, na relação patrão X empregado, mas ele está presente em toda
situação em que exista uma hierarquia, uma posição de pessoa superior e inferior.
Vemos isso em escolas, faculdades, abuso de poder quando uma pessoa tenta
utilizar da sua posição, para excluir, humilhar, denegrir, tripudiar quem está abaixo.

O assédio moral pode desenvolver inúmeras doenças mentais para quem


sofre, evitar, denunciar o assédio moral, significa não só prevenir um mal
psicológico, mas também ajudar uma sociedade doente.

Neste artigo, temos o objetivo de expor, prevenir e cuidar para que possamos
estabelecer relações saudáveis e prazerosas criando ambientes onde a diversidade
seja respeitada, combatendo todas as formas de violência e reduzindo a sistemática
de ocorrências de assédio e violência.

Para a vitimóloga francesa Marie-France Hirigoyen (2001, p. 65), o


assédio moral seria: Toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se sobretudo
por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à
personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr
em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho.

Assédio Moral, Abuso de Poder e Arbitrariedade.


Sintomas Mulheres Homens

Crises de choro 100 -


Dores generalizadas 80 80
Palpitações, tremores 80 40
Sentimento de inutilidade 72 40
Insônia ou sonolência excessiva 69,6 63,6
Depressão 60 70
Diminuição da libido 60 15
Sede de vingança 50 100
Aumento da pressão arterial 40 51,6
Dor de cabeça 40 33,2
Distúrbios digestivos 40 15
Tonturas 22,3 3,2
Ideia de suicídio 16,2 100
Falta de apetite 13,6 2,1
Falta de ar 10 30
Passa a beber 5 63
Tentativa de suicídio - 18,3
Não se caracterizando como bullying (este ocorre entre pares) o assédio
moral ocorre sempre em escalas de diferentes níveis hierárquicos. Esse consiste em
uma repetitiva e insistente humilhação e situações vexatórias. Sendo todo e
qualquer tipo de violência psicológica, verbal direcionada a uma pessoa, podendo se
estender a todo coletivo de testemunhas do caso que por vezes também sentem-se
constrangidas por presenciar determinadas situações degradantes que ocorrem em
seus meios de convívio social. Porém, quer seja um ato isolado ou repetido
inúmeras vezes, deve esse ser combatido firmemente por constituir uma agressão
psicológica que causa sérios danos as vítimas. Hoje no Brasil não há uma legislação
específica -seja ela para o ambiente de trabalho ou acadêmico -mas já transita um
projeto de lei que tipifica o chamado terrorismo psicológico como crime e visa a
proteção, controle e punição.
Fonte: BARRETO (2003 - 235 p.)

Uma humilhação repetitiva e de longa duração, interfere na saúde mental e física


das pessoas, comprometendo sua autoestima; dignidade; identidade e todo
individualismo do perfil social que passa a ter seu bem estar e integridade mental
desestabilizados por outros e que pode evoluir para uma incapacidade na formação
do caráter pessoal e profissional, deixando este em situações de desistência de uma
formação acadêmica; desemprego; depressão; angústias e até mesmo morte. É um
risco invisível, porém, concreto para as relações e condições de convívio social. A
violência psicológica e moral provoca uma enorme quantidade de distúrbio de saúde
mental, onde predomina o mal estar social.

Não só no meio de trabalho, mas também foi identificado, sendo ainda pouco
explorado, esses casos de violência no ambiente acadêmico (como foi citado pelo
Jornal Gazeta do Povo), chamado de “Uma violência sem flagrantes” a hostilidade
de professores no tratamento com alunos, que podem por vezes acarretar em um
abandono nos estudos e traumas para toda vida.

A posição de professor, acaba por mascarar o comportamento abusivo e arbitrário


de alguns docentes que demonstram em ações, comentário maldosos e jocosos,
indiferença sistemática e abuso do poder em estratégias sofisticadas afim de
disfarçar suas ações e provocando graves consequências ao agredido. São
exemplos de assédio moral:
 Fazer críticas ou “brincadeiras” de mau gosto; humilhar; causar
constrangimentos de qualquer espécie; usar de forma abusiva autoridade
quando questionada sua didática, solicitada a revisão na correção de provas,
questionado sobre a matéria ministrada em sala de aula e a cobrada em
provas, questionado a respeito de trabalhos passados aos alunos, sobre
 Remarcação de prova ou sobre o material didático; tratar os alunos com
termos pejorativos, palavras de baixo calão; distratar alunos que chegam
atrasados à sala de aula; mandar o aluno retirar-se da sala de aula; insultar o
aluno; ridicularização pública do discente; entre outros.
O uso de comentários irônicos, o fato de cumprimentar somente um seleto grupo e
ignorar a existência de algumas pessoas são também caracterizadas como
manifestações de assédio moral.

A ambiguidade nos casos são tantas que a vítima pode acreditar que é
culpado e merecedor das humilhações por não identificar o real motivo das
agressões. Considerando que o assédio moral, é um fato gerador do dano moral, ele
é também consequência da visão de mundo que vai ser construída pela vítima.

Conflito Assédio Moral Bullying


- Diferenças nos pontos de - Agressões podem ser - Agressões verbais
vista são bem expostas; difusas e complexas; (apelidos vexatórios,
- Pessoas envolvidas nos - Interação confusa e pejorativos, insultar,
conflitos tem consciência da indefinida, nega-se a constranger a vítima) e
divergência; existência do assédio; físicas;
- Conversa franca e direta - Clima organizacional - Comportamento deliberado
entre quem possuem opinião conturbado; é agressivo e negativo;
diferente; - Pode haver recusa a - Ocorre sempre com a
- Não altera o clima do interação e isolamento; mesma vítima;
ambiente; - Práticas antiéticas - Não existe motivo
- Mesmo que não queiram duradouras e frequentes; aparente;
entrar em um determinado - Objetivo de Prejudicar a - Agressão entre pares;
assunto; situação da vítima; - Intenção por parte do
- Confronto e Divergências - Ação por parte do agressor de ferir (física ou
são ocasionais; assediador, em tentar impor psicologicamente) a vítima.
- Não há objetivo em sua vontade, mesmo que - Repetição da agressão na
prejudicar ou afastar o outro; não seja a maneira mais frente de outras pessoas,
- Pode provocar racional de agir; plateia.
antagonismo entre grupos. - Assediado pode ser o único
alvo (o que não exclui o
assédio moral coletivo).

Conceitua MARIE-FRANCE HIRIGOYEN,


"Assédio Moral é a violência perversa no cotidiano", ed. Bertrand Brasil,
trata-se de "uma conduta abusiva que atente, por sua repetição ou
sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma
pessoa, pondo em perigo sua posição (...)

O assédio moral praticado em qualquer ambiente, é uma crueldade que hoje


pode ser visto no meio do ensino superior, inclusive em cursos de Direito; Psicologia:
Pedagogia; etc. Ocorrendo de maneira sorrateira e discreta o que dificulta a
apuração dos casos e negligenciando os mesmos.
Essas ações precisam ser coibidas, na medida que, além de transtornos
irreparáveis aos assediados, causam também danos a suas relações interpessoais e
um déficit de aprendizagem. Os que cometem essas ações, podem ter desejos de
abuso de poder com a finalidade de se sentirem mais fortes e poderosos e se
julgando como superior e inatingível.
E mesmo nos dias atuais, não havendo uma legislação para essa ação de
abuso psicológico, para tais crimes citados, aplica-se o texto constitucional
estampados nos artigos 5º e 7º, inciso XXX, da Constituição Federal, que estabelece
a proteção à intimidade, dignidade, igualdade, honra e vida privada. Porém, já
tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei de autoria do então deputado
Marcos de Jesus (PL-PE), a proposição 4.742 de 2001, que tipifica o chamado
assédio moral como crime enquadrando-o no Código Penal brasileiro no artigo 146 -
A. Pelo dispositivo, a pena para quem assediar em posição hierárquica inferior,
poderá ir do pagamento de multa à detenção, de três meses a um ano. Este projeto
ainda aguarda julgamento desde o dia 2/8/07

Instituição de ensino que age de maneira arbitrária e antipedagógica tem de


indenizar. O entendimento é do juiz José Torres Ferreira, da 2ª Vara do
Juizado Especial Cível de Porto Velho, Rondônia. Ele condenou a
Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia (FARO), a
pagar R$ 8 mil de indenização por danos morais, a um aluno que se sentiu
lesado ao ser expulso da sala de aula por uma das diretoras da instituição,
Maria Aparecida Gigliotti, que também é professora.
Para o juiz, as provas apresentadas nos autos, demonstram que Maria
Aparecida agiu de forma arbitrária, ao condicionar a saída do aluno da sala
de aula, à entrega da suposta “cola”, chegando ao ponto de abordá-lo
fisicamente, na tentativa de tomar o papel que seria a prova da infração. “O
ato de tentar tomar objeto pessoal do autor foi abusivo, bem como atribuir
nota (zero) a ele, sem ao menos conversar com a titular da matéria, a qual
estava substituindo-a”.
Ferreira ressaltou, ainda, que a professora, mesmo tendo suspeitado da
infração cometida pelo autor, teria que instaurar procedimento
administrativo. “A conduta foi pouco razoável e de fato causou
constrangimento excessivo ao aluno, situação que merece reparação civil”,
concluiu o juiz.

Entretanto, a punição para quem comete este tipo de crime aplica-se o


contexto de equidade e tem sido a mesma destinada a quem pratica o crime de
Dano Moral – tortura, calúnia, injúria, maus tratos, difamação-.

Sendo assim, faz-se necessário o empenho de toda a sociedade, comunidade


educacional, órgãos responsáveis para estarem atentos e disponíveis a solucionar
esses casos que, bloqueiam o crescimento pessoal e acadêmico e
consequentemente formando futuros profissionais deficientes na sua área de
atuação e na vida. Deve se promover laços mais humanos nas relações sociais e
principalmente nos meios acadêmicos. Para que enfim seja fortalecida as práticas
democráticas e transparentes como condição indispensável e essencial de
convivência humana, permitindo uma condição de equidade na formação acadêmica
e visando o crescimento profissional e pessoal do indivíduo que pode vir a ter a
mesma posição profissional do seu agressor.

Males generalizados
90%
0.8
80%
70%
0.6
60%
50% 0.45
0.4
40%
30%
20%
10%
0%
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as es ri a do
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Fonte: BARRETO (2003 - 235 p.)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

 http://assediomoral.org/spip.php?article1
 https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/vida-na-universidade/assedio-moral-uma-
violencia-sem-flagrantes-f01wgdi0y66ptvhkzqfb7z7f2
 https://Portal.trt22.gov.br/site/arquivos/downloads/revista_2_54506
 https://www.conjur.com.br/2008-mai-11/aluno_expulso_sala_indenizado_danos

HIRIGOYEN.Mal-estar no Trabalho –Redefinindo o assédio. Rio de Janeiro: Bertrand


Brasil,.2000
Marie-France. Assédio Moral – A violência perversa no cotidiano. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2002.

Marie-France Hirigoyen é psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta, sendo mundialmente


conhecida como uma das maiores autoridades sobre o tema Assédio Moral no trabalho. A
pesquisadora francesa graduou-se em medicina em Bourdeaux, em 1974, e é especialista em
psiquiatria. Também é diplomada em vitimologia pela The American University, Washington,
D.C.
Dentre inúmeras atividades, participou do grupo de reflexão sobre a proposta de lei da
Assembleia Nacional que introduziu o conceito de assédio moral no Código de Trabalho
Francês, votada em 11/1/99. Marie-France destacou-se pela concentração de suas pesquisas
acerca do tema sobre a violência psicológica, obtendo sucesso com a publicação da obra "Le
harcèlement moral, la violence perverse au quotidien", que vendeu mais de 450 mil
exemplares e foi traduzida em 24 línguas.

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