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Poder Judiciário do Estado de Sergipe

Carmópolis

Nº Processo 201672101218 - Número Único: 0001278-56.2016.8.25.0017


Autor: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SERGIPE E OUTROS
Réu: WILAMIS ANDRADE SANTOS E OUTROS

Movimento: Julgamento >> Com Resolução do Mérito >> Procedência

Trata-se de Ação Civil de Improbidade Administrativa ajuizada contra Esmeralda Mara Silva
Cruz e Wilamis Andrade Santos por atos que causaram supostos prejuízo ao erário e
atentaram contra princípios da administração pública, pugnando liminarmente a decretação da
indisponibilidade de bens e valores dos demandados em valor suficiente para cobrir a total
devolução das quantias despendidas com os contratos guerreados nesta demanda, que
somam o valor atualizado de R$1.226.057,58 (um milhão duzentos e vinte e seis mil e
cinquenta e sete reais e cinquenta e oito centavos).

Segundo o Ministério Público, sob o argumento de inexigibilidade de licitação, a então prefeita


Esmeralda Mara Silva Cruz celebrou contratos nº 475/2011 e 473/2011 com as empresas SELL
SERVIÇOS DE LIMPEZA E LOCAÇÃO LTDA e MEGA EMPREENDIMENTOS PROPAGANDA
E EVENTOS LTDA., representadas por WILAMIS ANDRADE SANTOS e JOSÉ DORIA DE
CARVALHO FILHO (falecido), para contratação de diversos artistas, no valor de R$ 790.000,00
(setecentos e noventa mil reais), sob a alegação de que tal certame seria inexigível para o
caso.

A análise do pedido de liminar foi diferido para após a da manifestação dos requeridos.

Notificados, a primeira requerida se manifestou (páginas 322/336) aduzindo preliminarmente


ilegitimidade passiva ad causam.

Manifestação do Ministério Público às páginas 346 e seguintes.

Manifestação do réu Wilamis Andrade Santos às páginas 423 e seguintes, seguida de nova
manifestação do Ministério Público (p. 432/435).

Na decisão de páginas 439/ foi concedida a liminar de expedida ordem de bloqueio de imóveis
pelo Cadastro Nacional de Indisponibilidade de Bens – CNIB no valor limite de R$1.226.057,58
(um milhão duzentos e vinte e seis mil e cinquenta e sete reais e cinquenta e oito centavos).

Assinado eletronicamente por CLAUDIA DO ESPIRITO SANTO, Juiz(a) de Carmópolis,


em 23/05/2019 às 14:10:32, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2019001278066-10. fl: 1/8
Manifestação de interesse do Município de Carmópolis à p. 508.

Na contestação de p. 511 e seguintes, o réu Wilamis Andrade Santos aduziu não ser parte
legitimada passiva por não ter praticado ato ímprobo.

No mérito, afirmou não ter havido superfaturamento na contratação da banda que


representava, Calcinha Preta, e que sua empresa, a SELL Serviços de Limpeza, prestou
efetivamente o serviço contratado de forma que a contraprestação foi devida.

A ré Esmeralda Mara Silva Cruz, por seu turno, refere-se à regularidade da contratação de
shows em “Capela” e que a Delegacia de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração
Pública – DEOTAP, concluiu inexistir crime na conduta apontada, parecendo referir-se a ação
diversa da presente.

No que pertine ao mérito, afirma que a Resolução 298 do Tribunal de Contas do Estado
regulamenta a prática de contratação de shows artísticos mediante dispensa de licitação.

Também alega que a ré, gestora, não participou dolosamente do ato questionado, inexistindo
prova nesse sentido.

Por fim, salienta que se tratava da hipótese de dispensa de licitação para contratação da
referida banda porquanto ela é consagrada pela opinião pública e o valor daquela estava dentro
do valor de mercado.

Réplica do Ministério Público às p. 587/595.

Depósito judicial apresentado pelo segundo réu à p. 617 e promovido o desbloqueio de bens
conforme decisão de p. 622 e cumprida conforme averbação à p. 633 e 636.

Preliminares afastadas conforme decisão de pp 665/668, onde foram fixados os pontos


controvertidos da causa e determinada a realização de audiência de instrução.

Audiência realizada em 13/11/2018 conforme termo de p. 701.

Documentos juntados às p. 712/722.

Assinado eletronicamente por CLAUDIA DO ESPIRITO SANTO, Juiz(a) de Carmópolis,


em 23/05/2019 às 14:10:32, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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Alegações finais da ré Esmeralda apresentada à pp 729 e seguintes.

Resolução 298 do TCE/SE juntado às p. 789/792.

Ofício da Banda Calcinha Preta à p. 829 onde informa que recebeu a importância de R$ 70 mil
reais como cachê pelo show cuja contratação é questionada na presente ação.

Alegações finais apresentadas pelo Ministério Público às p. 836/855.

Nova manifestação da ré Esmeralda Mara Cruz à p. 867 e do réu Wilamis Andrade Santos à pp
869/875.

É o que importa relatar. Decido:

Nos termos do art. 37, XXI, da CF, ressalvados os casos específicos, as obras, serviços,
compras e alienações, serão contratados pela Administração Pública mediante processo de
licitação pública que assegurem a igualdade de condições a todos que concorrerem. Ademais,
não se pode olvidar que os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência são de observância obrigatória quando do exercício na Administração Pública.

Sob o argumento de ser inexigível a licitação para contratação de profissional de setor artístico
quando esse seja consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública, podendo ser
diretamente ou através de empresário exclusivo, a primeira ré, então gestora municipal,
contratou o segundo requerido pelas empresas SELL SERVIÇOS DE LIMPEZA E LOCAÇÃO
LTDA e MEGA EMPREENDIMENTOS PROPAGANDA E EVENTOS LTDA

Com efeito, prevê o art. 25, III da Lei nº 8.666/93, o qual dispõe o seguinte: “Art. 25. É inexigível
a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: (...) III - para contratação
de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo,
desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.”

Da leitura de referido dispositivo legal, constata-se que a hipótese de inexigibilidade se cinge à


contratação de empresário exclusivo, ou seja, único responsável pela contratação das atrações
artísticas. Ocorre que na hipótese dos autos não restou demonstrado pela parte ré, no bojo do

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em 23/05/2019 às 14:10:32, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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procedimento extrajudicial em anexo, que as empresas contratadas são empresárias exclusivas
das atrações, nem tampouco que estas são consagradas pela crítica especializada ou opinião
pública, o que macula os contratos nº 475/2011 e 473/2011, firmados mediante procedimentos
de inexigibilidade de licitação.

O contrato firmado através da gestora pública, primeira ré, e a empresa do segundo réu (p. 68
e seguintes) tem como valor para prestação dos serviços da banda ‘Calcinha Preta’ o valor
global de R$ 70 mil reais. A referida banda, por seu turno, afirmou a este Juízo, em ofício, ter
sido esse o exato valor de seu cachê, nada obstante as alegações da parte ré no sentido de
que o valor global compreendia todas as despesas de transporte de artistas e cenário,
hospedagem e alimentação além da montagem das estruturas necessárias ao show. Assim,
não restou demonstrada a necessidade de contratação mediante intermediário.

Relembre-se o depoimento da testemunha Cléa que afirmou ser necessária a contratação de


empresa intermediária a fim de se realizar todo esse trabalho junto aos integrantes da banda,
sendo assim lógica a conclusão de que o ofício de p. 829 não retrata a realidade.

Já a outra contratação firmada através da gestora municipal, primeira ré, e a empresa Mega
Empreendimentos Propaganda e Eventos no valor global de R$ 790 mil reais, de igual modo,
traz apenas as Declarações de Exclusividade firmadas pelos empresários das bandas Rojão
Diferente, Capital Inicial, Dupla Cesar Menotti e Fabiano, Sorriso Maroto, Alexandre Pires
(páginas 100 e seguintes), seguida da Justificativa de p. 113 e do parecer jurídico de páginas
120/126.

Em nenhum desses dois procedimentos de dispensa de licitação consta a discriminação do


quanto seria pago a cada banda/artista, tampouco discrimina as despesas envolvidas,
comprometendo a transparência exigida em todos os negócios públicos.

No procedimento investigatório promovido pelo Ministério Público, foram obtidos os contratos


firmados entre as bandas contratadas e as empresas intermediárias, identificando-se assim
quanto foi pactuado como cachê de cada banda contratada e quanto foi em favor das empresas
intermediárias, como se vê no contrato com a banda Capital Inicial (pp 234 e ss) e Alexandre
Pires (pp 253 e ss).

A nota fiscal de p. 269 demonstra o quanto foi pago à Dupla César Menotti e Fabiano.

Destaque-se que nas Declarações de Exclusividade constam os verdadeiros representantes


das bandas.

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em 23/05/2019 às 14:10:32, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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Outrossim, há que se destacar que o Tribunal de Contas da União recentemente pacificou o
entendimento no que pertine às referidas contratações, dispondo não ser suficiente a
apresentação de carta de exclusividade por parte da empresa contratada como documento
necessário a justificar a dispensa do certame conforme Acórdão 1351/2018 do TCU, disponível
n a í n t e g r a e m
https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/2508820165.PROC/%2520/DTRELEVA
.

Com efeito, vê-se do Processo de Inexigibilidade de Licitação 28/2011 constar apenas a


proposta de do valor e a “Declaração de Exclusividade” de p. 36. Ocorre que cartas ou
declarações de exclusividade a empresas intermediárias de artistas não atendem à condição
para contratação direta por inviabilidade de competição prevista na Lei de Licitações pois deve
haver a comprovação do recebimento dos valores cobrados dos artistas.

Nada obstante a inadequação da redação da Lei de Licitações no artigo 25, III, há que se
destacar qual o sentido da norma que prevê a contratação direta de artistas e quais seus
limites, pois:

“(…) o pressuposto para que o profissional do setor artístico seja contratado, através da
inexigibilidade licitatória, é a inviabilidade de se realizar uma escolha minimamente objetiva do
serviço almejado, bem como o fato de ser pouco provável que um artista, consagrado pela
opinião pública, submeta-se a um certame para sua contratação. Pensando dessa forma,
passaremos a ter uma adequada leitura deste inciso, não restando dúvida de que tal
inviabilidade não deve ser reflexo da espécie de profissional envolvido (artista), mas de uma
impossibilidade de que se possa realizar uma aferição objetiva, para seleção dentro dessa
espécie de contratação, dada a subjetividade natural ao gosto pelas artes. Some-se a isso a
necessidade de consagração pela crítica especializada ou pela opinião pública, e, então,
poderemos ter uma idéia correta acerca da aplicação dessa hipótese de contratação direta

O que não se pode é admitir que sejam feitas contratações de artistas sem consagração
relevante sob o falso pálio de permissão dada pelo inciso III, do caput, do artigo 25, pelo
simples fato de serem profissionais do setor artístico. Com base nesse raciocínio
equivocado, favorecido pela omissão de alguns órgãos de controle, são diariamente
contratados artistas e bandas musicais de todos os tipos e gostos, por valores que variam de
acordo com o interesse do gestor ou de espúrios ‘acordos empresariais’. São comuns as
denúncias de contratações de um mesmo grupo musical, com valores totalmente destoantes,
fato aberrante sobre o qual se omitem algumas autoridades

Quando a contratação, por inexigibilidade, de profissional do setor artístico se der por meio de
intermediário, deve-se exigir a comprovação da existência de contrato de exclusividade entre a
empresa ou o empresário contratado e o artista, ‘não sendo suficiente documento que confere
exclusividade apenas para o dia da apresentação e restrita à localidade do evento’. Segundo o
TCU, na contratação direta de artistas consagrados (…) por meio de intermediários ou
representantes, deve ser apresentada cópia do contrato de exclusividade dos artistas
com o empresário contratado registrado em cartório. Ademais, o Tribunal entende que ‘o
contrato de exclusividade difere da autorização que assegura exclusividade para os dias

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correspondentes à apresentação dos artistas e que é restrita à localidade doevento, a
qual não se presta a fundamentar a inexigibilidade (Acórdão 351/2015 da Segunda Câmara
– TCU).

(…)mesmo quando inexigível a contratação, é necessária a apresentação de justificativa do


preço” (Torres, Ronny Charles Lopes, in Leis de Licitações Públicas comentadas, 10a
edição, 2019, p. 427, grifamos).

Após a instrução, ficou provado que as contratações foram realizadas irregularmente pois os
contratos foram firmados com meros intermediários autorizados pelas empresárias exclusivas
dos artistas e bandas, não se enquadrando, destarte, na hipótese de inexigibilidade
estabelecida no art. 25, III da Lei nº 8.666/93, e que não houve a justificativa do preço exigida
no art. 26, III, da mesma lei.

Assim, não foram preenchidos os requisitos do inciso III do art. 25 da Lei nº 8.666/93 uma vez
que a contratação não foi diretamente com os artistas ou através de empresário exclusivo, mas
sim por meio de pessoa interposta.

Dispensa indevida de licitação é fato configurador de improbidade, ilícito civil tipificado no artigo
10º, VIII, da Lei nº 8.429/92:

Art. 1º - Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não,
contra a Administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos
Estado, do Distrito Federal, dos Municípios, de Territórios, de empresa incorporada ao
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio ou erário haja concorrido ou
concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta
lei.(...)

Art. 10º - Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação
ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta
lei, e notadamente:

(...)

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

(...)

Confrontando as normas legais descritas com os fatos acima comprovados, tem-se como
conclusão inegável que a conduta da ré no exercício do cargo de Prefeita Municipal faz
enquadrá-la como tendo praticado a improbidade administrativa apontada nas citadas normas.

De igual modo, por força dos artigos 1º, parágrafo único, da Lei de Improbidade, e 25, §2º, da
Lei de Licitações, respondem não apenas a gestora municipal, mas também o prestador de
serviços ou fornecedor de forma solidária.

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em 23/05/2019 às 14:10:32, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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Por óbvio, é inerente ao exercício dos cargos públicos, especialmente àqueles que se propõem
a comandar a administração pública como gestor do dinheiro público, observância à
moralidade, probidade, impessoalidade e transparência, tudo em respeito à comunidade que os
elegeu, rigor que se estende a todos que contratam com o Poder Público.

O dolo se manifesta claramente na autorização de dispensa de licitação sem o amparo de


documentos que permitam a comprovação dos valores para contratação de meros
intermediários, sem que se tivesse claramente os valores até para se aferir se os valores
estavam superfaturados ou condizentes com o cobrado em outras localidades, revelando dolo
similar ao que se conhece por “dolo eventual”, que, no caso, corresponde à indiferença quanto
ao resultado danoso para o erário.

Ademais, não apresentando os réus defesa senão de maneira formal, não se desincumbindo
do ônus da impugnação especificada dos fatos nem atendendo ao ônus de provar os fatos
alegados em sua defesa com documentos que lhes amparasse, faz presumir como verdadeira
a afirmação da inicial.

A inobservância das regras de legalidade e moralidade dos atos por parte do gestor da coisa
pública, independente do valor nominal do patrimônio agredido ou dilapidado, faz gerar prejuízo
incalculável, por criar e reforçar a presunção de que qualquer cidadão poderá, também,
apropriar-se da coisa comum, porque contribuinte e inspirado no modelo apresentado por um
ocupante do cargo executivo mais alto do Município. Por tal motivo desejou o legislador da lei
n.º 8.429/92 alcançar o ato do gestor do bem público, independentemente da existência de
prejuízo causados ao erário, dada a visão moralizadora dessa, como deixou claro no seu artigo
21, I.

Diante de tais fundamentos e das evidências trazidas aos autos pelos documentos acostados,
observada a gradação da ilicitude praticada, ainda a sua repercussão no patrimônio Público
imaterial, haja vista a violação de seus princípios norteadores, para prejuízo moral da
comunidade; observado também, o caráter doutrinador, testemunhal e moralizador que deve
ser alcançado por decisões deste jaez, JULGO PROCEDENTE OS PEDIDOS CONTIDOS NA
AÇÃO e declaro, na forma do pedido, que os réus praticaram os atos de improbidade
administrativa definidos como tal no artigo 10º, VIII, da Lei 8.429/92, e condeno Esmeralda
Mara Silva Cruz e Wilamis Andrade Santos nas sanções previstas no art. 12, II da referida lei
a: 1) RESSARCIREM INTEGRALMENTE O DANO no valor de R$1.226.057,58 (um milhão
duzentos e vinte e seis mil e cinquenta e sete reais e cinquenta e oito centavos),
devidamente atualizado desde seu desembolso até a data do efetivo cumprimento desta
sentença; 2) ter suspensos os seus direitos políticos pelo prazo de 05 (cinco) anos; 3)
perda da função pública que porventura exerçam atualmente; 4) proibição de, por 05 (cinco
) anos, de contratar com o Poder Público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por meio de pessoa jurídica da qual sejam
sócios;5) pagamento de multa civil no valor histórico de R$ 70.000,00 (setenta mil reais)a
ser pago por cada um dos réus, atualizado desde a data da propositura da ação até a
prolação desta sentença.

Condeno os réus, ainda, ao pagamento das custas processuais no prazo de 10 (dez) dias. Não
efetuado o pagamento nesse prazo, oficie-se à Procuradoria do Estado para execução.

Transitada em julgado arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Notifiquem-se o Ministério Público, o Município de Carmópolis, o Tribunal Regional Eleitoral e o


Tribunal de Contas de Sergipe da presente sentença.

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em 23/05/2019 às 14:10:32, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2019001278066-10. fl: 7/8
Documento assinado eletronicamente por CLAUDIA DO ESPIRITO SANTO, Juiz(a)
de Carmópolis, em 23/05/2019, às 14:10:32, conforme art. 1º, III, "b", da Lei
11.419/2006.

A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico


www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos, mediante
preenchimento do número de consulta pública 2019001278066-10.

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em 23/05/2019 às 14:10:32, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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