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PROJECTO

QUINTA URBANA/ PEDAGÓGICA

LINDA-A-VELHA, OEIRAS
CONTROLO

VERSÃO INICIAL:

Data do Documento Original Autor Entidade Responsável

ALTERAÇÕES:

Versão
Data Responsável Observações/ Alterações

1 Nov13 Adaptação ao terreno alternativo

Proposta de Reconversão/ Revitalização de Terreno


Quinta Urbana/ Pedagógica
Memória Descritiva
ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3

2 - ANTECEDENTES............................................................................................................. 4

3 - CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL SELECCIONADO ......................................................... 5

4 - IMPLANTAÇÂO DA QUINTA URBANA/ PEDAGÓGICA ................................................ 10

4.1 - Considerações Gerais ................................................................................................. 10

4.2 - Layout proposto ........................................................................................................... 11

4.3 - Tipo e divisão dos parcelas ......................................................................................... 20

4.4 - Rede de Caminhos ...................................................................................................... 21

4.5 - Rede de Rega ............................................................................................................. 22

4.6 - Iluminação ................................................................................................................... 23

5 - MODELO DE EXPLORAÇÃO E MANUTENÇÃO ........................................................... 25

5.1 - Considerações Gerais ................................................................................................. 25

5.2 - Entidade gestora.......................................................................................................... 25

5.3 - Regulamento e formação de hortelões ........................................................................ 25

5.4 - Sustentabilidade .......................................................................................................... 25

6 - CALENDARIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS ................................................................ 29

7 - APOIO INSTITUCIONAL ................................................................................................ 31

8 - CONCLUSÔES .............................................................................................................. 32

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ANEXOS:

Anexo 1: Peças Desenhadas

Desenho 01 – Proposta de Organização do espaço (layout)


Desenho 02 – Plano altimétrico
Desenho 03 – Perfis gerais de terreno
Desenho 04 - Rede de Rega. Traçados de Tubagem

Anexo 2: Cálculo da Rede de Rega

Anexo 3: Regulamento de Utilização (Hortelões)

Anexo 4: Plano de formação inicial (Hortelões)

Observações: Esta Proposta foi escrita intencionalmente na ortografia antiga.


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Quinta Urbana/ Pedagógica
1 - INTRODUÇÃO

Este documento apresenta uma proposta para a reconversão e aproveitamento de um


terreno actualmente sem utilização, situado na Freguesia de Linda-a-Velha, do lado Norte
do Alto de Sta Catarina (coordenadas 38°42'24.84"N, 9°14'37.21"O), para a criação de uma
Quinta Urbana / Pedagógica, e pretende dar continuidade à Proposta 57 submetida no
âmbito do Orçamento Participativo de Oeiras 2013/ 14.

Propõe-se a implantação de uma Quinta Urbana/ Pedagógica, com os seguintes objectivos


e vertentes (extracto da Proposta 57):

I. Zona com Horta Urbana: parcelas vocacionadas para a prática individual/familiar de


agricultura, tendo como público-alvo o cidadão/ hortelão comum;

II. Zona com Horta Pedagógica: parcelas exploradas por estabelecimentos de ensino
(públicos e/ou privados) e associações ligadas a estes;

III. Zona com Parcelas Colectivas: parcelas de maior dimensão, reservados à prática
de culturas de forma extensiva (milho, cereais, batatas, etc.), através de actividades
de grupo.

No Capítulo 2 efectua-se um resumo dos antecedentes que conduziram à selecção do local


para implantação do projecto assim como da génese do mesmo.
No Capítulo 3 apresenta-se a proposta de organização do espaço (layout), e respectivas
valências.
O Capítulo 4 aborda as implicações relacionadas com a alteração do local do projecto
relativamente ao seu local original (Proposta 57), e necessária reorçamentação das infra-
estruturas previstas, priorização e calendarização dos investimentos.
O Capítulo 5 diz respeito à proposta de modelo de gestão e exploração, regulamento,
acesso e formação.
No Capítulo 6 apresenta-se, em jeito de conclusão, a equipa multidisciplinar reunida em
regime pro-bono, para a elaboração deste projecto.

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2 - ANTECEDENTES

Conforme já foi referido, este projecto pretende dar continuidade à Proposta 57, A
apresentação desta proposta para o terreno em questão foi precedida da elaboração, em
Fevereiro de 2011, de um Plano de Intenções realizado pelas Associações de Pais dos
estabelecimentos escolares do Agrupamento de Escolas Amélia Rey Colaço, no sentido de
reabilitar e aproveitar um terreno vedado sem utilização, contíguo à Escola Básica e
Secundária Amélia Rey Colaço.

Plano de Intenções (2011) e Proposta 57 (OP, 2012)

Em Novembro de 2011, a Junta de Freguesia de Linda-a-Velha apresentou à Câmara


Municipal de Oeiras o Plano de Intenções em questão, através de visita ao local, tendo na
ocasião esta edilidade sugerido que o mesmo projecto fosse reequacionado para o terreno
existente do lado oposto à Rua Manuel da Silva Gaio.

Desta forma, o projecto outrora com uma vertente sobretudo pedagógica e direccionado
para a população estudantil, foi reformulado de forma a abranger a população em geral. De
referir que o projecto agora apresentado pode ser adaptado para outras zonas da freguesia
de Linda-a-Velha, na eventualidade de existir algum impedimento na utilização da parcela
em questão.

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3 - CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL SELECCIONADO

A parcela de terreno situa-se em Linda-a-Velha, sendo contíguo à Escola Secundária Amélia


Rey Colaço, partilhando de um dos portões de acesso a este estabelecimento de ensino e
respectivo pavilhão desportivo. Apesar de situado numa zona urbana, tem como
particularidade a proximidade à Mata do Jamor.

Com cerca de 1.1ha , a parcela em questão confronta com:

a) a Rua Manuel da Silva Gaio, do lado Poente


b) a Escola Básica e Secundária Amelia Rey Colaço, do lado Nascente;
c) a Av. Duque de Loulé, do lado Norte;
d) a Rua Manuel Ferreira, do lado Sul.

Na Figura 01 pode observar-se uma imagem aérea do terreno em questão.

Figura 01 – Parcela a Reabilitar/ Reconverter


Em termos de ocupação do solo, verifica-se a presença de mato do tipo rasteiro, com
plantas vivazes e anuais, com caniçais nas zonas de acumulação ou presença de água.

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Em resultado de uma análise expedita efetuada no terreno podemos inferir que na parcela
em questão predominam solos de textura argilosa, com agregados bem estruturados na
zona superficial que apresenta um maior índice de matéria orgânica,

a) espessura das camadas;


b) característica das camadas

Do ponto de vista orográfico o terreno divide-se em 3 tipos distintos:

a) Zona Plana: dividida em dois patamares, sendo que um deles se encontra bastante
compactado devido à incorporação no solo de resíduos de materiais inertes que
contribuíram para esta situação. A Zona Plana 1 encontra-se à cota 86 e a Zona
Plana 2 à cota 88;

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b) Zona de Encosta: de declive suaves a muito suaves e com encosta orientada a
Norte, compreendida entre as cotas 88/ 96;

c) Zona Ondulada: com vários cabeços e espaços de transição entre os mesmos, e


com rochas de grande dimensão à superfície, entre as cotas altimétricas 96/ 101.

As cotas altimétricas referidas foram obtidas através de um aparelho GPS GARMIN CSX60,
de precisão métrica (Anexo 01).

Na Figura 02 ilustra-se, de forma aproximada, o mencionado nas alíneas anteriores.

Figura 02 – Orografia da parcela de terreno

No terreno existem ainda vários tipos de resíduos e entulho de obra, conforme se pode
verificar pelo registo fotográfico efectuado:

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Entulho e resíduos de obra

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Algum dos materiais identificados poderão vir a ser incorporados e/ou reutilizados na
reconversão do espaço, nomeadamente na delimitação de canteiros, de caminhos de pé
posto (lajetas de betão simples) e zonas de compostagem (manilhas de betão):

Resíduos de obra eventualmente a reutilizar

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4 - IMPLANTAÇÂO DA QUINTA URBANA/ PEDAGÓGICA

4.1 - Considerações Gerais

O projecto da Quinta Pedagógica de Linda a Velha surge como uma oportunidade de


reabilitação e valorização de uma área esquecida pela dinâmica do crescimento urbano
recente mas de elevado valor ambiental, potenciado pela proximidade a um sistema urbano
consolidado e a áreas vocacionadas para o recreio e lazer. Esta vizinhança é determinante
na atribuição das vocações didácticas do sítio transformando-o num grande cenário de
interpretação / investigação sobre questões ambientais e num complexo suporte para a
reflexão sobre a sustentabilidade dos recursos naturais; solo, água, ar e biodiversidade.

As funções são centralizadas em dois pólos funcionais principais;

1. Pedagógica
O conjunto dedicado à temática ambiental e pedagógica, centrado no núcleo de
Educação Ambiental, constituído pelos espaços de formação e laboratório ao ar livre
sobre todas as temáticas relacionadas com o ambiente, a vegetação, a vida animal,
a cidadania (biblioteca, eira, telheiros, forno, estufa, canteiros pedagógicos em
socalcos, canteiros pedagógicos inclusivos, anfiteatro, pomar, espaço do (mini)
bosque mediterrâneo, área dos animais da quinta).

2. Social e Cultural
Áreas destinadas ao recreio, a cooperação e a interacção social, através da criação
de parcelas agrícolas, de uso individual / familiar ou colectivo, espaços para
merendas, espaço recepção / loja /cafetaria da quinta, percurso de interpretação
ecológica / botânica, equipamento de recreio infantil e circuito de manutenção,
espaço para exposições, feiras ou outros eventos temporários.

A alteração do local inicialmente previsto na Proposta 57, obrigou a uma reorganização do


do layout, respeitando os objetcitvos propostos na proposta inicial e de acordo com as
caracteristicas particulares deste novo local, como:

a) menor área disponível: quase mesmo 1ha de área;


b) presença de entulho e resíduos de obra;

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c) orografia mais acentuada, que obriga à movimentação de terras e contenção de
taludes, o que não estava inicialmente previsto ou orçamentado;
d) maior área compactada, inapta para a implantação de canteiros, aproveitada em prol
de áreas de estadia e apoio social;
e) vedação exterior já existente;

Deverão ser assegurados os seguintes trabalhos e infra-estruturas básicas, com vista ao


sucesso do projecto:

1) Limpeza, saneamento e mobilização do terreno;


2) Mobilização de terras para formação dos terraços e áreas definidas nas peças
desenhadas que compõe este projecto
3) Vedação do terreno no lado contíguo à EBSARC e reformulação dos acesos
pedonais;
4) Implantação de rede de caminhos principais e secundários;
5) Implantação de rede de abastecimento de água;
6) Marcação de parcelas;
7) Infra-estruturas de apoio (abrigo para utensílios e oficinas, unidades de
compostagem, etc.).

4.2 - Layout proposto

O terreno da futura Quinta Pedagógica, ainda que tenha tido um passado rural foi utilizado,
mais recentemente, enquanto estaleiro de obra da Construção da Escola Secundária Amélia
Rey Colaço, apresentando ainda sinais do impacto que resultou desta obra: materiais de
grandes dimensões deixados no terreno; modelação de terreno „caótica‟ resultado das
operações de aterro/escavação decorrentes da construção do edifício da escola; produção
de resíduos (poluição do solo da água) ou a danificação da vegetação existente.
Face ao exposto e não existindo elementos relevantes da pré-existência como sejam
caminhos, muros ou árvores de dimensão ou singularidade significativa, foram propostas
alterações significativas ao perfil do terreno de forma a optimizar a utilização do espaço
através de operações de terraceamento que permitem a diminuição dos declives
acentuados actualmente existentes mas mantendo as cotas de contacto com o terreno
exterior (ver Desenho nº3).
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4.2.1 - Circulações
O sistema de circulação proposto assenta numa hierarquização muito clara e simplificada o
que permite reforçar a sua funcionalidade pela facilitação da sua leitura e interpretação.
A entrada principal (pedonal) será feita pela Av. Duque de Loulé enquanto que a entrada
secundária (cargas e descargas, manutenção da quinta ou acesso a viaturas de
emergência) será feita num arruamento que limita o espaço da Quinta da Escola Secundária
Amélia Rey Colaço, ao qual se acede igualmente a partir da Av. Duque de Loulé.
O percurso fundamental constitui uma rede de circulação de manutenção e emergência
(transito automóvel e pedonal) que cobre a globalidade do terreno e funciona como via
distribuidora de todos os percursos de ligação norte-sul, Este/Oeste.
Num segundo nível podem ser identificados os percursos de menor dimensão que permitem
estabelecer as ligações pedonais entre o percurso principal e cada uma das áreas temáticas
do parque.
Por último, a um terceiro nível hierárquico encontram-se os percursos que se inscrevem
numa lógica de permitir percorrer internamente cada um dos núcleos de actividade do
parque.

4.2.2 - Equipamento proposto


O conjunto de edifícios proposto procura, por um lado, responder às necessidades de
equipamentos específicos que são mencionados no programa ou cuja consideração resulta
produtiva no desenvolvimento do Quinta Pedagógica.
Apresenta-se listagem de equipamentos com respectivo quadro de áreas e funções, referida
ao desenho de localização respectivo.

Equipamento proposto

Descrição Área (m2) Observações

1.1.Núcleo de Interpretação 100 Núcleo gerido pela Cooperativa com funções


Ambiental / Biblioteca culturais e pedagógicas

1.1. Recepção /loja/ Cafetaria 37,5

1.3. IS´s Públicas 16

1.4. Arrumos / Manutenção 37,5

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Correspondendo ao espaço anteriormente utilizado pelo estaleiro, a plataforma d cerca de
1500m2, perfeitamente plana e consolidada, existente a um primeiro nível de cota altimétrica
86m, será recuperada para se assumir como grande pátio central de chegada à Quinta onde
o visitante / utilizador poderá encontrar os vários equipamentos de apoio, nomeadamente o
espaço Recepção, as Instalações Sanitárias Públicas e o Núcleo de Interpretação
Ambiental / Biblioteca.
Paralelamente ao espaço Recepção pretende-se desenvolver uma loja com apoio de bar e
área de esplanada. Na Loja os hortelãos poderão adquirir os recursos hortícolas
necessários para o desenvolvimento dos trabalhos na horta e onde a população em geral
poderá adquirir produtos da quinta a preços que se considerem justos.
Ainda no nível zero surge um edifício de apoio (arrumos) às operações agrícolas e de
manutenção da quinta.
Em espaços cobertos por estrutura fixa prevê-se ainda a existência de uma área de
trabalho equipada para planeamento das actividades e/ou recepção dos visitantes; o
espaço do forno e a estufa de hortícolas.
Prevê-se ainda a construção de uma eira construída segundo métodos tradicionais, e de
cerca de 25 canteiros pedagógicos sobreelevados para utilização por hotelãos com
mobilidade reduzida, idosos ou pessoas com problemas de saúde que impossibilitem o
trabalho na horta.
Para Poente do núcleo central, subindo desde a cota 86m até à cota 91m, numa área de
cerca de 2300m2, desenvolveu-se o desenho de 60 parcelas individuais/familiares,
reduzindo-se as pendentes ao mínimo através do terraceamento e contenção de terras
necessário.
A Sul relativamente ao núcleo central e às parcelas individuais/familiares, numa área de
cerca de 1550m2, serão constituídas a parcelas agrícolas colectivas (a poente) e os
canteiros pedagógicos (a nascente).
Avançando para sul o terreno continua a elevar-se até atingir o ponto mais alto
correspondente à cota 101m. Do lado Poente, desde a cota 95 até à 101 desenvolvem-se os
terrenos destinados à plantação do Pomar, também recorrendo à solução dos socalcos com
contenção do terreno. Do lado Nascente, numa área de 1800m2 será recriado um (mini)
bosque mediterrâneo como garantia do aumento da biodiversidade, melhoria da protecção
do solo através do aumento da infiltração das águas da chuva e diminuição do escorrimento
desorganizado da água superficial, reduzindo os riscos de erosão.

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4.2.3 - Vegetação
De uma forma geral optou-se pela utilização de um leque florístico com interesse ornamental
ou hortícola bem adaptado às condições edafo-climáticas do local e com predominância de
espécies de flora climácica. Daí a escolha de um elenco arbóreo / arbustivo que alia grande
rusticidade de forma a optimizar os níveis de manutenção a um valor ornamental e estético.

1. O revestimento arbóreo periférico proposto funcionará uma cortina (buffer) em relação


ao espaço urbano exterior à quinta e tem como principal objectivo a criação de melhores
condições de conforto ambiental (protecção dos ventos, da poluição sonora, visual e
atmosférica).

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1.1 Na frente virada a Norte, por tratar-se de uma zona de acumulação de água,
propõem-se a plantação de espécies características da galeria ripícola constituída
pelas seguintes espécies arbóreas;

Acer campestre_Bôrdo comum; Acer negundo _ Bôrdo negundo; Fraxinus


angustifolia _Freixo de folhas estreitas; Fraxinus ornus _Freixo; Populus alba
_Choupo branco; Populus tremula_Choupo tremedor; Quercus robur_Carvalho-
Alvarinho; Salix alba_Salgueiro branco;

e pelas seguintes espécies arbustivas;


Crataegus monogyna_Pilriteiro; Sambucus nigra_ Sabugueiro; Tamarix
africana_Tamargueira

1.2 Junto da área do pomar propõem-se a plantação de um “buffer” com espécies com
interesse hortícola, composto pelas seguintes espécies arbóreas;

Ceratonia siliqua_Alfarrobeira; Ficus carica_Figueira; Juglans Regia_Nogueira;


Laurus nobilis_Loureiro; Morus alba_Amoreira branca; Olea europaea var. europaea
_Oliveira; Pyrus dulcis_Amendoeira (C15l, pap 6/8, alt. 80/100)

e pelos seguintes arbustos silvestres e com baga:


Arbutus unedo_Medronheiro (C 7l, alt. 60/80); Corylus avellana_ Aveleira (C 7l, alt.
60/80); Prunus spinosa_Abrunheiro-bravo (C 7l, alt. 60/80); Ribes grossularia (G, alt.
20/30); Ribes nigrum (G, alt. 20/30); Ribes rubrum (G, alt. 20/30); Rubus fruticosus
(G, alt. 20/30); Rubus idaeus_Framboesa (G, alt. 20/30); Rubus loganobaccus (G, alt.
20/30); Rubus tricolor (G, alt. 20/30); Sambucus nigra (C 7l, alt. 60/80); Vaccinum
corymbosum (G, alt. 20/30); Vaccinium macrocapon (G, alt. 20/30); Vaccinium
myrtillus (G, alt. 20/30)

1.3 Nas restantes frentes do “buffer” propõem-se a plantação das seguintes espécies;

Acer pseudoplatanus; Casuarina equisetifolia; Cercis siliquastrum_Olaia; Cupressus


sempervirens; Eleagnus angustifolia; Ginkgo biloba; Grevillea robusta; Pinus

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halepensis_Pinheiro de alepo; Pinus pinaster; Tamarix gallica; Tilia tomentosa;
Tipuana tipu

2. Propõem-se a plantação de um (mini) bosque mediterrâneo, composto pelas seguintes


espécies arbóreas;

Olea europaea var sylvestris_Zambujeiro; Pinus pinea_Pinheiro Manso; Phillyrea


latifolia_Aderno das folhas largas; Quercus suber_Sobreiro; Quercus
robur_Carvalho-Alvarinho; Quercus faginea_Carvalho cerquinho; Quercus
coccifera_Carrasco; Quercus ilex rotundifolia_ Azinheira;
e pelas seguintes espécies arbustivas;

Calluna vulgaris; Cytisus multiflorus (giesteira branca); Coronilla valentina glauca;


Erica arborea_Urze-branca; Erica scoparia_Urze-das-Vassouras; Erica vulgaris;
Genista sp.; Lavandula spica; Lavandula stoechas; Myrtus communis_Murta; Pistacia
lentiscus_Aroeira; Phillyrea latifolia; Rhamnus alaternus_Sanguinho das Sebes;
Retama monosperma _Piorno amarelo; Rosmarinus officinalis; Viburnum
tinus_Folhado

3. Árvores Fruteiras - pomar;

Citrus limon_Limoeiro (C15l, pap 6/8, alt. 80/100); Citrus deliciosa


(C.nobilis)_Tangerineira (C15l, pap 6/8, alt. 80/100); Citrus sinensis (C.
aurantium)_Laranjeira (C15l, pap 6/8, alt. 80/100); Cydonia oblonga_Marmeleiro
(C15l, pap 8/10, alt. 80/100); Diospyros kaki_Dióspiro (C15l, pap 10/12, alt. 80/100)
Eriobotrya japonica_Nespereira; Malus domestica _ Macieira (C15l, pap 6/8, alt.
80/100); Prunus armeniaca _Alperceiro (C15l, pap 6/8, alt. 80/100); Prunus avium
_Cerejeira (C15l, pap 6/8, alt. 80/100); Prunus domestica_Ameixeira (C15l, pap 6/8,
alt. 80/100); Prunus cerasus_Ginjeira (C15l, pap 6/8, alt. 80/100); Prunus
insititia_Abrunheiro (C15l, pap 6/8, alt. 80/100); Prunus persica_Pessegueiro (C15l,
pap 6/8, alt. 80/100); Punica granatum_Româzeira (C15l, pap 6/8, alt. 80/100); Pyrus
communis_Pereira (C15l, pap 6/8, alt. 80/100)

4. Junto à vedação perímetral existente e das estruturas de ensombramento propostas


serão plantadas espécies trepadeiras;

4.1 Exposição S e W

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1.1 (folha persistente)
Bignonia unguis-cati (flor amarela); Bougainvillea java whyte (flor branca); Pandorea
jasminoides (flor branca); Plumbago capensis (flor azul); Tecoma stans (flor amarela)
Tecomaria capensis (flor vermelha); Vitis vinífera (em latada)

1.2 (folha caduca)


Campsis radicans (bignónias) (flor vermelha)

4.2 Exposição N e E

1.3 (folha persistente)


Lonicera japonica (flor branca/amarela); Plumbago capensis (flor azul)

1.4 Folha Caduca


Clematis (flor branca); Partenocissus tricuspidata

5 Lista das principais espécies hortícolas;

Allium cepa_Cebola; Allium porrum _ Alho-françês; Allium sativum _ Alho; Allium


schoenoprasum _ Cebolinho; Apium graveolens _Aipo; Asparagus officinalis _ Espargo;
Beta vulgaris _ Beterraba; Brassica oleracea var. acephala_ Couve de folhas; Brassica
oleracea var. botrytis_Couve-flor; Brassica oleracea var. italica_Couve-bróculo; Brassica
oleracea var. gemmifera_Couve-de-Bruxelas; Brassica oleracea var bulatta_Couve-
lombarda; Brassica oleracea var. capitata_Couve-repolho; Brassica oleracea var
tronchuda_Couve tronchuda; Brassica oleracea var. gongylodes_ Couve-rábano; Brassica
napus_ Nabo; Capsicum annuum _ Pimento; Capparis spinosa_Alcaparra; Citrullus vulgaris_
Melancia; Cucumis melo _Melão; Cucumis sativus _ Pepino; Cucurbita maxima Duchesne -
_Abóbora-menina; Cucurbita pepo _ Abóbora-porqueira e aboborinha; Cucurbita ficifolia _
Abóbora-chila; Cynara cardunculus _ Alcachofra; Daucus carota _ Cenoura; Foeniculum
vulgare _ Funcho; Fragaria chiloensis_Morangueiro; Ipomoea batatas_Batateira doce;
Lactuca sativa _ Alface; Lycopersicon esculentum _ Tomateiro; Nasturtium officinale_Agrião;
Phaseolus vulgaris _ Feijoeiro; Pisum sativum _Ervilheira; Portulaca oleracea_Beldroega;
Raphanus sativus _ Rabanete; Rheum rhaponticum_Ruibarbo; Solanum

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melongena_Beringela; Solanum tuberosum_Batateira; Spinacia oleracea _ Espinafre; Vicia
faba_Faveira; Vigna sinensis_Feijão-frade; Zea mays _ Milho doce

6 Canteiros temáticos;

6.1 Aromáticas

Alfazema
Lavandula stoechas (rosmaninho); Lavandula angustifolia; Lavandula dentata candicans;
Lavandula dentata silver form;

Alecrim
Rosmarinus officinalis; Rosmarinus prostatus;

Santolina
Santolina chamaecyparissus (cinzenta); Santolina virens (verde);

Tomilho
Thymus vulgaris;Thymus citriodorus; Thymus 'archers gold'; Thymus 'sylver posie'; Thymus
'deutsche';

Manjericão
Manjericão Comum (Ocimum basilicum); Manjericão Negro (Ocimum basilicum var.
purpureum)

Salsa
Salsa Comum (Petroselinum crispum); Salsa Frisada

Mentha
Hortelã Pimenta (Mentha x piperita 'Pepper'); Hortelã da Ribeira (Mentha cervina); Hortelã
verde (Mentha spicata); Mentha aquatica; Mentha x piperita 'chocolat'; Mentha x piperita
'citrata'; Mentha x piperita 'spearmint'

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Arruda (Ruta graveolens); Falso Caril (Helichrysym stoechas curry); Murta (Myrtus
communis); Erva-Príncipe ou Erva-Limão (Cymbopogon citratus); Lúcia-Lima ou Bela-
Luísa (Lipia citriodora); Coentros (Coriandrum sativum); Cebolinho (Allium schoenoprasum)
Oregãos (Origanum vulgare); Estragão (Artemisia dracunculus); Funcho (Foeniculum
vulgare); Poejo (Mentha pulegium); Stevia (Stevia rebaudiana); Salva (Salvia officinalis);
Camomila (Matricaria officinallis); Aneto (Anethum graevolens); Cerefólio (Anthriscus
cerefolium sativum); Milefólio (Achillea milefolium); Jambú (Acmella oleracea);
Artemísia (Artemisia vulgaris); Hissopo (Hyssopus officinalis); Ruibarbo (Rheum
rhababarum); Rúcula (Diplotaxis tenuifolia 'roma')

6.2 Flores comestíveis:

Espécies herbáceas com flores comestíveis;

aboborinha (Cucurbita pepo); alegria do lar (Impatiens wolleriana); amor-perfeito (Viola


tricolor); alecrim (Rosmarinus officinalis); alfazema e rosmaninho (Lavandula ssp); borragem
(Borago officinalis); calêndula (Calendula officinalis); camomila (Camomila officinalis);
campânula (Campanula mdium); capuchinha (Tropaeolum majus); cebolinho (Allium
schoenoprasum); centáurea (Centaurea cyanus); coentro (Coriandrum sativum); cosmos
(Cosmos spp); cravo (Dianthus caryophyllus); cravinas (Dianthus plumarius); cravo -túnico
(Tagetes patula); gerânio (Pelargonium hybridum); malva (Malva sylvestris); miosótis
(Myosotis alpestris); petúnia (Petunia spp.); prímula (Primula vulgaris); tomilho (Thymus
spp.); verbena (Verbena officinalis);

e ainda flores das plantas da família Brassicáceas, tais como agrião, couve-de-folhas, couve-
galega, rabanete e rúcula.

Espécies arbustivas com flores comestíveis:

hibiscus (Hibiscus sabdariffa); lanterna-japonesa (Abutilon striatum); madressilva (Lonicera


periclymenum); rapazinhos (Salvia microphylla); rosas (Rosa rugosa, R. damascena, R. galica,e R.
canina).

Como revestimento subarbustivo propõe-se o espalhamento de uma camada de casca de


pinheiro a qual, além de conferir um melhor aspecto visual a estas zonas, evita o
desenvolvimento de infestantes.

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Quanto ao revestimento herbáceo, propõe-se a sementeira de prado de sequeiro que
revestirá toda a área de projecto (excepto área agrícola) e que garante uma imagem verde
pastoral aliada a um baixo custo de implantação e manutenção, permitindo ainda garantir a
estabilização e protecção das áreas em talude contra os efeitos da erosão.

Conclusão

Como intenção mais abrangente resulta a vontade de estabelecer um conjunto paisagístico


coerente, suficientemente equipado para poder ir ao encontro das necessidades lúdicas /
pedagógicas da população de Oeiras, constituindo um espaço naturalizado que salvaguarde
a potencialidade dos mecanismos bióticos /ecológicos essenciais, suficientemente dinâmico
para acolher e sugerir eventos e intervenções subsequentes, baseado num conceito de
gestão que lhe garanta a viabilidade a perenidade consequente.

4.3 - Tipo e divisão dos parcelas

Nas diversas hortas urbanas com apoio institucional que se têm disseminado pelo país, não
se verifica um critério uniforme na dimensão dos parcelas individuais. Por exemplo, no
Projecto de Hortas Urbanas de Rio Maior, os parcelas atribuídos têm 30m2, já em Castro
Verde abrangem uma área de 100 a 120m2.

Propõe-se uma área de 35m2 para os parcelas (4m x 8.5m), tamanho que se julga adequado
para o hortelão-alvo em questão, tanto mais que se pretende que as pessoas tenham
disponibilidade também para a ocupação dos parcelas e pomar comunitários de maior
dimensão. Este espaço deverá ser de todos, para todos e, por isso mesmo, cuidado em
conjunto.

Na área social, por ser a mais próxima dos acessos e infraestruturas de apoio, prevê-se a
implantação de canteiros sobreelevados, para pessoas que tenham dificuldades de
articulação ou em se dobrarem até ao chão, também indicados para pessoas com
mobilidade reduzida, nomeadamente as que necessitam de cadeiras de rodas.

Proposta de Reconversão/ Revitalização de Terreno 20


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O conceito a adoptar será o de "square foot gardening", com dimensões e altura adequada
para que possam ser explorados de forma confortável e eficiente por pessoas em cadeiras
de rodas. Estes canteiros têm ainda vantagens acrescidas do ponto de vista da drenagem
da terra e eventual reutilização da água de rega.

Exemplo de solução de canteiros


acessíveis na Horta da Associação de
Valorização Ambiental da Alta de Lisboa
(AVAAL)

Neste capitulo contamos com o apoio da Cooperativa Milacessos que irá elaborar o projeto
de acessibilidades da Quinta Urbana e Pedagógica.

4.4 - Rede de Caminhos

Na peça desenhada em anexo pode observar-se a rede de caminhos proposta e respectiva


hierarquização.
É constituída por dois caminhos principais com 3,0m de largura: o primeiro de acesso
directo à zona de pomar e topo da parcela com cerca de 200m e o segundo a rodear a zona
de canteiros individuais com cerca de 100m de extensão.

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O caminho principal, com uma largura mínima de 4,0 m, deverá ser dotado de
características em termos de secção e suporte de carga que permita a circulação de
veículos de apoio à exploração. Os restantes serão pedonais.

4.5 - Rede de Rega

Na peça desenhada em anexo, consta um esboço do traçado da rede de rega, que foi
efectuado de acordo com as seguintes premissas:

a) ligação à rede de água pública;


b) sistemas de distribuição de água através de ramais telescópicos com utilização de
tubagem de diâmetros compreendidos entre 40mm a 75mm;
c) colocação de torneiras em locais estratégicos que permitam o acesso a vários
parcelas, através de redes de aproximação (mangueiras) a cargo dos utilizadores, ou
regadores.

Desde o início do projecto, os hortelões deverão ser sensibilizados para o racionamento da


água numa óptica de valorização e conservação dos recursos hídricos, considerando a água
como um bem escasso.
Está previsto como base do abastecimento de água, o aproveitamento das águas da chuva,
com recurso ao armazenamento da mesma em reservatório localizado no ponto alto do
terreno. A adução da água ás parcelas será realizada graviticamente e sem recurso a
energia.
Está também considerada a exploração dos recursos hídricos subterrâneos, através da
abertura de um poço ou furo artesiano autónomo (alimentado por energia fotovoltaica).
(em anexo a peça desenhada e cálculos)

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(desenho do depósito de acumulação de água)

4.6 - Iluminação

Na primeira fase do projecto, prevê-se a instalação de uma rede de iluminação ligada à rede
pública para:

a) iluminação do caminho de acesso principal e das infra-estruturas de apoio;

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b) instalação de pontos de alimentação na zona dos parcelas individuais, colocados em
locais estratégicos, de forma a possibilitar a exploração dos mesmos no período de
Outono/ Inverno, altura em que, a partir das 17h30m /18h, a falta de luminosidade
poderá comprometer a segurança nos trabalhos da horta.

A rede eléctrica no interior do espaço irá acompanhar a rede de rega para minimizar os
trabalhos de execução das redes enterradas. Esta rede terá dois circuitos, um para uma
rede de tomadas e outro para a iluminação. Está previsto a médio prazo que a iluminação
seja abastecida por fonte renovável, através da instalação de painéis fotovoltaicos, já
alocados ao projeto de captação de água por furo artesiano.
O modelo de iluminação previsto é apenas para os caminhos e serão colocados pequenos
pórticos de iluminação, sendo esta feita a nível baixo (aprox. 0,5 m do pavimento).

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5 - MODELO DE EXPLORAÇÃO E MANUTENÇÃO

5.1 - Considerações Gerais

No modelo a seguir para a exploração e manutenção do espaço, é essencial que ele seja
suportado pela própria atividade da Quinta, garantindo assim a sua continuidade.
De modo a tornar eficaz a sua gestão, está previsto concorrer a fundos para se garantir pelo
menos um posto de trabalho, assim como recorrer a programas de Voluntariado Jovem
Europeu (SVE) para acções pontuais.
Para iniciar o projeto e numa fase em que o investimento é muito elevado, poderá ser
acordado um período de carência no abastecimento de energia eléctrica e de água.

5.2 - Entidade gestora

Para a gestão do projeto, prevê-se a constituição de uma entidade com figura jurídica legal e
sem fins lucrativos.
Esta instituição será responsável pela nomeação do "Gestor da Quinta", que terá um
mandato limitado no tempo e será rotativo não devendo ser renovada a condição após
esgotado o prazo previsto do mandato.

5.3 - Regulamento e formação de hortelões

O regulamento e formação de hortelões, foi criado com base no regulamento das Hortas
Urbanas da CMO, adaptado a algumas características particulares deste projeto.
(Documentos em anexo)

5.4 - Sustentabilidade

A sustentabilidade do projeto é o garante da sua durabilidade e quem sabe até de


continuidade para futuras gerações.

A sustentabilidade está directamente ligada á capacidade de não esgotar recursos e de


permitir que o próprio projeto possa ter continuidade e possa até ser desenvolvido noutras
formas de estar e de pensar.

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A sustentabilidade só faz sentido se for encarada de forma global e assim teremos várias
questões a ser tratadas:

a) Energia

b) Água

c) Ambiente

d) Finança

a) Energia
As necessidades energéticas foram estudadas de modo a ter o menor impacto
possível, quer no meio envolvente quer em custos de implementação e exploração. Nestes
foram consideradas fontes de energia renováveis para o processo produtivo da quinta,
ficando a zona Social abastecida pela rede pública.

b) Agua
A captação de água através de um foro artesiano e a acumulação de aguas da
chuva são o garante da autonomia do projeto. A zona de Apoio e Social, devido às suas
características, será abastecida pela rede publica.

c) Ambiente
Além das duas propostas anteriores sobre a energia e a água, já por si medidas que
reduzem o impacto ambiental, prevê-se ainda a compostagem doméstica, a redução e
separação de resíduos, métodos de produção biológica/tradicional e um programa que
incentive meios de mobilidade suave para as deslocações à quinta.

d) Finança
Todas as propostas anteriores obrigam a algum investimento inicial mas, facilmente
se percebe que o retorno do mesmo será a curto prazo e que por si só já garantem uma
redução dos encargos fixos do projeto.
Outra das vertentes do projeto, será a obtenção de receitas e proveitos, utilizando
para isso as infraestruturas montadas e a experiencia e valências de instituições
preferencialmente locais, para dinamizar atividades formativas, educativas, culturais e
artísticas que resultem essencialmente em proveitos. Como exemplo, com a organização de
um workshops de "Construção de Estufas", poderemos chegar ao final dessa actividade
Proposta de Reconversão/ Revitalização de Terreno 26
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com o proveito de ter uma estufa montada com os custos do formador e os materiais pagos
pelos participantes que ainda executarão o trabalho de modo voluntário. Este será um
principio a aplicar em trabalhos específicos e que requeiram uma orientação técnica
qualificada.
Para as questões de manutenção, será criado um banco de horas (ver regulamento
de utilização) em que estão inseridos todos os hortelãos com parcela individual. Com o valor
de horas mensal atribuído ao projeto global da quinta, colmataremos as necessidades de
mão de obra não qualificada ou até qualificada, necessária a manutenção do espaço.
Melhorias ao projeto e adaptações especificas serão abordados outros tipos de
modelos económicos como as trocas e economia da dádiva (http://sacred-economics.com/).,
recorrendo ainda ao "Crowdfunding" (http://ppl.com.pt/), nos casos mais dispendiosos e de
carácter mais urgente.
Para apoiar estas acções e dinamizar um espaço que lhes será dedicado, espaço
vocacionado para pedagogia e sensibilização ambiental – Horta Pedagógica – o público-alvo
serão as crianças dos estabelecimentos escolares. Sublinha-se a proximidade dos
estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas Amélia Rey Colaço e o interesse,
motivação e projectos que as respectivas Associações de Pais têm demonstrado no
desenvolvimento de projectos similares.

O exemplo de sucesso, em termos pedagógicos, de um espaço semelhante (embora de


menor escala) é o da Horta Pedagógica existente no Jardim de Infância José Martins, que
abrange também alunos da EB1 Armando Guerreiro e onde, desde 2010, se praticam dois
ciclos culturais por ano. Foram ainda introduzidos com sucesso animais de quinta (coelhos e
galinhas) que fazem parte de um plano pedagógico bem definido, constituindo uma oferta
diferenciada de valor acrescentado. Refira-se que, normalmente, os jardins-de-infância e as
escolas básicas do 1º Ciclo prevêem, no seu plano de actividades anual, uma visita a
quintas pedagógicas.

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O maior ou menor sucesso da exploração e manutenção das zonas
comunitárias estará dependente da capacidade de mobilização da
comunidade para uma cidadania mais participativa, direccionada
para a prática de agricultura urbana. De mencionar e salientar o
trabalho que tem sido efectuado pelo Movimento Transição Linda-
a-Velha, que junta moradores desta freguesia, sendo que um dos
objectivos comuns é a melhoria do ambiente urbano e o (re)estabelecimento de relações de
vizinhança e comunitárias. Actualmente, o referido Movimento possui uma horta comunitária
com resultados visíveis, num espaço cedido temporariamente pela Junta de Freguesia. Tem
organizado cursos e seminários ligados a esta temática, a saber: “Iniciação à Permacultura”
e “Hortas nas Varandas”, que conheceram uma grande adesão. Uma vez que se pretende
que os terrenos sejam cultivados em modo de agricultura biológica caseira, o “know how” do
Movimento Transição poderá constituir uma mais-valia para o espaço que se pretende criar.
De referir que os eventos e iniciativas levadas a cabo por este grupo [(Dia dos Vizinhos, À
Descoberta das Plantas Medicinais (passeio na mata), entre outros eventos similares] têm
conhecido uma adesão e interesse crescentes por parte da comunidade local.

Contamos ainda no que diz respeito a atividades culturais e artísticas com a colaboração do
Centro Comunitário de Linda-a-Velha, Oficina do Aprendiz, Ideias Fluorescentes e outras
entidades que se venha a protocolar.

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6 - CALENDARIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

O investimento deverá ser realizado de forma faseada, intercalado por períodos de


observação e análise, no intuito de efectuar uma avaliação relativamente aos objectivos
inicialmente propostos. Desta forma, a implantação de novas infra-estruturas poderá ser
orientada de acordo com as necessidades e expectativas dos utilizadores do espaço.

Face ao exposto, consideraram-se três (3) Níveis de Investimento devidamente


enquadrados numa óptica de curto, médio e longo prazo:

a) Nível 1: Investimento considerado prioritário e essencial para o início do projecto,


com o objectivo de dotar a área das condições mínimas para a recepção dos futuros
hortelões. Incluem-se ainda custos com material que não é prioritário, mas que, pelo
seu baixo custo, podem ser considerados nesta fase pelo benefício que dos mesmos
advém (por ex: pontos de compostagem caseira);

b) Nível 2: Investimento em infra-estruturas importantes, mas não essenciais. Podem


ser consideradas a curto ou médio prazo, dependendo da maior ou menor
disponibilidade orçamental;

c) Nível 3: Investimento em infra-estruturas de apoio a equacionar após avaliação da


dinâmica e funcionamento da Quinta, com o objectivo de dotar o espaço de novas
funcionalidades e também para diminuir os encargos de manutenção e exploração.

O enquadramento dos vários itens/ alíneas nos níveis ou prazo de investimento é flexível e
subjectivo, estando intimamente dependente do orçamento disponível, entidades envolvidas,
população abrangida, dinâmica e vida útil do projecto.

No quadro seguinte é possível observar a articulação mencionada.

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7 - APOIO INSTITUCIONAL

Conforme já foi referido, considera-se essencial o apoio institucional da Câmara Municipal


de Oeiras para a fase de implantação do projecto e no primeiro ano de vida do mesmo. A
Junta de Freguesia de Linda-a-Velha poderia assumir um papel importante na
regulamentação e na conservação e manutenção do espaço.

O projecto pode beneficiar do “know how” já adquirido em espaços similares,


nomeadamente do conjunto de hortas urbanas desenvolvidas pela LIPOR (Serviço
Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto), e ainda de contactos a
estabelecer com entidades ligadas à agricultura, que [por ex.: Instituto Superior de
Agronomia (ISA), Estação Agronómica Nacional, cooperativas de fruta ou associações de
produtores da zona do Oeste, entre outras].

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8 - CONCLUSÔES

Face ao exposto, consideramos que este é um projecto interessante e útil para toda a
comunidade de Linda-a-Velha e freguesias adjacentes, tendo como base a reconversão de
um espaço sem aproveitamento, através de um projecto local imbuído de uma vertente
pedagógica.

Linda-a-Velha, Novembro de 2013

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ANEXO 1

PEÇAS DESENHADAS

Desenho 01 – Proposta de Organização do espaço (layout)


Desenho 02 – Plano altimétrico
Desenho 03 – Perfis gerais de terreno
Desenho 04 - Rede de Rega. Traçados de Tubagem

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Anexos
ANEXO 2

CÁLCULO DA REDE DE REGA

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Anexos
ANEXO 3

REGULAMENTO DE UTILIZAÇÃO (HORTELÕES)

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Anexos
ANEXO 4

PLANO DE FORMAÇÃO INICIAL (HORTELÕES)

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Anexos

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