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LINDA-A-VELHA, OEIRAS
CONTROLO
VERSÃO INICIAL:
ALTERAÇÕES:
Versão
Data Responsável Observações/ Alterações
nº
1 Nov13 Adaptação ao terreno alternativo
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3
2 - ANTECEDENTES............................................................................................................. 4
8 - CONCLUSÔES .............................................................................................................. 32
II. Zona com Horta Pedagógica: parcelas exploradas por estabelecimentos de ensino
(públicos e/ou privados) e associações ligadas a estes;
III. Zona com Parcelas Colectivas: parcelas de maior dimensão, reservados à prática
de culturas de forma extensiva (milho, cereais, batatas, etc.), através de actividades
de grupo.
Conforme já foi referido, este projecto pretende dar continuidade à Proposta 57, A
apresentação desta proposta para o terreno em questão foi precedida da elaboração, em
Fevereiro de 2011, de um Plano de Intenções realizado pelas Associações de Pais dos
estabelecimentos escolares do Agrupamento de Escolas Amélia Rey Colaço, no sentido de
reabilitar e aproveitar um terreno vedado sem utilização, contíguo à Escola Básica e
Secundária Amélia Rey Colaço.
Desta forma, o projecto outrora com uma vertente sobretudo pedagógica e direccionado
para a população estudantil, foi reformulado de forma a abranger a população em geral. De
referir que o projecto agora apresentado pode ser adaptado para outras zonas da freguesia
de Linda-a-Velha, na eventualidade de existir algum impedimento na utilização da parcela
em questão.
a) Zona Plana: dividida em dois patamares, sendo que um deles se encontra bastante
compactado devido à incorporação no solo de resíduos de materiais inertes que
contribuíram para esta situação. A Zona Plana 1 encontra-se à cota 86 e a Zona
Plana 2 à cota 88;
As cotas altimétricas referidas foram obtidas através de um aparelho GPS GARMIN CSX60,
de precisão métrica (Anexo 01).
No terreno existem ainda vários tipos de resíduos e entulho de obra, conforme se pode
verificar pelo registo fotográfico efectuado:
1. Pedagógica
O conjunto dedicado à temática ambiental e pedagógica, centrado no núcleo de
Educação Ambiental, constituído pelos espaços de formação e laboratório ao ar livre
sobre todas as temáticas relacionadas com o ambiente, a vegetação, a vida animal,
a cidadania (biblioteca, eira, telheiros, forno, estufa, canteiros pedagógicos em
socalcos, canteiros pedagógicos inclusivos, anfiteatro, pomar, espaço do (mini)
bosque mediterrâneo, área dos animais da quinta).
2. Social e Cultural
Áreas destinadas ao recreio, a cooperação e a interacção social, através da criação
de parcelas agrícolas, de uso individual / familiar ou colectivo, espaços para
merendas, espaço recepção / loja /cafetaria da quinta, percurso de interpretação
ecológica / botânica, equipamento de recreio infantil e circuito de manutenção,
espaço para exposições, feiras ou outros eventos temporários.
O terreno da futura Quinta Pedagógica, ainda que tenha tido um passado rural foi utilizado,
mais recentemente, enquanto estaleiro de obra da Construção da Escola Secundária Amélia
Rey Colaço, apresentando ainda sinais do impacto que resultou desta obra: materiais de
grandes dimensões deixados no terreno; modelação de terreno „caótica‟ resultado das
operações de aterro/escavação decorrentes da construção do edifício da escola; produção
de resíduos (poluição do solo da água) ou a danificação da vegetação existente.
Face ao exposto e não existindo elementos relevantes da pré-existência como sejam
caminhos, muros ou árvores de dimensão ou singularidade significativa, foram propostas
alterações significativas ao perfil do terreno de forma a optimizar a utilização do espaço
através de operações de terraceamento que permitem a diminuição dos declives
acentuados actualmente existentes mas mantendo as cotas de contacto com o terreno
exterior (ver Desenho nº3).
Proposta de Reconversão/ Revitalização de Terreno 11
Quinta Urbana/ Pedagógica
4.2.1 - Circulações
O sistema de circulação proposto assenta numa hierarquização muito clara e simplificada o
que permite reforçar a sua funcionalidade pela facilitação da sua leitura e interpretação.
A entrada principal (pedonal) será feita pela Av. Duque de Loulé enquanto que a entrada
secundária (cargas e descargas, manutenção da quinta ou acesso a viaturas de
emergência) será feita num arruamento que limita o espaço da Quinta da Escola Secundária
Amélia Rey Colaço, ao qual se acede igualmente a partir da Av. Duque de Loulé.
O percurso fundamental constitui uma rede de circulação de manutenção e emergência
(transito automóvel e pedonal) que cobre a globalidade do terreno e funciona como via
distribuidora de todos os percursos de ligação norte-sul, Este/Oeste.
Num segundo nível podem ser identificados os percursos de menor dimensão que permitem
estabelecer as ligações pedonais entre o percurso principal e cada uma das áreas temáticas
do parque.
Por último, a um terceiro nível hierárquico encontram-se os percursos que se inscrevem
numa lógica de permitir percorrer internamente cada um dos núcleos de actividade do
parque.
Equipamento proposto
1.2 Junto da área do pomar propõem-se a plantação de um “buffer” com espécies com
interesse hortícola, composto pelas seguintes espécies arbóreas;
1.3 Nas restantes frentes do “buffer” propõem-se a plantação das seguintes espécies;
4.1 Exposição S e W
4.2 Exposição N e E
6 Canteiros temáticos;
6.1 Aromáticas
Alfazema
Lavandula stoechas (rosmaninho); Lavandula angustifolia; Lavandula dentata candicans;
Lavandula dentata silver form;
Alecrim
Rosmarinus officinalis; Rosmarinus prostatus;
Santolina
Santolina chamaecyparissus (cinzenta); Santolina virens (verde);
Tomilho
Thymus vulgaris;Thymus citriodorus; Thymus 'archers gold'; Thymus 'sylver posie'; Thymus
'deutsche';
Manjericão
Manjericão Comum (Ocimum basilicum); Manjericão Negro (Ocimum basilicum var.
purpureum)
Salsa
Salsa Comum (Petroselinum crispum); Salsa Frisada
Mentha
Hortelã Pimenta (Mentha x piperita 'Pepper'); Hortelã da Ribeira (Mentha cervina); Hortelã
verde (Mentha spicata); Mentha aquatica; Mentha x piperita 'chocolat'; Mentha x piperita
'citrata'; Mentha x piperita 'spearmint'
e ainda flores das plantas da família Brassicáceas, tais como agrião, couve-de-folhas, couve-
galega, rabanete e rúcula.
Conclusão
Nas diversas hortas urbanas com apoio institucional que se têm disseminado pelo país, não
se verifica um critério uniforme na dimensão dos parcelas individuais. Por exemplo, no
Projecto de Hortas Urbanas de Rio Maior, os parcelas atribuídos têm 30m2, já em Castro
Verde abrangem uma área de 100 a 120m2.
Propõe-se uma área de 35m2 para os parcelas (4m x 8.5m), tamanho que se julga adequado
para o hortelão-alvo em questão, tanto mais que se pretende que as pessoas tenham
disponibilidade também para a ocupação dos parcelas e pomar comunitários de maior
dimensão. Este espaço deverá ser de todos, para todos e, por isso mesmo, cuidado em
conjunto.
Na área social, por ser a mais próxima dos acessos e infraestruturas de apoio, prevê-se a
implantação de canteiros sobreelevados, para pessoas que tenham dificuldades de
articulação ou em se dobrarem até ao chão, também indicados para pessoas com
mobilidade reduzida, nomeadamente as que necessitam de cadeiras de rodas.
Neste capitulo contamos com o apoio da Cooperativa Milacessos que irá elaborar o projeto
de acessibilidades da Quinta Urbana e Pedagógica.
Na peça desenhada em anexo, consta um esboço do traçado da rede de rega, que foi
efectuado de acordo com as seguintes premissas:
4.6 - Iluminação
Na primeira fase do projecto, prevê-se a instalação de uma rede de iluminação ligada à rede
pública para:
A rede eléctrica no interior do espaço irá acompanhar a rede de rega para minimizar os
trabalhos de execução das redes enterradas. Esta rede terá dois circuitos, um para uma
rede de tomadas e outro para a iluminação. Está previsto a médio prazo que a iluminação
seja abastecida por fonte renovável, através da instalação de painéis fotovoltaicos, já
alocados ao projeto de captação de água por furo artesiano.
O modelo de iluminação previsto é apenas para os caminhos e serão colocados pequenos
pórticos de iluminação, sendo esta feita a nível baixo (aprox. 0,5 m do pavimento).
No modelo a seguir para a exploração e manutenção do espaço, é essencial que ele seja
suportado pela própria atividade da Quinta, garantindo assim a sua continuidade.
De modo a tornar eficaz a sua gestão, está previsto concorrer a fundos para se garantir pelo
menos um posto de trabalho, assim como recorrer a programas de Voluntariado Jovem
Europeu (SVE) para acções pontuais.
Para iniciar o projeto e numa fase em que o investimento é muito elevado, poderá ser
acordado um período de carência no abastecimento de energia eléctrica e de água.
Para a gestão do projeto, prevê-se a constituição de uma entidade com figura jurídica legal e
sem fins lucrativos.
Esta instituição será responsável pela nomeação do "Gestor da Quinta", que terá um
mandato limitado no tempo e será rotativo não devendo ser renovada a condição após
esgotado o prazo previsto do mandato.
O regulamento e formação de hortelões, foi criado com base no regulamento das Hortas
Urbanas da CMO, adaptado a algumas características particulares deste projeto.
(Documentos em anexo)
5.4 - Sustentabilidade
a) Energia
b) Água
c) Ambiente
d) Finança
a) Energia
As necessidades energéticas foram estudadas de modo a ter o menor impacto
possível, quer no meio envolvente quer em custos de implementação e exploração. Nestes
foram consideradas fontes de energia renováveis para o processo produtivo da quinta,
ficando a zona Social abastecida pela rede pública.
b) Agua
A captação de água através de um foro artesiano e a acumulação de aguas da
chuva são o garante da autonomia do projeto. A zona de Apoio e Social, devido às suas
características, será abastecida pela rede publica.
c) Ambiente
Além das duas propostas anteriores sobre a energia e a água, já por si medidas que
reduzem o impacto ambiental, prevê-se ainda a compostagem doméstica, a redução e
separação de resíduos, métodos de produção biológica/tradicional e um programa que
incentive meios de mobilidade suave para as deslocações à quinta.
d) Finança
Todas as propostas anteriores obrigam a algum investimento inicial mas, facilmente
se percebe que o retorno do mesmo será a curto prazo e que por si só já garantem uma
redução dos encargos fixos do projeto.
Outra das vertentes do projeto, será a obtenção de receitas e proveitos, utilizando
para isso as infraestruturas montadas e a experiencia e valências de instituições
preferencialmente locais, para dinamizar atividades formativas, educativas, culturais e
artísticas que resultem essencialmente em proveitos. Como exemplo, com a organização de
um workshops de "Construção de Estufas", poderemos chegar ao final dessa actividade
Proposta de Reconversão/ Revitalização de Terreno 26
Quinta Urbana/ Pedagógica
com o proveito de ter uma estufa montada com os custos do formador e os materiais pagos
pelos participantes que ainda executarão o trabalho de modo voluntário. Este será um
principio a aplicar em trabalhos específicos e que requeiram uma orientação técnica
qualificada.
Para as questões de manutenção, será criado um banco de horas (ver regulamento
de utilização) em que estão inseridos todos os hortelãos com parcela individual. Com o valor
de horas mensal atribuído ao projeto global da quinta, colmataremos as necessidades de
mão de obra não qualificada ou até qualificada, necessária a manutenção do espaço.
Melhorias ao projeto e adaptações especificas serão abordados outros tipos de
modelos económicos como as trocas e economia da dádiva (http://sacred-economics.com/).,
recorrendo ainda ao "Crowdfunding" (http://ppl.com.pt/), nos casos mais dispendiosos e de
carácter mais urgente.
Para apoiar estas acções e dinamizar um espaço que lhes será dedicado, espaço
vocacionado para pedagogia e sensibilização ambiental – Horta Pedagógica – o público-alvo
serão as crianças dos estabelecimentos escolares. Sublinha-se a proximidade dos
estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas Amélia Rey Colaço e o interesse,
motivação e projectos que as respectivas Associações de Pais têm demonstrado no
desenvolvimento de projectos similares.
Contamos ainda no que diz respeito a atividades culturais e artísticas com a colaboração do
Centro Comunitário de Linda-a-Velha, Oficina do Aprendiz, Ideias Fluorescentes e outras
entidades que se venha a protocolar.
O enquadramento dos vários itens/ alíneas nos níveis ou prazo de investimento é flexível e
subjectivo, estando intimamente dependente do orçamento disponível, entidades envolvidas,
população abrangida, dinâmica e vida útil do projecto.
Face ao exposto, consideramos que este é um projecto interessante e útil para toda a
comunidade de Linda-a-Velha e freguesias adjacentes, tendo como base a reconversão de
um espaço sem aproveitamento, através de um projecto local imbuído de uma vertente
pedagógica.
PEÇAS DESENHADAS