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RESUMOS

DIREITO ADMINISTRATIVO

OBJETIVOS
Prazos extintivos que visam assegurar a estabilidade das relações jur. entre a Adm Púb e os administrados, ou
entre a Adm Púb e seus agentes, depois de transcorrido determinado lapso temporal, em atenção ao princípio
da segurança jurídica.
Inclui hipóteses enquadradas como: preclusão adm, prescrição e decadência.

PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA
Constitui uma rubrica genérica onde estudam-se hipóteses que tecnicamente são:
 Preclusão administrativa: Perda do prazo estipulado para que ocorresse
determinada manifestação no âmbito de um processo ou procedimento já
instaurado;
 Prescrição propriamente dita: Perda do prazo para ajuizamento de uma ação (ou
Generalidade
apresentação de pet adm) com a qual se pretende defender um direito contra uma
lesão ou ameaça de lesão (tem curso anterior ao processo jud e adm);
 Decadência: Perda do prazo para exercício de um direito substantivo. (não
pressupõe lesão anterior, não é prazo para pleitear a defesa de um direito, e sim para
o seu próprio exercício)
Dec. 70235/72, art. 15: 30d da intimação, o prazo de impugnação de um lançamento
tributário, instaurando-se um proc adm;

L 8666/93: 5dú para recurso contra o julgamento das propostas nor procedimentos
licitatórios (art. 109,I,b); 2dú no convite;
Prazos para o
administrado L 9784/99, art. 59: 10d para interposição de recurso adm, contado da ciência ou divulgação
instaurar oficial da decisão, na esfera federal.
processos adm
ou interpor Obs¹: A doutrina majoritariamente admite a possibilidade da Adm Púb apreciar recursos adm
recurso intempestivos, devendo recebê-lo com simples petição inominada e promovendo a anulação
de ofício no caso da ilegalidade efetivamente existir. Fundamentado no pr. legalidade e no
poder-dever de autotutela.
Salvo, já houver ocorrido a prescrição judicial, estabelecida pelo art. 1º, Dec. 20910/32
(prescrição quinquenal das ações judiciais contra a fazenda pública), pois caso contrário a
revisão de ofício constituiria ofensa à estabilidade das relações jurídicas.
Ausência de previsão legal, desde que não ocorra a prescrição jud.
Regras gerais:
1) Em cada unidade da federação (U/E/DF/M), existindo um prazo expressamente
previsto na lei do próprio ente, será esse o prazo aplicável à situação referida.
2) Inexistindo a lei acima, o prazo a ser aplicado será o do art. 1º, Dec. 20910/32
(prescrição quinquenal das ações judiciais contra a fazenda pública);
Prazos para a 3) Na esfera federal:
Adm Púb rever a. Atos que decorram efeitos favoráveis: L.9784/99, art. 54: Estabelece o prazo
seus próprios decadencial de 5A para anular atos adm que decorram efeitos favoráveis aos
atos destinatários, salvo má-fé;
b. Atos que decorram efeitos desfavoráveis e atos de comprovada má-fé: prazo
genérico de prescrição de 10A das ações jud do Código Civil (art. 205).
4) O prazo de 10A não se aplica havendo regra legal específica incompatível.
Ex: PAF que resulte aplicação de sanções podem ser revistos a qq tempo se for para
reduzir ou afastar a penalidade adequada (art. 65 L.9784/99 e art. 174 L.8112/90).
Obs¹: A lei não estabeleceu o prazo extintivo no caso do ato ser desfavorável ao destinatário.
Entende-se que está sujeita ao prazo genérico de prescrição de 10A das ações jud do Código
Civil (art. 205). Pois caso se adotasse o prazo de 5A (seja do art. 54 ou do Dec. 20910/32),
tornaria sem sentido a restrição expressa do art. 54 da L.9784/99.

Obs²: Não há prazo para a Adm Púb revogar os atos adm inoportunos ou inconvenientes,
desde que o ato seja discricionário e não haja causa impeditiva de revogação:
 Não haver gerado dir adquirido para o destinatário;
 Não ser um ato exaurido;
 Não ser ato integrante de procedimento adm.
1) Havendo lei específica, deve ser aplicada;
2) Inexistindo a lei acima, o prazo a ser aplicado será o do art. 1º, Dec. 20910/32
(prescrição quinquenal das ações judiciais contra a fazenda pública), salvo o fato ser
tipificado também como crime;
3) Há prazos legais específicos:
Prazos para a a. L.8112/90, art. 142: Prazos para prescrição da aplicação das sanções
Adm Púb disciplinares (Demissão-5A; Suspensão-2A e Advertência-180d), exceto
aplicar sanções configurando crime.;
adm aos seus b. L.9873/99: 5A na esfera federal, o prazo prescricional das ações punitivas
agentes ou decorrentes do exercício do poder de polícia, exceto configurando crime.
administrados
em geral Obs¹: No caso de aplicação de penalidades os prazos de prescrição adm são sempre fatais e
intransponíveis, pq operam garantia do agente público ou do particular.

Obs²: São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário. Assim, mesmo havendo


prescrição (adm ou jud), decorrendo prejuízo ao patrimônio público, essa ação civil de
ressarcimento sempre poderá ser proposta perante o PJ

OBS:

 As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios:


Bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua
natureza, prescrevem em CINCO ANOS, contados da DATA DO ATO OU FATO do qual se originarem.

 Interrupção da Prescrição:
Somente poderá ser INTERROMPIDA uma vez.
A CITAÇÃO INICIAL não interrompe a prescrição quando, por qualquer motivo, o processo tenha sido anulado.

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Leg Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do
primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe
impugnação à validade do ato
Afastamen É quinquenal o prazo para que a administração pública possa anular ato administrativo, sendo vedado, após
to da o seu decurso, o afastamento da decadência. ERRADO. CESPE 2015 TCU PROC Art. 54
decad
de fato, o prazo é de 5 anos, e de natureza decadencial. Porém, se houver má-fé, a decadência poderá sim
ser mitigada, afastada. Errada, a decadência pode ser afastada se comprovada má-fé.
Tipos de Prescrição do fundo de direito (prescrição nuclear) --> Ocorre quando o direito subjetivo é violado por um
Prescrição ato único, começando aí a correr o prazo prescricional que a pessoa lesada tem para exigir do devedor a
prestação. Esgotado esse prazo, extingue-se a pretensão e o credor não mais poderá exigir nada do
devedor.

Em palavras mais simples, é aquela que atinge a exigibilidade do direito como um todo.
Ex: o devedor combinou de pagar a dívida em uma só vez, no dia fev/2008. Se ele não pagou, iniciou-se o
prazo prescricional, que terminou em fevereiro/2013.

Prescrição progressiva (Prescrição de obrigações de trato sucessivo) --> Ocorre quando a obrigação do
devedor é de trato sucessivo, ou seja, contínua. Em outras palavras, o devedor, periodicamente, deve
fornecer aquela prestação ao credor. Toda vez que não o faz, ele viola o direito do credor e este tem a
pretensão de exigir o cumprimento.

Em palavras mais simples, é aquela que atinge apenas as parcelas (e não o direito como um todo).

Ex: o devedor combinou de pagar uma indenização ao credor até o fim de sua vida. Essa verba é paga em
prestações (fev/2008, fev/2010, fev/2012 etc). Imagine que ele não tenha pago nenhuma. A prescrição
quanto à fev/2008 e fev/2010 já ocorreu. Persistes, no entanto, exigíveis a prestação de fev/2012 e as
seguintes. Fonte: Dizer o direito. Abraço galera.
Prescrição Caso servidor público ajuíze ação tendo por objeto ato omissivo continuado da administração pública que
de fundo lhe tenha impedido progressão na carreira, ocorrerá prescrição do fundo de direito, se a ação for ajuizada
após cinco anos do início da omissão. ERRADO. CESPE 2015

Em se tratando de ato omissivo da Administração, caracterizado pela ausência de concessão à servidora


municipal de progressão na carreira, ocorre apenas a prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio que
precedeu o ajuizamento da ação. Incidente a Súmula nº 85/STJ (STJ AgRg no AREsp 558052 MG). para o STJ,
não ocorre a prescrição do fundo de direito. Isso porque é omissão de natureza continuada e não de trato
sucessivo. Claro que, quando ajuizada a ação, a parte só terá direito aos últimos cinco anos requeridos.
Autotela e De acordo com o posicionamento do STJ, o prazo decadencial de cinco anos previsto, na legislação de
decad regência, para que a administração pública promova o exercício da autotutela é aplicável apenas aos atos
anuláveis, não aos atos nulos. CESPE 2013. BACEN
AgRg no REsp 1147446 RS 2009/0127512-0 (STJ)
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUTOTUTELA ADMINISTRATIVA. PRAZODECADENCIAL. APLICÁVEL AOS
ATOS NULOS E ANULÁVEIS. PRECEDENTES. TESEDE QUE A APOSENTADORIA, POR SER ATO COMPLEXO,
SOMENTE TEM INICIADO OPRAZO DECADENCIAL COM A CONFIRMAÇÃO DO REGISTRO PELA CORTE
DECONTAS. RECURSO QUE DEIXA DE IMPUGNAR FUNDAMENTOS DA DECISÃOAGRAVADA. SÚMULAS N.OS
182 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E 283 DOPRETÓRIO EXCELSO. REFORMA DO ATO DE
APOSENTADORIA, SUPOSTAMENTE, PORFORÇA DE DETERMINAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.
RAZÕES DOAPELO NOBRE DISSOCIADAS DA FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO.INCIDÊNCIA DA
SÚMULA N.º 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ATO DEAPOSENTADORIA E CERTIDÃO DE TEMPO DE
SERVIÇO EXPEDIDA PELO INSTITUTONACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS. REVISÃO COM A EXCLUSÃO DE
PERÍODOSRELATIVOS À ATIVIDADE RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. LEIFEDERAL N.º 9.784/99.
TERMO A QUO. VIGÊNCIA DA LEI. DECADÊNCIAADMINISTRATIVA. CONFIGURADA. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO.
1. O prazo decadencial para que a Administração Pública promova aautotutela, previsto no art. 54 da Lei n.º
9.784/99, é aplicáveltanto aos atos nulos quanto aos anuláveis.
2. No que diz respeito à tese segundo a qual a decadência não seoperou porque, na hipótese de
aposentadoria de servidor público, o prazo decadencial somente tem início a partir do registro noTribunal
de Contas, não foi atacado fundamento da decisão agravada,atraindo a Súmula 182 deste Superior Tribunal
de Justiça e 283 daSúmula da Suprema Corte.
3. A alegação de que a certidão de tempo de contribuição foi alterada por força de determinação do
Tribunal de Contas da Uniãoestá dissociada da fundamentação do aresto hostilizado, incidindo aSúmula 284
do Pretório Excelso.
4. É insubsistente a alegação de que a expedição de nova certidão detempo de contribuição foi resultado de
determinação da Corte deContas, no bojo da análise do ato de aposentadoria , porquanto ocitado órgão de
controle registrou o citado ato sem quaisquerressalvas.
5. O ato informando que, ante a exclusão dos interstícios relativosà atividade rural, a aposentadoria não
poderia ter continuidade, nãodecorreu de qualquer determinação do Tribunal de Contas do Estadual,mas,
sim, da nova certidão de tempo de contribuição expedida peloINSS.
6. Caso o ato acoimado de ilegalidade tenha sido praticado antes dapromulgação da Lei n.º 9.784, de
01/02/1999, a Administração tem oprazo de cincos anos a contar da vigência da aludida norma paraanulá-
lo; caso tenha sido praticado após a edição da mencionada Lei,o prazo qüinqüenal da Administração contar-
se-á da prática do atotido por ilegal, sob pena de decadência, nos termos do art. 54 daLei n.º 9.784/99.7. A
certidão de tempo de serviço foi expedida em 25/07/97, razãopela qual o prazo qüinqüenal para a revisão
começa a contar a partirda vigência da Lei n.º 9.784/99. Assim, ocorrendo a modificaçãoapenas em
09/07/2004, a decadência restou configurada.8. Somente em 25/07/07 foi recebida comunicação oficial no
sentidode que, em decorrência da expedição de nova certidão de tempo decontribuição o ato de
aposentadoria fora revisado, o que reforça aconclusão de que ocorreu a decadência para a Administração
exercer aautotutela.9. Agravo regimental desprovido.
O direito da administração de anular os atos administrativos dos quais decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que tenham sido praticados, salvo comprovada má-
fé. Segundo o STF, tal entendimento aplica-se às hipóteses de auditorias realizadas pelo TCU em âmbito de
controle de legalidade administrativa. CESPE 2013. DPEDF

INFORMATIVO Nº 703

TÍTULO TCU: auditoria e decadência PROCESSO MS – 31344 ARTIGO


O disposto no art. 54 da Lei 9.784/99 (“Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé”) aplica-se às hipóteses deauditorias realizadas pelo TCU em
âmbito de controle de legalidade administrativa. Com base nesse entendimento, a 1ª Turma reconheceu a
decadência e, por conseguinte, concedeu mandado de segurança para afastar a exigibilidade da devolução
de certas parcelas. Tratava-se de writ impetrado contra ato doTCU que, em auditoria realizada no Tribunal
Regional Eleitoral do Piauí, em 2005, determinara o ressarcimento de valores pagos em duplicidade a
servidores no ano de 1996. Salientou-se a natureza simplesmente administrativa do ato. Dessa forma, a
atuação do TCU estaria submetida à Lei 9.784/99, sob o ângulo da decadência e presentes relações jurídicas
específicas, a envolver a Corte tomadora dos serviços e os prestadores destes. Consignou-se que a
autoridade impetrada glosara situação jurídica já constituída no tempo. Aduziu-se que conclusão em sentido
diverso implicaria o estabelecimento de distinção onde a norma não o fizera, conforme o órgão a praticar o
ato administrativo. Destacou-se, por fim, que o caso não se confundiria com aquele atinente a ato
complexo, a exemplo da aposentadoria, no que inexistente situação aperfeiçoada. Leia o inteiro teor do
voto condutor na seção “Transcrições” deste Informativo. MS 31344/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 23.4.2013.
(MS-31344)
Quest Independentemente de comprovada má-fé, após o prazo de cinco anos da prática de ato ilegal, operar-se-á
Geral a decadência, o que impedirá a sua anulação. ERRADO. CESPE 2017

O prazo de decadência do direito de anular ato administrativo de que decorram efeitos patrimoniais será
contado a partir da ciência da ilegalidade pela administração. ERRADO. CESPE 2017

Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Belo Horizonte - MG Prova: CESPE - 2017 - Prefeitura de Belo
Horizonte - MG - Procurador Municipal
No que concerne a revogação, anulação e convalidação de ato administrativo, assinale a opção correta.
A Assim como ocorre nos negócios jurídicos de direito privado, cabe unicamente à esfera judicial a anulação
de ato administrativo.
B Independentemente de comprovada má-fé, após o prazo de cinco anos da prática de ato ilegal, operar-se-
á a decadência, o que impedirá a sua anulação.
C O prazo de decadência do direito de anular ato administrativo de que decorram efeitos patrimoniais será
contado a partir da ciência da ilegalidade pela administração.
D Um ato administrativo que apresente defeitos sanáveis poderá ser convalidado quando não lesionar o
interesse público, não sendo necessário que a administração pública o anule.
GABARITO: D

Os atos da administração que apresentarem vício de legalidade deverão ser anulados pela própria
administração. No entanto, se de tais atos decorrerem efeitos favoráveis a seus destinatários, o direito da
administração de anular esses atos administrativos decairá em cinco anos, contados da data em que forem
praticados, salvo se houver comprovada má-fé. CESPE 2015. DPEPE
Prova: CESPE - 2009 - Prefeitura de Ipojuca - PE - Procurador MunicipalDisciplina: Direito Administrativo |
Assuntos: Processo Administrativo - Lei 9.784/99; Demais aspectos da lei 9.784/99;
O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
GABARITO: CERTA.

Prova: CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios - AdministradorDisciplina: Direito Administrativo |


Assuntos: Atos administrativos; Atributos do ato administrativo – presunção de legitimidade,
imperatividade, autoexecutoriedade e tipicidade;
Em regra, o ato administrativo goza da presunção de legitimidade, mas, caso esteja inquinado com mácula
insanável e dele tiverem decorrido efeitos favoráveis a seus destinatários, a administração terá o direito de
anulá-lo no prazo decadencial de cinco anos.
GABARITO: CERTA.

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Prescrição Lei 9.784 prevê em seu art. 54. "O direito da Administração de anular os atos administrativos de
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé."

Importante lembrar que trata-se de lei federal, mas a jurisprudência vem admitindo a ampliação de sua
aplicação para os estados que não legislaram acerca do assunto.

Por fim, destacouma observação final que se refere ao prazo para invalidação de atos em caso de má-fé do
beneficiário. Celso Antônio bandeira de Mello afirma que não há prazo prescricional expresso para os casos
de má-fé, conclui, contudo, que deve-se aplicar analogicamente o prazo prescricional residual de 10 anos do
artigo 205 do CC/02. Já para Alexandre Mazza, o prazo prescricional no caso de má-fé deve ser o mais
benéfico para a administração, proclamando pela aplicação analógica do prazo de 15 anos previsto no artigo
1238 CC para os casos de usucapião.
O erro da questão D refere-se ao final da assertiva quando escreve "e comprovada má-fé". No artigo 54, da
Lei nº 9.784/99 resolve a questão: "O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé".
Atos “1. Segundo o entendimento firmado pela Corte Especial, caso o ato acoimado de ilegalidade tenha sido
anteriores praticado antes da promulgação da Lei n.º 9.784/99, a Administração tem o prazo de cincos anos para
anulá-lo, a contar da vigência da aludida norma para anulá-lo; caso tenha sido praticado em momento
posterior, o prazo qüinqüenal da Administração tem início a partir da sua prática, sob pena de decadência,
nos termos do art. 54 da Lei n.º 9.784/99”. STJ, AgRg no REsp 669.213/SC, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta
Turma, julgado em 10/06/2008, DJe 04/08/2008.
Autotutela AgRg no REsp 1147446 RS 2009/0127512-0 (STJ)
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUTOTUTELA ADMINISTRATIVA. PRAZODECADENCIAL. APLICÁVEL AOS
ATOS NULOS E ANULÁVEIS. PRECEDENTES. TESEDE QUE A APOSENTADORIA, POR SER ATO COMPLEXO,
SOMENTE TEM INICIADO OPRAZO DECADENCIAL COM A CONFIRMAÇÃO DO REGISTRO PELA CORTE
DECONTAS. RECURSO QUE DEIXA DE IMPUGNAR FUNDAMENTOS DA DECISÃOAGRAVADA. SÚMULAS N.OS
182 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E 283 DOPRETÓRIO EXCELSO. REFORMA DO ATO DE
APOSENTADORIA, SUPOSTAMENTE, PORFORÇA DE DETERMINAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.
RAZÕES DOAPELO NOBRE DISSOCIADAS DA FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO.INCIDÊNCIA DA
SÚMULA N.º 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ATO DEAPOSENTADORIA E CERTIDÃO DE TEMPO DE
SERVIÇO EXPEDIDA PELO INSTITUTONACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS. REVISÃO COM A EXCLUSÃO DE
PERÍODOSRELATIVOS À ATIVIDADE RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. LEIFEDERAL N.º 9.784/99.
TERMO A QUO. VIGÊNCIA DA LEI. DECADÊNCIAADMINISTRATIVA. CONFIGURADA. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO.
1. O prazo decadencial para que a Administração Pública promova aautotutela, previsto no art. 54 da Lei n.º
9.784/99, é aplicáveltanto aos atos nulos quanto aos anuláveis.
2. No que diz respeito à tese segundo a qual a decadência não seoperou porque, na hipótese de
aposentadoria de servidor público, o prazo decadencial somente tem início a partir do registro noTribunal
de Contas, não foi atacado fundamento da decisão agravada,atraindo a Súmula 182 deste Superior Tribunal
de Justiça e 283 daSúmula da Suprema Corte.
3. A alegação de que a certidão de tempo de contribuição foi alterada por força de determinação do
Tribunal de Contas da Uniãoestá dissociada da fundamentação do aresto hostilizado, incidindo aSúmula 284
do Pretório Excelso.
4. É insubsistente a alegação de que a expedição de nova certidão detempo de contribuição foi resultado de
determinação da Corte deContas, no bojo da análise do ato de aposentadoria , porquanto ocitado órgão de
controle registrou o citado ato sem quaisquerressalvas.
5. O ato informando que, ante a exclusão dos interstícios relativosà atividade rural, a aposentadoria não
poderia ter continuidade, nãodecorreu de qualquer determinação do Tribunal de Contas do Estadual,mas,
sim, da nova certidão de tempo de contribuição expedida peloINSS.
6. Caso o ato acoimado de ilegalidade tenha sido praticado antes dapromulgação da Lei n.º 9.784, de
01/02/1999, a Administração tem oprazo de cincos anos a contar da vigência da aludida norma paraanulá-
lo; caso tenha sido praticado após a edição da mencionada Lei,o prazo qüinqüenal da Administração contar-
se-á da prática do atotido por ilegal, sob pena de decadência, nos termos do art. 54 daLei n.º 9.784/99.7. A
certidão de tempo de serviço foi expedida em 25/07/97, razãopela qual o prazo qüinqüenal para a revisão
começa a contar a partirda vigência da Lei n.º 9.784/99. Assim, ocorrendo a modificaçãoapenas em
09/07/2004, a decadência restou configurada.8. Somente em 25/07/07 foi recebida comunicação oficial no
sentidode que, em decorrência da expedição de nova certidão de tempo decontribuição o ato de
aposentadoria fora revisado, o que reforça aconclusão de que ocorreu a decadência para a Administração
exercer aautotutela.9. Agravo regimental desprovido.
Reintegraç EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REINTEGRAÇÃO.
servidor PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. DECRETO Nº 20.910/32. 1. A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça
consolidou-se no sentido de que a ação que objetiva reintegração de servidor público deve ser proposta no
prazo de cinco anos (artigo 1º do Decreto nº 20.910/32) do ato de demissão, ainda que se trate de ação
ajuizada em face de ato nulo. 2. Agravo regimental improvido. (STJ - AgRg nos EREsp: 545538 SC
2005/0028730-1, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento: 28/10/2009, S3
- TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 05/11/2009)
Previdênci Não ocorre a prescrição do fundo de direito nas ações cujo objeto seja a pretensão de servidor aposentado
a servidor de rever o ato de sua aposentadoria, para fins de inclusão do tempo de serviço por ele prestado em
condições insalubres. ERRADO. CESPE 2013. BACEN PROC

TRATANDO-SE DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS, SÃO PRESCRITOS EM CINCO ANOS.

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


SERVIDOR PÚBLICO. EX-CELETISTA. REVISÃO DA APOSENTADORIA PARA INCLUSÃO DE TEMPO TRABALHADO
EM ATIVIDADE INSALUBRE. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. INCIDÊNCIA DO DECRETO 20.910/32.
PRAZO DE CINCO ANOS CONTADOS DO ATO DE APOSENTADORIA.
DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO.
1. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a revisão do ato de aposentadoria para a
contagem especial do tempo de serviço insalubre exercido durante o regime celetista submete-se ao prazo
prescricional de cinco anos contados da concessão do benefício, nos termos do art. 1º do Decreto
20.910/32. Precedentes: AgRg no AREsp 228.972/SC, Rel. Ministra Diva Marlerbi (Desembargadora
convocada do TRF 3ª Região), Segunda Turma, DJe 11/3/2013; AgRg no AREsp 11.331/RS, Rel. Ministro
Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 4/6/2012.
2. No caso dos autos, embora o ato de aposentadoria da agravante tenha sido emitido em 1996, a ação
ordinária somente foi ajuizada em 5/6/2006, estando, assim, configurada a prescrição do fundo de direito.
3. O dissídio jurisprudencial não foi demonstrado na forma exigida pelos arts. 541, parágrafo único, do CPC e
255, §§ 1º e 2º, do RISTJ, tendo em conta que a parte recorrente não procedeu ao necessário cotejo
analítico entre os julgados, deixando de evidenciar o ponto em que os acórdãos confrontados, diante da
mesma base fática, teriam adotado a alegada solução jurídica diversa.
4. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AREsp 232.845/PR, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
10/09/2013, DJe 17/09/2013)

A princípio, a Lei nº 8.112/90 vincula uma única pena para cada infração, sem conceder à autoridade
julgadora discricionariedade para decidir de forma diferente. Ou seja, em regra, uma vez configurado o
ilícito, a pena é vinculada. Assim já se manifestou a Advocacia-Geral da União, no Parecer - AGU nº GQ-183,
vinculante:
“7. Apurada a falta a que a Lei nº 8.112, de 1990, arts. 129, 130, 132, 134 e 135, comina a aplicação de
penalidade, esta medida passa a constituir dever indeclinável, em decorrência do caráter de norma
imperativa de que se revestem esses dispositivos. Impõe-se a apenação sem qualquer margem de
discricionariedade de que possa valer-se a autoridade administrativa para omitir-se nesse mister. (...)

8. Esse poder é obrigatoriamente desempenhado pela autoridade julgadora do processo disciplinar (...).”
“Parecer-Dasp. Desqualificação de penalidade. As infrações disciplinares são específicas, não comportando
desqualificação da respectiva penalidade”.
Os artigos. 129, 130, 132, 134 e 135 da Lei nº 8.112/90, estabelecem, respectivamente, que as penas de
advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargo em comissão serão
aplicadas às hipóteses elencadas. Nesse aspecto, não é dado à autoridade o poder de perdoar, de compor
ou de transigir, aplicando algum tipo de pena alternativa.
Improbida Considere que seja ajuizada ação de improbidade administrativa na qual se postule indenização ao erário
de em decorrência de contratação de empresa sem licitação e transferência de recursos públicos sem a
correspondente prestação do serviço. Nessa situação, é imprescritível a pretensão de indenização ao erário.
CESPE 2013. BACEN PROC

NA AÇÃO DE RESSARCIMENTO NÃO HAVERÁ PRESCRIÇÃO, PODENDO A PENA PASSAR DO CONDENADO AO


SEU SUCESSOR, ATÉ O LIMITE DO PATRIMÔNIO TRANSFERIDO.

STJ REsp 1156519 / RO


1. Ação civil de improbidade relativa a contratações, ao longo do ano de 1994, de serviços publicitários sem
licitação e que teriam sido pagos sem a devida prestação pelo contratado.2. A pretensão de indenização ao
erário é imprescritível.Precedentes. 3. Em relação ao terceiro que não detém a qualidade de agentepúblico,
incide também a norma do art. 23 da Lei nº 8.429/1992 para efeito de aferição do termo inicial do prazo
prescricional. No tocante à exigência de dolo para a tipificação dos atos deimprobidade disciplinados nos
arts. 10 e 11 da Lei nº 8.429/1992,carece do indispensável prequestionamento.6. Recurso especial
conhecido em parte e não provido.

autor Carvalho Filho distingue, em dois momentos, os efeitos do silêncio administrativo: a lei aponta as
consequências da omissão e a lei é omissa a respeito.

No primeiro momento, a lei pode conferir efeito deferitório (anuência tácita – efeito positivo) ou
denegatório (efeito negativo). Por exemplo, o §3º do art. 26 da Lei 9.748/97, dá ao silêncio efeito positivo.
Vejamos:

Art. 26. A concessão implica, para o concessionário, a obrigação de explorar, por sua conta e risco e, em
caso de êxito, produzir petróleo ou gás natural em determinado bloco, conferindo-lhe a propriedade desses
bens, após extraídos, com os encargos relativos ao pagamento dos tributos incidentes e das participações
legais ou contratuais correspondentes.
(...)
§ 3° Decorrido o prazo estipulado no parágrafo anterior sem que haja manifestação da ANP, os planos e
projetos considerar-se-ão automaticamente aprovados.
Comentado pelo professor Cyonil Borges.
Regime As ações contra a fazenda pública que objetivam o ressarcimento de danos decorrentes de violação de
militar direitos fundamentais, a exemplo de danos ocorridos durante o regime militar, estão sujeitas à prescrição
quinquenal. ERRADO. CESPE 2013. BACEN PROC

OS DIREITOS DO ARTIGO 5º SÃO IMPRESCRITÍVEIS. LEMBRANDO-SE DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA


JURÍDICA.

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. PERSEGUIÇÃO


POLÍTICA OCORRIDA DURANTE O REGIME MILITAR.
INAPLICABILIDADE DO ART. 1º DO DECRETO 20.910/1932. PRECEDENTES.
IMPRESCRITIBILIDADE.
1. Conforme entendimento desta Corte, "a prescrição quinquenal, disposta no art. 1º do Decreto
20.910/1932, não se aplica aos danos decorrentes de violação de direitos fundamentais, os quais são
imprescritíveis, principalmente quando ocorreram durante o Regime Militar, época em que os
jurisdicionados não podiam deduzir a contento suas pretensões" (AgRg no AREsp 302.979/PR, Rel. Ministro
Castro Meira, Segunda Turma, DJe 5/6/2013) .
2. Não compete ao STJ, ainda que para fins de prequestionamento, examinar na via especial suposta
violação a dispositivos constitucionais, sob pena de usurpação da competência do STF (art.
102, III, da CF/1988).
3. Agravo Regimental a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1128042/PR, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/08/2013, DJe
23/08/2013)

AgRg no REsp 1147446 RS 2009/0127512-0 (STJ)


PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUTOTUTELA ADMINISTRATIVA. PRAZODECADENCIAL. APLICÁVEL AOS
ATOS NULOS E ANULÁVEIS. PRECEDENTES. TESEDE QUE A APOSENTADORIA, POR SER ATO COMPLEXO,
SOMENTE TEM INICIADO OPRAZO DECADENCIAL COM A CONFIRMAÇÃO DO REGISTRO PELA CORTE
DECONTAS. RECURSO QUE DEIXA DE IMPUGNAR FUNDAMENTOS DA DECISÃOAGRAVADA. SÚMULAS N.OS
182 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E 283 DOPRETÓRIO EXCELSO. REFORMA DO ATO DE
APOSENTADORIA, SUPOSTAMENTE, PORFORÇA DE DETERMINAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.
RAZÕES DOAPELO NOBRE DISSOCIADAS DA FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO.INCIDÊNCIA DA
SÚMULA N.º 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ATO DEAPOSENTADORIA E CERTIDÃO DE TEMPO DE
SERVIÇO EXPEDIDA PELO INSTITUTONACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS. REVISÃO COM A EXCLUSÃO DE
PERÍODOSRELATIVOS À ATIVIDADE RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. LEIFEDERAL N.º 9.784/99.
TERMO A QUO. VIGÊNCIA DA LEI. DECADÊNCIAADMINISTRATIVA. CONFIGURADA. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO.
1. O prazo decadencial para que a Administração Pública promova aautotutela, previsto no art. 54 da Lei n.º
9.784/99, é aplicáveltanto aos atos nulos quanto aos anuláveis.
2. No que diz respeito à tese segundo a qual a decadência não seoperou porque, na hipótese de
aposentadoria de servidor público, o prazo decadencial somente tem início a partir do registro noTribunal
de Contas, não foi atacado fundamento da decisão agravada,atraindo a Súmula 182 deste Superior Tribunal
de Justiça e 283 daSúmula da Suprema Corte.
3. A alegação de que a certidão de tempo de contribuição foi alterada por força de determinação do
Tribunal de Contas da Uniãoestá dissociada da fundamentação do aresto hostilizado, incidindo aSúmula 284
do Pretório Excelso.
4. É insubsistente a alegação de que a expedição de nova certidão detempo de contribuição foi resultado de
determinação da Corte deContas, no bojo da análise do ato de aposentadoria , porquanto ocitado órgão de
controle registrou o citado ato sem quaisquerressalvas.
5. O ato informando que, ante a exclusão dos interstícios relativosà atividade rural, a aposentadoria não
poderia ter continuidade, nãodecorreu de qualquer determinação do Tribunal de Contas do Estadual,mas,
sim, da nova certidão de tempo de contribuição expedida peloINSS.
6. Caso o ato acoimado de ilegalidade tenha sido praticado antes dapromulgação da Lei n.º 9.784, de
01/02/1999, a Administração tem oprazo de cincos anos a contar da vigência da aludida norma paraanulá-
lo; caso tenha sido praticado após a edição da mencionada Lei,o prazo qüinqüenal da Administração contar-
se-á da prática do atotido por ilegal, sob pena de decadência, nos termos do art. 54 daLei n.º 9.784/99.7. A
certidão de tempo de serviço foi expedida em 25/07/97, razãopela qual o prazo qüinqüenal para a revisão
começa a contar a partirda vigência da Lei n.º 9.784/99. Assim, ocorrendo a modificaçãoapenas em
09/07/2004, a decadência restou configurada.8. Somente em 25/07/07 foi recebida comunicação oficial no
sentidode que, em decorrência da expedição de nova certidão de tempo decontribuição o ato de
aposentadoria fora revisado, o que reforça aconclusão de que ocorreu a decadência para a Administração
exercer aautotutela.9. Agravo regimental desprovido.
Cobrança CIVIL E PROCESSO CIVIL. HONORÁRIOS. CONTRATAÇÃO VERBAL. COBRANÇA.
honorários PRESCRIÇÃO. PRAZO. CONTAGEM. DIES A QUO. DISPOSITIVOS LEGAIS ANALISADOS: ARTS. 25 DA LEI Nº
8.906/94 E 206, § 5º, II, DO CC/02.
1. Agravo de instrumento interposto em 03.07.2006. Recurso especial concluso ao gabinete da Relatora em
12.12.2012.
2. Recurso especial em que se discute o dies a quo do prazo prescricional para cobrança de honorários
decorrentes de contrato verbal de prestação de serviços advocatícios judiciais.
3. Somente a ação declaratória pura é imprescritível; quando ela se revestir também de natureza
constitutiva, ficará sujeita à prescrição.
4. Embora, com base no princípio da especialidade, a regra específica do art. 25, II, da Lei nº 8.906/94 deva
prevalecer sobre o comando geral do art. 206, § 5º, II, do CC/02, aquela norma legal se refere
exclusivamente à prescrição da ação de cobrança de honorários de advogado, inexistindo qualquer alusão à
ação de arbitramento. Portanto, ausente no Estatuto da OAB comando específico para a tutela da prescrição
da ação de arbitramento de honorários advocatícios, aplica-se a regra geral contida no Código Civil, cuja
redação é mais abrangente, comportando inclusive a pretensão de fixação da verba.
5. Embora pormenorizadas, as hipóteses enumeradas no art. 25 da Lei nº 8.906/94 se subsumem na
previsão do art. 206, § 5º, II, do CC/02, de sorte que, independentemente da norma aplicada, o prazo
prescricional para exercício da pretensão de arbitramento e/ou cobrança dos honorários advocatícios
judiciais verbalmente contratados será sempre de 05 anos, contado do encerramento da prestação do
serviço (trânsito em julgado da decisão final ou último ato praticado no processo, conforme o caso).
6. Recurso especial a que se nega provimento.
(REsp 1358425/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/05/2014, DJe
26/05/2014)
Quest 1 Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TJ-RN Prova: CESPE - 2013 - TJ-RN - Juiz
Em 12 de janeiro de 2013, Pedro, ex-policial militar, propôs ação declaratória de nulidade de ato
administrativo cumulada com pedido de reintegração em cargo público contra o estado do Rio Grande do
Norte. O pedido objetiva a declaração de nulidade do ato que o excluiu dos quadros da corporação,
publicado no Diário Oficial do Estado e no Boletim do Comando Geral da Polícia Militar em 13 de dezembro
de 2007, e a consequente reintegração no cargo de policial militar, sob o fundamento de que o processo
administrativo do qual decorreu sua exclusão seria nulo, em função de cerceamento de defesa e violação ao
contraditório.

Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência dominante, a ação deverá ser julgada
Aprocedente em parte, já que, ainda que a ação declaratória de nulidade seja imprescritível, a pretensão de
reintegração no cargo público prescreveu, em função do seu caráter desconstitutivo.
Bimprocedente, tendo em vista a ocorrência de prescrição do direito de ação do autor.
Cimprocedente, em razão da decadência do direito do autor.
Dprocedente, em função da impossibilidade de convalidação do ato administrativo nulo.
Eprocedente, pois a ação declaratória é imprescritível. GAB B

Aposentad Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TC-DF Prova: CESPE - 2013 - TC-DF - Procurador
oria Texto associado
O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados. Não obstante, segundo
orientação jurisprudencial que vem sendo firmada no âmbito do STF, não se opera esse prazo decadencial
no período compreendido entre o ato administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o posterior
julgamento de sua legalidade e registro pelo TCU — que consubstancia o exercício da competência
constitucional de controle externo.
Certo

Após cinco anos, segundo o STF, não é que não se possa anular a pensão, é possível sim, anular a pensão
após o decurso de cinco anos (ato de exame de legalidade de concessão de aposentadoria pelo TCU) ocorre
que, após cinco anos, deve ser aberto o prazo de defesa, o que normalmente não está protegido pela ampra
defesa e contraditório. é uma exceção à " Súmula Vinculante 3 Nos processos perante o Tribunal de Contas
da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão."" passou de cinco anos, mesmo em casos de
aposentadoria, deve ser aberto prazo para defesa.

A questão se torna interessante quando se analisa os reflexos do prazo decadencial da Lei nº 9.784/99 na
análise pelo TCU do ato de concessão inicial de aposentadoria. É justamente nesse ponto, meu amigo
concursando, que o seu concorrente vai escorregar! O STF entende que não se opera a decadência prevista
no art. 54 da Lei 9.784/99 no período compreendido entre o ato administrativo concessivo de
aposentadoria ou pensão e o posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas da
União, ou seja, se o TCU demorar 10 anos para analisar o ato concessivo da aposentadoria, ele não vai
perder o direito de avaliar a legalidade desse ato. Isso não quer dizer que o TCU pode engavetar um
processo dessa natureza indefinidamente, violando o postulado da segurança jurídica. O cidadão tem direito
de ver seu ato de aposentadoria confirmado (ou não) pelo órgão de controle. Quando houver esse
“engavetamento”, por um período superior a 5 (cinco) anos, contados da chegada do processo ao TCU, ao
cidadão deve ser conferida a ampla defesa e o contraditório, em atenção ao princípio da segurança jurídica
e, em última análise, ao princípio da confiança. É isso mesmo, meu amigo, o TCU pode ficar 8, 9, 10, 15 anos
sem analisar o ato de concessão de aposentadoria e não vai decair do seu mister de avaliar a legalidade
desse ato. A única conseqüência desse atraso será a obrigatoriedade que o TCU terá de conferir ao cidadão
a ampla defesa e o contraditório (o que numa situação normal não existe, diante da redação da Súmula
Vinculante nº3).

Processos perante o TCU segundo o STF:

Garante-se o contraditório em todos os processos em tramitação no TCU, EXCETUADA A APRECIAÇÃO DA


LEGALIDADE DO ATO DE CONCESSÃO INICIAL DE APOSENTADORIA, REFORMA E PENSÃO. (SV do STF nº 3)

Ou seja, o TCU, ao apreciar a legalidade de concessão de aposentadoria, não precisa conceder ao


"aposentando" o contraditório, pois trata-se de ato complexo, o ato de aposentadoria somente se conclui
após o registro pelo TCU.

Entretanto, caso o TCU demore mais de 5 anos para analisar essa concessão de aposentadoria, entende o
STF que não se aplica o prazo decadencial da lei 9784, ou seja, pode o TCU analisar a legalidade. Entretanto,
passados os 5 anos, deve o TCU possibilitar ao administrado o contraditório e a ampla defesa, trata-se de
uma flexibilização da SV nº 3.

Mandado de Segurança. 2. Acórdão da 2ª Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU). Competência do


Supremo Tribunal Federal. 3. Controle externo de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias,
reformas e pensões. Inaplicabilidade ao caso da decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99. 4. Negativa
de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo TCU. Decisão proferida após mais de 5 (cinco) anos da
chegada do processo administrativo ao TCU e após mais de 10 (dez) anos da concessão da aposentadoria
pelo órgão de origem. Princípio da segurança jurídica (confiança legítima). Garantias constitucionais do
contraditório e da ampla defesa. Exigência. 5. Concessão parcial da segurança. I – Nos termos dos
precedentes firmados pelo Plenário desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54 da Lei
9.784/99 no período compreendido entre o ato administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o
posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas da União – que consubstancia o
exercício da competência constitucional de controle externo (art. 71, III, CF). II – A recente jurisprudência
consolidada do STF passou a se manifestar no sentido de exigir que o TCU assegure a ampla defesa e o
contraditório nos casos em que o controle externo de legalidade exercido pela Corte de Contas, para
registro de aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos, sob pena de ofensa ao princípio da
confiança – face subjetiva do princípio da segurança jurídica. Precedentes. III – Nesses casos, conforme o
entendimento fixado no presente julgado, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser contado a partir da data de
chegada ao TCU do processo administrativo de aposentadoria ou pensão encaminhado pelo órgão de
origem para julgamento da legalidade do ato concessivo de aposentadoria ou pensão e posterior registro
pela Corte de Contas
A quo DIREITO ADMINISTRATIVO. PRAZO DECADENCIAL PARA A ANULAÇÃO DE ATO DE APOSENTADORIA. TERMO
A QUO.
O termo inicial do prazo decadencial de cinco anos para que a Administração Pública anule ato
administrativo referente à concessão de aposentadoria, previsto no art. 54 da Lei n. 9.784/1999, é a data da
homologação da concessão pelo Tribunal de Contas. A concessão de aposentadoria tem natureza jurídica de
ato administrativo complexo que somente se perfaz com a manifestação do Tribunal de Contas acerca da
legalidade do ato. Precedentes citados: AgRg no REsp 1.284.915-SC, DJe 10/4/2012; REsp 1.264.053-RS, DJe
16/3/2012; AgRg no REsp 1.259.775-SC, DJe 16/2/2012, e AgRg no REsp 1.257.666-PR, DJe 5/9/2011. EREsp
1.240.168-SC, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgados em 7/11/2012.
Registro NÃO HÁ PRAZO para o TCU fazer o registro.
aposentad Apenas deve obedecer ao princípio da razoabilidade.

Acontece o seguinte: A Administração pública concede a aposentadoria ou pensão, respeitado o


contraditório e a ampla defesa, em caráter precário (tendo em vista ser um ato complexo, como o colega
acima explicou, ou seja, depende da manifestação do TCU). Então, o servidor goza desse direito até que o
TCU faça o registro ou não.

Se o TCU se manifestar contrário ao registro da aposentadoria ou pensão, após 5 anos desde a concessão da
aposentadoria ou pensão pela Administração Pública, aí o servidor tem o direito de exercer o contraditório
e a ampla defesa NOVAMENTE.

Ementa: (...) 1. A inércia da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a contar da submissão do ato
concessivo da pensão ao TCU, consolidou afirmativamente a expectativa da pensionista quanto ao
recebimento de verba de caráter alimentar. Esse aspecto temporal diz intimamente com: a) o princípio da
segurança jurídica (...); b) a lealdade (...). São de se reconhecer, portanto, certas situações jurídicas
subjetivas ante o Poder Público, mormente quando tais situações se formalizam por ato de qualquer das
instâncias administrativas desse Poder, como se dá com o ato formal de pensão.
2. A manifestação do órgão constitucional de controle externo há de se formalizar em tempo que não
desborde das pautas elementares da razoabilidade. (...)
3. O prazo de cinco anos é de ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de
legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões. Transcorrido 'in albis' o interregno
qüinqüenal, é de se convocar os particulares para participarem do processo de seu interesse, a fim de
desfrutar das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa (inciso LV do art. 5º)."
MS 25.116 (DJe 10.2.2011) - Relator Ministro Ayres Britto - Tribunal Pleno.

5.COISA JULGADA ADMINISTRATIVA

O instituto da coisa julgada é estudado na teoria geral do processo, indicando uma decisão judicial que não mais
pode ser alterada.

Nas palavras de FREDERICO MARQUES, “é a imutabilidade que adquire a prestação jurisdicional do Estado,
quando entregue definitivamente”.60 No Direito Administrativo, a doutrina tem feito referência à coisa julgada
administrativa, tomando por empréstimo o instituto em virtude de alguns fatores de semelhança. Mas a
semelhança está longe de significar a igualdade entre essas figuras. Primeiramente, é preciso levar em conta
que a verdadeira coisa julgada é própria da função jurisdicional do Estado, função essa que tem o objetivo de
autorizar que o juiz aplique a lei no caso concreto. Ocorre que o sistema brasileiro de controle, como veremos
mais detalhadamente adiante, só admite o exercício da função jurisdicional para os órgãos do Judiciário, ou
excepcionalmente para o Legislativo, neste caso quando a Constituição o autoriza. A Administração Pública não
exerce a função jurisdicional. Desse modo, embora possam ser semelhantes decisões proferidas no Judiciário e
na Administração, elas não se confundem: enquanto as decisões judiciais podem vir a qualificar-se com o
caráter da definitividade absoluta, as decisões administrativas sempre estarão desprovidas desse aspecto. A
definitividade da função jurisdicional é absoluta, porque nenhum outro recurso existe para desfazê-la; a
definitividade da decisão administrativa, quando ocorre, érelativa, porque pode muito bem ser desfeita e
reformada por decisão de outra esfera de Poder – a judicial. A coisa julgada administrativa, desse modo,
significa tão somente que determinado assunto decidido na via administrativa não mais poderá sofrer alteração
nessa mesma via administrativa,embora possa sê-lo na via judicial. Os autores costumam apontar que o
instituto tem o sentido de indicar mera irretratabilidade dentro da Administração, ou a preclusão da via
administrativa para o fim de alterar o que foi decidido por órgãos administrativos.61 Podemos conceituar,
portanto, a coisa julgada administrativa como sendo a situação jurídica pela qual determinada decisão firmada
pela Administração não mais pode ser modificada na via administrativa. A irretratabilidade, pois, se dá apenas
nas instâncias da Administração. Essa figura ocorre comumente em processos administrativos onde de um lado
está o Estado e de outro o administrado, ambos com interesses contrapostos. Suponha-se que o administrado,
inconformado com certo ato administrativo, interponha recurso para uma autoridade superior. Esta confirma o
ato, e o interessado utiliza novo recurso, agora para a autoridade mais elevada, que também nega provimento
ao recurso e confirma o ato. Essa decisão faz coisa julgada administrativa, porque dentro da Administração será
ela irretratável, já que nenhum outro caminho existe para o administrado insistir na sua pretensão. Mas a
definitividade do decisório administrativo é relativa, porque o administrado, ainda inconformado, poderá
oferecer sua pretensão ao Judiciário, e este poderá amanhã decidir em sentido contrário ao que foi decidido
pela Administração. Essa decisão judicial, sim, terá definitividade absoluta ao momento em que o interessado
não mais tiver qualquer mecanismo jurídico que possa ensejar sua modificação.

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