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AJUDÂNCIA-GERAL
SEPARATA
DO
BGPM
Nº 61
MANUAL TÉCNICO-PROFISSIONAL
nº 3.04.01/2013-CG
CADERNO DOUTRINÁRIO 1
MANUAL TÉCNICO-PROFISSIONAL
nº 3.04.01/2013-CG
Belo Horizonte - MG
Academia de Polícia Militar
2ª Edição revisada
2013
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita
CDU 355.014
CDD 363.22
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2 PREPARO MENTAL.......................................................................................................................... 21
3. AVALIAÇÃO DE RISCOS................................................................................................................ 31
3.2 Aplicação........................................................................................................................................ 33
5 INTERVENÇÃO POLICIAL.............................................................................................................. 49
6. PROCESSO DE COMUNICAÇÃO................................................................................................ 59
SEÇÃO 1
APRESENTAÇÃO
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
1 APRESENTAÇÃO
15
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
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REFERÊNCIAS
SEÇÃO 2
PREPARO MENTAL
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
2 PREPARO MENTAL
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
a) Estado relaxado
2 No Manual de Prática Policial – Geral / Volume 1 (2002) são chamados de “estados de alerta”. De um
modo geral é tratado internacionalmente como “Early Warning System”, ou seja, sistema de alarme prévio,
utilizado em várias atividades, principalmente em Defesa Civil.
22
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
b) Estado de atenção
c) Estado de alerta
23
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
d) Estado de alarme
Neste estado de prontidão, o risco é real e uma resposta do Polícial
Militar é necessária. É importante focalizar a ameaça (atenção
concentrada no problema) e ter em mente a ação adequada para
controlá-la, com intervenção verbal, uso de técnicas de menor
potencial ofensivo ou força potencialmente letal, conforme as
circunstâncias exigirem. É representado pela cor vermelha.
O preparo mental e o treinamento técnico recebido possibilitarão
ao policial militar condições de realizar sua defesa e a de terceiros e,
mesmo em situações de emergência, decidir adequadamente.
Exemplos: o policial militar intervindo no atendimento de uma
ocorrência, como num conflito entre vizinhos, e um deles ameaça o
outro com uma arma de fogo; ou quando se depara com um veículo que
acaba de ser tomado de assalto, iniciando-se um acompanhamento a
veículo em fuga.
e) Estado de pânico
Quando o policial militar se depara com uma ameaça para a qual não
está preparado ou quando se mantém num estado de tensão por
um período de tempo muito prolongado, seu organismo entra num
processo de sobrecarga física e emocional. É representado pela cor
preta.
24
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
25
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Esse processo pode ser conduzido, logo após o desfecho da ocorrência, pelo
próprio comandante da guarnição, incentivando o grupo a conversar sobre
a experiência vivida. A manutenção do espírito de equipe e da confiança
entre líder e liderados são fatores importantes para minimizar o desgaste do
profissional.
Caso não haja preocupação com essas medidas, o policial militar estará mais
propenso a desenvolver um quadro de estresse crônico. Comportamentos
de irritabilidade, intolerância e impaciência são sintomas comuns e, agindo
sobre os efeitos deste quadro, o policial militar poderá responder de forma
impulsiva quando se deparar com situações de ameaça e perigo, ou ainda,
com reações exageradas mesmo em ocorrências com baixo nível de risco e
complexidade (nível de força incompatível com a análise de risco e reação
do abordado). Tudo isso pode favorecer o surgimento de estados de pânico
(preto) durante o serviço operacional. Medidas que incentivam o retorno ao
estado relaxado (branco) e de atenção (amarelo) são, portanto, estratégias
que contribuem tanto para a prevenção da saúde mental do profissional de
segurança pública quanto para evitar a banalização de atos de violência nas
intervenções policiais militares.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
tEFUFDUBSTJOBJTEFSJTDPTFBNFBÎBT
tDPMPDBSTFOPFTUBEPEFQSPOUJEÍPBQSPQSJBEPBDBEBTJUVBÎÍP
tUFS BVUPEPNÓOJP QBSB QBTTBS QBSB VN OÓWFM NBJT BMUP PV NBJT
baixo de prontidão, de acordo com a evolução da intervenção.
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REFERÊNCIAS
SEÇÃO 3
AVALIAÇÃO
DE RISCOS
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
3 AVALIAÇÃO DE RISCOS
Toda intervenção envolve algum tipo de risco potencial que deverá ser
considerado pelo policial militar. O risco é a probabilidade de concretização
de uma ameaça contra pessoa e bens; é incerto, mas previsível. Cada situação
exigirá que ele se mantenha no estado de prontidão compatível com a
gravidade dos riscos que identificar. Uma ponderação prévia irá orientar o
policial militar sobre a necessidade e o momento de iniciar a intervenção,
escolhendo a melhor maneira para fazê-lo.
Toda ação policial militar deverá ser precedida de uma avaliação dos riscos
envolvidos, que consiste na análise da probabilidade da concretização
do dano e de todos os aspectos de segurança que subsidiarão o processo
de tomada de decisão em uma intervenção, formando um componente
importante do diagnóstico da intervenção (ver Pensamento Tático - seção 4).
tPCUFSJOGPSNBÎÜFTTPCSFPBHSFTTPSFNQPUFODJBMFEPTFOWPMWJEPT
(idade, sexo, compleição física, estado emocional e psicológico,
31
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
tDPNQFUÐODJBTQSPöTTJPOBJTEPTQPMJDJBJTNJMJUBSFTFEBFRVJQFDPNP
um todo para agir no cenário em função das técnicas e táticas
adequadas aos tipos de ameaças;
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
t NFJPT EF RVF P QPMJDJBM NJMJUBS EJTQÜF QBSB JOUFSWJS EF GPSNB
efetiva e segura (armamento, colete balístico, equipamento para
comunicação, veículos, entre outros);
F
&UBQBBWBMJBÎÍPEFQPTTÓWFJTSFTVMUBEPT é a análise da relação
custo-benefício da intervenção policial militar diante de cada situação
de risco. Cabe ao policial militar calcular quais serão os resultados de
suas ações e seus reflexos na defesa da vida e das pessoas, no reforço
de um cenário de paz social e na imagem da PMMG.
3.2 Aplicação
Para cada OÓWFM EF SJTDP determinado, haverá uma conduta operacional
estabelecida como referência para a ação policial militar, cabendo-lhe
selecionar os procedimentos mais adequados a cada situação.
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REFERÊNCIAS
SEÇÃO 4
PENSAMENTO
TÁTICO
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
4 PENSAMENTO TÁTICO
DIAGNÓSTICO DA INTERVENÇÃO
37
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
tEJWJEJSFNEJGFSFOUFTOÓWFJTEFQFSJHPPMPDBMPOEFTFFODPOUSBPVQBSB
onde se dirige (“teatro de operações”);
tGPSNVMBSVNQMBOPEFBÎÍP
tNBOUFSBTFHVSBOÎBJOEJWJEVBMFEBFRVJQFOPEFTFOSPMBSEBPDPSSÐODJB
tDPOUSPMBSBNFBÎBTRVFQPTTBNTVSHJS
a) Área de segurança
b) Área de risco
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
c) Ponto de foco
d) Ponto quente
39
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Existem três questões chaves para uma correta leitura do ambiente, que
levam à identificação dos riscos presentes numa intervenção policial:
t0OEFFTUÍPPTSJTDPTQPUFODJBJTOFTUBTJUVBÎÍP
t&TTFTSJTDPTFTUÍPDPOUSPMBEPT
40
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
t4FFTTFTSJTDPTOÍPFTUÍPDPOUSPMBEPT DPNPGB[ÐMP
41
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
t/ÍPEJTQFSTBSFOÍPEJWJEJSB"5&/±°0
42
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
t/ÍPDPOGVOEJSBUFOÎÍPDPODFOUSBEBDPNiWJTÍPFNUÞOFMw
Consiste nas etapas percorridas por uma pessoa que intenciona agredir o
policial militar, da seguinte maneira:
43
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Qualquer que seja a ordem, um provável agressor tem apenas esse processo
de pensamento para percorrer. Isso coloca o policial militar em desvantagem,
pois, enquanto o agressor passa por TRÊS passos para executar o ataque, o
policial militar terá, necessariamente, QUATRO fases, a fim de responder a
ameaça.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
45
REFERÊNCIAS
SEÇÃO 5
INTERVENÇÃO
POLICIAL
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
5 INTERVENÇÃO POLICIAL
/ÓWFJTEFJOUFSWFOÎÍP
B
*OUFSWFOÎÍPOÓWFM adotada nas situações de caráter preventivo,
educativo e assistencial. A finalidade das ações policiais militares
neste nível é promover um ambiente seguro por meio de
patrulhamento ordinário e contatos com a comunidade, para
prevenir, educar e assistir SJTDP OÓWFM *
. No entanto, é sempre
necessário lembrar que as situações rotineiras não podem provocar
diminuição no nível de atenção do policial militar. O estado de
prontidão, neste tipo de intervenção, deverá ser o estado de
atenção (amarelo). O policial militar deve estar preparado para o
caso da situação evoluir e ser necessário o uso de força (ver Uso de
força – seção 7).
49
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
C
*OUFSWFOÎÍP OÓWFM adotada nas situações em que haja a
necessidade de verificação preventiva. Neste caso, a avaliação de
riscos indica que existe indício de ameaça à segurança (do policial
militar ou de terceiros). Assim, o policial militar deverá manter-se
em condições de respondê-la. (SJTDP OÓWFM ** F FTUBEP EF BMFSUB
- laranja). Neste tipo de intervenção, além das ações descritas
no nível 1, podem ser realizadas buscas em pessoas, veículos ou
edificações, pois as equipes envolvidas iniciam suas ações com
algum risco já conhecido (indício) e o policial militar deverá estar
pronto para enfrentá-lo.
D
*OUFSWFOÎÍPOÓWFM: adotada nas situações em que há certeza do
cometimento da infração, caracterizando ações repressivas. Neste
caso, a avaliação de riscos indica a iminência de algum tipo de
agressão SJTDPOÓWFM***FFTUBEPEFBMBSNFWFSNFMIP
. Os policiais
militares deverão estar prontos para o emprego de força, quando
assim a situação exigir, sempre com segurança, e observando os
princípios da legalidade, necessidade e proporcionalidade. (ver Uso
de força - seção 7).
Uma intervenção policial militar deve ser dividida em etapas para garantir o
seu sucesso:
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
equipe, devem ter atitudes coerentes entre si, fruto de uma mesma
avaliação de risco e um consequente escalonamento da força. É
imprescindível considerar os dados que subsidiaram o diagnóstico,
os fundamentos da abordagem, os princípios do uso de força e os
recursos disponíveis (pessoas e equipamentos). O plano de ação
deve ser elaborado de forma simples e verbal, ou exigir maior
estruturação, conforme a avaliação da complexidade (ver avaliação
de riscos – seção 3).
t 1PSRVFFTUBNPTJOUFSWJOEP
t 2VFN PVPRVFJSFNPTBCPSEBS
t 0OEFTFEBSÈBJOUFSWFOÎÍP
t 0RVFGB[FS
t $PNPBUVBS
t 2VBMBGVOÎÍPFQPTJÎÍPEFDBEBQPMJDJBMNJMJUBS
t 2VBOEPJOUFSWJS
51
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
53
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
55
REFERÊNCIAS
SEÇÃO 6
PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
6 PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
t.FOTBHFNÏPDPOUFÞEPEPRVFTFRVFSEJ[FSFDPNVOJDBS
59
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
7 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1993.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
A APRESENTAÇÃO PESSOAL
É O CARTÃO DE VISITA DO POLICIAL MILITAR.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Cabe ao policial militar fazer uma leitura do ambiente, para adequar o uso
da voz a cada situação, lembrando que o volume muito baixo inviabiliza a
comunicação, por dificultar o entendimento, e o volume muito alto, quando
desnecessário, pode se tornar agressivo, incômodo e deseducado. Devem
ser levadas em consideração as possíveis interferências sonoras (ruídos)
presentes em um determinado ambiente.
Outros fatores como o timbre (qualidade sonora que identifica a voz de uma
pessoa), a dicção (pronúncia correta dos sons das palavras) e a velocidade
com que se fala são determinantes para a qualidade da comunicação
estabelecida. Nos treinamentos, o policial militar deve buscar o timbre em
que sua voz fique mais clara, pronunciar as palavras com calma e correção
e em velocidade que possibilite ao interlocutor compreender exatamente
o que está sendo dito. A fala confusa ou vagarosa causa a impressão de
indecisão ou desânimo, gera descrédito e insegurança. Em contrapartida,
falar muito rápido denota ansiedade, dúvida e desatenção.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
O diálogo deve ter uma sequência lógica. A fala do policial militar deve ser
concisa, expressa por meio de comandos simples, de fácil compreensão e
execução e repetidos. Se necessário, reforçá-los, conforme o quadro que
segue.
Expressão Verbal
Pausada e solicita
Fala Rápida e Imperativa Fluente e persuasiva
colaboração
Expressão Facial
Expressão Corporal
Ver Posturas Táticas (Caderno Doutrinário 2)
Outro aspecto a ser considerado é que toda pessoa tem um espaço (área física
em seu entorno) que considera psicologicamente reservado para aqueles
que são íntimos a ela. Ao aproximar-se demasiadamente de uma pessoa, o
policial militar invade este “espaço pessoal” e pode provocar, no abordado, o
desejo inconsciente de afastar, fugir, ou defender-se. Qualquer palavra dita
nessa situação poderá soar agressivamente. Ao abordar, não aponte o dedo
indicador para a face do abordado, nem toque no seu corpo, salvo nos casos
em que se faz necessário o controle de contato, o controle físico e a busca
pessoal (ver Uso de Força - seção 7). Respeitando seu espaço pessoal, será
mais fácil obter sua cooperação.
63
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
Um grande número de pessoas não gosta de ser parado pela polícia, ainda que
seja para uma simples verificação de rotina, visto que, na maioria das vezes,
seja de senso comum a ideia de que foi “escolhido” por ter sido considerado
suspeito. Nesses termos, é razoável que o abordado, nas diversas intervenções,
tente argumentar ou questionar a forma ou a legalidade da ação policial
militar, não cumprindo de imediato as recomendações, alegando não admitir
ser tratado como “infrator”. É importante diferenciar essa compreensível
65
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
-2VBMÏPTFVOPNF
- Senhor OPNF
A Polícia Militar realiza uma pesquisa
de pós-atendimento para verificação da qualidade e
aperfeiçoamento do nosso trabalho.
67
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
ou
ou
68
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
ou
ou
ou
O policial militar deve considerar que poderão existir diversas razões para que
o abordado possa resistir de maneira passiva às ordens dadas pelo policial
militar, por exemplo:
tRVBOEPOÍPDPNQSFFOEFBPSEFNFNBOBEBQFMBBVUPSJEBEF
tRVBOEPOÍPBDBUB
TJNQMFTNFOUFQPSRVFRVJTEFTBöBSBBVUPSJEBEF
ou desmerecer a ação policial militar, tentando, assim, expô-lo a uma
situação humilhante frente ao público, ou ainda, provocar o uso
excessivo de força;
tRVBOEPCVTDBDPOTFHVJSBTJNQBUJBEFQFTTPBTBTVBWPMUB
DPMPDBOEP
as contra a atuação da polícia, assumindo assim uma posição de vítima;
tRVBOEP RVFS HBOIBS UFNQP QBSB GVHJS PV FOGSFOUBS öTJDBNFOUF PT
policiais militares, isto é, com resistência ativa.
69
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Nesses casos, o policial militar deve se resguardar, sempre que possível, por
meio do testemunho de pessoas presumidamente idôneas que estejam
próximas ao local, acionando-as para que presenciem a repetição da ordem
legal emitida e o descumprimento, ou resistência/relutância do abordado em
cumpri-la.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
t1BSBEP/ÍPTFBQSPYJNF
t7PVFNQSFHBSBGPSÎB
t7PDÐUÐNPEJSFJUPEFQFSNBOFDFSDBMBEP
- /BEFMFHBDJB
TVBGBNÓMJBPVBQFTTPBJOEJDBEBQPSWPDÐ
poderá ser comunicada.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
t1PSGBWPS DPOöSBTFVTQFSUFODFT
t2VFSSFHJTUSBSBMHVNGBUPSFGFSFOUFBFTUBBÎÍPQPMJDJBM
Algumas atitudes por parte do policial militar podem contribuir para tornar
a comunicação simples, rápida e eficaz, por abrangerem pontos importantes
para o sucesso em uma abordagem, dentre elas:
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REFERÊNCIAS
SEÇÃO 7
USO DE FORÇA
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
7 USO DE FORÇA
A força, no âmbito policial, é definida como sendo o meio pelo qual a Polícia
Militar controla uma situação que ameaça a ordem pública, o cumprimento
da lei, a integridade ou a vida das pessoas. Sua utilização deve estar
condicionada à observância dos limites do ordenamento jurídico e ao exame
constante das questões de natureza ética. A força, no âmbito militar, com
possibilidade de emprego em missões extraordinárias pela Polícia Miitar, será
objeto de Instruções específicas, como em caso de perturbação da ordem, ou
grave perturbação, conflito armado interno ou outras missões.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Deve ficar claro para o policial militar que o uso de força não se confunde com
violência8,1 haja vista que esta última é uma ação arbitrária, ilegal, ilegítima e
não profissional.
O policial militar poderá usar a força no exercício das suas atividades, não
sendo necessário que ele ou outrem seja atacado primeiro, ou exponha-se
desnecessariamente ao perigo, antes que possa empregá-la. O seu emprego
eficiente requer uma análise dinâmica e contínua sobre as circunstâncias
presentes, de forma que a intervenção policial resulte num menor dano
possível. Para tanto, é essencial que ele se aperfeiçoe, constantemente, em
procedimentos para a solução pacífica de conflitos, estudos relacionados
ao comportamento humano, conhecimento de técnicas de persuasão,
negociação e mediação, dentre outros que contribuam para a sua
profissionalização nesse tema.
1SJODÓQJPTEPVTPEFGPSÎB
O uso de força pelos policiais militares deve ser norteado pelo cumprimento
da lei e da ordem, pela preservação da vida, da integridade física das pessoas
envolvidas em uma intervenção policial militar e, ainda, pelos QSJODÓQJPT
essenciais relacionados a seguir:
a) Legalidade
t3&46-5"%0DPOTJEFSBBNPUJWBÎÍPPVBKVTUJöDBUJWBQBSBBJOUFSWFOÎÍP
da Polícia Militar. O objeto da ação deve ser sempre dirigido a alcançar
o objetivo legal. Deste modo, a lei protege o resultado da ação policial
militar.
8 O assunto foi discutido no artigo “Uso de Força e a Ostensividade na Ação Policial”, de Jacqueline Muniz,
Domício Proença Junior e Eugênio Diniz, publicado no periódico Conjuntura Política. Boletim de Análise -
Departamento de Ciência Política da UFMG, BELO HORIZONTE, pp:22-26, 20 de abril de 1999.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
b) Necessidade
O uso de força num nível mais elevado é considerado necessário quando, após
tentar outros meios (negociação, persuasão, entre outros) para solucionar o
problema, torna-se o último recurso a ser utilizado pelo policial militar.
c) Proporcionalidade
O nível de força utilizado pelo policial militar deve ser compatível, ao mesmo
tempo, com a gravidade da ameaça representada pela ação do infrator, e com
o objetivo legal pretendido.
t(3"7*%"%&%"".&"±"QBSBTFSBWBMJBEB
EFWFSÍPTFSDPOTJEFSBEPT
entre outros aspectos, a intensidade, a periculosidade e a forma de
77
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
/ÓWFJTEFDPNQPSUBNFOUPEBQFTTPBBCPSEBEB
a) Cooperativo
78
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
b) Resistência passiva
c) Resistência ativa
t$PNBHSFTTÍPOÍPMFUBM
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
t$PNBHSFTTÍPMFUBM
80
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
B
/ÓWFMQSJNÈSJP
t1SFTFOÎBQPMJDJBMNJMJUBS
t7FSCBMJ[BÎÍP
81
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
C
/ÓWFMTFDVOEÈSJPUÏDOJDBTEFNFOPSQPUFODJBMPGFOTJWP
t$POUSPMFTEFDPOUBUP
t$POUSPMFGÓTJDP
t $POUSPMFDPNJOTUSVNFOUPTEFNFOPSQPUFODJBMPGFOTJWP *.10
82
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
t6TPEJTTVBTJWPEFBSNBTEFGPHP WFSQBSÈHSBGPBTFHVJS
D
/ÓWFMUFSDJÈSJPGPSÎBQPUFODJBMNFOUFMFUBM
t $POTJTUFOBBQMJDBÎÍPEFUÏDOJDBTEFEFGFTBQFTTPBMQPMJDJBM
DPNPV
sem o uso de equipamentos, direcionados a regiões vitais do corpo
do agressor. Deverão somente ser empregados em situações extremas
que envolvam risco iminente de morte ou lesões graves para o policial
militar ou para terceiros, com o objetivo imediato de fazer cessar a
ameaça11.24.1.
11 Tais técnicas são utilizadas em circunstâncias em que o seu uso for inevitável e a força potencialmente
letal representada pelo disparo de arma de fogo torna-se inviável. Exemplo: agressor atracado ao policial
militar, rolando ao solo, tentando tomar-lhe a arma.
83
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
t $POTJTUF OP EJTQBSP EF BSNB EF GPHP FGFUVBEP QFMP QPMJDJBM NJMJUBS
contra um agressor, devendo somente ocorrer em situações extremas,
que envolvam risco iminente de morte ou lesões graves, com o objetivo
imediato de fazer cessar a ameaça.
84
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
85
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Essa dinâmica, entre os níveis do uso de força, deve ser realizada de um modo
consciente, com ética e profissionalismo, nunca prevalecendo os sentimentos
como a raiva, o preconceito ou a retaliação. A avaliação dessas variáveis
propiciará, ao policial militar, o equilíbrio de suas ações.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
Cada policial militar é responsável pela guarda, pelo destino e pela utilização
da arma e da munição recebidas (ver Manual de Administração do Armamento
e Munição da PMMG).
87
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
tDPOTJEFSFFNBOVTFJFUPEBTBTBSNBTEFGPHP
DPNPTFFTUJWFTTFN
carregadas;
tBPSFDFCFSVNBBSNBEFGPHP
UFOIBDPNPSPUJOBWFSJöDBSTFFMBFTUÈ
ou não carregada e em perfeitas condições de funcionamento;
tEJSFDJPOF P DBOP EB BSNB EF GPHP QBSB BiDBJYB EF BSFJBw
PV PVUSB
direção segura, durante o manejo;
tNBOUFOIBBBSNBEFGPHPBQPOUBEBFNEJSFÎÍPTFHVSB
DPNPEFEP
fora do gatilho, até que esteja em condições de disparo;
tBT BSNBT EF GPHP EFWFN TFS HVBSEBEBT EFTDBSSFHBEBT F FN MPDBJT
seguros, não sendo permitido o acesso de pessoas sem autorização.
88
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
a) Posição 1 - arma localizada: com a arma ainda no coldre, leva a mão até a
coronha, como se estivesse pronto para sacá-la, desabotoando o coldre ou
acionando a tecla de liberação da arma no coldre;
89
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
13 As posições de uso ou emprego de armas de fogo serão tratadas no Manual Técnico-Profssional 3.04.02
- Tática Policial, Abordagem a Pessoas e Tratamento às Vítimas.
90
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
15 A inobservância do dever de cuidado existe quando, mesmo o policial militar não querendo, o resultado
ocorre por imprudência, negligência ou imperícia, podendo ser punido pelo excesso culposo.
91
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Portanto, quando o policial militar atira contra um agressor está fazendo uso
de força potencialmente letal (e não o uso de força letal), reafirmando sua
intenção de controlar a ameaça e não a de produzir um resultado morte.
92
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
tJEFOUJöDBSTFDPNPQPMJDJBMNJMJUBS NFTNPFTUBOEPGBSEBEP
-1BSBEP/ÍPSFBKB
94
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
95
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
96
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
t RVF PT EJTQBSPT FGFUVBEPT DPN FTTF UJQP EF NVOJÎÍP UÐN QPVDB
precisão;
t RVF EFWFN TFS FWJUBEPT PT EJTQBSPT EJSFUPT DPOUSB BT QBSUFT NBJT
sensíveis do corpo, principalmente locais de risco de lesões graves:
cabeça, olhos, ouvidos, entre outros. Os disparos devem ser dirigidos
para a região dos membros inferiores;
t NFTNP RVBOEP VUJMJ[BEP EFOUSP EBT SFHSBT DJUBEBT
P SJTDP EF VN
possível efeito letal ou de graves lesões continua existindo, mas em
um nível bastante inferior, quando comparado ao uso de munições
convencionais para arma de fogo;
97
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
t TFPDPOEVUPSGPSBUJOHJEP
FYJTUFVNSJTDPFMFWBEPEFRVFFMFQFSDBP
controle do veículo e cause acidentes graves;
t FTTFTEJTQBSPTUÐNQPVDBQSFDJTÍP
BQPOUBSJBöDBQSFKVEJDBEBQFMP
movimento do veículo e pelo balanço provocado por ele, inclusive
quando efetuados por atiradores experientes;
t FYJTUFBQPTTJCJMJEBEFEFRVFWÓUJNBT SFGÏOT
FTUFKBNOPJOUFSJPSEP
veículo perseguido, inclusive dentro do porta-malas;
98
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
t OPT EJTQBSPT GFJUPT QBSB DJNB
P QSPKÏUJM SFUPSOB BP TPMP DPN GPSÎB
suficiente para provocar lesões ou morte. Nos disparos feitos contra
o solo ou paredes, ele pode ricochetear e também provocar lesões ou
morte;
t FTTFT EJTQBSPT QPEFN GB[FS DPN RVF PVUSPT QPMJDJBJT RVF FTUFKBN
atuando nas proximidades pensem, de maneira equivocada, que estão
sendo alvos de tiros de agressores, provocando neles uma reação
indevida;
tPTEJTQBSPTFGFUVBEPTQFMPTQPMJDJBJTQPEFNQSPWPDBSVNSFWJEFQPS
parte dos agressores, incrementando ainda mais o risco contra outras
pessoas.
16 Constituição Federal art. 225, § 1º, inciso VII; Lei nº 9.605/98 que trata dos crimes ambientais, em
especial o que dispõe o seu art. 32, caput; Decreto Federal nº 24.645/34; Contravenção penal (art. 64 da
LCP).
99
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
t QSPNPWFSBQSFTFSWBÎÍPEPMPDBM
t BDJPOBSBQFSÓDJB
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por meio de um encarregado para proceder à apuração,
preferencialmente que não seja membro da equipe envolvida no
disparo da arma (seguir roteiro previsto no item 7.3.2 b);
t EFTJHOBSVNQPMJDJBMNJMJUBSQBSBDPOUBUBSDPNBGBNÓMJBEBTQFTTPBT
atingidas, inclusive com a dos policiais, se for o caso. Preferencialmente,
tal atribuição dever recair em pessoa que não seja membro da equipe
envolvida no incidente;
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(ver Manual de Administração de Armamento e Munições da PMMG).
100
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
GLOSSÁRIO
Abordado cooperativo – pessoa que acata todas as determinações do
policial militar durante a intervenção, sem apresentar resistência.
Abrigos – são proteções físicas utilizadas pelo policial militar para se proteger
de disparos de arma de fogo ou de quaisquer objetos que possam atingi-lo.
Ameaça - ato delituoso pelo qual alguém, verbalmente ou por escrito, por
gesto ou por qualquer outro meio simbólico e inequívoco, faz injustamente
um mal grave a determinada pessoa.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Cobertas – são proteções visuais usadas pelo policial militar, como meio de
preservar o princípio da surpresa, durante uma intervenção.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
103
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Infrator – pessoa que infringe a lei, viola as regras, não obedece à norma ou
à ordem legal.
104
Manual Técnico-Profissional 3.04.01
Ponto quente – é uma ameaça clara e presente que deve ser imediatamente
controlada pelo policial militar, para garantir a segurança a todos os
envolvidos.
105
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Resistência ativa com agressão não letal – resistência por parte do abordado
agredindo os policiais militares ou pessoas envolvidas na intervenção,
contudo, tais agressões, aparentemente, não representam risco de morte.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
107
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.01
REFERÊNCIAS
BRASIL. Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do
Brasil 1988. Brasília. (DF), 1988.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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