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DIREITO AMBIENTAL

1) LICENCIAMENTO AMBIENTAL

1.1) Definição:

O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo por meio do qual o


Poder Público, por meio do órgão ambiental competente, licencia a localização, a
instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de
recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou que
possam causar degradação ambiental considerando as disposições legais e
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis a cada caso.
Os principais instrumentos legais que regem o licenciamento ambiental no Brasil são:
 Lei Federal nº 6.938/1981,
 Resolução Conama nº 1/1986,
 Resolução Conama nº 237/1997 e
 Lei Complementar Federal nº 140/2011.

A Lei Complementar nº 140/2011, o qual reproduziu o que já definia a Resolução nº


237/2011 do CONAMA, define o licenciamento ambiental da seguinte forma:

Art. 2º: Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se:


I - licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a
licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer
forma, de causar degradação ambiental;

O licenciamento ambiental busca exercer um controle prévio bem como o


acompanhamento das atividades humanas capazes de gerar impactos sobre o meio
ambiente, de modo a assegurar a qualidade de vida da população e promover o
desenvolvimento sustentável.
O referido procedimento administrativo é considerado um dos mais importantes
instrumentos de caráter preventivo da gestão ambiental, tanto o é que a Lei nº
9.605/1998 determina em seu art. 60, que comete crime ambiental os
empreendimentos potencialmente poluidores que funcionam sem licença ambiental.
O anexo I da Resolução nº 237/2011 do CONAMA traz um rol exemplificativo de
quais atividades são consideradas potencialmente poluidores e utilizadores de recursos
naturais, sujeitos ao licenciamento ambiental.
1.2) Competência:
Uma vez que o licenciamento ambiental é um procedimento administrativo, para
analisar a competência do órgão licenciador devemos recorrer ao que dispõe a CF/88,
em seu art. 23:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e


dos Municípios:
(...)
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os
sítios arqueológicos;
(...)
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas
formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
(...)
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa
e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação
entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em
vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Deste modo, importa frisar que é comum entre os entes federativos a competência
administrativa para realizar o licenciamento ambiental, porém, o paragrafo único do art.
23 informa que as normas de cooperação entre os entes serão fixadas por Lei
Complementar.
Em matéria ambiental, estas normas cooperativas são fixadas pela Lei
Complementar nº 140/2011, e a competência para licenciamento fica definida da
seguinte forma:

Art. 7º São ações administrativas da União:


(...)
XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e
atividades:
a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental
ou na zona econômica exclusiva;
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela
União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos
de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das
Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de
junho de 1999;
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar,
armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que
utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante
parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir
de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de
um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e
considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da
atividade ou empreendimento;

Art. 8º São ações administrativas dos Estados:


(...)
XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou
empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e 9o;
XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou
empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de
conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção
Ambiental (APAs);

Art. 9º São ações administrativas dos Municípios:


XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta
Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou
empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local,
conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio
Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza
da atividade; ou
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município,
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

Art. 10. São ações administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts.
8º e 9º.

1.3) Fases:

A Resolução CONAMA nº 237/1997 em seu art. 8º define as fases do licenciamento


ambiental da seguinte forma:

Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle,


expedirá as seguintes licenças:

I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do


empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção,
atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua
implementação;

II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou


atividade de acordo com as especificações constantes dos planos,
programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle
ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo
determinante;

III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou


empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta
das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e
condicionantes determinados para a operação.
Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou
sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do
empreendimento ou atividade.

(i) Licença Prévia (LP): prazo não superior a 5 anos

É a primeira fase do licenciamento, onde o órgão licenciador avalia a


localização e a concepção do empreendimento, atestando a sua viabilidade
ambiental e estabelecendo as condicionantes para as próximas fases.
A LP é uma fase muito importante porque funciona como um alicerce para
a edificação de todo o empreendimento.
Nesta etapa, são definidos todos os aspectos referentes ao controle
ambiental da empresa e é o momento para identificar se o empreendimento tem
negatividades extremas ao ponto de não ser deferido o prosseguimento para as
próximas fases.
O objetivo desta fase é verificar se o empreendimento é tecnicamente e
ambientalmente adequado para o local em que se almeja operacionalizar o
projeto.
É nesta etapa em que o órgão licenciador pode exigir a apresentação de
estudos socioambientais (EIA/EPIA, EIV, Estudo do componente indígena e outros)
e a realização de audiências públicas.

 EIA/RIMA

O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental,


previstos na CF/88, art. 225, §1º, IV e Resoluções nº 001/86 e 237/97 do
CONAMA, são exigidos para a implantação de empreendimentos ou atividades
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativo impacto
ambiental.
Consiste em um estudo realizado no local do empreendimento, mais
precisamente no solo, água e ar para verificar se a área contém algum passivo
ambiental além de prever como o meio sócio-econômico-ambiental será afetado
pela implantação do empreendimento.
De acordo com a Resolução CONAMA nº 001/86, o estudo de impacto
ambiental deverá ser realizado por equipe multidisciplinar habilitada, não
dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto e que será
responsável tecnicamente pelos resultados apresentados.
Este instrumento propõe a aplicação dos princípios da prevenção e
precaução, visto que analisa previamente o risco de cada projeto e todos os
possíveis impactos que ele será capaz de gerar, partindo-se daí a conclusão pela
viabilidade socioeconômica e ambiental do projeto (tripé do desenvolvimento
sustentável).
Com a conclusão dos estudos pertinentes ao EIA, é produzido o Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA) em linguagem menos técnica e mais acessível para que
os pontos do Estudo sejam discutidos em Audiência Publica. Veja-se o que diz o
art. 3ª da Resolução Conama nº 237/1997:

Art. 3º- A licença ambiental para empreendimentos e


atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras
de significativa degradação do meio dependerá de prévio
estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de
impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á
publicidade, garantida a realização de audiências públicas,
quando couber, de acordo com a regulamentação.
Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando
que a atividade ou empreendimento não é potencialmente
causador de significativa degradação do meio ambiente,
definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo
processo de licenciamento.

A exigência pelo órgão licenciador de realização de EIA pelo empreendedor,


não impede a exigência de outros estudos extras que se mostrem necessários
para atestar a viabilidade socioambiental do empreendimento, a depender do
caso concreto.
De outra sorte, caso o órgão licenciador esteja diante de licenciamento de
impacto ambiental considerado pequeno, pode exigir a apresentação de estudos
socioambientais menos complexos do que o EIA, como exemplo: Estudo
Ambiental Simplificado (EAS), Plano de Controle Ambiental (PCA), Programa de
Educação Ambiental (PEA), Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD),
dentre outros.

 Audiências Públicas

A Audiência Pública tem por finalidade expor aos interessados o conteúdo


do EIA em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos
presentes as críticas e sugestões a respeito.
Em regra, as audiências públicas ocorrem sempre que houver a realização
do Estudo de Impacto Ambiental, mas pode ocorrer em todas as situações
elencadas na Resolução nº 009/87 do CONAMA .

De acordo com o art. 2º da Resolução nº 009/87 do CONAMA:

Art. 2º. Sempre que julgar necessário, ou quando for solicitado por entidade
civil, pelo Ministério Público, ou por 50 (cinqüenta) ou mais cidadãos, o
Órgão de Meio Ambiente promoverá a realização de audiência pública.
§ 1º O Órgão de Meio Ambiente, a partir da data do recebimento do RIMA,
fixará em edital e anunciará pela imprensa local a abertura do prazo que
será no mínimo de 45 dias para solicitação de audiência pública.
§ 2º No caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese do
Órgão Estadual não realizá-la, a licença concedida não terá validade.
§ 3º Após este prazo, a convocação será feita pelo Órgão licenciador, através
de correspondência registrada aos solicitantes e da divulgação em órgãos da
imprensa local.
§ 4º A audiência pública deverá ocorrer em local acessível aos interessados.
§ 5º Em função da localização geográfica dos solicitantes, e da complexidade
do tema, poderá haver mais de uma audiência pública sobre o mesmo
projeto de respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA.

(ii) Licença de Instalação (LI): prazo não superior a 6 anos

Após o detalhamento do projeto inicial e definidas as medidas de proteção


ambiental, deve ser requerida a LI, cuja concessão autoriza o início da construção
do empreendimento e a instalação dos equipamentos.
A execução do projeto deve ser feita conforme o modelo apresentado,
qualquer alteração na planta ou nos sistemas instalados deve ser formalmente
enviada ao órgão licenciador para avaliação.

(iii) Licença de Operação (LO): prazo de 4 a 10 anos

É a terceira fase do licenciamento ambiental e destina-se a autorizar o


funcionamento do empreendimento.
Deve ser requerida quando a empresa estiver totalmente edificada e após
vistoria e verificação da eficácia das medidas de controle ambiental estabelecidas
nas condicionantes das licenças anteriores.
Esta licença determina como condicionantes os métodos de controle e as
condições da operação.
O empreendimento somente poderá funcionar se a LO estiver em vigor,
devendo sempre ser observado o prazo de renovação da licença para eu o
empreendimento não seja suspenso.

LC 140/2011:
Art. 14.
§ 4º A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com
antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu
prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este
automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão
ambiental competente.

1.4) Autonomia dos órgãos licenciadores:

Apesar da existência dos mencionados instrumentos legais norteadores do processo


de licenciamento ambiental no Brasil, os órgãos ambientais licenciadores possuem autonomia
para definir os procedimentos e critérios a serem adotados durante um processo, o que leva à
formação de um cenário heterogêneo no que se refere ao licenciamento ambiental no País.
Resolução 237/97
Art. 18 - O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença,
especificando-os no respectivo documento, levando em consideração os seguintes aspectos:
I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de
elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo
ser superior a 5 (cinco) anos.
II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo
cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos.
III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de controle ambiental
e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.
§ 1º - A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos de validade prorrogados,
desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos incisos I e II
§ 2º - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validade específicos para a Licença
de Operação (LO) de empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e peculiaridades, estejam
sujeitos a encerramento ou modificação em prazos inferiores.
§ 3º - Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento, o órgão
ambiental competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de
validade, após avaliação do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento no período de
vigência anterior, respeitados os limites estabelecidos no inciso III.
§ 4º - A renovação da Licença de Operação(LO) de uma atividade ou empreendimento deverá ser
requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade,
fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do
órgão ambiental competente.

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