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ANNA VICTORIA
CÁSSIA CARVALHO
VICTÓRIA RÚBIA
WESLEY THOMPSON
LINS
2018
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ANNA VICTÓRIA
CÁSSIA CARVALHO
VICTÓRIA RÚBIA
WESLEY THOMPSON
LINS
2018
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................................04
2 PRÉ-HISTÓRIA DA CONTABILIDADE..............................................................................04
3 PERÍODO ANTIGO.................................................................................................................08
4 ESCOLA CONTISTA...............................................................................................................09
5 PERÍODO DE TRANSIÇÃO...................................................................................................12
7 CONCLUSÕES..........................................................................................................................16
REFERÊNCIAS............................................................................................................................17
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1 INTRODUÇÃO
Nosso trabalho tem por objetivo principal expressar-se a respeito sobre duas escolas
contábeis que foram desenvolvidas ao longo do tempo, a Primeira Escola de Pensamento
Contábil (Escola Contista) e a segunda Escola Administrativa também conhecida como
Lombada.
É evidente que por se tratar das primeiras doutrinas contábeis é de grande relevância
considerar os períodos antecessores as estas escolas, como por exemplo, o período arqueológico
da contabilidade que trará melhor contexto e sentido para o nosso trabalho.
De forma resumida teremos a explanação da pré-história da contabilidade, período antigo,
escola contista, transição de pensamentos contábeis e lombarda.
2 PRÉ-HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
A contabilidade iniciou-se bem antes do que a maioria de nós pudesse imaginar, nasceu
com a pré-história no período mesolítico (transição entre o paleolítico e o neolítico, pedra lascada
e pedra polida, respectivamente) por volta dos 10.000 a 5.000 anos a.C.. Grandes escavações,
principalmente no oeste do oriente, revelaram vários vestígios de controle contábil que eram
utilizados antigamente, como fichas e envelopes de barro que tinha como finalidade o controle de
seus rebanhos ou a agricultura familiar.
Havia dois tipos de fichas encontradas por arqueólogos: as fichas simples e complexas;
ambas com finalidades contábeis, mas com significados diferentes. As fichas simples eram lisas
de diversos formatos, medindo de 1 a 4 cm – estas fichas representavam a quantidade de
rebanhos, uma ficha equivaleria a um carneiro, por exemplo. Já as fichas complexas
apresentavam furos em sua superfície para representar, um escambo realizado com outra pessoa
ou então uma perda (falecimento) de seu rebanho – obtendo assim o controle de seus bens
daquela época. Foram encontradas mais de 1500 fichas somente no Iraque, como pode-se
visualizar na FIGURA 1.
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Os envelopes de barro eram caixas de barro que serviam para armazenar as fichas de
barro, conforme demonstra a FIGURA 2. Esses armazenamentos das fichas serviam para a
contabilização das “mercadorias” (ex. rebanho), em muitos envelopes foram observados
carimbos que tinha o significado de expressar a quantidade de fichas e lacres utilizados que
identificavam diferentes pessoas, ou diferentes operações, sendo assim um controle dos bens (o
controle do patrimônio é um dos objetivos da contabilidade que conhecemos hoje).
Embora o método das partidas dobradas foi difundido com maior expressão pelo Frei
Luca Pacioli, na Itália, observa-se que na pré-história já utilizavam este método. Fica bem
evidenciado, quando na utilização das fichas de barro se faziam as movimentações nos envelopes
(caixas de barro), retirando de um envelope que representava a quantidade de rebanho e
transferindo, nesta ocasião, de troca de mercadorias (rebanho), para outro envelope que,
identificado com carimbo, representava a saída de rebanho. Ora, vê-se que nada mais é do que o
método das partidas dobras no período arqueológico, um fato que gerou dois registros: débito e
crédito.
Pode-se citar também que o livro “História do Pensamento Contábil” de Paulo Schmidt no
último parágrafo da página 17, tratando da pré-história, diz o seguinte:
Ficando evidente sua existência no período pré-histórico, claro que de forma estrutural e
empírica (baseado na experiência e observação) e não de forma científica como a do frei Luca
Pacioli.
Outro citado no livro do autor Paulo Schmidt,diz:
Há de se discordar em alguns aspectos, haja vista que não se utiliza o sistema pré-
histórico, até porque a tecnologia traz muitas facilidades, sem levar em conta a complexidade das
operações que hoje é extremamente maior, se comparado à contagem de rebanho. Porém, o
principal é observar a existência do método das partidas dobradas por muitos pensadores
contábeis, que é de extrema relevância.
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3 PERÍODO ANTIGO
Por volta dos aos 2000 a.C., os livro de contabilidade já eram obrigatório no Egito, a
utilização de livros veio a facilitar as escriturações que antes eram feitas nas tábuas de argila,
barro ou pedra mole. Junto com esse avanço nos anos 1100 a.C., ocorreu a invenção da escrita
alfabética que contribui para difundir as ideias de vários povos.
Após muitas guerras travadas durante estes períodos – como as cruzadas e outros conflitos
– estabeleceu-se, com a calmaria, os comércios que devido a um forte crescimento, houve a
necessidade de aprimoramento para o controle de estoque, compras e vendas de mercadorias e,
principalmente, por causa da invenção da moeda metálica.
Nos anos a partir de 1200 d.C., com o surgimento da primeiras grandes empresas é que
ficou marcado o fim da era do período da Contabilidade Antiga e início da era da Contabilidade
Moderna. Um dos grandes marcos da Contabilidade Antiga, na Idade Média, é a criação de um
livro pelo italiano Leonardo Fibonacci, livro sobre matemática aritmética chamado de Liber
Abaci, “Livro do Cálculo” ou “Livro do Ábaco”, observado em alguns de seus trechos na
FIGURA 4 juntamente com um típico ábaco da antiguidade..
4 ESCOLA CONTISTA
A escola contista teve 5 (cinco) etapas significativas ao longo do seu período que
aconteceu entre os séculos XIII ao século XVIII. A primeira etapa da contabilidade constituía-se
em duas contas, sendo elas, haver e dever, que é o equivalente ao nosso débito e crédito
atualmente, que tem a função de registrar as contas que se deve receber ou pagar.
A segunda etapa consiste no francês Edmond Degranges, onde em 1795 baseou a sua
teoria através de um estudo feito em 1675 pelo francês Jacques Savary. Sua teoria identificou 5
(cinco) contas principais para as efetuações de trocas, essa contas são: mercadorias, dinheiro,
efeitos a receber, efeitos a pagar e lucros e perdas. As contas lucros e perdas equivalem as
contas de resultado que até então não se sabia o que seria isso.
Na concepção de Degranges, o ideal seria abrir a conta com quem o comerciante mantém
transações e também abrir cinco para si mesmo. Para o comerciante, o lançamento a débito ou a
crédito de uma dessas contas representa debitar ou creditar o próprio comerciante. Logo após,
houve a criação da conta capital por conta da necessidade de separar os capitalistas de uma
mesma sociedade – esta conta foi um instrumento que consolidou o princípio da entidade
separada de seu proprietário.
A teoria das 5 contas não foi aceita na Itália, desta maneira não se tornou universal. Num
segundo momento, a teoria da personificação das contas se insere como uma terceira etapa, onde
o estudo é direcionado às contas que representam sempre as pessoas, essas pessoas seriam: o
proprietário, o gerente e terceiros. Na quarta etapa, o destaque foram os agentes depositários
dos recursos (a conta empregados) além das contas do proprietário e dos correspondentes. Os
agentes depositários são debitados por tudo que é entregue a eles e creditado por tudo que
entregam. Nessa etapa, fica evidente a regra dos primeiros tratadistas: quem recebe, deve; quem
entrega tem haver.
A regra citada a cima, recebeu muitas criticas, porque certas situações não ficam claras à
origem da transação.
A quinta e última etapa envolve os dois autores que se destacam entre os demais, são eles:
Benedetto Cotrugli e Luca Pacioli.
Benedetto Cotrugli nasceu em 1416, na cidade de Ragusa, na época sob domínio de
Veneza. Ele escreveu um manuscrito que consta sobre as partidas dobradas datada no ano de
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1458. Havendo poucos exemplares – ao todo quatro – todos manuscritos, desta forma o livro
levou 115 anos para ter a sua primeira impressão na cidade de Veneza. Nesse meio tempo o autor
Frei Luca Pacioli publicou seu livro e levou o mérito por ter feito o primeiro livro de
contabilidade.
O primeiro livro consiste em 19 capítulos abordando o tema de técnicas e práticas que os
comerciantes daquela época necessitavam conhecer. Os outros três livros demonstram os deveres
do comerciante para agir como cristão, tanto no trato do negócio como no comando de seus
empregados. Cotrugli também entende que, fazia-se necessário que o comerciantes tivesse 3
livros dedicados ao registro da movimentações, tais como: o Livro de Gastos (Ricordanze); o
Livro Diário (Giornale) e o Livro Razão (Libro Grande). E cada movimentação, vulgo
lançamento contábil, deveria conter as seguintes informações: Quando (Data); Quanto (Valor);
Com quem (Credor/Devedor) e Porquê (Histórico).
Frei Luca Pacioli nasceu em Sansepolcro, Itália, a data de nascimento oscila entre 1445 e
1450. Pacioli era um matemático que se interessou pela contabilidade e aprimorou alguns
processos contábeis, sendo esses processos débito, crédito, juros, câmbio, desconto, entre
outros.
O livro de maior importância na vida de Pacioli foi La Summa de Arithmetica, Geometria,
Proportioni et Proportionalitá, impresso na tipografia de Paganino de Paganini e publicado no
ano de 1494. Ele morreu no ano de 1517, em Sansepolcro, Itália.
Sobre a sua obra La Summa é composta por 12 tratados que serão explicados a seguir.
Tratado I – De societatibus
Nesse tratado Pacioli define o que é capital social como a soma das subscrições de cada
sócio. O lucro deveria ser repartido na mesma proporção do que foi composto no capital
social.
Tratado II – De soccidis et domorum a pensionibus
Soccida corresponde a um contrato feito com a finalidade repartir igualitariamente de
lucros ou prejuízos.
Tratado III – De barattis sive commutationibus
Para Pacioli, baratto significava câmbio (troca) de mercadoria por outra ou por dinheiro.
Tratado IV – De cambiis seu cambitionibus
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Pacioli padronizou como uma letra de cambio deveria ser produzida, o que não podia
faltar exemplos, data e lugar de emissão, nome do sacado, nome do beneficiário, valor,
entre outras obrigações.
Tratado V – De meriti, resti, saldi, sconti e modo de recare a un dì
Pacioli afirma que se deve determinar o juro de uma lira pelo tempo dado e multiplicar o
resultado pelas liras que compõem o capital. Nada mais que juros simples aplicado nas
transações daquela época. Dentro desse tratado, Pacioli trata de juros simples e composto,
descontos simples e composto, adequação de tempo, vencimento entre outros.
Tratado VI – Del modo a legare e consolare le monete
A intenção de Pacioli era unificar a moeda.
Tratado VII – De viagiis sequitur
Pacioli demonstrou os problemas com a logística, mesmo sem saber a definição de
logística, ele apontou gastos desnecessários com viagens excessivas para buscar
mercadorias.
Tratado VIII – Sem título (problemas relativos a dinheiro entre 2 pessoas)
Mostra problemas relacionados com o dinheiro entre duas pessoas, resolvidos com o uso
da álgebra.
Tratado IX – Sem título (problemas relativos a dinheiro entre 3 pessoas)
Igualmente ao anterior, porém, envolvendo o problema relacionado com o dinheiro entre
três pessoas.
Tratado X – De straordinariis
Pacioli demonstra problemas com os salários dos servidores e soluções envolvendo a
álgebra e a aritmética.
Tratado XI – De computis et scripturis
O tratado com a maior repercussão pelo mundo todo e que tornou Pacioli o pai da
contabilidade. Ele desenvolve nesse tratado o método partidas dobradas em que para uma
conta de débito sempre haverá uma conta de crédito no mesmo valor. Explicando o que
deve conter na escrituração, no capítulo 36, detalha algumas regras para lançamento
contábil e defende a importância do seu uso, assim como: os livros diário, livro razão e o
livro que registra as movimentações assim que elas acontecem.
Tratado XII – De tariffa
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Nesse último tratado, Pacioli teve a intenção de elevar os conhecimentos dos comerciantes
para que eles conseguissem trabalhar com outros países, sendo assim padronizar a moeda,
medidas, pesos, letras de câmbio entre outros.
5 PERÍODO DE TRANSIÇÃO
Villa (2000, p. 54) também acreditava que “a necessidade de uma forma simples na
exposição dos princípios contábeis é devida ao fato de que a parte mecânica da Contabilidade é
feita para pessoas de cultura pouco elevada”. Um dos maiores méritos dessa escola foi
desvincular a Contabilidade do campo do formalismo das cifras e dos números e sincronizá-la
com a gestão do negócio. Por isso, esse teórico pode ser considerado o precursor do estudo da
Contabilidade como fonte de informação gerencial, ou seja, estabeleceu-se o controle como o
objetivo da Contabilidade.
O ponto central dessa escola é a relação entre a administração econômica e a
contabilidade. Procurando aplicar os princípios econômicos gerais ao campo da contabilidade –
como os pensamentos clássicos da economia, onde o que se propunha era a redução dos esforços
ao mínimo para se ter a máxima utilidade e produzir com forças adicionais aquilo que não seria
possível ser obtido sem esses esforços.
Nascido em Milão, na Itália, em 1801 – Francesco Villa também publica em 1850, sua
principal obra: “Elementi di amministrazione e contabilità” que deriva da obra “La contabilitá
applicata alle amministrazione private e publiche” – expressando também a maturidade do
estudo contábil – sendo uma revisão e um aprofundamento desse primeiro estudo, o que vem
contribuir significativamente para a Ciência Contábil.
Com essas obras, ele adentra ao campo econômico e é o precursor da análise da
administração econômica das entidades, pois defende que a implantação de um novo
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7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
FOLHA UOL. Necessidade econômica levou a primeira forma de escrita. Disponível em: <
https://www1.folha.uol.com.br/paywall/signup.shtml?https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/201
7/06/1892303-necessidade-economica-levou-a-primeira-forma-de-escrita.shtml>. Acesso em 01
nov. 2018.
SCHMIDT, Paulo; SANTOS, José Luiz dos. História da contabilidade: foco nos grandes
pensadores. São Paulo: Atlas, 2008.