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INTRODUÇÃO

O tema escolhido para a realização deste trabalho foi Simples Nacional: Unificação
dos Impostos das Microempresas e Empresas de pequeno porte. Tendo como delimitação
deste tema o âmbito de estudo do super simples estará fixado nas empresas de LOCAÇÃO E
PRESTADORA DE SERVIÇOS, analisando as mesmas conforme quesitos estipulado no
tema.
O governo vem mostrando interesse em minimizar o sofrimento do microempresário
quanto à burocracia envolvida nos recolhimentos tributários dessas empresas, ao definir as
novas regras de recolhimento ele tenta a simplificação no sistema, visando diminuir custos
para a classe empresarial, no que concerne o pessoal envolvido administrativamente, ligados
aos documentos exigidos pela União, Estado e Municípios.
Antes de adentrar na justificativa propriamente dita, convém esclarecer que os Projetos
de Lei, foram elaborados tendo a vista a previsão, no parágrafo único do art. 146 da
Constituição Federal, da possibilidade de instituição de regime único de arrecadação dos
impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
O referido regime único teve sua previsão em sede constitucional trazido pela Emenda
Constitucional nº. 42, de 19 de dezembro de 2003.
O Simples Nacional é facultativo (opcional). Para poder ingressar no Simples
Nacional deverá acessar o site da Receita Federal.
O Super simples abriu as portas para algumas categorias de prestadores de
serviço, que ontem eram "barrados" do Simples, e que hoje podem se cadastrar no
Supersimples empresas de segmentos como construção civil, informática, contabilidade,
escolas de cursos sem registro no Ministério da Educação, vigilantes, artes gráficas,
cinematográficas e academias de danças.
Justifica-se o mesmo quando notamos que mais de 3 milhões de micro e pequenas
empresas optaram por esse novo método, e que uma analise mais metódica desse novo
ingresso, poderá delinear caminhos para um comportamento mais adequado na visão de seus
negócios aos dirigentes dessas empresas.
Dessa forma é importante que o empresário, antes de tomar a decisão pelo novo
sistema, se informe com seu contador, e de outras informações adicionais, fazendo simulações
para se certificar de que a mudança compensa.
13

Regime tributário que possui a finalidade de simplificar e desburocratizar a pequena e


média empresa ainda conta com inúmeras dúvidas e vicissitudes, que deverão sofrer
aperfeiçoamento ao longo de sua atuação junto aos empresários. A forma como ele se
apresenta atualmente, ainda cria certa duvidas em todos os setores da economia, o qual será
abordado nessa monografia como um dos aspectos relevantes do super simples.
Ao argumentar sobre o tema, estaremos pormenorizando dentro do super simples sua
determinação, seus objetivos que pretende alcançar, o que o mesmo trará de novo para o
sistema tributário, quais as empresas que podem aderir ao mesmo, como será feita essa
adesão, benefícios e malefícios, quais os tetos de faturamento anual nos Estados, tabelas e
alíquotas e quais demais modalidades de sistema, podem a empresas optarem além do super
simples.
A importância do presente trabalho reside, no plano e propósito da Lei, que ao
legalizar o super simples, busca simplificar a forma de arrecadação dos empresários, levando
consequentemente, não somente a um custo menor, ao desburocratizar esse recolhimento, mas
também, elevar o aumento de novos empregos, ao diminuir os impostos das empresas que
tenham como meta a contratação de novos funcionários.
O Simples Nacional, também conhecido com super simples, entra no segundo
semestre do corrente ano, através da Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006,
relativos aos tributos e contribuições, criando assim entre os empresários a dúvida quanto a
sua praticidade e redução da carga tributária.
O enfoque da Lei, presumível a primeira vista, será o aumento no número de empregos
no setor da indústria, comércio e prestadora de serviços, contudo somente no decorrer do
tempo, ele deve refletir seus propósitos, quer seja positivo ou negativo.
Com base no dito acima delimita-se como problema para a realização deste trabalho
saber se ante o exposto pergunta-se: Quais os principais aspectos do Simples Nacional para as
pequenas empresas na atualidade?
Em conseqüência da Lei 123/2006, a pequena e micro empresa, que tem junto ao fisco
debito tributário, não poderá aderir ao novo super simples, se não quitar ou parcelar os
mesmos, como criado recentemente julho de 2007, o novo super simples, ante ao simples,
denota apenas a arrecadação simplificada de todos os impostos, e para algumas empresas,
aquelas que possuem vários empregados um custo menor nesses impostos.
A Lei Complementar n° 123, de 14/12/06, criou o Simples Nacional (Popularmente
conhecido como SUPER SIMPLES), como uma nova legislação em substituição ao Simples
14

Federal criado em 1997. Essa Lei entrou em vigor em 01/07/2007, dando tratamento
diferenciado e favorecido as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
O Super simples promove, para as pequenas empresas, a união de oito impostos e
contribuições: seis federais (IRPJ, IPI, CSLL, PIS, COFINS e INSS patronal); um estadual
(ICMS); um municipal (Imposto sobre Serviços - ISSQN).
Da conclusão do estudo até aqui procedido, podemos afirmar que essa nova legislação
trará benefícios as micro e pequenas empresas, não só no tratamento diferenciado e
favorecido, mas principalmente pela redução da carga tributária e pela abertura de se poder
fazer um grande projeto de reforma tributária nacional, para todas as empresas de forma mais
justa e perfeita.
O objetivo delimitado para a realização deste trabalho foi analisar os principais
aspectos do Simples Nacional. Para tanto, foi necessário traçar alguns objetivos específicos
como elevar o nível de compreensão acerca dos impostos no Brasil, estabelecer uma relação
da carga tributária com a falência de diversas microempresas nacionais, ampliar o
entendimento sobre os tipos de impostos e suas finalidades e proporcionar uma formação
científica e integração dos conceitos a serem estudados.
A metodologia aplicada para a realização desse trabalho foi de cunho explicativo,
descritivo e exploratório. A pesquisa foi de campo num contexto qualitativo e quantitativo.
A monografia foi dividida em três fundamentais partes, sendo a primeira o referencial
teórico,a segunda a metodologia aplicada durante a realização do trabalho. E, por fim, a
apresentação dos resultados destacados em gráficos e tabelas.
15

CAPÍTULO I

1. IMPOSTOS E CARGA TRIBUTÁRIA

Os tributos acompanharam a evolução da vida em sociedade1: na tentativa de


transformá-los em carga socialmente justa, transformaram-se em contribuição individual para
o bem-estar da coletividade; além disso, revestiram-se de função social importante,
diretamente ligada à eficiência do Órgão responsável pela Administração Tributária, na
medida em que direitos do cidadão e deveres básicos do Estado dependem da obtenção destes
recursos.

1.1 CARGA TRIBUTÁRIA: ASPECTOS CONCEITUAIS

Sob o viés ortodoxo, a Administração Tributária é a função de Estado, exercida pelo


Poder Executivo, que tem por missão otimizar a receita, a fim de viabilizar a satisfação das
necessidades coletivas públicas2. Na esteira dessa percepção, ao administrar as atividades
estatais voltadas à otimização da receita, a Administração Tributária assume como meta
alcançar a “receita ótima”, assim entendida a que resultaria do cumprimento pleno de todas as
obrigações tributárias previstas em lei3.
Assim, à Administração Tributária incumbe desenvolver medidas adequadas para
aproximar ao máximo a receita que efetivamente ingressa no Tesouro, da receita potencial,
com vistas a garantir os meios financeiros para o funcionamento e os investimentos do
Estado, com a máxima justiça fiscal.
Por outro lado, dentre as modernas concepções sobre a missão da Administração
Tributária4 prevalece a seguinte opinião: aplicar eficazmente o sistema tributário, com
equidade e eficiência, conquistando a confiança pública em sua atuação e promovendo o

1
AMED, Fernando José, CAMPOS NEGREIROS, Plínio José Labriola de. História dos Tributos no Brasil. São
Paulo: SINAFRESP, 2000, p. 21-24.
2
GUADAGNIN, Luís Alberto. Administração tributária: os atributos da gestão dos tributos. Porto Alegre/RS.
3
Idem.
4
Centro Interamericano de Administradores Tributarios – CIAT. Resultados del análisis comparado de las
administraciones tributarias. Revista del la Administración Tributaria CIAT/AEAT/IEF, n.º 19. Panamá: CIAT,
julio/2000, p. 2-6.
16

cumprimento espontâneo das obrigações tributárias, para contribuir ao bem-estar da


comunidade5.

1.2 O PAPEL ESTRATÉGICO DO FISCO

Para fazer frente às diferentes despesas do setor público, os governos estaduais das
últimas décadas recorreram às tradicionais fontes de financiamento6: ao endividamento, por
meio de operações de crédito nacionais e internacionais; às receitas financeiras, nos períodos
de inflação elevada; à alienação de patrimônio público; e, por fim, o aumento das alíquotas e
da carga tributária.
Sabe-se, de maneira geral, que a política de endividamento público7 está próxima de
seu limite.
Sabe-se, ainda, que a política de gerar adicionais de receita com aplicações
financeiras deixou de existir com a estabilidade da moeda8.
Também a alienação de patrimônio público é atualmente inviável, econômica e
politicamente. Por outro lado, a elevação de alíquotas já alcançou patamares de indignação
social e desobediência civil. Sabe-se ainda que, no curto prazo, afora a realização em sua
plenitude da receita tributária legalmente estabelecida, estão exauridas quaisquer outras fontes
para financiar o orçamento.
O Fisco, por essas razões, tem potencial para prestar decisiva contribuição e
assegurar os recursos exigidos para o financiamento dos bens e serviços públicos,
fundamentais para o atendimento das necessidades sociais. De que maneira?
O Estado, por intermédio de uma Administração Tributária eficiente, eficaz,
moderna e profissional, pautada, principalmente, na autonomia organizacional e financeira
para desenvolver suas ações, deve concentrar-se na exploração, preferencial e efetiva, suas
próprias fontes tributárias, na busca da maximização da arrecadação, com justiça fiscal.

5
BORDIN, Luís Carlos Vitali, LAGEMANN, Eugênio. Administração tributária: aspectos e modelos de
organização – os contextos brasileiro e internacional. Porto Alegre: Revista da Faculdade de Ciências Políticas
e Econômicas da PUC/RS. Volume 7, n.º 1, 1996, p. 113-160.
6
Receita Estadual – desenvolvimento e justiça social. Porto Alegre/RS: AFISVEC e SINTAF, p. 4. Carreiras
especializadas na Secretaria da Fazenda: novas idéias e conceitos para uma sociedade com mais recursos. Porto
Alegre/RS: AFISVEC e SINTAF, p. 4.
7
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto de Pesquisa Econômica Aplica – IPEA. Texto para
discussão n.º 977 – Finanças públicas brasileiras: algumas questões e desafios no curto e no médio prazos (p.
10-12). Disponível em <http://www.ipea.gov.br/Publicacoes>. Brasília/DF, ago. 2003. Acesso em 03 set. 2003.
8
Idem, ibidem, p. 48.
17

E somente a receita tributária é capaz de expandir-se com vistas a propiciar o rápido


e imediato auto-financiamento do Estado9, e a manutenção do equilíbrio das contas públicas,
permitindo que sejam atendidas a contento as demandas sociais.

1.3 A IMPORTÂNCIA DA RECEITA PRÓPRIA

O Estado moderno10, seja qual for a vertente utilizada para explicar sua origem1112,
adotou a receita tributária como principal fonte de custeio; é a receita própria, oriunda da
cobrança de tributos, que lhe assegura a viabilidade econômico-financeira, tornando-o capaz
de atender às legítimas aspirações da sociedade13. Para se ter uma idéia, a arrecadação própria
dos Estados brasileiros representou, em 2004, 77,24% de toda a receita disponível14.

1.4 AS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

As receitas tributárias são aquelas que provêm da cobrança dos tributos. Constituem-
se em espécie do gênero receita pública15 ordinária16 derivada17, ou então, componente
preponderante e de maior relevância da chamada receita pública corrente18, ou ainda, a
principal parcela da denominada receita corrente líqüida19, que abrange o somatório de todas
as receitas que ingressam nos cofres públicos.

9
wwww.pr.gov.br/sefa/cafe/dipro/RespFiscal/default_rf.htm.
10
O termo Estado surge, pela primeira vez, com Niccolo MACHIAVELLI (escritor e estadista florentino –
1469-1527), no seu famoso opúsculo O Príncipe. (vide, nesse sentido: SALVETTI NETTO, Pedro. Curso de
ciência política. 2. ed. São Paulo: Hemeron, 1977. v. 1)
11
SALVETTI NETTO, Pedro. Curso de ciência política. São Paulo: Hemeron, 1977. v. 1, p. 32.
12
BOBBIO, Norberto; BOVERO, Michelangelo. Sociedade e estado na filosofia política moderna. Tradução de
Carlos Nelson Coutinho. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 41.
13
Carreiras especializadas na Secretaria da Fazenda: novas idéias e conceitos para uma sociedade com mais
recursos. Porto Alegre/RS: AFISVEC e SINTAF, p. 3.
14
Ministério da Fazenda – Secretaria da Receita Federal. Estudos Tributários 14 – Carga Tributária no Brasil –
2004 (p. 14). Disponível em <http://www.receita.fazenda.gov.br>. Brasília: SRF, agosto/2005. Acesso em 20
fev. 2006.
15
BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. Rio de Janeiro: Forense, 1998, p. 116;
DENARI, Zelmo. Curso de Direito Tributário. 6 ed. São Paulo: Forense, 1996, p. 16.
16
As receitas ordinárias são as havidas com regularidade, periodicamente, e que compõem permanentemente o
orçamento do Estado.
17
ROSA JR., Luiz Emygdio F. da. Manual de Direito Financeiro e Direito Tributário. 13 ed. Rio de Janeiro:
Renovar, 1999, p. 60.
18
Conforme artigo 11 da Lei federal n.º 4.320/64.
19
Artigo 2.º, IV, da LRF.
18

As receitas tributárias inseridas no conceito de receita corrente líqüida são apenas as


que decorrem da cobrança direta dos tributos e das receitas transferidas, quando recebidas,
excluindo-se as repassadas20.

1.4.1 O ICMS – Principal Receita Tributária Estadual

Previsto no artigo 155, II, da CF/88, que define sua regra-matriz, o imposto estadual
que incide sobre a circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte e
de comunicação – ICMS, possui grande capacidade arrecadatória.
Constitui-se na principal fonte de arrecadação dos Estados e, considerado
individualmente, é o imposto que mais contribui para os cofres públicos a nível nacional21:
rendeu, em 2004, R$ 138,275 bilhões22, representando 21,80% de toda carga tributária
brasileira, e 7,83% do PIB (Produto Interno Bruto) do país23.
Aproximadamente 40% de sua arrecadação concentra-se em somente três bases de
incidência: combustíveis, telecomunicações e energia elétrica24, sendo que no Paraná tais itens
atingiram, em 2004, o percentual de 50,5% do total arrecadado a título de ICMS25.
Em 1968, quando era apenas ICM e não englobava os três itens mencionados,
arrecadou o correspondente a 7,3% do PIB.
Deduz-se, portanto, existir enorme potencial inexplorado de arrecadação no que
tange a esse imposto, fato que merece o devido exame e processamento.

1.4.1.1 O ICMS no Estado do Amazonas

20
NASCIMENTO, Carlos Valder do, et al. Comentários à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Organizadores: Martins, Ives Gandra da Silva e Nascimento, Carlos Valder do. São Paulo: Saraiva,
2001, p. 93.
21
Ministério da Fazenda – Secretaria da Receita Federal. Estudos Tributários 14 – Carga
Tributária no Brasil – 2004 (p. 13 e 16). Disponível em <http://www.receita.fazenda.gov.br>.
Brasília: SRF, agosto/2005. Acesso em 20 fev. 2006.
22
Idem.
23
Idem.
24
Ministério da Fazenda – Secretaria da Receita Federal. Estudos Tributários 14 – Carga
Tributária no Brasil – 2002 (p. 10). Disponível em <http://www.receita.fazenda.gov.br>. Brasília:
SRF, abril/2003. Acesso em 08 ago. 2003.
25
Secretaria de Estado da Fazenda/Coordenação da Receita do Estado – Inspetoria Geral de
Arrecadação – Setor de Análise e Previsão de Receita. Boletim informativo – janeiro a dezembro
2004. fev. 2005, p. 15 a 17.
19

O exame das contas públicas do Estado do Paraná revela que as receitas


orçamentárias (principalmente as correntes) estão fortemente condicionadas pelo desempenho
das receitas tributárias (especialmente do ICMS): responderam por aproximadamente 76% do
dinheiro que ingressou nos cofres públicos estaduais em 200426.
Nesse cômputo, as receitas correntes perfizeram R$ 11,533 bilhões27, sendo que R$
7,763 bilhões foi a contribuição do ICMS28, ou seja, 67%. Dos tributos (impostos e taxas)
estaduais recolhidos representou 93%29.
Em termos de participação na arrecadação do Estado, de um rol total de 196.132
contribuintes cadastrados30 – dos quais 24% estão no regime normal de apuração e pagamento
do imposto e 76% no regime SIMPLES/PR –, os 100 (cem) maiores contribuintes
responderam, naquele ano, por 71,08% da arrecadação total do ICMS; os 1.000 maiores, por
86,22%31.
Por fim, o estoque total de Dívida Ativa pendente no Estado32, proveniente, na sua
quase totalidade (99,39%, se considerada a Dívida Ativa com exigibilidade imediata33) de
créditos tributários relativos ao ICMS – , totalizou, em 2004, R$ 10,118 bilhões.
Considerando-se, por derradeiro, que mais da metade da arrecadação do ICMS está
centrada atualmente em apenas 4 (quatro) produtos, como apontado anteriormente, e que a
sonegação estimada pela Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná, em 2002, no que tange
ao ICMS, foi de 20 a 30%34, pode-se concluir que há extraordinário potencial de receita
tributária a ser arrecadado.
Num cálculo simples, fazendo-se incidir o percentual médio supostamente sonegado
(de 25%) sobre o valor arrecadado a título de ICMS em 2004 (R$ 7,763 bilhões), o valor que
teria hipoteticamente deixado de ingressar nos cofres públicos do Estado do Paraná, somente
naquele ano, a título de receita própria decorrente desse imposto, seria da ordem de R$ 2
bilhões de reais. São números impressionantes.

26
Idem, p. 3.
27
Idem.
28
Idem.
29
Idem, p.11.
30
Idem, p. 42; posição no Cadastro no ano de 2004.
31
Idem, p. 15.
32
Idem, p. 21.
33
Idem.
34
Gazeta do Povo. Curitiba/PR, 26 jun. 2002. Vide, também, o artigo: Sonegação corresponde a
30% dos tributos – União, Estados e municípios deixaram de receber R$ 200 bilhões além dos R$ 650
bi arrecadados no ano passado. Jornal de Brasília. Brasília/DF, 7 mar. 2005 (matéria disponibilizada
no site www.sintaf-rs.org.br, em 07/03/2005).
20

Numa dedução simples dir-se-ia que bastaria, num primeiro momento, recolher
apenas o quantum relativo ao percentual sonegado e já se começaria a resolver grande parte
do chamado déficit fiscal e da suposta falta de recursos, sem precisar elevar impostos ou criar
novos tributos.

1.5 O FISCO ATUAL NA ECONOMIA BRASILEIRA

O cenário atual da economia brasileira, indicando a queda dos juros e o aumento da


produção e do consumo, além da atuação de profissionais mais especializados na área
tributária, exigem que o Estado seja mais eficaz na sua ação fiscalizadora.
Por outro lado, a competitividade da economia atual pode induzir os contribuintes ao
não cumprimento de suas obrigações tributárias, motivo pelo qual é necessário uma
fiscalização mais efetiva.
Em suma, a mobilidade da economia reclama um Fisco independente, ágil,
organizado, equipado e valorizado, capaz de atingir níveis de excelência que permitam a
realização plena da Receita Pública Estadual.

1.6 A AUTONOMIA DA CARGA TRIBUTÁRIA

As organizações responsáveis pela administração de tributos demonstram, acerca


das atribuições, uma certa uniformidade no contexto internacional de gestão governamental.
Quanto à configuração institucional, porém, apresentam algumas diferenciações35.
Para uma melhor compreensão da complexa atividade que é a administração dos
tributos, abordar-se-á o modo como a administração tributária está inserida no organograma
global do setor público, bem como a tendência recente que está ocorrendo na estruturação das
administrações tributárias em nível internacional: a autonomia funcional e financeira36.
Para tanto, registra-se, inicialmente, o referencial teórico existente relativamente à
tributação; em seguida, relata-se a experiência internacional; por último, apresenta-se as
propostas e a prática no Brasil, bem como algumas considerações complementares acerca do
assunto.

35
BORDIN, Luís Carlos Vitali. A autonomia da Administração Tributária. Porto Alegre/RS, 2000.
36
Idem.
21

A ciência das finanças tem por objeto de análise as atividades estatais e obtenção e
emprego dos meios materiais e de serviços para satisfação das necessidades públicas. No
plano jurídico, estas atividades são estudadas pelo ramo do Direito Financeiro37.
Desde a Primeira Grande Guerra Mundial, um movimento entre os juristas, iniciado
na Alemanha e Itália, começou a emancipar o Direito Financeiro do Direito Administrativo.
As relações jurídicas específicas que decorrem da tributação e da despesa, a índole singular do
orçamento e as peculiaridades dos empréstimos do setor público acabaram por definir
claramente a autonomia do Direito Financeiro.
Posteriormente, dada a especificidade das relações jurídicas que envolvem o fisco e
o contribuinte, o Direito Tributário também emancipou-se do Direito Financeiro38, fato
consagrado, aliás, na atual Constituição Brasileira, que estabelece em seu artigo 24, inciso I, a
competência concorrente entre União, Estados e Municípios para legislar sobre " direito
tributário, financeiro,...".
Além disso, a partir da Emenda Constitucional n.° 42/03, foi introduzido o inciso
XXII ao art. 37 e o inciso IV ao art. 167 da Constituição Federal, assegurando às
Administrações Tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
autonomia gerencial, orçamentária, financeira e administrativa, e aos seus serviços a
independência funcional necessária ao exercício de suas atividades, considerando-as
essenciais ao funcionamento do Estado.
Percebe-se que a evolução da Administração Tributária para uma organização
autônoma, independente, vem se consolidando, dada a alta complexidade e relevância da
missão a que se propõe, e a importância de sua performance dentro da Administração Pública.

1.6.1 A Experiência Internacional

A reorganização da estrutura do órgão de administração de tributos tem apresentado


recentemente vários casos em diversos países em que lhe foi conferido um maior grau de
autonomia, para melhor desempenhar suas funções39.
O Centro Interamericano de Administradores Tributários - CIAT40, organismo
público internacional, sem fins lucrativos, fundado em 1967, com sede na cidade do Panamá,

37
BORBA, Cláudio. Direito Tributário: teoria e 600 questões. Rio de Janeiro: Impetus, 2001, p.3.
38
BORDIN, Luís Carlos Vitali. A autonomia da Administração Tributária. Porto Alegre/RS, 2000.
39
Idem.
22

República do Panamá, cuja missão é propiciar um ambiente de estudos tributários e prover um


foro para assistir integralmente seus países-membros, para a melhoria e modernização das
Administrações Tributárias, propiciando sua evolução, aceitação social e consolidação,
constatou e registrou, já em 1993, essa tendência de maior independência da atividade fiscal
nos países americanos41.
Além disso, vem destacando42, reiteradamente, a importância da autonomia e
independência de atuação da Administração Tributária como sendo um dos pilares cuja
existência deve ser observada para que se possa considerá-la eficiente, eficaz, moderna e
profissional.
No que pertine à referida autonomia em países americanos, pode-se destacar o
seguinte, em termos organizacionais da administração fiscal43:
a) Em relação à totalidade dos países americanos, 9 (nove) possuem administrações
tributárias com alguma forma de independência administrativa ou financeira ou, ainda, com
vinculação direta ao Poder Executivo: a Argentina, a Bolívia, o Canadá, a Colômbia, o
México, o Peru, a Venezuela, o Panamá e El Salvador.
b) Em relação às administrações tributárias dos países que compõem a Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)44, além do Canadá, onde a área
tributária constitui um ministério à parte, verifica-se que 4 (quatro) têm "status ministerial": a
Dinamarca, a Noruega, a Itália e a Nova Zelândia; na Espanha e no Japão a administração
fiscal, embora ligada ao Ministério da Fazenda, possui autonomia administrativa e financeira.
Os demais países seguem a estrutura organizacional tributária tradicional, isto é, mantendo a
administração tributária vinculada ao Ministério da Fazenda ou Economia.

40
O CIAT é composto pelas administrações tributárias de 34 países, sendo 29 países americanos e 5 países
europeus. São eles: Antilhas Holandesas, Argentina, Aruba, Barbados, Bermuda, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile,
Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, EUA, França, Guatemala, Haiti, Honduras, Itália,
Jamaica, México, Nicarágua, Países Baixos, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Venezuela, República
Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai. No Brasil, o CIAT tem sua sede (filial) localizada na
cidade do Rio de Janeiro/RJ, sendo que seu site na Internet é www.ciat.org.br.
41
Centro Interamericano de Administradores Tributarios – CIAT (Org.). Revista del Ciat. Panamá: CIAT, 1993,
p. 17.
42
Centro Interamericano de Administradores Tributários – CIAT (Org.). Carta-documento: Atributos mínimos
necesarios para una sana y eficaz administración tributaria – Aprobada por la 30 Asamblea General del CIAT
celebrada en Santo Domingo, República Dominicana el 19 de marzo de 1996. Panamá, 1996. Disponível em
<http://www.ciat.org.br>. Acesso em: 20 nov. 2002 (item 1, subitem 5 e item 2, subitem 5).
43
BORDIN, Luís Carlos Vitali. Opus cit, p. 5. Fonte: CIAT (www.ciat.org), sites das administrações tributárias
de cada país e BID (www.iadb.org/int/FISCAL/documents/moderniz). Vide, também, Receita Estadual –
desenvolvimento e justiça social. Porto Alegre/RS: AFISVEC e SINTAF, p. 10-11 e Carreiras especializadas na
Secretaria da Fazenda: novas idéias e conceitos para uma sociedade com mais recursos. Porto Alegre/RS:
AFISVEC e SINTAF, p. 9-10.
44
OCDE. Administrations Fiscales: Structure et Responsabilités des Services Chargés de L'Établissement, des
Procédures etdu Recouvrement de L'Impôt" da OCDE. Paris, OCDE, 1993.
23

c) A Dinamarca, apontada como tendo uma das melhores organizações tributárias do


mundo, possui um interessante mecanismo de formulação de diretrizes fiscais que se
materializa na figura de um Conselho Nacional de Tributação. Este Conselho funciona em
paralelo à instituição tributária propriamente dita, mas com a maioria de seus membros
advindos da mesma.
Nos EUA, o Internal Revenue Service (IRS) - a Receita Federal americana - embora
vinculado ao Ministério do Tesouro, possui autonomia em suas ações de fiscalização45.

1.6.2 A Repercussão no Brasil

Em nosso país, o Estado do Rio Grande do Norte foi pioneiro nessa matéria, criando,
em 1995, uma Secretaria de Estado da Tributação46, incumbindo-a exclusivamente da
Administração Tributária, desmembrando-a da Secretaria de Fazenda.
Da mesma forma, em 1998, o Maranhão criou a Gerência da Receita Estadual47.
O Mato Grosso do Sul, por sua vez, em janeiro de 2000, iniciou processo
semelhante, separando os gastos públicos da Secretaria de Receita e Controle48.
Em janeiro de 2003, o Estado do Rio de Janeiro criou a Secretaria de Estado da
Receita49, que ficou responsável pela receita pública.
E mais recentemente foi a vez da Paraíba50. Vale ressaltar, ainda, os estudos que
vêm sendo desenvolvidos pelos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina visando
implementar possível alteração organizacional no que pertine à Administração Tributária.
O Governo Federal também optou pela divisão de atribuições, conforme art. 9.º da
Medida Provisória 71/2002: a Receita está a cargo da Secretaria da Receita Federal51; a
Despesa, à Secretaria do Tesouro Nacional52; e, o Controle incumbe à Secretaria de Controle
Interno53.

1.7 ESPÉCIES DE TRIBUTOS

45
Idem, ibidem.
46
Na Internet: http://www.set.rn.gov.br.
47
Cujo endereço na Internet é: http://www.gere.ma.gov.br.
48
Site na Internet: http://www.sefaz.rns.gov.br.
49
http://www.receita.rj.gov.br.
50
http://www.sefin.pb.gov.br
51
http://www.receita.fazenda.gov.br.
52
http://www.stn.fazenda.gov.br.
53
Idem.
24

O Código Tributário Nacional conceitua tributo como sendo “toda prestação


pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada”. (art. 3º)54
Existem 04 (quatro) espécies de tributos reconhecidas pelo Sistema Tributário
Nacional de forma a permitir que os órgãos (Federais, Estaduais e Municipais) efetuem a
cobrança, são elas:

a) Impostos

Segundo o Código Tributário Nacional “imposto é o tributo cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao
contribuinte”. (art. 16)55 Pode-se dizer que o imposto é tributo de caráter genérico que
independe qualquer atividade ou serviço de poder publico em relação ao contribuinte.

b) Taxas

Segundo o Código Tributário Nacional “taxa é uma espécie de tributo cujo fato
gerador é o exercício regular do poder de polícia, ou serviço público, prestado ou posto à
disposição do contribuinte”. (art. 77)56 Pode-se afirmar que a taxa é um tributo vinculado com
o exercício de poder de policia (atividade da administração publica) ou com prestação de
algum serviço publico para um beneficiário. Tem caráter remuneratório.

c) Contribuições de Melhorias

O Código Tributário Nacional, que é repleto de definições, não definiu as


contribuições de melhoria. As mesmas têm caracterização especial, e por isso mesmo foram
tratadas como uma espécie de tributo, distinta dos impostos e das taxas. Pode analisar que as
mesmas são cobradas quando o governo ajuda o beneficiário seja com algo construído para
valorizar o seu imóvel ou mantendo seu esgoto em ordem.

d) Contribuições Sociais

Apesar da doutrina e jurisprudência não ter definido se as contribuições sociais é um


tributo individual ou faz parte do grupo de imposto (vinculado ao empregador não há

54
Código Tributário Nacional
55
Idem
56
Idem
25

nenhuma atividade estatal) ou taxa (vinculado ao trabalhador há um serviço público ou


efetivamente prestado ou colocado a disposição), uma coisa é certa, as contribuições sociais
são tributos e mistos, pois ora assumi a postura de taxa ora de imposto..

1.8 CONCEITOS

Já se estudou o significado dos Tributos, agora analisasse o significado da palavra


Planejamento que segundo o Aurélio Buarque, em seu Dicionário Aurélio - Eletrônico,
Planejamento significa “Ato ou efeito de planejar”. E planejar significa “Fazer o planejamento
de; elaborar um plano ou roteiro de; programar, planificar“.
Partindo desse principio, estudaremos Planejamento Tributário sabendo que
Planejamento Tributário é bastante complexo, pois o mesmo é um tema bastante polêmico, já
que na prática muitos confundem Elisão Fiscal com Evasão Fiscal. O Planejamento Tributário
é fundamentado juridicamente e deve estar diretamente ligado ao Planejamento Financeiro da
empresa.
A necessidade de um planejamento tributário no intuito de otimizar custos,
maximizar lucros e ao mesmo tempo ser competitiva no mercado, exige das empresas
hoteleiras um estudo minucioso e confiável, pois como o regime democrático não está
fortalecido e isso somado às prioridades que são atribuídas nas reformas tributárias e
orientação do mercado econômico geram inúmeras alterações nas legislações e elevados
índices de carga tributária.
SARANDY (2004)57 afirma que Planejamento Tributário “é um conjunto de
procedimentos legais que projetam a redução dos custos dos empreendimentos com o
pagamento dos tributos.”
PÊGAS (2005, p. 568)58 define, de forma simplificada, Planejamento Tributário
como sendo “a utilização de alternativa mais vantajosa econômica e financeiramente,
amparada na legislação vigente, em comparação com alternativa que represente mais
desembolso de tributos para o contribuinte”.

57
SARANDY, Wiliam Wagner Silva. A importancia do planejamento fiscal para a Micro e a Pequena Empresa.
FISCO-Soft. Disponível no site: <
http://www.fiscosoft.com.br/main_index.php?home=home_artigos&m=_&nx_=&viewid=125158 >. Acesso em:
12 ago. 2006.
58
PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributária. 3ª ed. rev. Rio de Janeiro. 2005.
26

OLIVEIRA (2002, p. 36)59 entende o Planejamento Tributário como uma “forma


lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom senso dos
responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo”.
FABRETTI (2000, p. 30)60 define o Planejamento Tributário como o “estudo feito
preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus
efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas”.
O planejamento tributário deve fazer parte da rotina de qualquer empreendimento.

1.8.1 Finalidade

O gerenciamento das obrigações tributárias não pode ser mais considerado como
necessidade cotidiana, mas sim como algo estratégico dentro das organizações,
independentemente de seu porte ou setor. Essa forma de buscar da economia de impostos,
escolhendo a opção legal menos onerosa. Pelo planejamento tributário é possível:
a) Evitar a incidência do tributo: adotam-se procedimentos com o fim de evitar a
ocorrência do fato gerador;
b) Reduzir o montante do tributo: as providências serão no sentido de reduzir a base de
cálculo ou alíquota do tributo;
c) Retardar o pagamento do tributo; medidas que têm por fim postergar o pagamento do
tributo, sem ocorrência da multa.

1.8.2 Evasão Fiscal X Elisão Fiscal X Lei Anti-elisiva

É importante distinguir o planejamento tributário (elisão fiscal) da evasão fiscal, sendo


esta, atos de redução ilícita da carga tributária. Geralmente ocorre após a ocorrência do fato
gerador. São fraudes e sonegações que, podem ser descobertos pelo fisco mediante auditorias
e fiscalizações, evidenciando documentações inidôneas e atos ilegais.

59
OLIVEIRA, Luís Martins de e al. Manual de Contabilidade Tributária. São Paulo: Atlas, 2002
60
Lista de tributos (impostos, contribuições, taxas, contribuições de melhoria) existentes no Brasil. Disponível
no site: www.portaltributario.com.br Acesso em: 19 ago. 2006.
27

a) Evasão fiscal

Evasão Fiscal é o ato ilegítimo, simulando operações, que tem o sentido enganoso ou
doloso de evitar a tributação.
Segundo o Dicionário Aurélio Eletrônico, EVASÃO é o ato de evadir-se; desviar, evitar,
escapar, fugir, iludir (evitar ou escapar com destreza; furtar-se com habilidade ou astúcia). A
evasão está mais próxima da Sonegação Fiscal.

b) Elisão fiscal

Elisão é o ato, que se diz legítimo, praticado com o fim de evitar a incidência
tributária ou diminuir o tributo, antes do surgimento da situação definida em Lei.
Segundo o Dicionário Aurélio Eletrônico, elisão é a eliminação e a supressão. A
Elisão Fiscal está mais próxima do Planejamento Tributário.
Os casos típicos de elisão são aqueles em que se pratica o ato que será proibido,
porque a lei já existe, porém só entra em vigor em data futura ou quando se anuncia que há
projeto de lei tomando proibida determinada operação.

c) A lei anti-elisiva

O Parágrafo Único da Lei Antielisiva diz o seguinte:

“A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios


jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do
fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária.”

Vejamos: Dissimular = Disfarçar? Ocultar? Sonegar? Mascarar? Será que prevenir


algo, ou seja, evitar que um fato venha a ocorrer causando danos a determinada pessoa, seja
ela física ou jurídica significa está sonegando esse fato?

1.9 FORMAS DE TRIBUTAÇÃO


28

1.9.1 Simples

O Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuição das Microempresas e


Empresas de Pequeno Porte é um sistema simplificado de pagamento de impostos e
contribuições que foi instituído pra beneficiar as Micros e Pequenas Empresas do Brasil.
O Governo com base na Lei nº 7.256/84, definiu o que é micro e pequena empresa, e
assegurou-lhes um tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo,
tributário, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial.
Foi criada através da Lei 9.317/96 a forma simplificada de recolhimento dos tributos
federais, são eles: PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, INSS e IPI.
Atualmente, classifica-se como microempresa (ME) a pessoa jurídica cuja receita
bruta anual não ultrapasse R$ 240.000,00; e como empresa de pequeno porte (EPP) a que
tiver receita bruta anual entre R$ 240.000,01 e R$ 2.400.000,00.
Ao optar pelo SIMPLES a ME e a EPP devem analisar se não têm nenhum
impedimento levar em consideração quanto às exigências para tal, exemplo, o valor do
faturamento estimado está dentro dos limites permitidos.
As atividades hoteleiras não estão impedidas de optar por esta forma de tributação.

1.9.2 Lucro presumido

O Lucro Presumido é uma alternativa de tributação simplificada que o Governo


Federal implantou com a finalidade de ampliar a base tributável e de recuperar a arrecadação.
Tem como base de cálculo a receita bruta, e não o lucro.
Com a Lei nº 9.718/98, em seu art. 13, e segundo o Decreto 3.000/99 (arts. 516/528)
podem optar pela tributação com base no Lucro Presumido as pessoas jurídicas, não obrigadas
à apuração do Lucro Real, cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual
ou inferior a R$ 48.000.000,00.
Como já dito anteriormente cada tipo de planejamento tributário deve ser
personalizado de acordo com a necessidade da empresa, logo ao escolher o Lucro Presumido
também deve ser analisado se viável para empresa essa forma de tributação.
Umas das vantagens ao escolher esse tipo de tributação é que as empresas que optarem
por este tipo de tributação podem distribuir dividendos para seus sócios e acionistas, sem
29

tributação, pois os mesmos são considerados isentos de tributação para pessoas físicas e
jurídicas.

1.9.3 Lucro Real

O Lucro Real é um lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões ou compensações


prescritas na legislação do Imposto de Renda. A apuração pode ser levantada trimestralmente
ou anualmente.

Estão obrigadas ao pagamento do Imposto de Renda com base no Lucro Real as


pessoas jurídicas (excluídas do lucro presumido), cuja receita bruta total, no ano-calendário
imediatamente anterior superior a R$ 48.000.000,00.
As empresas optantes pela tributação com base no lucro real estão obrigadas a
transcrever no Livro de Registro de Inventário, os estoques existentes ao final de cada
trimestre – período de apuração, no caso de apurarem o lucro real trimestralmente, ou
exclusivamente em 31 de dezembro, de cada ano, isso se as empresas optarem por efetuar o
pagamento do imposto de renda mensal por estimativa.

1.9.4 Lucro Arbitrado

Dentre as modalidades permitidas para a apuração do Imposto de Renda das Pessoas


Jurídicas – IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro – CSLL, devidos trimestralmente,
está aquela em que o lucro, base de incidência do IRPJ, é arbitrado, pela própria pessoa
jurídica ou, de oficio, pela fiscalização da Receita Federal.
O arbitramento feito de oficio é o recurso da fiscalização da Receita Federal quando se
vê impossibilitada de aceitar ou de apurar o lucro real da pessoa jurídica. Por isso, o Conselho
de contribuintes tem reiteradamente decidido que essa modalidade de tributação é excepcional
e deve ser aplicada somente quando esgotadas de fato as possibilidades de apuração do lucro
real da pessoa jurídica.
O arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de
renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte, se conhecida a receitas bruta.
30

CAPÍTULO II

2. METODOLOGIA

Quanto a metodologia dessa pesquisa, apresenta-se o método que proporcionou


orientação geral para o planejamento da pesquisa de maneira que facilitou tanto na
formulação do problema, quanto na identificação das hipóteses, direcionando em seguida os
objetivos e permitindo posteriormente a explicitação da delimitação e perspectiva da pesquisa,
bem como, a fase de coleta de dados, sua análise e interpretação, inclusive o método
utilizado.
A pesquisa utilizou o método do estudo de caso em função do objetivo geral do
estudo apresentar-se como um estudo sobre o imposto Nacional Simples e a unificação dos
impostos das microempresas e empresas de pequeno porte, analisando e comparando os
métodos administrativos, tradicionalmente utilizados por esta categoria de empresa, com os
impostos simples e suas aplicações no cotidiano, tendo por base, alguns autores como Godoy,
Bressan e Trivños que defendem o uso desse método como uma estratégia do pesquisador,
que procura responder a perguntas como: “porquê“ e “como” e para que certos fenômenos
ocorrem, focando no entanto os aspectos atuais, que segundo Fachim (2003) só podem ser
analisados dentro de contexto real.
Para Godoy (1995) o pesquisador deve adotar uma postura aberta e receptiva, pois
no decorrer do trabalho podem surgir novas dimensões possíveis a ser considerada. O que de
fato ocorreu. Pois após a pesquisa o estudo apresentou a necessidade do pesquisador apurar
alguns dados primordiais no esclarecimento de alguns indicadores a respeito dos impostos
nacional simples
Bonomam apud Bressan (2000), explica que o método de estudo deverá ser aplicado
quando...,

pretende-se analisar uma determinada organização podendo se tornar


uma estratégia dos pesquisadores que procuram responder questões
tais como: “porquê", “como”, e “para que” que certos fenômenos
ocorrem, tendo pouca possibilidade nas situações estudadas..
31

Com base nesta abordagem, os procedimentos metodológicos aplicados cumprem


um papel fundamental na elaboração literária, como também na investigação da realidade,
uma vez que determina a maneira exterior com que o tema é tratado.
Visto que Fachin (2003), enfatiza a metodologia como “um elemento de
compreensão às concepções teóricas de abordagem e ao conjunto de técnicas que
possibilitam o entendimento de fatos e contextos aliados ao potencial criativo do
pesquisador”. As técnicas e instrumentos da pesquisa foram empregados de maneira a
permitir a articulação entre conteúdos, pensamentos e existências.
Bastos (1996, apud Fachin 2003) “considera a pesquisa como sendo um
questionamento sistemático crítico, mais a intervenção competente na realidade ou o diálogo
crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”, ( ) o que demanda a
formação básica para que as pessoas adquiram novos conhecimentos e a partir daí
desenvolvam novas atitudes, idéias e conceitos que modifiquem seus hábitos e
comportamentos, e deste modo, seguindo os critérios de Bastos a presente pesquisa, além da
formulação do problema de pesquisa, a exposição teórica acerca da unificação dos impostos
de microempresas e empresas de pequeno porte, apresentam-se ainda algumas peculiaridades
que originaram questões prioritárias para a referida investigação.
Serão definidos a seguir as técnicas de pesquisa, os instrumentos de coleta de dados
e a amostra do universo a ser pesquisado.
É a teoria dos procedimentos de ensino para obter uma didática teórica de estudos
científicos dos métodos. Conforme Vergara (2003), ”trata-se do estudo com critérios
metodológicos, das relações existentes entre causa e efeitos de um fenômeno qualquer, no
qual o estudioso se propõe a demonstrar a verdade dos fatos e sua aplicação prática”.

2.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta parte visa descrever a metodologia utilizada para elaboração desta pesquisa,
mostrando os métodos utilizados durante o desenvolvimento. Para realização deste trabalho
será utilizada uma abordagem descritiva, exploratória e bibliográfica. Utilizando métodos
qualitativos, mostrando o caminho a ser seguido, através de explicação minuciosa, detalhada,
rigorosa e exata de toda ação desenvolvida nos métodos do trabalho de pesquisa, para permitir
32

verificar os objetivos alcançados e assim auxiliando nas tomadas de decisões dos gestores da
empresa.
As técnicas que se pretende utilizar serão a leitura preliminar da bibliografia,
procurando a compreensão do contexto dos impostos nacional simples, assim como as
evoluções do comportamento humano diante da necessidade de adaptar-se a essas mudanças e
as cargas tributárias. Além disso, será feito um levantamento e análise de dados, referentes
aos impostos destinados as microempresas e as empresas de pequeno porte, por meio das
diversas fontes de informação disponíveis, como, relatórios, plano de metas e objetivos,
observação direta, e aplicação de questionários específicos, que permitam uma pesquisa de
campo estruturada.
A escolha destas técnicas foi baseada na necessidade da compreensão do papel do
comportamento das pessoas envolvidas, dentro do contexto estrutural que estão inclusas, pois,
conforme Godoy (1995) “não é possível compreender o comportamento humano sem a
compreensão do quadro referencial (estrutura) dentro do qual os indivíduos interpretam seus
pensamentos, sentimentos e ações”.
Podemos classificar a pesquisa em dois grandes métodos: o quantitativo e o
qualitativo. O método quantitativo diz mais respeito à abordagem técnica do problema
baseando-se em fatos e dados objetivos, enquanto o método qualitativo perfila-se melhor com
uma abordagem de comportamento humano, levando em conta o lado subjetivo dos
problemas. De acordo com Minayo (1998), nas ciências sociais, a diferença entre os dois
métodos é de natureza. Ele afirma que: “Enquanto cientistas sociais, ao trabalhar com o
método quantitativo, utilizando a estatística, apreendem dos fenômenos apenas a região
‘visível, ecológica, morfológica e concreta’, a abordagem qualitativa aprofunda-se no mundo
dos significados das ações e relações humanas, um lado não perceptível e não captável em
equações, médias e estatísticas.” Como neste trabalho procuramos a compreensão do Sistema
Enxuto de Produção, para propor um método de implantação, esta abordagem nos permitirá a
compreensão dos aspectos dos conhecimentos do ponto de vista técnico, e do ponto de vista
humano.
A pesquisa será qualitativa, pois terá um cunho exploratório para a investigação da
Produção Enxuta e também para verificar a eficácia do mesmo. Segundo Fachin (2002, p. 82),
a Pesquisa Qualitativa é caracterizada pelos seus atributos e relaciona aspectos não
mensuráveis, mas também definidos descritivamente.
A pesquisa terá uma conotação descritiva para melhor favorecer as observações,
análises, classificações dos fatos para torna a mesma mais ampla e completa. Com base em
33

Vergara (2005, p. 47), esta pesquisa é considerada descritiva, pois expõe características de
determinada população ou de determinado fenômeno, estabelecendo correlações entre
variáveis e definição de sua natureza. Não tendo compromisso de explicar os fenômenos
descritos, embora sirva de base para tal explicação.
Trata-se também de uma pesquisa exploratória, pois de acordo com Vergara (2005,
p.47), foi realizada em área com pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua
natureza de sondagem, não comportou hipóteses, pois enquanto foi realizado levantamento
bibliográfico, a fim de verificar se a quantidade das fontes coletadas corresponde à qualidade
suficiente para realização do estudo.
A pesquisa será bibliográfica, pois usará como fonte de pesquisa livros
especializados sobre o assunto. Baseado em Vergara (2003, p. 20), esta pesquisa se classifica
como bibliográfica porque será um estudo desenvolvido e fundamentado com base em
material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas de acesso ao público, como
revistas e jornais adquiridos nas bancas revendedoras, redes eletrônicas através de pesquisas
via computador na Internet.
Com base em Lakatos e Marconi (2001), o instrumento necessário à implantação de
uma pesquisa de campo, são formulários, questionários, roteiros de entrevistas, escalas de
opinião ou de atitudes, entre outros.
A coleta de dados será por meios de pesquisas em livros, acervos, internet, revistas e
ou documentários acerca desse assunto, para uma melhor explanação e entendimento do
projeto de pesquisa.

2.1.1 Quanto à Natureza

Para Teixeira (2001)...“A pesquisa pode ser Qualitativa quando é destinada ao


estudo sobre o comportamento humano, portanto, seus métodos estão fundamentados na
utilização de agrupamentos intuitivos, confrontações a conhecimentos e induções
generalizadas.” “Quantitativa quando é destinada à quantificação de opiniões, utilizando-se
para isso, recursos e métodos estatísticos.” “Na pesquisa Quali-quantitativa, está relacionada
às duas pesquisas.”
Para esta pesquisa optou-se pela pesquisa qualitativa.
34

2.1.2 Quanto aos fins

Segundo Vergara (2004), afirma que a pesquisa pode ser de três formas:
“Exploratória, que não deve ser confundida com leitura exploratória, é realizada em área na
qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não
comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou final da pesquisa.”, “Descritiva,
expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também
estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de
explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Pesquisa de
opinião insere-se nessa classificação.”, “Explicativa, tem como principal objetivos tornar algo
inteligível, justificar-lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de
alguma forma, para a ocorrência de determinado empreendimento. Pressupõe pesquisa
descritiva como base para suas explicações.” ”Pesquisa Metodológica é o estudo que se refere
a instrumentos de captação ou manipulação da realizada. Está portanto, associada a caminhos,
formas, maneiras, procedimentos para atingir determinado fim. Construir um instrumento para
avaliar o grau de descentralização decisória de uma organização é exemplo de pesquisas
metodológicas.” “A investigação intervencionista tem como principal objetivo interpor-se,
interferir na realidade estudada, para modifica-la. Não se satisfaz, portanto, em apenas
explicar. Distinguir-se da pesquisa aplicada pelo compromisso de não somente propor
resoluções de problemas, mas também de resolve-los efetiva e participativamente.
No que tange as forma de abordagem do problema, pesquisa geradora desse estudo é
por categoria de variável quantitativa, pela necessidade de quantificar opiniões a respeito de
fenômenos envolvendo casos isolados e em conjunto no Tropical Hotel Manaus, uma vez que
para Lakatos (2003), “a pesquisa quantitativa é determinada em relação aos dados ou à
proporção numérica, mas a atribuição numérica não deve ser feita ao acaso” (...), a
quantificação científica para a autora ora mencionada envolve, um sistema lógico que sustenta
a atribuição de números, cujos resultados sejam eficazes. Na visão de Teixeira (2001, apud
Fachin 2003), a pesquisa quantitativa, “é um procedimento destinado à quantificação de
opiniões, utilizando-se para isso, recursos e método estatísticos”.
Sob o ponto de vista de seus objetivos a pesquisa Classifique-se como Descritiva e
explicativa. Assume caráter descritivo, pela necessidade do estudo expor características da
população alvo e bem como fenômenos que envolvem essa população, visando assim
estabelecer correlações entre variáveis que permeiam o referido ambiente através de
35

observações, registros, análises, classificação e interpretação dos fatos segundo Gil (1991).
Mas também se delineia como uma pesquisa explicativa por possibilitar tornar algo ou
fenômeno inteligível, no sentido de identificar e justificar os fatores desencadeadores da
problemática sob o enfoque do autor ora citado anteriormente.

2.1.3 Quanto aos meios

Segundo Vergara (2004) afirma que a pesquisa pode ser: ”Pesquisa de Campo é
investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe
de elementos para explicá-lo. Para incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e
observação participante ou não. “Pesquisa documental é a realizada em documentos
conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas:
registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações
informais, filmes, microfilmes, fotografias, videoteipe, informações em disquete, diários
cartas pessoais e outros.”, “Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com
base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é material
acessível ao público em geral”. “Pesquisa experimental, a coleta de dados também é
realizada, ”in loco”, mas o pesquisador poderá manipular os fenômenos, no sentido de
interpretar esses dados. É investigação empírica na qual o pesquisador manipula e controla
variáveis”.
Os meios para obtenção das informações e fundamentação teórica o presente estudo
compreende três dimensões investigativas. Partindo-se então da pesquisa teórica partir de um
levantamento bibliográfico para embasamento conceitual científico; pesquisa de campo para
conhecimento e levantamento dos fenômenos ocorridos na empresa objeto do estudo de caso,
finalmente a pesquisa documental onde se verificará algum dado já ocorrido para a então
comparação e análise dos resultados da referida pesquisa.
Para este trabalho estudado, optou-se pela pesquisa bibliográfica e documental.

2.1.4 Universo e Amostra

Segundo Vergara (2004)...”Trata-se de definir toda a população e a população


amostral. Entenda-se aqui por população não o número de habitantes de um local, como é
36

largamente conhecido o termo mas um conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas,


por exemplo) que possuem características que serão objeto de estudo. População amostral ou
amostra é uma parte do universo (população) escolhida segundo algum critério de
representatividade”.
Para Marconi (1985, apud Lincon 1991)...”Quando se deseja coletar informações
sobre um ou mais aspectos de um grupo grande ou numeroso, verifica-se, muitas vezes, ser
praticamente impossível fazer um levantamento do todo. Daí a necessidade de investigar
apenas uma parte dessa população ou universo. O problema da amostragem é, portanto,
escolher uma parte (ou amostra), de tal forma que ela seja a mais representativa possível do
todo e, a partir dos resultados obtidos relativos a essa parte, pode inferir, o mais
legitimamente possível, os resultados da população total, se esta fosse verificada”.
Para esse pesquisa não há Universo e amostra, pois trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, uma revisão de literatura.

2.1.5 Instrumento de coleta de dados

Segundo Lakatos e Marconi (2001, pg. 165)...”o instrumental necessário à


implementação de uma pesquisa de campo, são formulários, questionários, roteiros de
entrevista, escalas de opinião ou atitudes, entre outros.”
Segundo Gil (1999) define instrumentos de coleta de dados...“Observação – quando
se utilizam os sentidos na obtenção de dados de determinados aspectos da realidade.
Entrevista – Obter de informações de um entrevistado, sobre determinado assunto.
Questionário – série ordenada de perguntas que deve ser respondido por escrito pelo
informante. Ele deve ser objetivo. E claro (distribuído, claro, etc.) Podem ser abertas,
fechadas e de múltiplas escolhas. Formulário – é uma edição de questões que são anotadas
pelo entrevistador numa situação face a face com a outra pessoa (o informado).
Para Lakatos (2001)...”Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos
instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados
previstos. É tarefa cansativa e toma, quase sempre, mais tempo do que se espera. Exige do
pesquisador paciência, perseverança e esforço pessoal, além do cuidadoso registro dos dados
e de um bom preparo anterior”.
Para esse estudo foi utilizado uma pesquisa através de livros e acervos eletrônicos
37

2.1.6 Análise dos Resultados

Para Best (1972, apud Lincon 1991)...”representa aplicação lógica dedutiva e


indutiva do processo de investigação”.
Para Trujilho (1974, apud Lincon 1991)...”é a tentativa de evidenciar as relações
existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. Essas relações podem ser estabelecidas
em função de suas propriedades relacionadas de causa-efeito, produtor-produto de
correlações, de análise de conteúdo, etc.”
Lakatos (2001) sintetiza que é a tentativa de evidenciar as relações existentes
entre os fenômenos estudados e outros fatores.
A análise dos resultados da pesquisa se deu após o resumo de tabulação de todos
os dados coletados através da pesquisa de cunho bibliográfico, o qual gerou o terceiro
capítulo.
38

CAPÍTULO III

3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

As micro e pequenas empresas têm fundamental importância no ambiente


econômico brasileiro. Conforme dados do SEBRAE, no período de 1990 a 1999 foram
constituídas no Brasil 4,9 milhões de empresas, dentre as quais 2,7 milhões são
microempresas, ou seja, um percentual que ultrapassa os 55%. Entretanto, o impacto das
micro e pequenas empresas no cenário econômico é menor do que seria de se esperar, dada à
alta mortalidade de empresas desse porte. Segundo o SIMPI – Sindicato das Microempresas,
baseado na pesquisa de campo realizada em 1999 pelo SEBRAE, mais da metade de todas as
micros e pequenas empresas abertas a cada ano estarão fechadas no terceiro ano de atividade,
sendo a falta de capital de giro e a carga tributária elevada as maiores dificuldades
enfrentadas.

3.1 TRIBUTAÇÃO DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

Segundo ASSEF (1997), a estrutura tributária vigente no Brasil é extremamente


complexa e é bastante comum a dúvida sobre quais os impostos que incidem nos preços, pois
impostos confundem-se facilmente com encargos sociais. A grande diferença reside na base
de cálculo sobre a qual incidem um e outros: enquanto os tributos incidem sobre faturamento,
os encargos sociais incidem sobre a folha de pagamento. Na formação de preços, somente os
tributos são considerados e tratados como despesas variáveis; já os encargos sociais são
tratados como despesas fixas.

3.1.1 Simples

Imposto federal que consiste num sistema integrado de pagamento de impostos e


contribuições de microempresas e empresas de pequeno porte sob os seguintes parâmetros,
salvo exceções previstas na lei. Assim:
39

Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes, descontando-se vendas
canceladas e descontos concedidos, nas alíquotas contidas na seguinte tabela:

Fonte: Extraído de ASSEF, Roberto. Guia Prático de Formação de Preços. 6.e. Rio de Janeiro: Campus, 1997,
p.14, com comentários sobre o acréscimo das alíquotas baseados em FERREIRA, 1997.

*As alíquotas deverão ser acrescidas de:


- 0,5%, na hipótese de abrangerem o IPI;
- 0,5%, em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de até 1% se contribuinte
apenas do ICMS, na hipótese de o Estado em que a empresa esteja estabelecida tenha aderido
ao Simples;
- 0,5%, em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de até 1% se contribuinte
apenas do ISS, na hipótese de o Município em que a empresa esteja estabelecida tenha
aderido ao Simples.

3.1.2 Cálculo do Simples e normas para aplicação dos percentuais

A base de cálculo sobre a qual se aplicarão os percentuais constantes na tabela acima


será a receita bruta auferida no mês imediatamente anterior; entretanto, o percentual a ser
aplicado refere-se à receita bruta acumulada até o próprio mês.
Segundo FERREIRA (1997), citando a Lei 9317/96, as principais obrigações das
empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos impostos e
40

contribuições unificados pelo Simples em uma única guia, apresentar anualmente declaração
simplificada e possuir livro caixa, livro de registro de inventário de todos os documentos nos
quais se baseia a escrituração desses livros.

3.1.3. Tributos unificados pelo Simples

3.1.3.1. ICMS

O ICMS é um imposto estadual cobrado sobre a circulação de mercadorias e


serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicações, nas fases de produção
e comercialização da mercadoria, além dos serviços especificados na legislação. Esse imposto
incide sobre o preço de venda, sendo cobrado “por dentro”, ou seja, no preço de venda do
produto (base de cálculo) já se encontra embutido o valor do ICMS incidente. É o principal
tributo estadual, em termos de receitas correntes.
Conforme FABRETTI (2000a), o ICMS é um imposto incidente sobre o valor
agregado em cada uma das operações, desde a produção até a venda de varejo, ao consumidor
final. Para evitar a tributação em cascata, a cada tributação do preço da mercadoria, é
necessário abater o valor do imposto pago na operação anterior.

3.1.3.2. IPI

O IPI é um imposto federal, cobrado desde a industrialização dos bens (produção).O


contribuinte é, segundo FABRETTI (2000a) o consumidor final, uma vez que o
estabelecimento industrial cobra-o do próximo elo da cadeia de produção/comercialização e
assim sucessivamente, até chegar ao consumidor final. FABRETTI (2000a) enfatiza o caráter
de não cumulatividade do IPI, que faculta ao contribuinte o direito de creditar-se do imposto
anteriormente cobrado quando da aquisição de insumos.

3.1.3.3. PIS

O PIS é uma contribuição social federal com incidência na indústria, comércio e


serviços. As empresas comerciais estão sujeitas à contribuição para o PIS na modalidade
faturamento, sendo o valor da contribuição obtido mediante a aplicação da alíquota de 0,65%
sobre a receita bruta mensal; não gera créditos, mas há a isenção nas vendas referentes às
exportações.
41

3.1.3.4. COFINS

O COFINS é uma contribuição federal, cobrada sobre o total do faturamento nas


mesmas condições do PIS, com alíquota de 3% , dos quais 1% pode ser compensado no
pagamento da CSSL. Incide sobre a atividade industrial, comercial e de serviços.

3.1.3.5. IRPJ

O IRPJ é um imposto federal calculado sobre o lucro das empresas, com três
possibilidades de apuração de lucro: presumido, arbitrado e real.

3.1.3.5.1. Lucro presumido

Para as empresas cujo faturamento foi de até R$24 000 000,00 (vinte e quatro
milhões de reais) no ano-calendário anterior. O próprio Fisco assume, antecipadamente, uma
margem de lucro e a tributa. Na maioria das atividades de venda, a margem é de 8% da receita
bruta e o lucro tributado em 15%.

3.1.3.5.2. Lucro arbitrado

Para os casos em que a pessoa jurídica não mantém escrituração, não elabora
demonstrações contábeis, etc. Então, o Fisco estima um valor mensal de receita e o IR é
apurado nos mesmos moldes do lucro presumido, sendo a base de cálculo determinada com a
aplicação de um acréscimo de 20% sobre as bases correspondentes ao lucro presumido.

3.1.3.5.3. Lucro real

No regime de lucro real são obrigatoriamente enquadradas pelo Fisco as empresas


com receita bruta anual a partir de R$24 milhões; às empresas com receita inferior, é
facultado optar por essa modalidade.. O lucro real depende dos resultados auferidos no total
das operações da empresa. Há inúmeras possibilidades de deduções do imposto de renda a
pagar, através do aproveitamento de despesas.

3.1.3.6. CSL

A Contribuição Social Sobre o Lucro é uma contribuição federal e representa 1,44%


do preço de venda para os optantes do lucro presumido ou arbitrado. Para as empresas sob
42

regime de lucro real, a contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda
(LAIR), com uma alíquota de 12%.

3.1.3.7. Contribuições sobre a folha de salários

A contribuição sobre a folha de salários mais onerosa é o INSS dos empregados, que
não sofre alterações devido à Lei do Simples. Escreve FABRETTI (2000b) que o Simples
unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuições para terceiros (Sebrae,
Senai/Senac, Sesi, Sesc, etc.). Totaliza 5,8%.

3.2 SIMPLES NACIONAL OU “SUPER SIMPLES”

A Lei Complementar nº 123/2006, instituiu, a partir de 01.07.2007, novo tratamento


tributário simplificado, também conhecido como Simples Nacional ou Super Simples.
O Simples Nacional estabelece normas gerais relativas ao tratamento tributário
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único
de arrecadação, inclusive obrigações acessórias.
Tal regime substituiu, a partir de 01.07.2007, o Simples Federal (Lei 9.317/1996),
que foi revogado a partir daquela data.

3.2.1 Definição de Microempresas e empresas de pequeno porte

Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade


empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 do Código Civil,
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada,
aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00;
II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela
equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou
inferior a R$ 2.400.000,00.
43

3.2.2 Vedações

Determinadas atividades ou formas societárias estão vedadas de adotar o Super


Simples - dentre essas vedações, destacam-se:
1) pessoas jurídicas constituídas como cooperativas (exceto as de consumo);
2) empresas cujo capital participe outra pessoa jurídica;
3) pessoas jurídicas cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra
pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite R$
2.400.000,00.
Ficaram fora da vedação ao regime, as empresas de serviços contábeis, que poderão
ser optantes pelo Simples Nacional.

3.2.3 Recolhimento Único

O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de


arrecadação, do IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS.
Entretanto, em alguns desses tributos há exceções, pois o recolhimento será
realizado de forma distinta, conforme a atividade.

3.2.4 Inscrição

Serão consideradas inscritas no Simples Nacional as microempresas e empresas de


pequeno porte regularmente optantes pelo Simples Federal (Lei 9.317/1996), salvo as que
estiverem impedidas de optar por alguma vedação imposta pelo novo regime do Simples
Nacional.

3.2.5 Parcelamento de Débitos

Será concedido, para ingresso no regime diferenciado e favorecido do Simples


Nacional, parcelamento, em até 120 (cento e vinte) parcelas mensais e sucessivas, dos débitos
relativos aos tributos e contribuições previstos no Simples Nacional, de responsabilidade da
44

microempresa ou empresa de pequeno porte e de seu titular ou sócio, relativos a fatos


geradores ocorridos até 31 de janeiro de 2006.

3.3 SUPER SIMPLES: O quê muda?

O Super simples valerá para todo o País e deverá unificar nove impostos e
contribuições: seis federais (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, IPI, CSLL, PIS/Pasep,
Cofins e INSS patronal); um estadual (ICMS); um municipal (Imposto sobre Serviços - ISS);
e a contribuição para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional
vinculadas ao sistema sindical. Os limites de enquadramento no sistema tributário serão de até
R$ 240 mil de renda total bruta para a microempresa e de até R$ 2,4 milhões para a empresa
de pequeno porte. O projeto prevê ainda a presunção automática da opção pelo Super simples.
Na prática, isso significa que, no momento em que é constituída, a empresa entra
automaticamente no sistema simplificado de tributação.
Se o empresário não quiser aderir ao Super simples, ele terá que manifestar essa
intenção por ofício. Não haverá exclusão de qualquer tipo de empresa ou segmento,
escritórios de contabilidade, corretores de imóveis, produtoras de cinema, escolas de natação e
empresas de vigilância são alguns dos beneficiados com a inclusão no projeto.
Aproximadamente 10 milhões de pequenos empreendedores, atualmente, estão na
informalidade. Depósito dos recursos das contribuições sociais do INSS será regulamentado
em outro projeto de lei, e as obrigações trabalhistas serão preservadas. O projeto não tira
direitos dos trabalhadores, pelo contrario da aos empregados dos informais. A redução da
carga tributária para categorias já incluídas no Simples Federal será de 15% a 29%. As novas
categorias de prestação de serviços que serão incluídas no Super simples poderão ter uma
redução de 45% em relação à atual carga tributária.
As empresas que integrarem o Super simples poderão participar exclusivamente de
licitações públicas relativas a contratos de até R$ 80 mil. Além disso, a administração pública
deverá exigir das grandes empresas a subcontratação de micro ou pequenas empresas em até
30% do total licitado.
Prevê que as instituições financeiras concederão linhas de crédito específicas para as
micro e pequenas empresas.
- Mantém a obrigatoriedade de entrega da Relação Anual de Informações Sociais
(Rais), para garantir as estatísticas relativas ao mercado de trabalho;
45

- Dispensa as empresas optantes pelo Simples Nacional do pagamento do salário-


educação;

3.4 ADERIR OU NÃO AO SUPER SIMPLES

Com a recente aprovação da nova Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas de
Pequeno Porte_ Lei nº. 123/2006_ também denominada Simples Nacional ou mais
comumente Super Simples, houve uma grande discussão em torno da nova tributação do
setor. Nesse contexto, muitas conseqüências surgiram e cabe a nós, estudantes da área
contábil, analisar os reais benefícios e inovações trazidos pela nova lei. Este trabalho traz um
enfoque específico em tais benefícios e avanços para a classe enquadrada nesse modelo de
tributação. É importante salientar que a Lei nº. 123/2006 precisa de regulamentação para fazer
os ajustes necessários e pôr em prática essa legislação tão esperada pelo empreendedorismo
nacional. Não resta, pois, dúvidas: os frutos serão colhidos gradativamente e haverá um
aumento considerável de empresas optantes por essa sistemática de recolhimento
simplificado.

3.4.1 Abrangência do Super simples

São ao todo 28 segmentos em que micros e pequenas empresas atuam e que podem
usufruir do Simples.
Entre esses, estão agência lotérica; equipamentos agrícolas; serviços de manutenção
e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas; creche, pré-escola e estabelecimento de
ensino, etc. A lista completa dos 28 setores está no Artigo 17 da lei, parágrafo primeiro.
Art. 17. “Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples
Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte”:
I – que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a
receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
II – que tenha sócio domiciliado no exterior;
46

III – de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta,


federal, estadual ou municipal;
IV – que preste serviço de comunicação;
V – que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as
Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
VI – que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;
VIII – que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia
elétrica;
IX – que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e
motocicletas;
X – que exerça atividade de importação de combustíveis;
XI – que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas,
cigarros, armas, bem assim de outros produtos tributados pelo IPI com alíquota Ad Valorem
superior a 20% (vinte por cento) ou com alíquota específica;
XII – que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de
atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que
constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviço de instrutor, de
corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios.
XIII – que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
XIV – que realize atividade de consultoria;
XV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.
§ 1º As vedações relativas a exercício de atividades previstas no caput não se
aplicam às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades seguintes, ou as
exerçam em conjunto com outras atividades que não tenham sido objeto de vedação no caput:
I – creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental;
II – agência terceirizada de correios;
III – agência de viagem e turismo;
IV – centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte
terrestre de passageiros e de carga;
V – agência lotérica;
VI – serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus, outros
veículos pesados, tratores, máquinas e equipamentos agrícolas;
VII – serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos
automotores;
47

VIII – serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas;


IX – serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e de
informática;
X – serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria em residências ou
estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manutenção e reparação de aparelhos
eletrodomésticos;
XI – serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar
condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em ambientes
controlados;
XII – veículos de comunicação, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, e mídia
externa;
XIII – que se dedique à construção de imóveis e obras de engenharia em geral,
inclusive sob a forma de sub empreitada;
XIV – operadores autônomos de transporte de passageiros;
XV – empresas montadoras de stands para feiras;
XVI – escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais;
XVII – produção cultural e artística;
XVIII – produção cinematográfica e de artes cênicas;
XIX – cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros;
XX – academias de dança, de capoeira, de ioga, e de artes marciais;
XXI – academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;
XXII – decoração e paisagismo;
XXIII – elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos,
desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;
XXIV – licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;
XXV – planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas,
desde que realizados em estabelecimento do optante;
XXVI – escritórios de serviços contábeis;
XXVII – serviço de vigilância, limpeza ou conservação;
XXVIII – representação comercial e corretoras de seguros.
§ 2º Poderão optar pelo Simples Nacional sociedades que se dediquem
exclusivamente à prestação de outros serviços que não tenham sido objeto de vedação
expressa no caput.
48

§ 3º O disposto no inciso XI do caput não se aplica no caso de produção de fogos de


artifício.”
Podemos observar que alguns segmentos que não podiam aderir ao Simples agora
poderão aderir ao Super Simples.
Para efeito prático, os “novos” estão no parágrafo primeiro do artigo
supramencionado. Alguns merecem destaque:
• Escolas livres de línguas estrangeiras, artes e cursos técnicos e gerenciais;
• Produção cultural e artística;
• Academias de dança, de capoeira, de ioga, de artes marciais, de atividades físicas e
desportivas de natação e escolas de esportes;
• Decoração e paisagismo;
• Escritórios de serviços contábeis;
• Serviços de vigilância, limpeza e conservação;
• Representação comercial e corretoras de seguros.

3.4.2 Impostos que estão no super simples

No campo dos impostos e contribuições, a Lei Geral adotou o Simples Nacional. O


Simples Nacional pode ser visto como a inclusão do ICMS estadual e do ISS municipal ao
atual Simples, que será revogado pela Lei Geral.
Diante disso, e segundo o disposto no artigo 13 da Lei, as micro e pequenas
empresas recepcionadas pelo Simples Nacional recolherão mensalmente, mediante documento
único de arrecadação, os seguintes impostos e contribuições:
I – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
II – Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
III – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
IV – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
V – Contribuição para o PIS/PASEP;
VI – Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica;
VII – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços e sobre Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS);
VIII – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
49

3.4.3 Alíquotas

Na forma estabelecida no artigo 18 da Lei Geral e nos anexos I a V, as alíquotas


variam de:
• no comércio: de 4,00% até 11,61%;
• na indústria: de 4,50% até 12,11%;
• nos serviços: (anexo III) de 6,00% até 17,42%;
• nos serviços: (Anexo IV) de 4,50% até 16,85%;
• nos serviços: (anexo V) de 4,00% até 13,50%.
A base de cálculo está definida no mesmo artigo 18 e seus parágrafos, destacando a
utilização da receita bruta acumulada nos últimos 12 meses. Merece destaque ainda o
parágrafo 15 desse artigo, pois será fornecido ao empresário um sistema de cálculo tal como o
IR - Física, no qual se lança o segmento, a receita bruta e o sistema simulam todas as outras
rotinas, inclusive o preenchimento do DARF, cabendo ao empresário a checagem e
confirmação.

3.4.4 Benefícios e Avanços da nova Lei

Um grande mérito da lei foi ter tratado de dois pontos muito importantes para o
setor: a burocracia para abertura de empresa e a simplificação no pagamento de tributos.
Neste último caso, trata-se da criação do Simples Nacional. Por focar esses dois
pontos, afora os outros, podemos dizer que essa lei já é a ação mais importante que um
governo brasileiro tomou em relação ao setor de micro e pequenas empresas.
Considerando os trâmites para abrir uma micro ou pequena empresa, a nova lei
estipulou que ao conseguir o CNPJ a empresa já pode dar início às atividades, sem precisar
esperar a aprovação dos órgãos competentes. Hoje são dez órgãos que precisam ser
comunicados para suas ações de verificação, o que envolve cerca de 90 documentos.
Esses órgãos continuarão a atuar normalmente, mas podem fazê-lo agora com a
empresa já funcionando.
O resultado é que atualmente a abertura demora de 30 a 60 dias e em casos mais
complexos até 150 dias. Com a simplificação da lei, que começa a vigorar em 1º de julho de
2007, ele estima a abertura em até duas semanas. Um sistema informatizado vai repassar a
informação do CNPJ conseguido a todos os órgãos envolvidos.
50

Outra questão que podemos destacar na lei é o tratamento diferenciado que ela
estipula na participação de micro e pequenas empresas em licitações públicas, o que, aliás, é
comum em vários países. Na lei, o texto referente a esse tema é o seguinte:

Art. 42 “Nas licitações públicas a comprovação de regularidade fiscal das


microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de
assinatura de contrato.” Caso haja alguma irregularidade nessa situação fiscal, a
empresa ainda tem dois dias, após ganhar a licitação, para a regularização. Art. 44
“Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de
contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte”.

Outro destaque a fazer, desta vez sobre o item que dá incentivo à tecnologia nas
pequenas empresas é o fato de haver obrigatoriedade de que 20% dos recursos de órgãos
governamentais de tecnologia sejam destinados a atender às necessidades dos pequenos.
Outro ponto se refere às instituições de microcrédito, que tiveram redução de impostos a
pagar, para ampliar a oferta de recursos.
Podemos trazer também como um benefício relevante o fato de que as questões
relativas a importação e exportação dessas empresas, que atualmente pagam impostos e não
tem benefícios fiscais para exportar, o contrário das grandes empresas, terão com a nova lei
um grande avanço pois tudo que uma pequena e micro empresa exportar não pagará nenhum
tributo.
Com relação à formalização, uma das conclusões mais citadas após a aprovação da
lei é que agora é muito maior a motivação para que as milhares de empresas informais passem
para a legalidade. Conforme a pesquisa Onde Estão as Micro e Pequenas Empresas no Brasil,
que o SEBRAE-SP realizou em novembro do corrente ano, o número de micro e pequenas
empresas formais no Brasil cresceu 22% entre 2000 e 2004.
Mas, segundo o consultor do SEBRAE-SP, ainda é muito significativa a quantidade
de informais:

Para cada empresa legalizada, há duas fora da lei. Assim, temos hoje 5 milhões de
formais e 10 milhões de informais, nestas o faturamento da maioria está entre R$ 1
mil e R$ 1,5 mil por mês. Acreditamos que a tendência é a reversão desse processo,
com o advento da nova lei, mas é preciso observar que as coisas não vão acontecer
da noite para o dia, porque se trata de mexer com a cultura das pessoas.

Estima-se que, em cerca de três anos, o nível de informalidade nas empresas já terá
caído bastante.
51

No que diz respeito ao acesso à justiça, a Lei Geral garante as MPEs, conforme
definidas nessa Lei Complementar, acesso ao Juizado de Pequenas Causas para a resolução
dos seus problemas judiciais. Além disso, apóia e estimula o acesso e a criação de institutos
de conciliação prévia, mediação e arbitragem, agilizando e barateando a solução dos seus
conflitos.
Ainda segundo a nova Lei, o empresário individual passará a ter responsabilidade
limitada em relação às dívidas da empresa. Isso é um grande avanço, pois desta forma, o
empresário individual enquadrado como microempresa ou empresa de pequeno porte nos
termos da Lei Geral, somente responderá pelas dívidas empresariais com os bens e direitos
vinculados à atividade empresarial, exceto nos casos de desvio de finalidade, de confusão
patrimonial e obrigações trabalhistas, em que a responsabilidade será integral.

3.4.4.1 Exemplo de 3 opções de regime tributário

Usando uma empresa de Prestação de Serviços, calculou-se uma estimativa de uma


situação futura tomando-se por base o faturamento do mês de junho/2007.

FATURAMENTO DE JUNHO 2007 R$ 113.0009,09

SUPER SIMPLES:

PARA CALCULARMOS OS IMPOSTOS DEVEMOS SOMAR OS ULTIMOS 12 MESES


PARA NOS ENQUADRAR NA TABELA ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR 123 DE
14/12/2006, A QUAL DESCREVE SERVIÇOS E LOCAÇÃO DE BENS MOVEIS.

FATURAMENTO DOS ULTIMOS 12 MESES = R$ 1.380.952,80

TABELA: DE 1.320.000,01 A 1.440.000,00 = ALIQUOTAS:

IRPJ = 0,69% - CSLL = 0,69% - COFINS = 2,09% - PIS = 0,50% - INSS = 6,09% e ISS =
5,00%. TOTAL = 15,06%

CALCULOS:

LOCAÇÕES EM JUNHO/2007 = R$ 103.008,49 X 10,06% = * * * R$ 10.362,65


SERVIÇOS EM JUNHO/2007 = R$ 10.000,60 X 15,06% = R$ 1.506,09
52

TOTAL SUPER SIMPLES R$ 11.868,74

(ONZE MIL OITOCENTOS E SESSENTA OITO REAIS E SETENTA QUATRO


CENTAVOS).

* * * O PERCENTUAL DE 10,06% É DEVIDO A NÃO EXISTENCIA DO ISS NAS


LOCAÇÕES.

LUCRO PRESUMIDO:

O CALCULO PARA ESSE REGIME, ESTA DESCRITO NO RIR/1999 DA RECEITA


FEDERAL, DA SEGUINTE FORMA:

IRPJ 32% DO FATURAMENTO COMO BASE PARA CALCULO E 15% SOBRE O


VALOR OBTIDO, CASO ESSA BASE DE CALCULO SEJA MAIOR QUE R$20.000,00,
SERA ACRESCIDO UM ADICIONAL DE 10% SOBRE O EXCEDENTE.

CSLL 32% DO FATURAMENTO COMO BASE PARA CALCULO E 9% SOBRE O


VALOR OBTIDO.

PIS 0,65% SOBRE O FATURAMENTO.

COFINS 3,00% SOBRE O FATURAMENTO.

ISS 5% DO FATURADO.

INSS 27,8% SOBRE A FOLHA BRUTA DE PAGAMENTO. (OS 27,8% ESTÃO ASSIM
DIVIDIDOS = 20% EMPRESA – 2% GRAU DE RISCO NO TRABALHO e 5,8% VAI
PARA OS TERCEIROS, SESC , SENAI, SENAR).

CALCULOS:

FATURAMENTO EM JUNHO/2007 R$ 113.009,09 X 32% BASE R$ 36.162,91

IRPJ R$ 36.162,90 X 15% = R$ 5.424,44

ADICIONAL DE 10% SOBRE R$ 16.162,90 = R$ 1.616,29

CSLL R$ 36.162,90 X 9% = R$ 3.254,66

PIS 0,65% X R$ 113.009,09 = R$ 734,55

COFINS 3,00% X R$ 113.009,09 = R$ 3.390,27

ISS 5% X R$ 10.000,60 = R$ 1.506,09


53

INSS 27,8 X R$ 8.944,73 = R$ 2.486,63 – SAL.FAMILIA R$ 16,26 = R$ 2.470,37

TOTAL LUCRO PRESUMIDO R$18.396,67

(DEZOITO MIL, TREZENTOS NOVENTA SEIS REAIS E SESSENTA SETE


CENTAVOS).

LUCRO REAL

DE ACORDO COM O ARTIGO 247 DO RIR/1999, LUCRO REAL É O LUCRO LÍQUIDO


DO PERÍODO DE APURAÇÃO AJUSTADO PELAS ADIÇÕES, EXCLUSÕES OU
COMPENSAÇÕES PRESCRITAS OU AUTORIZADAS PELA LEGISLAÇÃO FISCAL.

IRPJ 15% SOBRE O LUCRO LIQUIDO, MAIS ADICIONAL DE 10% CASO ESSE
LUCRO LIQUIDO SEJA MAIOR QUE R$20.000,00, SERA ACRESCIDO UM
ADICIONAL DE 10% SOBRE O EXCEDENTE.

CSLL 9% SOBRE O LUCRO LIQUIDO.

PIS 1,65% SOBRE O FATURAMENTO, PODENDO POREM DESCONTAR OS


INSUMOS (FATORES QUE FOREM GASTOS NA LOCAÇÃO, TAIS COMO MAO DE
OBRA E MATERIAS).

COFINS 7,60% SOBRE O FATURAMENTO, PODENDO TAMBÉM DESCONTAR OS


INSUMOS.

ISS 5% DO FATURADO.

INSS 27,8% SOBRE A FOLHA BRUTA DE PAGAMENTO. (OS 27,8% ESTÃO ASSIM
DIVIDIDOS = 20% EMPRESA – 2% GRAU DE RISCO NO TRABALHO e 5,8% VAI
PARA OS TERCEIROS, SESC , SENAI, SENAR).

IRPJ E CSLL ESSES IMPOSTOS ESTÃO ATRELADOS AO LUCRO LIQUIDO DA


EMPRESA, E COMO A EMPRESA AINDA NÃO TEM UMA CONTABILIDADE
VOLTADA PARA ESSE FIM (LUCRO REAL), ESSES TRIBUTOS TERÃO VALOR
APENAS PARA VISLUMBRAR UMA SITUAÇÃO HIPOTÉTICA.

CALCULOS:

IRPJ LUCRO LIQUIDO DE R$ 25.000,00 X 15% = R$ 3.750,00

CSLL LUCRO LIQUIDO DE R$ 25.000,00 X 9% = R$ 2.250,00

PIS FATURAMENTO R$ 113.009,09 X 1,65% = R$ 1.864,64


54

COFINS FATURAMENTO R$ 113.009,09 X 7,60% = R$ 8.588,69

ISS 5% X R$ 10.000,60 = R$ 1.506,09

INSS FOLHA PAGAMENTO R$ 8.944,73 X 27,80%


= R$ 2.486,63 – SALARIO FAMILIA R$ 16,26 = R$ 2.470,37

TOTAL LUCRO REAL R$20.429,79

(VINTE MIL QUATROCENTOS VINTE NOVE REAIS E SETENTA NOVE


CENTAVOS).
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CONCLUSÃO

Um ponto fundamental que não podemos deixar de explicitar é o fato de que a Lei
Geral da Micro e Pequena Empresa necessitará de regulamentação para passar a valer.
De acordo com informações da Confederação Nacional da Indústria, apenas a
simplificação de impostos (Super Simples), que funcionará a partir de julho de 2007, não
precisará de uma lei complementar. O setor terá um semestre para se adaptar à nova Lei.
Caberá ao Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte,
ligado ao Ministério do Desenvolvimento, trabalhar nos próximos meses a regulamentação da
lei. A questão é que quase todos os artigos da lei têm expressões do tipo “pode ser” ou
“deverá ser”, sem dizer como será. Por isso terá que haver regulamentação.
Pode-se observar no texto da Lei a falta de clareza quanto à fiscalização do
pagamento de impostos. Tudo bem que haverá a unificação dos impostos, mas a lei não deixa
claro como será feita à fiscalização nas três esferas (União, estados e municípios).
O grande avanço alavancado pela nova Lei Geral das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, não pode deixar de ser elogiado, pois cerca de 2,2 milhões de empresas já
optantes pelo Simples, serão beneficiadas com uma redução média da carga tributária de 15%
a 20%. Outras 200 mil novas empresas que deverão aderir ao Simples, a partir da vigência da
Lei, terão uma redução média da carga tributária estimada em 40% a 60%.
A renúncia fiscal prevista pelo governo federal é de R$ 2,5 bilhões em 2007 e de R$
5 bilhões nos anos seguintes. Por outro lado, espera-se que até 3 milhões de empresas saiam
da informalidade, segundo o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan.
Como já observado, a Lei traz inúmeros benefícios a abertura e o fechamento de
microempresas e empresas de pequeno porte havendo uma facilitação, com previsão de
entrada única de documentos para os três níveis de governo - União, estados e municípios –
que passam a integrar um mesmo sistema de recolhimento e distribuição de impostos.
Também será permitida a utilização do regime de caixa por parte das micro e pequenas
empresas, ou seja, não haverá tributação sobre valores não recebidos.
O Super Simples é um passo enorme na direção da formalização, da facilitação e da
criação das novas empresas e da vida das que já existem.
O cálculo é ter um milhão de empresas novas, das quais 200 mil serão empresas
formalizadas de fato. Serão empreendedores que não tinham paciência para ir de guichê em
guichê para poder abrir uma empresa, e agora vão se formalizar e gerar emprego. Se a
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perspectiva se concretizar, a projeção é que essas novas empresas gerem em média no país
dois milhões de empregos com carteira assinada.
O conjunto de medidas aprovadas tem justamente a finalidade de promover a
melhoria do ambiente empreendedor em nosso país. Apoiando os pequenos empreendimentos,
reduzindo a informalidade, simplificando e reduzindo a carga tributária, desburocratizando e
facilitando o acesso ao crédito, à justiça e à inovação, permitindo assim que, as
microempresas e empresas de pequeno porte ganhem competitividade, conquistem novos
mercados e contribuam para o desenvolvimento, geração de trabalho e distribuição de renda
em nosso país.
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