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Universidade Federal de Uberlândia

FEELT – Faculdade de Engenharia Elétrica

Eletrônica de Potência
Título – Conversores CC Isolados

Professor: Luiz Carlos Gomes de Freitas


Aluno: Luiz Arthur Tarralo Passatuto – 11511EEL010

Uberlândia, MG – Novembro, 2018


1- INTRODUÇÃO
1.1 Identificação
Relatório referente ao laboratório de número 07 realizado no dia 21 de novembro de
2018. O mesmo trata da análise teórica e qualitativa do roteiro de conversores CC
isolados ministrados em laboratório, assim como a simulação dos mesmos circuitos
através do software Psim versão 11.1.5.

1.2 Circuitos
Neste relatório serão apresentados os seguintes circuitos, valendo a observação que
para efeito prático, todos os diodos utilizados são considerados ideais:
1. Conversor Flyback;
2. Conversor Full-Bridge.

2– ANÁLISES
As deduções analíticas e as devidas explicações referidas ao roteiro descrito em aula
para este relatório são feitas nos itens a seguir, de acordo com a teoria dos itens citados
na referência e àquilo apresentado em aula pelo professor.
2.1 Conversor Flyback
Um conversor CC-CC com isolamento entre entrada e saída é o chamado flyback.
Numa primeira análise, usamos o modelo de transformador que inclui a indutância de
magnetização Lm. Os efeitos das perdas e indutâncias de fuga são importantes quando se
considera a proteção e o funcionamento da chave, mas o funcionamento geral deste
circuito será melhor entendido com um modelo mais simplificado de trafo.
Algumas suposições adicionais podem ser feitas, observando as polaridades das
bobinas do transformador:
i) O valor capacitor de saída é alto, portanto V0 fica praticamente constante;
ii) O circuito funciona no estado estável, implicando que todas as tensões e
correntes são periódicas;
iii) A taxa de trabalho da chave é D, ficando fechada por um tempo DT e aberta
por (1-D) T;
iv) A chave e o diodo são ideais.
A energia neste conversor é armazenada em Lm quando a chave está fechada e
transferida a carga quando a chave abre. O circuito é analisado para as duas posições da
chave com a finalidade de determinar a relação entre a entrada e a saída do mesmo.
1. Análise com chave fechada
do lado do transformador da fonte,
𝑑𝑖𝐿𝑚
𝑣1 = 𝑉𝑠 = 𝐿𝑚 ∗
𝑑𝑡
𝑑𝑖𝐿𝑚 ∆𝑖𝐿𝑚 ∆𝑖𝐿𝑚 𝑉𝑠
= = =
𝑑𝑡 ∆𝑡 𝐷𝑇 𝐿𝑚
para a variação de corrente na indutância de magnetização com a chave fechada,
𝑉𝑠 𝐷𝑇
∆𝑖𝐿𝑚 =
𝐿𝑚
tomando para o lado da carga no transformador,
𝑁2 𝑁2
𝑣2 = 𝑣1 = 𝑉𝑠
𝑁1 𝑁1
𝑁2
𝑣𝐷 = −𝑉0 −𝑉𝑠 (< 0)
𝑁1
como o diodo está desligado, I2 = 0 o que implica I1 = 0. Logo, enquanto a chave está
fechada, a corrente aumenta de maneira linear na indutância de magnetização e não há
corrente nas bobinas do trafo (modelo ideal). Já se tomarmos o modelo real, pelos
estudos feitos na disciplina de transformadores, uma corrente está aumentando
linearmente na bobina do primário e que não há corrente física na bobina do secundário.
2. Análise com a chave aberta
quando a chave abre, a corrente não muda instantaneamente na indutância Lm, logo o
caminho de condução deve ser pelas espiras da bobina do primário do transformador
ideal. A corrente ILm entra pelo terminal do primário sem o ponto (contrário ao sentido
de condução da indutância) e deve sair pelo terminal do secundário da mesma maneira
que entrou. Portanto, vemos que isso só é possível devido a corrente do diodo ser maior
que zero. Supondo que a tensão na saída permanece constante, a tensão no secundário
do transformador tornar-se a -V0. Logo, a relação com o primário estaria da seguinte
forma:
𝑁1
𝑣1 = −𝑉0
𝑁2
as tensões e correntes para a chave aberta são,
𝑣2 = −𝑉0
𝑁1 𝑁1
𝑣1 = 𝑣2 = −𝑉0
𝑁2 𝑁2
𝑑𝑖𝐿𝑚 𝑁1
𝐿𝑚 = 𝑣1 = −𝑉0
𝑑𝑡 𝑁2
𝑑𝑖𝐿𝑚 ∆𝑖𝐿𝑚 ∆𝑖𝐿𝑚 −𝑉0 𝑁1
= = =
𝑑𝑡 ∆𝑡 (1 − 𝐷)𝑇 𝐿𝑚 𝑁2
resolvendo para a variação na corrente da indutância de magnetização com a chave
aberta,
−𝑉0 (1 − 𝐷)𝑇 𝑁1
∆𝑖𝐿𝑚 =
𝐿𝑚 𝑁2
Logo podemos resumir da seguinte forma o funcionamento deste conversor:
i. quando a chave está fechada no conversor flyback a tensão na fonte é a da
indutância de magnetização do transformador (Lm) e faz com que sua
corrente (ILm) aumente de forma linear (considerando um trafo ideal);
ii. além disto, enquanto a chave permanece fechada, o diodo na saída é
polarizado reversamente e a corrente na carga é fornecida pelo capacitor de
saída;
iii. quando a chave abre, a energia armazenada na indutância de magnetização
do transformador é transferida deste para a saída, polarizando diretamente o
diodo e fornecendo corrente para carga e para o capacitor de saída;
iv. a relação de tensão entrada-saída para o funcionamento no modo de
condução contínua é como a do conversor CC-CC buck-boost, mas inclui
um fator da relação de espiras.
Para projeto do transformador como solicitado no roteiro de laboratório 07, seguindo
o esquema de circuito já apresentado anteriormente, as especificações são as seguintes:
potência de saída 200W, tensão de entrada 48V, tensão de saída 24V, frequência de
chaveamento 40kHz, ripple de tensão de saída igual a 1%, ripple da corrente de
magnetização igual a 40%. A seguir, pode se conferir todos os dados do projeto
realizado para este transformador, indutor Lm, assim como para o capacitor de saída.
i) Relação de transformação:

Tomando D < 0.5 (Vin > Vout) e um valor de D = 0.35 inicialmente para a análise
podemos obter que
𝑁𝑠
= 0.2692
𝑁𝑝
ii) Cálculo da indutância de magnetização:

Como ripple da corrente da indutância de magnetização foi fornecido em função


do valor da corrente da indutância de magnetização, temos de calcular seu valor
médio primeiro, tendo em mente que:
O valor da resistência pode ser substituído por V02/P0, logo substituindo os valores,
encontraremos que ILm = 11.9048A. Portanto a indutância de magnetização resultará em
88.1997uH. Para verificação do valor e garantia de operação no modo contínuo, é válido
também calcular o valor da indutância crítica de magnetização para os dados fornecidos:

Logo Lm(Critica) = 20.9884uH, como para uma boa operação em modo contínuo é
recomendado um valor de 1.25xLm(Critica) = 26.2355uH, o indutor projetado atende as
especificações.
iii) Cálculo da capacitância

Substituindo os valores numéricos de acordo com o ripple de tensão desejado,


podemos obter que o valor da capacitância será de 7.2917mF.
iv) Especificações do transformador

Levando em conta o uso do núcleo de ferrite do tipo E-E, o qual é o mais utilizado em
conversores do tipo CC-CC, como o flyback e o forward, podemos seus elementos de
acordo. Como não foi fornecido um fluxo magnético máximo próprio ao projeto,
podemos utilizar o comum ao núcleo de ferrite Bmax = 0.3T.

Para termos do SI, o valor de N é multiplicado por 104. Para definir Ae, temos que:
Considerando que nenhum valor de área foi fornecido, assim como a densidade
máxima de corrente, podemos levar em consideração projetos anteriores já realizados
para escolha do núcleo do transformador deste conversor; portanto concluímos que os
valores mais adequados a adotar seriam:
Jmax = 450A/cm2 e k = 0.7
Calculando ILmax = 14.2858A e ILrms = 11.9839A,
logo chegamos a um valor de Ae*Aw = 1.5979cm4, portanto o núcleo mais indicado
para a ocasião é o EE-30/15/14 considerando possíveis erros de cálculo.
A partir disso, adotaremos Ae = 1.20cm2 e Aw = 1.19cm2.
Logo o número de espiras no primário será, seguindo a equação já apresentada:
NP = 35 espiras; Ns = 0.2692*35 = 9 espiras
Logo o lgap(E-E) = 0.1047cm. Devemos levar em conta ainda o skin effect devido a
operação em alta frequência, ou efeito pelicular. Esse efeito causa uma redução na área
efetiva do condutor, portanto ele limita a área máxima do condutor a ser empregado.

Sendo assim, podemos definir as bitolas como sendo:

Sfio = 2.66*10-3cm2; Sfio(P) = 2.66*10-3cm2; Sfio(S) = 7.17*10-3cm2


enquanto a prof. de penetração ficará em = 0.0375
Logo os valores obtidos serão:

ncondutores = 6.02; ncondutores(P) = 6.02; ncondutores(S) = 1.62

Calculando Aw(min) podemos obter:

Aw(min) = 0.8cm2, logo para o Aw(núcleo) adotado, a relação de Exec será < 1,
mostrando que o projeto é sim possível!

Os dados finais com os valores simulados estão localizados no item 3, assim como os
valores finais de projeto estão no item 4.
2.2 Conversor Forward
Derivado do conversor Buck, com a adição do transformador e de dois diodos. Para
o conversor Forward, a energia é transferida da fonte para a carga enquanto a chave está
fechada.
O transformador apresenta três bobinas: as bobinas 1 e 2 transferem energia da fonte
para a carga quando a chave está fechada, já a bobina 3 é usada para fornecer um
caminho para a corrente de magnetização quando a chave está aberta e para reduzir a
corrente de magnetização a zero antes do início de cada período de chaveamento para
evitar saturação do núcleo do transformador.
Algumas suposições adicionais podem ser feitas, observando as polaridades das
bobinas do transformador:
i) O valor capacitor de saída é alto, portanto V0 fica praticamente constante;
ii) O transformador não opera saturado;
iii) A taxa de trabalho da chave é D, ficando fechada por um tempo DT e aberta
por (1-D) T;
iv) A chave e o diodo são ideais.
A energia neste conversor é armazenada em Lm quando a chave está fechada e
transferida a carga quando a chave abre. O circuito é analisado para as duas posições da
chave com a finalidade de determinar a relação entre a entrada e a saída do mesmo.

Para projeto do transformador como solicitado no roteiro de laboratório 07, seguindo


o esquema de circuito já apresentado anteriormente, as especificações são as seguintes:
potência de saída 200W, tensão de entrada 48V, tensão de saída 24V, frequência de
chaveamento 40kHz, ripple de tensão de saída igual a 1%, ripple da corrente no indutor
LX igual a 40%. A seguir, pode se conferir todos os dados do projeto realizado para este
transformador, indutor LX, assim como para o capacitor de saída.
i) Relação de transformação:

Tomando D < 0.5 (Vin > Vout) e um valor de D = 0.35 inicialmente para a análise
podemos obter que
𝑁𝑠
= 1.4286
𝑁𝑝
ii) Cálculo da indutância LX

Como ripple da corrente da indutância LX foi fornecido em função do valor da


corrente da indutância LX, temos de calcular seu valor médio primeiro, tendo em
mente que:

O valor da resistência pode ser substituído por V02/P0, logo substituindo os valores,
encontraremos que ILx = 8.3333A. Portanto a indutância de magnetização resultará em
117uH. Para verificação do valor e garantia de operação no modo contínuo, é válido
também calcular o valor da indutância crítica de magnetização para os dados fornecidos:
Logo Lx(Critica) = 67.708uH, como para uma boa operação em modo contínuo é
recomendado um valor de 1.25xLx(Critica) = 84.635uH, o indutor projetado atende as
especificações.
iii) Cálculo da capacitância

Substituindo os valores numéricos de acordo com o ripple de tensão desejado,


podemos obter que o valor da capacitância será de 1.0417mF.
iv) Especificações do transformador
Tomando as explicações sobre transformadores já tomadas no conversor flyback
como devidas ao conversor forward, logicamente com mudanças nas fórmulas (as quais
serão explicitadas neste item), não se faz necessário repetir alguns conteúdos. Dando
prosseguimento, as mesmas adoções referentes a Bmax foram tomadas, diferenciando
apenas Jmax que para o conversor forward é mais comumente adotado como 350 A/cm2 e
k = 0.7.

Calculando ILmax = 9.9999A e ILrms = 8.3887A,


logo chegamos a um valor de Ae*Aw = 1.3353cm4, portanto o núcleo mais indicado
para a ocasião é o EE-30/15/14 considerando possíveis erros de cálculo.
A partir disso, adotaremos Ae = 1.20cm2 e Aw = 1.19cm2.
Logo o número de espiras no primário será, seguindo a equação apresentada:

NP = 32 espiras; Ns = 1.4286*32 = 46 espiras; NT = 32 espiras


Logo o lgap(E-E) = 0.0659cm. Devemos levar em conta ainda o skin effect devido a
operação em alta frequência, ou efeito pelicular. Esse efeito causa uma redução na área
efetiva do condutor, portanto ele limita a área máxima do condutor a ser empregado.

Sendo assim, podemos definir as bitolas como sendo:

Sfio = 0.00240cm2; ncondutores = 5.4257 ≈ 5


enquanto a prof. de penetração ficará em = 0.0375
Calculando Aw(min) podemos obter:

Aw(min) = 0.5486cm2, logo para o Aw(núcleo) adotado, a relação de Exec será < 1,
mostrando que o projeto é sim possível!

Os dados finais com os valores simulados estão localizados no item 3, assim como os
valores finais de projeto estão no item 4.

3- SIMULAÇÕES
Neste tópico, serão apresentadas as simulações realizadas pelo software Psim, assim
como seus respectivos resultados. Vale ressaltar a observação das legendas para
reconhecimento das formas de onda de cada circuito apresentado, assim como a
comparação entre os resultados obtidos analiticamente no item 2 e pela simulação.
3.1 Conversor Flyback

Conversor Flyback montado no software Psim, utilizando os parâmetros do item 2.1


Parâmetros do Simulation Control

Parâmetro TEÓRICO SIMULAÇÃO

Razão cíclica (D)


0.35 0.35
Tensão de saída (V0)
24V 24V
Tensão de pico na chave (VSpico)
-150V -150V
Tensão de pico no diodo (VDpico)
-35V -35V
Tensão média no capacitor (VC) 24V 24.04V
Corrente média no indutor Lm (ILm) 11.09A 11.09A
Corrente média na carga (I0) 8.33A 8.29A
Corrente média na chave (IS) 1.16A 1.12A
Corrente média no diodo (ID) 8.42A 8.38A
Corrente RMS no enr. primário (IPrms) 2.11A 2.07A
Corrente RMS no enr. secundário (ISrms) 11.29A 11.25A

Parâmetro projetado Valor Calculado


Indutância de magnetização (Lm) 88.1997uH
Capacitor de saída (C) 7.2917mF
Resistência (R) 2.88Ω
Número de espiras do primário 35 espiras
Número de espiras do secundário 9 espiras
Área da bitola do fio 2.66*10-3 cm2
Número de condutores 6
Figura 1 – Formas de onda para as tensões Vout, Vprimario, Vsecundario, Vd, Vchave, Vc respectivamente

Valores médios das formas de onda da figura 1


Figura 2 – Formas de onda para as correntes Iout, Ichave, Iprimario, Isecundario, Idiodo respectivamente

Valores médios das formas de onda da figura 2


3.2 Conversor Forward

Conversor Forward montado no software Psim, utilizando os parâmetros do item 2.2 (mesmos par.
Simulation control)
Parâmetro TEÓRICO SIMULAÇÃO

Razão cíclica (D)


0.35 0.35
Tensão de saída (V0)
24V 24V
Tensão de pico na chave (VSpico)
-80V -80V
Tensão média no primário (VPRI)
47.99V 47.99V
Tensão média no secundário (VSEC)
68.96V 68.96V
Tensão média no capacitor (VC) 24V 24.25V
Corrente média no indutor Lx (ILx) 11.09A 11.09ª
Corrente média na carga (I0) 8.33A 8.29ª
Corrente média na chave (IS) 1.16A 1.12ª
Corrente média no diodo (ID) 8.42A 8.38ª
Corrente RMS no enr. primário (IPrms) 2.11A 2.07ª
Corrente RMS no enr. secundário (ISrms) 11.29A 11.25ª
Corrente RMS no enr. terciário (ITrms)

Parâmetro projetado Valor Calculado


Indutância de magnetização (Lm) 1.5mH (baseado em valor usado em lab)
Indutância série do trafo (Lx) 117uH
Capacitor de saída (C) 1.0417mF
Resistência (R) 2.88Ω
Número de espiras do primário 32 espiras
Número de espiras do secundário 46 espiras
Número de espiras do terciário 32 espiras
Área da bitola do fio 0.00240 cm2
Número de condutores 5
Figura 3 – Formas de onda para as tensões Vout, Vprimario, Vsecundario, Vterciario, Vchave, VLx, VC respectivamente

Valores médios das formas de onda da figura 3


Figura 4 – Formas de onda para as correntes Iout, Vprimario, Vsecundario, Iterciario, ILx, Id2 respectivamente

Valores médios das formas de onda da figura 4


4- CONCLUSÃO
Por fim, é possível concluir analisando este relatório assim como aquilo solicitado no
roteiro, que o conversor Flyback é o mais indicado para o projeto pedido, devido a sua
menor complexidade tanto de projeção, quanto em questão de custo, quanto nos cálculos em
si, proporcionando menos perdas na saída e um rendimento melhor (apesar de não
considerarmos o rendimento do conversor propriamente dito no projeto).
O próprio Forward poderia ser utilizado neste projeto, mas sua complexidade e resultados
não são satisfatórios o suficiente para utilizar em um projeto deste calibre.

5- REFERÊNCIAS
. M.H.Rashid,Power Electronics: Circuits, Devices and Systems, 3ª Ed., Prentice-Hall, 2004
. Hart Daniel W., Eletrônica de Potência: análise e projetos de circuitos, 1ª Ed, AMGH, 2012

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