As personagens de La invención de Morel (por ordem de aparição):
1. Narrador-protagonista: Pelo fato da narrativa ser feita na 1ª pessoa do singular,
não somos apresentados ao protagonista de antemão; é ele quem nos fala, quem conta sua história e, portanto, é a primeira personagem que aparece. De início foge de tudo, de seu passado, de sua pátria, das pessoas que encontra na ilha. Então, com um misto de curiosidade e afeição, se vê observando aquela gente – sobretudo Faustine --, e decide entrar no círculo dos veranistas. 2. “esa gente”: Como a trama é construído para criar uma atmosfera de mistério, as personagens secundárias aparecem como um grupo desprovido de particularidades. Conforme o italiano Dalmacio Ombrelieri “que vendía alfombras en Calcuta” (p.18) lhe havia dito, “gente blanca” esteve construindo na ilha (no ano de 1924, mais ou menos) um museu, uma capela e uma piscina de natação. Aos poucos, conforme o narrador as observa, começa a dar contornos para “essa gente branca”: a. Veranistas: “[...] los pajonales de la colina se han cubierto de gente que baila, que pasea y que se baña en la pileta, como veraneantes instalados desde hace tiempo en los Teques o en Marienbad” (p.19); b. Fora de moda: “Están vestidos con trajes iguales a los que se llevaban hace poco años [...]” (p.20); c. Inconscientes enemigos: “[...] me privan de todo lo que me ha costado tanto trabajo y es indispensable para no morir, me arrinconan contra el mar en pantanos deletéreos” (p.20); d. Aboninables intrusos (p.21); 3. Faustine: É a mulher misteriosa que, todas as tardes, observa o pôr-do-sol (p.32). Tem um pano colorido amarrado na cabeça; pele bronzeada; cabelo negro. O narrador resume: “parece una de esas bohemias o españolas de los cuadros más detestables” (p.32). Também verifica nela uma “sensualidad de cíngara” [cigana] (p.33). Em resumo, “indudablemente hermosa” (p.34). 4. Morel: É o “falso tenista barbudo” (p.33), que parece querer disputar a atenção de Faustine com o narrador.