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1.1.1. A aceleração do processo de globalização?

A globalização é um fenómeno económico,


social, político e cultural que corresponde à etapa actual do capitalismo. O processo de
globalização caracteriza-se pela difusão, a todo o planeta, de modelos (económicos, políticos e
culturais) de forte inspiração ocidental, traduzindo-se num fluxo crescente de bens, pessoas,
capitais, informações e serviços comerciais à escala global. A globalização em curso foi
impulsionada pelo desenvolvimento dos transportes (o que reduziu os custos e o tempo de
deslocação) e pela revolução nas tecnologias de informação e comunicação (TIC), que se
traduziu na transmissão universal de informações. Diferença entre globalização e
mundialização? O conceito de globalização é complexo, porque constitui “um fenómeno
multifacetado com dimensões económicas, sociais, políticas, culturais, religiosas e jurídicas
interligadas.” Já o conceito de mundialização “designa a integração crescente de diferentes
partes do mundo, em que as fronteiras entre as economias nacionais desapareceram para
darem lugar a um único sistema económico de integração global.”. 1.1.2. As dimensões do
processo de globalização? Dimensão económica Do ponto de vista económico, o fenómeno da
globalização teve origem no processo de transnacionalização da produção levado a cabo pelas
ETN. As principais características desta nova economia mundial são as seguintes: Baixos custos
de transporte; Revolução das tecnologias de informação e comunicação; Domínio da chamada
Tríade (EUA, EU, Japão) sobre o sistema mundia Dimensão Social Na sua dimensão social, a
globalização deu origem a uma nova classe, a classe capitalista transnacional, fazendo parte
dela os administradores, gestores e accionistas das ETN, que concentram uma parcela
importante do rendimento mundial. Dimensão Cultural Na sua dimensão cultural, a
globalização corresponde à convergência dos modos de vida em resultado da difusão de uma
cultura universal, facilitada pelo desenvolvimento das tecnologias de informação e
comunicação. Dimensão demográfica e religiosa No que diz respeito às dimensões
demográfica e religiosas, a globalização está associada à intensificação dos fluxos migratórios
internacionais de trabalhadores, ao aumento dos fluxos turísticos e ao crescente
multiculturalismo e multietnicidade. Embora as religiões possuam áreas de expansão seculares
privilegiadas, onde são quase exclusivas, estão a difundir-se por outras regiões. Entre as
dinâmicas religiosas recentes, destacamos: -A expansão do islamismo; -A perda da influência
do cristianismo no mundo ocidental Dimensão política Do ponto de vista político, a nova
divisão internacional do trabalho, a visão “pós-mercado” da política económica e as
interacções resultantes das práticas transnacionais reforçaram a necessidade de aprofundar as
relações inter-estatais. Esta forma de organização política do sistema mundial moderno
caracteriza-se: pelo estabelecimento de acordos políticos inter-estatais como a
NAFTA/MERCOSUL/UE. Dimensão jurídica Na sua dimensão jurídica, a globalização caracteriza-
se por um processo de desregulamentação dos mercados de trabalho, de serviços comerciais e
de capitais, entre outros, que vai ao encontro das pressões e dos interesses das ETN e das
instituições multilaterais. Este fenómeno ocorre num contexto de enfraquecimento dos pobres
do Estado e da correspondente capacidade para regular os mercados nacionais.
1.1.3. Os actores da globalização O comércio internacional, baseado na transacção entre
empresas nacionais, deu lugar a um sistema de comércio caracterizado pela integração entre
economias nacionais e pelo papel cada vez mais influente das ETN, que conduzem as suas
estratégias sem terem em conta os interesses dos países onde se localizam. Deste modo, o
fenómeno transnacionalização está intimamente relacionado com a crescente importância
destas empresas no funcionamento da economia mundial. As ETN são, por isso, os principais
motores da mundialização da economia (em alguns casos, o poder destas empresas sobrepõe-
se ao dos Estados, que vão perdendo progressivamente o contacto sobre a acção das ETN).
Vários blocos económicos regionais, quase continentais, como a UE, NAFTA, MERCOSUL e
ASEAN, constituem-se como elementos polarizadores das trocas comerciais a nível mundial.
Estas organizações económicas regionais apoiam-se territorialmente numa rede de grandes
cidades, chamadas cidades globais. O G8 representa a cúpula do poder mundial, sendo
composto pelos 8 países mais industrializadores do mundo (Canadá, França, Japão, Rússia,
Inglaterra, Alemanha, Itália e EUA). Nas suas cimeiras anuais procuram consertar estratégias e
definir a agenda mundial relativamente às questões que as preocupam: liberalização do
comércio, políticas económicas, terrorismo, segurança, ambiente, crime internacional, etc.
Todos estes actores, à medida que promovem a expansão do comércio internacional,
introduzem regras e fomentam práticas que apenas se destinam a salvaguardar os seus
próprios interesses e a perpetuar ou a consolidar o seu domínio. Por isso, os opositores a esta
forma de globalização multiplicam-se, preocupados com o aprofundamento das desigualdades
sócio - económicas. O seu objectivo é pressionar os outros actores da globalização a alterarem
as suas estratégias, demonstrando que existem percursos alternativos mais sustentáveis e
solidários, É chamada a globalização alternativa ou alter -globalização. Entre estes movimentos
encontram-se as Organizações Não Governamentais (ONG). 1.2.1. O processo de
recomposição da paisagem internacional A queda do Muro de Berlim, em 1989, simbolizou o
fim da “Guerra Fria”. Os anteriores equilíbrios desfazem-se com a fragmentação do mundo
comunista. A barreira Leste -Oeste desmoronara-se e a URSS desintegra-se dando origem à
Comunidade de Estados Independentes (CEI), perdendo o lugar cimeiro que detinha e passa a
ser uma potência secundária. O sistema – mundo passa a ser dominado por três importantes
centros de poder e de decisão que constituem a Tríade, os EUA, a União Europeia e o Japão, e
por potências emergentes como os 4 “Dragões” do Oriente (Coreia do Sul, Taiwan, Singapura e
Hong Kong) e os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Aparentemente a bipolarização
parece ter dado lugar a um mundo policêntrico. Contudo, apenas um país parece afirmar-se
como superpotência: os Estados Unidos. É a única que reúne grande poder económico e
financeiro e capacidade para realizar intervenções militares no estrangeiro e influenciar
decisões de carácter político e económico.
1.2.2. O aumento da interdependência entre lugares e regiões Nos últimos vinte anos, o
processo de internacionalização das economias tem-se vindo a acentuar. O comércio
internacional é um agente importante da mundialização das economias. Os três pólos do
poder económico: Europa Ocidental, América do Norte e Japão, realizam mais de dois terços
das trocas e promovem a integração regional como forma dominante de comércio. Assistimos
ao aparecimento de novos pólos em resultado da intensificação das trocas, no sentido de um
multipolariedade e do reequilíbrio dos fluxos em detrimento do Atlântico Norte e em benefício
do Pacífico e do Índico. Os fluxos de comércio traduzem a interdependência crescente entre as
economias do planeta. O domínio do comércio intrablocos revela a dinâmica interna dos
blocos regionais e dos mercados livres que estes proporcionam aos seus membros. Os três
pólos da Tríade centralizam e comandam este processo de regionalização. As suas empresas
deslocalizam as unidades de produção para as regiões onde os mercados são atractivos e a
mão-de-obra é numerosa e barata. 1.2.3. A emergência de novas dinâmicas espaciais Na fase
de internacionalização das economias, os países abriram progressivamente as suas fronteiras
ao comércio internacional, passando as exportações e as importações a ter um peso crescente
no produto e na despesa nacional. É neste quadro de internacionalização das economias que
se coloca inicialmente a ideia de integração económica entre Estados e economias nacionais.
Neste novo contexto de transnacionalização dos processos produtivos, o papel do Estado –
Nação é posto em causa. As ETN revelam maior capacidade para se organizar, controlar e
movimentar a uma escala mais vasta. As ETN aproveitam-se, assim, das vantagens
comparativas específicas de cada país ou região onde se instalam: recursos naturais, salários
mais baixos, entre outros. Algumas empresas apresentam volumes de negócios superiores ao
PIB dos países onde estão localizados. Face à sua dimensão económica, as ETN influenciam não
só o desenvolvimento económico de um país ou região, mas também a política de investigação
dos Estados. 1.2.4. Globalização e desenvolvimento: a hierarquização do espaço mundial
Sediadas nas grandes metrópoles globais, as ETN contribuem para a concentração da riqueza
nestas áreas. A globalização não só está a evidenciar as desigualdades de acesso das regiões e
dos indivíduos aos recursos como tem ajudado a aprofundar as assimetrias na distribuição da
riqueza. Deste modo, a globalização pode ser um factor de uniformização ou de divisão,
sinónimo de novas liberdades para uns e constrangimentos para outros, de integração e
inclusão para certos territórios, estratos sociais ou indivíduos e de exclusão para outros.
Conclui-se que um reduzido número de territórios e indivíduos está a usufruir plenamente dos
benefícios do desenvolvimento proporcionado pela globalização. 1.3.1. A massificação cultural
A “cultura global” está a difundir-se de acordo com o modelo americano. Nos domínios do
lazer, dos hábitos alimentares, do desporto e da música, os EUA estão a impor o seu estilo de
vida. Apoiados no domínio da língua inglesa e na revolução das telecomunicações, os norte-
americanos estão a transformar os hábitos e os costumes mundiais. A aculturação surge como
inevitável face às estratégias de marketing e à publicidade. 1.3.2. Os fenómenos de resistência
à uniformização cultural Para muitas pessoas, a globalização é estimulante, pois é sinónimo de
novas oportunidades e de maior diversidade cultural. Outros receiam que os seus países
possam fragmentar-se e que os valores das culturas locais estejam a perder-se. A
mundialização do sistema económico capitalista alterou as condicionantes locais da nossa vida
– relações de vizinhança, família alargada, valores comunitários tradicionais – que perdem
importância. O ritmo intenso com que se produz a mudança está a provocar tensões e a
contribuir para o aparecimento de fenómenos de resistência que se baseiam no nacionalismo
e no fundamentalismo. Desafios globais que teremos de enfrentar:
-Escassez/esgotamento ou inacessibilidade dos recursos. -Aumento das assimetrias sociais -A
“americanização” cultural e económica. Aumento do número de imigrantes nos países
industrializados.

2.1. Os antecedentes geopolíticos e geoestratégicos; 2.1.1. A partilha do mundo no final da


Segunda Guerra Mundial; A afirmação do poderio militar dos EUA e da URSS após 1945: a
bipolarização do mundo e a guerra fria A Segunda Guerra Mundial terminou com a vitória dos
Aliados, mas com um balanço de destruição terrível. A urgência de garantir uma cooperação
imediata levou os líderes das forças aliadas a reunirem-se e estabelecerem as bases da ordem
económica mundial para o pós – guerra. O Banco Mundial e o FMI foram criados com o
objectivo de promover a reconstrução dos países destruídos pela guerra e conceder
empréstimos mediante garantias impostas pelos norte – americanos. Os EUA foram os grandes
vencedores da Segunda Guerra Mundial. O seu território, geograficamente distante do grande
palco do conflito, não sofreu a destruição de guerra. Os EUA foram os principais fornecedores
de alimentos, armamento, maquinaria diversa e matérias – primas. O dólar transformou-se na
moeda de referência do mercado mundial, destronando a desvalorizada libra esterlina. Para
além de consolidarem o seu poder político e económico, os EUA transformaram-se também na
primeira potencia militar. Apesar da URSS ter sofrido bastante com a guerra, mostrou grande
capacidade para organizar o seu povo e produzir armas em grande escala. A URSS viria , por
isso, a emergir como um concorrente de respeito perante a riqueza e o poder dos EUA,
transformando-se na 2ª potência militar do mundo. Nas célebres Conferências de Ialta e
Potsdam, os EUA e a URSS decidiram a desmilitarização da Alemanha e da Áustria, dando
origem a um novo mapa político da Europa. Face aos antagonismos difíceis de ultrapassar, os
Aliados da Segunda Guerra Mundial rapidamente se dividiram em dois blocos defensores de
modelos de sociedade em oposição permanente. O mundo ocidental pretendia que os
sistemas de mercado livre e da democracia parlamentar fossem adoptados, a URSS defendia o
socialismo e a economia planificada. Em 1947, os EUA propõem uma ajuda importante e
gratuita à Europa, o Plano de Marshall, que tinha como objectivo apoiar a recuperação
económica da Europa, o que fortalecia também a resistência ao comunismo. Este plano
procurava impedir a proliferação do comunismo e a concretização da Teoria do Dominó. Foi
sobretudo através do Plano de Marshall que se aprofundou a divisão da Europa entre os países
que beneficiaram da ajuda norte – americana e aqueles que a recusaram. A URSS respondeu à
iniciativa dos EUA e criou o Kominform. Em 1949, a URSS constitui com os restantes países da
Europa de Leste o COMECON. O objectivo do conselho era a coordenação das políticas
económicas dos países membros. Estavam criadas condições para se estabelecer um estado de
tensão permanente entre as duas potências, que se entenderia posteriormente aos
respectivos blocos separados pela “cortina de ferro”. Este período conturbado das relações
internacionais celebrizado pela expressão “guerra fria” substituiu ao longo dos anos e ficou
caracterizado pelo recurso dos dois blocos em confronto à: -espionagem;-corrida aos
armamentos;-utilização do direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas; A
guerra era impossível porque a dissuasão nuclear impedia as superpotências de
transformarem a Guerra Fria em guerra real, ou seja, num confronto armado directo. O
conflito limitava-se a uma guerra verbal e à encenação de “factos” políticos. Em 1949, perante
o poderio militar convencional e nuclear da URSS, a Europa Ocidental criou a NATO (OTAN-
Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma organização político – militar com o apoio e
participação dos EUA. Como resposta, a União Soviética constitui uma estratégia militar
comum com os países da Europa Ocidental, o Pacto de Varsóvia. Membros da NATO: Bélgica,
Canadá, Dinamarca, EUA, França, Reino Unido, Islândia, Itália, Noruega, Holanda, Portugal,
Grécia, Turquia, RFA e Espanha. Membros do Pacto de Varsóvia: URSS, Albânia, Bulgária,
Hungria, Polónia, RDA, Roménia e Checoslováquia. Gradualmente, verificou-se um “degelo”
nas relações Leste – Oeste. Embora perturbadas por períodos de maior tensão, assistiu-se ao
“desanuviamento” das relações entre os blocos socialista e capitalista. O processo de
descolonização fez desaparecer o essencial dos impérios coloniais europeus e triplicar o
número de Estados. Em 1985, Mikhail Gorbatchev foi eleito secretário – geral do Comité
Central do Partido Comunista da União Soviética. Abriu o caminho à economia de mercado e
permitiu a liberdade de expressão e a afirmação da democracia, possibilitando a expansão do
modelo ocidental da democracia parlamentar. O movimento levou à derrocada dos regimes
comunistas do Leste Europeu. A queda do Muro de Berlim, marcou o fim da Guerra Fria e da
bipolarização das relações internacionais. Ressurgiram os nacionalismos, o etnocentrismo e os
fanatismos religiosos. A instabilidade, os ódios e as guerras recrudesceram na última década
do século XX.

* O papel do Movimento dos Não Alinhados (MNA) Em 1955 realizou-se a Conferência de


Bandung, que reuniu 29 chefes de Estado e governo afro – asiático. Pretendia-se definir o
papel do Terceiro Mundo face aos países industrializados do Norte e, por outro, a coexistência
face aos dois blocos, ocidental e de leste, no contexto da Guerra Fria. O resultado final da
Conferência foi a condenação do colonialismo, um apelo à paz, à cultura e à cooperação
mundial e o desejo de o Terceiro Mundo alcançar o desenvolvimento. Foi ainda elaborada uma
declaração de princípios. O papel da ONU face aos frágeis desequilíbrios emergentes do pós –
guerra A organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 1945 pelos Estados vencedores
da Segunda Guerra Mundial no entusiasmo da vitória sobre o nazi – fascismo. Os Aliados
queriam perpetuar a solidariedade entre as “Nações Unidas”, regularizar as questões
decorrentes do conflito e garantir a paz no mundo através da criação de um organismo
internacional. As Nações Unidas têm quatro finalidades: Manter a paz e a segurança
internacionais; Desenvolver relações de amizade entre as nações; Desenvolver a cooperação
internacional resolvendo os problemas de ordem económica, social, cultural e humanitária;
Assegurar o respeito pelos Direitos Humanos e pelas liberdades fundamentais. Em muitas das
suas intervenções, a ONU foi acusada de falta de imparcialidade e de agir em função dos
interesses dos norte – americanos e dos países industrializados. Com o fim da Guerra Fria, a
organização recuperou uma parte do seu papel na manutenção da paz e passou a
desempenhar uma acção de maior intervenção na gestão das relações inter-estatais. 2.1.2. A
reafirmação da Europa e a consolidação do Japão Foi no contexto da situação da Europa no
após – guerra, que surgiu o processo de integração da Europa Ocidental, como única via para
construir uma Europa Unida, com base na paz e na cooperação. Foi formada a Organização
Europeia de Cooperação Económica (OECE), tendo como finalidade a coordenação da ajuda
americana no âmbito do Plano de Marshall. Mais tarde a OECE deu lugar à OCDE (Organização
de Cooperação e Desenvolvimento Económico), passando a integrar outros países
industrializados. Foi instituída a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) a partir do
Tratado de Paris, tendo como membros a França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e
Luxemburgo. Depois do sucesso da CECA, surge os Tratados de Roma, que estabeleceram
como objetivos: Criação de um mercado comum;Criação de um Fundo Social Europeu (FSE);
Desenvolvimento de relações mais estreitas entre os Estados – membros.

*
A afirmação do Japão como potência económica após Segunda Guerra Mundial Características:
78% da população concentra-se nas grandes cidades que se localizam nas planícies litorais.
Elevada densidade populacional;Território pobre em recursos naturais *A crise do pós – guerra
e a ajuda americana A penúria e o desemprego aumentaram, e o iene (moeda nacional) deixou
de ser cotado no mercado mundial. Como agravante, o Japão, ainda teve de pagar pesadas
indemnizações de guerra. Ocupado pelos EUA, que lhe impôs a sua Constituição, o Japão foi
auxiliado economicamente pelos norte – americanos. Esta ajuda consistiu também no Plano
Dodge, que teve como objectivo a recuperação económica do Japão e a sua aliança com os
EUA. *A recuperação económica do Japão Durante a década de 50, O PNB aumentou 150% em
termos constantes. Este crescimento ficou a dever-se: -às alterações estruturais verificadas na
economia;-Plano Dodge;-Capacidades do povo japonês que superou as dificuldades da guerra
e Acentuou-se o peso das actividades associadas aos sectores secundário e terciário, e os EUA
passaram a ser os principais clientes e fornecedores. *O milagre económico japonês A
afirmação do Japão deveu-se a factores externos como: -A ajuda americana;-Participação na
guerra da Coreia;-Ciclo duradouro de expansão da economia mundial Houve também factores
internos que contribuíram para a afirmação do Japão: -O papel do Estado (Canalizando os
recursos financeiros para as empresas e investindo nas telecomunicações, caminhos-de-ferro e
na engenharia rural - política de obras públicas) -Base industrial sólida e variada (sectores de
ponta); (Modelo de produção industrial – Toyotismo, que aumentou a produtividade;
promoção do sistema “just in time”-ausência de stocks e flexibilidade da mão de obra)-
Características dos recursos humanos: sistema escolar muito competitivo e exigente; nível de
formação elevado. Estas duas qualidades permitem com que as empresas coloquem processos
de produção flexíveis e uma produção “sem defeitos”.

A ajuda internacional aos países do terceiro mundo A ajuda ao desenvolvimento, desempenha


um importante papel na transformação e no desenvolvimento dos países do terceiro mundo,
contribuindo quer como suporte técnico e de conhecimento e na formação de técnicos quer
como suporte financeiro, apoiando projetos de desenvolvimento que melhoram a vida das
populações. A ajuda pode contribuir para Melhorar o nível de vida das populações,
aumentando o acesso á educação, á saúde e a uma melhor alimentação Apoiar as populações
afetadas por catástrofes naturais ou desastres causados pela ação do homem, como a
desertificação Reduzir a pobreza, aumentando o rendimento das populações mais pobres
Compensar as elevadas dívidas externas A ajuda ao desenvolvimento Ajuda bilateral (2 lados –
1º lado pais doador, 2º lado pais preceptor) é fornecida ao pais(diretamente) beneficiário sob
a forma de empréstimo ou doação Estes tipo de ajuda pode por vezes, esconder interesses dos
países doadores. Ajuda alimentar – para muitos anos/séculos Ajuda de emergência – quando
se dá uma catástrofe Ajuda multilateral – entre países liderados pela fiscalização da ONU (é
mais isento que o bilateral)Ajuda privada – investimentos direitos – dumping social, neo-
colonionalismo Dumping – venda de mercadorias para o exterior a um preço inferior àquele
que foi vendido no mercado interno do pais exportado, o dumping é realizado com o objetivo
de obter vantagens competitivas no exterior Dumping social – a inexistência de clausulas
sociais, relativas aos direitos dos trabalhadores. Na maior parte das economias emergentes e
nos restantes países do terceiro mundo, os salários são baixos, as jornadas de trabalho muito
longas e o período de férias é muito reduzido. O trabalho infantil é largamente explorado e
põe em causa os mais elementares direitos das crianças. Ajuda para o terceiro mundo Ajuda
bilateral Ajuda multilateral Ajuda privada.
Organização internacional é uma associação voluntária de sujeitos de direito internacional
(quase sempre Estados), constituída mediante ato internacional (geralmente um tratado), de
carácter relativamente permanente, dotada de regulamento e órgãos de direção próprios, cuja
finalidade é atingir os objetivos comuns determinados por seus membros constituintes.Papel
das Organizações Internacionais Num contexto de maior interdependência planetária, as
respostas têm, necessária e obrigatoriamente que fazer-se a nível supranacional. Contribuem
para uma institucionalização da cooperação entre os Estados e favorecem desse modo a
consolidação da estrutura interestatal existente; Ao mesmo tempo, participam no emergir de
novas solidariedades internacionais; Têm, igualmente, uma função de legitimação coletiva no
seio do sistema político internacional; Exercem um controlo internacional, de amplitude
variável, sobre determinadas atividades dos seus Estados-membros; Procuram, ainda,
assegurar a gestão de atividades e a procura de soluções para questões que se põem a uma
escala mundial ou regional;Têm um papel informativo e difusor;Têm uma função de unificação
do sistema internacional, na medida em que participam na definição e unificação ideológica
de alguns valores fundamentais, tais como os direitos humanos, o direito ao desenvolvimento,
entre outros. Organizações formais São criadas pelo estado para desenvolver algum tipo de
tarefa social e que são dirigidas pelo governo em função e financiadas através de fundos
públicos. Exemplos ( FMI e o BANCO MUNDIAL) Objetivos:-Atuam em conjunto, de forma
cooperativa, para buscar avanços económicos, sociais e políticos para os países membros; -
Buscam soluções em comum para resolver conflitos de interesses entre os estados membros; -
Estabelecem políticas de cooperação técnica e científica; -Estabelecem normas e parâmetros
comuns; -Traçam estratégias para resolução de problemas de urgência como, por exemplo,
guerras e outros conflitos militares; -Fiscalizam, através de órgãos específicos, o cumprimento
das regras estabelecidas pelos acordos; -Organizam reuniões para a troca de experiências,
definições de novas políticas ou determinação de novos objetivos. Papel das organizações
formais A importância crescente das organizações governamentais supranacionais resulta
principalmente do seu papel de aproximação e cooperação entre estados. Num contexto de
interdependência crescente (económica, financeira, científica, cultural, etc), a diversidade e a
complexidade de relações estabelecidas entre estados não só realçam o papel de cooperação
prestado pelas Organizações Internacionais, como também o justifica. Estas organizações
assumem-se como parte indispensável e incontornável do funcionamento do sistema mundial
de relações entre estados. A intervenção das organizações formais manifesta-se a vários níveis,
de acordo com as funções e as competências estabelecidas, em setores tão diversificados
como a manutenção da paz, regulação mundial do comércio, melhoria das condições de
trabalho, cooperação monetária, compreensão mútua dos povos, etc.
1.1.1. A aceleração do processo de globalização? A globalização é um fenómeno 1.1.3. Os actores da globalização O comércio internacional, baseado na 1.2.2. O aumento da interdependência entre lugares e regiões Nos últimos vinte
económico, social, político e cultural que corresponde à etapa actual do transacção entre empresas nacionais, deu lugar a um sistema de comércio anos, o processo de internacionalização das economias tem-se vindo a acentuar.
capitalismo. O processo de globalização caracteriza-se pela difusão, a todo o caracterizado pela integração entre economias nacionais e pelo papel cada vez O comércio internacional é um agente importante da mundialização das
planeta, de modelos (económicos, políticos e culturais) de forte inspiração mais influente das ETN, que conduzem as suas estratégias sem terem em conta economias. Os três pólos do poder económico: Europa Ocidental, América do
ocidental, traduzindo-se num fluxo crescente de bens, pessoas, capitais, os interesses dos países onde se localizam. Deste modo, o fenómeno Norte e Japão, realizam mais de dois terços das trocas e promovem a integração
informações e serviços comerciais à escala global. A globalização em curso foi transnacionalização está intimamente relacionado com a crescente importância regional como forma dominante de comércio. Assistimos ao aparecimento de
impulsionada pelo desenvolvimento dos transportes (o que reduziu os custos e o destas empresas no funcionamento da economia mundial. As ETN são, por isso, novos pólos em resultado da intensificação das trocas, no sentido de um
tempo de deslocação) e pela revolução nas tecnologias de informação e os principais motores da mundialização da economia (em alguns casos, o poder multipolariedade e do reequilíbrio dos fluxos em detrimento do Atlântico Norte e
comunicação (TIC), que se traduziu na transmissão universal de informações. destas empresas sobrepõe-se ao dos Estados, que vão perdendo progressivamente em benefício do Pacífico e do Índico. Os fluxos de comércio traduzem a
Diferença entre globalização e mundialização? O conceito de globalização é o contacto sobre a acção das ETN). Vários blocos económicos regionais, quase interdependência crescente entre as economias do planeta. O domínio do
complexo, porque constitui “um fenómeno multifacetado com dimensões continentais, como a UE, NAFTA, MERCOSUL e ASEAN, constituem-se como comércio intrablocos revela a dinâmica interna dos blocos regionais e dos
económicas, sociais, políticas, culturais, religiosas e jurídicas interligadas.” Já o elementos polarizadores das trocas comerciais a nível mundial. Estas mercados livres que estes proporcionam aos seus membros. Os três pólos da
conceito de mundialização “designa a integração crescente de diferentes partes organizações económicas regionais apoiam-se territorialmente numa rede de Tríade centralizam e comandam este processo de regionalização. As suas
do mundo, em que as fronteiras entre as economias nacionais desapareceram para grandes cidades, chamadas cidades globais. O G8 representa a cúpula do poder empresas deslocalizam as unidades de produção para as regiões onde os
darem lugar a um único sistema económico de integração global.”. 1.1.2. As mundial, sendo composto pelos 8 países mais industrializadores do mundo mercados são atractivos e a mão-de-obra é numerosa e barata. 1.2.3. A
dimensões do processo de globalização? Dimensão económica Do ponto de vista (Canadá, França, Japão, Rússia, Inglaterra, Alemanha, Itália e EUA). Nas suas emergência de novas dinâmicas espaciais Na fase de internacionalização das
económico, o fenómeno da globalização teve origem no processo de cimeiras anuais procuram consertar estratégias e definir a agenda mundial economias, os países abriram progressivamente as suas fronteiras ao comércio
transnacionalização da produção levado a cabo pelas ETN. As principais relativamente às questões que as preocupam: liberalização do comércio, políticas internacional, passando as exportações e as importações a ter um peso crescente
características desta nova economia mundial são as seguintes: Baixos custos de económicas, terrorismo, segurança, ambiente, crime internacional, etc. Todos no produto e na despesa nacional. É neste quadro de internacionalização das
transporte; Revolução das tecnologias de informação e comunicação; Domínio da estes actores, à medida que promovem a expansão do comércio internacional, economias que se coloca inicialmente a ideia de integração económica entre
chamada Tríade (EUA, EU, Japão) sobre o sistema mundia Dimensão Social Na introduzem regras e fomentam práticas que apenas se destinam a salvaguardar os Estados e economias nacionais. Neste novo contexto de transnacionalização dos
sua dimensão social, a globalização deu origem a uma nova classe, a classe seus próprios interesses e a perpetuar ou a consolidar o seu domínio. Por isso, os processos produtivos, o papel do Estado – Nação é posto em causa. As ETN
capitalista transnacional, fazendo parte dela os administradores, gestores e opositores a esta forma de globalização multiplicam-se, preocupados com o revelam maior capacidade para se organizar, controlar e movimentar a uma
accionistas das ETN, que concentram uma parcela importante do rendimento aprofundamento das desigualdades sócio - económicas. O seu objectivo é escala mais vasta. As ETN aproveitam-se, assim, das vantagens comparativas
mundial. Dimensão Cultural Na sua dimensão cultural, a globalização pressionar os outros actores da globalização a alterarem as suas estratégias, específicas de cada país ou região onde se instalam: recursos naturais, salários
corresponde à convergência dos modos de vida em resultado da difusão de uma demonstrando que existem percursos alternativos mais sustentáveis e solidários, mais baixos, entre outros. Algumas empresas apresentam volumes de negócios
cultura universal, facilitada pelo desenvolvimento das tecnologias de informação É chamada a globalização alternativa ou alter -globalização. Entre estes superiores ao PIB dos países onde estão localizados. Face à sua dimensão
e comunicação. Dimensão demográfica e religiosa No que diz respeito às movimentos encontram-se as Organizações Não Governamentais (ONG). 1.2.1. económica, as ETN influenciam não só o desenvolvimento económico de um
dimensões demográfica e religiosas, a globalização está associada à O processo de recomposição da paisagem internacional A queda do Muro de país ou região, mas também a política de investigação dos Estados. 1.2.4.
intensificação dos fluxos migratórios internacionais de trabalhadores, ao aumento Berlim, em 1989, simbolizou o fim da “Guerra Fria”. Os anteriores equilíbrios Globalização e desenvolvimento: a hierarquização do espaço mundial Sediadas
dos fluxos turísticos e ao crescente multiculturalismo e multietnicidade. Embora desfazem-se com a fragmentação do mundo comunista. A barreira Leste -Oeste nas grandes metrópoles globais, as ETN contribuem para a concentração da
as religiões possuam áreas de expansão seculares privilegiadas, onde são quase desmoronara-se e a URSS desintegra-se dando origem à Comunidade de Estados riqueza nestas áreas. A globalização não só está a evidenciar as desigualdades de
exclusivas, estão a difundir-se por outras regiões. Entre as dinâmicas religiosas Independentes (CEI), perdendo o lugar cimeiro que detinha e passa a ser uma acesso das regiões e dos indivíduos aos recursos como tem ajudado a aprofundar
recentes, destacamos: -A expansão do islamismo; -A perda da influência do potência secundária. O sistema – mundo passa a ser dominado por três as assimetrias na distribuição da riqueza. Deste modo, a globalização pode ser
cristianismo no mundo ocidental Dimensão política Do ponto de vista político, a importantes centros de poder e de decisão que constituem a Tríade, os EUA, a um factor de uniformização ou de divisão, sinónimo de novas liberdades para uns
nova divisão internacional do trabalho, a visão “pós-mercado” da política União Europeia e o Japão, e por potências emergentes como os 4 “Dragões” do e constrangimentos para outros, de integração e inclusão para certos territórios,
económica e as interacções resultantes das práticas transnacionais reforçaram a Oriente (Coreia do Sul, Taiwan, Singapura e Hong Kong) e os chamados BRIC estratos sociais ou indivíduos e de exclusão para outros. Conclui-se que um
necessidade de aprofundar as relações inter-estatais. Esta forma de organização (Brasil, Rússia, Índia e China). Aparentemente a bipolarização parece ter dado reduzido número de territórios e indivíduos está a usufruir plenamente dos
política do sistema mundial moderno caracteriza-se: pelo estabelecimento de lugar a um mundo policêntrico. Contudo, apenas um país parece afirmar-se como benefícios do desenvolvimento proporcionado pela globalização. 1.3.1. A
acordos políticos inter-estatais como a NAFTA/MERCOSUL/UE. Dimensão superpotência: os Estados Unidos. É a única que reúne grande poder económico e massificação cultural A “cultura global” está a difundir-se de acordo com o
jurídica Na sua dimensão jurídica, a globalização caracteriza-se por um processo financeiro e capacidade para realizar intervenções militares no estrangeiro e modelo americano. Nos domínios do lazer, dos hábitos alimentares, do desporto
de desregulamentação dos mercados de trabalho, de serviços comerciais e de influenciar decisões de carácter político e económico. e da música, os EUA estão a impor o seu estilo de vida. Apoiados no domínio da
capitais, entre outros, que vai ao encontro das pressões e dos interesses das ETN língua inglesa e na revolução das telecomunicações, os norte-americanos estão a
e das instituições multilaterais. Este fenómeno ocorre num contexto de transformar os hábitos e os costumes mundiais. A aculturação surge como
enfraquecimento dos pobres do Estado e da correspondente capacidade para inevitável face às estratégias de marketing e à publicidade.
regular os mercados nacionais.

1.3.2. Os fenómenos de resistência à uniformização cultural Para muitas pessoas, . Membros da NATO: Bélgica, Canadá, Dinamarca, EUA, França, Reino Unido, A afirmação do Japão como potência económica após Segunda Guerra Mundial
a globalização é estimulante, pois é sinónimo de novas oportunidades e de maior Islândia, Itália, Noruega, Holanda, Portugal, Grécia, Turquia, RFA e Espanha. Características: 78% da população concentra-se nas grandes cidades que se
diversidade cultural. Outros receiam que os seus países possam fragmentar-se e Membros do Pacto de Varsóvia: URSS, Albânia, Bulgária, Hungria, Polónia, localizam nas planícies litorais. Elevada densidade populacional;Território pobre
que os valores das culturas locais estejam a perder-se. A mundialização do RDA, Roménia e Checoslováquia. Gradualmente, verificou-se um “degelo” nas em recursos naturais *A crise do pós – guerra e a ajuda americana A penúria e o
sistema económico capitalista alterou as condicionantes locais da nossa vida – relações Leste – Oeste. Embora perturbadas por períodos de maior tensão, desemprego aumentaram, e o iene (moeda nacional) deixou de ser cotado no
relações de vizinhança, família alargada, valores comunitários tradicionais – que assistiu-se ao “desanuviamento” das relações entre os blocos socialista e mercado mundial. Como agravante, o Japão, ainda teve de pagar pesadas
perdem importância. O ritmo intenso com que se produz a mudança está a capitalista. O processo de descolonização fez desaparecer o essencial dos indemnizações de guerra. Ocupado pelos EUA, que lhe impôs a sua Constituição,
provocar tensões e a contribuir para o aparecimento de fenómenos de resistência impérios coloniais europeus e triplicar o número de Estados. Em 1985, Mikhail o Japão foi auxiliado economicamente pelos norte – americanos. Esta ajuda
que se baseiam no nacionalismo e no fundamentalismo. Desafios globais que Gorbatchev foi eleito secretário – geral do Comité Central do Partido Comunista consistiu também no Plano Dodge, que teve como objectivo a recuperação
teremos de enfrentar:-Escassez/esgotamento ou inacessibilidade dos recursos. - da União Soviética. Abriu o caminho à economia de mercado e permitiu a económica do Japão e a sua aliança com os EUA. *A recuperação económica do
Aumento das assimetrias sociais -A “americanização” cultural e económica. liberdade de expressão e a afirmação da democracia, possibilitando a expansão Japão Durante a década de 50, O PNB aumentou 150% em termos constantes.
Aumento do número de imigrantes nos países industrializados. 2.1. Os do modelo ocidental da democracia parlamentar. O movimento levou à derrocada Este crescimento ficou a dever-se: -às alterações estruturais verificadas na
antecedentes geopolíticos e geoestratégicos; 2.1.1. A partilha do mundo no final dos regimes comunistas do Leste Europeu. A queda do Muro de Berlim, marcou economia;-Plano Dodge;-Capacidades do povo japonês que superou as
da Segunda Guerra Mundial; A afirmação do poderio militar dos EUA e da o fim da Guerra Fria e da bipolarização das relações internacionais. Ressurgiram dificuldades da guerra e Acentuou-se o peso das actividades associadas aos
URSS após 1945: a bipolarização do mundo e a guerra fria A Segunda Guerra os nacionalismos, o etnocentrismo e os fanatismos religiosos. A instabilidade, os sectores secundário e terciário, e os EUA passaram a ser os principais clientes e
Mundial terminou com a vitória dos Aliados, mas com um balanço de destruição ódios e as guerras recrudesceram na última década do século XX. * O papel do fornecedores. *O milagre económico japonês A afirmação do Japão deveu-se a
terrível. A urgência de garantir uma cooperação imediata levou os líderes das Movimento dos Não Alinhados (MNA) Em 1955 realizou-se a Conferência de factores externos como: -A ajuda americana;-Participação na guerra da Coreia;-
forças aliadas a reunirem-se e estabelecerem as bases da ordem económica Bandung, que reuniu 29 chefes de Estado e governo afro – asiático. Pretendia-se Ciclo duradouro de expansão da economia mundial Houve também factores
mundial para o pós – guerra. O Banco Mundial e o FMI foram criados com o definir o papel do Terceiro Mundo face aos países industrializados do Norte e, internos que contribuíram para a afirmação do Japão: -O papel do Estado
objectivo de promover a reconstrução dos países destruídos pela guerra e por outro, a coexistência face aos dois blocos, ocidental e de leste, no contexto da (Canalizando os recursos financeiros para as empresas e investindo nas
conceder empréstimos mediante garantias impostas pelos norte – americanos. Os Guerra Fria. O resultado final da Conferência foi a condenação do colonialismo, telecomunicações, caminhos-de-ferro e na engenharia rural - política de obras
EUA foram os grandes vencedores da Segunda Guerra Mundial. O seu território, um apelo à paz, à cultura e à cooperação mundial e o desejo de o Terceiro Mundo públicas) -Base industrial sólida e variada (sectores de ponta); (Modelo de
geograficamente distante do grande palco do conflito, não sofreu a destruição de alcançar o desenvolvimento. Foi ainda elaborada uma declaração de princípios. produção industrial – Toyotismo, que aumentou a produtividade; promoção do
guerra. Os EUA foram os principais fornecedores de alimentos, armamento, O papel da ONU face aos frágeis desequilíbrios emergentes do pós – guerra A sistema “just in time”-ausência de stocks e flexibilidade da mão de obra)-
maquinaria diversa e matérias – primas. O dólar transformou-se na moeda de organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 1945 pelos Estados Características dos recursos humanos: sistema escolar muito competitivo e
referência do mercado mundial, destronando a desvalorizada libra esterlina. Para vencedores da Segunda Guerra Mundial no entusiasmo da vitória sobre o nazi – exigente; nível de formação elevado. Estas duas qualidades permitem com que as
além de consolidarem o seu poder político e económico, os EUA transformaram- fascismo. Os Aliados queriam perpetuar a solidariedade entre as “Nações empresas coloquem processos de produção flexíveis e uma produção “sem
se também na primeira potencia militar. Apesar da URSS ter sofrido bastante Unidas”, regularizar as questões decorrentes do conflito e garantir a paz no defeitos”. A ajuda internacional aos países do terceiro mundo A ajuda ao
com a guerra, mostrou grande capacidade para organizar o seu povo e produzir mundo através da criação de um organismo internacional. As Nações Unidas têm desenvolvimento, desempenha um importante papel na transformação e no
armas em grande escala. A URSS viria , por isso, a emergir como um quatro finalidades: Manter a paz e a segurança internacionais; Desenvolver desenvolvimento dos países do terceiro mundo, contribuindo quer como suporte
concorrente de respeito perante a riqueza e o poder dos EUA, transformando-se relações de amizade entre as nações; Desenvolver a cooperação internacional técnico e de conhecimento e na formação de técnicos quer como suporte
na 2ª potência militar do mundo. Nas célebres Conferências de Ialta e Potsdam, resolvendo os problemas de ordem económica, social, cultural e humanitária; financeiro, apoiando projetos de desenvolvimento que melhoram a vida das
os EUA e a URSS decidiram a desmilitarização da Alemanha e da Áustria, dando Assegurar o respeito pelos Direitos Humanos e pelas liberdades fundamentais. populações. A ajuda pode contribuir para Melhorar o nível de vida das
origem a um novo mapa político da Europa. Face aos antagonismos difíceis de Em muitas das suas intervenções, a ONU foi acusada de falta de imparcialidade e populações, aumentando o acesso á educação, á saúde e a uma melhor
ultrapassar, os Aliados da Segunda Guerra Mundial rapidamente se dividiram em de agir em função dos interesses dos norte – americanos e dos países alimentação Apoiar as populações afetadas por catástrofes naturais ou desastres
dois blocos defensores de modelos de sociedade em oposição permanente. O industrializados. Com o fim da Guerra Fria, a organização recuperou uma parte causados pela ação do homem, como a desertificação Reduzir a pobreza,
mundo ocidental pretendia que os sistemas de mercado livre e da democracia do seu papel na manutenção da paz e passou a desempenhar uma acção de maior aumentando o rendimento das populações mais pobres Compensar as elevadas
parlamentar fossem adoptados, a URSS defendia o socialismo e a economia intervenção na gestão das relações inter-estatais. 2.1.2. A reafirmação da Europa dívidas externas A ajuda ao desenvolvimento Ajuda bilateral (2 lados – 1º lado
planificada. Em 1947, os EUA propõem uma ajuda importante e gratuita à e a consolidação do Japão Foi no contexto da situação da Europa no após – pais doador, 2º lado pais preceptor) é fornecida ao pais(diretamente) beneficiário
Europa, o Plano de Marshall, que tinha como objectivo apoiar a recuperação guerra, que surgiu o processo de integração da Europa Ocidental, como única via sob a forma de empréstimo ou doação Estes tipo de ajuda pode por vezes,
económica da Europa, o que fortalecia também a resistência ao comunismo. Este para construir uma Europa Unida, com base na paz e na cooperação. Foi formada esconder interesses dos países doadores. Ajuda alimentar – para muitos
plano procurava impedir a proliferação do comunismo e a concretização da a Organização Europeia de Cooperação Económica (OECE), tendo como anos/séculos Ajuda de emergência – quando se dá uma catástrofe Ajuda
Teoria do Dominó. Foi sobretudo através do Plano de Marshall que se finalidade a coordenação da ajuda americana no âmbito do Plano de Marshall. multilateral – entre países liderados pela fiscalização da ONU (é mais isento que
aprofundou a divisão da Europa entre os países que beneficiaram da ajuda norte – Mais tarde a OECE deu lugar à OCDE (Organização de Cooperação e o bilateral)Ajuda privada – investimentos direitos – dumping social, neo-
americana e aqueles que a recusaram. A URSS respondeu à iniciativa dos EUA e Desenvolvimento Económico), passando a integrar outros países industrializados. colonionalismo Dumping – venda de mercadorias para o exterior a um preço
criou o Kominform. Em 1949, a URSS constitui com os restantes países da Foi instituída a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) a partir do inferior àquele que foi vendido no mercado interno do pais exportado, o dumping
Europa de Leste o COMECON. O objectivo do conselho era a coordenação das Tratado de Paris, tendo como membros a França, Alemanha, Itália, Holanda, é realizado com o objetivo de obter vantagens competitivas no exterior Dumping
políticas económicas dos países membros. Estavam criadas condições para se Bélgica e Luxemburgo. Depois do sucesso da CECA, surge os Tratados de social – a inexistência de clausulas sociais, relativas aos direitos dos
estabelecer um estado de tensão permanente entre as duas potências, que se Roma, que estabeleceram como objetivos: Criação de um mercado trabalhadores. Na maior parte das economias emergentes e nos restantes países
entenderia posteriormente aos respectivos blocos separados pela “cortina de comum;Criação de um Fundo Social Europeu (FSE); Desenvolvimento de do terceiro mundo, os salários são baixos, as jornadas de trabalho muito longas e
ferro”. Este período conturbado das relações internacionais celebrizado pela relações mais estreitas entre os Estados – membros. o período de férias é muito reduzido. O trabalho infantil é largamente explorado
expressão “guerra fria” substituiu ao longo dos anos e ficou caracterizado pelo e põe em causa os mais elementares direitos das crianças. Ajuda para o terceiro
recurso dos dois blocos em confronto à: -espionagem;-corrida aos armamentos;- mundo Ajuda bilateral Ajuda multilateral Ajuda privada.
utilização do direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas; A
guerra era impossível porque a dissuasão nuclear impedia as superpotências de
transformarem a Guerra Fria em guerra real, ou seja, num confronto armado
directo. O conflito limitava-se a uma guerra verbal e à encenação de “factos”
políticos. Em 1949, perante o poderio militar convencional e nuclear da URSS, a
Europa Ocidental criou a NATO (OTAN- Organização do Tratado do Atlântico
Norte), uma organização político – militar com o apoio e participação dos EUA.
Como resposta, a União Soviética constitui uma estratégia militar comum com os
países da Europa Ocidental, o Pacto de Varsóvia
Organização internacional é uma associação voluntária de sujeitos de direito
internacional (quase sempre Estados), constituída mediante ato internacional
(geralmente um tratado), de carácter relativamente permanente, dotada de
regulamento e órgãos de direção próprios, cuja finalidade é atingir os objetivos
comuns determinados por seus membros constituintes.Papel das Organizações
Internacionais Num contexto de maior interdependência planetária, as respostas
têm, necessária e obrigatoriamente que fazer-se a nível supranacional.
Contribuem para uma institucionalização da cooperação entre os Estados e
favorecem desse modo a consolidação da estrutura interestatal existente; Ao
mesmo tempo, participam no emergir de novas solidariedades internacionais;
Têm, igualmente, uma função de legitimação coletiva no seio do sistema político
internacional; Exercem um controlo internacional, de amplitude variável, sobre
determinadas atividades dos seus Estados-membros; Procuram, ainda, assegurar
a gestão de atividades e a procura de soluções para questões que se põem a uma
escala mundial ou regional;Têm um papel informativo e difusor;Têm uma função
de unificação do sistema internacional, na medida em que participam na
definição e unificação ideológica de alguns valores fundamentais, tais como os
direitos humanos, o direito ao desenvolvimento, entre outros. Organizações
formais São criadas pelo estado para desenvolver algum tipo de tarefa social e
que são dirigidas pelo governo em função e financiadas através de fundos
públicos. Exemplos ( FMI e o BANCO MUNDIAL) Objetivos:-Atuam em
conjunto, de forma cooperativa, para buscar avanços económicos, sociais e
políticos para os países membros; -Buscam soluções em comum para resolver
conflitos de interesses entre os estados membros; -Estabelecem políticas de
cooperação técnica e científica; -Estabelecem normas e parâmetros comuns; -
Traçam estratégias para resolução de problemas de urgência como, por exemplo,
guerras e outros conflitos militares; -Fiscalizam, através de órgãos específicos, o
cumprimento das regras estabelecidas pelos acordos; -Organizam reuniões para
a troca de experiências, definições de novas políticas ou determinação de novos
objetivos. Papel das organizações formais A importância crescente das
organizações governamentais supranacionais resulta principalmente do seu papel
de aproximação e cooperação entre estados. Num contexto de interdependência
crescente (económica, financeira, científica, cultural, etc), a diversidade e a
complexidade de relações estabelecidas entre estados não só realçam o papel de
cooperação prestado pelas Organizações Internacionais, como também o
justifica. Estas organizações assumem-se como parte indispensável e
incontornável do funcionamento do sistema mundial de relações entre estados. A
intervenção das organizações formais manifesta-se a vários níveis, de acordo
com as funções e as competências estabelecidas, em setores tão diversificados
como a manutenção da paz, regulação mundial do comércio, melhoria das
condições de trabalho, cooperação monetária, compreensão mútua dos povos,
etc. O que são organizações informais?A organização informal designa o
conjunto de relações ou interações que surgem espontaneamente entre os seus
membros e que não são previstas ou formalizadas pela organização formal. As
ONG são formadas pela sociedade civil sem fins lucrativos e que têm como
missão a resolução de algum problema da sociedade, seja ele económico, racial,
ambiental ou a reivindicação de direitos e melhorias e fiscalização do poder
público. Principais tipos de ONG? Finalidade humanitária; (cruz vermelha
portuguesa) Fins profissionais; (união geográfica internacional) Natureza social;
Natureza desportiva;(fifa) Natureza social, cultural e recreativa; (rotary
internacional) Finalidade religiosa; Carácter político; ( internacional socialista)
Carácter ambiental. (greenpeace)

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